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Assim, se A atropelado por B e sofreu ferimentos, será este obrigado a indmnizá-lo

do dano que lhe causou. Mas já não será obrigado a indemnizar C, dono do teatro onde
A deveria exibir-se no dia do acidente, nem a D, arrendatário do bufete que não
funcionou por não haver espectáculo, visto B não ter violado nenhuma das relações
contratuais afectadas na sua consitência prática.
Excepcionalmente, porém, a indemnização pode competir também ou caber apenas
a terceiro. Assim seucede nos casos estabelecidos no art. 495º, são elas a ofensa corporal
ou lesão que causa ferimentos e dores no agredido e acaba por provocar a morte da
vítima. É nessas circunstâncias que o responsável fica obrigado para com as pessoas a
quem a despesa deve ser paga.

A doutrina é controvérsia quanto a interpretação dos artigos artigo 495º, nº 3 e 496º, nº


2:

a) Quanto à indeminização por danos patrimoniais, ocorre naturalmente perguntar


se têm direito a ela apenas as pessoas que, no momento da lesão, podiam exigir
já alimentos ao lesado, ou também aquelas que só mais tarde viriam a ter esse
direito, se o lesado fosse vivo. Aqui, o espirito da lei abrange manifestadamente
também estas últimas pessoas;
b) Relativamente aos danos patrimoniais, é liquido que têm direito a indemnização
os familiares prescritos no art. 496º, como dano líquido é também que os
ascendentes só terão direito a essa indemnização ae não houver cônjuge nem
descendentes da vítima, e os irmãos ou sobrinhos só serão chamados na falta de
qualquer dos ascendentes.

Prescrição do direito à indemnização: art. 498º, I c/c art. 309º

Sem prejuízo do prazo de vinte anos correspondente à prescrição ordinária, contando


sobre a data do facto ilícito, nos termos art. 498º, I c/c art. 309º, o direito à
indemnização fundada na responsabilidade civil está sujeito a um prazo curto de
prescrição de três anos. O dispositivo estabeleceu o prazo da prescrição em três anos, a
contar do momento em que o lesado teve conhecimento do seu direito, ou seja, a partir
da data em que ele, a verificação dos pressupostos que condicionam a responsabilidade,
soube ter direito à indeminização pelos danos que sofreu.
A lei tornou o início da contagem do prazo independente do conhecimento da pessoa do
responsável. Se o lesado só tiver conhecimento da identidade do responsável da
identiidade do responsável depois de verificada a lesão, o prazo de três anos para a
propositura da acção não se conta desse conhecimento, mas a partir da data em que o
lesado teve conhecimento do seu direito.

Se, porém, no momento em que finda o prazo, ainda não for conhecida a pessoa do
responsável, sem culpa o prazo, sem culpa do lesado nessa falta de conhecimento,
aplicar-se-á a regra do art. do C.C, da prescrição ordinária.
Se o facto ilícito constituir crime e o respectivo procedimento penal estiver sujeito a
prazo mais longo do que o fixado no Código Civil, esse será também o prazo
prescricional aplicável à própria responsabilidade civil.

Art. 498º, 2 C.C - LER – no mesmo prazo do direito à indemnizado prescreve o direito
de regresso entre os vários responsáveis.

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