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ampliação 6  Fertilização in vitro 3

Fichas de trabalho
NOME:   N.O:   TURMA:   DATA:

Analisa os textos seguintes.

Morreu Robert Edwards, «pai» do primeiro bebé-proveta


Robert Edwards, «pai» do primeiro bebé-proveta, morreu hoje, 10 de março de 2013, aos 87 anos,
anunciou a Universidade de Cambridge, no Reino Unido.
Nascido a 27 de setembro de 1925, em Manchester, o investigador doutorou-se em 1955 na Universidade
de Edimburgo, na Escócia, e a partir do final da década de 1950 começou a dedicar-se à investigação que
iria torná-lo famoso, a fertilização in vitro.
Edwards partiu das experiências feitas com coelhos, em que já era possível juntar oócitos
e espermatozoides, conseguindo-se uma fertilização e o desenvolvimento de embriões. No caso dos
humanos, foram necessárias décadas para se chegar à mesma tecnologia, mas Edwards viu nascer
o primeiro bebé fruto de uma fertilização in vitro, a inglesa Louise Brown, a 25 de julho de 1978.

Dr. Robert Edwards em 1990, com bebé­‑proveta n.º 2500.

Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel da Medicina, «pelo desenvolvimento da fertilização
humana in vitro», frisou, na altura, o comité do Nobel no Instituto Karolinska, na Suécia. Dez por cento dos
casais têm dificuldades em ter filhos e atualmente quase quatro milhões de pessoas já nasceram graças
a esta técnica.
«É com grande tristeza que a família anuncia que o professor Sir Robert Edwards, galardoado com
o Nobel, cientista e pioneiro da fertilização in vitro, morreu pacificamente durante o sono», lê-se no
comunicado da Universidade de Cambridge, onde o cientista foi professor. «O seu trabalho teve um
imenso impacto por todo o Mundo.»
Em Portugal, o primeiro «bebé-proveta» nasceu a 25 de fevereiro de 1986 na Unidade de FIV
do Hospital de Santa Maria. Carlos Saleiro, o bebé, seria posteriormente mais conhecido pela sua carreira
desportiva como futebolista, avançado, de clubes como o Sporting, o Servette (França), a Académica
e o Oriental.
Adaptado de www.publico.pt

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3 Fertilização in vitro por ICSI


Fichas de trabalho

ICSI (Intra Citoplasmatic Sperm Injection) baseia-se na micromanipulação de gâmetas. Enquanto na


fertilização in vitro (FIV) convencional, os espermatozoides são colocados junto aos óvulos para que os
possam penetrar e assim fertilizar, na ICSI o espermatozoide é introduzido no interior do óvulo com uma
agulha sete ou mais vezes mais fina que o diâmetro de um fio de cabelo humano. O espermatozoide que
vai fertilizar o óvulo é selecionado e é, depois, injetado dentro do óvulo.
Esta técnica é utilizada quando existem alterações na quantidade, na mobilidade ou na forma dos
espermatozoides, o que poderia impedir a sua entrada no óvulo de maneira natural. Também se utiliza
esta técnica quando o homem apresenta azoospermia (ausência de espermatozoides no esperma) e os
espermatozoides devem ser recuperados por colheita alternativa e, ainda, pacientes que foram sujeitos a
vasectomia.
A mulher recebe tratamentos hormonais que vão estimular o crescimento dos folículos ováricos. Os
ovários são avaliados periodicamente até os folículos apresentarem tamanho adequado para agendar o
dia da fertilização. Após a indução da ovulação, é administrada uma medicação que vai terminar de
amadurecer os óvulos e, aproximadamente 35 horas depois deste procedimento, é agendada a aspiração
dos óvulos (punção folicular).
A punção folicular é realizada sob sedação (anestesia). O médico utiliza o ultrassom com uma agulha
e aspira os folículos via transvaginal. Os óvulos são encontrados dentro do líquido aspirado. No mesmo
dia, o homem colhe o esperma através da masturbação. Após algumas horas, o casal pode ir para casa.
No laboratório, o óvulo é injetado com o auxílio de um equipamento especial (micromanipulador).

Microinjeção de um espermatozoide num óvulo.

Após dois ou três dias, em alguns casos até cinco dias, a mulher retorna, para a transferência embrionária.
A transferência não requer anestesia. Os embriões são colocados dentro do útero com um cateter especial
com, ou sem, auxílio de uma ultrassonografia pélvica. Após 12 a 14 dias já se pode saber o resultado através
do teste de gravidez (beta-hCG). Os embriões que não foram transferidos são criopreser­vados, ou seja,
são congelados em nitrogénio líquido e cuidadosamente identificados e guardados num banco de
embriões. Estes podem ser utilizados no caso de a primeira tentativa de gravidez não ter sucesso,
simplificando assim o processo e reduzindo significativamente os custos.
Adaptado de http://fertilidade.org

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Responde às seguintes questões, tendo por base a leitura atenta dos textos anteriores.

1 Explica
 o significado de «bebé­‑proveta».

Fichas de trabalho

2 Que
 idade terá atualmente o primeiro bebé­‑proveta?

3 Quais foram as cobaias utilizadas por Robert Edwards no desenvolvimento da FIV?


4 Quais
 são as diferenças entre a FIV convencional e a ICSI?

5 Quais
 são as vantagens da utilização da ICSI quando comparada com a FIV convencional?

6 Explica em que consiste a vasectomia.



7 Qual é a técnica, equivalente à vasectomia, aplicada no caso feminino?


8 No
 início do tratamento, a mulher recebe tratamentos hormonais. Refere, justificando, qual
é o tipo de hormonas utilizado.

9 O que é a «punção folicular»?


10 Explica como funcionam os testes de gravidez.



11 Ordena
 corretamente as fases da ICSI apresentadas a seguir.
 (A) Transferência de embriões.
 (B) Recolha de esperma.
 (C) Punção folicular.
 (D) Microinjeção de espermatozoides.
 (E) Indução da ovulação.
 (F) Desenvolvimento dos óvulos fertilizados em embriões.
 (G) Criopreservação dos embriões não transferidos.

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