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Trabalho de Recuperação de Disciplinas

Gestão de Suprimentos e Logística

MANAUS
2019
XXXX

Gestão de Suprimentos e Logística

MANAUS
2019
RESUMO

As funções de movimentação e armazenagem de materiais, transportes e controle


dos estoques, existem desde os primórdios da configuração das Empresas e, ao
longo do tempo, em função de inúmeros fatores, foram incorporando os avanços
metodológicos e tecnológicos e estruturalmente sendo agrupadas de formas
diferentes. A amplitude de atuação aumentou cada vez que mais novas funções se
incorporaram ao grupo de funções mencionadas dando origem ao que se
convenciona como Logística. O aumento da amplitude de funções e a atuação mais
estratégica, fez com que as funções originalmente estruturadas separadamente
fossem gradativamente organizando-se sob um mesmo gestor e que o foco
operacional se direcionasse para um foco estratégico, buscando a eficácia para
permitir agregar valor ao cliente. Este conjunto de processos de negócios, focado no
cliente e cada vez mais integrado, hoje é comumente designado de SCM – Supply
Chain Management. Uma avaliação efetiva das funções empresariais permite-nos
dizer que a Logística, em virtude do grande número de funções interligadas, é a
última mina de ouro a ser explorada na busca potencial por mais valor, mais
racionalização e mais competitividade das Empresas.

Palavras chaves: Histórico, conceitos, evolução, funções, logística, tendências.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................5

DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................6

CONCLUSÃO............................................................................................................................7

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................8
INTRODUÇÃO

A origem da palavra logística vem do grego “logistikos” significando cálculo e


raciocínio no sentido matemático.

A logística está relacionada às atividades militares. No ano de 481 A.C, o


exército persa utilizou mais de 3.000 navios como transporte de suas tropas, na
expedição de Xerxes de encontro aos gregos. Mas o grande destaque foi Alexandre
o Grande da Macedônia, que enfatizou a estratégia com base na logística quando
seu império alcançou diversos países e expandiu seu reinado por quase toda a Ásia
onde realizou planejamento abrangendo terrenos de batalha tecnologias de
armamento, gerenciamento do sistema logístico (Sustentação das necessidades
fisiológicas) objetivando agilizar o deslocamento das tropas suprimindo adversários,
definindo através de equipes de engenheiros e contramestre formas de ataque e
controle das cidades conquistadas, criando o exercito mais rápido e ágil da época.

Em 218 a.C o general Aníbal introduziu uma inovação, ao longo da segunda


guerra Púnica entre Cartago e Roma, ao utilizar elefantes para o transporte de
60.000 soldados e suprimentos durante a travessia dos Pirineus em direção à Itália.

Em 1.670 um conselheiro do rei Luis XIV sugeriu a criação de uma nova


estrutura de suporte para servir de solução para os problemas administrativos,
sendo criado o cargo de Marechal General de Logis, cujas atribuições se
relacionavam a atividades administrativas de deslocamento, alojamento e
acampamento das tropas em campanha, seleção dos campos e regulamentação do
transporte e fornecimento.

O principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine


Henri Jomini, com base em suas experiências nos campos de batalha, muitas delas
ao lado de Napoleão, escreveu o Sumário da Arte da Guerra em 1836. No livro,
titulado Precis del L’Art de lê Guerre, ele divide a arte da guerra em 5 partes:
estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores, onde define
logística como sendo a arte prática de movimentar exércitos e a ação responsável
pela preparação e sustentação das campanhas militares. Na sua concepção a
logística não se restringia aos aspectos de transportes, mas também ao suporte

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administrativo, e aos reconhecimentos e inteligência envolvidos na movimentação e
sustentação das forças militares.

A importância da logística começou a ser percebida, notadamente, durante as


guerras; foi o que aconteceu durante a retirada de Napoleão Bonaparte da Rússia,
quando o exército francês, reconhecidamente o mais eficiente da Europa, foi
derrotado, exclusivamente por falta de um apoio logístico, por não ter recebido o
material de frente de batalha, de infra-estrutura, no local certo e no tempo adequado.

Neste trabalho, o tema será abordado mais profundamente e dividido nos


seguintes subtemas:

1. Histórico dos sistemas logísticos


2. Visão Geral da Logística
3. A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos
4. Objetivos e Funções da Organização de Suprimentos
5. Compras e Fornecedores
6. Os Sistemas de Armazenagem e Gestão de Estoques

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1 GESTÃO DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA

1.1 Histórico dos Sistemas Logísticos

A logística está relacionada às atividades militares. No ano de 481 A.C, o


exército persa utilizou mais de 3.000 navios como transporte de suas tropas, na
expedição de Xerxes de encontro aos gregos. Mas o grande destaque foi Alexandre
o Grande da Macedônia, que enfatizou a estratégia com base na logística quando
seu império alcançou diversos países e expandiu seu reinado por quase toda a Ásia
onde realizou planejamento abrangendo terrenos de batalha tecnologias de
armamento, gerenciamento do sistema logístico (Sustentação das necessidades
fisiológicas) objetivando agilizar o deslocamento das tropas suprimindo adversários,
definindo através de equipes de engenheiros e contramestre formas de ataque e
controle das cidades conquistadas, criando o exercito mais rápido e ágil da época.

Em 218 a.C o general Aníbal introduziu uma inovação, ao longo da segunda


guerra Púnica entre Cartago e Roma, ao utilizar elefantes para o transporte de
60.000 soldados e suprimentos durante a travessia dos Pirineus em direção à Itália.

Em 1.670 um conselheiro do rei Luis XIV sugeriu a criação de uma nova


estrutura de suporte para servir de solução para os problemas administrativos,
sendo criado o cargo de Marechal General de Logis, cujas atribuições se
relacionavam a atividades administrativas de deslocamento, alojamento e
acampamento das tropas em campanha, seleção dos campos e regulamentação do
transporte e fornecimento.

O principal teórico militar da primeira metade do século XIX, o Barão Antoine


Henri Jomini, com base em suas experiências nos campos de batalha, muitas delas
ao lado de Napoleão, escreveu o Sumário da Arte da Guerra em 1836. No livro,
titulado Precis del L’Art de lê Guerre, ele divide a arte da guerra em 5 partes:
estratégia, grandes táticas, logística, engenharia e táticas menores, onde define
logística como sendo a arte prática de movimentar exércitos e a ação responsável
pela preparação e sustentação das campanhas militares. Na sua concepção a
logística não se restringia aos aspectos de transportes, mas também ao suporte
administrativo, e aos reconhecimentos e inteligência envolvidos na movimentação e
sustentação das forças militares.
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A importância da logística começou a ser percebida, notadamente, durante as
guerras; foi o que aconteceu durante a retirada de Napoleão Bonaparte da Rússia,
quando o exército francês, reconhecidamente o mais eficiente da Europa, foi
derrotado, exclusivamente por falta de um apoio logístico, por não ter recebido o
material de frente de batalha, de infra-estrutura, no local certo e no tempo adequado.

Posteriormente a logística ficou adormecida voltando com sucesso no século


XX, através dos militares americanos durante a Segunda Guerra Mundial. No Brasil
a logística passou a ser disseminada posterior ao período da Segunda Guerra
mundial, conforme cronologia:

Anos 70

 Desconhecimento e abrangência do termo logística;

 Informática não era utilizada;

 Iniciativas no setor automobilístico principalmente em movimentação e


armazenagem de peças.

 Em 1977 são criadas a ABAM (Associação Brasileira de Administração


de Materiais) e ABMM (Associação Brasileira de Movimentação de
Materiais) e 1979 surgem o IMAM (Instituto de Movimentação e
Armazenagem de Materiais.

Anos 80

 A logística focada em transporte e armazenagem, com o objetivo de


eficiência produtiva;

 Em 1982 e trazido do Japão o primeiro sistema moderno de logística


integrada, o JIT (Just in Time) e o Kanban desenvolvidos pela Toyota;

 Em 1984 a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados cria um


departamento de logística para discutir e analisar relações entre
fornecedores e supermercados.

 Instalação do primeiro operador logístico no Brasil.

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Anos 90

 Inclusão de cálculos para estudos das relações, dispersões,


movimentos etc., com foco em Administração de Matérias, Distribuição,
Movimentação e Armazenagem de Matérias;

 Estabilização da economia foco em custo;

 Evolução de TI (Tecnologia da Informação) com desenvolvimento de


softwares apara gestão de estoques e sistema de entregas;

 Privatização dos sistemas de distribuição e transporte;

 Ascensão do e-commerce.

Anos 2000

 Globalização;

 Aumento da concorrência;

 Maiores exigências de serviços pelo cliente;

 Forte tendência de fusões entre companhias;

 Incerteza econômica;

 Foco no planejamento e atendimento ao cliente;

 Necessidade de inovar;

1.2 Visão Geral da Logística

A abordagem logística, segundo Pozo (2010) tem como função estudar a


maneira como a administração pode otimizar os recursos de suprimentos, estoques
e distribuição dos produtos e serviços com que a organização se apresenta ao
mercado por meio de planejamento, organização e controle efetivo de suas
atividades correlatas, flexibilizando os fluxos dos produtos.

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Atualmente, as organizações empresariais enfrentam cada vez mais desafios
importantes necessitando estar cada vez mais voltados para os clientes.

A concepção logística de agrupar conjuntamente as atividades relacionadas


ao fluxo de produtos e serviços para administrá-las de forma coletiva é uma
evolução natural do pensamento administrativo.

Dessa forma os objetivos da logística são de disponibilizar produtos ou


serviços, na hora certa, no local em que são desejados, na quantidade combinada e
qualidade esperada ao menor custo. Satisfazendo dessa forma as necessidades dos
consumidores.

1.3 A Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) - Principais conceitos

O Supply Chain Management (SCM) ou Gerenciamento da Cadeia de


Suprimentos é uma ferramenta que, usando a Tecnologia da Informação (TI)
possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e
eficiência, Nesses tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite
extremo, o Supply Chain Management permite às empresas alcançarem melhores
padrões de competitividade.

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural


do conceito de Logística. Enquanto a Logística representa uma integração interna de
atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois
estende a coordenação dos fluxos de materiais e informações aos fornecedores e ao
cliente final.

Pode-se afirmar que o SCM é uma abordagem sistêmica, altamente interativa


e complexa, requerendo a consideração simultânea de muitos trade-offs (representa
uma troca compensatória entre alguns parâmetros como custos, tempo, etc), pois
ele expande as fronteiras organizacionais e deve assim considerar, trade-offs dentro
e entre as organizações no que diz respeito por exemplo a estoques: aonde
inventários devem ser mantidos e onde atividades diversas devem ser
desenvolvidas.

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1.4 Objetivos e Funções da Organização de Suprimentos

A logística e a gestão de cadeia de suprimentos têm como objetivo gerenciar


todas as tarefas referentes à logística interna e externa de uma organização, além
de proporcionar controle e cooperação entre todos os integrantes dessas atividades.
São eles: fornecedores, prestadores de serviço e consumidores.

O principal objetivo da Cadeia de suprimentos é planejar, administrar e


controlar o fluxo de materiais desde o fornecedor de matérias primas até o
consumidor final eficientemente e o mais ágil possível, de forma que agregue valor a
todos da cadeia. Os objetivos organizacionais buscam em uma cadeia de
suprimento facilitar o controle de estoque em níveis satisfatórios mantendo um baixo
valor de capital imobilizado utilizando de um continuo abastecimento das reservas
utilizadas.

Fornecedores
Nível 2 Nível 1 Atacadista Varejista
Fabricante

Suprimentos Demanda

(Logística de entrada) (Logística de saída)

Gestão da Cadeia de Suprimentos


Figura 1 - Estrutura típica de uma Cadeia de Suprimentos
Fonte: FERNANDEZ (2004)

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1.5 Compras e Fornecedores

O objetivo da função compras é conseguir tudo ao mesmo tempo: qualidade,


quantidade, prazo de entrega e preço. Uma vez tomada a decisão sobre o que
comprar, a segunda decisão mais importante refere-se ao fornecedor certo. Um bom
fornecedor é aquele que tem a tecnologia para fabricar o produto na qualidade
exigida, tem a capacidade de produzir as quantidades necessárias e pode
administrar seu negócio com eficiência suficiente para ter lucros e ainda assim
vender um produto a preços competitivos.

Segundo Bertaglia (2006) o processo de seleção de fornecedor não é


simples. A complexidade aumenta em função das características do item ou serviço
a ser comprado, pois as exigências podem ser maiores ou menores. O ato de
comprar deixou de ser simplesmente o de efetuar uma cotação de preços. Há três
características básicas que devem ser consideradas em um processo de decisão
para se selecionar um fornecedor: preço, qualidade e serviço.

1.5.1 A importância da seleção de fornecedores no processo de compras

De acordo com Martins (2005), com o decorrer dos anos, a seleção de


fornecedores vem ganhando cada vez mais importância. O aumento no valor dos
itens comprados em relação ao total da receita das empresas, a aquisição de
produtos de outros países viabilizados pela globalização, a preços competitivos e a
crescente velocidade de mudança de tecnologia, acompanhada por uma redução do
ciclo de vida dos produtos, são alguns fatores que contribuem para o crescimento da
seleção de fornecedores.

Para a seleção de fornecedores existem critérios que têm deixado de ser


somente aqueles básicos, ou seja, o preço ao qual o fornecedor oferecia o produto,
a qualidade do produto, que deveria atender à especificação mínima requerida pela
empresa, e a velocidade de entrega do produto pelo fornecedor. O custo total de
aquisição, que considera todos os custos associados à aquisição do produto; a
qualidade total oferecida pelo fornecedor (não somente a qualidade mínima
necessária); o serviço prestado pelo fornecedor, que além da velocidade de entrega
passou a considerar a confiabilidade, o custo de transporte, a consistência e
freqüência de entregas e a flexibilidade do fornecedor; a capacidade tecnológica e
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de processo do fornecedor; sua saúde financeira; e a estrutura e estratégia
organizacional do fornecedor, estão entre os novos critérios que passaram a ser
adotados. (GOFFIN et al., 1997 apud MARTINS, 2005).

Fatores que influenciam na seleção de um fornecedor, tais como:

 Habilidade técnica: O fornecedor possui habilidade técnica para


produzir ou fornecer o produto desejado?

 Capacidade produtiva: A produção deve ser capaz de satisfazer às


especificações do produto de forma consciente, ao mesmo tempo
produzindo o menor número possível de defeitos.

 Confiabilidade: Ao selecionar um fornecedor, é desejável que se


escolha um fornecedor confiável, reputado e financeiramente sólido.

 Pós-venda: Se o produto tem natureza técnica ou provavelmente


necessitará de peças de reposição ou apoio técnico, o fornecedor deve
ter um bom serviço de atendimento pós venda.

 Localização do fornecedor: Algumas vezes é necessário/recomendável


que o fornecedor esteja próximo do comprador, ou pelo menos
mantenha um estoque local.

 Preço: O fornecedor deve ser capaz de oferecer preços competitivos,


não significando necessariamente o menor preço.

Segundo Slack et al. (1999) a definição de com quantos e com quais


fornecedores a empresa irá trabalhar faz parte da estratégia de compras.

É preciso que o setor de compras mantenha uma base de dados extensa


sobre fornecedores potenciais e que seja capaz de sugerir alternativas de materiais
e serviços para serem considerados. Dentro do processo de compras, existem,
segundo Pozo (2000, p.139), as seguintes atividades centrais:

 Assegurar descrição completa das necessidades;

 Selecionar fontes de suprimentos

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 Conseguir informações de preço;

 Colocar os pedidos (ordens de compras);

 Acompanhar (follow up) os pedidos;

 Verificar notas fiscais (e romaneios respectivos);

 Manter registros e arquivos;

 Manter relacionamento com vendedores.

Concluindo, o processo de seleção de fornecedores é de extrema importância


no processo de compras. A seleção de fornecedores precisa ser a mais correta, pois
caso aconteça o contrário, as necessidades de compras da empresa não serão
perfeitamente atendidas e com isso afetará diretamente a demanda, a qualidade e a
logística do produto a ser fornecido.

1.6 Os Sistemas de Armazenagem e Gestão de Estoques

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento : São


Paulo: Saraiva, 2006.

MARTINS, Rodrigo. Estratégia de compras na indústria brasileira de higiene pessoal


e cosméticos: um estudo de casos. 2005 : Dissertação (Mestrado) – Instituto
Coppead, UFRJ,Rio de Janeiro, 2005.

POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais, uma


abordagem logística : São Paulo: Atlas, 2000. 195 p.

SLACK, N. et al. Administração da produção : São Paulo: Atlas 1999.

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