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1.4 O CONTRADITÓRIO
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Temos apresentado combativas irresignações contra a ausência de fundamentação
robusta, algo que é uma garantia de justiça (!), verificada em determinadas (muitas)
decisões judiciais advindas em processos de cunho “cível” ou crime eleitoral; sim-
plesmente, em eventuais demandas (não raras, pelo contrário), juízes eleitorais (e de
Tribunais, o que agrava consideravelmente a temerária realidade) vêm legitimando
acusações a partir de fundamentos abstratos, subjetivos e inacabados como “No meu
sentir...”, ou “A prova não me convence...” ou, ainda, “A tese defensiva não é crí-
vel...” sem fundamentar, de forma clara e concisa, robusta e motivada nos elementos
dos autos, os respectivos provimentos.
56
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. Op. cit., p. 562.
57
Na lição de BARROSO os direitos fundamentais podem assumir roupagem de princí-
pios ou de regras constitucionais (BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Cons-
40 Guilherme Barcelos
62
MENDES, Gilmar Ferreira. Curso de direito constitucional. 4. ed. São Paulo: Sarai-
va, 2009. p. 592.
63
Mandado de Segurança. “[...] 3. Direito de defesa ampliado com a Constituição de
1988. Âmbito de proteção que contempla todos os processos, judiciais ou administra-
tivos, e não se resume a um simples direito de manifestação no processo. 4. Direito
constitucional comparado. Pretensão à tutela jurídica que envolve não só o direito de
manifestação e de informação, mas também o direito de ver seus argumentos contem-
plados pelo órgão julgador. 5. Os princípios do contraditório e da ampla defesa, asse-
gurados pela Constituição, aplicam-se a todos os procedimentos administrativos. [...]
10. Mandado de Segurança deferido para determinar observância do princípio do con-
traditório e da ampla defesa (CF art. 5º LV)”. (MS 24.268 – Rel. p/ Acórdão: Min.
Gilmar Mendes – Tribunal Pleno – Supremo Tribunal Federal – j. em 05.02.2004)
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“JULGAMENTO VERSUS DECISÃO. A ordem jurídica exige que o órgão investido do
ofício judicante proceda a julgamento, e não a simples decisão, ante a necessidade de
enfrentar-se a articulação das partes, tendo em conta os elementos coligidos. Acordam
os ministros do Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade, em prover o recurso nos
42 Guilherme Barcelos
termos das notas de julgamento”. (TSE – Recurso Especial Eleitoral 36.340 (42960-
50.2009.6.00.0000) – Granjeiro/CE – Rel. Min. Marco Aurélio)
65
STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 11. Ed. Porto Alegre:.
Livraria do Advogado, 2014. p. 112.
66
Cf. Ordónez Solis, David. Derecho y Política. Navarra: Aranzadi, 2004. p. 98 e ss.
citado por STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 11. ed. Porto
Alegre: Livraria do Advogado, 2014. p. 113.
67
STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 11. Ed. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2014. p. 112-113.
68
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. Op. cit., p. 558.
69
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. Op. cit., p. 558.
70
CORDERO, Franco. Procedimiento Penal, v. 1, p. 23 apud LOPES JR., Aury. Direi-
to Processual Penal. Op. cit., p. 558.
Processo Judicial Eleitoral & Provas Ilícitas 43
71
AVOLIO, Luiz Francisco Torquato. Provas ilícitas. Op. cit., p. 31.