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INTRODUÇÃO À TEOLOGIA
Sumário
1. Uma definição de Teologia--------------------------------------------------------------03
5 O Silencia da Teologia---------------------------------------------------------------------07
Dentre várias definições sobre teologia, esta é a que entendemos ser a que
mais se encaixa no contexto desta apostila. O termo Teologia vem do grego
Theos → Deus e Logos → Palavra, Estudo. No contexto de nossos dias
podemos definir Teologia como: “A Doutrina de Deus e suas relações com o
universo.” (Alexandre Milhoranza).
Não seria recomendável dizer que a teologia tem como alvo estudar ou
conhecer Deus de forma total e completa. Isto seria no mínimo impossível
porque não dizer uma manifestação de soberba de nossa parte. Deus é infinito,
insondável, soberano, ao passo que somos limitados e imperfeitos, e por esta
razão estamos impossibilitados de explicar Deus. A velha natureza ainda habita
em nós, e esta faz com que tenhamos definições limitadas e por muitas vezes
imperfeitas sobre Deus. Ele deseja ser conhecido, manifestando seu amor por
nós, no entanto, revela-se a humanidade de conformidade com nossas
limitações.
Como deveremos observar mais adiante nesta apostila, deve haver uma
relação entre espiritualidade e teologia que a meu ver, devem estar de mãos
dadas, pois uma depende da outras, ambas se completam. Teologia sem
espiritualidade tende a nos transformar em uma enciclopédia de informações
teológica, mas sem experiências de relação com O Deus que é revelado nela.
Uma espiritualidade sem teologia pode desembocar em fé alienada,
impossibilitando-nos de explicar a razão da nossa fé.
O estudo da teologia é uma tarefa para todo cristão. Erramos quando não nos
esforçamos na leitura e reflexão das escrituras. Jesus nos adverte em sua
palavra sobre a questão e, portanto pecamos quando não damos crédito a ela.
Corremos sério risco de cairmos no engano cometendo erros de interpretação
de textos bíblicos que podem nos levar a uma fé errante. Leia a crítica de
Jesus feita aos seus opositores sobre a questão (Mt.22.29; Mc.12.24; 14.49).
Nesse estudo, Teologia e oração devem ser duas amigas inseparáveis, pois
ambas devem caminhar juntas. Teologia sem oração resulta em racionalismo
teológico onde o aluno corre sério risco de desenvolver uma espiritualidade
focada na razão sem muitas experiências relacionais ou quase nenhuma
intimidade com o Eterno. O grande perigo que permeia é colocar a razão acima
da fé. Teologia sem oração produz teólogos com pensamentos liberais em
extremo, pois a falta de oração e humildade no estudo da teologia aniquila a fé.
Oração sem teologia resulta em uma fé alienada.
Fé que não reflete, não pensa, não constrói convicções seguras nas escrituras,
fé que está sujeira a manipulação, fé aprisionada nos grilhões da ignorância
resultando em um analfabetismo teológico, fé induzida pelas massas, pelo falso
discurso, fé vacilante. Como bem disse John Stott: “Crer é também pensar”. Fé
que não pensa impede o avanço da maturidade.
A teologia é tarefa para todos porque Deus deseja em seu infinito amor amar e
ser amado. É o eterno que através da teologia bíblica deseja se revelar a toda
à humanidade. O ser humano em seu estado de depravação e pecado está
incapacitado de se aproximar de Deus, e somente por intermédio da pessoa de
Jesus Cristo é encontrada esta possibilidade. É neste cenário que entra o
estudo da teologia. Não em outro lugar, se não nas escrituras o homem
encontra Deus revelado na pessoa do Filho Unigênito, o Cristo encarnado, o
Deus que se fez homem e habitou entre nós, O Jesus de Nazaré, O verbo vivo,
O Deus de toda eternidade. A teologia cumpre seu papel dando a todos a
possibilidade de conhecer e desfrutar da maravilhosa graça de Deus revelada
nas escrituras.
É necessário que haja também uma fé com entendimento, uma fé que pensa,
uma fé reflexiva, para não cairmos no erro do fanatismo religioso, onde muitos
se tornado alienados por falta de entendimento. Portanto, uma teologia sem
espiritualidade nos leva a um racionalismo sem vida, e uma espiritualidade sem
teologia, nos leva a uma fé sem entendimento. (www.teologiaevida.com.br)
Tudo que não fosse provado cientificamente deveria ser rejeitado. Não havia
mais espaço para oração. A razão humana tragou a fé. Milagres, doutrinas
como nascimento virginal de Cristo, Céu, Anjos, Inferno, ressurreição e muitas
outras verdades bíblicas, foram totalmente rejeitadas simplesmente pelo fato
da razão humana não aceitar o que não fosse provado à luz do saber.
Entre fé e razão deve haver equilíbrio. Na teologia bíblica, Existem textos que
nossa razão humana não consegue compreender, é inútil explicar o
inexplicável, é como lutar contra a correnteza em um barco sem leme ou
enxergar o caminho no deserto em noite de eclipse. No entanto, por meio da fé
nós cremos e pregamos com convicção. O inexplicável pode ser aceito por
meio da fé. Neste caso, é possível crer sem ter uma explicação definitiva sobre
a questão.
A fé não anula, mas transcende a razão. Como crer, por exemplo, na doutrina
da trindade ou na eleição e predestinação? É impossível entender pela razão
humana, mas pela fé cremos que é revelação de Deus para nós, ainda que em
nossa percepção, seja entendida de forma limitada e incompleta.
É por meio da fé, e não pelo exercício da razão que começamos e mantemos
uma relação com Deus. Relaciona-se para conhecer, e uma vez conhecendo,
começamos a amar e ser amado, desfrutando de sua maravilhosa graça que é
rica em misericórdia, compaixão, perdão, acolhimento. Então, a razão serve
apenas para compreender. Compreendemos com a mente, e nos relacionamos
com o coração. A razão nos faz entender, o espírito por meio da fé arde em
conhecer aquele que deu sua vida por nós na cruz do calvário.
O SILÊNCIO DA TEOLOGIA:
A filosofia por sua vez dará sua contribuição em nossa formação teológica,
alargando o pensamento, onde leva o teólogo questionar o porquê das coisas,
no entanto não deverá exercer influência total em nossa teologia.
Outro perigo da teologia é separar teologia e oração. O teólogo que não ora
corre o perigo de cair no intelectualismo, dando ênfase ao conhecimento e ao
acúmulo de informações fazendo com que sua pregação se torne seca e sem
vida.
escrituras. Pedir a ajuda do Espírito para que nossa teologia não seja a mais
correta, mas que seja coerente e equilibrada, não dogmática, mas flexível, não
detentora da verdade, mas aberta para novos diálogos. Sem oração, como
haverá resposta para compreender a revelação que esta encoberta? Teologia e
oração não podem se distanciar, devem ser amigas inseparáveis. Ambas se
completam na revelação do altíssimo, por meio do filho. É na oração que
podemos perceber nossa limitação diante de tamanha e maravilhosa
revelação, perceber nossa condição de pecador e depender da ajuda de Deus
para compreender, é com oração e teologia que o cristão encontra a razão
para expressão de sua fé. Teologia sem oração desemboca em racionalismo
teológico.
Fazer teologia para satisfazer nosso egocentrismo. Certa vez conversava com
um estudante de teologia que desanimado não pretendia continuar o curso.
Seu argumento foi que, se ao final do curso, não seria ordenado pastor, não
valeria apena continuar. Muitos ingressam no curso de teologia movido por um
espírito egocêntrico. Querem fazer teologia, não para servir os outros, mas
simplesmente para satisfazer seus própios interesses.
BIBLIOGRAFIA:
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de estudos Shedd. São Paulo: ed. Vida Nova, 1998.
1786 pp.
BÍBLIA SAGRADA. Bíblia de estudo de genebra. São Paulo: Ed. Cultura Cristã,
1999. 1710 pp.
SITES:
Teologiaevida.com.br
Monergismo-mores.blogspot.com