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AMINOÁCIDOS

A FUNÇÃO DOS AMINOÁCIDOS

Os aminoácidos são unidades químicas ou “blocos


constituintes”, como são normalmente chamados, que formam as
proteínas. Contém 16% de nitrogênio, fato que os diferenciam dos
carboidratos e dos ácidos graxos que não contem nitrogênio.
As proteínas não existiriam sem a combinação apropriada de
aminoácidos. Para entender a importância dos aminoácidos, você
precisa entender a importância das proteínas para a vida. É a
proteína que forma a estrutura de todos os seres vivos. Cada
organismo, do maior animal ao menor micróbio, é composto de
proteína. E nas suas varias formas, é a proteína que participa dos
processos químicos vitais que nos permitem continuar vivos.
No corpo humano, as substâncias protéicas compõem os
músculos, ligamentos, tendões, órgãos, glândulas, unhas, cabelos e
fluidos corporais ( exceto a bile e a urina). As proteínas são
essenciais para o crescimento dos ossos. Enzimas, hormônios e
genes também são compostos de varias proteínas. Depois da água,
a maior parte do peso de nosso corpo deve-se à proteína.
Conseqüentemente, é fácil ver por que é tão importante à saúde
atender às necessidades protéicas do nosso corpo.
Para que a proteína seja completa, deve conter todos os seus
aminoácidos específicos. Os aminoácidos podem estar ligados
quase que indefinidamente para formar mais de 50.000 proteínas
diferentes e 20.000 enzimas conhecidas. Cada tipo de proteína é
composto de diferentes aminoácidos, sendo cada um deles
destinado a atender uma necessidade especifica, eles não são
intercambiáveis.
O sistema nervoso central não pode funcionar sem os
aminoácidos, que atuam como neurotransmissores ou precursores
de neurotransmissores. São necessários a fim de que o cérebro
receba e envie mensagens. Se todos os aminoácidos estiverem
conjuntamente presentes, quase tudo pode dar errado na
transmissão da mensagem.
Há aproximadamente 20 aminoácidos comumente
conhecidos, responsáveis pelas centenas de diferentes tipos de
proteínas presentes em todos os seres vivos. No corpo humano, o
fígado produz cerca de 80% dos aminoácidos necessários, os 20%
restantes devem ser obtidos de fontes externas. Os aminoácidos
que devem ser obtidos por meio da dieta são chamados
aminoácidos essenciais. Os aminoácidos essenciais que entram no
corpo pela alimentação são: arginina, histidina, isoleucina, leucina,
lisina, metionina, fenilalanina, treotina, tirptofano, e valina.
Os outros aminoácidos que o corpo parece ser capaz de
produzir a partir de outras fontes são: alanina, ácido aspártico,
asparagina, ácido glutâmico, glutamina, glicina, prolina e serina. A
maioria dos aminoácidos ( exceto a glicina) pode assumir duas
formas - uma é a imagem espelhada da outra. São chamados de
séries D e L. Já que os aminoácidos da série L assumem a mesma
forma natural que os aminoácidos encontrados no tecido de
plantas e animais vivos, são considerados mais compatíveis com a
bioquímica humana. Os que formam proteína são todos de
configuração L, exceto a fenilalanina, que também pode aparecer
como DL-fenilalanina. O processo de ligação de aminoácidos para
formar proteínas ou decomposição de proteínas em aminoácidos
isolados para uso pelo corpo é continuo. Quando precisamos de
mais proteínas enzimáticas, o corpo produz mais proteínas
enzimáticas, quando precisamos de mais células, o corpo produz
mais proteína para as células. Esses diferentes tipos de proteínas
são produzidos de acordo com necessidade. Se o corpo ficar sem
suas reservas de qualquer um dos aminoácidos essenciais, não
será capaz de produzir as proteínas que necessitam desses
aminoácidos.
A falta de proteína resultante pode levar facilmente a varias
doenças.
Os aminoácidos permitem que as vitaminas e minerais possam
realizar seu trabalho adequadamente. As vitaminas e minerais são
absorvidos e assimilados no organismo, fato que só acontece com a
presença dos respectivos aminoácidos, por exemplo: níveis baixos
de aminoácido tirosina podem provocar uma deficiência de ferro,
deficiência ou metabolismo alterado dos aminoácidos metionina e
taurina tem sido relacionados a alergias e doenças auto-imunes.
Os pacientes idosos sofrem de depressão ou de problema
neurológicos associados com deficiência de aminoácidos tirosina,
triptofano, fenilalanina e histidina, todos os aminoácidos de cadeia
curta valina, leucina, isoleucina, estão principalmente relacionados
com a formação da bainha de mielina. Estes aminoácidos podem
ser utilizados para prover energia diretamente ao tecido muscular.
Altas doses de aminoácidos de cadeia curta têm sido utilizadas em
hospitais para tratar pacientes sofrendo de processos de traumas e
de infecção.
Os aminoácidos não essenciais, que podem ser elaborados no
organismo por outros aminoácidos ou obtidos através de dieta
incluem:
- alanina, arginina, asparagina, ácido aspártico, citrulina,
cisteina, cistina, ácido gama aminobutírico, ácido glutâmico,
glutamina, glicina, ornitina, prolina, serina, taurina e tirosina.
O fato de serem denominados não essenciais não significa que
não seja necessário, somente indica que são sintetizados no
organismo através de estruturas protéicas obtidas através da
alimentação.
Nota: A doses habituais dos aminoácidos são quase similares
para todas as células, em torno de 500 mg, uma duas ou três vezes
ao dia, administradas antes das principais refeições, em torno de
15 a 30 minutos, para poderem ser absorvidas e não terem que
competir com os aminoácidos que são desdobrados pelas proteínas
ingeridas, durante a alimentação. Os aminoácidos devem ser
administrados quase todos eles na sua forma L ou levogira. Os
aminoácidos individuais não devem ser tomados por períodos
extremamente longos, a não ser que estejam utilizados com fins
profiláticos com é o caso da lisina em pacientes com herpes zoster.
Vamos estudar alguns dos aminoácidos pela importância
clínica que tem para ser suplementados quando requeridos pelo
organismo.

ALANINA

Ajuda no metabolismo da glicose e funciona como um


carboidrato que o organismo utiliza para energia. Os vírus da
síndrome da fadiga crônica, relacionados ao Epstein-Barr, tem sido
associados principalmente, a uma excessiva quantidade de alanina
presente e baixas quantidades de tirosina e fenilalanina. Uma
forma de alanina, que é a beta-alanina, é um constituinte
importante do ácido pantotênico, vitamina B5 e da coenzima A,
que é um catalisador importante dentro do organismo.

ARGININA

A arginina retarda o crescimento dos tumores e cânceres por


aumentar o sistema imunológico. Aumenta o tamanho e a
atividade da glândula timo que elabora os Linfócitos T. Arginina
pode ser benéfica em pacientes que sofrem de problemas de
doenças malignas, incluindo processos infecciosos graves que
podem comprometer a atividade do sistema imunológico. O fluido
seminal contem arginina que é extremamente importante para
formar uma substância chamada espermidina. Os estudos sugerem
que a maturidade sexual pode ser retardada em pacientes com
deficiência de arginina, pelo contrário, a arginina é extremamente
útil para tratar esterilidade em homens. A arginina é encontrada
em altas concentrações na pele e tecidos conectivos, formando
parte do esquema de tratamento de regenerações e cicatrização
tissular.
A arginina é utilizada no metabolismo muscular, aumenta e
mantém o equilíbrio adequado de nitrogênio e atua como um
veiculo para transporte e depósito do excesso de nitrogênio. Tem
sido utilizada, segundo referência na antiga literatura, como um
coadjuvante no trata-mento da perda de peso, assim como para
aumentar a massa muscular reduzindo a presença de massa
gordurosa. A arginina, junto com a ornitina e lisina, forma parte de
uma seqüência utilizada no estímulo os níveis de hormônio do
crescimento. A arginina ajuda a estimular o pâncreas a liberar
insulina e um componente da vasopressina, que é um hormônio
pituitário, assim como ajuda a liberação do hormônio do
crescimento. A arginina é um componente do colágeno e ajuda no
crescimento e na formação de ossos e tendões e pode ser um
tratamento coadjuvante em pacientes com artrites ou doenças do
colágeno. A arginina não deve ser administra junto com lisina nos
mesmos horários porque acabam se bloqueando. Nos casos
necessários, a arginina pode ser administrada de manha e a lisina
à noite.
A arginina não deve ser administrada em indivíduos que são
portadores de herpes zoster e doenças herpéticas, porque estes
utilizam arginina como meio de cultura para se desenvolverem. Os
pacientes portadores de esquizofrenia devem evitar doses acima
de 30 mg/dia, pois podem aumentar as crises de alucinação nestes
tipos de pacientes.
A arginina é benéfica para problemas de fígado, como cirrose
hepática e fígado graxo. A L-arginina deve ser evitada durante a
gravidez e a amamentação.

L-ASPARAGINA

A L-asparagina é necessária para manter o equilíbrio do


sistema nervoso central, evitando que se fique excessivamente
nervoso ou excessivamente calmo.

ÁCIDO ASPÁRTICO

O ácido aspártico aumenta o rendimento físico. É utilizado no


tratamento coadjuvante de fadiga e em se verificado que pacientes
portadores de fadiga crônica podem ter níveis baixos de ácido
aspártico; isto provoca uma diminuição da energia celular. Este
aminoácido também protege o fígado, ajudando a remover o
excesso de amônia do corpo. Aumenta a produção de
imunoglobulina e anticorpos.

CARNITINA

É um aminoácido complexo, é uma substância relacionada a


vitaminas do grupo B. Sem embargo, sua estrutura química é
similar à dos aminoácidos. Sua função mais importante é ajudar a
transportar os ácidos graxos de cadeia longa, que são utilizados
dentro das células para prover energia. Portanto é a maior fonte
de energia para os músculos. A carnitina aumenta o uso de
gorduras como uma fonte de energia, isto evita o deposito de
ácidos graxos, principalmente no coração, fígado e músculo
esquelético. A carnitina reduz os riscos de saúde secundários ao
metabolismo deficiente e gorduras associados ao diabetes. Inibe o
efeito indutor de depósitos de gordura no fígado provocados pelo
álcool e diminui o risco de doenças cardíacas. Diferentes estudos
têm demonstrado que a lesão do coração, por cirurgia cardíaca,
pode ser reduzida quando é tratado com carnitina. Tem a
capacidade de reduzir os triglicerideos, ajuda na perda de peso,
aumenta a forca muscular, principalmente em pacientes com
desordens neuromusculares. Acredita-se que a deficiência de
carnitina pode ser um contribuinte para certos tipos de distrofia
muscular, e tem-se demonstrado que estas doenças se apresentam
normalmente com grandes perdas de carnitina na urina. Os
pacientes com estas condições normalmente necessitam de
maiores concentrações de carnitina.
A carnitina aumenta a atividade do efeito antioxidante, das
vitaminas E, A e C.
A carnitina pode ser elaborada no organismo se existirem
suficientes quantidades de ferro, vitaminas B1, B6, e aminoácidos,
como a lisina e a metionina. As sínteses de carnitina também
dependem da presença de níveis adequados de vitamina C.
Muitos casos de deficiência de carnitina têm sido identificados,
principalmente na sua parte genética, como um processo de
deficiência herdada nas sínteses de carnitina. Os sintomas
associados incluem confusão, precordialgia, fraqueza muscular e
obesidade. Devido ao fato dos homens possuírem maior massa
muscular que as mulheres, é sabido que a necessidade de carnitina é
maior no grupo do sexo masculino. Os vegetarianos, muito mais
que os não vegetariano, são deficientes em carnitina porque esta
não se encontra no mundo vegetal. Os vegetarianos, para garantir
adequada suplementação de carnitina, deveriam se alimentar com
grãos ou outras substâncias que seja fortificada por lisina.

CITRULINA

A L-citrulina promove energia, estimula o sistema


imunológico, metaboliza-se em L-arginina e desintoxica o corpo da
amônia, que danifica as células vivas.

CISTEÍNA E CISTINA

São dois aminoácidos intimamente relacionados. Cada


molécula de cistina contem duas moléculas de cisteina. Cisteina é
altamente instável e rapidamente convertida em cistina, porem,
cada forma tem capacidade de converter-se na outra. Ambos são
aminoácidos que contem um grupo sulfidrila que ajuda a formação
da pele e é importante na desintoxicação, principalmente de metais
pesados.
A cisteina esta presente na alfa-queratina, proteína chefe das
unhas, pele e cabelo. A cisteina ajuda na produção de colágeno e
promove uma elasticidade adequada conservando a textura da pele.
Ajuda, ao mesmo tempo, a desintoxicar o organismo de toxinas e
metais pesados. A cisteina é muito mais solúvel que a cistina, e é
usada rapidamente pelo organismo, e normalmente é melhor
utilizada como uma forma de tratamento. É um aminoácido
formado pela L metionina na presença de vitaminas B6 e B12 e
ácido fólico. Quando existe deficiência de qualquer uma destas
vitaminas, evidentemente tem lugar um aumento da formação de
cistina, homocisteína e isto automaticamente é um fator de risco
de doença cardiovascular. A suplementação com cisteina é
recomendada no tratamento de artrite reumatóide, endurecimento
das artérias e alterações mutagênicas celulares. A cisteina quela
metais pesados, liga-se principalmente com ferro solúvel, ajuda a
queimar as gorduras e aumentar a formação de massa muscular. A
forma melhor absorvida é N-acetilcisteina que aumenta os níveis de
glutationa, principalmente nos pulmões, rins, fígado e medula
óssea.

Ácido Gama-aminobutírico

É um aminoácido que age como um neurotransmissor no


sistema nervoso central. Essencial para o metabolismo cerebral, é
formado no organismo pelo ácido glutâmico. Sua função é diminuir
a atividade neuronal e inibir as células neurológicas de se
tornarem hiperexcitadas. Junto com a niacinamida ( um dos
formadores da vitamina B3) e inositol diminui a ansiedade e o nível
de estresse, assim como as mensagens de estresse que vão atingir
os centros motores cerebrais.
GABA pode ser tomado no organismo para atingir o mesmo
sucesso terapêutico que o os diazepinicos (valium, librium e outros
tranqüilizantes), sem o problema do abuso.
Tem sido utilizado no tratamento de hipertensão e epilepsia.
Aumenta a libido principalmente por agir como um relaxante.

Ácido L-Glutâmico

É um neurotransmissor excitatório que aumenta a


excitabilidade neuronal no sistema nervoso central. É considerado
o maior neurotransmissor excitatório no cérebro e medula espinhal.
É importante no metabolismo dos açucares e gordura. Ajuda a
regular o transporte de potássio através da barreira
hematoencefalica. Apesar de não atravessar a barreira
hematoencefalica tão rapidamente quanto a glutamina, é
encontrado em altos níveis no plasma e pode infiltrar em pequenas
quantidades dentro do cérebro. O cérebro pode usar ácido
glutâmico como energia e o ácido gamico pode desintoxicar o
organismo de amônia por recolher átomos de nitrogênio. É um
processo onde cria outro aminoácido que é glutamina. A conversão
de ácido glutâmico em glutamina indicaria simplesmente que o
organismo esta desintoxicado de amônia. Este aminoácido ajuda a
corrigir problemas de personalidade.
L-Glutamina

A L-Glutamina é importante para combater alcoolismo, desejo


de doce, impotência, fadiga, epilepsia, senilidade, esquizofrenia,
retardo mental, úlceras pépticas, para aumentar a capacidade
mental e manter a saúde do sistema digestivo. É convertida em
ácido glutâmico no cérebro, essencial ao funcionamento cerebral, e
aumenta a quantidade de GABA necessário. Não substitua a
glutamina pelo ácido glutâmico no tratamento do alcoolismo, não
fornece resultados tão bons. A glutamina é encontrada em grandes
quantidades nos músculos, e esta prontamente disponível, quando
necessário, a formação de proteínas musculares. Este aminoácido
ajuda a manter e aumentar a formação de massa muscular. A
literatura tem referenciado que a glutamina seria útil no
tratamento das artrites, doenças auto-imunes, fibroses, alterações
gastrointestinais, úlceras pépticas, doenças do colágeno, como
esclerodermia e lesões teciduais secundarias à radiação,
principalmente em pacientes portadores de câncer.

L-Glutationa

Assim como a carnitina, a glutationa não e tecnicamente um


aminoácido. E um composto classificado como um tripeptídeo que
o organismo forma através dos aminoácidos cisteina, ácido
glutâmico e glicina. A glutationa é um agente antioxidante
extremamente importante, ajuda a desintoxicar os próxidos do
organismo, e o mais importante é que inibe a produção de radicais
livres, principalmente dos tipos lipidicos e de hidrogênio. Junto
com o selênio e a vitamina E, tem um alto poder antioxidante no
organismo. Os suplementos de glutationa são caros e melhor suprir
o organismo com os materiais crus, reduzir os aminoácidos cistina,
ácido glutâmico, e glicina. Protege contra danos do cigarro e
radiação, ajuda a reduzir os efeitos colaterais de quimioterapia e
raio-x e combate a intoxicação por álcool. Como desintoxicante de
metais e medicamentos, ajuda o tratamento de problemas de
sangue e fígado.

L-Glicina

Retarda a degeneração muscular porque aumenta a produção


de creatina, um composto que esta presente no músculo tecidual e
é utilizado na construção do RNA e DNA. A glicina é essencial para
a síntese de ácidos nucleicos, ácidos biliares e outros aminoácidos
não essenciais ao organismo. Sua concentração é extremamente
elevada na pele e no tecido conectivo, e por isso é utilizada para a
reparação de tecidos lesados e acelerar o processo de cicatrização.
O excesso de glicina no organismo pode provocar fadiga, mas em
proporções equilibradas pode ser uma fonte importante de energia.
É necessária para o funcionamento do sistema nervoso central e
para a saúde da próstata. Tem sido usado no tratamento de
depressão bipolar.

L-Histidina

A L-histidina é importante no crescimento e regeneração de


tecidos, tratamento de ulceras, hiperacidez, promove a digestão e a
produção de sucos gástricos. E necessário ao trata-mento de
alergias, artrite reumatóide, anemia e produção de hemácias e
leucócitos. A histamina é formada a partir da histidina e é liberada
pelas células normalmente como uma resposta imunológica.
Protege o organismo contra radiação e ajuda a remover metais
pesados do sistema, e protege contra problemas de audição.
Tem que ser tomado com vitaminas B3 e B6, que são
necessárias para a conversão de histina em histamina.

L-Isoleucina

É um aminoácido essencial necessário à regulação de


hemoglobina, e estabiliza e regula os níveis de energia e os níveis
glicemicos plasmáticos. É metabolizada no tecido muscular, é um
dos três aminoácidos de cadeia curta que são muito utilizados
principalmente por atletas. A combinação dos três aminoácidos,
isoleucina, leucina e valina de cadeia curta, também tem sido
utilizada em pacientes portadores de diferentes tipos de
polineuropatias, como uma fonte de energia para recuperar a
bainha de mielina. A isoleucina deve ser sempre tomada em uma
dose de equilíbrio junto como os outros aminoácidos de cadeia
curta, leucina e valina. A deficiência de L isoleucina pode levar a
sintomas semelhantes aos da hipoglicemia.

L-Leucina

É um aminoácido essencial, também de cadeia curta, protege


os músculos e age como uma fonte de energia. Promove a
cicatrização dos ossos, pele e musculatura e também participa do
metabolismo da glicose. Alguns autores indicam que ela poderia
estar relacionada com aumento na produção de hormônios do
crescimento. É um suplemento recomendado para as pessoas que
se recuperam de cirurgias.
L-Lisina

É um aminoácido essencial necessário para a produção da


série de proteínas. No organismo, participa do crescimento e
desenvolvimento ósseo nas crianças. Aumenta a absorção de cálcio
e mantém um adequado balanço nitrogenado. É necessário na
produção de anticorpos, hormônios e enzimas e ajuda na formação
de colágeno. Tem-se recomendado a suplementação de lisina,
principalmente, junto com a vitamina E bioflavonóides, tanto para
evitar problemas dos pacientes com herpes e principalmente,
naqueles com quadros gripais repetitivos que estejam
apresentando alteração no sistema imunológico.
Não deve ser administrada junto com a Arginina porque as duas se
bloqueiam, devendo ser administrada em períodos diferentes do
dia.
Reduz as altas taxas de triglicerídios no sangue. Sua
deficiência acarreta também a perda de energia, falta de
concentração, irritabilidade, olhos injetados, queda de cabelo,
anemia, crescimento retardado e problemas de reprodução.

L – Metionina

É um aminoácido essencial que ajuda o desdobramento dos


ácidos graxos, evita o deposito destes no fígado e artérias que
podem alterar o fluxo circulatório para o resto dos tecidos. As
sínteses dos aminoácidos, cisteina e taurina, dependem da
disponibilidade de metionina. Ajuda o sistema digestivo, elimina
tóxicos e metais pesados, diminui a fraqueza muscular. É uma
profilaxia para unhas e cabelo, protege contra a radiação e é útil
em pacientes portadores de alergias químicas e osteoporoses. A
metionina tem um potente efeito antioxidante, tanto por seu
grupo sulfidrila, como pela atividade quelante de inibir a ação de
metais pesados que podem agir aumentando a produção de
radicais livres. Além de ser uma boa fonte de enxofre, a L-
metionina é importante no tratamento de febre reumática e
toxemia resultante da gravidez.
Ajuda a decompor lipideos, evitando o acumulo de gordura
no fígado e nas artérias, o que obstrui o fluxo do sangue para o
cérebro, coração e rins.
A cisteina e a taurina podem depender da metionina para sua
síntese no organismo.
L-Ornitina

A L-ornitina, combinada à L-arginina e L-carnitina, ajuda a


liberar um hormônio de crescimento que metaboliza excesso de
lipideos. É necessário ao sistema imunológico e ao funcionamento
do fígado. Ajuda a desintoxicar o corpo da amônia.
A ornitina se forma no organismo a partir da arginina e serve como
um precursor da citrulina, prolina e ácido glutâmico.
Deve-se evitar a suplementação de ornitina em crianças e
mulheres grávidas, lactantes ou pacientes que tem história de
esquizofrenia.

L-Taurina

Altas concentrações de L-taurina são encontradas no


miocárdio, leucócitos, músculos esqueléticos e sistema nervoso
central. Este aminoácido ajuda na digestão de gordura, problemas
cardíacos, hipoglicemia, arteriosclerose, hipertensão e edema, alem
de atuar como bloco constituinte de todos os aminoácidos.
É um componente chave da bile, necessária para a digestão
de gorduras, absorção de vitaminas lipossolúveis e controle dos
níveis de colesterol no sangue. Epilepsia, ansiedade,
hiperatividade e disfunção cerebral estão relacionados à
deficiência de L-Taurina.
Requer vitamina B6 para conversão a partir da cisteina.
Permite uma adequada utilização de sódio, potássio, cálcio e
magnésio e tem uma particular importância para evitar a perda de
potássio do músculo cardíaco.
Alguns autores acreditam que a deficiência de zinco, que esta
envolvida na formação de taurina, poderia ser por sua vez, a causa
dos problemas epilépticos nas crianças.

L-Tirosina

A L-tirosina é importante no tratamento da ansiedade,


depressão, alergias e dores de cabeça. Ajuda na produção de
melanina ( pigmento da pele e cabelo) e funções das glândulas
supra-renais, tireóide e pituitária. Baixos níveis de tirosina no
plasma tem sido associados ao hipotireoidismo. A L-tirosina eleva
o animo, diminui o apetite e reduz a gordura do corpo. Tem sido
usado para desintoxicar pessoas viciadas em drogas.
L-triptofano

O L-triptofano é necessário à produção de niacina ( Vit. B3).


Cura insônia, ajuda a estabilizar os ânimos e é utilizada pelo cérebro
para produzir serotonina, um neurotransmissor necessário que
transfere os impulsos nervosos de uma célula para outra e é
responsável pelo sono normal.
Ajuda a controlar a hiperatividade em crianças, alivia o
estresse, é benéfico para o coração, ajuda a controlar o peso e
aumenta a liberação de hormônios do crescimentos necessários à
produção de vitamina B6 (piridoxina). Uma quantidade suficiente
de vitamina B6 é necessário à formação do triptofano que, por sua
vez, é necessário à formação de serotonina.

L-fenilalanina

É um aminoácido essencial. É convertida, no organismo, num


outro aminoácido, que é a tirosina, usado para sintetizar dois
neurotransmissores importantes, dopamina e norepinefrina. Devido
à sua relação com o sistema nervoso central, este aminoácido pode
melhorar o estado de ânimo, diminuir a dor, ajudar na memória e
aprendizagem e ter um efeito anorexigeno. Pode ser usado no
tratamento de artrites, depressão, cólicas menstruais, enxaquecas,
obesidade, doença de Parkinson, esquizofrenia.
A forma L-fenilalanina é utilizada como uma forma de
estimulo da colesitoquinina, que ajuda como um mecanismo de
bloqueio do sistema e da fome no sistema nervoso central.
Melhora a textura da pele, por aumentar a produção de colágeno, e
reduz a perda deste colágeno através do processo de
envelhecimento. Aumenta a cicatrização da cartilagem e mantem a
estrutura das articulações, tendões e tem uma participação direta
no músculo cardíaco. Junto com a vitamina C promove
regeneração do tecido conectivo.
A L-fenilalanina não deve ser utilizada por grávidas ou por
pessoas que sofram de ataques de ansiedade, pressão alta,
fenilcetonúria ou melanoma pigmentado preexistente ( um tipo de
câncer).

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