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Política em D&D: A Guerra dos Giths

Tempos atrás uma raça semelhante aos humanos foi escravizada pelos Ilithids. Os Mind
Flayers, com seus poderes telepáticos sobrenaturais, sabiam que a melhor forma de subjugar a
vontade de um povo era através do controle mental. Assim, os Devoradores de Mentes
instauraram um vasto império tirânico em vários mundos.
Com o passar das eras, a raça dos escravos começou a desenvolver, evolutivamente, uma
resistência mental ao controle ideológico dos seus senhores. Os povos oprimidos, liderados por
Gith, A Rainha Guerreira, se revoltaram, causando a queda do regime ditatorial.
Após a vitória do Povo contra o Império Ilithid, Gith, a líder da rebelião, insistiu que todos os
ilithids do multiverso deveriam ser perseguidos e destruídos, pois somente assim o povo estaria
livre de seus opositores e a Grande Revolução se espalharia por todos os planos da existência.
Ninguém nunca mais ousaria controlar os gith novamente, pois agora os oprimidos eram mais
fortes do que os opressores - e todas as raças do multiverso eram possíveis opressores!
No entanto, outro líder, chamado Zerthimon, argumentou que o povo já estava livre e deveria, ao
invés disso, começar a consertar o dano causado à sua raça. "A solução mais sábia para nosso
povo é recuperarmos a crença, a filosofia e o senso de justiça perdidos durante a escravidão
psíquica. Pois, que adianta ao povo gith conquistar o multiverso inteiro e perder a sua sanidade
mental?" Esse objetivo estava no coração de muitas pessoas. Ainda assim, Gith insistiu que o
ponto de vista dela era o único caminho possível e que todos deveriam estar "abaixo do mesmo
céu" neste assunto.
Zerthimon então disse a Gith "assim como existe apenas um plano superior e um inferior, não
pode haver dois céus". Isto ficou conhecido como A Declaração Universal dos Dois Céus, um
pronunciamento de guerra que dividiu a raça dos gith em dois pólos políticos: à esquerda, os
Githyanki, seguidores da revolução de Gith, A Rainha Guerreira; à direita, os Githzerai,
seguidores do Profeta Zerthimon.
Os gith que desejaram seguir seus próprios caminhos após a divisão política da raça não são
propriamente uma raça, mas são denominados de Githvyrik. Eles acreditam que o caminho para
a liberdade é ter uma atitude de abertura e tolerância para com todos. Essa doutrina, também
conhecida como liberalismo, defende a liberdade cívica, econômica e da consciência individual
dos gith perante o multiverso. Por estarem no meio da divisão política, os githvyrik são pró e ao
mesmo tempo contra os dois espectros políticos.
É dito que Gith, guiada pelo espírito da revolução, desceu aos Nove Infernos de Baator para
servir a Tiamat, a Rainha Tirânica dos Dragões Malignos, como parte de um pacto de sangue
entre os dragões vermelhos e os githyanki.
Após o pacto ser selado, Ephelomon, consorte de Tiamat, foi ter com os seguidores de Gith para
anunciar o holocausto da rainha revolucionária e transmitir seu decreto final: "Eu luto ao lado da
revolução. Não de um homem. Meu último desejo é que Vlaakith seja coroada soberana dos
githyanki e continue nossas conquistas em prol de um mundo melhor. Iluminar, iluminar, essa é
minha missão e a do fogo de Tiamat."
Referências:
- About Gith in Forgotten Realms Wiki, FANDOM
- Os Três Pilares da Civilização Ocidental: Direito Romano, Filosofia Grega e Moral Judaico-
Cristã
- Pensador: Frases de Olga Benário
- Significados.com.br: Liberalismo
- InfoEscola: Caminho da Mão Direita e Caminho da Mão Esquerda por Antonio Gasparetto
Junior, Mestrado em História (UFJF, 2013)

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