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Excelentíssimo senhor doutor juiz de direito da 2ª vara criminal da

comarca ________ do estado________

Processo n0:

Mateus, já qualificado nos autos do processo acima indicado, vem, na presença


de v. exa., através de seu advogado abaixo assinado (procuração em anexo), na forma
do artigo 396 e 396-a, todos do código de processo penal, oferecer a presente

Resposta a acusação

Com base nos fatos e argumentos ora expostos:

1 – dos fatos
O réu foi denunciado pela suposta prática dos crimes previstos nos arts. 217-a,
parágrafo 1 c/c 234-a, III todos do código penal pois teria constrangido a jovem de
nome maísa a praticar conjunção carnal, em sua residência no mês de agosto de 2016,
valendo-se de sua incapacidade de oferecer resistência por ser deficiente mental, fato
este que gerou gravidez.

2 – do mérito
A – da atipicidade do fato

Imputa-lhe o órgão acusatório a pratica de estupro de vulnerável, por ter mantido


conjunção carnal com menor de 14 anos a qual gerou gravidez.

Entretanto, a denúncia deve ser rejeitada, por tratar-se de fato atípico. Pois, a
suposta vítima possui 19 anos e todos os atos sexuais foram consentidos.

B – da ausência de justa causa

Ponto fundamental a se considerar é a ausência do elemento típico específico,


pelo fato da suposta vítima não ser menor de idade e o ato sexual ser cosentido.
Ante o exposto, por cuidar-se de fato atípico, por inépcia
da denúncia, requer-se seja ela rejeitada. Evitando-se o
ajuizamento de ação penal sem justa causa.
Réu que manteve conjunção carnal com adolescente de 13 (treze)
anos e 5 (cinco) meses de idade.
Relacionamento entre ambos de pouco mais de 1 (um) mês.
Menor com aparência física desenvolvida, que já
havia tido experiência sexual com outrem e que afirmou ao
acusado ter idade superior. Conjunto probatório a
revelar que o réu não tinha ciência de que ela possuía idade
inferior a 14 (catorze) anos antes da prática do ato.
Erro de tipo essencial vencível configurado (art. 20, caput, CP).
Dolo excluído. Crime não punível a título de
1188
culpa. Conduta atípica. Absolvição mantida (TJSC, AC
2011.062081-3, Rel. Des. Newton Varella Júnior, j.
18/7/2013).

ASSIM APREGOA ROGÉRIO GRECO:

“Assim, imagine-se a hipótese em que o agente, durante uma


festa, conheça uma menina que
aparentava ter mais de 18 anos, dada à sua compleição física, bem
como pelo modo como se
vestia e se portava, fazendo uso de bebida alcoólica etc., quando,
na verdade, ainda não havia
completado os 14 (catorze) anos. O agente, envolvido pela própria
vítima, resolve, com o
consentimento dela, levá-la para um motel, mantêm conjunção
carnal. Nesse caso, se as provas
existentes nos autos conduzirem para o erro, o fato praticado pelo
agente poderá ser
considerado atípico, tendo em vista a ausência de violência física
ou grave ameaça”. (ROGÉRIO GRECO, CÍDIGO PENAL
COMENTADO; 2017 ;PÁG. 1188).

3 – dos pedidos
Isto posto requer a vossa excelência:

A - A absolvição sumária do réu com base no art. 397, III, DO CPP:

B – A Caso vossa excelência rejeite o pedido anterior, deverá rejeitar a ação


penal na forma do art. 395, III do cpp

C – A intimação das testemunhas ao final arroladas para depor em juízo.


Nestes termos
Pede deferimento

Local, 30 de novembro de 2016

Advogado
Oab/uf

Rol de testemunhas
A – Olinda, qualificação
B – Alda, qualificação

MARCELO GUIMARÃES DA CRUZ


MATRÍCULA: 201402302754
AULA 3

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