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4º TRABALHO – CONTESTAÇÃO
Uberlândia 2021
MENDES & DUARTE
ADVOGADOS
MAX TV S.A, CNPJ sob o nº 01234567/0001-00, com sede na Av. Giovanni Gronchi,
7143, CEP 05724-006, na cidade de São Paulo – SP, com e-mail jurídico.maxtv@max.com, por
intermédio de seu advogados, [NOME DO ADVOGADO(A) - OAB/MG [Nº DA OAB], com endereço
profissional na Avenida João Naves de Ávila, n. 1820, Bairro Santa Mônica, CEP 38408-975, na
cidade de Uberlândia – MG, endereço eletrônico: mendeseduarte.adv@adv.com, onde recebe
intimações, vem a presença de Vossa Excelência, apresentar
CONTESTAÇÃO
Nos autos da ação que lhe move ANTÔNIO AUGUSTO, já qualificado nos autos, nos
termos expostos a seguir:
1 - SÍNTESE DA INICIAL
Alega o autor que recentemente se mudou para seu novo apartamento no bairro
Santa Mônica e com isso adquiriu na data do dia 20 de outubro de 2015 inúmeros
eletrodomésticos comprados nas LOJAS ELETRODOMÉSTICOS LTDA.
Dentre os diversos eletrodomésticos, adquiriu uma TV de Led, de padrão grande
com 60 Polegadas, fabricada pela empresa MAX TV S.A com inúmeros recursos tecnológicos,
entre eles acesso à internet.
No primeiro mês de uso a TV funcionou em perfeito estado, nenhum recurso
apresentava qualquer vício identificável, no entanto, na data do dia 21 de
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E-mail: mendeseduarte.adv@adv.com // Telefone: 34 3833-3020
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Após o problema ocasionado pela TV Led, o autor alega que entrou em contato de
forma direta com a fornecedora LOJAS ELETRODOMÉSTICOS LTDA em diversas vezes, conforme
documentação em anexo.
Em resposta, a LOJAS ELETRODOMÉSTICOS LTDA solicitou que o autor entrasse em
contato diretamente com o fabricante MAX TV S.A, pois conforme a fornecedora LOJAS
ELETRODOMÉSTICOS LTDA a responsabilidade pelos prejuízos causados era de inteira
responsabilidade da mesma, se excluindo dessa forma da relação consumerista existente.
O autor relata que encaminhou diversos e-mails para a fabricante MAX TV S.A e após
vários não respondidos, o único que obteve retorno informou que seria encaminhado técnico
para analisar a situação.
Na data do dia 06 de novembro de 2015 compareceu na residência do autor o
técnico responsável e encaminhado pela fabricante Max TV S.A, o SR. Saulo Nilson Cunha Reis.
Ademais, o autor alega que o laudo pericial do técnico constatou que que o
superaquecimento, e consequentemente a explosão ocorreu por um
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2 – PRELIMINARMENTE
aparelhos:
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Ocorre que, existem diversas decisões judiciais que reafirmam esse entendimento,
conforme decisão a seguir:
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO DECLARATÓRIA ENTRE
PESSOAS NATURAIS. INCOMPETÊNCIA. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL.
ILEGITIMIDADE PASSIVA. EXTINÇÃO DA AÇÃO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO. 1. Não se insere entre as competências
originárias desta Corte, previstas no art. 102, I, da Constituição, o
processamento e julgamento de ações cíveis entre pessoas naturais. 2.
A narração dos fatos na petição inicial é incompreensível e dela não
decorre logicamente a conclusão. 3. A magistrada relatora do
processo no Superior Tribunal de Justiça é parte ilegítima em ação
declaratória da validade de documento examinado naqueles autos, já
que, em razão de sua imparcialidade judicial, não possui interesse
jurídico em negar ou afirmar a validade do documento. 4. Agravo
regimental desprovido, mantendo-se a extinção da ação sem resolução
do mérito.
(STF - Pet: 8801 SP 0090848-46.2020.1.00.0000, Relator:
ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento: 16/06/2020, Primeira
Turma, Data de Publicação: 10/08/2020)
Dessa forma, requer a Vossa Excelência, que em razão da contrariedade das
alegações fúteis apresentadas pela parte autora, A AÇÃO SEJA EXTINTA SEM APRECIAÇÃO DO
MÉRITO, conforme a égide do dispositivo previsto art. 485, IV, do Código de Processo Civil.
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JUSTIÇA
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ABRIL: R$ 19.677,30
MAIO: R$ 19.677,30
JUNHO: R$ 33.218,61
Provas que o
autor não faz
jus à
Gratuidade de
Justiça
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3 - DO MÉRITO
3.1 - DA REALIDADE DOS FATOS
Primeiramente, importante salientar que a linha que a empresa MAX S.A, como
fabricante do aparelho de TV após ter ciência do relatado pelo autor de imediato se prontificou
para atendimento, MESMO QUE A RELAÇÃO DE CONSUMO ESTABELECIDA TENHA SIDO
REALIZADA ENTRE O AUTOR E
TERCEIRO, pois a TV Led foi adquirida já no estado de usada (nos temos do item 2.3).
Adiante, o técnico encaminhado para a casa do autor constatou algo que
inimaginável, ou seja, O AUTOR PELO QUE TUDO INDICA CONCORREU ATIVAMENTE PARA
QUE A RESPECTIVA EXPLOSÃO
OCORRESSE.
Nessa linha de argumentação, o art. 12, §3º incisos I à III caracterizam basicamente
o ocorrido, ou seja, NÃO EXISTE RESPONSABILIDADE POR PARTE DO FABRICANTE,
CONSTRUTOR OU IMPORTADOR QUANDO O FATO FOR OCASIONADO POR CULPA EXCLUSIVA
DO CONSUMIDOR OU DE TERCEIRO:
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De tal forma, em que pese a argumentação despendida pelo autor, razão não lhe
assiste, posto que a requerida não concorreu para o ocorrido, pois claramente a instalação
elétrica representa não apenas risco para o autor, mas como também para todos que moram no
mesmo prédio, pois a fiação que se observa (vulgo gambiarra) demonstra claramente que é de
inteira responsabilidade do mesmo pela instalação e manutenção da rede elétrica EM SUA
RESIDÊNCIA (autor), não cabendo à MAX S.A tal responsabilidade.
Desta forma, resta evidente que a empresa MAX S.A NÃO praticou qualquer
conduta ilícita em face do autor, na medida em que a explosão que o mesmo alega ter
acontecido foi ocasionada exclusivamente em decorrência do mesmo que faltou no dever de
cuidado para com sua residência, promovendo ligações elétricas insuscetíveis a nenhuma
demanda de qualquer aparelho, pois a melhor definição que se aplica, conforme fotos em anexo,
se refere ao termo “gambiarra”.
Assim por todo o exposto, REQUER SEJAM JULGADOS TOTALMENTE
IMPROCEDENTES OS PEDIDOS DO AUTOR, visto que a
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Insta salientar que o CDC não adotou a responsabilidade civil fundada no risco
integral, logo, a comprovação acerca da existência de um dano, é indispensável demonstrar a
relação de causalidade entre a lesão suportada e o bem colocado no mercado de consumo.
A situação trazida pelo autor é onde a requerida encontra fundamento para as
excludentes de responsabilidade previstas nos artigos 12, § 3º e 14, § 3º da lei 8.078/90,
referindo-se, ambas, à necessária comprovação pelo réu de fato que signifique a quebra na
cadeia causal como forma de se ver exonerado do dever de reparar.
Com efeito, o direito do consumidor também se submete aos princípios gerais do
direito e aos microssistemas naquilo que couber.
Desta forma, o Magistrado não pode deixar de desempenhar o seu papel no que se
refere à subsunção da relação jurídica de consumo ao princípio que veda o enriquecimento sem
causa.
Justamente por isso, a hipossuficiência prevista no CDC não exime o consumidor de
demonstrar o nexo de causalidade entre a conduta praticada e o resultado danoso.
Ante ao exposto, as alegações da requerente encontram-se divorciadas dos fatos,
dos registros de atendimento constantes do banco de dados da requerida e das provas juntadas
aos autos.
Apesar de ser objetiva a responsabilidade civil do fornecedor de serviços, via
de regra, independente da verificação do dolo ou da culpa, não significa que a Lei
Consumerista tenha dispensado a comprovação do nexo causal entre a conduta e o
resultado para a caracterização da responsabilidade.
Inobstante incidirem no presente caso, em tese, as normas protetivas ao
consumidor, entre elas a de facilitação da defesa do consumidor em juízo, inclusive com a
inversão do ônus da prova (art. 6º, inciso VIII, do CDC), tais regras não têm o condão de atribuir
veracidade a toda e qualquer alegação do
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5 - DO ENRIQUECIMENTO INDEVIDO
Concluir pela ocorrência de lesão moral na presente hipótese equivaleria ao
enriquecimento sem causa do autor, o que é vedado em nosso ordenamento jurídico.
A esse respeito, a Ré se socorre dos ensinamentos do Professor Orlando Gomes,
que assim discorre sobre o tema:
“(...) há enriquecimento ilícito quando alguém, às expensas de outrem,
obtém vantagem patrimonial sem causa, isto é, sem que tal vantagem
se funde em dispositivo de lei ou em negócio jurídico anterior.”
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Caso não seja este o entendimento de V. Exa., o dano moral deve ser mensurado
de forma a atender os princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade, pautando-se na
extensão do dano, nos termos do art. 944 do Código Civil.
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