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AO JUIZO DO TRABALHO DA MM 10ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS –

AMAZONAS.

Processo: 0000460-91.2021.5.11.0010

Autor: EZIO SANTOS MORAES

Réu: ENVISION INDÚSTRIA DE PRODUTOS ELETRÔNICOS LTDA.

EZIO SANTOS MORAES, já qualificado nos autos do processo, vem a presença de

Vossa Excelência, nos termos do artigo 350 do CPC, apresentar RÉPLICA A

CONTESTAÇÃO, bem como impugnar eventuais documentos juntados pela ré, conforme

segue abaixo.

A Reclamada requer o indeferimento do pedido de prova emprestada produzido no

processo nº 0000480-16.2015.11.0003, contudo, já existem pericias recentes comprovando a

insalubridade do ambiente laboral.

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DA MANIFESTAÇÃO DOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELA RECLAMADA

A Reclamada apresentou laudo técnico de insalubridade juntamente com a contestação

(ID.c040462), impugnando a prova emprestada utilizada pelo Reclamante na presente ação.

DO CABIMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Em sede de Contestação, a Reclamada negou que o Reclamante laborasse em

ambiente insalubre, contudo, os laudos periciais atestam a veracidade das alegações trazidas

na exordial, além da sentença paradigma juntada no processo, tendo como parâmetro o

WELINGTON ANDRAD e JAIRON DA SILVA SENA (0000769-65.2019.5.11.0016), e

outros que laboravam no mesmo setor. Senão vejamos:

Alega o autor que trabalha em ambiente extremamente quente e embasa seu pedido
de insalubridade no laudo pericial elaborado no processo de nº 0000480-
16.2015.5.11.0003, cujo autor é Wellington Nobre de Andrade.

Ocorre Excelência que de plano tal documento deve ser refutado, pois o autor
jamais trabalhou nas mesmas condições que o Sr. Wellington e tampouco
desemprenhava as mesmas atividades, conforme demonstrado no decorrer da
instrução processual. [..]

Ante o exposto, pugna-se pela improcedência da condenação ao pagamento do


Adicional de Insalubridade.

A Reclamada alega que o Reclamante não laborava em local insalubre, bem como sua

função também diverge da prova emprestada apresentada no processo.

Desse modo, faz-se necessário apontar a pretensão do Reclamante, com embasamento

legal, visto que, segundo o dispositivo do art. 190 da CLT, a atividade considerada insalubre

deve estar descrita no rol determinado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, senão

vejamos:

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“Art. 190. O Ministério do Trabalho e Emprego aprovará o quadro de atividades e

operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da

insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e

o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.”

A Consolidação de Leis Trabalhistas, em seu art. 192 determina os limites de

tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegurando ao trabalhador que exerce

suas atividades em ambiente insalubre, a percepção de adicional respectivamente de 40%

(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da

região, segundo se classifiquem nos graus: máximo, médio e mínimo.

Embora a Reclamada afirme a realização de implantação do sistema de refrigeração

em seu estoque de 2016, o ambiente permanece insalubre, o qual se confirma diante das

inúmeras condenações sofridas pela empresa Ré nesse sentido.

Há de convir que se tivesse total eficácia, a Ré não estaria sofrendo condenações em

âmbito judicial em razão de ambiente insalubre, com temperaturas elevadas, como

constantemente vem ocorrendo.

Destaca-se a necessidade da realização de perícia, para que os fatos narrados na inicial

sejam confirmados.

Diante do exposto, reitera o pedido de prova emprestada já declinado na inicial.

DO CABIMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU

MÁXIMO DE 40%

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Alega a Reclamada que em eventual condenação ao pagamento do adicional de

insalubridade a ser aplicado seja o grau mínimo de 10% ou grau médio de 20%, o que

claramente não deve prosperar, tendo em vista a ampla comprovação nos autos do processo.

Por fim, após condenações judiciais, a partir de 2019, a empresa Ré passou a pagar o

referido adicional aos seus funcionários.

Diante do exposto, requer a total procedência da ação trabalhista pleiteada, ante

aos fatos e fundamentos exposto na inicial e nas manifestações posteriores, reiterando ainda, o

pedido da inicial, diante da necessidade de realização de perícia nos ambientes laborados

pelo Reclamante.

Nesses termos, pede deferimento.

Manaus/AM, 25 de janeiro de 2022.

_____________________________________

ANDRADE FILHO & PEREIRA ADVOGADOS

_________________________________________

ELSON RODRIGUES DE ANDRADE FILHO

OAB/AM 5753.

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