Anulação de Justa Causa

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

0002086-55.2015.5.11.0011
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 20/10/2015

Valor da causa: R$ 458.593,05
Partes:
RECLAMANTE: ALEXANDRE DOMINGOS
ADVOGADO: ADEMARIO DO ROSARIO AZEVEDO
RECLAMADO: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
ADVOGADO: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA
ADVOGADO: VERIDIANA CHAVES MACHADO
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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da MM __ Vara do Trabalho de Manaus, Amazonas.
Reclamante: ALEXANDRE DOMINGOS
Reclamada: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL e MSC

MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA - MAO
ALEXANDRE DOMINGOS, brasileiro, casado, nascido em 08.10.1978, filho de Maria Helena

Domingos, RG 24.571.390-6,SSP-SP, CPF133.984.768-05, CTPS 87251/109-SP, residente na Rua
Benevenuto Celline, nº 288, Conjunto Costa e Silva, Raiz, CEP 69.068-330, Manaus,AM, por seus
patronos [Doc. 02] firmados digitalmente nos termos da Lei n 11.419/2006, com escritório nesta Capital,
sito à Rua Benjamim Lima, nº 169, Jardim dos Barés, São Jorge, CEP 69.033-640, onde recebe as
intimações a que se refere o art. 39, I do CPC, vem à presença de V. Excelência, com todo respeito e
civilidade, propor:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face de MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL, pessoa jurídica de direito

privado, CNPJ 02.378.779/0001-09, estabelecida na Avenida Ana Costa, Bairro: Gonzaga, CEP 11.060-
917, Santos,SP, endereço eletrônico: corporate@mscbr.com.br e MSC MEDITERRANEAN
SHIPPING DO BRASIL LTDA - MAO, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ 02.378.779/0001-
76, com endereço para citação nesta capital, na Rua Ponta Grossa, 256-A, Sala 2, Colônia Oliveira
Machado, CEP 69.074-190, nesta capital, de acordo com o Art. 5º, V e X, da CF/88, 186 e 927,
parágrafo único do CCB e 840, § 1º, da CLT, fundada nos motivos abaixo aduzidos:
1 - DA JUSTIÇA GRATUITA - ART. 790, § 3º, DA CLT
1.1 - Em que pese a reclamante, ao tempo em que era empregada da reclamada, ter um salário bem
apanhado, atualmente encontra-se desempregada, o que lhe retira a capacidade financeira de pagar custas
processuais e honorários, motivo pelo qual, nos termos do art. 790, §3° da CLT, suplica de MM Juízo a
concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA.
2 - DO CONTRATO DE TABALHO
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

https://pje.trt11.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15102011455614800000004875511
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. b7b5d9e - Pág. 1
Número do documento: 15102011455614800000004875511
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2.1 - Foi contratado em 01.07.1999, pela primeira Reclamada, na cidade de Santos,SP, de onde é
natural, para exercer a função de AUXILIAR DE EXPORTAÇÃO; promovido em 01.02.2000 -
ASSISTENTE DOCUMENTAÇÃO; 01.07.2002 - ASSISTENTE 1; 01.05.2005 - ASSISTENTE DE
LOGISTICA; 01.01.2007 - COORDENADOR SISTEMA DE INFORMAÇÃO; em 01.09.2009, foi
transferido para Manaus,AM, passando a exercer a função de COORDENADOR DA FILIAL
MANAUS (segunda reclamada) e em 01.09.2011 -SUB GERENTE, até rescisão, tudo conforme
consignado no PPP, laborando das 08:00 às 17:00hs, de segunda a sexta, mediante salário de R$9.475,72
(nove mil quatrocentos setenta cinco reais setenta dois centavos), sendo dispensado em 02.09.2015.
3 - DO CHAMAMENTO DAS DUAS RECLAMADAS - Razão
3.1 - Foi contratado em Santos,SP, de onde é natural, pela primeira Reclamada, em 01.07.1999,
sendo transferido para Manaus,AM (segunda reclamada) em 01.03.2009, onde permaneceu até demissão,
donde emerge de forma inequívoca que se trata do mesmo grupo empresarial, pelo que requer seja ambas
solidariamente responsável, pelo que vier a ser aqui deferido, de acordo com o §2, art. 2, CLT.
4 - DA ANULAÇÃO DA JUSTA CAUSA - Art. 9º CLT
4.1 - A justa causa é a punição que somente admite aplicação quando existam motivos que acolham
a medida mais gravosa que o Empregador possa aplicar no Trabalhador e, desde que preenchidos os
requisitos de forma inequívoca para tal, quais sejam: tipificação da falta, gravidade da conduta,
adequação da penalidade à falta (proporcionalidade), ausência de perdão, singularidade da punição (nom
bis in idem), motivo determinante, etc. Assim, vários são os requisitos que devem ser observados pelo
Empregador, quando estiver fazendo uso de seu poder disciplinar, em face de falta cometida pelo
Empregado, capaz de autorizar a aplicação da pena capital.
4.2 - No caso em que ora nos debruçamos, verifica-se que as Reclamadas, integram um grupo
empresarial internacional, sendo uma das gigantes no rentável seguimento de transportes marítimo de
container e despachos aduaneiros, com sede em Genebra e filiais nos cinco continentes do mundo
particularmente no Brasil, em diversos Estados, esclarecendo que neste País, não realiza estas atividades
internamente entre seus portos, mas apenas destes para o Exterior, exclusivamente transporte marítimo C
ONTEMPORIZADO e despachos aduaneiros, conforme já nos reportamos.
4.3 - Nos parece de tudo relevante destacar, que o Reclamante, ingressou neste grande grupo
empresarial, em 01.07.1999, aonde se ativou durante 16 anos, galgando sete promoções, desde Auxiliar
de Exportação, Assistente de Logística, Coordenador Sistema de Informação; Coordenador de Filial até
Sub-Gerente da Filial Manaus,AM, onde era o principal gestor, promoções estas, conquistadas pelo seu
comprometimento com os objetivos da empresa, profissionalismo, lhaneza e determinação, tornando-se
um prestimoso colaborador, assaz justificador do longo período que permaneceu com o contrato hígido,
sem jamais sofrer a menor admoestação, mas tão somente elogios, a ponto inclusive, de ter sido
destacado para comandar a Filial Manaus.
4.4 - Ocorre que surpreendentemente, após mais de 16 anos de serviços, alavancando o processo
produtivo do grupo em questão, foi sumaria e laconicamente pré avisado nos seguintes termos: "Pelo
presente, informamos o vosso desligamento de suas atividades laborais a partir de 02.09.2015, por
motivo de JUSTA CAUSA, com fundamento no art. 482, alínea "c"da CLT, TENDO EM VISTA OS
FATOS APURADOS ATÉ PRESENTE DATA.

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4.5 - Ora, o aviso de dispensa no direito laboral, equipara-se a denúncia e o libelo no direito penal,
devendo indicar de forma clara quais os fatos que pesa contra, ou seja, de que efetivamente estar sendo
acusado, a fim de que possa se defender com amplitude, i.é., exercer o sagrado direito de defesa, de raiz
constitucional (art. LV, CF/88), de sorte que nos molde como foi informado da demissão "tendo em
vista os fatos apurados até presente data", nos parece inequívoco que ficou cerceado seu direito de
defesa, ante o aspecto lacônico da acusação, que não identifica a quais fatos se refere; quando e onde
ocorreu ou mesmo qual foi a participação do Rte.
4.6 - Por outro víeis, a indigitada letra "c", tipifica a conduta de "negociação habitual por conta
própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à
empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço". Condutas jamais adotadas
pelo Demandante, ressaltando-se que embora a partir de 03.10.2014, o Reclamante tornou-se Micro
Empreendedor Individual, através da denominação
PASSCOM - PROMOCAO E ASSESSORIA COMERCIAL, são totalmente extremos ao de seu

empregador, com objetos totalmente extremos ao seu empregador, não tendo assim, nenhuma similitudes
entre, nem muito menos conflitos de interesses, ante a incompatibilidades de objeto, além do que, durante
a jornada de labor, se dedicava exclusivamente as demandadas.
4.7 - Nos parece ainda relevante, destacar que atendendo solicitação da demandada, entregou o
Certificado da Condição de Micro Empreendedor Individual, até mesmo com o fito de transparência,
entretanto, jamais foi chamado para prestar qualquer esclarecimento, ouvido em sindicância e/ou
inquérito ou coisa parecida, simplesmente foi sumariamente demitido sob a pecha em questão, o que
sequer se harmoniza com o principio da proporcionalidade, uma vez que a proporcionalidade entre o ato
faltoso e a punição são primordiais, pois o poder de aplicar penalidades ao empregado é decorrente do
poder disciplinar atribuída ao empregador, dado, principalmente ao tempo de serviço, uma vez que, ainda
que fosse fato, a pratica de algum ato em conflito com os interesses da empresa, ainda assim, era da
lógica, ser chamado atenção e/ou advertido e nunca ser penalizado com a pena capital, o que é agravado
pelo fato de não ter praticado tais atos.
4.8 - Note-se que nem mesmo junto ao órgão homologador , foi explicitado claramente as razões
justificadora da aplicação da pena capital e nem muito menos quais os prejuízos causados pelo
Reclamante, o que deu ensejo a RESSALVA no TRCT, assinalando exatamente estes pontos, donde se
evidencia absoluta falta de provas das praticas dos atos de que esta sendo acusado, donde emerge que
não pode capitaniar a manutenção de tão grave punição, conforme vem se posicionando a interativa
Jurisprudência
Ementa: RECURSO DA RECLAMADA. DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. ATO DE CONCO

RRÊNCIA À EMPRESA. A despedida por justa causa constitui a pena mais grave que pode ser
aplicada ao empregado, exigindo robusta comprovação em juízo acerca do ato faltoso, quanto à sua
materialidade e autoria, cujo ônus recai sobre o empregador que o alega. Não tendo a 1ª reclamada
comprovado a prática do alegado ato de concorrência à empresa pelo empregado, a justificar a sua
despedida motivada, é imperativa a manutenção da sentença que reconheceu a dispensa sem justa
causa e condenou a empregadora ao pagamento das parcelas resilitórias decorrentes.[1]
Ementa: JUSTA CAUSA. ATO DE CONCORRÊNCIA . PROVA. FALTA DE

IMEDIATIDADE. Em se tratando de alegação de justa causa, é sempre da empregadora o ônus de

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demonstrar o justo motivo demissional, por ser fato obstativo do direito do trabalhador. Na hipótese
em que o empregado constitui empresa cujo objetivo social se confunde com o de sua empregadora
é imprescindível que se demonstre a efetiva atuação de concorrência e a intenção de prejudicar a
reclamada. De outro lado, não se justifica a ruptura motivada ocorrida[2].
Ementa: JUSTA CAUSA. NEGOCIAÇÃO HABITUAL POR CONTA PRÓPRIA. A

concorrência desleal ao empregador ou prejudicial ao serviço do empregado somente se caracteriza
se houver a prática de negociação habitual. Não autoriza a rescisão por justa causa um ato
esporádico e sem comprovação de dano ao empregador. Comprovado que as negociações feitas
pelo reclamante não importaram em concorrência desleal, porque ele não vendeu bem ou serviço ne
gociável pelo empregador, sendo certo que não houve prejuízo financeiro à empresa ou
comprometimento dos serviços, afasta-se a justa causa imputada ao obreiro.[3]
4.9 - Emérito Julgador! A conduta supra, de reprovável, salvo melhor juízo, merece a veemente
reprimenda dessa Especializada, sopesando também, que no aviso de dispensa se limita a informar que
esta sendo dispensado de acordo com o art. 483, "c", - tendo em vista os fatos apurados até presente
momento -, sem explicitar em que exatamente se consubstanciou tais fatos, dificultando sobre
maneira o exercício da ampla defesa, mal ferindo principio de raiz constitucional do contraditório e,
também, da proporcionalidade, alem de não ser o tratamento que o empregador deve dispensar a um
trabalhador, muito menos, detentor do cargo de SUB-GERENTE, que durante tão elástico tempo,
dedicou sua vida em pró de suas atividades empresariais, o que decididamente não se harmoniza com as
boas praticas do direito laboral, vez que chega ser lesivo, um trabalhador que se ativou durante mais de
16 anos, nas condições já explicitadas, receber tal tratamento, sem nem mesmo lhe ser assegurado o
retorno para seu domicilio natural, de onde foi transferido para esta cidade de Manaus,AM.
4.10 - O eminente Juiz do Trabalho do TRT de Santa Catarina ALEXANDRE RAMOS, com a
lucidez de sempre ensina que a República Brasileira tem como fundamento "a dignidade da pessoa
humana" e "os valores do trabalho e da livre concorrência" (Art. 1º, III e IV); tem como objetivo: "co
nstruir uma sociedade livre, justa e solidária"; "erradicar a pobreza e a marginalização" e "promove
r o bem de todos" (Art. 3º, I, II e IV). Além dos direitos fundamentais e sociais, nossa ordem
econômica é fundada "na valorização do trabalho humano", de forma a "assegurar a todos existência
digna, conforme ditames da justiça social" - CF, Art. 170, Caput.[4]
4.11 - Neste diapasão, requer, seja ANULADA A RESCISÃO POR JUSTA CAUSA, que lhe foi
imposta, tendo em vista que o demandante não praticou nenhuma das ações de que foi acusado e nem
tampouco causou prejuízo a demandada, pelas razoes já esboçadas, além de afrontar literalmente o
principio da proporcionalidade, declarando-se que a mesma se operou por iniciativa do empregador, com
as conseqüências a ela inerentes, face as lúcidas evidencias de querer o empregador se furtar a correta
aplicação da Lei (art. 9, da CLT c/c art. 166, IV e VI, CCB), passando a reclamar:
- 78 dias de Aviso Prévio (art. 1, Lei 12.506/20011), com retificação na data de baixa da CTPS,
projetando-se este período;
- 02 dias saldo salário;
- 12/12 de ferias vencidas 2013/2014, acrescidas de 1/3, em dobro, art. 137, CLT;
- 12/12 ferias vencidas 2014/2015, acrescidas de 1/3;
- 3/12 ferias prop. 2015/2016 +1/3;
- 10/12 13 salário + API (2015);

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- Entrega do TRCT e Conectividade, com comprovação mês a mês, inclusive dos 40%, para saque
do FGTS, bem como das Guias Seguro Desemprego, para saque de 5 parcelas no valor de 1.385,91, cada
uma, sob pena de liquidação em caso de não serem entregues os documentos hábeis para tais saques, de
acordo com o art. 927, CCB;
-- Multa por atraso no pagamento, uma vez que estas devem serem pagadas integramente, até o 10
dia, destacando que embora tenha recebido parcialmente, isto ocorreu em 15.09.2015, ainda assim, se
deu fora do prazo, conforme ressalva constante no TRCT, , restando devido a multa (art.477, §6e 8, CLT);
- Todas as verbas supra são incontroversas, devendo serem quitadas em audiência, sob pena
dos efeitos do art. 467, CLT;
- Devolução da CTPS, com baixa datada de 20.11.2011, tendo em vista a projeção do Aviso
Prévio (art.487, §1, CLT e Sumula 182, E. TST), sob pena de fixação de astreintes diário, até efetiva
entrega.
- Pagamento da PLR, tendo em vista que trabalhou relativo ao ano de 2015, tendo em vista
que, trabalhou no ano em apreço por 9 meses (10.101/2000).
5 - DO ADICIONAL DE TRANSFERENCIA
5.1 - Em 04.02.2009, foi aberto a filial Manas (mesmo grupo empresarial), girando sob a
denominação da segunda Reclamada, tendo sido designado, em 01.03.2009, a transferência do
Reclamante, que repita-se, é natural de Santos,SP, onde trabalhava, para Manaus,AM, com o fito de
estruturar a mesma nesta cidade, destarte, caráter eminentemente provisório.
5.2 - Via de regra, a legislação trabalhista não permite alteração de cláusulas contratuais sem
o mútuo consentimento e/ou que prejudiquem o empregado, considerando-se nulas quaisquer
modificações neste sentido, conforme expressamente determinado no artigo 468 da CLT, dentre as
exceções previstas em lei, encontra-se a transferência dos empregados que exerçam cargo de confiança e
aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explicita a transferência, quando esta
decorra de real necessidade de serviço (§1, art. 469 CLT), o que não tem o condão de eximir o
empregador do pagamento do adicional em apreço, como se abstrai do §3, referido artigo[5].
5.3 - Da leitura supra, abstrai-se que adicional de transferência é devido apenas enquanto
durar a transferência do trabalhador para um local diferente daquele em que habitualmente preste
serviços e desde que seja necessária a mudança de domicílio e de localidade. Corresponde a 25% do
salário-base do empregador. Veja-se que a Lei não fixa um marco temporal, refere-se tão somente que é
enquanto permanecer a prestação de serviço a que foi designando.
5.4 - Nos parece relevante destacar que, há no entanto, dúvidas quanto ao conceito de
provisório para fins de pagamento do adicional, pois não há na legislação trabalhista qualquer dispositivo
que determine as características de uma transferência provisória. Dada a omissão legal, a matéria
comporta controvérsia. Todavia, o entendimento majoritário é no sentido de que é considerada
provisória a transferência efetuada para a realização de um trabalho ou serviço específico,
independentemente do tempo despendido, desta forma, uma vez encerrada a tarefa/serviço para o qual
fora contratado, retornando o empregado ao local de origem, findará também a transferência provisória,
bem como o pagamento do adicional. Este era o caso do Reclamante, que jamais recebeu o aludido

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adicional, restando assim, devido no período imprescrito, i.é., 60 meses X R$9.475,72 X 25%
= R$142.135,80, com repercussão em 60/12 13 salario; 72/12 de ferias + 1/3; 78 dias de aviso prévio e
FGTS + 40% sobre estas verbas, assim tem se posicionado a Jurisprudência:
Ementa: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. A melhor interpretação do art.

469 da CLT é no sentido de que para ter direito ao adicional de transferência necessária é a
mudança de residência e não de domicílio do empregado. Não restam dúvidas de que onde
estão localizados os municípios em que o Reclamante prestou serviços (nos Estados de Mato
Grosso e do Pará), há grande distância, implicando, por isso, necessariamente em mudança ,
de residência do Autor. Registre-se que o critério determinante da obrigatoriedade ou não de
pagamento do adicional de transferência reside no caráter provisório ou definitivo da mesma.
A eventual previsão contratual, necessidade de serviço ou exercício de cargo de confiança,
constitui apenas elemento que imprime legitimidade à transferência, afastando a possibilidade
de exercício do ius resistentiae pelo empregado, porém não elide a necessidade de pagamento
do respectivo adicional. Ressalte-se que o fato da Ré fornecer o local para moradia do
empregado (alojamento na obra) não afasta o direito ao pagamento do adicional. Assim, no
caso dos autos, tendo sido comprovado que o Reclamante alterou provisoriamente sua
residência, este faz jus ao pagamento do adicional de transferência pleiteado. Nego
provimento[6].
Ementa: TRANSFERÊNCIA. OCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART.

469 , § 3º DA CLT . ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA DEVIDO. A função do adicional
de transferência é justamente como meio de compensar o trabalhador em decorrência de
transferência que lhe é imposta, por sinal em proveito exclusivo da atividade que explora,
porquanto essencial à presença do obreiro no seu novo ambiente físico de trabalho, o que
induz ganho financeiro, pois passará a dispor, mensalmente, de resultado ampliativo do seu
patrimônio jurídico-material, o qual adere ao contrato de trabalho, produzindo,
inexoravelmente, resultado positivo.Dito isto, verifico que nos termos do art. 469 , § 3º da
CLT , o adicional de transferência, é devido quando ocorrer a conjunção de duas hipóteses:
provisoriedade da transferência e ocorrência desta em função dos interesses da empresa.
Neste sentido, a OJ 113 da SDI-I. O argumento empresarial no sentido de que a recorrida não
cumpria os requisitos da política interna para percepção do adicional[7].
6 - DANO MORAL
6.1 - Com efeito, a simples dispensa do empregado por justa causa, não gera direitos a danos
morais, sendo certo que este pleito não tem seu vetor voltado para este ponto e sim, para o fato de que foi
contratado em Santos,SP, de onde é natural e tem seu domicilio e laços familiares; por força do cargo
exercido na empresa ( Coordenador e Sub Gerente), foi transferido para Manaus,AM e após sete anos, de
dedicados serviços as demandadas, foi abusivamente demitido com justa causa, sem sequer lhe ser
explicitado as razoes, AGRAVADO pelo fato, de sequer ter sido mandado de volta para seu
domicilio natal, com o custeio das despesas inerentes a mudança e passagens (sendo este o fundo de
pano deste pleito), deixando-o aqui, aonde chegou por intermédio das demandadas, sem emprego e sem
salario, sem condições de promover seu retorno, passando a enfrentar aqui seríssimas dificuldades, com
o que nao se comparece o direito social do trabalho, maculando sua honra e dignidade.
6.2 - Nada pode ser mais indigno para um cidadão trabalhador, que depositou no emprego
seus sonhos e esperanças de uma vida tranqüila e saudável, onde durante mais de oito anos, colocou sua
força laborativa em proveito do empregador, acreditando, mais que isto, sonhando, que estaria
protegido, e assim, garantindo seu emprego, notadamente por se tratar de um Direito Social de raiz
Constitucional (art. 6), do que ser tratada de forma tão vil e indigna, e por certo quem é tratado desta
maneira, esta tendo as garantias Constitucionais transgredidas, notadamente os direitos da

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personalidade,, a despeito da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, que segundo o eminente Ministro

do STF e renomado Constitucionalista Alexandre Moraes:[8] "A dignidade da pessoa humana é um
valor espiritual e moral inerente a pessoa, que se manifesta singularmente na autodeterminação
consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das
demais pessoas, constituindo-se em um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar,
de modo que apenas excepcionalmente possam ser feitas limitações ao exercício dos direitos
fundamentais, mas sempre sem menosprezar a necessária estima que merecem todas as pessoas
enquanto seres humanos". .
6.3 - Assim, a indenização por danos morais pleiteadas, tem apenas o fito de compensar as
agruras sofridas pela autora e o mal-estar geral, conquanto, impossível mensurar em valores a fórmula
exata de compensação vista todo o desconforto pelo qual o trabalhador vem experimentando por conto de
desajuste desse malsinado ato.
6.4 - A Constituição Federal, com o intuito de evitar dano sem reparação e com o fito de
humanizar o direito cada vez mais para o alcance da dignidade da pessoa humana, mormente nas relações
de trabalho, prescreve:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre

iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar
e a justiça sociais.
6.6 - O Código Civil, com o mesmo intuito, preleciona:
Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
6.5 - Assim, dano moral é definido de forma unânime na doutrina como o dano que lesiona
exclusivamente os sentimentos pessoais da vítima. Nesse sentido, de acordo com o ensinamento de Caio
Mário da Silva Pereira, o dano moral é: "qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda
pecuniária e abrange todo o atentado à sua segurança e tranqüilidade, ao seu amor-próprio estético, à
integridade de sua inteligência, à suas afeições, etc...(1998, p. 54).

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6.6 -Verifica-se que o dano moral tem origem numa lesão que atinge a essência do ser
humano, capaz de lhe causar sofrimento, humilhação, vexame, angústia, dor (inclusive física) e, portanto,
torna-se de difícil valoração pecuniária. Possível, pois, extrair-se desse conceito o caráter do dano moral,
qual seja, o caráter punitivo da indenização, sem desviar-se do aspecto pedagógico da medida, a fim de
desestimular o agente "agressor" à prática de novos atos lesivos. Assim, é a lição doutrinária (SANTOS,
2003, p. 159): " Se a indenização não contém um ingrediente que obstaculize a reincidência no lesionar,
se não são desmanteladas as conseqüências vantajosas de condutas antijurídicas, se renuncia à paz social.
A prevenção dos prejuízos, que constitui um objetivo essencial do direito de danos, ficaria como
enunciado lírico, privado de toda eficácia".
6.7 - Provado de forma inequívoca os danos experimentados pela demandante, violadores de

direitos da personalidade, v.g., a honra, dignidade da pessoa humana e qualidade de vida, emerge dai a
obrigação de indenizar, levando-se em consideração os efeitos pedagógicos que esta medida deve nutrir,
capaz de coibir tais praticas; o porte econômico financeiro da demandada, gigante do transporte marítimo
mundial, requer seja condenada em uma reparação a titulo de danos morais equivalentes a 20 salários
por ele percebidos (R$9.475,72 = 189.514,40), o que nos parece consentâneo com o quadro aqui posto e,
capaz de desencorajar a repetição do mesmo.
7 - DOS PEDIDOS
PLEITOS LÍQUIDOS
PEDIDOS LÍQUIDOS
1) 78 dias de aviso prévio R$ 24.636,87
2) 2 dias de saldo salário R$ 631,71
3) 12/12 de ferias 2013/2014 + 1/3 (art.137 CLT) R$ 25.300,16
4) 12/12 de ferias 2014/2015 + 1/3 R$ 12.650,08
R$ 3.162,51
5) 3/12 de ferias prop. + 1/3 2015/2016
87.279,90
6) 10/12 13 salario 2015 R$ 7.106,78
7) Multa por atraso no pagamento (rescisão) Art. 477, §§6 e8 CLT R$ 9.475,72
8) ADICIONAL DE TRANSFERENCIA (Item 5/5.4) R$ 142.135,80

Fls.: 10
R$ 6.159,21
8.1) 78 dias de Aviso prévio
2.9317376,00
8.2) 72/12 ferias + 1/3 R$ 19.119,22
R$ 11.934,60
8.3) 60/13 salario)
611.934,60
8.4) FGTS + 40% Sob itens 8/8.3 R$ 19.416,07
9) DANO MORAL R$ 189.514,40
T O T A L R$ 458.593,05
8 - PLEITOS ILIQUIDOS
8.1 - Juros de mora e correção monetária;
8.2 - Benefício da justiça gratuita, em razão de estar desempregado e não ter condições de
suportar o ônus das custas processuais, sem que fique comprometido o seu sustento, bem como dos seus
familiares; (Art. 790, §3º, parte da CLT);
8.3 - Citação das Reclamadas, para, querendo, contestar presente RECLAMATÓRIA, sob
pena de confesso e revelia;
8.4 - Seja ANULADA A RESCIÇÃO POR JUSTA CAUSA, que lhe foi imposta, tendo em
vista que o demandante não praticou nenhuma das ações de que foi acusado e nem tampou prejuízo a
demandada, pelas razoes já esboçadas, além de afrontar literalmente o principio da proporcionalidade,
declarando-se que a mesma se operou por iniciativa do empregador, com as conseqüências a ela
inerentes, face as lúcidas evidencias de querer o empregador se furtar a correta aplicação da Lei (art. 9,
da CLT c/c art. 166, IV e VI, CCB);
8.5 - Inversão do ônus da prova em favor do Reclamente, vez que o ônus de comprovar a
falta ensejadora da penalidade é do empregador, na medida em que a rescisão do contrato de trabalho
representa um fato impeditivo ao direito do empregado, inclusive com inversão dos depoimentos das
testemunhas, se houver;

Fls.: 11
8.6 - Entrega do TRCT e Conectividade, com as comprovações dos depósitos mês a mês, bem
com dos 40%, sob pena de liquidação;
8.7 - Pagamento e/ou entrega em audiência de todas as parcelas incontroversas (verbas

rescisórias, FGTS+40 e Seguro desemprego), sob pena de incidência da multa do art. 467, CLT;
8.8 - Devolução da CTPS, com baixa datada de 20.11.2011, tendo em vista a projeção do
Aviso Prévio (art.487, §1, CLT e Sumula 182, E. TST), sob pena de fixação de astreintes diário, até
efetiva entrega.
8.9- Entrega das guias e/ou liberação no sistema para que se habilite a 5 parcelas do seguro
desemprego, no valor de R$1.385,91, cada uma, sob pena de liquidação;
8.10 - Dedução dos valores recebido no TRCT;
8.11 - procedência total da reclamatória, no sentido de condenar a Reclamada, nos pleitos

supra requeridos;
8.12 - protesta pela apresentação de todas as provas permitidas em Direito, especialmente

pelo depoimento da Reclamada, apresentação de seus contratos sociais.
8.13 - Pagamento da PLR, tendo em vista que trabalhou relativo ao ano de 2015, tendo em
vista que, trabalhou no ano em apreço por 9 meses (10.101/2000).
- Requer, ainda, que todas as notificações relativas ao presente feito, sejam efetuadas em nome dos
advogados Ademário do Rosário Azevedo, OAB/AM 2.926 e Wiston Feitosa de Sousa, OAB/AM
6.596.
Dá-se à presente o valor de R$ R$ 458.593,05 (quatrocentos cinquenta oito mil quinhentos

noventa tres reais cinco centavos)
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Manaus/AM, 15 de outubro de 2015.
ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO FABIO FERNANDO SILVA AZEVEDO

Fls.: 12
OAB-AM 2926 OAB-AM 9144
Rol de Documentos:
ü Procuração/Contrato de honorários;
ü Cópia TRCT com Ressalva.
ü Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP;
ü Contrato de Experiência;
ü Adendo ao Contrato de Trabalho;
ü Acordo de Prorrogação de Horas;
ü Declaração de dependentes para fins de Desconto do Imposto de Renda;
ü Aviso de Dispensa;
ü Certificado da Condição de Micro empreendedor Individual;
ü CNPJs da rda;
ü CNPJ do rte;
ü Espelho do site da Rda e principais filiais;
[1] RO 00011072120115040402 RS 0001107-21.2011.5.04.0402 - Relatora: Des. IRIS LIMA DE

MORAES - Julgamento: 26/06/2013 - 2ª Vara do Trabalho de Caxias do Sul.
[2] RO 12172 SP 012172/2011 - Relator: Des. LUIZ ROBERTO NUNES - Publicação : 11/03/2011
[3] 1315200513118005 GO 01315-2005-131-18-00-5 - Relatora: Des. KATHIA MARIA BOMTEMPO

DE ALBUQUERQUE - DJ Eletrônico Ano I, Nº 193, de 21.11.2007, pág. 7. -
[4] Manual da Ação Trabalhista, editora OAB/SC, 2ª ed., p. 33.
[5] § 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade
diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará
obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o
empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. (Parágrafo incluído pela Lei nº
6.203, de 17.4.1975).
[6] RO 1305201100523006 MT 01305.2011.005.23.00-6 - Relatora: Juiz Convocada Carla Maria - Julgamento: 03/07/2012; 1 a Turma. Pub. 04/07/2012
[7] RO 52600722009506 PE 0052600-72.2009.5.06.0201 - Realtor Des. RO 52600722009506 PE 0052600-72.2009.5.06.0201 - Publicação: 29/09/2010
[8] Constituição do Brasil Interpretada e Legislação Constitucional, Atlas, 5ª Edição, p.128/129. a. 2005.

Fls.: 13
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:35 - 4ae4ea0

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 4ae4ea0 - Pág. 1
Fls.: 14
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:35 - 4ae4ea0

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 4ae4ea0 - Pág. 2
Fls.: 15
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 11a VARA DO

TRABALHO DE MANAUS/AM.
Processo nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA., nos autos

da Reclamação Trabalhista que lhe move ALEXANDRE DOMINGOS, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, requerer a habilitação nos autos da Dra. Veridiana Chaves Machado, OAB
/SP 311.423 e CPF 228.428.978-97, conforme procurações em anexo.
Requer, por derradeiro, sejam as intimações e notificações alusivas ao

presente feito, publicadas exclusivamente em nome da advogada VERIDIANA CHAVES MACHADO,
OAB/SP n.º 311.423, e encaminhadas para Av. Paulista, n.º 1471 - 4º andar, Cjs. 401/402 São Paulo, SP,
CEP 01311-200, sob pena de nulidade.
Nestes termos,
P. Deferimento.
Manaus, 19 de Janeiro de 2016.
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 19/01/2016 16:50:07 - 0f7c6f0

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 0f7c6f0 - Pág. 1
Fls.: 16
VERIDIANA CHAVES MACHADO
OAB/SP 311.423
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 19/01/2016 16:50:07 - 0f7c6f0

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 0f7c6f0 - Pág. 2
Fls.: 17
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO
11ª Vara do Trabalho de Manaus
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011
AUTOR: ALEXANDRE DOMINGOS
RÉU: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 7ª REGIÃO
Rua Ferreira Pena, 546, Centro, MANAUS - AM - CEP: 69010-140
TEL.: - EMAIL:
PROCESSO: 0002086-55.2015.5.11.0011
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)

DESPACHO PJe-JT
Vistos etc.
Considerando a petição de id 3b260a4;
DECIDO:
I - indeferir o requerimento formulado, uma vez que pelas normas da CLT (art. 843, caput e
parágrafos) é imprescindível a presença das partes e não de seus advogados, e que a empresa
reclamada pode se fazer representar por gerente, ou qualquer outro preposto que tenha
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente, e, ainda, pelo fato da
audiência neste processo em epígrafe estar prevista desde 21/10/2015, quando da distribuição
deste.
II - Determinar a notificação da parte requerente, por sua patrona, do presente despacho.
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 21/01/2016 14:49:31 - 9933c9c
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 9933c9c - Pág. 1
Fls.: 18
MANAUS, 21 de Janeiro de 2016.
MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO
JUIZ(ÍZA) DO TRABALHO
MANAUS, 21 de Janeiro de 2016

Juíza Titular de Vara do Trabalho
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 21/01/2016 14:49:31 - 9933c9c
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 9933c9c - Pág. 2
Fls.: 19

O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0000924-98.2015.5.11.0019

em 12/05/2015 18:49:53 e assinado por:
- FELIPE ALMEIDA FERREIRA
Consulte este documento em:

https://pje.trt11.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
usando o código: 15051218494605200000003673714
15051218494605200000003673714
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:37 - 3035eda

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 3035eda - Pág. 1
29/04/2015 Mensagem de Impressão do Outlook.com Fls.: 20
Imprimir Fechar
De: Serafim Taveira (serafim.taveira@ymail.com)

Enviada: quartafeira, 15 de abril de 2015 20:16:23
Para: ADV. FELIPE FERREIRA (adv.felipeferreira@hotmail.com)
On Wednesday, March 25, 2015 4:50 PM, Wanderley Santos <wsantos_am@yahoo.com.br> wrote:
Enviado do Yahoo Mail no Android
De:"Adomingam" <adomingam@gmail.com>
Data:13:27 Sáb, 11 de out de PM
Assunto:RE: Vendas de Cntr's Manaus
De: Adomingam
Enviada em: 10/10/2014 17:39
Para: Marcello Goncalves
Assunto: RE: Vendas de Cntr's Manaus
Marcelo, boa tarde!

Maravilhosa notícia, acabamos de conversar com o comprado, como sempre os compradores são os
maiores chorão.
Ele solicitou para seja faturado da seguinte forma.
04 cntrs Usd 1200.00 cada.
31 cntrs Usd 1450.00 cada
Total 35 cntrs = usd 49750.00
Por favor informe se ha possibilidade.
Grato
Alexandre
De: Marcello Goncalves

Enviada em: 10/10/2014 13:39
Para: Wanderley Santos; alexandre domingos
Cc: Marcello Goncalves
Assunto: RE: Vendas de Cntr's Manaus
Wanderley boa tarde,
Como lhe disse estou “brigando” por preços, e acabo de receber mais um ok por parte da minha diretoria
$1,450 por unidade por todo lote existente em Manaus. Na verdade ficou no meio termo entre $1,600 que a
Florens pedia pelas unidades que não estão a venda e o que vocês estavam nos propondo $1,300.
Favor informar vosso pensamento e se posso fazer o booking.
att
https://bay174.mail.live.com/ol/mail.mvc/PrintMessages?mkt=ptbr 1/2

Best Regards ,
Marcello Goncalves
Marketing, Technical and Resale Manager South America
Office : (55) 11 23620041
Mobile: (55) 11 78275451
ID: (55) 13*914379
Office/Customer Service
+1(973)890‐5050
[A mensagem original inteira não está incluída.]

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Download it FREE today!
&nb

Fls.: 22

O documento a seguir foi juntado ao autos do processo de número 0000924-98.2015.5.11.0019

em 12/05/2015 18:49:53 e assinado por:
- FELIPE ALMEIDA FERREIRA
Consulte este documento em:

https://pje.trt11.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
usando o código: 15051218495102500000003673710
15051218495102500000003673710

Imprimir Fechar
De: Cleuvis Kewell (ckewel13@hotmail.com)

Enviada: segundafeira, 13 de abril de 2015 20:35:53
Para: adv.felipeferreira@hotmail.com
Em 13/04/2015 13:34, Wanderley Santos <wsantos_am@yahoo.com.br> escreveu:
From: Wanderley Santos <wsantos_am@yahoo.com.br>;

To: serafim.taveira@ymail.com <serafim.taveira@ymail.com>;
Subject: Re: RE: sales of containers
Sent: Sun, Mar 29, 2015 3:44:03 AM
De:"Mansour, Khedija Carole" <carole.mansour@seacoglobal.com>

Data:21:51 Seg, 8 de dez de PM
Assunto:RE: sales of containers
Dear Alexandre
Here is our current stock in Brazil.
We have inventory in other countries. Let me know your needs.
Here are our current prices as a guideline:
$800/20’dv As Is
$7,500/tank As Is
$900/40’dv As Is
$950/40’hc Seacell As is
$1,000/40’hc Seacell CW
We currently have a special offer in Rio Grande Do Sul on the whole batch. Please ask for price

Salvador:
Country City Depot Name Material Description Equipment
Brazil Salvador Wilport Operadores Portuarios S.A. 40' Box Standard GSTU6172487
Brazil Salvador Wilport Operadores Portuarios S.A. 40'HC Seacell GESU4318340
Brazil Salvador Wilport Operadores Portuarios S.A. 40'HC Seacell SCZU5705783
Suape:
Country City Depot Name Material Description Equipment CW

Unit
Brazil Suape Conemar S/A 40' Box Standard SCZU3240840 N
Brazil Suape Conemar S/A 40'HC Seacell GESU4056722 N
Brazil Suape Conemar S/A 40'HC Seacell SCZU5703121 N
Brazil Suape Conemar S/A 40'HC Seacell GESU4573880 Y

Santos:
Port Equipment ConY UT
Santos GESU2174773 2000 20’dv
Santos GSTU5080806 1994 20’dv
Santos GSTU5147617 1993 20’dv

Equipment Description Description Material Manufacturer Last Cargo Descrip
GESU8013204 Tk Un T11 25Cbm Depotrans Containers e T11A25 CNS Iso Butyl Methacrylate
6 Bar Servicos Ltda
GESU8002914 Tk Un T11 25Cbm DepotceDepositio de Tank T11A25 CNS Alkopon 24 2 2S 70

6 Bar Containers
SCZU8767705 Tk Un T11 24 Cbm DepotceDepositio de Tank T11A24 CNS Flammable Liquid,

6 Bar Containers N.O.S. (Naph
SCZU8767881 Tk Un T11 24 Cbm DepotceDepositio de Tank T11A24 CNS NON Haz Dimethyl
6 Bar Containers Siloxane
Rio Grande do Sul:
Country City Depot Name Material Description
Brazil Rio Grande Do INTERSUL REPAROS E MANUTENCAO 20' Box Standard

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE
Brazil Rio Grande Do INTERSUL REPAROS E MANUTENCAO 20' Box Standard.

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

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Sul DE

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Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE

Sul DE
Brazil Rio Grande Do INTERSUL REPAROS E MANUTENCAO 20' Seacell

Sul DE Standard
Thank you.

Thank you.
Kind regards,
CAROLE MANSOUR
Remarketing Manager, South America
DL +1 305 597 2123

M +1 603 563 0675
F +1 305 470 7231
Seaco America LLC 7200 NW 19th St, Suite 500
Miami, FL 33126 USA

www.seacoglobal.com
From: Mansour, Khedija Carole

Sent: Monday, December 08, 2014 6:50 PM
To: 'alexandre domingos'
Cc: 'Wanderley Santos'
Subject: RE: sales of containers
Hi Alexandre,
Just following up on our last exchanges.
Have you been able to inspect at the containers.
Do you want to buy any?

We have a special offer.
Thank you.
Kind regards,
CAROLE MANSOUR
DL +1 305 597 2123

M +1 603 563 0675
F +1 305 470 7231
Miami, FL 33126 USA

www.seacoglobal.com
From: Nastasi, Giovanna

Sent: Wednesday, October 22, 2014 9:13 AM
To: Mansour, Khedija Carole; 'alexandre domingos'
Cc: 'Wanderley Santos'
Bon dia:
Please let me know name of person, to set appointment,
Here is the depot address
INTERSUL REPAROS E MANUTENCAO DE
CONTEINERES LTDA

VIA
800 Lote 16 Distrito Industrial
96204060 RIO GRANDE, RS RS
BRAZIL
Telephone: 555332341515
Fax Number:
Email: leasing@intersulterminais.com.
GIOVANNA NASTASI
Seaco Remarketing Sales AdministratorAmericas
DL +3055972121
M + 305 5860196
F +3055917214
Seaco America LLC, 7200 NW 19th Street ,Suite 500 Miami Florida 33126,USA
www.seacoglobal.com
From: Mansour, Khedija Carole

Sent: Tuesday, October 21, 2014 9:19 PM
To: alexandre domingos
Cc: Wanderley Santos; Nastasi, Giovanna
Dear Alexandre
Our depot is INTERSUL REPAROS E MANUTENCAO
Please advise who will come to inspect the containers to inform the depot accordingly.
Giovanna here in cc will liaise with the depot and send you the address and contact person there.

Thank you.
Kind regards,
CAROLE MANSOUR
DL +1 305 597 2123

M +1 603 563 0675
F +1 305 470 7231
Miami, FL 33126 USA

www.seacoglobal.com
From: alexandre domingos [mailto:adomingam@gmail.com]

Sent: Tuesday, October 21, 2014 8:47 PM
To: Mansour, Khedija Carole
Cc: Wanderley Santos
Subject: Re: sales of containers
Dear Carole, good day!
Could you please inform what is the Terminal Depot in Rio Grande? It so we can send someone to inspect them.
Tks
Brgds
Alexandre
+55 092 81111175
Alexandre Domingos

Mobile Phone +55 92 9456 3987 (Vivo)
+55 92 8111 1175 (Tim)
Skype / Google talk adomingam@gmail.com
20141021 5:43 GMT04:00 Mansour, Khedija Carole <carole.mansour@seacoglobal.com>:
Good day
We do not have containers in Manaus for the moment.
We have stock In Rio Grande do Sul.
$1,000 as is
Thank you.
Kind regards,
CAROLE MANSOUR
DL +1 305 597 2123

M +1 603 563 0675
F +1 305 470 7231
Miami, FL 33126 USA

www.seacoglobal.com
From: Nastasi, Giovanna

Sent: Monday, October 20, 2014 10:43 AM
To: Wanderley Santos; Mansour, Khedija Carole
Cc: adomingam@gmail.com

Adding Carole who handles Brazil.
GIOVANNA NASTASI
Seaco Remarketing Sales AdministratorAmericas
DL +3055972121
M + 305 5860196
F +3055917214
Seaco America LLC, 7200 NW 19th Street ,Suite 500 Miami Florida 33126,USA
www.seacoglobal.com
From: Wanderley Santos [mailto:wsantos_am@yahoo.com.br]

Sent: Thursday, October 16, 2014 11:34 AM
To: Nastasi, Giovanna
Cc: adomingam@gmail.com
Subject: Re: sales of containers
Dear good day

Do have news?
De:"Wanderley Santos" <wsantos_am@yahoo.com.br>

Data:14:14 Sex, 3 de Out de PM
Assunto:sales of containers
dear Giovanna,
do you have cntr 20" for sales in Brazil ??

preference in Manaus, but no have problem outher place
It would be possible to inform quantity and value per units.
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This email is confidential and may be subject to legal privilege. If you are not the intended recipient please notify the sender immediately and delete the ema
the email, use it for any purpose or disclose its contents to any other person. Please note that any views or opinions presented in this email may be persona
represent the views or opinions of Seaco. It is the responsibility of the recipient to check this email for the presence of viruses. Seaco accepts no liability for a
transmitted by this email.

Fls.: 40
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:02:47 - ec67ecd

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. ec67ecd - Pág. 1
Fls.: 41
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:38 - 6e2c14c

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 6e2c14c - Pág. 1
Fls.: 42

Fls.: 43

Fls.: 44
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:39 - 020c473

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 020c473 - Pág. 1
Fls.: 45
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:02:46 - 2ca65cb

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 2ca65cb - Pág. 1
Fls.: 46

Fls.: 47

Fls.: 48

Fls.: 49

Fls.: 50

Fls.: 51
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:02:51 - f58432a

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. f58432a - Pág. 1
Fls.: 52

Fls.: 53

Fls.: 54

Fls.: 55

Fls.: 56

Fls.: 57

Fls.: 58
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:43 - 16d0205

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 16d0205 - Pág. 1
Fls.: 59
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:43 - 16d0205

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 16d0205 - Pág. 2
Fls.: 60
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:46 - f9a631a

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. f9a631a - Pág. 1
Fls.: 61

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Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:50 - b35927d

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. b35927d - Pág. 1
Fls.: 68
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:20:50 - b35927d

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. b35927d - Pág. 2
Fls.: 69
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:03:01 - 0722aca

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 0722aca - Pág. 1
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Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:03:02 - ab61572

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. ab61572 - Pág. 1
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Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:03:03 - ba1c42d

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. ba1c42d - Pág. 1
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Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 26/01/2016 17:03:04 - b8575f8

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. b8575f8 - Pág. 1
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ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: 0002086-55.2015.5.11.0011
Em 28 de janeiro de 2016, na sala de sessões da MM. 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS

/AM, sob a direção da Exmo(a). Juíza MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO, realizou-se audiência
relativa ao processo identificado em epígrafe.
Às 09h24min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas

as partes. Presente o(a) autor, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). WISTON FEITOSA DE
SOUSA, OAB nº 6596/AM. Presente o preposto do(a) réu, Sr(a). RUI MARQUES LOURENÇO,
acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). VERIDIANA CHAVES MACHADO, OAB nº 311423/SP,
que juntará carta de preposição no prazo de 5 dias. REJEITADA A 1ª PROPOSTA DE
CONCILIAÇÃO. A reclamada apresenta contestação ID bba0185, com documentos anexos, que após
vistas a parte contrária, se manifestou nos seguintes termos: o reclamante impugna expressamente todos
os documentos unilaterais produzidos pela reclamada, aí compreendidos peticoes iniciais, contestações,
de outros processos; a sindicancia, uma vez que produzida a revelia do reclamante e os manuais de
procedimento e conduta da reclamada, uma vez que alem de contrariar direito de ordem publica, deles
não consta qualquer ciente do trabalhador. SEM MAIS. INICIADA A INSTRUÇÃO PROCESSUAL.
O RECLAMANTE NÃO ARROLA TESTEMUNHAS. A RECLAMADA ARROLA UMA
TESTEMUNHA. Qualificada a primeira e única testemunha ARROLADA PELO(A) RECLAMADA,
compareceu EFREM ELUARD DA SILVA CAIADO, brasileiro, casado, analista de documentação,
portador do RG nº. 14287153, SSP/AM, residente e domiciliado no(a) Rua Ademar de Barros, nº 780,
Vila da Prata, Manaus/AM. INTERROGADO, DECLAROU O(A) RECLAMANTE: que confirma os
termos da inicial; que segundo o reclamante não cometeu a falta grave alegada apesar de ter sido
dispensado por justa. ÀS PERGUNTAS DO(A) PATRONO(A) DO(A) RECLAMANTE,
RESPONDEU: que quando da sua transferencia não ficou claro que sua transferencia seria definitiva ou
temporária, apenas veio para implementar a empresa reclamada nessa cidade de Manaus; que abriu uma
empresa mas não era concorrente da reclamada e nunca operou nessa empresa; que abriu a empresa para
se resguardar quanto ao futuro financeiro da sua familia. NADA MAIS. ÀS PERGUNTAS DO(A)
PATRONO(A), DO(A) RECLAMADO(A), RESPONDEU: que mudou com a familia toda para
Manaus; que como gerente tinha acesso a informacoes privilegiadas em relacao a atividade fim da
reclamada; que quando ingressou na MSC não teve ciencia das normas de conduta, mas depois de 2014
tomou conhecimento das normas e manual de conduta da empresa; que reconhece sua assinatura do
documento de id d9d32b3; que se tivesse duvida sobre etica poderia consultar a empresa; que tinha um
bom relacionamento interno na reclamada; que a apuração da justa causa não houve participacao de
sindicância; que não sabe se houve apuração dos fatos; que teve acesso ao docmento de id 3dbc40f
apenas quando foi mandado embora, por isso não assinou; que não teve com o sr Vanderlei procedido a
venda ou intermediação de containers; que os emails apresentados no documento de id 3035eda foram
confirmados que recebidos e lidos pelo reclamante; que nunca autorizou, permitiu ou teve conhecimentos
que o sr Wanderlei fazia negocioações em nome da empresa. NADA MAIS. INTERROGADO,
DECLAROU O PREPOSTO DA RECLAMADA: que confirma os termos da contestação; que foi
apurado que o reclamante estava fazendo negociações concorrentes com a empresa reclamada; que não
era de conhecimento a nivel de gerencia essa situação; que o reclamante não confessou a situação e nem
assinou a apuração; que o reclamante não apresentou defesa por escrito sobre a acusação; que afirma que
não houve prejuizo financeiro para a empresa, porém houve a quebra de confiança já que o reclamante
tinha um posto avançado da empresa, sendo lider da empresa no Amazonas. NADA MAIS. ÀS
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 28/01/2016 13:27:27 - 3077436
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 3077436 - Pág. 1
Fls.: 81
PERGUNTAS DO(A) PATRONO(A), DO(A) RECLAMADO(A), RESPONDEU: que potencial

prejuizo pelo manual de conduta já caracterizaria motivo para a aplicação da justa causa. NADA MAIS. À
S PERGUNTAS DO(A) PATRONO(A), DO(A) RECLAMANTE, RESPONDEU: que no processo
de transferencia do reclamante o mesmo foi transferido com ajuda de custo, sendo que a demanda
cresceu e houve a necessidade de permanencia; que nunca houve reclamação do reclamante para que o
mesmo voltasse a cidade de origem; que na sindicancia o reclamante não foi ouvido formalmente; que o
reclamante foi enquadrado na quebra de conduta/confiança; que a transferencia do reclamante foi
documentada, inclusive em sua CTPS. NADA MAIS. Apregoada a primeira e única testemunha
arrolada pelo reclamado, qualificada acima. Aos costumes nada disse. Advertida e compromissada. INQU
IRIDA, RESPONDEU: que trabalha na reclamada como analista de documentação desde 2011; que o
reclamante começou a trabalhar na empresa em 2009; que hierarquicamente o reclamante era a primeira
figura em Manaus; que o reclamante respondia pela empresa em Manaus. NADA MAIS. ÀS
PERGUNTAS DO(A) PATRONO(A) DO(A) RECLAMADA, RESPONDEU: que não sabe se o
reclamante veio com a familia para Manaus; que sabe que de acordo com o manual de conduta não pode
haver negociação que envolva os mesmos interesses da empresa, mesmo que seja somente por potencial
prejuizo; que não sabe porque o reclamante foi dispensado; que quando entrou na empresa teve acesso ao
manual de conduta; que se houvesse duvida o depoente e todos poderiam consultar o setor de ética; que
não percebeu nenhuma anormalidade no tratamento do reclamante por parte da empresa; que não teve
conhecimento de pratica ilicita do reclamante junto com o outro empregado. NADA MAIS. ÀS
PERGUNTAS DO(A) PATRONO(A) DO(A) RECLAMANTE, RESPONDEU: NÃO HOUVE. Não
havendo mais provas a serem produzidas, declaro encerrada a instrução processual. ALEGAÇÕES
FINAIS PELO RECLAMANTE: ratifica os termos da inicial e acrescenta a eles o fato de que nem
mesmo o preposto da reclamada sabe o motivo da demissão do trabalhador, informação bastante
relevante, em se tratando de justa causa, o que apenas vem confirmar o oportunismo da empresa para
livrar-se de um empregado com um contrato de trabalho de 16 anos, sem remunera-lo como previsto na
lei consolidada. A toda a documentação colacionada pela reclamada aos autos, não corrobora a pena
capital aplicada e apenas confirmam o agir obliquo para descartar seu ex empregado. No tocante ao
adicional de transferencia, ficou claro que a vinda do trabalhador para esta capital foi temporaria. O fato
deste haver constituido uma pessoa juridica em Manaus não é suficiente para levar a conclu~soa de que
havia um carater definitivo na sua vinda, porque a transferencia ocorreu em 2009 e, somente em 2014 a
empresa foi aberta. Ademais, deveria o empregador formalizar adequadamente a vinda do seu empregado
para outra cidade, uma vez que o torpe não pode se beneficiar de sua propria torpeza. Por fim, no que se
refere aos danos morais estes ficaram bem evidenciados nessa sala de audiencia, tanto pelo descarte
sumario e injustificado do trabalhador como pela acusação alinhavada de que o mesmo estaria a proceder
com improbidade. SEM MAIS. ALEGAÇÕES FINAIS PELA RECLAMADA: A reclamada reitera
todos os termos de sua defesa, destacando que o reclamante não produziu prova documental ou oral
como lhe imcumbia para embasar suas alegações, especialmente quanto ao dano moral, invalidade da
justa causa e caracter provisoria da sua transferencia para Manaus. Sobre a transferencia frisa a
reclamada que pelo teor dos depoimentos restou clarissimo o animo definitivo da mudança do reclamante
para Manaus, notadamente porque mudou-se com a sua familia e ainda constituiu pessoa juridica na
referida cidade. Ademais, ao contrario do que aduz o reclamante, a transferencia foi anotada em CTPS.
Em relacao a justa causa não há elemento nos autos capazes de ensejar sua invalidade ou reversão. O
reclamante confessou que tinha ciencia de todas as normas internas da empresa, sabendo portanto que a
mera existencia de potencial prejuizo para a MSC, já significa conduta reprovavel e grave capaz de
romper a confianca do empregado, que no caso tinha o cargo mais alto da hierarquia em manaus. Não
soube explicar o reclamante ao certo o motivo da constituicao de sua empresa, pois não faz sentido
sobretudo no Brasil em que há altos impostos para as pessoas juridicas, o motivo pelo qual manteve sua
companhia ativa. Ainda ao contrario do que alega o reclamante, lhe foi dada a oportunidade de defesa
quanto aos fatos que lhe foram imputados, chegando ate a enviar documentos a MSC e alguns
esclarecimentos. Portanto, valida a justa causa. Quanto aos danos morais, tambem não se verifica nos
autos não tendo o reclamante provado nenhum dano, demonstrando mero aborrecimento com a sua
dispensa. A prova oral evidenciou que o reclamante tinha bom relacionamento no ambiente de trabalho e
a sua dispensa por justa causa foi tratada com tanta confidencialidade , que nem todos os empregados da
MSC souberam ao certo o que lhe aconteceu. SEM MAIS. REJEITADA A 2ª PROPOSTA DE
CONCILIAÇÃO. Fica suspensa a presente audiência e designado o dia 03/02/2016 para leitura e
publicação da sentença. Cientes as partes. E, para constar, foi lavrado o presente termo.
Fls.: 82
Nada mais.
Juíza do Trabalho
Fls.: 83
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 11a VARA DO

Processo nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA., já

qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move ALEXANDRE DOMINGOS, vem,
tempestiva e respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, conforme prazo concedido em audiência,
requerer a juntada da carta de preposição em anexo.
Nestes termos,
P. Deferimento.
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 29/01/2016 14:25:29 - 1b12b16

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 1b12b16 - Pág. 1
Fls.: 84
Manaus, 29 de Janeiro de 2016.
OAB/SP 311.423
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 29/01/2016 14:25:29 - 1b12b16

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 1b12b16 - Pág. 2
Fls.: 85
PODER JUDICIÁRIO
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011
SENTENÇA JUDICIAL MERITÓRIA
EM: 03/02/2016
PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO Nº: 0002086-55.2015.5.11.0011
RECLAMADA: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA - MAO
CLASSE JUDICIAL: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
RITO: ORDINÁRIO
DATA DE AUTUAÇÃO: 22/10/2015
I - RELATÓRIO:
O reclamante ALEXANDRE DOMIGOS ajuizou, em 22/10/2015, a presente RECLAMAÇÃO

TRABALHISTA contra a reclamada MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA -
MAO postulando em juízo, após exposição fática e fundamentação jurídica, a anulação da justa causa
aplicada, e a condenação da ré ao pagamento de adicional de adicional de transferência, consectários
trabalhista advindos da anulação e indenização por dano moral.
Pleiteou, ainda, juros de mora e da correção monetária. Por fim, requereu a concessão do benefício da
gratuidade da justiça.
O autor atribuiu à causa o valor de R$ 458.593,05.
O demandante instruiu a petição inicial com as provas documentais que foram carreadas aos autos.
Na audiência judicial de conciliação e instrução foi verificada a presença de ambas as partes processuais
e foi recusada a primeira proposta de conciliação formulada pelo juízo, tendo sido dispensada a leitura da
petição inicial da reclamação trabalhista.
Ainda na audiência de conciliação e instrução, a ré msc mediterraneam shopping do brasil ltdaapresent

ou contestação ID BBA0185, através da qual arguiu prescrição quinquenal, e, no mérito, pugnou pela
total improcedência do pleito.
A reclamada, MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA - MAO, apresentou defesa

escrita ID a3320bb, na qual impugna todos os fatos articulados na exordial, para, ao final, pugnar pela
improcedência total dos requerimentos contidos na inicial.
A alçada foi fixada no valor da petição inicial.
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 03/02/2016 07:48:46 - 74b2b1d
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 74b2b1d - Pág. 1
Fls.: 86
O Reclamante não arrolou testemunhas. O Reclamado arrolou uma.
Ao fim da audiência de instrução não tendo havido mais provas processuais a serem produzidas, foi
declarado por este juízo encerrada a instrução processual.
Razões finais por ambas as partes.
Foi recusada pelas partes a segunda proposta de conciliação formulada pelo juízo.
É o relatório.
II - FUNDAMENTAÇÃO:
II.I - DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.
O Reclamante observou a regra constitucional, que limita as condenações exaradas em reclamatórias

trabalhistas, aos cinco últimos anos que antecederam o ajuizamento da ação.
Rejeito.
II.II - DO MÉRITO. DA ANULAÇÃO DA JUSTA CAUSA.
O Reclamante narra que, após 16 anos de serviços prestados à Reclamada, foi dispensado de suas
atividades laborais, por justa causa, com suporte no art. 482, alínea "c", da CLT.
A Reclamada, em sua defesa escrita ID bba0185, sustenta a higidez da justa causa aplicada, com suporte
na violação da cláusula 2.26 do Regulamento Interno, Código de Conduta. Descreveu todo o
procedimento interno adotado pela empresa, com vistas à apuração da justa causa. Ressaltou, ainda, que:
o Autor exercia cargo de extrema confiança e de alto escalão,
pelo que a quebra da fidúcia foi ainda mais grave, pois não apenas
infringiu as políticas internas da Reclamada, mas se aproveitou da sua
função e do acesso à informações privilegiadas para praticar conduta
reprovável.
Ele era sub-gerente da filial de Manaus, cuja descrição sumária segue abaixo, demonstrando que o
Obreiro tinha acesso atodas as informações sigilosas, estratégicas e importantes da MSC,controlando
diretamente as operações da sua empregadora, realizando diretamente suas atividades-fim, inclusive trab
alhando na captação declientes (...)
Na instrução processual, o Reclamante impugnou os documentos acostados aos autos eletrônicos, em

virtude de contrariedade à ordem pública e por não o obreiro tido ciência das regras insculpidas no
âmbito interno.
O Reclamante declarou em juízo que " abriu uma empresa mas não era concorrente da reclamada e
nunca operou nessa empresa; que abriu a empresa para se resguardar quanto ao futuro financeiro da
sua família".
Ao ser indagado, o preposto da Reclamada forneceu elementos de indiscutível importância para o

deslinde da causa:
que confirma os termos da contestação; que foi apurado que o reclamante estava fazendo negociações
concorrentes com a empresa reclamada; que não era de conhecimento a nivel de gerencia essa situação;
Fls.: 87
que o reclamante não confessou a situação e nem assinou a apuração; que o reclamante não apresentou
defesa por escrito sobre a acusação; que afirma que não houve prejuizo financeiro para a empresa,
porém houve a quebra de confiança já que o reclamante tinha um posto avançado da empresa, sendo
líder da empresa no Amazonas.
A testemunha conduzida a este juízo fez alusão à disciplina contida no manual da empresa, mas não
ratificou as afirmações expendidas pela Reclamada no tocante ao cometimento de falta grave pelo
obreiro:
que sabe que de acordo com o manual de conduta não pode haver negociação que envolva os mesmos
interesses da empresa, mesmo que seja somente por potencial prejuizo; que não sabe porque o
reclamante foi dispensado; que quando entrou na empresa teve acesso ao manual de conduta; que se
houvesse duvida o depoente e todos poderiam consultar o setor de ética; que não percebeu nenhuma
anormalidade no tratamento do reclamante por parte da empresa; que não teve conhecimento de pratica
ilicita do reclamante junto com o outro empregado.
O procedimento adotado pela Reclamada está eivado de graves vícios.
Da análise do documento relativo à sindicância ID 3dbc40f, extrai-se que a Reclamada, ao contrário do

que afirmou em sua defesa escrita, não observou os princípios da ampla defesa e do contraditório,
quando da aplicação da penalidade máxima ao obreiro.
No campo destinado à assinatura do Reclamante, o espaço continua vazio; configurando assim um

documento de produção unilateral, cujo teor não será considerado para efeitos de formação do
convencimento judicial; sem que tal entendimento viole o art. 93, IX, da Constituição da República.
O preposto da Recamada reconhece que o obreiro não confessou os fatos que lhe eram imputados, nem
teve a oportunidade de apresentar provas durante a fase instrutória do procedimento administrativo
instaurado em seu desfavor.
Depreende-se, ainda, do TRCT que o Reclamante opôs-se à aplicação da justa causa.
Ademais, a Reclamada não fez prova nos autos de negócios entabulados pelo Reclamante, que venham a
ser caracterizados como negociação habitual a atrair a aplicação da justa causa.
Por verificar que a justa causa aplicada ao Reclamante está lastreada na presunção de que o obreiro
cometeu atos contrários à boa-fé contratual, julgo procedente pedido de anulação da justa causa, com
o deferimento de:
- 3/12 ferias prop. 2015/2016 +1/3;
- 10/12 13 salário + API (2015);
- Entrega do TRCT e Conectividade, com comprovação mês a mês, inclusive dos 40%, para saque do
FGTS, bem como das Guias Seguro Desemprego, para saque de 5 parcelas no valor de 1.385,91;
Fls.: 88
- Devolução da CTPS, com baixa datada de 20.11.2015, tendo em vista a projeção do Aviso Prévio (art.
487, §1, CLT e Sumula 182, E. TST) em 10 (dez) dias após o trânsito em julgado da decisão, sob pena de
fixação de astreintes diário, no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), com valor global limitado a
R$9.000,00 (nove mil reais).
- Pagamento da PLR relativo ao ano de 2015, tendo em vista que trabalhou no ano em apreço por 9
meses (Lei nº10.101/2000).
As verbas deferidas deverão ser apuradas em liquidação de sentença,pela secretaria da vara,tomando-se

como parâmetro a quantia de R$9.475,72, último salário do reclamante.
DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA.
O Reclamante vindica o pagamento de valores relativos ao adicional de transferência, inadimplidos

durante a avença laboral.
Refuta a Reclamada os argumentos expendidos pelo obreiro, informando em sua contestação que houve
aquiescência do obreiro com a transferência, e que a mesma não se deu em caráter provisório.
Na esteira do que disciplinam o art. 469, §3º, da CLT e a Orientação Jurisprudencial 113 da SBDI-1, o
adicional de transferência é devido tão somente quando se tratar de transferência de caráter provisório.
O obreiro, ao que consta nos autos, desde a sua transferência em 2009, continua residindo em Manaus
bem como constituiu empresa individual; logo, não se enquadra na situação ensejadora de pagamento do
adicional em comento.
Julgo improcedente o pedido de condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de transferência.
DOS DANOS MORAIS.
O pleito de danos morais formulado pelo obreiro funda-se na abusividade da justa causa aplicada, e,
também, na ausência de pagamento do adicional de transferência.
Com a reversão da justa causa, e o indeferimento do pleito de condenação da Reclamada ao pagamento

do adicional de transferência, verifico que apenas um dos fatos geradores da mencionada indenização se
perfectibilizaram.
Sendo assim, para o deferimento da indenização, analisa-se em primeiro plano a relação laboral
entabulada entre as partes.
O obreiro prestou serviços à empresa por um período de 16 (dezesseis) anos, vindo, inclusive, a fixar
residência em outro Estado da federação.
Conforme descrição da própria Reclamada, o obreiro exercia função com especial fidúcia, responsável
por entabular negócios diretamente com a clientela.
Dessarte, como consequência da justa causa aplicada de forma inadequada, somada ao fato de que ao
Reclamante não fora oportunizado momento para apresentar sua defesa, julgo procedente pedido de
condenação da Reclamada ao pagamento de indenização por dano moral.
Para efeitos de fixação do quantum indenizatório, arbitro o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais), com
lastro no princípio da razoabilidade, por entender ser suficiente para cumprir o caráter pedagógico da
medida, sem que a parte beneficiária da indenização experimente um enriquecimento sem causa.
II.II.- DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA:
Fls.: 89
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 rege a assistência jurídica especificamente no

art. 5º, LXXIV, o qual preleciona que: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos;(grifos nossos)
A CLT rege a matéria especificamente no artigo 790, § 3º, o qual versa que:
§3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer
instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou
declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família.(grifos nossos)
No que pertine à jurisprudência trabalhista o C. TST já cristalizou o seu entendimento com a edição das
orientações jurisprudenciais nº 269 e 331, da Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais
- SBDI-1, as quais versam:
OJ-SDI1-269: JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE
DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO
O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que,
na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso.
OJ-SDI1-331: JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA
ECONÔMICA. MANDATO. PODERES ESPECÍFICOS DESNECESSÁRIOS
Desnecessária a outorga de poderes especiais ao patrono da causa para firmar declaração de

insuficiência econômica, destinada à concessão dos benefícios da justiça gratuita.
Diante do exposto, nos termos do art. 5º, LXXIV, da CRFB/88, do art. 790, § 3º da CLT e das
orientações jurisprudenciais nº 269 e 331 da Subseção I da Seção Especializada em Dissídios Individuais
- SBDI-1, este juízo julga procedente o pedido de concessão do benefício de justiça gratuita.
III - DISPOSITIVO:
Diante do exposto, nos autos da presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA ajuizada pela reclamante
ALEXANDRE DOMINGOS contra o reclamado MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO
BRASIL LTDA - MAO esta MMª 11ª Vara do Trabalho de Manaus DECIDE rejeitar a prejudicial
de prescrição quinquenal, anular a justa causa aplicada ao obreiro e julgar PARCIALMENTE
PROCEDENTE o pleito de condenação das Reclamadas ao pagamento de valores a serem apurados em
sede de liquidação de sentença, tomando-se como parâmetro a quantia de R$9.475,72(salário do
reclamante) relativos a:
- 3/12 ferias prop. 2015/2016 +1/3;
- 10/12 13 salário + API (2015);
Fls.: 90
- Entrega do TRCT e Conectividade, com comprovação mês a mês, inclusive dos 40%, para saque do
FGTS, bem como das Guias Seguro Desemprego, para saque de 5 parcelas no valor de 1.385,91;
- Devolução da CTPS, com baixa datada de 20.11.2011, tendo em vista a projeção do Aviso Prévio (art.
487, §1, CLT e Sumula 182, E. TST) em 10 (dez) dias após o trânsito em julgado da decisão, sob pena de
fixação de astreintes diário, no valor de R$ 300,00 (trezentos reais), com valor global limitado a
R$9.000,00 (nove mil reais).
- Pagamento da PLR, relativo ao ano de 2015,tendo em vista que trabalhou no ano em apreço por 09
meses (10.101/2000).
- Danos morais R$ 8.000,00.
III.I) CONCEDER ao demandante o benefício da justiça gratuita;
III.II) COMINAR custas pela ré, no montante de R$ 4.000,00 sobre o valor ora arbitrado de R$
200.000,00. Cientes as partes. E, para constar, foi lavrada a presente ata de audiência de julgamento.
MARIA DA GLÓRIA DE
ANDRADE LOBO
Juíza do Trabalho Titular da 11ª

VTM
MANAUS, 3 de Fevereiro de 2016

Fls.: 91
TERMO DE PETICIONAMENTO EM PDF
AUTUAÇÃO: [ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO, ALEXANDRE DOMINGOS] x [MSC MEDITERRANEAN

SHIPPING DO BRASIL LTDA, VERIDIANA CHAVES MACHADO]
PETICIONANTE: VERIDIANA CHAVES MACHADO
Nos termos do artigo 1º do Ato número 423/CSJT/GP/SG, de 12 de novembro de 2013, procedo à juntada, em anexo, de petição
em arquivo eletrônico, tipo “Portable Document Format” (.pdf), de qualidade padrão “PDF-A”, nos termos do artigo 1º, § 2º,
inciso II, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e em conformidade com o parágrafo único do artigo 1º. do Ato acima
mencionado, sendo que eventuais documentos que a instruem também serão anexados.
10 de Fevereiro de 2016
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 10/02/2016 10:57:40 - a4b083e

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. a4b083e - Pág. 1
Fls.: 92
PODER JUDICIÁRIO
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011
SENTENÇA
EMBARGOSDEDECLARAÇÃO
I - R E L A T Ó R I O.
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL,Reclamada já qualificada nos autos, apresentou

Embargos de Declaração ID 78b16f6, apontando a existência de omissões, na decisão proferida pelo
juízo de 1º grau.
ALEXANDRE DOMINGOS, Reclamante, igualmente qualificado, apresentou embargos declaratórios

ID e25ee38, através dos quais aponta omissão na sentença, quanto à aplicação da multa prevista no art.
477, parágrafos 6º e 8º da CLT.
É o relatório.
II - F U N D A M E N T A Ç Ã O.
Atendidos os requisitos legais, conheço dos presentes Embargos.
No mérito,
Dos Embargos Declaratórios do Reclamante.
Assiste razão ao Embargante/Reclamante. Após cotejar as provas produzidas nos autos, verifica-se que a
Reclamada, efetivamente, descumpriu o prazo de 10 (dez) dias, o qual deveria ser observado quanto ao
pagamento das verbas rescisórias devidas ao empregado.
Impõe-se, portanto, acolhero pleito externado no item 7 da exordial para condenar a Reclamada ao
pagamento da multa prevista no art. 477, §§6º e 8º, da CLT.
Dos Embargos Declaratórios da Reclamada.
A Reclamada aponta, em suas razões recursais, três pontos os quais considera ter a decisão de piso
incorrido em omissão.
Passo a analisar.
a) Quanto aos juros e correção monetária.
Assinado eletronicamente por: ELIANE LEITE CORREA - 15/02/2016 13:31:53 - 6205f7d

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 6205f7d - Pág. 1
Fls.: 93
Corrijo a omissão, para que conste na decisão de piso a seguinte redação:
A correção monetária incide a partir do vencimento de cada obrigação. Em sede trabalhista, tal momento
se dá no mês subseqüente ao da prestação dos serviços, como dispõe o art. 459, § único da CLT e Súmula
381 TST.
Juros devidos desde o ajuizamento da ação (art. 883 da CLT), a 1% ao mês (Lei 8.177/91), sobre o valor
da condenação já corrigido monetariamente (Súmula 200, TST).
b) Quanto à compensação.
Acolho os pedidos esposados nos itens 8.10 da petição inicial e 3.8 da contestação, para que quando da
elaboração dos cálculos seja feita a compensação dos valores.
c) Quanto aos recolhimentos previdenciários e fiscais.
Com o fito de suprir a omissão relativa ao tema, determino que passe a constar na decisão, ora,
embargada, as seguintes prescrições:
DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS:
Nos termos do art. 114, VIII, CRFB/88, do art. 43, da Lei Ordinária Federal nº 8.212/91, do art. 276, do
Decreto Federal nº 3.048/·
DOS DESCONTOS FISCAIS (IMPOSTO DE RENDA):
Nos termos do art. 46, caput e § 2º, da Lei Ordinária Federal nº 8.541/92, do art. 12-A,caput e §§ 1º e 9º,
da Lei Ordinária Federal nº 7.713/88, do art. 2º, § 1º e art. 3º, da Instrução Normativa RFB nº 1.127/11,
do art. 28, da Lei Ordinária Federal nº 10.833/03,do enunciado nº 368, da súmula de jurisprudência
predominante do TST, das
orientações jurisprudenciais nº 207, 363, 400 da SDI-1 e dos enunciados nº 386, 463 e 498, da súmula de
jurisprudência predominante do STJ, este juízo condena o reclamado a cumprir as obrigações de
reter, recolher e comprovar o recolhimento do valor a ser apurado em regular fase de liquidação
de sentença, a título de imposto de renda devido pelo reclamante resultante do crédito do empregado
oriundo da presente condenação judicial, calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a
utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se referem os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito, comprovando o recolhimento perante este órgão judiciário trabalhista, no prazo
de 15 (quinze) dias, contados a partir do momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne
disponível para o reclamante.
III - C O N C L U S Ã O.
Ante o exposto, conheço dos Embargos de Declaração opostos por ALEXANDRE DOMINGOS visto
que atendidos os requisitos legais, para, no mérito, acolhê-los , com o fito de sanar a omissão apontada
pelo Embargante, condenando a Reclamada ao pagamento da multa do art.477, parágrafos 6º e 7º da
CLT. Conheço, também, dos Embargos de Declaração opostos por MSC MEDITERRANEAN
SHIPPING DO BRASIL visto que atendidos os requisitos legais, para, no mérito, acolhê-los , com o
fito de sanar as omissões apontadas. Tudo nos termos da fundamentação. Intimem-se as partes. Nada
mais.

Fls.: 94
MANAUS, 15 de Fevereiro de 2016
ELIANE LEITE CORREA


Fls.: 95
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 25/02/2016 09:38:52 - d2a1316

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. d2a1316 - Pág. 1
Fls.: 96
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 25/02/2016 09:38:53 - e1423f4

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. e1423f4 - Pág. 1
Fls.: 97
PODER JUDICIÁRIO
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011
DECISÃO PJe-JT
Vistos etc.
Recebo os recursos interpostos pelo reclamante e pela reclamada, porque tempestivo, garantido pelo depósito recursal e
pagamento das custas (reclamada), contando com regular representação processual, bem como as contrarrazões pelas partes são
tempestivas e subscritas por advogados habilitados, e por estarem presentes os pressupostos intrínsecos de admissibilidade da
medida.
Ao Eg. TRT.
MANAUS, 7 de Março de 2016.
ELAINE PEREIRA DA SILVA
Juiz(a) do Trabalho
MANAUS, 7 de Março de 2016
ELAINE PEREIRA DA SILVA

Juiz(a) do Trabalho Substituto
Assinado eletronicamente por: ELAINE PEREIRA DA SILVA - 07/03/2016 09:49:40 - 99cc973

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 99cc973 - Pág. 1
Fls.: 98
INFORMAÇÕES
Informo que o Exmo. Desembargador do Trabalho JORGE ALVARO MARQUES GUEDES encontrava-se de
férias no período de 28/3/2016 a 6/4/2016, relativas a 10 dias de férias remanescentes do 1º período de 2014, conforme R.A. nº
074/2016.
Informo que o Exmo. Desembargador do Trabalho JORGE ALVARO MARQUES GUEDES esteve afastado de
suas funções jurisdicionais, no período de 9 a 13 de maio de 2016, em razão de sua participação no curso de Formação
Continuada em Administração Judiciária de Tribunais Regionais do Trabalho, na sede da ENAMAT, em Brasília/DF, conforme R.
A. nº 117/2016, sendo que o dia 9 de maio de 2016 foi utilizado para trânsito e, os demais dias do período, de efetivo curso.
Informo que o Exmo. Desembargador do Trabalho JORGE ALVARO MARQUES GUEDES esteve em gozo de
férias no período de 4/7/2016 a 2/8/2016, relativas ao 2º período do exercício de 2016, conforme R.A. nº 123/2016.
Informo que, nos termos do parágrafo único do art. 257 do Regimento Interno, os Órgãos do TRT da 11ª Região
deixaram de funcionar no período de 20/12/2016 a 6/1/2017.
Informo que o Exmo. Desembargador do Trabalho JORGE ALVARO MARQUES GUEDES encontrava-se de
férias no período de 9/1/2017 a 7/2/2017, relativas ao 1º período do exercício de 2017, conforme R.A. nº 301/2016. Entretanto,
esse período de férias foi interrompido em 16/01/2017, segundo a R.A. nº 032/2017, por imperiosa necessidade de serviço.
É o que me cumpre informar.
Assinado eletronicamente por: LEANDRO DIRCEU DOS SANTOS - 13/03/2017 09:12:22 - fc39f55
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. fc39f55 - Pág. 1
Fls.: 99
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA MM. 11a VARA DO

Processo nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA.,

devidamente qualificada e representada nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move ALEXANDR
E DOMINGOS, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a juntada do
substabelecimento em anexo.
Termos em que,
Pede deferimento.
Manaus, 21 de março de 2017
OAB/SP Nº 311.423
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 21/03/2017 21:08:41 - 8c27c3e

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 8c27c3e - Pág. 1
Fls.: 100
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO nº 0002086-55.2015.5.11.0011 (RO) - RITO ORDINÁRIO

RECORRENTES: ALEXANDRE DOMINGOS, MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO
BRASIL LTDA
RECORRIDOS: OS MESMOS
RELATOR: JORGE ALVARO MARQUES GUEDES
LDS
EMENTA
JUSTA CAUSA. NÃO CONFIGURADA. PROVAS FRÁGEIS. Pairando
dúvidas sobre o comportamento do obreiro, tem-se que a prova foi frágil,
muito aquém de ser robusta, clara e convincente, de forma a não
possibilitar quaisquer dúvidas acerca da violação, pelo empregado, de
suas obrigações contratuais ou legais, fato esse que justifica, por si só, a
conversão da justa causa em dispensa imotivada. Recursos conhecidos e
provido, parcialmente, apenas o da reclamada para excluir da condenação
a indenização por dano moral.
RELATÓRIO
Vistos, relatados e discutidos estes autos de recursos ordinários, oriundos

da MM. 11ª Vara do Trabalho de Manaus, em que são partes, como recorrentes, ALEXANDRE
DOMINGOS e MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA e, como recorridos, OS
MESMOS.
O reclamante pleiteou (Id. b7b5d9e) a conversão de sua dispensa por justa

causa em dispensa imotivada, bem como a condenação da reclamada ao pagamento das seguintes
parcelas: saldo de salário (2 dias) , aviso prévio (78 dias), férias vencidas, simples e proporcionais,
acrescidas do terço constitucional, 13º salário proporcional, multa prevista no art. 477 da CLT, Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço, adicional de transferência e indenização por danos morais. Requereu,
ainda, a gratuidade de justiça. Alegou que foi contratado pela ré, em 1º de julho de 1999, em Santos-SP,
para exercer a função de auxiliar de exportação, tendo ocupado diversos cargos durante o pacto laboral.
Afirmou que, em 1º de setembro de 2009, foi transferido para Manaus, onde passou a exercer o cargo de
coordenador da filial da empresa nesta cidade e, posteriormente, foi promovido à subgerente, cargo
ocupado até a rescisão do contrato de trabalho, em 2 de setembro de 2015, ocasião em que recebia como
salário mensal a quantia de R$-9.475,72. Aduziu que foi dispensado por justa causa, com raso
Assinado eletronicamente por: JORGE ALVARO MARQUES GUEDES - 25/03/2017 10:57:45 - 373f498
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 373f498 - Pág. 1
Fls.: 101
fundamento no artigo 482, alínea c da CLT. Sustentou que o procedimento que culminou na penalidade
máxima apresentou vícios por não apontar expressamente a sua conduta faltosa, bem como por cercear o
seu direito de defesa. Confirmou que constituiu empresa individual durante a vigência do pacto laboral,
sem, contudo, ensejar em concorrência ou prejuízo à reclamada. Ressaltou que a despedida sumária
causou-lhe severos abalos de ordem moral, maculando sua honra e sua dignidade. Relatou, ainda, que
conquanto tenha se transferido provisoriamente para Manaus, a empresa jamais lhe pagou o respectivo
adicional.
Contestação da ré (Id. 229cb1e).
O Juízo a quo proferiu sua decisão (Id. 74b2b1d). Rejeitou a prescrição

arguida pela ré e, no mérito, julgou parcialmente procedente os pedidos formulados na inicial, anulando a
dispensa por justa causa, revertendo-a para imotivada e condenando a reclamada ao pagamento das
seguintes verbas: 78 dias de aviso prévio, 2 dias de saldo de salário, férias vencidas em dobro, simples e
proporcionais (3/12), acrescidas de 1/3, 13º salário proporcional (10/12), Participação nos Lucros e
Resultados, relativo ao ano de 2015, e indenização por danos morais (R$-8.000,00). Concedeu, por fim,
ao autor os benefícios da justiça gratuita.
A ré e o autor apresentaram embargos de declaração (Id's. 78b16f6 e

e25ee38, respectivamente), os quais foram acolhidos pelo Juízo de origem (Id. 6205f7d), que corrigiu as
omissões apontadas e condenou a reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT.
A ré, interpôs recurso ordinário (Id. 2abdfbb), em que se insurge em face

da r. sentença. Alega que o procedimento que determinou a dispensa do autor não apresentou qualquer
vício ou excesso, sendo que os fatos foram cuidadosamente apurados, garantindo ao obreiro o direito à
ampla defesa. Afirma que à época dos fatos, o reclamante exercia cargo de extrema confiança e de alto
escalão, pelo que a quebra da fidúcia foi ainda mais grave, pois não apenas infringiu as políticas internas
adotadas no âmbito da empresa, mas se aproveitou da sua função e do acesso à informações privilegiadas
para praticar conduta reprovável. Sustenta, ainda, que o autor não se desincumbiu do ônus de provar a
invalidade da justa causa aplicada, bem como o suposto dano sofrido, razão pela qual pugna pela
manutenção da dispensa por justo motivo, bem como pela improcedência da condenação ao pagamento
das verbas rescisórias e indenização por danos morais.
Por sua vez, o autor interpôs recurso ordinário (Id. 95386b8), no qual
renova o pedido de adicional de transferência e majoração da reparação por danos morais. Afirma que a
constituição de empresa individual na cidade de Manaus não olvida o caráter transitório de sua
transferência. Aduz que foi contratado em 1999 para prestar serviços à ré em Santos-SP, sendo
transferido para Manaus em 2009 com a finalidade única de estruturar a empresa nesta capital.
Fls.: 102
Contrarrazões pela ré e pelo autor (Id's. 2746db0 e e662230,

respectivamente).
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
Conheço do recurso ordinário obreiro porque satisfeitos os seus

pressupostos de admissibilidade.
Em suas razões recursais, a reclamada reafirma os argumentos que

ensejaram a dispensa por justa causa do reclamante, alegando que o procedimento adotado observou
todas as cautelas necessárias no tocante à apuração da falta cometida e à garantia da ampla defesa. O
trabalhador, de outro norte, renova o pedido do adicional de transferência, bem como pleiteia a
majoração da condenação ao pagamento da indenização por dano moral.
Vejamos.
A ruptura contratual justificada exige a comprovação sólida e inconteste

da ocorrência do ato faltoso, inclusive em face do princípio da continuidade da relação de emprego que
informa o contrato de trabalho, cujo ônus probatório incumbe ao empregador, por se tratar de fato
impeditivo do direito do empregado às verbas rescisórias (artigos. 818, da CLT e 373, II, do NCPC).
Ademais, por gerar consequências que vão além dos limites da relação jurídica de trabalho existente entre
as partes, esta Especializada deve ser cautelosa ao apreciá-la, somente a reconhecendo em caso de provas
insofismáveis, caso contrário, a decisão deve pender em favor do empregado, em subsunção à aplicação
do princípio "in dubio pro operario".
Ao apreciar a quaestio, o julgador primário decidiu por invalidar a justa

causa aplicada pela ré em desfavor do trabalhador, valendo-se dos seguintes argumentos:
"O procedimento adotado pela Reclamada está eivado de graves vícios.
Da análise do documento relativo à sindicância ID 3dbc40f, extrai-se que a Reclamada,

ao contrário do que afirmou em sua defesa escrita, não observou os princípios da ampla
defesa e do contraditório, quando
da aplicação da penalidade máxima ao obreiro.
No campo destinado à assinatura do Reclamante, o espaço continua vazio; configurando

assim um documento de produção unilateral, cujo teor não será considerado para efeitos
de formação do convencimento judicial; sem que tal entendimento viole o art. 93, IX, da
Constituição da República.
Fls.: 103
O preposto da Reclamada reconhece que o obreiro não confessou os fatos que lhe eram
imputados, nem teve a oportunidade de apresentar provas durante a fase instrutória do
procedimento administrativo instaurado em seu desfavor.
Ademais, a Reclamada não fez prova nos autos de negócios entabulados pelo
Reclamante, que venham a ser caracterizados como negociação habituala atrair a
aplicação da justa causa." - sublinhei.
Analiso.
Ao examinar os autos, observo, em consonância com o decisum primário,

que a ré não se desincumbiu satisfatoriamente do ônus que lhe incumbia, porquanto o conteúdo
probatório restou frágil e insuficiente para demonstrar a conduta faltosa do reclamante.
In casu, a reclamada sustentou que a justa causa aplicada ao autor

decorreu da prática de ato faltoso previsto no art. 482, alínea "c", da CLT, qual seja "negociação habitual
por conta própria ou alheia se, permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à
empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço".
A decisão foi tomada após instauração de sindicância, conforme termo de

Id. 3dbc40f, a qual concluiu que o autor violou o regulamento empresarial ao constituir empresa no
mesmo seguimento, situação que, segundo o documento, configurou-se o prejuízo em potencial, em
virtude da ocupação de cargo que conferia acesso a informações privilegiadas e possibilidade de captar
clientes.
Em que pese os argumentos patronais, o procedimento administrativo

adotado não observou os princípios da ampla defesa e contraditório, contrariando preceitos básicos do
regramento processual e eivando de vícios toda a apuração da conduta faltosa alegada. Extrai-se do
Termo de Sindicância (Id. 3dbc40f) que não foi concedido ao reclamante o direito a apresentar sua
defesa, tendo a reclamada solicitado, somente, a apresentação dos atos da empresa por ele constituída, o
que foi prontamente atendido. Observo que o referido documento sequer foi assinado pelo autor,
demonstrando o caráter unilateral do procedimento, sem a participação do investigado. Ademais o
preposto da empresa, Sr. RUI MARQUES LOURENÇO, confirmou, em audiência de Id. 3077436, a
supressão ao direito de defesa do trabalhador, ao afirmar que "(...) na sindicância o reclamante não foi
ouvido formalmente".
Logo, entendo que a sindicância instaurada pela ré está eivada de vícios,

tratando-se de procedimento inservível para a apurar o ilícito empresarial imputado ao obreiro, bem
como justificar a sua dispensa. Até porquê não se evidenciou a contento a ato faltoso tipificado no art.
482, "c", da CLT, pois embora houvesse a acusação de que o autor realizava negociações concorrentes, a
Fls.: 104
apuração somente concluiu pela constituição de empresa individual em nome do autor, não se
vislumbrando, inclusive, prejuízo algum aos negócios da reclamada.
Assim, irrefutável a tese obreira de que não ficou evidenciada a conduta

faltosa a ensejar a ruptura do pacto laboral, pelo que decido pela manutenção da sentença a quo nesse
quesito.
Quanto ao pedido de danos morais, o simples enquadramento da conduta

obreira motivadora da dispensa nos tipos jurídicos delineados no artigo 482 da Consolidação das Leis do
Trabalho não enseja, regra geral, tal reparação.
As empresas, com o escopo da legítima defesa do próprio patrimônio,

podem adotar procedimentos, tendo motivação razoável, para apurar a responsabilidade do culpado ou
culpados na ocorrência de irregularidades, inserindo-se tais meios no regular exercício de direito, capaz
de excluir a ilicitude de conduta (Código Civil Brasileiro, artigo 188, I), e não configurando violação ao
inciso X, art. 5º da CR/88, de forma a autorizar sua condenação ao pagamento de indenização por danos
morais.
No caso em exame não ficou demonstrado que o reclamante, por ocasião

da comunicação da dispensa, tenha sido submetido a exposição ou constrangimento perante seus colegas
de trabalho ou que o ato de demissão tenha tido publicidade. Sequer ficou evidenciado que a investigação
tenha ultrapassado os limites físicos da empresa ou que não tenham sido respeitados critérios de discrição
e urbanidade.
Toda discrição do procedimento foi confirmada pela testemunha da ré, Sr.

EFREM ELUARD DA SILVA CAIADO, conforme trecho do depoimento, in verbis:
"(...) que não sabe porque o reclamante foi dispensado; que quando entrou na empresa
teve acesso ao manual de conduta; que se houvesse duvida o depoente e todos poderiam
consultar o setor de ética; que não percebeu nenhuma anormalidade no tratamento
do reclamante por parte da empresa (...)" - negritei.
Ademais, a posição acima adotada segue o entendimento do Tribunal

Superior do Trabalho, consoante o seguinte aresto:
"JUSTA CAUSA- DESCARACTERIZAÇÃO - INDENIZAÇÃO - DANO MORAL -

INEXISTÊNCIA DE DIREITO. O fato de o empregador não conseguir comprovar,
perante o Judiciário, a justa causa imputada a seu empregado, não significa dizer que
aquele fique obrigado a indenizar seu empregado por dano moral, eis que a lei coloca à
disposição dos empregadores a possibilidade de considerarem rescindido o contrato de
trabalho, quando o trabalhador tiver procedimento enquadrável nas alíneas do art. 482 da
CLT. Eventual dificuldade de se obter o perfeito enquadramento da conduta obreira no
elenco do art. 482 Consolidado, em face da rigidez da descrição das hipóteses de justa
causa, não pode dar azo, por si só, à imputação de violação da honra do obreiro,
ensejadora da indenização por dano moral. A não comprovação da justa causa já traz
embutida a sanção relativa ao pagamento das verbas rescisórias próprias da dispensa
Fls.: 105
imotivada, não podendo se somar a essas a indenização por dano moral, caso não
comprovada devidamente a lesão à honra e boa fama do empregado. Revista obreira
conhecida e desprovida". (TRIBUNAL: TST DECISÃO: 13 08 2003 PROC: RR NUM:
756547 ANO: 2001 REGIÃO:13-RECURSO DE REVISTA TURMA: 04 ÓRGÃO
JULGADOR - QUARTA TURMA )."
Diante dos fundamentos expendidos, dou provimento ao apelo patronal

para reformar a sentença a quo e excluir da condenação a parcela referente à indenização por danos
morais, ficando prejudicado, portanto, o pedido recursal obreiro de majoração do valor da referida
condenação.
O autor, por sua vez, insurge-se em face da r. sentença, renovando o

pedido adicional de transferência. Alega que sua transferência teve caráter transitório e que, apesar disso,
nunca recebeu o respectivo adicional.
Compulsando os autos, verifico que o obreiro foi contratado pela ré em

1999, para prestar serviços em Santos-SP. Em 2009, foi transferido para Manaus, onde permaneceu até
sua dispensa, em 2015. Ou seja, laborou nesta cidade por cerca de 6 anos.
Conforme os fatos acima, resta inequívoco o animus definitivo da

transferência obreira, haja vista o longo período de prestação de serviços em benefício da ré nesta cidade
de Manaus. Depreende-se que, nesse lapso, o autor não experimentou mudança de domicílio para outra
localidade ou sequer apresentou objeções à sua permanência em Manaus. Ao contrário, após meses de
dispensa do emprego, continua domiciliado neste município. Além disso, embora alegue a possibilidade
de transferência da empresa em seu nome, sua constituição ocorreu em Manaus, o que corrobora a tese de
definitividade das atividades prestadas à reclamada.
Assim, a teor da Orientação Jurisprudencial n° 113 da Seção de Dissídios

Individuais I do C. TST, de onde se extrai que "... O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do
mencionado adicional é a transferência provisória", tenho que a realidade fática da condição da
transferência do autor é elemento obstativo à sua pretensão, pelo que não faz jus ao referido adicional.
Incensurável, portanto, a decisão de origem nesse quesito.
DISPOSITIVO
Fls.: 106
Ante o exposto, conheço dos recursos ordinários interpostos, nego

provimento ao do autor e dou parcial provimento ao apelo da ré para excluir da condenação a parcela
relativa à indenização por danos morais, mantendo sentença de origem nos demais termos.
Cabeçalho do acórdão
Acórdão
(Sessão Ordinária do dia 23 de março de 2017)
Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores do

Trabalho: Presidente - JOSÉ DANTAS DE GÓES; Relator - JORGE ALVARO MARQUES
GUEDES; e MARIA DE LOURDES GUEDES MONTENEGRO, Juíza Titular da 16ª VTM, convocada
(arts. 117 e 118 da LOMAN). Presente, ainda, a Excelentíssima Procuradora do Trabalho da 11ª Região,
SAFIRA CRISTINA FREIRE AZEVEDO CARONE GOMES.
Obs.: Sustentação oral pelos advogados Ademario do Rosario Azevedo e

Nancy Tancsik de Oliveira.
POSTO ISSO,
ACORDAM os Excelentíssimos Desembargadores do Trabalho e Juíza

Convocada da TERCEIRA TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Primeira Região, por
unanimidade de votos, conhecer dos recursos ordinários interpostos, negar provimento ao do autor e dar
parcial provimento ao apelo da ré para excluir da condenação a parcela relativa à indenização por danos
morais, mantendo sentença de origem nos demais termos. Tudo conforme a fundamentação. Custas de
R$-3.840,00, calculadas sobre o novo valor da condenação (R$-192.000,00).
JORGE ALVARO MARQUES GUEDES

Relator
VOTOS
Fls.: 107
Assinado eletronicamente por: VERIDIANA CHAVES MACHADO - 06/04/2017 11:31:24 - 79669c8

Fls.: 108
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RO 0002086-55.2015.5.11.0011
RECORRENTE: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
RECORRIDO: ALEXANDRE DOMINGOS
RECURSO DE REVISTA
Lei 13.015/2014
Recorrente(s): MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA.
Advogado(a)(s): VERIDIANA CHAVES MACHADO (exclusividade - id. 0f7c6f0) e OUTROS (SP -

311423)
Recorrido(a)(s): ALEXANDRE DOMINGOS
Advogado(a)(s): ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO (exclusividade - id. 95386b8) e OUTROS

(AM - 2926)
PEDIDO DE EXCLUSIVIDADE
Indefiro o pedido (id. bdb4f6c - Pág. 2), de que todas as notificações sejam endereçadas à advogada
Nancy Tancsik de Oliveira (OAB/SP 93.539, uma vez que seu CPF, apesar de ativo, não está validado no
sistema PJe, impedindo sua habilitação nos autos.
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 29/03/2017 - id. 6710672; recurso apresentado em 06/04
/2017 - id. 17662cb).
Regular a representação processual (id. d437022, 1a96974).
Satisfeito o preparo Ids. 74b2b1d, e1423f4, d2a1316, 373f498 e 79669c8.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO / JUSTA CAUSA/FALTA GRAVE.
Alegação(ões):
- violação do(s) artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal.
- violação à legislação infraconstitucional: Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 482, alínea 'c'.
A recorrente busca a reforma do v. acórdão que manteve a conversão da justa causa em dispensa
imotivada.
Assinado eletronicamente por: ELEONORA SAUNIER GONCALVES - 02/05/2017 14:30:21 - 5b11f77

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 5b11f77 - Pág. 1
Fls.: 109
Argumenta que a decisão é contrária ao conjunto probatório e à realidade fática das atividades
desenvolvidas pelo recorrido, não merecendo prevalecer.
Consta no v. acórdão (id. 373f498):
"(...) FUNDAMENTAÇÃO
Conheço do recurso ordinário obreiro porque satisfeitos os seus pressupostos de admissibilidade.
Em suas razões recursais, a reclamada reafirma os argumentos que ensejaram a dispensa por justa causa
do reclamante, alegando que o procedimento adotado observou todas as cautelas necessárias no tocante à
apuração da falta cometida e à garantia da ampla defesa. O trabalhador, de outro norte, renova o pedido
do adicional de transferência, bem como pleiteia a majoração da condenação ao pagamento da
indenização por dano moral.
Vejamos.
A ruptura contratual justificada exige a comprovação sólida e inconteste da ocorrência do ato faltoso,
inclusive em face do princípio da continuidade da relação de emprego que informa o contrato de
trabalho, cujo ônus probatório incumbe ao empregador, por se tratar de fato impeditivo do direito do
empregado às verbas rescisórias (artigos. 818, da CLT e 373, II, do NCPC). Ademais, por gerar
consequências que vão além dos limites da relação jurídica de trabalho existente entre as partes, esta
Especializada deve ser cautelosa ao apreciá-la, somente a reconhecendo em caso de provas
insofismáveis, caso contrário, a decisão deve pender em favor do empregado, em subsunção à aplicação
do princípio "in dubio pro operario".
Ao apreciar a quaestio, o julgador primário decidiu por invalidar a justa causa aplicada pela ré em
desfavor do trabalhador, valendo-se dos seguintes argumentos:
"O procedimento adotado pela Reclamada está eivado de graves vícios.
Da análise do documento relativo à sindicância ID 3dbc40f, extrai-se que a Reclamada, ao contrário do

que afirmou em sua defesa escrita, não observou os princípios da ampla defesa e do contraditório, quando
da aplicação da penalidade máxima ao obreiro.
No campo destinado à assinatura do Reclamante, o espaço continua vazio; configurando assim um docum
ento de produção unilateral, cujo teor não será considerado para efeitos de formação do convencimento
judicial; sem que tal entendimento viole o art. 93, IX, da Constituição da República.
O preposto da Reclamada reconhece que o obreiro não confessou os fatos que lhe eram imputados, nem
teve a oportunidade de apresentar provas durante a fase instrutória do procedimento administrativo
instaurado em seu desfavor.
Ademais, a Reclamada não fez prova nos autos de negócios entabulados pelo Reclamante, que venham a
ser caracterizados como negociação habituala atrair a aplicação da justa causa." - sublinhei.
Analiso.
Ao examinar os autos, observo, em consonância com o decisum primário, que a ré não se desincumbiu
satisfatoriamente do ônus que lhe incumbia, porquanto o conteúdo probatório restou frágil e insuficiente
para demonstrar a conduta faltosa do reclamante.
In casu, a reclamada sustentou que a justa causa aplicada ao autor decorreu da prática de ato faltoso
previsto no art. 482, alínea "c", da CLT, qual seja "negociação habitual por conta própria ou alheia se,

Fls.: 110
permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o
empregado, ou for prejudicial ao serviço".
A decisão foi tomada após instauração de sindicância, conforme termo de Id. 3dbc40f, a qual concluiu
que o autor violou o regulamento empresarial ao constituir empresa no mesmo seguimento, situação que,
segundo o documento, configurou-se o prejuízo em potencial, em virtude da ocupação de cargo que
conferia acesso a informações privilegiadas e possibilidade de captar clientes.
Em que pese os argumentos patronais, o procedimento administrativo adotado não observou os princípios
da ampla defesa e contraditório, contrariando preceitos básicos do regramento processual e eivando de
vícios toda a apuração da conduta faltosa alegada. Extrai-se do Termo de Sindicância (Id. 3dbc40f) que
não foi concedido ao reclamante o direito a apresentar sua defesa, tendo a reclamada solicitado, somente,
a apresentação dos atos da empresa por ele constituída, o que foi prontamente atendido. Observo que o
referido documento sequer foi assinado pelo autor, demonstrando o caráter unilateral do procedimento,
sem a participação do investigado. Ademais o preposto da empresa, Sr. RUI MARQUES LOURENÇO,
confirmou, em audiência de Id. 3077436, a supressão ao direito de defesa do trabalhador, ao afirmar que
"(...) na sindicância o reclamante não foi ouvido formalmente".
Logo, entendo que a sindicância instaurada pela ré está eivada de vícios, tratando-se de procedimento
inservível para a apurar o ilícito empresarial imputado ao obreiro, bem como justificar a sua dispensa.
Até porquê não se evidenciou a contento a ato faltoso tipificado no art. 482, "c", da CLT, pois embora
houvesse a acusação de que o autor realizava negociações concorrentes, a apuração somente concluiu
pela constituição de empresa individual em nome do autor, não se vislumbrando, inclusive, prejuízo
algum aos negócios da reclamada.
Assim, irrefutável a tese obreira de que não ficou evidenciada a conduta faltosa a ensejar a ruptura do
pacto laboral, pelo que decido pela manutenção da sentença a quo nesse quesito.
(...)
DISPOSITIVO
Ante o exposto, conheço dos recursos ordinários interpostos, nego provimento ao do autor e dou parcial
provimento ao apelo da ré para excluir da condenação a parcela relativa à indenização por danos morais,
mantendo sentença de origem nos demais termos.
Cabeçalho do acórdão
Acórdão
(Sessão Ordinária do dia 23 de março de 2017 )
Participaram do julgamento os Excelentíssimos Desembargadores do Trabalho: Presidente - JOSÉ

DANTAS DE GÓES; Relator - JORGE ALVARO MARQUES GUEDES; e MARIA DE LOURDES
GUEDES MONTENEGRO, Juíza Titular da 16ª VTM, convocada (arts. 117 e 118 da LOMAN).
Presente, ainda, a Excelentíssima Procuradora do Trabalho da 11ª Região, SAFIRA CRISTINA FREIRE
AZEVEDO CARONE GOMES.
Obs.: Sustentação oral pelos advogados Ademario do Rosario Azevedo e Nancy Tancsik de Oliveira.
POSTO ISSO ,
ACORDAM os Excelentíssimos Desembargadores do Trabalho e Juíza Convocada da TERCEIRA

TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Primeira Região, por unanimidade de votos,
conhecer dos recursos ordinários interpostos, negar provimento ao do autor e dar parcial provimento ao

Fls.: 111
apelo da ré para excluir da condenação a parcela relativa à indenização por danos morais, mantendo
sentença de origem nos demais termos. Tudo conforme a fundamentação. Custas de R$-3.840,00,
calculadas sobre o novo valor da condenação (R$-192.000,00). (...)"
Por se tratar de recurso interposto sob a égide da Lei 13.015/2014, procedo, de forma prévia, à análise
dos requisitos necessários para o conhecimento do presente apelo.
Com efeito, a Lei 13.015/2014, impõe a observância de requisitos específicos para o conhecimento do
recurso de revista, nos termos do art. 896, §1º-A, incisos I, II e III:
§ 1º - A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do

recurso de revista;
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação

jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão
recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal,
de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.
Dessa forma, é incabível a análise do presente recurso, uma vez que ao expor as razões do pedido de
reforma, a parte recorrente não impugnou todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida (art. 818
da CLT; art. 373, II, do NCPC), inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da
Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte, nos termos do
art. 896, §1º-A, III da CLT.
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.
Intime-se.
Manaus, 02 de maio de 2017.
ELEONORA SAUNIER GONÇALVES
Desembargadora do Trabalho, Presidente do TRT da 11ª Região
kbb

Fls.: 112
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL

REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA PRIMEIRA REGIÃO - AMAZONAS
Processo nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA., já

qualificada nos autos da presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, tombada sob o número em
epígrafe, movida por ALEXANDRE DOMINGOS, vem à presença de Vossa Excelência, não se
conformando com o respeitável despacho que denegou seguimento ao Recurso de Revista, interpor AGR
AVO DE INSTRUMENTO, com fulcro no artigo 897, letra "b", da CLT, conforme minuta anexa,
requerendo seu encaminhamento ao Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, para que este, examinando
as sua razões dê-lhe provimento, conhecendo e provendo também o Recurso de Revista, como de direito.
Para tanto, requer a remessa dos autos digitais para o E. TST, conforme Resolução Administrativa 1418
/2010 do E. TST.
Neste passo, destaca a Recorrente, que a presente medida é tempestiva, nos

termos da lei. Tendo sido publicado o r. despacho que negou seguimento ao Recurso de Revista da
Recorrente em 05 de maio de 2017 (sexta-feira), o início do prazo deu-se em 8 de maio do mesmo ano
(segunda-feira), findando-se em 15 de maio do ano corrente (segunda-feira). Portanto, uma vez que
levado a protocolo o presente apelo nesta data, tempestivo o recurso.
Ademais, a advogada abaixo assinada está devidamente constituída nos

autos e o depósito recursal foi recolhido, conforme a anexa guia comprobatória, estando as custas
devidamente quitadas pela Recorrente quando da interposição do Recurso Ordinário.
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 15/05/2017 17:30:47 - f401f8f

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. f401f8f - Pág. 1
Fls.: 113
Nestes termos, reiterando sejam as notificações e intimações endereçadas à

advogada NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA (OAB/SP 93.539), sob pena de nulidade.
Termos em que, de tudo,
P. Deferimento.
Manaus, 15 de maio de 2017
NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA
OAB/SP 93.539

Fls.: 114
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVANTE: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA.
AGRAVADO:ALEXANDRE DOMINGOS
ORIGEM: 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS/AM
PROCESSO n°: 0002086-55.2015.5.11.0011
Egrégio Tribunal.
Colenda Turma.
I. REQUISITOS DO PRESENTE RECURSO
• Publicação do Despacho Denegatório de Recurso de Revista: 05/05/2017 -

sexta-feira.

Fls.: 115
• Início do prazo para interposição do Agravo de Instrumento: 08/05/2017 -

segunda-feira
• Término do prazo para interposição do Agravo de Instrumento: 15/05/2017 -

segunda-feira.
• A procuradora da Agravante está regularmente constituída.
• Depósito recursal e custas quitadas
II. INTRODUÇÃO
O r. Despacho Denegatório de Recurso de Revista negou seguimento ao

Recurso da Agravante, sob o fundamento de que não houve impugnação de todos os fundamentos
jurídicos da decisão recorrida. Vejamos decisão denegatória abaixo transcrita:
"Por se tratar de recurso interposto sob a égide da Lei 13.015/2014, procedo, de forma
prévia, à análise dos requisitos necessários para o conhecimento do presente apelo. Com
efeito, a Lei 13.015/2014, impõe a observância de requisitos específicos para o
conhecimento do recurso de revista, nos termos do art. 896, §1º-A, incisos I, II e III: § 1º -
A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I - indicar o trecho da decisão
recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de
revista; II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei,
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a
decisão regional; III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de
cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial
cuja contrariedade aponte. Dessa forma, é incabível a análise do presente recurso, uma vez
que ao expor as razões do pedido de reforma, a parte recorrente não impugnou todos os
fundamentos jurídicos da decisão recorrida (art. 818 da CLT; art. 373, II, do NCPC),
inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte, nos termos do
art. 896, §1º-A, III da CLT. CONCLUSÃO DENEGO seguimento ao recurso de revista."
Data venia, a r. decisão proferida pela 3ª Turma do Tribunal Regional da

11ª Região - Manaus/AM, deve ser reformada através do presente Agravo de Instrumento, considerando
que na interposição do presente Recurso foram preenchidos todos os pressupostos recursais extrínsecos e
intrínsecos.

Fls.: 116
Dessa forma, deverá ser conhecido e provido o presente agravo para o fim
de o mérito do Recurso de Revista ser apreciado por este Egrégio Tribunal por estarem, portanto,
preenchidos todos os pressupostos da Lei 13015/2014 que alterou o art. 896 da CLT, especialmente, os
previstos no art. 896, §1º-A, inciso III, da Lei 13.015/2014.
III. DA IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA DECISÃO RECORRIDA
A Agravante apresentou Recurso de Revista com a devida exposição das

razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, mediante
demonstração analítica de cada dispositivo de Lei Federal, e da Constituição Federal, que foram
contrariadas!
A r. decisão recorrida entendeu que não restou demonstrada a justa causa

praticada pelo Agravado, consubstanciada na inexistência de concorrência desleal pelo Agravado, bem
como por suposta violação da ampla defesa e contraditório pela Agravante.
Ocorre que esta Agravante, em atenção ao disposto no art. 896, §1º-A,

inciso III, da Lei 13.015/2014, devidamente impugnou a fundamentação exposta na r. decisão recorrida,
bem como relatou e explicou minuciosamente os motivos e dispositivos que foram contrariados, i.e. arts.
5º, XXXV, da Constituição Federal e 482, "c", da CLT, além de ofensa aos princípios da inafastabilidade
do Poder Judiciário e da primazia da realidade.
O Recurso de Revista interposto pela Agravante analisou a fundamentação

da Ampla Defesa e Contraditório mencionada na r. decisão, que não se sustenta, pois baseou-se no
fundamento de que o Agravado não assinou sindicância. No entanto, conforme amplamente demonstrado
em Recurso de Revista, tal fato não teve o condão de invalidar/afastar a justa causa ocorrida, o que não
pode ser justificativa para impedir e reverter a devida justa causa aplicada. Isto porque, a Constituição
Federal de 1988 prevê em seu art. 5º, XXXV que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
(...)

Fls.: 117
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou

ameaça a direito; (...).
Ou seja, se sequer a lei poderá afastar a apreciação de matérias pelo

Judiciário, quem dirá um mero procedimento interno de empresa. Todos têm o direito de obter do Poder
Judiciário a tutela jurisdicional adequada.
O fato do Recorrido não ter assinado algo que poderia ser usado contra ele
em juízo e cujo conteúdo ele não concordava, não pode ser considerado como desrespeito ao
contraditório e ampla defesa!
Invalidar a justa causa com base em inobservância dos princípios

mencionados, ao passo que justamente serve o Poder Judiciário para tanto, é contrariar e afrontar à
Constituição Federal, conforme demonstrado em Recurso de Revista.
Em relação à fundamentação de inexistência de concorrência desleal pelo

Agravado, restou claro em Recurso de Revista, que houve afronta direta à previsão da alínea "c" do art.
482 da CLT.
O Recurso de Revista, claramente demonstrou que a r. decisão deixou de

observar a realidade dos fatos, mal aplicando, com toda a vênia, a lei ao caso concreto, sendo de rigor a
readequação da norma ao fato.
Isto porque, restou incontroverso nos autos, inclusive reconhecido na r.

sentença, que o Agravado: (i) era autoridade máxima da Agravante na cidade de Manaus e tinha, via de
consequência, livre e total acesso a dados sigilosos, estratégias, clientes e operações; (ii) se aproveitou da
sua função para constituir empresa concorrente; (iii) tinha cargo de alto escalão e dedicava-se
paralelamente a negócio próprio tendo assim prejuízo na sua performance laboral (desatenção
/ineficiência); e (iv) manteve empresa com conflito de interesse com a Agravante.
Neste sentido, o Recurso de Revista amplamente impugnou a

fundamentação exposta na r. decisão recorrida, sendo que a r. decisão não havia que se aplicar o princípio
do in dubio pro operário de forma irrestrita e temerária, mas sim observar o princípio da primazia da
realidade.

Fls.: 118
Neste sentido, o provimento deste Agravo e, consequentemente

processamento e julgamento do Recurso de Revista é medida que se impõe, sob pena de manutenção das
violações acima descritas.
IV. CONCLUSÃO
À vista do exposto, demonstrado o inteiro cabimento da revista, espera a

Agravante o provimento do presente Agravo, para destrancar o seguimento do Recurso de Revista
apresentado e, também, com o conhecimento e provimento do Recurso de Revista e a reforma do r.
"decisum" regional e consequentemente da r. sentença de piso, nos termos acima indicados.
Termos em que, de tudo,
P. Deferimento.
Manaus, 15 de maio de 2017.
OAB/SP 93.539

Fls.: 119
PODER JUDICIÁRIO
Gabinete da Presidência
RO 0002086-55.2015.5.11.0011
RECORRENTE: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
RECORRIDO: ALEXANDRE DOMINGOS
DESPACHO
I - Mantenho o despacho agravado (id. 5b11f77) e determino o processamento do Agravo de Instrumento

(id. d1a61ed);
II - Notifiquem-se as partes agravadas para responderem, conforme dispõe o art. 897, § 6º, da CLT;
III - Após, encaminhem-se ao Tribunal Superior do Trabalho, na forma do ATO SEGJUD.GP nº 032
/2017.
Manaus, 17 de Maio de 2017
ELEONORA SAUNIER GONCALVES

Desembargador(a) do Trabalho - Presidente do TRT11
Assinado eletronicamente por: ELEONORA SAUNIER GONCALVES - 17/05/2017 10:31:10 - 08914b5

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 08914b5 - Pág. 1
Fls.: 120
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes, Integrante da

Digníssima 11ª Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região/AM.
Processo nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN
SHIPPING DO BRASIL LTDA., por sua advogada que subscreve, nos autos da RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA proposta por ALEXANDRE DOMINGOS, vêm, respeitosamente perante Vossa
Excelência, requerer a juntada do acordo entabulado entre as partes.
Termos em que,
P. Deferimento.
São Paulo, 15 de agosto de 2017
OAB/SP 93.539
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 15/08/2017 10:19:13 - 46936bc

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 46936bc - Pág. 1
Fls.: 121
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS,

AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011
RECLAMADA: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
ALEXANDRE DOMINGOS, qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu

patrono subscrevente, com poderes nos autos, comparece a honrada presença de V. Exa. com as
homenagens de estilo, para requerer a juntada da petição de acordo, firmada pelas partes, nos termos ali
consignados, requerendo assim seja o mesmo homologado.
Termos em que,
P. Deferimento.
Manaus, 24 de Agosto de 2017.
ADEMÁRIO DO ROSARIO AZEVEDO

OAB/AM 2926
Anexo:
Acordo assinado;
Petição de juntada;
Certidão
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 24/08/2017 16:42:54 - 1cd18d0

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 1cd18d0 - Pág. 1
Fls.: 122
PODER JUDICIÁRIO
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
TEL.: - EMAIL:
PROCESSO: 0002086-55.2015.5.11.0011

DECISÃO PJe-JT
Vistos etc.
Homologo o acordo celebrado entre as partes na forma da petição de ID e4c2c78.

Aguarde-se o prazo de cinco dias úteis para pagamento, e, em caso de inércia do autor, fica presumida a adimplência.
Intimem-se as partes, devendo a reclamada, ser notificada, ainda, para credenciar funcionário a fim de receber alvará de
levantamento de depósito recursal.
MANAUS, 11 de Setembro de 2017

Juiz(a) do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 11/09/2017 13:18:02 - 49a2fbd
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 49a2fbd - Pág. 1
Fls.: 123
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS,

AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011
RECLAMADA: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA
ALEXANDRE DOMINGOS, qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu

patrono subscrevente, com poderes nos autos, comparece a honrada presença de V. Exa. com as
homenagens de estilo, para requerer a juntada dos comprovantes de depósito, requerendo assim, o
arquivamento do feito, face a quitação do acordo homologado por esse V. Juízo.
Termos em que,
P. Deferimento.
Manaus,19 de Setembro de 2017.
ADEMÁRIO DO ROSARIO AZEVEDO

OAB/AM 2926
Anexo:
02 (dois) comprovantes de depósito.
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 19/09/2017 14:01:54 - 3ca2c35

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 3ca2c35 - Pág. 1
Fls.: 124
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 19/09/2017 14:01:55 - 1995a1d

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 1995a1d - Pág. 1
Internet Banking Page 1 of 1
Fls.: 125
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTD Agência: 3297 Conta Corrente: 13-001012-1
DETALHE DO COMPROMISSO
Convênio: 0033-3297-004901417020 Conta de Débito: 3297-000130010121
Tipo do Documento: CNPJ
CPF/CNPJ do Fornecedor: 21.940.575/0001-64
Nome do Fornecedor: AZEVEDO FEITOSA E ADVOGADOS ASSOCIADOS
No. compromisso
No. compromisso banco: 900159991
cliente:
Valor Nominal: 48.000,00
Data de Vencimento: 15/09/2017
Data de Pagamento: 15/09/2017
Situação: Efetivado No. Protocolo: PGTFORNI15092017900159991
No. Lista de Débito:
Autenticação:
Valor a Pagar: 48.000,00
Tipo de Pagamento: TED CIP

Banco: 0104 ISPB: 00360305
Agência: 02686 Conta de Crédito: 0000000000000176
Finalidade: Pagamento de Fornecedores
Tipo de Transferência: Outra Titularidade
Tipo de Serviço: Pagamento Fornecedor

Complemento do Tipo de
Serviço:
Emitir Aviso: Não emitir
Central de Atendimento 4004-2125 (Regiões Metropolitanas) SAC 0800 762 7777

Santander Empresarial 0800 726 2125 (Demais Localidades) Ouvidoria 0800 726 0322
https://www.santandernetibe.com.br/Paginas/Compromissos/COMPROMISSOS_DE... 18/09/2017
Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 19/09/2017 14:01:57 - c188a35
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. c188a35 - Pág. 1
Fls.: 126
PODER JUDICIÁRIO
RTOrd 0002086-55.2015.5.11.0011
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 11ª REGIÃO
TEL.: - EMAIL:
PROCESSO: 0002086-55.2015.5.11.0011

CERTIDÃO PJe-JT
Certifico, para os devidos fins, que a reclamada não credenciou funcionário para levantar alvará até a
presente data.
ANGÉLICA WANDERMUREM BOMFIM RAMOS

Diretora de Secretaria
DESPACHO PJe-JT
Tendo em vista o teor da certidão supra, reitere-se a notificação de ID c6a2c2b.
MANAUS, 11 de Outubro de 2017

Juiz(a) do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: MARIA DA GLORIA DE ANDRADE LOBO - 11/10/2017 10:44:05 - d02ee6f
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. d02ee6f - Pág. 1
Fls.: 127
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 11ª VARA DO TRABALHO DE MANAUS

/AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA., por sua

advogada e nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move ALEXANDRE DOMINGOS, em
atenção à determinação judicial, vem credenciar seu empregado, abaixo relacionado, para receber alvarás
de levantamento de depósito recursal:
PAULO CESAR DE OLIVEIRA GOMES, brasileiro, solteiro, analista de operações senior, portador
da cédula de identidade RG sob nº 0621425-8 SSP/AM, inscrito no CPF/MF sob nº 188.025.832-34, com
endereço comercial à Rua Ponta Grossa, 256 A - Sala 2, bairro Colônia Oliveira Machado, município de
Manaus, Estado do Amazonas.
Termos em que, requerendo a juntada desta para que produza os efeitos de

direito, de tudo
P. Deferimento.
Manaus, 16 de outubro de 2017.
Nancy Tancsik de Oliveira
OAB/SP 93.539
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 16/10/2017 13:59:46 - cefd2d1

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. cefd2d1 - Pág. 1
Fls.: 128
AUTUAÇÃO: [ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO, ALEXANDRE DOMINGOS] x [NANCY TANCSIK DE

OLIVEIRA, MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA, VERIDIANA CHAVES MACHADO]
PETICIONANTE: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA
19 de Outubro de 2017
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 19/10/2017 09:15:13 - e0f1bbb

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. e0f1bbb - Pág. 1
Fls.: 129
LOURENÇO DE OLIVEIRA - Advogados

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 11ª VARA DO TRABALHO
DE MANAUS/AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL

LTDA., por sua advogada e nos autos da Reclamação Trabalhista que lhe move
ALEXANDRE DOMINGOS, vem requerer a juntada da guia das parcelas
previdenciárias devidamente quitada, para os fins de direito.
Termos em que, de tudo
P. Deferimento.

OAB/SP 93.539
Avenida Paulista, nº 1471 – 4º andar – cjs. 401/402 – Bela Vista – São Paulo – SP – CEP
01311-200 – E-mail: rlo@loa.com.br – Telefone: (11) 3141-1870
Página 1
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 19/10/2017 09:15:15 - d584461

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. d584461 - Pág. 1
Internet Banking Page 1 of 1
Fls.: 130
MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL LTDA Agência: 3297 Conta Corrente: 13-001040-6
DETALHE DO COMPROMISSO
Convênio: 0033-3297-004901417020 Conta de Débito: 3297-000130010121
No. compromisso: 900162932 Data de Pagamento: 17/10/2017
Situação: Efetivado
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E Código de

ASSISTÊNCIA SOCIAL - MPAS 03 2909
Pagamento
Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS 04 Competência 10/2017
Guia da Previdência Social 05 Identificador 002378779001776
GPS 06 Valor do INSS 2.057,90
01 Nome ou Razão Social / Fone / Endereço 07

MSC DO BRASIL LTDA 08
Valor de
Vencimento
02 09 Outras 0,00
(uso exclusivo do INSS)
Entidades
ATM/Multa e
10 0,00
Juros
11 Total 2.057,90
Confirming: Não confirming
Autenticação:
Tipo de Serviço: Pagamento de Contas, Tributos e Impostos

Complemento do
Tipo de Serviço:
Emitir Aviso: Não emitir

ATENÇÃO
É vedada a utilização de GPS para recolhimento de receita de valor inferior ao estipulado em Resolução publicada pelo
INSS. A receita que resultar valor inferior deverá ser adicionada à contribuição ou importância correspondente nos
meses subseqüentes, até que o total seja igual ou superior ao valor mínimo fixado.
Central de Atendimento 4004-2125 (Regiões Metropolitanas) SAC 0800 762 7777

Santander Empresarial 0800 726 2125 (Demais Localidades) Ouvidoria 0800 726 0322
https://www.santandernetibe.com.br/Paginas/Compromissos/COMPROMISSOS_DE... 18/10/2017
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 19/10/2017 09:15:17 - fdd0f61
Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. fdd0f61 - Pág. 1
Fls.: 131

Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 23/10/2017 07:55:37 - b8d0c06

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. b8d0c06 - Pág. 1
Fls.: 132

DE MANAUS/AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011

P. Deferimento.

OAB/SP 93.539
Página 1
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 23/10/2017 07:55:38 - 84142a4

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 84142a4 - Pág. 1
Fls.: 133

Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 23/10/2017 08:10:08 - 0c91771

Fls.: 134

DE MANAUS/AM.
PROCESSO Nº 0002086-55.2015.5.11.0011

P. Deferimento.

OAB/SP 93.539
Página 1
Assinado eletronicamente por: NANCY TANCSIK DE OLIVEIRA - 23/10/2017 08:10:09 - 23469b8

Número do processo: 0002086-55.2015.5.11.0011 ID. 23469b8 - Pág. 1
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
b7b5d9e 20/10/2015 12:04 Petição Inicial Petição Inicial
Termo de
Homologação de
4ae4ea0 20/10/2015 12:04 TRCT Rescisão do Contrato
de Trabalho
0f7c6f0 19/01/2016 16:50 Habilitação em processo Petição (outras)
9933c9c 21/01/2016 14:49 Despacho Despacho
e-Mail /
3035eda 26/01/2016 17:20 E-mails juntados na RT Wanderley Correspondência
Eletrônica
Extrato de Conta do
ec67ecd 26/01/2016 17:20 Extrato da Conta do Fundo de Garantia FGTS
6e2c14c 26/01/2016 17:20 Ficha de Histórico de Empregado Ficha de Empregado
020c473 26/01/2016 17:20 Ficha de Registro de Empregado Ficha de Empregado
2ca65cb 26/01/2016 17:20 Manual de conduta - parte 1 Regulamento Interno
f58432a 26/01/2016 17:20 Manual de conduta - parte 2 Regulamento Interno
16d0205 26/01/2016 17:20 Medidas disciplinares Regulamento Interno
f9a631a 26/01/2016 17:20 Regulamento Interno - Cap 4 Regulamento Interno
Termo de
Homologação de
b35927d 26/01/2016 17:20 TRCT Rescisão do Contrato
de Trabalho
Contrato de
0722aca 26/01/2016 17:20 Contrato de Experiência Experiência
ab61572 26/01/2016 17:20 Contrato de trabalho - parte 1 Contrato de Trabalho
ba1c42d 26/01/2016 17:20 Contrato de trabalho - parte 2 Contrato de Trabalho
b8575f8 26/01/2016 17:20 Adendo ao Contrato de Trabalho Contrato de Trabalho
3077436 28/01/2016 13:27 Ata da Audiência Ata da Audiência
1b12b16 29/01/2016 14:25 Petição de juntada de carta de preposição Carta de Preposição
74b2b1d 03/02/2016 07:48 Sentença Sentença
a4b083e 10/02/2016 10:57 Petição em PDF Petição em PDF
6205f7d 15/02/2016 13:31 Decisão Decisão
Comprovante de
d2a1316 25/02/2016 09:38 GFIP paga Depósito Recursal
Comprovante de
e1423f4 25/02/2016 09:38 GRU paga Depósito
99cc973 07/03/2016 09:49 Decisão Decisão
fc39f55 13/03/2017 09:12 Informação Informações Prestadas
8c27c3e 21/03/2017 21:08 Juntada de substabelecimento Petição (outras)
373f498 25/03/2017 10:57 Acórdão Acórdão
Comprovante de
79669c8 06/04/2017 11:31 GFIP depósito recursal RR Depósito
5b11f77 02/05/2017 14:30 Decisão Decisão
f401f8f 15/05/2017 17:30 AGRAVO DE INSTRUMENTO Petição (outras)
08914b5 17/05/2017 10:31 Despacho Despacho
46936bc 15/08/2017 10:19 Juntada de Acordo Petição (outras)
1cd18d0 24/08/2017 16:42 PROMOÇÃO Petição (outras)
49a2fbd 11/09/2017 13:18 Decisão Decisão
3ca2c35 19/09/2017 14:01 juntada de comprovantes de depósito Petição (outras)
Comprovante de
1995a1d 19/09/2017 14:01 alexandre 1 Depósito
Comprovante de
c188a35 19/09/2017 14:01 alexandre 2 Depósito
d02ee6f 11/10/2017 10:44 Despacho Despacho
cefd2d1 16/10/2017 13:59 Habilitação em processo Petição (outras)
e0f1bbb 19/10/2017 09:15 Petição em PDF Petição em PDF
d584461 19/10/2017 09:15 pet junt de INSS - Alexandre x MSC Petição em PDF
Comprovante de
fdd0f61 19/10/2017 09:15 Comprovante GPS R$ 2.057,90 17.10.2017 Depósito
b8d0c06 23/10/2017 07:55 Petição em PDF Petição em PDF
84142a4 23/10/2017 07:55 pet junt de INSS - Alexandre x MSC Petição em PDF
0c91771 23/10/2017 08:10 Petição em PDF Petição em PDF
23469b8 23/10/2017 08:10 pet junt de INSS - Alexandre x MSC Petição em PDF

Anulação de Justa Causa

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Anulação de Justa Causa

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Fls.

Ação Trabalhista - Rito Ordinário

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 20/10/2015

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Juiz(a) de Direito da MM __ Vara do Trabalho de Manaus, Amazonas.

Reclamante: ALEXANDRE DOMINGOS

Reclamada: MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL e MSC

ALEXANDRE DOMINGOS, brasileiro, casado, nascido em 08.10.1978, filho de Maria Helena

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

Em face de MSC MEDITERRANEAN SHIPPING DO BRASIL, pessoa jurídica de direito

1 - DA JUSTIÇA GRATUITA - ART. 790, § 3º, DA CLT

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

3 - DO CHAMAMENTO DAS DUAS RECLAMADAS - Razão

4 - DA ANULAÇÃO DA JUSTA CAUSA - Art. 9º CLT

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

PASSCOM - PROMOCAO E ASSESSORIA COMERCIAL, são totalmente extremos ao de seu

Ementa: RECURSO DA RECLAMADA. DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. ATO DE CONCO

Ementa: JUSTA CAUSA. ATO DE CONCORRÊNCIA . PROVA. FALTA DE

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

Ementa: JUSTA CAUSA. NEGOCIAÇÃO HABITUAL POR CONTA PRÓPRIA. A

- 02 dias saldo salário;

- 12/12 ferias vencidas 2014/2015, acrescidas de 1/3;

- 3/12 ferias prop. 2015/2016 +1/3;

- 10/12 13 salário + API (2015);

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

Ementa: ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. DEVIDO. A melhor interpretação do art.

Ementa: TRANSFERÊNCIA. OCORRÊNCIA DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART.

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

personalidade,, a despeito da DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, que segundo o eminente Ministro

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre

6.6 - O Código Civil, com o mesmo intuito, preleciona:

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

6.7 - Provado de forma inequívoca os danos experimentados pela demandante, violadores de

1) 78 dias de aviso prévio R$ 24.636,87

2) 2 dias de saldo salário R$ 631,71

3) 12/12 de ferias 2013/2014 + 1/3 (art.137 CLT) R$ 25.300,16

4) 12/12 de ferias 2014/2015 + 1/3 R$ 12.650,08

6) 10/12 13 salario 2015 R$ 7.106,78

8) ADICIONAL DE TRANSFERENCIA (Item 5/5.4) R$ 142.135,80

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

8.2) 72/12 ferias + 1/3 R$ 19.119,22

8.4) FGTS + 40% Sob itens 8/8.3 R$ 19.416,07

9) DANO MORAL R$ 189.514,40

8.1 - Juros de mora e correção monetária;

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

8.7 - Pagamento e/ou entrega em audiência de todas as parcelas incontroversas (verbas

8.10 - Dedução dos valores recebido no TRCT;

8.11 - procedência total da reclamatória, no sentido de condenar a Reclamada, nos pleitos

8.12 - protesta pela apresentação de todas as provas permitidas em Direito, especialmente

Dá-se à presente o valor de R$ R$ 458.593,05 (quatrocentos cinquenta oito mil quinhentos

ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO FABIO FERNANDO SILVA AZEVEDO

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

OAB-AM 2926 OAB-AM 9144

[1] RO 00011072120115040402 RS 0001107-21.2011.5.04.0402 - Relatora: Des. IRIS LIMA DE

[3] 1315200513118005 GO 01315-2005-131-18-00-5 - Relatora: Des. KATHIA MARIA BOMTEMPO

[4] Manual da Ação Trabalhista, editora OAB/SC, 2ª ed., p. 33.

[7] RO 52600722009506 PE 0052600-72.2009.5.06.0201 - Realtor Des. RO 52600722009506 PE 0052600-72.2009.5.06.0201 - Publicação: 29/09/2010

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:24 - b7b5d9e

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:35 - 4ae4ea0

Assinado eletronicamente por: ADEMÁRIO DO ROSÁRIO AZEVEDO - 20/10/2015 12:04:35 - 4ae4ea0

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 11a VARA DO