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Processo

Nº 0010076-57.2019.5.03.0148 (TRT-3)

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Fls.: 1

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

Ação Trabalhista - Rito Sumaríssimo


0010076-57.2019.5.03.0148
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Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 31/01/2019


Valor da causa: R$ 13.444,90

Partes:
AUTOR: LUIS CARLOS NOGUEIRA
ADVOGADO: MARCIO ALECSON DA SILVA
ADVOGADO: RAFAEL ALVES FRANCO
RÉU: ADEEL ALIMENTOS S.A.
ADVOGADO: GILSON FERNANDO DA SILVA
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2

ADVOCACIA MÁRCIO ALÉCSON DA Silva – OAB/MG: 148.075


RAFAEL ALVE FRANCO – OAB/MG: 129.421

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE PARÁ DE MINAS – MINAS GERAIS.

LUIS CARLOS NOGUEIRA, brasileiro, casado, Auxiliar de Expedição, inscrito no


CPF/MF sob o número 557.848.526-04, portador da cédula de identidade MG-4.869.631, residente e
domiciliado na Rua Geraldo Nunes Duarte, 31, Bairro Santa Edwiges, Pará de Minas, Minas Gerais, CEP
35661-463, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seus procuradores, “MÁRCIO ALÉCSON DA
SILVA”, OAB/MG 148075 e RAFAEL ALVES FRANCO, OAB/MG: 129.421, com escritório profissional
estabelecido na Praça Padre José Pereira Coelho, 132, 5º Andar, Sala 503, bairro Centro, na Cidade de Pará
de Minas- Minas Gerais, CEP: 35.660-015, endereço de email: malecsonadv@yahoo.com.br /
rafael.franco55@yahoo.com.br; telefone (37) 9.9995-2484 / 9.9194-6319 (instrumento anexo), propor
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em face da empresa “PRIME ALIMENTOS – ADEEL ALIMENTOS S/A”,
empresa de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 09.296.491/0001-34, sediada na Rua Padre Zanor,
250, Bairro Distrito Industrial , Pará de Minas, Minas Gerais, CEP.: 35660-970, onde deverá ser notificada,
com fulcro no artigo 840, parágrafo 1º. da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, combinado com o
artigo 319 do Código de Processo Civil – CPC, pelo Rito Sumaríssimo, pelas razões de fato e de direito que
a seguir passa a expor:

I - DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA:

O RECLAMANTE, encontra-se desempregado e declara ser reconhecidamente


pobre, nos termos jurídicos da palavra, tendo em vista que é luta com dificuldades para arrumar emprego,
conforme prevê o artigo 98 e ss do CPC, bem como a lei 1.060/50 lhe garantem a prerrogativa de gozar dos
benefícios da gratuidade judiciária, conforme abaixo:

Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no
país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho.

Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja
situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários
de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.

Requer os benefícios da gratuidade judiciária, nos termos da lei.

II – DOS FATOS:

O RECLAMANTE foi admitido, pela Reclamada, no dia 15/02/2016, para


trabalhar no horário de 19:00 até às 06:30 da manhã, percebendo o salário de R$ 1.000,00 por mês, sendo
demitido, sem justa causa, no dia 05/10/2018, tendo por última remuneração a cifra de R$ 1.189,65 por
mês, cifra esta que acrescida dos valores a serem pleiteados, quais sejam, jornada de itinerário e folgas ao
domingos não concedidas em conformidade com a norma vigente, elevariam a média para cálculos
rescisório para R$ 1.554,21, cifra que será utilizada pelo Reclamante nos valores liquidandos.

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Em todo o período de trabalho, raramente era concedido o descanso nos


domingos conforme manda a lei e, durante todo o pacto laboral, apenas um domingo, lhe foi concedido.

Para chegar ao local de trabalho e iniciar as suas atividades às 19:00 horas, o


Reclamante se deslocava em veículo contratado pela empresa, qual seja uma Van que o recolhia na
Avenida Padre José Viegas, Avenida próxima à residência do Reclamante, no horário de 17:50 horas,
chegava na Empresa às 18:35, batiam o ponto para ingresso no trabalho.

No término da jornada, tiravam o uniforme, depois batiam o ponto, somente


depois que o encarregado (Sr. Wellington/Barão) ligava para o Motorista buscar o Reclamante e demais
colegas, momento em que ficavam esperando a Van (SR. Antônio), em torno de 40 a 45 minutos.

O motorista da Van deixava o Reclamante no mesmo ponto de recolhimento


para iniciar a jornada, por volta das 06:30 e 07:00, meia hora depois do embarque...

Nos dias de domingo, pegava serviço 01 hora mais cedo, sob a alegação de que
tinha serviço para adiantar e que sairiam 01 hora mais cedo, cosia que nunca aconteceu, durante todo o
pacto laboral.

As folgas eram nos dias de sexta e sábado, trabalhavam dez horas por dia e, somente uma vez, em todo
o pacto laboral, teve folga no domingo, o que obriga a Reclamada a pagar um domingo, uma vez que as
CCT’s de 2016 e 2017 têm cláusula neste sentido e, considerando-se o calendário de fevereiro de 2016
até 05 de outubro de 2018, constata-se que o Reclamante ficou sem fruir o descanso aos domingos,
após a terceira semana, por 09 domingos em 2016, 12 domingos em 2017 e 09 domingos em 2018,
totalizando 30 domingos.

Desta feita, o Reclamante faz jus aos domingos trabalhados, em dobro, com
reflexos em férias 13º e FGTS, nos termos da súmula 146 do TST.

Observando-se que a jornada de itinerário sofreu alterações com a reforma


trabalhista, o Reclamante vem pleitear horas in itinere desde o início do contrato, porém, com limitação
temporal até o dia 10/11/2017, última dia anterior à vigência da lei 13.467/2017.

III - DA JORNADA IN ITINERE/TEMPO À DISPOSIÇÃO

De acordo com o disposto no inciso I da súmula 90 do TST, mesmo que o local


de trabalho seja provido de transporte público regular, a incompatibilidade entre o início e o término da
jornada de trabalho gera direito à jornada “in itinere” que seja remunerado como hora extra, caso
extrapolem o limite de jornada de trabalho fixado, senão vejamos o teor:

RECURSO DE REVISTA - TEMPO DE ESPERA DO EMPREGADO PARA O INÍCIO E APÓS O


TÉRMINO DA JORNADA EM RAZÃO DO FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PELO
EMPREGADOR. Esta Corte já firmou o entendimento de que o tempo gasto pelo
empregado com troca de uniforme, higiene pessoal e lanche dentro das dependências da
empresa, e com a espera para início e após a jornada em razão do transporte fornecido
pela empresa, é considerado tempo à disposição do empregador. Desse modo, observada a
tolerância máxima de dez minutos diários, é devido como extraordinário todo o tempo que
efetivamente ultrapassar a jornada normal de trabalho.

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Recurso de revista conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-10541-


61.2015.5.12.0017, em que é Recorrente TÂNIA MARIA BARBOZA LASKA e Recorrida
MACEDO AGROINDUSTRIAL LTDA.

No caso em tela, a parte Reclamante era recolhida por um veículo


contrato por si (transporte fornecido pelo Empregador), no horário de 17:50 horas, chegava na
Empresa Reclamada às 18:35, vestia o uniforme e, somente depois, batia o ponto para ingresso no
trabalho, computando no início da jornada, 45 minutos extras, valores estes nunca pagos ao
trabalhador, em decorrência da jornada de itinerário, uma vez que, nos contracheques juntados,
existem pagamentos de horas extras, mas nenhuma delas decorrentes de itinerário.

No término da jornada, tirava o uniforme, depois batia o ponto, por volta


das 06:25 horas da manhã e, somente depois da chegada do Reclamante à presença do encarregado (Sr.
Wellington), que o mesmo ligava para o Motorista buscar o Reclamante e demais colegas, momento em
que ficava esperando a Van (do Sr. Antônio), 00:40 a 00:45 minutos até a chegada do transporte e, o
motorista da Van deixava o Reclamante no mesmo ponto de recolhimento para iniciar a jornada, por
volta das 07:20 da manhã, gerando, também, horas extras, na quantidade de 00:55 minutos por dia
trabalhado.

Os julgados são no sentido de se assegurar a jornada de itinerário em casos


análogos ao apreciado, senão vejamos:

EMENTA HORAS IN ITINERE. DEFERIMENTO. FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PELO


EMPREGADOR. OFERTA DE TRANSPORTE PÚBLICO INTERMUNICIPAL. AUSÊNCIA DE
TRANSPORTE COLETIVO URBANO. PRECEDENTES TST.

A Súmula nº 90 do TST dispõe que o tempo despendido pelo empregado, em condução


fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por
transporte público regular, é computável na jornada de trabalho (item I). No caso,
comprovado que a reclamada disponibiliza transporte aos seus empregados; que a
reclamante utiliza-se deste transporte e que o local de trabalho não é servido por transporte
coletivo urbano, mesmo havendo a disponibilidade de transporte público intermunicipal. O
TST tem decidido que esse tipo de meio, em regra, não se equipara ao transporte público
previsto no art. 58, § 2.º, da CLT, dadas as distintas características, tais como, uso do vale-
transporte, valor da tarifa, acessibilidade, etc. Portanto, a existência de transporte público
intermunicipal não elide o direito ao pagamento de hora in itinere. Assim, devidas horas in
itinere, arbitradas, para o caso, em 40 minutos por dia trabalhado. Recurso ordinário
conhecido e parcialmente provido.

00001648-10.2016.5.22.0101, Rel. Francisco Meton Marques De Lima, Tribunal Regional do


Trabalho da 22a Região, 1a Turma, julgado em 17/12/2018.

Diante do fornecimento de transporte pela empregadora, cumulado com a


incompatibilidade de horário entre o transporte público disponível e início/término da jornada de
trabalho da parte Reclamante, faz jus à 745 horas extras/tempo à disposição compreendidas na
jornada, que extrapolaram o tempo regular de trabalho, com todos os reflexos delas decorrentes,
quantidade esta que poderá sofrer modificação para maior, após análise dos cartões de ponto
anexados pela Reclamada, o que desde já se requer.

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IV - DAS FOLGAS DE DOMINGO E NÃO CONCEDIDAS NO INTERVALO LEGAL

Excelência, a empresa que tiver necessidade de funcionar nos finais de


semana, deverá fazer um rodízio e atentar para fazer coincidir folgas aos domingos pelos menos uma
vez por mês, de acordo com o disposto na cláusula 25, § 2º da CCT de 2016 e 2017.

Buscando o entendimento do disposto na súmula 146 do TST, uma vez que


a Reclamada não fez coincidir as folgas nos dias previstos, deverá pagá-las em dobro.

Caso o entendimento de Vossa Excelência não seja no sentido de se aplicar


a concessão das folgas na 4ª semana, que seja aplicado, então, o entendimento pela concessão das
folgas computadas a cada 07 (sete) semanas.

Assim, decidiu o TRT-17:

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17ª REGIÃO

ACÓRDÃO - TRT 17ª Região - 0001533-30.2016.5.17.0003

RO RECURSO ORDINÁRIO

RECORRENTE: OCEANOS COMERCIAL LTDA - ME

RECORRIDO: ELIANO RIBEIRO RELATOR:

DESEMBARGADOR GERSON FERNANDO DA SYLVEIRA NOVAIS

EMENTA

AUSÊNCIA DE FOLGA EM PELO MENOS UM DOMINGO NO MÊS. PAGAMENTO EM DOBRO.


A hipótese não é de compensação mas de não concessão correta de folgas aos domingos. É
evidente que a empresa que possui atividade aos domingos pode manter empregados
laborando naqueles dias, desde que pelo menos um domingo no mês coincida com a folga,
podendo nas demais semanas o descanso recair em outro dia da semana. Nesse aspecto, a
recorrente não se desincumbiu do ônus de provar a concessão de folgas aos domingos.

ACÓRDÃO - TRT 17ª Região - 0001533-30.2016.5.17.0003

Desta feita, Excelência, o Reclamante faz jus a 30 domingos trabalhados no


período de vigência do seu contrato de trabalho celebrado com a Reclamada, devendo os domingos ser
pagos em dobro e com os devidos reflexos sobre férias, 13º, FGTS e multa fundiária, uma vez que houve o
rompimento do contrato em 30/08/2018, Demissão sem justa causa pelo Empregador.

V – DO AVISO PRÉVIO/FÉRIAS/13º SALÁRIO/FGTS E MULTA FUNDIÁRIA:

Excelência, como o contrato de trabalho do obreiro foi extinto em 30/08/2018,


com salário baseado sem consideração da inclusão da jornada de itinerário e ausência dos valores
decorrentes das folgas não concedidas nos domingos, conforme prevê a legislação, tem-se que os valores
pagos no TRCT a título de aviso prévio, 13º, férias, FGTS e multa fundiária foram calculados a menor,
motivo que obriga a Reclamada a quitar as diferenças apuradas.

VI - DOS REQUERIMENTOS:
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a) Requer que seja a Reclamada notificada no endereço declinado no preâmbulo, para, querendo,
compareça à audiência, em dia e hora a ser designado por V.Exa., quando então deverá estar
representada por preposto legalmente constituído, sob pena de revelia e confissão, momento em que,
caso entenda, apresentará sua defesa;

a1) Seja a Reclamada compelida a apresentar os Cartões de ponto do Reclamante, sob pena de confissão;

b) A concessão do pálio da gratuidade judiciária ao RECLAMANTE, nos termos do artigo 790, 3º da CLT e
artigo 2º. Da lei 1060/50, declarando não estar em condições de arcar com custas e despesas processuais
sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, inclusive pelo fato de o mesmo se encontrar
desempregado;

c) Recebimento das seguintes verbas, considerando-se uma diferença mensal de R$ 364,56 em todo o
contrato de trabalho:

1) Tempo à disposição – 745 horas (quantidade liquidanda) ..................................................R$ 7.041,45

1.1) Reflexo s/ Férias 2016/2017 – 2017/2018.........................................................................R$ 1.103,52

1.2) Reflexo s/ 13º salário 2016-2017-2018 .............................................................................R$ 827,64

2) Domingos trabalhados por folga não concedida 01 vez por mês – 30 domingos ................R$ 1.908,00

2.1) Reflexo s/férias 2016/2017 – 2017/2018 ..........................................................................R$ 233,20

2.2) Reflexo s/13º Salário 2016-2017-2018 ..............................................................................R$ 174,90

3) Diferença do saldo de salário pago na rescisão ....................................................................R$ 364,56

3.1) Diferença aviso prévio indenizado.....................................................................................R$ 437,47

Sub total ...........................................................................................................................R$ 12.090,74

7) FGTS .....................................................................................................................................R$ 967,26

7.1) Multa fundiária de 40%.....................................................................................................R$ 386,90

TOTAL ..............................................................................................................................R$ 13.444,90

d) Que todas as publicações pertinentes ao feito sejam realizadas em nome de “Márcio Alécson da Silva,
OAB/MG: 148.075 e RAFAEL ALVES FRANCO, OAB/MG: 129.421, sob pena de nulidade;

e) Expedição de ofícios aos órgãos públicos (MTE, INSS, etc.) para apuração de possíveis irregularidades que
forem apontadas durante o curso processual;

f) A condenação do reclamado ao pagamento dos honorários advocatícios no percentual a ser arbitrado por
Vossa Excelência, entre 5% a 15% sobre o valor apurado em favor do reclamante na forma do artigo 791 - A
da CLT, no patamar mínimo de R$ 672,24;

VII - DO VALOR DA CAUSA

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Atribui-se à causa, o valor de R$ 13.444,90 (Treze mil, quatrocentos e


quarenta e quatro reais e noventa centavos), para efeito de alçada.

VIII - DAS PROVAS

Protesta-se provar todo o alegado por meio de provas não vedadas ao direito,
especialmente pelo depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas, perícia técnica no local de
prestação de serviços para apuração das condições insalubres exercidas pelo obreiro, constatações, e
juntada de novos documentos que se fizerem necessários para contraprovar, no decorrer do processo.

Termos em que
Pede deferimento.

Pará de Minas, 31 de janeiro de 2019.

Márcio Alécson da Silva Rafael Alves Franco


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Fls.: 23

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Fls.: 24

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Fls.: 25

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Fls.: 26

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Fls.: 27

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Fls.: 28

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Fls.: 29

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Fls.: 30

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:18 - dbd6c0b


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Número do documento: 19013116434918100000081831192
Fls.: 31

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:18 - dbd6c0b


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Número do documento: 19013116434918100000081831192
Fls.: 32

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:18 - dbd6c0b


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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. dbd6c0b - Pág. 3
Número do documento: 19013116434918100000081831192
Fls.: 33

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Número do documento: 19013116442924300000081831285
Fls.: 34

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

Convenção Coletiva de Trabalho que entre si fazem, de um lado, o SINDICATO


DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOS DERIVADOS NO ESTADO DE
MINAS GERAIS e, de outro lado, o SINDICATO TRABALHADORES NAS
INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO E AFINS DE DIVINÓPOLIS E REGIÃO (com
base territorial em Divinópolis Carmo da Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de
Minas, Cláudio, Conceição do Pará, Dores do Indaiá, Itaguara, Itapecerica,
Itatiaiuçu, Itaúna, Maravilhas, Martinho Campos, Nova Serrana, Oliveira, Onça do
Pitangui, Pará de Minas, Pequi e Pitangui) mediante as seguintes cláusulas e
condições:

PRIMEIRA - CORREÇÃO SALARIAL - Os salários dos empregados integrantes


da categoria profissional convenente que ganham acima do piso, serão
reajustados, em 1o de janeiro de 2016 com o percentual de 8% (oito por cento) e
em 1º de abril de 2016, com o percentual de 2% (dois por cento).

Parágrafo Único – Os percentuais previstos nesta cláusula incidirão sobre


os salários vigentes em 1o de novembro de 2014, ficando compensados
todos os aumentos, reajustes ou antecipações, espontâneos ou
compulsórios, que tenham sido concedidos a partir de 1 o de novembro de
2014, salvo os decorrentes de promoção, transferência, equiparação
salarial, implemento de idade e término de aprendizagem.

SEGUNDA - ADMISSÕES APÓS A DATA-BASE - Os empregados admitidos


após 1o de novembro de 2014 e até 31 de dezembro de 2015 terão seus salários
reajustados em 1o de janeiro de 2016 e 1º de abril de 2016, pelos índices
constantes das tabelas a seguir:

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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 8712092 - Pág. 1
Número do documento: 19013116435699100000081831208
Fls.: 35

1º DE JANEIRO 1º DE ABRIL
ÍNDICE DE ÍNDICE DE
REAJUSTE REAJUSTE
MÊS DE % FATOR MÊS DE FATOR
%
ADMISSÃO MULTIPLICADOR ADMISSÃO MULTIPLICADOR
1º de janeiro 1º de abril de
de 2016 2016

novembro/2014 8,0000 1,08000 novembro/2014 2,0000 1,02000


dezembro/2014 7,4286 1,07429 dezembro/2014 1,8571 1,01857
janeiro/2015 6,8571 1,06857 janeiro/2015 1,7143 1,01714
fevereiro/2015 6,2857 1,06286 fevereiro/2015 1,5714 1,01571
março/2015 5,7143 1,05714 março/2015 1,4286 1,01429
abril/2015 5,1429 1,05143 abril/2015 1,2857 1,01286
maio/2015 4,5714 1,04571 maio/2015 1,1428 1,01143
junho/2015 4,0000 1,04000 junho/2015 1,0000 1,01000
julho/2015 3,4286 1,03429 julho/2015 0,8571 1,00857
agosto/2015 2,8571 1,02857 agosto/2015 0,7143 1,00714
setembro/2015 2,2857 1,02286 setembro/2015 0,5714 1,00571
outubro/2015 1,7143 1,01714 outubro/2015 0,4285 1,00429
novembro/2015 1,1428 1,01143 novembro/2015 0,2857 1,00286
dezembro/2015 0,5714 1,00571 dezembro/2015 0,1428 1,00143

§ 1o - Os percentuais incidirão sobre o respectivo salário de admissão,


ficando compensados todos e quaisquer aumentos, reajustes ou
antecipações salariais que tenham sido concedidos, observadas as normas
da Cláusula Primeira desta Convenção.

§ 2o - Para fazer jus ao percentual do mês, o empregado deverá ter sido


admitido até o respectivo dia 15 (quinze), sendo que as admissões
posteriores ao dia 15 (quinze), provocam reajustamento pelo índice do mês
imediatamente seguinte.

§ 3o - Com a aplicação dos critérios desta cláusula o empregado mais novo


não poderá ter salário superior ao do mais antigo na empresa, na mesma
função.

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Fls.: 36

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TERCEIRA - QUITAÇÃO - Com o cumprimento das obrigações salariais previstas
neste acordo considerar-se-ão integralmente satisfeitas as determinações da Lei
nº 10.192, de 14/02/2001, ficando expressamente quitadas eventuais perdas
salariais que tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2015.

QUARTA - SALÁRIO DE INGRESSO - Será garantido ao empregado, a partir de


1o de janeiro de 2016 e durante toda a vigência do presente instrumento, um
salário de ingresso de acordo com os seguintes critérios:

Empresas que contavam, em 31/12/2015, com até 60 (sessenta) empregados:

a) Para todos os empregados, inclusive balconista, pelos primeiros 90 (noventa)


dias contados da data da admissão: R$ 900,00 (novecentos reais);

b) Para todos os empregados, após 90 (noventa) dias contados da data da


admissão: R$ 924,00 (novecentos e vinte e quatro reais).

Empresas que contavam, em 31/12/2015, com mais de 60 (sessenta)


empregados:

a) Para todos os empregados, inclusive balconista, pelos primeiros 90 (noventa)


dias contados da data da admissão: R$ 920,00 (novecentos e vinte reais);

b) Para todos os empregados, após 90 (noventa) dias contados da data da


admissão: R$ 957,00 (novecentos e cinquenta e sete reais).

QUINTA - HORAS EXTRAS - As horas extraordinárias, serão remuneradas na


forma a seguir:

a) com acréscimo de 60% (sessenta por cento), em relação à hora


normal, as horas extraordinárias trabalhadas nos dias úteis;

b) com acréscimo de 100% (cem por cento), independentemente da


remuneração normal dos dias de repouso semanal remunerado e
feriados, as horas neles trabalhadas, exceto se for concedido outro dia de
folga.

Parágrafo Único - Os percentuais a que se referem esta cláusula não se


aplicam aos empregados que trabalham em turnos ininterruptos de
revezamento, no que se refere à prestação de horas extras excedentes da
6ª (sexta) hora diária até o limite da 8ª (oitava), aplicando-se a estas horas
extras o adicional de 50% (cinqüenta por cento).

SEXTA - SALÁRIO DE SUBSTITUIÇÃO - Fica assegurado ao empregado


substituto, nas substituições superiores a 30 (trinta) dias consecutivos, mesmo
quando eventuais, exceto em caso de férias, o direito de receber salário igual ao
do empregado substituído.

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Fls.: 37

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SÉTIMA - UNIFORMES - As empresas que exigirem o uso de uniformes,
fornecerão a seus empregados, até 03 (três) uniformes de trabalho por ano.

Parágrafo Único - O empregado responsabilizar-se-á:

a. Por estrago e danos dolosos ou extravio, devendo a empresa ser


indenizada nestes casos;
b. Pela manutenção dos uniformes em condição de higiene e
apresentação;
c. Pela devolução do uniforme quando da extinção ou rescisão do
contrato de trabalho.

OITAVA - LANCHE - As empresas obrigam-se a fornecer lanche gratuito aos


seus empregados, convocados para prestação de serviço além da jornada legal,
desde que a prestação ocorra por período não inferior a 01 (uma) hora.

NONA - GARANTIA - RETORNO EMPREGADO INSS - As empresas se


obrigam a dar garantia de emprego ou de salário, pelo prazo de 90 (noventa)
dias, ao empregado que retornar ao serviço, após gozo de benefício
previdenciário, por prazo superior a 30 (trinta) dias, em decorrência de doença,
exceto no caso de contrato de experiência.

DÉCIMA - GESTANTE - GARANTIA DE EMPREGO OU SALÁRIO - As


empresas dão garantia de emprego ou salário à empregada gestante, pelo
período de 60 (sessenta) dias, após a data da cessação da licença
previdenciária ou maternidade.

DÉCIMA PRIMEIRA - GARANTIA - EMPREGADO QUE RETORNA DO


SERVIÇO MILITAR - Fica assegurado ao empregado que retornar à empresa
após a cessação (baixa) de prestação de serviço militar obrigatório, a garantia de
emprego ou de salário de até 60 (sessenta) dias após o retorno.

DÉCIMA SEGUNDA - GARANTIA DE EMPREGO OU CONTRIBUIÇÃO NO


PERÍODO DE PRÉ-APOSENTADORIA - O empregado que contar com mais de
02 (dois) anos contínuos de serviços prestados a mesma empresa e que
comprovadamente estiver a 12 (doze) meses para aquisição do direito à
aposentadoria integral, prevista nos arts. 52 a 58 da Lei 8.213/91, não poderá
ser dispensado até que complete o tempo necessário à obtenção de sua
aposentadoria.

§ 1o - A garantia prevista na cláusula somente ocorrerá quando o


empregado estiver a 12 (doze) meses para se aposentar e, completado o
tempo necessário à aposentadoria, cessa para a empresa, a obrigação
prevista na cláusula, mesmo que o empregado não se aposente, por sua
vontade ou por culpa do Instituto Previdenciário.

§ 2o - Os benefícios previstos nesta cláusula somente serão devidos,


igualmente, caso o empregado, no ato de sua dispensa, informe à

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Fls.: 38

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empresa por escrito, encontrar-se em um dos períodos de pré-
aposentadoria, previstos no § 1o anterior.

§ 3o - Caso a empresa resolva dispensar o empregado, dentro de


qualquer das hipóteses previstas nesta cláusula, poderá fazê-lo, mas
ficará obrigada a reembolsá-lo mensalmente pelo mesmo valor que ele
pagar junto à Previdência Social, durante o período que faltar para
completar o tempo de contribuição referido no “caput” e que permanecer
como contribuinte autônomo ou voluntário e que será, portanto, conforme
previsto, no máximo de 12 (doze) meses.

§ 4o - Obtendo o empregado novo emprego, cessa para a empresa a


obrigação prevista no parágrafo anterior.

§ 5o - Para efeito do reembolso, competirá ao empregado comprovar,


mensalmente, perante a empresa, o pagamento que houver feito aos cofres
da Previdência.

DÉCIMA TERCEIRA - EMPREGADO ESTUDANTE - O empregado estudante,


matriculado em curso regular previsto em lei, mediante comprovação prévia à
empresa, através de declaração fornecida pelo estabelecimento de ensino em
que estiver matriculado, poderá se ausentar do trabalho, em dias de prova,
desde que o horário e prestação da prova coincidam com a jornada de trabalho
do empregado.

DÉCIMA QUARTA - LICENÇA PARA CASAMENTO - A ausência ao trabalho,


em virtude de casamento, prevista no inciso II do art. 473 da CLT, será de 03
(três) dias úteis consecutivos, não se considerando para tal efeito o dia útil já
compensado.

DÉCIMA QUINTA - AUXÍLIO FUNERAL - As empresas se obrigam a pagar,


juntamente com os salários e/ou verbas rescisórias, importância equivalente a 01
(um) salário nominal do empregado, assegurando-se um mínimo de 02 (dois) e
um máximo de 04 (quatro) salários mínimos vigentes por ocasião do falecimento
do empregado, a título de auxílio funeral.

§ 1o - Ficam excluídas das disposições desta cláusula as empresas que


mantenham seguro de vida para seus empregados.

§ 2o - O pagamento previsto nesta cláusula poderá ser efetuado


diretamente pela empresa ou através de Fundação da qual seja
mantenedora.

DÉCIMA SEXTA - PAGAMENTO EM CHEQUE - Quando o pagamento do


salário for efetuado através de cheque, recomenda-se às empresas a
observância da Instrução Normativa de no 1 de 07/11/89 do MTE, concedendo
horário que permita o desconto imediato do cheque.

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DÉCIMA SÉTIMA - ANOTAÇÃO NA CTPS - Recomenda-se às empresas
anotar, regularmente, na CTPS a real função de cada empregado com o seu
respectivo salário.

DÉCIMA OITAVA - CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL-

I - DOS EMPREGADOS - As empresas, como simples intermediárias,


descontarão dos salários de seus empregados, sindicalizados ou não, à exceção
dos pertencentes às categorias diferenciadas, contribuição negocial profissional,
nas condições a seguir:

§ 1º - O desconto será equivalente a 03% (três por cento) dos respectivos


salários nominais, já corrigidos, do mês de abril/2016, cujo limite máximo
será de R$ 78,00 (setenta e oito reais), devendo a importância total por
empresa ser repassada à entidade de trabalhadores respectiva, até o 5o
(quinto) dia útil após o desconto, com depósito na Caixa Econômica
Federal - agência 0113 - operação 003- conta corrente 2211-9.

§ 2º - Ao trabalhador que não concordar com o desconto ficará assegurado


o direito de oposição direta e pessoalmente junto à entidade profissional
respectiva ou mediante correspondência com AR (Aviso de Recebimento)
enviado pelos Correios ao Sindicato da Categoria, no prazo de 10 (dez)
dias contados a partir da data de assinatura da presente convenção.

§ 3º - No prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, após o vencimento


do período de oposição estipulado, o Sindicato encaminhará a cada
empresa, a relação de seus trabalhadores que enviaram cartas de
oposição.

§ 4º - Na eventualidade de reclamação e condenação trabalhista, os


Sindicatos profissionais responderão regressivamente perante a empresa.

II - DOS EMPREGADORES - Conforme decidido pela Assembleia Geral da


Entidade Patronal convenente, as empresas deverão recolher uma Contribuição
Negocial à Entidade, destinada ao custeio de programas de assistência às
empresas na área do Direito Coletivo do Trabalho.

§ 1o - Oportunamente, a Entidade Patronal enviará as guias de


recolhimento, com o respectivo montante e data de pagamento.

§ 2o - O atraso no recolhimento da contribuição prevista no “caput” na data


aprazada, implicará em multa de 5% (cinco por cento), acrescida de juros.

§ 3o - As empresas que não concordarem com o recolhimento previsto


nesta cláusula deverão se manifestar em carta entregue ao Sindicato
Patronal, até 10 (dez) dias antes do vencimento estipulado da guia de
recolhimento.

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DÉCIMA NONA - MULTA - Fica estabelecida multa correspondente a 20% (vinte


por cento) do salário mínimo vigente à época, a favor da parte prejudicada, para
o inadimplemento de cláusula desta convenção que contenha obrigação de
fazer.

VIGÉSIMA - COMPROVANTE DE PAGAMENTO - As empresas se obrigam a


fornecer a seus empregados em papel que as identifiquem, comprovante de
pagamento de seus salários, com discriminação dos valores e dos respectivos
descontos.

VIGÉSIMA PRIMEIRA - FÉRIAS-INÍCIO - O início das férias não poderá coincidir


com dias de repouso ou feriados, devendo começar no primeiro dia útil que se
seguir aos mesmos.

VIGÉSIMA SEGUNDA - FORNECIMENTO DE “AAS” - As empresas se obrigam


a fornecer ao empregado que for desligado da mesma, quando solicitado, o
formulário denominado “AAS - Atestado de Afastamento e Salários”,
devidamente preenchido.

VIGÉSIMA TERCEIRA - LIMITE DE APLICAÇÃO - A presente Convenção


Coletiva não se aplicará aos empregados enquadrados no Grupo de
Alimentação, deste Estado, organizados em Sindicatos e já abrangidos por
acordos, convenções ou sentenças normativas.

VIGÉSIMA QUARTA - COMPENSAÇÃO DE JORNADA/SÁBADO - A jornada


normal de trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente de 02 (duas), sem qualquer acréscimo salarial, desde que o
excesso de horas em um dia seja compensado pela correspondente diminuição
em outro dia, de maneira que não exceda o horário normal da semana.

§ 1o - Nas atividades onde não for conveniente a compensação dentro da


mesma semana, as empresas poderão prorrogar a jornada semanal
normal, até o limite de 48 (quarenta e oito) horas, desde que na semana
subsequente ou antecedente, a jornada normal seja reduzida na mesma
proporção da prorrogação.

§ 2o - O disposto nesta cláusula não se aplica ao trabalho realizado em


turnos ininterruptos de revezamento.

§ 3o - Fica estabelecido que, inobstante a adoção do sistema de


compensação de jornada previsto nesta cláusula, o sábado deverá ser
considerado dia útil não trabalhado e não dia de repouso semanal,
podendo as empresas voltar a exigir o trabalho nesse dia.

VIGÉSIMA QUINTA – BANCO DE HORAS – Em conformidade com as


disposições do artigo 7º, XIII, da Constituição Federal e artigos 59, §2º e 611 a
625 da CLT, o presente instrumento visa definir as condições para que seja

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implantada a jornada flexível de trabalho, definindo as condições de
operacionalização, direito e deveres das partes.

O sistema de Banco de Horas é o instrumento escolhido pelas partes para


viabilizar essa flexibilização, consistindo em um programa de compensação,
formado por débitos e créditos, consistindo em períodos de redução de jornada
de trabalho e, consequentemente, períodos de compensação, respeitados os
seguintes requisitos:

I – Trabalho além das horas normais laboradas: conversão em folgas


remuneradas, na proporção de 01 (uma) hora de trabalho por 01 (uma)
hora de descanso, com exceção dos serviços prestados em repouso
semanal ou feriados, quando se observará a conversão de uma hora de
trabalho por duas de descanso;

II – Horas ou dias pagos e não trabalhados na semana: compensação na


oportunidade que a empresa determinar, sem direito a qualquer tipo de
remuneração, salvo o adicional noturno, caso ocorra no período.

§ 1º - O gozo das folgas ou a forma de compensação deverá ser


programado diretamente entre o empregado e a empresa, atendendo a
conveniência de ambas as partes.

§ 2º - Sempre que possível, a empresa evitará a compensação de horas ou


dias nos repousos semanais ou feriados, garantindo sempre dentro do
período de um mês uma folga aos domingos.

§ 3º - A empresa fornecerá aos empregados, extrato trimestral, informando-


lhes o saldo existente no Banco de Horas.

§ 4º - A empresa fixará, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)


horas, os dias em que haverá trabalho ou folga, bem como, a sua duração
e a forma de cumprimento diário, podendo abranger todos ou apenas parte
dos empregados do estabelecimento.

§ 5º - O sistema de flexibilização não prejudicará o direito dos empregados


quanto ao intervalo de alimentação, período de descanso entre duas
jornadas diárias de trabalho e repouso semanal.

§ 6º - A empresa garantirá o salário dos empregados referente à sua


jornada contratual habitual durante a vigência do acordo, salvo faltas,
atrasos injustificados, licenças médicas superiores a 15 (quinze) dias e
outros afastamentos previstos em lei sem remuneração.

§ 7º - Ocorrendo desligamento do empregado, quer por iniciativa da


empresa, quer por pedido de demissão, aposentadoria ou morte, a
empresa pagará, junto com as demais verbas rescisórias, como se fossem
horas extras, ou saldo credor de horas, aplicando-se o percentual previsto
nesta convenção coletiva.

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§ 8º - O saldo devedor será assumido pela empresa, exceto quando a


ruptura do contrato se der por solicitação do empregado ou por motivo de
justa causa, hipóteses que ensejarão o desconto das horas no acerto das
verbas rescisórias. Neste caso, as horas serão cobradas sem o adicional
de horas extras.

Ficam, dessa forma, autorizados e reconhecidos os descontos referentes


ao saldo devedor do empregado, no pagamento da rescisão contratual, nos
casos previstos neste parágrafo.

§ 9º - O eventual saldo positivo ou negativo de horas que porventura venha


a existir após a vigência desta Convenção, será regularizado pela empresa
nos 90 (noventa) dias subsequentes, mediante compensação ou
pagamento. Em caso de ocorrência de saldo negativo para o empregado,
será cobrado pela empregadora mediante o desconto de 50% das horas
devidas à razão da remuneração da jornada normal, nos mesmos 90
(noventa) dias.

A empresa estabelecerá nos controles de frequência o registro do Banco


de Horas aqui convencionado, valendo os referidos documentos como
prova em juízo, com o recolhimento de forma especial de compensação de
jornada.

§ 10º - A empresa, durante a vigência desta Convenção, se compromete a


envidar esforços no sentido de evitar dispensa de empregados.

VIGÉSIMA SEXTA - PRAZO PARA PAGAMENTO DE RESCISÃO


CONTRATUAL - Quando da dispensa do empregado, em qualquer hipótese,
ainda que dispensado do cumprimento do Aviso Prévio, o prazo para pagamento
das verbas rescisórias serão feitos de conformidade com o art. 477.

VIGÉSIMA SÉTIMA - FERIADOS/ COMPENSAÇÃO - As empresas poderão


conceder aos seus empregados folga compensatória quando houver trabalho em
feriados ou dias santificados.

Parágrafo Único - Mediante acordo individual e por escrito, as empresas


poderão acordar com seus empregados a supressão da prestação de
serviços nos dias 24 e 31 de dezembro, com a consequente
compensação das horas não trabalhadas nesses dias, com o trabalho em
número de horas correspondentes, em outro dia de feriado ou através da
prorrogação da jornada em outros dias úteis. O mesmo critério poderá ser
adotado na terça-feira de carnaval.

VIGÉSIMA OITAVA – CARGOS DE GESTÃO/HORAS EXTRAS – Os


empregados exercentes de cargos de gestão (gerentes) ou equiparados
(Diretores e Chefes de Departamento ou filial), isentos de marcação de ponto e
que recebem gratificação de função, não fazem jus a horas extras, mesmo que
não tenham gestão plena (mandato).

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VIGÉSIMA NONA - JORNADA DE PLANTÃO - Fica facultado às empresas a


instituição da denominada “Jornada de Plantão”, com 12 (doze) horas de
trabalho por 36 (trinta e seis) horas de folga, sem que haja redução do salário,
respeitando-se os pisos salariais da categoria.

§ 1º. As horas trabalhadas, no limite de 12 (doze), na denominada


“Jornada de Plantão” serão consideradas normais, sem qualquer adicional
de hora extraordinária.

§ 2º. As empresas que optarem pelo sistema de trabalho aqui ajustado


deverão enviar aos Sindicatos ou Federação dos Trabalhadores
pertinentes, a cópia da tabela de escala de trabalho/folgas, elaborada com
esta finalidade.

TRIGÉSIMA - NÃO SUPERPOSIÇÃO DE VANTAGENS - Fica convencionado


que, ocorrendo alterações na legislação, Acordo ou Dissídio Coletivo, não
poderá haver, em hipótese alguma, a aplicação cumulativa de vantagens da
mesma natureza com as desta Convenção Coletiva de Trabalho, prevalecendo,
no caso, a situação mais favorável ao empregado.

TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DIFERENÇAS SALARIAIS/PRAZO PARA


PAGAMENTO - As diferenças salariais decorrentes do presente ajuste, poderão
ser pagas juntamente com os salários de março/2016, sem qualquer ônus.

TRIGÉSIMA SEGUNDA- DATA-BASE - As partes, de comum acordo, resolvem


manter a data-base em 1º de janeiro.

TRIGÉSIMA TERCEIRA - VIGÊNCIA – A vigência da presente convenção será de


12 (doze) meses, com início em 1º de janeiro de 2016 e término em 31 de
dezembro de 2016.

Parágrafo Único - As cláusulas, condições e benefícios desta Convenção


Coletiva de Trabalho terão vigência restrita ao período pactuado para sua
vigência, perdendo integralmente o seu valor normativo, com o advento do
termo final prévia e expressamente fixado.

TRIGÉSIMA QUARTA - ALTERAÇÃO NO SISTEMA NEGOCIAL - Caso


sobrevenha lei constitucional ou ordinária alterando o atual sistema legal sobre
negociações coletivas, as partes se reunirão para exame e discussão das novas
regras instituídas.

TRIGÉSIMA QUINTA - JORNADA 6X2 e JORNADA 5X1 – As empresas ficam


autorizadas a praticar a jornada de trabalho 6X2 (seis dias de trabalho seguidos
por dois dias de descanso) ou a jornada de trabalho 5X1 (cinco dias de trabalho
seguidos por um dia de descanso).

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§ 1o – Será dispensado o acréscimo de salário quando o excesso de horas
em uma semana for devidamente compensado no próprio mês ou através do
Banco de Horas previsto na Cláusula 25ª da convenção coletiva firmada
entre as partes.

§ 2o – A presente clausula deverá ser afixada na empresa em local visível e


de fácil acesso ao empregado.

E por estarem assim ajustadas, firmam a presente para todos os fins de direito.

Belo Horizonte, 07 de março de 2016.

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOS DERIVADOS NO


ESTADO DE MINAS GERAIS
Luciana Charbel Leitão de Almeida
CPF 595.344.516-49

SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃOE


AFINS DE DIVINÓPOLIS E REGIÃO
Valdeci Arineu Pinto
CPF n.º 526.785.806-44

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CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

Convenção Coletiva de Trabalho que entre si fazem, de um lado, o


SINDICATO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOS DERIVADOS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS e, de outro lado, o SINDICATO
TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO E AFINS DE
DIVINÓPOLIS E REGIÃO (com base territorial em Divinópolis Carmo da
Mata, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Cláudio, Conceição do
Pará, Dores do Indaiá, Itaguara, Itapecerica, Itatiaiuçu, Itaúna,
Maravilhas, Martinho Campos, Nova Serrana, Oliveira, Onça do
Pitangui, Pará de Minas, Pequi e Pitangui) mediante as seguintes
cláusulas e condições:3

PRIMEIRA - CORREÇÃO SALARIAL - Os salários dos empregados integrantes


da categoria profissional convenente que ganham acima do piso, serão
reajustados, em 1o de janeiro de 2017 com o percentual de 6% (seis por cento).

Parágrafo Único – O percentual previsto nesta cláusula incidirá sobre os


salários vigentes em 1o de abril de 2016, podendo ser compensados todos os
aumentos, reajustes ou antecipações, espontâneos ou compulsórios, que
tenham sido concedidos a partir de 1 o de janeiro de 2016, salvo os decorrentes
de promoção, transferência, equiparação salarial, implemento de idade e
término de aprendizagem e os previstos na convenção coletiva celebrada para
vigorar no período de janeiro/2016 a dezembro/2016.

SEGUNDA - ADMISSÕES APÓS A DATA-BASE - Os empregados admitidos


entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2016 terão seus salários
reajustados em 1o de janeiro de 2017 pelos índices constantes da tabela a seguir:

ÍNDICE DE REAJUSTE
FATOR
MÊS DE ADMISSÃO
% MULTIPLICATIVO

janeiro/2016 6,00 1,0600


fevereiro/2016 5,50 1,0550
março/2016 5,00 1,0500
abril/2016 4,50 1,0450
maio/2016 4,00 1,0400
junho/2016 3,50 1,0350
julho/2016 3,00 1,0300
agosto/2016 2,50 1,0250
setembro/2016 2,00 1,0200
outubro/2016 1,50 1,0150
novembro/2016 1,00 1,0100
dezembro/2016 0,50 1,0050

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§ 1o - Os percentuais incidirão sobre o respectivo salário de admissão,


ficando compensados todos e quaisquer aumentos, reajustes ou
antecipações salariais que tenham sido concedidos, observadas as normas
da Cláusula Primeira desta Convenção.

§ 2o - Para fazer jus ao percentual do mês, o empregado deverá ter sido


admitido até o respectivo dia 15 (quinze), sendo que as admissões
posteriores ao dia 15 (quinze), provocam reajustamento pelo índice do mês
imediatamente seguinte.

§ 3o - Com a aplicação dos critérios desta cláusula o empregado mais novo


não poderá ter salário superior ao do mais antigo na empresa, na mesma
função.

TERCEIRA - QUITAÇÃO - Com o cumprimento das obrigações salariais previstas


neste acordo considerar-se-ão integralmente satisfeitas as determinações da Lei
nº 10.192, de 14/02/2001, ficando expressamente quitadas eventuais perdas
salariais que tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2016.

QUARTA - SALÁRIO DE INGRESSO - Será garantido ao empregado, a partir de


1o de janeiro de 2017 e durante toda a vigência do presente instrumento, um
salário de ingresso de acordo com os seguintes critérios:

Empresas que contavam, em 31/12/2016, com até 60 (sessenta) empregados:

a) Para todos os empregados, inclusive balconista, pelos primeiros 90 (noventa)


dias contados da data da admissão: R$ 963,00 (novecentos e sessenta e três
reais);

b) Para todos os empregados, após 90 (noventa) dias contados da data da


admissão: R$ 989,00 (novecentos e oitenta e nove reais).

Empresas que contavam, em 31/12/2016, com mais de 60 (sessenta)


empregados:

a) Para todos os empregados, inclusive balconista, pelos primeiros 90 (noventa)


dias contados da data da admissão: R$ 985,00 (novecentos e oitenta e cinco
reais);

b) Para todos os empregados, após 90 (noventa) dias contados da data da


admissão: R$ 1.024,00 (hum mil e vinte e quatro reais).

QUINTA - HORAS EXTRAS - As horas extraordinárias, serão remuneradas na


forma a seguir:

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a) com acréscimo de 60% (sessenta por cento), em relação à hora
normal, as horas extraordinárias trabalhadas nos dias úteis;

b) com acréscimo de 100% (cem por cento), independentemente da


remuneração normal dos dias de repouso semanal remunerado e
feriados, as horas neles trabalhadas, exceto se for concedido outro dia de
folga.

Parágrafo Único - Os percentuais a que se referem esta cláusula não se


aplicam aos empregados que trabalham em turnos ininterruptos de
revezamento, no que se refere à prestação de horas extras excedentes da
6ª (sexta) hora diária até o limite da 8ª (oitava), aplicando-se a estas horas
extras o adicional de 50% (cinquenta por cento).

SEXTA - SALÁRIO DE SUBSTITUIÇÃO - Fica assegurado ao empregado


substituto, nas substituições superiores a 30 (trinta) dias consecutivos, mesmo
quando eventuais, exceto em caso de férias, o direito de receber salário igual ao
do empregado substituído.

SÉTIMA - UNIFORMES - As empresas que exigirem o uso de uniformes,


fornecerão a seus empregados, até 03 (três) uniformes de trabalho por ano.

Parágrafo Único - O empregado responsabilizar-se-á:

a. Por estrago e danos dolosos ou extravio, devendo a empresa ser


indenizada nestes casos;
b. Pela manutenção dos uniformes em condição de higiene e
apresentação;
c. Pela devolução do uniforme quando da extinção ou rescisão do
contrato de trabalho.

OITAVA - LANCHE - As empresas obrigam-se a fornecer lanche gratuito aos


seus empregados, convocados para prestação de serviço além da jornada legal,
desde que a prestação ocorra por período não inferior a 01 (uma) hora.

NONA - GARANTIA - RETORNO EMPREGADO INSS - As empresas se


obrigam a dar garantia de emprego ou de salário, pelo prazo de 90 (noventa)
dias, ao empregado que retornar ao serviço, após gozo de benefício
previdenciário, por prazo superior a 30 (trinta) dias, em decorrência de doença,
exceto no caso de contrato de experiência.

DÉCIMA - GESTANTE - GARANTIA DE EMPREGO OU SALÁRIO - As


empresas dão garantia de emprego ou salário à empregada gestante, pelo
período de 60 (sessenta) dias, após a data da cessação da licença
previdenciária ou maternidade.

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DÉCIMA PRIMEIRA - GARANTIA - EMPREGADO QUE RETORNA DO


SERVIÇO MILITAR - Fica assegurado ao empregado que retornar à empresa
após a cessação (baixa) de prestação de serviço militar obrigatório, a garantia de
emprego ou de salário de até 60 (sessenta) dias após o retorno.

DÉCIMA SEGUNDA - GARANTIA DE EMPREGO OU CONTRIBUIÇÃO NO


PERÍODO DE PRÉ-APOSENTADORIA - O empregado que contar com mais de
02 (dois) anos contínuos de serviços prestados a mesma empresa e que
comprovadamente estiver a 12 (doze) meses para aquisição do direito à
aposentadoria integral, prevista nos arts. 52 a 58 da Lei 8.213/91, não poderá
ser dispensado até que complete o tempo necessário à obtenção de sua
aposentadoria.

§ 1o - A garantia prevista na cláusula somente ocorrerá quando o


empregado estiver a 12 (doze) meses para se aposentar e, completado o
tempo necessário à aposentadoria, cessa para a empresa, a obrigação
prevista na cláusula, mesmo que o empregado não se aposente, por sua
vontade ou por culpa do Instituto Previdenciário.

§ 2o - Os benefícios previstos nesta cláusula somente serão devidos,


igualmente, caso o empregado, no ato de sua dispensa, informe à
empresa por escrito, encontrar-se em um dos períodos de pré-
aposentadoria, previstos no § 1o anterior.

§ 3o - Caso a empresa resolva dispensar o empregado, dentro de


qualquer das hipóteses previstas nesta cláusula, poderá fazê-lo, mas
ficará obrigada a reembolsá-lo mensalmente pelo mesmo valor que ele
pagar junto à Previdência Social, durante o período que faltar para
completar o tempo de contribuição referido no “caput” e que permanecer
como contribuinte autônomo ou voluntário e que será, portanto, conforme
previsto, no máximo de 12 (doze) meses.

§ 4o - Obtendo o empregado novo emprego, cessa para a empresa a


obrigação prevista no parágrafo anterior.

§ 5o - Para efeito do reembolso, competirá ao empregado comprovar,


mensalmente, perante a empresa, o pagamento que houver feito aos cofres
da Previdência.

DÉCIMA TERCEIRA - EMPREGADO ESTUDANTE - O empregado estudante,


matriculado em curso regular previsto em lei, mediante comprovação prévia à
empresa, através de declaração fornecida pelo estabelecimento de ensino em
que estiver matriculado, poderá se ausentar do trabalho, em dias de prova,
desde que o horário e prestação da prova coincidam com a jornada de trabalho
do empregado.

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Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 49

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DÉCIMA QUARTA - LICENÇA PARA CASAMENTO - A ausência ao trabalho,
em virtude de casamento, prevista no inciso II do art. 473 da CLT, será de 03
(três) dias úteis consecutivos, não se considerando para tal efeito o dia útil já
compensado.

DÉCIMA QUINTA - AUXÍLIO FUNERAL - As empresas se obrigam a pagar,


juntamente com os salários e/ou verbas rescisórias, importância equivalente a 01
(um) salário nominal do empregado, assegurando-se um mínimo de 02 (dois) e
um máximo de 04 (quatro) salários mínimos vigentes por ocasião do falecimento
do empregado, a título de auxílio funeral.

§ 1o - Ficam excluídas das disposições desta cláusula as empresas que


mantenham seguro de vida para seus empregados.

§ 2o - O pagamento previsto nesta cláusula poderá ser efetuado


diretamente pela empresa ou através de Fundação da qual seja
mantenedora.

DÉCIMA SEXTA - PAGAMENTO EM CHEQUE - Quando o pagamento do


salário for efetuado através de cheque, recomenda-se às empresas a
observância da Instrução Normativa de no 1 de 07/11/89 do MTE, concedendo
horário que permita o desconto imediato do cheque.

DÉCIMA SÉTIMA - ANOTAÇÃO NA CTPS - Recomenda-se às empresas


anotar, regularmente, na CTPS a real função de cada empregado com o seu
respectivo salário.

DÉCIMA OITAVA - CONTRIBUIÇÃO NEGOCIAL-

I - DOS EMPREGADOS - As empresas, como simples intermediárias,


descontarão da remuneração de seus empregados, em todos os meses de
vigência da presente convenção, a importância fixada pela Assembleia Geral da
Categoria, limitada a 1% (um por cento) ao mês, recolhendo os valores em prol da
Entidade Sindical Profissional, a título de contribuição assistencial. Na fixação do
percentual, o Sindicato Profissional deverá observar a legislação em vigor e,
sendo o caso, o TAC – TERMO DE AJUSTE DE CONDUTA Nº 18/2016,
celebrado perante o MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO -
PROCURADORIA DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE DIVINÓPOLIS-MG,
mediante as seguintes condições:

§1º - Os descontos efetuados deverão ser depositados até o dia 10(dez) do


mês subsequente de cada desconto, sob pena de correção do valor em
10% ( dez por cento ) de multa.
Os recolhimentos respectivos, conforme o caso, deverão ser efetuados na
conta: Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e
Afins de Divinópolis e Região – Caixa Econômica Federal, Agência
0113, Operação 003, conta Nº 2211-9 – Divinópolis;

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Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 50

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§2º - Ao trabalhador que não concordar com o desconto ficará assegurado
o direito de oposição direta e pessoalmente através de carta ou
requerimento escrito, junto à entidade profissional respectiva, situada na
rua Goiás, 626, sala 201, Centro em Divinópolis –MG, ou mediante
correspondência com AR (Aviso de Recebimento) enviado pelos correios
ao sindicato da categoria, ficando, ainda garantido o direito de oposição
verbal, desde que o trabalhador compareça a sede ou subsede do
sindicato, durante o horário de expediente, caso em que o sua oposição à
cobrança será reduzida a termo por representante da entidade sindical, no
prazo de 30 (trinta) dias contados da assinatura deste instrumento ou da
ciência do referido desconto;

§3º - O Sindicato deverá proceder a devolução ao trabalhador que se


opuser ao desconto, no prazo máximo de 10(dez) dias, de cobrados
eventualmente cobrados e repassados ao sindicato.

II - DOS EMPREGADORES - Conforme decidido pela Assembleia Geral da


Entidade Patronal convenente, as empresas deverão recolher uma Contribuição
Negocial à Entidade, destinada ao custeio de programas de assistência às
empresas na área do Direito Coletivo do Trabalho.

§ 1o - Oportunamente, a Entidade Patronal enviará as guias de


recolhimento, com o respectivo montante e data de pagamento.

§ 2o - O atraso no recolhimento da contribuição prevista no “caput” na data


aprazada, implicará em multa de 5% (cinco por cento), acrescida de juros.

§ 3o - As empresas que não concordarem com o recolhimento previsto


nesta cláusula deverão se manifestar em carta entregue ao Sindicato
Patronal, até 10 (dez) dias antes do vencimento estipulado da guia de
recolhimento.

DÉCIMA NONA - MULTA - Fica estabelecida multa correspondente a 20% (vinte


por cento) do salário mínimo vigente à época, a favor da parte prejudicada, para
o inadimplemento de cláusula desta convenção que contenha obrigação de
fazer.

VIGÉSIMA - COMPROVANTE DE PAGAMENTO - As empresas se obrigam a


fornecer a seus empregados em papel que as identifiquem, comprovante de
pagamento de seus salários, com discriminação dos valores e dos respectivos
descontos.

VIGÉSIMA PRIMEIRA - FÉRIAS-INÍCIO - O início das férias não poderá coincidir


com dias de repouso ou feriados, devendo começar no primeiro dia útil que se
seguir aos mesmos.

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VIGÉSIMA SEGUNDA - FORNECIMENTO DE “AAS” - As empresas se obrigam


a fornecer ao empregado que for desligado da mesma, quando solicitado, o
formulário denominado “AAS - Atestado de Afastamento e Salários”,
devidamente preenchido.

VIGÉSIMA TERCEIRA - LIMITE DE APLICAÇÃO - A presente Convenção


Coletiva não se aplicará aos empregados enquadrados no Grupo de
Alimentação, deste Estado, organizados em Sindicatos e já abrangidos por
acordos, convenções ou sentenças normativas.

VIGÉSIMA QUARTA - COMPENSAÇÃO DE JORNADA/SÁBADO - A jornada


normal de trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número
não excedente de 02 (duas), sem qualquer acréscimo salarial, desde que o
excesso de horas em um dia seja compensado pela correspondente diminuição
em outro dia, de maneira que não exceda o horário normal da semana.

§ 1o - Nas atividades onde não for conveniente a compensação dentro da


mesma semana, as empresas poderão prorrogar a jornada semanal
normal, até o limite de 48 (quarenta e oito) horas, desde que na semana
subsequente ou antecedente, a jornada normal seja reduzida na mesma
proporção da prorrogação.

§ 2o - O disposto nesta cláusula não se aplica ao trabalho realizado em


turnos ininterruptos de revezamento.

§ 3o - Fica estabelecido que, inobstante a adoção do sistema de


compensação de jornada previsto nesta cláusula, o sábado deverá ser
considerado dia útil não trabalhado e não dia de repouso semanal,
podendo as empresas voltar a exigir o trabalho nesse dia.

VIGÉSIMA QUINTA – BANCO DE HORAS – Em conformidade com as


disposições do artigo 7º, XIII, da Constituição Federal e artigos 59, §2º e 611 a
625 da CLT, o presente instrumento visa definir as condições para que seja
implantada a jornada flexível de trabalho, definindo as condições de
operacionalização, direito e deveres das partes.

O sistema de Banco de Horas é o instrumento escolhido pelas partes para


viabilizar essa flexibilização, consistindo em um programa de compensação,
formado por débitos e créditos, consistindo em períodos de redução de jornada
de trabalho e, consequentemente, períodos de compensação, respeitados os
seguintes requisitos:

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Fls.: 52

I – Trabalho além das horas normais laboradas: conversão em folgas


remuneradas, na proporção de 01 (uma) hora de trabalho por 01 (uma)
hora de descanso, com exceção dos serviços prestados em repouso
semanal ou feriados, quando se observará a conversão de uma hora de
trabalho por duas de descanso;

II – Horas ou dias pagos e não trabalhados na semana: compensação na


oportunidade que a empresa determinar, sem direito a qualquer tipo de
remuneração, salvo o adicional noturno, caso ocorra no período.

§ 1º - O gozo das folgas ou a forma de compensação deverá ser


programado diretamente entre o empregado e a empresa, atendendo a
conveniência de ambas as partes.

§ 2º - Sempre que possível, a empresa evitará a compensação de horas ou


dias nos repousos semanais ou feriados, garantindo sempre dentro do
período de um mês uma folga aos domingos.

§ 3º - A empresa fornecerá aos empregados, extrato trimestral, informando-


lhes o saldo existente no Banco de Horas.

§ 4º - A empresa fixará, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito)


horas, os dias em que haverá trabalho ou folga, bem como, a sua duração
e a forma de cumprimento diário, podendo abranger todos ou apenas parte
dos empregados do estabelecimento.

§ 5º - O sistema de flexibilização não prejudicará o direito dos empregados


quanto ao intervalo de alimentação, período de descanso entre duas
jornadas diárias de trabalho e repouso semanal.

§ 6º - A empresa garantirá o salário dos empregados referente à sua


jornada contratual habitual durante a vigência do acordo, salvo faltas,
atrasos injustificados, licenças médicas superiores a 15 (quinze) dias e
outros afastamentos previstos em lei sem remuneração.

§ 7º - Ocorrendo desligamento do empregado, quer por iniciativa da


empresa, quer por pedido de demissão, aposentadoria ou morte, a
empresa pagará, junto com as demais verbas rescisórias, como se fossem
horas extras, ou saldo credor de horas, aplicando-se o percentual previsto
nesta convenção coletiva.

§ 8º - O saldo devedor será assumido pela empresa, exceto quando a


ruptura do contrato se der por solicitação do empregado ou por motivo de
justa causa, hipóteses que ensejarão o desconto das horas no acerto das
verbas rescisórias. Neste caso, as horas serão cobradas sem o adicional
de horas extras.

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Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 53

Ficam, dessa forma, autorizados e reconhecidos os descontos referentes


ao saldo devedor do empregado, no pagamento da rescisão contratual, nos
casos previstos neste parágrafo.

§ 9º - O eventual saldo positivo ou negativo de horas que porventura venha


a existir após a vigência desta Convenção, será regularizado pela empresa
nos 90 (noventa) dias subsequentes, mediante compensação ou
pagamento. Em caso de ocorrência de saldo negativo para o empregado,
será cobrado pela empregadora mediante o desconto de 50% das horas
devidas à razão da remuneração da jornada normal, nos mesmos 90
(noventa) dias.

A empresa estabelecerá nos controles de frequência o registro do Banco


de Horas aqui convencionado, valendo os referidos documentos como
prova em juízo, com o recolhimento de forma especial de compensação de
jornada.

§ 10º - A empresa, durante a vigência desta Convenção, se compromete a


envidar esforços no sentido de evitar dispensa de empregados.

VIGÉSIMA SEXTA - PRAZO PARA PAGAMENTO DE RESCISÃO


CONTRATUAL - Quando da dispensa do empregado, em qualquer hipótese,
ainda que dispensado do cumprimento do Aviso Prévio, o prazo para pagamento
das verbas rescisórias serão feitos de conformidade com o art. 477.

VIGÉSIMA SÉTIMA - FERIADOS/ COMPENSAÇÃO - As empresas poderão


conceder aos seus empregados folga compensatória quando houver trabalho em
feriados ou dias santificados.

Parágrafo Único - Mediante acordo individual e por escrito, as empresas


poderão acordar com seus empregados a supressão da prestação de
serviços nos dias 24 e 31 de dezembro, com a consequente
compensação das horas não trabalhadas nesses dias, com o trabalho em
número de horas correspondentes, em outro dia de feriado ou através da
prorrogação da jornada em outros dias úteis. O mesmo critério poderá ser
adotado na terça-feira de carnaval.

VIGÉSIMA OITAVA – CARGOS DE GESTÃO/HORAS EXTRAS – Os


empregados exercentes de cargos de gestão (gerentes) ou equiparados
(Diretores e Chefes de Departamento ou filial), isentos de marcação de ponto e
que recebem gratificação de função, não fazem jus a horas extras, mesmo que
não tenham gestão plena (mandato).

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Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 54

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VIGÉSIMA NONA - JORNADA DE PLANTÃO - Fica facultado às empresas a


instituição da denominada “Jornada de Plantão”, com 12 (doze) horas de
trabalho por 36 (trinta e seis) horas de folga, sem que haja redução do salário,
respeitando-se os pisos salariais da categoria.

§ 1º. As horas trabalhadas, no limite de 12 (doze), na denominada


“Jornada de Plantão” serão consideradas normais, sem qualquer adicional
de hora extraordinária.

§ 2º. As empresas que optarem pelo sistema de trabalho aqui ajustado


deverão enviar aos Sindicatos ou Federação dos Trabalhadores
pertinentes, a cópia da tabela de escala de trabalho/folgas, elaborada com
esta finalidade.

TRIGÉSIMA - NÃO SUPERPOSIÇÃO DE VANTAGENS - Fica convencionado


que, ocorrendo alterações na legislação, Acordo ou Dissídio Coletivo, não
poderá haver, em hipótese alguma, a aplicação cumulativa de vantagens da
mesma natureza com as desta Convenção Coletiva de Trabalho, prevalecendo,
no caso, a situação mais favorável ao empregado.

TRIGÉSIMA PRIMEIRA - DIFERENÇAS SALARIAIS/PRAZO PARA


PAGAMENTO - As diferenças salariais decorrentes do presente ajuste, poderão
ser pagas juntamente com os salários de março/2017, sem qualquer ônus.

TRIGÉSIMA SEGUNDA- DATA-BASE - As partes, de comum acordo, resolvem


manter a data-base em 1º de janeiro.

TRIGÉSIMA TERCEIRA - VIGÊNCIA – A vigência da presente convenção será de


12 (doze) meses, com início em 1º de janeiro de 2017 e término em 31 de
dezembro de 2017.

Parágrafo Único - As cláusulas, condições e benefícios desta Convenção


Coletiva de Trabalho terão vigência restrita ao período pactuado para sua
vigência, perdendo integralmente o seu valor normativo, com o advento do
termo final prévia e expressamente fixado.

TRIGÉSIMA QUARTA - ALTERAÇÃO NO SISTEMA NEGOCIAL - Caso


sobrevenha lei constitucional ou ordinária alterando o atual sistema legal sobre
negociações coletivas, as partes se reunirão para exame e discussão das novas
regras instituídas.

TRIGÉSIMA QUINTA - JORNADA 6X2 e JORNADA 5X1 – As empresas ficam


autorizadas a praticar a jornada de trabalho 6X2 (seis dias de trabalho seguidos
por dois dias de descanso) ou a jornada de trabalho 5X1 (cinco dias de trabalho
seguidos por um dia de descanso).

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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 4df72f8 - Pág. 10
Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 55

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§ 1o – Será dispensado o acréscimo de salário quando o excesso de horas
em uma semana for devidamente compensado no próprio mês ou através do
Banco de Horas previsto na Cláusula 25ª da convenção coletiva firmada
entre as partes.

§ 2o – A presente clausula deverá ser afixada na empresa em local visível e


de fácil acesso ao empregado.

E por estarem assim ajustadas, firmam a presente para todos os fins de direito.

Belo Horizonte, 14 de março de 2017.

SINDICATO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOS DERIVADOS NO


ESTADO DE MINAS GERAIS
Luciana Charbel Leitão de Almeida
CPF 595.344.516-49

SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃOE


AFINS DE DIVINÓPOLIS E REGIÃO
Valdeci Arineu Pinto
CPF n.º 526.785.806-44

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:19 - 4df72f8


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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 4df72f8 - Pág. 11
Número do documento: 19013116440154800000081831221
Fls.: 56

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-RR-10541-61.2015.5.12.0017

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 10017CB228B91EAD47.
A C Ó R D Ã O
7ª TURMA
VMF/cg/zh

RECURSO DE REVISTA - TEMPO DE ESPERA DO


EMPREGADO PARA O INÍCIO E APÓS O TÉRMINO
DA JORNADA EM RAZÃO DO FORNECIMENTO DE
TRANSPORTE PELO EMPREGADOR. Esta Corte
já firmou o entendimento de que o tempo
gasto pelo empregado com troca de
uniforme, higiene pessoal e lanche
dentro das dependências da empresa, e
com a espera para início e após a jornada
em razão do transporte fornecido pela
empresa, é considerado tempo à
disposição do empregador. Desse modo,
observada a tolerância máxima de dez
minutos diários, é devido como
extraordinário todo o tempo que
efetivamente ultrapassar a jornada
normal de trabalho.
Recurso de revista conhecido e provido.
HORAS EXTRAORDINÁRIAS - INVALIDADE DO
ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA
SEMANAL – PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS
EXTRAORDINÁRIAS E TRABALHO HABITUAL NOS
SÁBADOS - DEFERIMENTO DAS HORAS
EXTRAORDINÁRIAS A PARTIR DA 8ª DIÁRIA -
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 85, IV, DO
TST. A jurisprudência majoritária desta
Corte é no sentido de não se aplicar a
Súmula nº 85, IV, nas situações em que
não houver o efetivo regime de
compensação de horários em face do
trabalho habitual no sábado destinado à
folga e que já foi compensado pelo
acréscimo de horário nos outros dias da
semana. No caso, a Corte a quo deixou
claro que a reclamante trabalhava
habitualmente em horário
extraordinário, inclusive aos sábados.
Todavia, deu parcial provimento ao
recurso ordinário interposto pela
reclamada, para limitar a condenação ao
pagamento, como horas extraordinárias,
do tempo excedente à 44ª hora semanal,
Firmado por assinatura digital em 09/08/2017 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:19 - aa1624f


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19013116440780500000081831236
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. aa1624f - Pág. 1
Número do documento: 19013116440780500000081831236
Fls.: 57

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.2

PROCESSO Nº TST-RR-10541-61.2015.5.12.0017

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 10017CB228B91EAD47.
e ao adimplemento apenas do adicional de
hora extraordinária para o tempo
destinado à compensação do sábado,
considerando, de forma equivocada,
incidente o item IV da Súmula nº 85 do
TST.
Recurso de revista conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso


de Revista n° TST-RR-10541-61.2015.5.12.0017, em que é Recorrente TÂNIA
MARIA BARBOZA LASKA e Recorrida MACEDO AGROINDUSTRIAL LTDA.

O 12º Tribunal Regional do Trabalho, a fls. 204, deu


parcial provimento ao recurso ordinário da reclamada, para restringir
a condenação quanto aos minutos residuais - excluindo o período de espera
para o início e após o término da jornada em razão do fornecimento de
transporte pela empregadora - e, também, quanto à invalidação do regime
de compensação semanal de jornada - limitando ao pagamento do adicional
relativo à compensação.
Inconformada, a reclamante interpôs recurso de
revista a fls. 254, insurgindo-se quanto a esses temas.
A Corte regional, em decisão a fls. 278, admitiu o
recurso de revista.
Apresentadas contrarrazões a fls. 286.
Dispensado o parecer do Ministério Público do
Trabalho, nos termos do art. 83 do RITST.
É o relatório.

V O T O

1 – CONHECIMENTO
Presentes os pressupostos extrínsecos referentes à
tempestividade e à representação processual, sendo dispensado o preparo,
passo ao exame dos pressupostos intrínsecos de admissibilidade.

Firmado por assinatura digital em 09/08/2017 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Assinado eletronicamente por: MARCIO ALECSON DA SILVA - 31/01/2019 16:45:19 - aa1624f


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19013116440780500000081831236
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. aa1624f - Pág. 2
Número do documento: 19013116440780500000081831236
Fls.: 58

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.3

PROCESSO Nº TST-RR-10541-61.2015.5.12.0017

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 10017CB228B91EAD47.
1.1 - TEMPO DE ESPERA DO EMPREGADO PARA INÍCIO E APÓS
O TÉRMINO DA JORNADA EM RAZÃO DO FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PELO
EMPREGADOR
O Tribunal de origem deu provimento parcial ao recurso
ordinário da reclamada, para reformar a sentença que a condenara ao
pagamento de 30 minutos diários (15 minutos no início e 15 minutos ao
final), lapso temporal destinado às trocas de uniforme (7min54seg no
início e igual tempo ao final) e à espera do transporte fornecido pela
empresa. Entendeu que o período de espera pela condução oferecida pelo
empregador, no início e no fim da jornada, não constitui tempo à
disposição do empregador, como é o tempo gasto para a troca de uniforme.
Restringiu, assim, a condenação apenas “ao tempo destinado à troca de
uniforme, e que foi acordado em audiência como sendo de 7min54seg antes
e depois da jornada” (fls. 212). Consta do acórdão regional, fls. 204:

4-MINUTOS ANTERIORES E POSTERIORES À JORNADA


O réu rechaça o acréscimo de 15 minutos antes e depois da jornada
registrada nos cartões-ponto ante a ausência de prova de que a autora ficava à
disposição nesses períodos.
Parcial razão lhe assiste.
A sentença recorrida entendeu que, considerando o tempo efetivo
de espera antes da jornada e após a jornada, no qual está contido o
tempo para a troca de uniforme, devem ser acrescidos 30 minutos
diários (15 antes e 15 depois).
Inicialmente, no que se refere à troca de uniforme, tenho entendimento
que todo o tempo destinado à troca de uniforme deve ser considerado como
de efetivo trabalho, já que, além de constituir exigência ministerial, atende
aos interesses da própria empresa, que busca a máxima higienização na
fabricação de seus produtos.
Em audiência, as partes acordaram que "[...] o tempo médio para que as
mulheres façam a troca de uniforme é de 7min54seg (após acompanhamento
de 3 empregadas que não sabiam da diligência), e para os homens o tempo
médio é de 4min55seg (após acompanhamento de 3 empregados que não
sabiam da diligência), tornando as partes, neste ato, mencionados tempos
incontroversos" (9f85b68, p.2).
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PROCESSO Nº TST-RR-10541-61.2015.5.12.0017

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Dessa forma, não há que se falar em exclusão da condenação do
referido tempo (7min54seg) antes e depois da jornada, pois, sendo tempo de
efetivo trabalho, tem natureza inegavelmente salarial.
Contudo, no que tange ao tempo de espera na chegada e na saída
do transporte oferecido pelo empregador, cumpre destacar que o art. 4º
da CLT considera como de efetivo serviço o tempo em que o empregado
esteja à disposição do empregador aguardando ou executando ordens.
No caso em análise, não restou evidenciado que, naqueles
interregnos, tenha sido ordenada a autora a execução de alguma tarefa
ou, ao menos, que essa prática fosse adotada pela ré.
O tempo em que a autora ficava à espera não pode configurar
tempo à disposição do empregador, mormente porque não há nos autos
elementos que atestem que ela, nesse tempo, ficasse no aguardo ou
executando ordens emanadas pela ré.
Esclareço que apenas naquelas situações em que a espera supera o
limite do razoável tenho deferido, como extra, o pagamento do período.
Desse modo, dou parcial provimento ao apelo para que a condenação
da ré, no item, fique restrita ao tempo destinado à troca de uniforme e que foi
acordado em audiência, como sendo de 7min54seg antes e depois da jornada,
mantidos os demais parâmetros da condenação.

No arrazoado de revista, a reclamante sustenta que a


decisão regional violou os arts. 7º, XIII, da Magna Carta e 4º da CLT,
pois consiste tempo à disposição do empregador o lapso temporal
despendido aguardando a condução fornecida pela empresa, na medida em
que se destina ao atendimento das exigências dos serviços. Transcreve
arestos ditos divergentes.
A ora recorrente logrou demonstrar divergência
jurisprudencial válida, nos termos das Súmulas nºs 296, I, e 337, I, “a”,
do TST, mediante o primeiro aresto colacionado a fls. 257, oriundo do
9º Tribunal Regional do Trabalho, que estampa tese divergente da
consignada na decisão recorrida, no sentido de que “o período no qual
o Autor aguarda o desembarque do ônibus, até o efetivo início de jornada,
bem como o tempo de espera do ônibus ao final da jornada de trabalho devem

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ser considerados como período efetivamente laborado, pois o empregado
se encontra à disposição do empregador” (fls. 257).
Logo, conheço do recurso de revista, no tópico, com
espeque no art. 896, “a”, da CLT.

1.2 – HORAS EXTRAORDINÁRIAS - INVALIDADE DO ACORDO DE


COMPENSAÇÃO DE JORNADA SEMANAL – PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS
EXTRAORDINÁRIAS E TRABALHO HABITUAL NOS SÁBADOS - DEFERIMENTO DAS HORAS
EXTRAORDINÁRIAS A PARTIR DA 8ª DIÁRIA - INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº
85, IV, DO TST
Insurge-se, a reclamante, contra a decisão regional
que, mesmo diante do descumprimento material do acordo de compensação
de jornada semanal, mediante a prestação habitual de horas
extraordinárias e trabalho nos sábados, deu provimento parcial ao recurso
para limitar a condenação ao pagamento do adicional de horas
extraordinárias relativamente às horas laboradas excedentes da 8ª
diária, até o limite de 44 horas semanais, nos termos do item IV da Súmula
nº 85 do TST. Aduz que a invalidade do ajuste entabulado importa em
pagamento das horas excedentes da 8ª diária e 44ª semanal de forma cheia,
e não apenas do adicional, devendo ser afastada a incidência da Súmula
nº 85, IV, do TST. Aponta contrariedade aos arestos paradigmas que
colaciona.
Disse o Tribunal Regional:

3-HORAS EXTRAS
O Juízo de primeiro grau condenou a ré ao pagamento das horas
laboradas em sobrejornada além da 8ª diária e da 44ª semanal, de forma não
cumulativa, acrescidas do adicional legal e reflexos.
O Magistrado sentenciante entendeu não ser possível o pagamento
apenas do adicional para as horas compensadas, uma vez que houve grave
violação de norma de ordem pública, sobretudo diante da extrapolação das
dez horas diárias.
A ré afirma que a correta anotação da jornada da autora nos
cartões-ponto é incontroversa nos autos.

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Alega que não houve trabalho habitual aos sábados e que, quando
laboradas mais de 8h48min por dia, sem compensação, as horas
extraordinárias foram devidamente pagas.
Ressalta que vigorava banco de horas regularmente previsto nos § 1º e
§ 6º da cláusula sexta do acordo coletivo de trabalho, o qual, na hipótese de
quitação mensal do saldo de horas, não precisava de qualquer aditamento
para ser considerado válido.
Sustenta que outra possibilidade prevista no ACT era a troca do dia de
folga, sem a necessidade de a compensação de dar na mesma semana.
Requer, pois, a exclusão da condenação ao pagamento de horas extras.
Sucessivamente, pleiteia a limitação da condenação às horas
excedentes a 8h48min por dia e 44h por semana, observada a devida
compensação ou quitação.
Pugna, ainda, pelo pagamento apenas do adicional em relação às horas
Prequestiona o art. 7º, XXVI, da CRFB e o art. 59, §2º, da CLT.
Sem razão, contudo.
A autora estava submetida, simultaneamente, a regime de
compensação semanal e banco de horas.
O regime de compensação semanal estava expressamente autorizado
pela cláusula quinta, § 1o, do ACT 2014/2015 (ID 5a26db0), in verbis:
As horas extraordinárias serão pagas com percentual de 50%. § 1º - A
empresa fica dispensada do pagamento do adicional supra referido, se o
excesso de horas de um dia for compensado pela diminuição da jornada de
outro dia, sendo devido o adicional apenas sobre as horas que excederem as
44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Não obstante isso, extraio dos cartões-ponto (ID 59a05da) que,
durante toda a contratualidade, um ou dois sábados por mês eram
trabalhados, pelo que considero habitual o labor nesses dias.
E não se diga que os sábados laborados eram trocados por outros dias
de descanso, pelo que o sistema de compensação semanal não se via
desnaturado. Afinal, se havia, a compensação não se dava
necessariamente na mesma semana - o que acarretava o extrapolamento
do limite semanal de 44 horas. Ademais, previa o § 6° da cláusula quinta
do ACT:

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A Empresa poderá estabelecer em conjunto com o
Sindicato dias específicos de compensação laboral, incluindo
trocas de dias nos quais não há trabalho habitual (incluindo-se
sábados e domingos) com dias nos quais haveria trabalho
regular, bem como majorações específicas de jornada visando à
compensação.
Ademais, não foi juntado aos autos nenhum ajuste voltado à
regulamentação da troca do dia destinado à compensação.
Não fosse tudo isso, observo, ainda, nos controles de jornada, que o
labor acima de 8h48min diários era comum - caso em que aplicável o
item IV da Súmula 85 do TST: A prestação de horas extras habituais
descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as
horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas
como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à
compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho
extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
Desse modo, inválido o sistema de compensação semanal.
No tocante ao banco de horas, o § 2º da cláusula quinta do ACT
estabelecia:
É facultado às partes firmar Acordo ou Aditivo
disciplinando de forma diferente a prestação, compensação e
pagamento de horas extras mediante a instituição de
Compensação de horas.
Não há nos autos, porém, qualquer acordo ou aditivo regulamentador
do banco de horas.
E não se diga que tal regime foi instituído com amparo nos § 1° e § 6°
da cláusula quinta do ACT, porquanto tais dispositivos não tratam da
instituição de banco de horas, seja qual for o período de quitação do saldo de
horas aplicado.
Ademais, registro que o § 2º do art. 59 da CLT é claro ao estabelecer
limite diário de dez horas de labor para fins de validação do banco de horas.
Lê-se:
Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força
de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas
em um dia for compensado pela correspondente diminuição em
outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um
ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem
seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.

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No entanto, conforme bem consignado pelo Juiz de origem, era comum
o extrapolamento, inclusive, do limite acima referido, se considerada a
integração das horas in itinere e dos minutos destinados à troca de uniforme.
Por conseguinte, irregular também o banco de horas, não havendo falar
em afronta ao art. 7º, XXVI, da CRFB.
Contudo, para as horas excedentes à oitava diária, até o limite de
44 horas semanais, é devido apenas o adicional, nos termos do item IV
da Súmula n. 85, sendo devido o pagamento da hora + adicional para as
excedentes a 44 semanais.
Esclareço que não há falar em pagamento apenas do adicional em
relação às horas excedentes ao limite de 44 semanais porquanto as
disposições da Súmula 85 não se aplicam ao banco de horas (item V).
Por estas razões, dou provimento parcial ao recurso para limitar a
condenação ao pagamento do adicional de horas extras relativamente às
horas laboradas excedentes da 8ª diária, até o limite de 44 horas
semanais, nos termos do item IV da Súmula n. 85, subsistindo a
condenação ao pagamento da hora mais o adicional para as excedentes
da 44ª semanal, com o adicional e reflexos deferidos.

O Tribunal Regional consignou expressamente que havia


prestação habitual de horas extraordinárias e, também, trabalho habitual
nos sábados, mas, mesmo assim, limitou a condenação, determinando
expressamente a observância do item IV da Súmula nº 85 do TST.
O paradigma transcrito a fls. 260-261, oriundo do 9º
Tribunal Regional, enseja o conhecimento do recurso, por divergência
jurisprudencial, ao sufragar tese no sentido de que “Comprovada a
prestação habitual de horas extras e o labor em sábados, quando havia
acordo de compensação semanal, este é considerado inválido. Portanto,
não se trata apenas de descumprimento formal do instrumento, mas de sua
ineficácia pela frequente inobservância de sua principal finalidade, que
era a supressão do trabalho aos sábados, de forma que inaplicável o
entendimento da Súmula nº 85, do C. TST”.
Assim, conheço do recurso de revista, no particular,
porquanto constatada a divergência jurisprudencial.

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2 - MÉRITO
2.1 - TEMPO DE ESPERA DO EMPREGADO PARA INÍCIO E APÓS
O TÉRMINO DA JORNADA EM RAZÃO DO FORNECIMENTO DE TRANSPORTE PELO
EMPREGADOR
A questão do tempo de espera para o início da jornada,
e posterior a ela, em razão da chegada antecipada e da saída do transporte
fornecido pela empresa, constitui tempo à disposição do empregador.
Tem-se como fato incontroverso que a reclamante
necessitava fazer uso do transporte fornecido pela empresa.
Consequentemente, nesse período de espera, a despeito de não receber
ordens da ré, estava à sua disposição.
O art. 4º da CLT definiu como período de serviço
efetivo o tempo em que o empregado esteja à disposição do empregador,
aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente
consignada. Dessa forma, o período considerado como à disposição do
empregador e que integra a jornada de trabalho é aquele em que o empregado
permanece executando ordens ou aguardando instruções da empresa.
Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que
o tempo gasto pelo empregado com troca de uniforme, higiene pessoal e
lanche, dentro das próprias dependências da empresa, bem como na espera
de transporte exclusivamente fornecido pelo empregador, é considerado
tempo à disposição do empregador, de sorte que, observada a tolerância
máxima de dez minutos diários, é devido como extraordinário todo o tempo
que efetivamente ultrapassar a jornada normal de trabalho.
Nesse sentido, esta Corte editou a Súmula nº 366, de
seguinte teor:

CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS


QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova
redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária
as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado
esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a
jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não
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importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo
residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).

Nesse sentido, milita ainda a remansosa


jurisprudência desta Corte, valendo citar os seguintes precedentes,
inclusive envolvendo a própria reclamada:

RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. PROCESSO SOB A


ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. 1.HORAS EXTRAS. TEMPO À
DISPOSIÇÃO. MINUTOS RESIDUAIS. ESPERA PELO EMPREGADO
DO TRANSPORTE FORNECIDO PELO EMPREGADOR. ART. 4º DA
CLT. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, configurada a
concessão de transporte exclusivamente pelo empregador, o período
despendido pelo empregado na espera dessa condução também deve ser
considerado como tempo à disposição do empregador. Recurso de Revista
conhecido e provido no tema. 2. REGIME DE COMPENSAÇÃO DE
JORNADA. EXTRAPOLAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS.
INVALIDADE. A despeito da existência de acordo de compensação de
jornada, havia prestação de horas extras habituais e ausência de efetiva
compensação de jornada, em razão da existência de labor em dias destinados
a descanso e extrapolação do limite de 10 horas diárias, o que invalida o
regime de compensação de jornada. Diante da invalidade do sistema de
compensação de jornadas adotado pela Reclamada, é devido o pagamento
das horas extraordinárias, assim entendidas aquelas excedentes da 8ª diária e
44ª semanal. Recurso de revista conhecido e provido no aspecto. (RR -
182-18.2016.5.12.0017, Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 3ª Turma,
DEJT de 3/7/2017)

RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. APELO


INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO NOVO CPC. TEMPO DE ESPERA.
TRASPORTE FORNECIDO PELO EMPREGADOR. PERÍODO À
DISPOSIÇÃO. Nos termos do art. 4.º da CLT, "considera-se como de
serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada." É fato incontroverso no acórdão recorrido que a
empresa fornecia transporte para o trabalho (ida e volta) aos seus
empregados. Consignou, ainda, que o transporte chegava com os
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trabalhadores 15 minutos antes da jornada, e o retorno da viagem iniciava-se
15 minutos em média, no final do expediente. Dessa feita, o tempo gasto pelo
empregado dentro das dependências da empresa deve ser considerado como
tempo à disposição do empregador e, portanto, deve ser computado na
jornada e remunerado como hora extraordinária. Recurso de Revista
conhecido e provido. RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA.
APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO NOVO CPC. TROCA DE
UNIFORME. TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. O
provimento do Recurso de Revista da Reclamada não teria resultado prático
algum, uma vez que o tempo gasto com a troca de uniforme já se encontra
inserido no tempo de espera pelo transporte fornecido pelo empregador.
Apesar de os fatos geradores - tempo de espera pelo transporte fornecido
pelo empregador e troca de uniforme - serem diversos, não houve a soma dos
tempos gastos para se chegar ao tempo à disposição do empregador (30
minutos), porquanto apenas o tempo gasto pelo empregado dentro das
dependências da empresa, antes do registro de seu horário de entrada e após o
registro de sua saída para a espera do transporte totaliza os trinta minutos,
independentemente do tempo gasto com a troca de uniforme. Assim,
prejudicada a análise do Apelo da Reclamada, que objetiva a exclusão do
pagamento do tempo despendido na troca de uniforme, em razão do
provimento dado ao Recurso de Revista do Autor. (RR -
10503-49.2015.5.12.0017, Rel. Min. Maria de Assis Calsing, 4ª Turma,
DEJT de 19/5/2017)

RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.493/2007.


HORAS EXTRAS. TEMPO DE ESPERA AO FINAL DA JORNADA
DURANTE A TROCA DE TURNO. No caso concreto, o autor aguardava,
em média, uma hora por dia, além da jornada contratual, na espera de
condução de volta para a sua residência durante a troca de turno. Esse
transporte fornecido pela empresa era feito no mesmo veículo que levava os
trabalhadores para início de outro turno de trabalho, o qual - somente depois
que passava no ponto mais distante da área é que retornava para apanhar os
trabalhadores que estavam deixando o serviço -. Se não há registro de o local
de trabalho ser de fácil acesso e servido por transporte público regular, outra
opção não resta ao trabalhador que não aguardar a condução fornecida pela
empresa, a qual realizará o deslocamento entre trabalho e residência. Em
situações como essas, o tempo destinado à espera do transporte deve ser
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incorporado à jornada de trabalho do trabalhador, por se tratar de tempo à
disposição do empregador. Precedentes. Recurso de embargos conhecido e
não provido. (E-RR-602-34.2011.5.08.0203, Rel. Min. Augusto César Leite
de Carvalho, SBDI-1, DEJT de 11/4/2014)

RECURSO DE EMBARGOS. (...) HORAS EXTRAS. MINUTOS


RESIDUAIS. TEMPO DESPENDIDO NA ESPERA PELO TRANSPORTE
FORNECIDO PELO EMPREGADOR. A delimitação do conceito de tempo
à disposição do empregador envolve as circunstâncias em que o empregado,
embora não esteja efetivamente prestando serviços, tem restringida a sua
liberdade pessoal devido à dinâmica da empresa. Logo, presentes os
requisitos das horas in itinere, o empregado faz jus ao cômputo na jornada de
trabalho também do tempo em que aguarda o transporte fornecido pela
empresa, pois, nesse caso, tem restringida sua autonomia espaço-temporal,
necessariamente condicionada à organização da empresa. A jurisprudência
desta e. Corte, entretanto, admite certa flexibilização quanto ao cômputo de
pequenas variações de tempo antes e depois da jornada de trabalho, seja
quanto ao lanche, troca de uniforme e marcação do ponto (Súmula nº 366),
seja quanto ao transporte do empregado nas dependências da empresa
(Súmula nº 429 do TST), fixando o limite diário de 10 minutos para a
estruturação da empresa na administração da prestação dos serviços.
Também no caso do tempo em que o empregado aguarda a condução
fornecida pela empresa, devem ser tolerados 10 minutos diários para a
fixação da jornada de trabalho do empregado. Ultrapassado esse limite, deve
ser considerado o tempo integral. No caso, o autor dispendia 30 (trinta)
minutos esperando o transporte da empresa, razão pela qual faz jus ao seu
cômputo total na jornada de trabalho. Recurso de embargos não provido.
(E-RR-96-81.2012.5.18.0191, Rel. Min. Alexandre de Souza Agra
Belmonte, SBDI-1, DEJT de 6/6/2014)

EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO


EMBARGADO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007.
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. PERÍODO DE ESPERA
DO TRANSPORTE FORNECIDO PELO EMPREGADOR NO FINAL DA
JORNADA. Confirmado pelo Tribunal Regional que o reclamante dependia
exclusivamente do transporte fornecido pelo empregador, o tempo
despendido no aguardo da condução deve ser considerado como à disposição
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do empregador (art. 4º da CLT), sendo devido o pagamento das horas extras.
Recurso de embargos conhecido e não provido.
(E-ED-RR-138000-51.2009.5.18.0191, Rel. Min. Horácio Raymundo de
Senna Pires, SBDI-1, DEJT de 18/11/2011)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA -


INTERVALO INTRAJORNADA PARA RECUPERAÇÃO TÉRMICA -
TRABALHO EM FRIGORÍFICO - ART. 253 DA CLT. A jurisprudência
predominante do Tribunal Superior do Trabalho estabelece que o intervalo
previsto no art. 253 da CLT aplica-se para ambientes artificialmente frios.
Precedentes. Incidência da Súmula nº 333 do TST. TEMPO À
DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR - HORAS EXTRAORDINÁRIAS.
Esta Corte Superior já firmou entendimento no sentido de que o tempo gasto
pelo empregado com troca de uniforme, higiene pessoal e lanche, dentro das
próprias dependências da empresa, bem como na espera de transporte
exclusivamente fornecido pelo empregador, é considerado tempo à
disposição do empregador, de sorte que, observada a tolerância máxima de
dez minutos diários, é devido como extraordinário todo o tempo que
efetivamente ultrapassar a jornada normal de trabalho. Nesse sentido, esta
Corte editou a Súmula nº 366, resultante da conversão das Orientações
Jurisprudenciais nºs 23 e 326 da Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais. Agravo de instrumento desprovido.
(AIRR-565-98.2010.5.18.0191, Rel. Min. Vieira de Mello Filho, 4ª Turma,
Data de Publicação: DEJT de 31/8/2012)

DIFERENÇAS DE HORAS EXTRAS. ESPERA DE TRANSPORTE


COLETIVO FORNECIDO PELA EMPRESA. TEMPO À DISPOSIÇÃO
DO EMPREGADOR. Com efeito, relativamente ao tempo de espera do
empregado pelo transporte coletivo fornecido pelo empregador, a
jurisprudência possui entendimento de que, quando configurada a existência
de horas in itinere, considera-se, nos termos do artigo 4º da CLT, tempo à
disposição do empregador, a ser remunerado como horas extras, aquele
despendido pelo empregado à espera da condução, por ser este o único meio
de retornar para casa. Desse modo, por estar a decisão do Regional em
consonância com a notória, reiterada e atual jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho, esgotada se encontra a função uniformizadora desta
Corte, o que afasta a possibilidade de eventual afronta ao artigo 4º da CLT,
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bem como de configuração de divergência jurisprudencial, ante a aplicação
do teor da Súmula nº 333 do TST e do § 4º do artigo 896 da CLT. Recurso de
revista não conhecido. (RR-601-49.2011.5.08.0203, Rel. Min. José Roberto
Freire Pimenta, 2ª Turma, DEJT de 9/11/2012)

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


HORAS EXTRAS. TEMPO À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA AO INÍCIO
E FINAL DA JORNADA. LIMPANDO FERRAMENTAS E
ARGUARDANDO CONDUÇÃO FORNECIDA PELO EMPREGADOR. I.
Configurado o direito às horas in itinere, pela mesma razão, deve ser
computado na jornada de trabalho do empregado o tempo por ele despendido
nas dependências da empresa, à espera do transporte, fornecido pelo
empregador, para o retorno à sua residência. Com efeito, é o entendimento
prevalente nesta Corte que, durante tal período, o empregado ainda se
encontra à disposição do empregador. II. Da mesma forma, esta Corte já
pacificou a jurisprudência no sentido de considerar como período à
disposição do empregador o tempo gasto pelo empregado, antes do registro
de início da jornada e após o de final, no interior do estabelecimento
empresarial, em atividades desempenhadas no interesse do serviço, como, in
casu, a de higienização de ferramentas e EPI's, que serve à manutenção do
estabelecimento e à produtividade da empresa. Precedentes. Incidência do
art. 896, § 4º, da CLT e aplicação da Súmula 333/TST. Agravo de
instrumento a que se nega provimento. (AIRR-459-39.2010.5.18, Rel. Min.
Hugo Carlos Scheuermann, 1ª Turma, DEJT de 28/9/2012)

Dou provimento ao recurso de revista, a fim de


restabelecer a sentença de primeiro grau, no particular.

2.2 - HORAS EXTRAORDINÁRIAS - INVALIDADE DO ACORDO DE


COMPENSAÇÃO DE JORNADA SEMANAL – PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS
EXTRAORDINÁRIAS E TRABALHO HABITUAL NOS SÁBADOS - DEFERIMENTO DAS HORAS
EXTRAORDINÁRIAS A PARTIR DA 8ª DIÁRIA - INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº
85, IV, DO TST
Inicialmente, sinale-se que, consoante dispõe o art.
59, caput, da CLT, a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de
horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo
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escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de
trabalho.
Além disso, o § 2º do art. 59 da CLT estabelece que
poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for
compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que
não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais
de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas
diárias.
No caso dos autos, a Corte a quo reputou inválido o
regime compensatório em virtude da prestação de labor extraordinário com
habitualidade e, também, em virtude de trabalho habitual nos sábados,
dias destinados à compensação. Dessa forma, assentou que o acordo de
compensação horária não fora efetivamente observado.
Ora, o acordo de compensação e a prorrogação de jornada
são incompatíveis. A compensação destina-se a manter a jornada de
trabalho no máximo tolerado pela legislação, prorrogando-a em
determinados dias para que o labor em outros seja suprimido. Se o
empregado já cumpre jornada dilatada, na expectativa de redução ou
supressão em outro dia da semana, o exercício de constante sobrejornada
vem em detrimento físico e social do empregado, em visível violação das
principais garantias dos trabalhadores, pois não se admite duas causas
de extrapolação de jornada - compensação e horas extraordinárias.
Assim, por ser o acordo de compensação exceção à regra,
deve ser cumprido em sua integralidade, para que produza eficácia, o que
não se verifica no caso dos autos. Não houve o mero desatendimento das
exigências formais do acordo de compensação, mas a inexistência do regime
em face do desrespeito ao conteúdo do ajuste, diante da inexecução da
jornada ali prescrita na realidade da prestação de trabalho, em que havia
habituais jornadas excessivas e labor nos sábados destinados à folga
compensatória, conforme se afere do contexto fático-probatório delineado
no acórdão regional.
Tais circunstâncias, por ferirem o princípio da
realidade, não emprestam nenhuma eficácia ao regime compensatório.

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Desse modo, restando patente a descaracterização do
acordo de compensação de horários, impõe-se a condenação da reclamada
ao pagamento, como horas extraordinárias, da totalidade do tempo
excedente à 8ª hora diária e à 44ª hora semanal.
Todavia, a Corte a quo, mesmo constatando a mencionada
situação fática, deu parcial provimento ao recurso ordinário interposto
pela reclamada para, reformando a sentença, limitar a condenação ao
pagamento do adicional das horas extraordinárias quanto ao tempo
destinado à compensação, aplicando, de forma equivocada, o item IV da
Súmula nº 85 do TST.
Ora, ao contrário do entendimento adotado pelo
Tribunal Regional, a ausência de efetiva compensação de horários em face
do labor habitual em horas extraordinárias e nos sábados destinados à
compensação, não atrai a aplicação da Súmula nº 85, IV, desta Corte. Nesse
sentido são os seguintes precedentes jurisprudenciais, o primeiro,
inclusive, envolvendo a própria reclamada:

RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. PROCESSO SOB A


ÉGIDE DA LEI 13.015/2014. 1.HORAS EXTRAS. TEMPO À
DISPOSIÇÃO. MINUTOS RESIDUAIS. ESPERA PELO EMPREGADO
DO TRANSPORTE FORNECIDO PELO EMPREGADOR. ART. 4º DA
CLT. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, configurada a
concessão de transporte exclusivamente pelo empregador, o período
despendido pelo empregado na espera dessa condução também deve ser
considerado como tempo à disposição do empregador. Recurso de Revista
conhecido e provido no tema. 2. REGIME DE COMPENSAÇÃO DE
JORNADA. EXTRAPOLAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS.
INVALIDADE. A despeito da existência de acordo de compensação de
jornada, havia prestação de horas extras habituais e ausência de efetiva
compensação de jornada, em razão da existência de labor em dias destinados
a descanso e extrapolação do limite de 10 horas diárias, o que invalida o
regime de compensação de jornada. Diante da invalidade do sistema de
compensação de jornadas adotado pela Reclamada, é devido o pagamento
das horas extraordinárias, assim entendidas aquelas excedentes da 8ª diária e
44ª semanal. Recurso de revista conhecido e provido no aspecto. (RR -

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182-18.2016.5.12.0017, Rel. Min. Mauricio Godinho Delgado, 3ª Turma,
DEJT de 3/7/2017)

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO ANTES DA LEI Nº


13.015/2014. HORAS EXTRAS. ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE
JORNADA. PRESTAÇÃO DE HORAS EXTRAS HABITUAIS.
INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 85, IV, DO TST. O Regional
manteve a condenação ao pagamento, como extras, de todas as horas
excedentes da 8ª diária e da 44ª semanal diante da invalidade do acordo de
compensação de horário, porquanto, além da prestação habitual de horas
extras, havia labor nos dias destinados ao descanso. Portanto, ausente a
efetiva compensação de jornada, correta a conclusão do Regional no sentido
de que não é possível aplicar o disposto na Súmula 85, item IV, do TST para
limitar a condenação ao pagamento do adicional. A limitação é cabível
somente em relação às horas destinadas à compensação, o que na hipótese
dos autos não houve. Recurso de revista não conhecido. (RR -
664700-74.2009.5.09.0670, Rel. Min. Maria Helena Mallmann, 2ª Turma,
DEJT de 26/8/2016)

RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. ACORDO DE


COMPENSAÇÃO. SÚMULA 85 DO TST. INAPLICABILIDADE. O
Regional consignou que havia prestação habitual de horas extraordinárias e
labor habitual aos sábados, razão pela qual concluiu que, na prática, não
existia sistema de compensação de jornada. Dessa forma, não há como se
aplicar a Súmula 85, III e IV, do TST, tendo em vista a ausência de
compensação da jornada de trabalho. Recurso de revista não conhecido. (RR
- 476-58.2010.5.09.0892, Rel. Min. Márcio Eurico Vitral Amaro, 8ª Turma,
DEJT de 20/5/2016)

HORAS EXTRAS. ACORDO DE COMPENSAÇÃO. TRABALHO


NOS DIAS DESTINADOS À COMPENSAÇÃO. INAPLICABILIDADE
DA SÚMULA Nº 85 DO TST. No caso, existiu a prorrogação habitual da
jornada diária de trabalho, bem como o trabalho em dias destinados à
compensação. Com efeito, não houve a efetiva compensação de jornada, em
razão da existência de labor aos sábados, dias destinados à compensação e,
ainda, trabalho além de 8 horas 48 minutos diários, inclusive superior a 10
horas. Correta, pois, a decisão do Regional que reputou inválido o regime de
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compensação e confirmou a condenação da empresa ao pagamento das horas
extras excedentes ao limite legal. Precedentes. Não restou constatada a
contrariedade à Súmula 85 do TST, por não contemplar a hipótese retratada
nos autos. Aresto inservível, porquanto proveniente de Turma desta Corte
Superior. Recurso de revista não conhecido. Conclusão: Recurso de revista
parcialmente conhecido e provido. (RR - 325-26.2010.5.09.0041, Rel. Min.
Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma, DEJT de 29/4/2016)

ACORDO DE COMPENSAÇÃO. HORAS EXTRAORDINÁRIAS


HABITUAIS. PAGAMENTO DO ADICIONAL. SÚMULA 85, IV, DO
TST. A prestação habitual de horas extraordinárias descaracteriza o acordo
de compensação de jornada de trabalho, resultando devido o pagamento
apenas do adicional quanto às horas excedentes destinadas à compensação,
em conformidade com o item IV da Súmula nº 85 do TST. Acórdão regional
proferido em consonância com esse entendimento. Incidência do art. 896,
§4º, da CLT. Recurso de revista não conhecido. (RR -
1086-13.2011.5.09.0303, Rel. Min. Maria Helena Mallmann, 5ª Turma,
DEJT de 4/12/2015)

RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. EXTRAPOLAÇÃO


DAS CARGAS HORÁRIAS DIÁRIA E SEMANAL. TRABALHO
HABITUAL AOS SÁBADOS. AUSÊNCIA DE EFETIVA
COMPENSAÇÃO DE JORNADA. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA
85 DO TST. 1. O Colegiado de origem registrou que, embora houvesse
previsão em norma coletiva da extinção do labor aos sábados, "não houve
observância aos parâmetros estabelecidos na norma convencional, ou seja,
não há menção sobre a extinção parcial ou total do trabalho aos sábados", e,
além disso, houve "a inserção de cláusula permitindo o labor excedente da
44ª hora semanal, com o pagamento de horas extras, em contrariedade ao
limite imposto pela norma convencional". Assentou, ainda, que "as horas
extras foram habituais", razão pela qual reconheceu que "o acordo
compensatório não seria válido, na medida que foi descumprido pela
reclamada em grande parte do contrato, notadamente no que tange a jornada
ali estatuída" e concluiu ser inaplicável ao caso o item IV da Súmula 85 desta
Corte Superior sob o argumento de que "a autora não se sujeitou a acordo
compensatório e os sábados eram considerados dias normais". 2. Como
observado pelo Tribunal Regional, é inaplicável, in casu, a diretriz
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consubstanciada no item IV da Súmula 85 do TST - no sentido de que apenas
as horas que ultrapassarem a carga horária semanal devem ser remuneradas
como extras, sendo devido, quanto àquelas destinadas à compensação,
tão-somente o adicional por trabalho extraordinário -, por não se constatar o
mero desatendimento das exigências legais para a compensação de jornada
ou a simples prestação habitual de horas extras, mas, sim, a ausência de
efetiva compensação, em razão do extrapolamento das cargas horárias diária
e semanal e do labor habitual aos sábados - dia destinado à compensação . 3.
Decisão regional em harmonia com a jurisprudência desta Corte. Óbice da
Súmula 333/TST e do § 4º (atual § 7º) do art. 896 da CLT. Precedentes da
SBDI-1 e desta Primeira Turma. Recurso de revista não conhecido, no tema.
(RR - 33000-83.2009.5.09.0071, Rel. Min. Hugo Carlos Scheuermann, 1ª
Turma, DEJT de 18/9/2015)

No caso, como já salientado, o Tribunal Regional


verificou, com base na análise da prova colacionada aos autos, que houve
prestação habitual de labor extraordinário superior ao tempo destinado
à compensação, inclusive aos sábados, mas deu parcial provimento ao
recurso ordinário interposto pela reclamada, para limitar sua condenação
ao pagamento do adicional das horas extraordinárias quanto ao tempo
destinado à compensação, aplicando, de forma equivocada, o item IV da
Súmula nº 85 desta Corte.
Assim, dou provimento ao recurso de revista para,
reformando o acórdão regional, afastar a aplicação do item IV da Súmula
nº 85 do TST, restabelecendo a sentença quanto a esse particular. Acresço
ao valor provisório da condenação a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) e majoro as custas processuais em R$ 100,00 (cem reais).

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da 7ª Turma do Tribunal Superior


do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso de revista quanto ao
tema relativo ao tempo de espera da empregada em razão do fornecimento
de transporte pela reclamada, por divergência jurisprudencial, e, no
mérito, dar-lhe provimento para restabelecer a sentença de primeiro grau,
no particular. Por unanimidade, conhecer do recurso de revista da
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reclamante quanto às horas extraordinárias relativas à inexistência do
regime de compensação de jornada semanal, por divergência
jurisprudencial, e, no mérito, dar-lhe provimento para restabelecer a
sentença de primeiro grau. Valor provisório da condenação acrescido da
quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e custas processuais majoradas
em R$ 100,00 (cem reais).
Brasília, 9 de agosto de 2017.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


MINISTRO VIEIRA DE MELLO FILHO
Relator

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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. aa1624f - Pág. 20
Número do documento: 19013116440780500000081831236
Fls.: 76

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho

PROCESSO Nº TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026

Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 10019FA1CA2187CF47.
A C Ó R D Ã O
(3ª Turma)
GMMGD/jms/dsc

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PROCESSO SOB A


ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À
LEI 13.467/2017. OMISSÃO. OBSCURIDADE.
INEXISTÊNCIA. A matéria sobre a qual a
Embargante alega ter havido omissão –
“estabelecimento empresarial que
funciona aos domingos. supermercado.
escala de revezamento. incidência
periódica dos repousos semanais aos
domingos. aplicação indistinta aos
trabalhadores abrangidos pela lei, sem
distinção de gênero. proteção do
trabalho da mulher. art. 7º, XX, da CF”
- foi devidamente analisada e
fundamentada no acórdão embargado, em
consonância com o princípio
constitucional da motivação das
decisões judiciais (art. 93, IX, da CF),
também referido na lei ordinária - arts.
832, da CLT; e 489, do CPC/2015. Se a
argumentação posta nos embargos não se
insere em nenhum dos vícios mencionados
nos arts. 897-A, da CLT; e 1.022, do
CPC/2015, deve ser desprovido o
recurso. Embargos de declaração
desprovidos.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Embargos


de Declaração em Recurso de Revista n° TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026,
em que é Embargante ANDREIA MARIA DO NASCIMENTO e Embargada EMPRESA
CATARINENSE DE SUPERMERCADOS LTDA.

A 3ª Turma não conheceu do recurso de revista


interposto pela Reclamante.

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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 5382439 - Pág. 1
Número do documento: 19013116441714800000081831263
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho fls.2

PROCESSO Nº TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026

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A Reclamante interpõe embargos de declaração,
alegando omissão no julgado.
PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À
LEI 13.467/2017.
PROCESSO ELETRÔNICO.
É o relatório.

V O T O

Tratando-se de recurso interposto em processo


iniciado anteriormente à vigência das alterações promovidas pela Lei n.
13.467, de 13 de julho de 2017, e considerando que as relações jurídicas
materiais e processuais produziram amplos efeitos sob a normatividade
anterior, as matérias serão analisadas com observância das normas então
vigorantes, em respeito ao princípio da segurança jurídica,
assegurando-se a estabilidade das relações já consolidadas (arts. 5º,
XXXVI, CF; 6º da LINDB; 912 da CLT; e 14 do CPC/2015).

I) CONHECIMENTO

Atendidos os pressupostos recursais, CONHEÇO dos


embargos de declaração.

II) MÉRITO

A Embargante postula o pronunciamento desta Corte


acerca de possível omissão no julgado, sob a alegação de que os arestos
reproduzidos no recurso de revista para demonstração de divergência
jurisprudencial, bem como a violação aos arts. 386 da CLT e 6º, parágrafo
único, da Lei 10.101/2000 não foram apreciados no acórdão embargado.
Pretende o prequestionamento dos arts. 386 da CLT e 6º, parágrafo único,
da Lei 10.101/2000 e do princípio da especialidade.
Sem razão a Embargante.

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Tribunal Superior do Trabalho fls.3

PROCESSO Nº TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026

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A matéria suscitada pela Embargante já foi objeto de
pronunciamento por esta Corte na decisão embargada, que assim foi
fundamentada:

“ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL QUE FUNCIONA EM


DOMINGOS. SUMPERMERCADO. ESCALA DE REVEZAMENTO.
INCIDÊNCIA PERÍODICA DOS REPOUSOS SEMANAIS AOS
DOMINGOS. ART. 1º DA LEI 11.603/07. APLICAÇÃO INDISTINTA
AOS TRABALHADORES ABRANGIDOS PELA LEI, SEM DISTINÇÃO
DE GÊNERO. PROTEÇÃO AO MERCADO DE TRABALHO DA
MULHER. ART. 7º, XX, DA CF

O Tribunal Regional, na análise dos recursos de revista das partes,


adotou as seguintes razões de decidir:

RECURSO DA RÉ
1. DESCANSO SEMANAL REMUNERADO.
INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 386 DA CLT
A autora alegou na inicial o que segue:
Assim estabelece o artigo 386 da CLT:
Havendo trabalho aos domingos, será organizada uma
escala de revezamento quinzenal, que favoreça o repouso
dominical.
Em que pese a autora usufruir de uma folga semanal, o fato
é que durante todo o contrato, trabalhou na escala 2x1, ou seja,
após dois domingos de trabalho consecutivos, usufruía o seu
descanso no domingo, contrariando a lei que determina que a
escala deve ser 1 x 1, ou seja, um domingo de trabalho e outro de
descanso e assim sucessivamente.
Considerando o descumprimento da determinação legal,
de ser a ré condenada no pagamento de um descanso dominical
durante todo o contrato, sempre que esse descanso foi usufruído
após dois domingos consecutivos de trabalho, sem a observância
da escala de revezamento quinzenal, nos termos da lei (art. 386
da CLT), com adicional de 100%, bem como dos reflexos [...].
(ID. 8aab1c0 - Pág. 2)
O Juízo de primeiro grau acolheu parcialmente a tese
obreira.
Reconheceu o desrespeito ao art. 386 da CLT, deferindo o
pagamento "dos DSR relativos aos domingos trabalhados sem
que tenha sido observada a escala prevista no art. 386 da CLT".
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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 5382439 - Pág. 3
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Entretanto, indeferiu a a dobra, visto que a obreira sempre
fruiu a folga semanal.
Contra tal decisão insurge-se a ré.
Pois bem.
Entendo que a empresa ora recorrente tem razão.
Explico: por se tratar de um supermercado, a ré está
abrangida pela Lei nº 10.101/2000, na sua redação atual,
dada pela Lei nº 11.603/2007.
Referido diploma legal dispõe, em seu art. 6º, verbis:
Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do
comércio em geral, observada a legislação municipal, nos termos
do art. 30, inciso I, da Constituição. Parágrafo único.
O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo
menos uma vez no período máximo de três semanas, com o
domingo, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e
outras a serem estipuladas em negociação coletiva. (sem grifo no
original)
Sob a minha ótica, a Lei 10.101/2000, aplicável ao
comércio em geral, configura legislação específica
superveniente em relação à CLT.
Ela fixa a frequência com que o DSR deve coincidir
com o dia de domingo ("uma vez no período máximo de três
semanas") sem estabelecer nenhuma diferenciação uma vez
no período máximo de três semanas em entre homens e
mulheres.
Assim, dou provimento para excluir as diferenças de DSRs
contempladas na Sentença.
Restam prejudicados os demais itens do recurso patronal e
a totalidade do recurso obreiro.

A Reclamante, em suas razões recursais, pugna pela reforma do


acórdão regional. Sustenta que faz jus a que a coincidência da folga semanal
seja em um domingo a cada dois trabalhados. Afirma que foram violados os
arts. 386 da CLT e 6º da Lei 10.101/2000 – que estabelece a prevalência de
normas de proteção ao trabalho. Transcreve arestos para demonstrar dissenso
de teses. Por fim, pleiteia o pagamento em dobro dos domingos laborados
sem a observância da limitação de um domingo a cada quinze dias.
Não lhe assiste razão.
A coincidência preferencial do descanso semanal com o domingo
sempre foi enfatizada pela ordem justrabalhista. A CLT já a estabelecia (art.
67), a Lei n. 605/49 a reiterou (art. 1º), e a Constituição de 1988
determinou-a expressamente (art. 7º, XV).
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PROCESSO Nº TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026

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A coincidência, contudo, é preferencial, e não absoluta. Há empresas
autorizadas a funcionar em domingos (desrespeitando, pois, licitamente, essa
coincidência preferencial). Tais empresas deverão, porém, organizar uma
escala de revezamento entre seus empregados, de modo a permitir a
incidência periódica em domingos de um descanso semanal remunerado.
Nessa escala de trabalho e folgas, é preciso que se respeite a coincidência
preferencial com os domingos, determinada pela Constituição. A
observância de uma folga aos domingos em cada quatro semanas mensais,
conforme antiga redação do parágrafo único do art. 6º da Lei 10.101, de 2000
(diploma antecedido por Medidas Provisórias), ou uma folga dominical em
cada bloco de três semanas mensais (nova redação do art. 6º, parágrafo
único, da Lei n. 10.101, desde a MPr n. 388, de 2007 (convertida na Lei n.
11.603/07), atende ao comando e objetivo constitucionais.
O comércio em geral, embora não configure – em seu todo – atividade
que, por sua natureza ou pela conveniência pública, deva ser exercida aos
domingos (parágrafo único do art. 68 da CLT), passou a ser favorecido pela
possibilidade de elidir a coincidência preferencial enfatizada pela ordem
jurídica. É que as Medidas Provisórias n. 1.539-34, de 1997 (em seu art. 6º),
1.539-36/97 (em seu art. 6º e parágrafo único) e subsequentes diplomas
provisórios editados ma mesma direção vieram a autorizar o trabalho aos
domingos no comércio varejista em geral, observado o art. 30, inciso I, da
Constituição (inciso constitucional que se reporta à competência municipal
para legislar sobre assuntos locais – o que abrange o horário do comércio). A
contar da MP n. 1.539-36/97 (editada após decisão do STF relativa à
inconstitucionalidade do preceito anterior), acrescentou-se a seguinte regra
ao dispositivo em exame: o repouso semanal remunerado deverá coincidir,
pelo menos uma vez no período máximo de quatro semanas, com os
domingos, respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras
previstas em acordo ou convenção coletiva (parágrafo único do art. 6º da MP
n. 1.539-36/97 – redação que foi mantida nas subsequentes medidas
provisórias, como, por exemplo, a de n. 1.982-70, de 4.5.2000, e
1.982-76/2000, esta convertida na Lei n. 10.101, de 19.12.2000.
Desde a MP n. 388, de 2007 (convertida na Lei n. 11.603/07), a escala
de coincidência dominical foi aperfeiçoada, devendo o descanso semanal

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remunerado coincidir com o domingo ao menos uma vez no período máximo
de três semanas.
Observe-se que, no período anterior à Constituição de 1988 e aos
diplomas legais do anos 2000, supracitados, essa coincidência se dava a cada
sete semanas (sic!), conforme explicitado pela Portaria nº 417/1966 do
Ministério do Trabalho – a qual foi, desse modo, superada pelo novo
contexto normativo inaugurado pela Constituição e confirmado pelas leis nº
10.101/2000 e nº 11.603/2007.
Infere-se, portanto, que a decisão do TRT está em consonância com o
critério de frequência de concessão de folgas aos domingos estabelecida após
a evolução legislativa indicada, que fixou, a final, a possibilidade de se
disponibilizar ao trabalhador a coincidência do descanso ao domingo uma
vez a cada três semanas laboradas.
Vale observar ainda que a Constituição Federal, em seu art. 7º, XX,
estabelece a proteção do mercado de trabalho da mulher, não devendo
prevalecer normas que importem em direto ou indireto desestímulo à
garantia ou abertura do mercado de trabalho para a mulher. Por isso,
considera-se compatível com essa regra constitucional a aplicação do critério
de coincidência dominical para os repousos semanais estipulada pela Lei
11.603/07 a todos os trabalhadores por ela abrangidos, sem distinção de
gênero.
Portanto, por estar a decisão do TRT em consonância com o art. 1º da
Lei 11.603/07, bem como com o art. 7º, XX, da CF, deve prevalecer o
entendimento adotado pelo Tribunal Regional.
Ressalte-se que as vias recursais extraordinárias para os tribunais
superiores (STF, STJ, TST) não traduzem terceiro grau de jurisdição;
existem para assegurar a imperatividade da ordem jurídica constitucional e
federal, visando à uniformização jurisprudencial na Federação. Por isso seu
acesso é notoriamente restrito, não permitindo cognição ampla.
Ante o exposto, não conheço do recurso de revista.”

Como se observa, a matéria foi suficientemente


analisada, em consonância com o princípio constitucional da motivação
das decisões judiciais (art. 93, IX, da CF), também referido na lei
ordinária - arts. 832 da CLT e 489 do CPC/2015 (art. 458 do CPC/1973).
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PROCESSO Nº TST-ED-RR-395-94.2016.5.12.0026

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Ademais, nos termos da OJ 118/SBDI-1/TST, "havendo
tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário
contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como
prequestionado este".
Salienta-se, outrossim, que não há confundir omissão
do julgado com decisão contrária ao interesse da Embargante.
Ressalte-se, a propósito, que a omissão, contradição
ou obscuridade a justificarem a oposição de embargos de declaração apenas
se configuram quando o Julgador deixa de se manifestar acerca das matérias
contidas no recurso interposto, utiliza fundamentos colidentes entre si,
ou ainda quando a decisão não é clara.
Se a argumentação dos embargos não se insere em nenhum
dos vícios mencionados nos arts. 897-A da CLT e 1.022 do CPC/2015, deve
ser desprovido o recurso.
Pelo exposto, NEGA-SE PROVIMENTO aos embargos de
declaração.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Terceira Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, negar provimento aos embargos de
declaração.
Brasília, 07 de fevereiro de 2018.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


MAURICIO GODINHO DELGADO
Ministro Relator

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Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 5382439 - Pág. 7
Número do documento: 19013116441714800000081831263
Fls.: 83

ATENÇÃO AOS CORREIOS:

NÃO ENCONTRADO O DESTINATÁRIO, DEVOLVER

EM 48 HS., CONF. PAR. ÚNICO ART. 774 DA CLT.

REMETENTE: Vara do Trabalho de Pará de Minas

Rua Tabatinga, 170, Vila Sinhô, PARA DE MINAS - MG - CEP: 35660-089

TEL: (37) 32322344

E-Mail:vt.parademinas@trt3.jus.br

DESTINATÁRIO: ADEEL ALIMENTOS S.A.


35661-266 - RUA PADRE ZANOR , 2500 - VILA INDUSTRIAL -
VILA BENVINDA - PARA DE MINAS - MINAS GERAIS

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL


JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Vara do Trabalho de Pará de Minas
Rua Tabatinga, 170, Vila Sinhô, Pará de Minas/MG - CEP 35660-089
Tel.: (37) 3232-2344 - Email: vt.parademinas@trt3.jus.br

DESTINATÁRIO:
ADEEL ALIMENTOS S.A.
35661-266 - RUA PADRE ZANOR , 2500 - VILA INDUSTRIAL - VILA BENVINDA - PARA DE
MINAS - MINAS GERAIS

Assinado eletronicamente por: MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA - 01/02/2019 11:30:24 - 391caae
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020111300139600000081870239
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 391caae - Pág. 1
Número do documento: 19020111300139600000081870239
Fls.: 84

PROCESSO: 0010076-57.2019.5.03.0148
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO (1125)
AUTOR: LUIS CARLOS NOGUEIRA
RÉU: ADEEL ALIMENTOS S.A.

NOTIFICAÇÃO JUDICIAL EM PROCESSO ELETRÔNICO

Fica V. Sa. notificado(a) para comparecer à audiência UNA que se realizará no dia 19/03/2019
13:50 horas, na sala de audiências da Vara do Trabalho de Pará de Minas, situada à RUA
TABATINGA, 170, VILA SINHÔ, PARÁ DE MINAS/MG - CEP: 35660-089. A petição inicial e
documentos poderão ser acessados apenas em meio eletrônico, mediante consulta ao
seguinte endereço na internet: http://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento
/listView.seam, digitando no campo "número do documento" o(s) número(s) descrito(s) como
chave(s) de acesso, abaixo identificado(s):

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


Termo de Rescisão de Contrato de Termo de Rescisão de Contrato de 19013116442924300000
Trabalho (TRCT) Trabalho (TRCT) 081831285
Convenção Coletiva de Trabalho Convenção Coletiva de Trabalho 19013116440154800000
(CCT) (CCT) 081831221
Convenção Coletiva de Trabalho Convenção Coletiva de Trabalho 19013116435699100000
(CCT) (CCT) 081831208
19013116441714800000
Sentença (paradigma) Sentença (paradigma)
081831263
19013116440780500000
Sentença (paradigma) Sentença (paradigma)
081831236
Número de Identificação do Número de Identificação do 19013116432921700000
Trabalhador (NIT) Trabalhador (NIT) 081831158
19013116434918100000
Contracheque/Recibo de Salário Contracheque/Recibo de Salário
081831192
19013116434590400000
Contracheque/Recibo de Salário Contracheque/Recibo de Salário
081831185
19013116433942500000
Contracheque/Recibo de Salário Contracheque/Recibo de Salário
081831172
Carteira de Trabalho e Previdência 19013116425271600000
Anotações Gerais
Social (CTPS) 081831092
19013116423941900000
Declaração de Hipossuficiência Declaração de Hipossuficiência
081831073
19013116423187000000
Procuração Procuração
081831061
Carteira de Trabalho e Previdência Carteira de Trabalho e Previdência 19013116422664300000
Social (CTPS) Social (CTPS) 081831054
19013116390621400000
Petição Inicial Petição Inicial
081830647

Assinado eletronicamente por: MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA - 01/02/2019 11:30:24 - 391caae
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020111300139600000081870239
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 391caae - Pág. 2
Número do documento: 19020111300139600000081870239
Fls.: 85

Caso V. Sa. não consiga consultá-los via internet, deverá comparecer à Unidade Judiciária
(endereço acima indicado) para ter acesso a eles ou receber orientações.

A audiência será UNA, de conciliação, instrução e julgamento, nos termos da Lei 9957/2000,
que disciplina o RITO SUMARÍSSIMO nos feitos trabalhistas, devendo V.Sa. trazer a esta
audiência as testemunhas que julgar necessárias, até o limite de duas.

A defesa deverá ser apresentada dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe), acessado
com assinatura digital, nos termos da Lei 11.419/2006, da Resolução 136/2014 do CSJT.
Nos termos do artigo 847 da CLT, faculta-se a apresentação de defesa oral em audiência.

A defesa e respectivos documentos não poderão ser apresentados na Unidade


Judiciária por meio de pen drive, CD ou outras mídias avulsas para serem anexados ao
Processo Judicial eletrônico (PJe) durante a audiência.

Todos os documentos que acompanham a defesa deverão estar no formato digital e ser
apresentados dentro do Processo Judicial Eletrônico (PJe) até uma hora antes da audiência,
exceto se a parte não estiver assistida de advogado, quando poderá apresentá-los em
audiência.

Se V. Sa. não possuir equipamento para conversão ou escaneamento de documentos em


formato PDF, deverá comparecer à Unidade Judiciária para proceder à adequação dos
documentos por meio dos equipamentos disponíveis na Central de Atendimento.

NOS TERMOS DO ART. 22 DA RESOLUÇÃO CSJT N° 136 DE 25 DE ABRIL DE 2014, FICA ADVERTIDO(A) O
(A) RECLAMADO(A) DE QUE NÃO SERÃO APRECIADOS E SERÃO, CONSEQUENTEMENTE,
DESCONSIDERADOS PARA FINS PROBATÓRIOS, TODOS OS DOCUMENTOS DIGITALIZADOS E
ANEXADOS ÀS PETIÇÕES ELETRÔNICAS QUE NÃO ESTEJAM ADEQUADAMENTE CLASSIFICADOS E
ORGANIZADOS, OU SEJA, QUE ESTEJAM ILEGÍVEIS, INVERTIDOS (VISUALIZAÇÃO DIVERSA PARA
LEITURA), NOMEADOS DE FORMA EQUIVOCADA, NOMEADOS GENERICAMENTE E ANEXADOS SEM
OBSERVÂNCIA DA ORDEM CRONOLÓGICA.

Na audiência referida lhe é facultado fazer-se substituir por um preposto (empregado) que
tenha conhecimento direto dos fatos, bem como fazer-se acompanhar por advogado(a), sendo
que o não comparecimento a audiência ou a não apresentação de defesa e documentos nos
termos acima indicados, poder-lhe-á acarretar sérios prejuízos, presumindo-se aceitos como
verdadeiros todos os fatos alegados pelo autor e constantes da petição inicial, nos termos do
Art. 844 da CLT, esclarecendo, por fim que em se tratando de pessoa jurídica, sugere-se
apresentar com a defesa a cópia atual do estatuto constitutivo (contrato social) de forma
eletrônica.

A pessoa jurídica de direito privado que comparece em Juízo, na qualidade de ré ou de autora,


deverá fornecer cópia do contrato social ou da última alteração contratual, do cartão CNPJ, do
CEI e, quando se tratar de pessoa física, deverá apresentar cópia do CPF e CEI.

Ao comparecer em Juízo, deverá V.Sa. trajar vestimenta adequada ao ambiente forense.

Pará de Minas/MG, 1 de Fevereiro de 2019.

Assinado eletronicamente por: MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA - 01/02/2019 11:30:24 - 391caae
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19020111300139600000081870239
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 391caae - Pág. 3
Número do documento: 19020111300139600000081870239
Fls.: 86

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE


PARÁ DE MINAS:

PROCESSO Nº: 0010076-57.2019.5.03.0148

ADEEL ALIMENTOS S.A., sociedade empresária sediada em Pará de Minas, onde mantém
estabelecimento na Rua Padre Zanor, n. 2.500, Bairro Dom Bosco, inscrita no CNPJ sob o n. 09.296.491
/0001-34, vem perante Vossa Excelência requerer a habilitação de seu procurador, para acompanhar o
feito até final decisão.

Termos em que,

Pede deferimento.

Pará de Minas, 18 de março de 2019.

p.p. Gilson Fernando da Silva

OAB/MG 132.345

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 18/03/2019 16:42:28 - 25b0c33


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031816401073400000084314710
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 25b0c33 - Pág. 1
Número do documento: 19031816401073400000084314710
Fls.: 87

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 18/03/2019 16:42:29 - 8fc3d0b


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031816421600700000084314816
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 8fc3d0b - Pág. 1
Número do documento: 19031816421600700000084314816
Fls.: 88

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE


PARÁ DE MINAS:

PROCESSO Nº: 0010076-57.2019.5.03.0148

ADEEL ALIMENTOS S.A., já qualificada, vem perante Vossa Excelência, por seu advogado, requerer
a juntada de sentença paradigma, a fim de comprovar que a sede da Reclamada está localizada em local
de fácil acesso e servido por transporte público de passageiros.

Termos em que,

Pede deferimento.

Pará de Minas, 19 de março de 2019.

p.p. Gilson Fernando da Silva

OAB/MG 132.345

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:44 - 86edcb0


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909132952100000084346271
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 86edcb0 - Pág. 1
Número do documento: 19031909132952100000084346271
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE_0011961-14.2016.5.03.0148
Fls.: 89

Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO


RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148
PARA ACESSAR O SUMÁRIO, CLIQUE AQUI

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 13/12/2016


Valor da causa: R$ 36.000,00

Partes:
AUTOR: LUCIANA SILVA - CPF: 013.596.686-83
ADVOGADO: GLEYDSON LUCIO FERREIRA - OAB: MG0125395
ADVOGADO: HELDER DE CARVALHO FERREIRA ROSA - OAB: MG0150484
ADVOGADO: HAIDER MILANEZ OLIVEIRA - OAB: MG0118724
ADVOGADO: OSMAR LUCIO FERREIRA - OAB: MG0047648
RÉU: ADEEL ALIMENTOS S.A. - CNPJ: 09.296.491/0001-34
ADVOGADO: GILSON FERNANDO DA SILVA - OAB: MG132345
ADVOGADO: ROMULO DE OLIVEIRA MENDONCA - OAB: MG49196

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 1
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 90

Documento assinado pelo Shodo

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 03ª REGIÃO
Vara do Trabalho de Pará de Minas
RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148
AUTOR: LUCIANA SILVA
RÉU: ADEEL ALIMENTOS S.A.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO - 3ª REGIÃO

Vara do Trabalho de Pará de Minas

Rua Tabatinga, 170, Vila Sinhô, PARA DE MINAS - MG - CEP: 35660-089

TEL.: (37) 32322344 - EMAIL: vt.parademinas@trt3.jus.br

ATA DE AUDIÊNCIA relativa Processo 0011961-14.2016.5.03.0148

Aos dias 09 do mês de novembro de 2017, às 17h00min, na sede da Vara do Trabalho de Pará
de Minas-MG, realizou-se a audiência para julgamento dos pedidos formulados na Ação Trabalhista
ajuizada por LUCIANA SILVA em face de ADEEL ALIMENTOS S/A.

Aberta a audiência, de ordem da MM. Juíza do Trabalho Substituta SIMONE SOARES


BERNARDES, foram apregoadas as partes. Ausentes.

A seguir, foi proferida a seguinte SENTENÇA:

I- RELATÓRIO

LUCIANA SILVA, devidamente qualificada nos autos, ajuizou ação trabalhista em face de
ADEEL ALIMENTOS S/A. alegando, em suma, que: foi admitida pela reclamada em 10/12/2014 como
auxiliar de produção, sendo imotivadamente dispensada em 24/10/2016, quando percebia a remuneração
média mensal de de R$1.100,00; o acerto rescisório foi pago fora do prazo legal, razão pela qual faz jus
ao pagamento da multa do art. 477, §8º, da CLT; cumpria jornada de segunda à sexta-feira, de 07 às 17h,
com 01h15min de intervalo, sendo transportada em veículo fornecido pela ré, para o que saía de casa às
05h25min e após a jornada, aguardava a chegada do ônibus da empresa e era transportada até sua
residência. Requer o pagamento de 04h45min a título de horas extras à disposição. Pleiteia, ainda, a
concessão dos benefícios da Justiça Gratuita. Junta documentos, procuração e declaração de
hipossuficiência.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: SIMONE SOARES BERNARDES


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17102517011183800000056578081
Número do processo: RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148 ID. 3a5ae7c - Pág. 1
Número do documento: 17102517011183800000056578081
Data de Juntada: 09/11/2017 12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 2
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 91

Documento assinado pelo Shodo

A reclamada em defesa, argumenta que as verbas rescisórias foram pagas a tempo e modo; a
empresa fica em local de fácil acesso e amplamente servida por transporte público, apontando as linhas
que regularmente passam pela empresa. Requer a improcedência dos pedidos.

A parte autora impugnou a defesa.

Na audiência em prosseguimento, foi ouvido o preposto da ré e duas testemunhas

Sem mais provas, foi encerrada a instrução processual.

Frustradas as tentativas conciliatórias.

É o relatório.

2- FUNDAMENTOS

Horas in itinere. Tempo de espera.

Alega a reclamante que cumpria jornada de segunda a sexta-feira, de 07h às 17h e dependia de
condução fornecida pela empresa para deslocar-se no trajeto casa-trabalho. Segue narrando que
embarcava no veículo às 05h25min, chegando na empresa às 07h; ao término da jornada, aguardava a
chegada do ônibus, cerca de 01h30min e era transportada até sua residência, gastando no trajeto
01h40min. Requer o pagamento de 04h45min extras como tempo à disposição da empresa.

A reclamada refuta as alegações obreiras e sustenta que a empresa fica sediada em local de
fácil acesso e amplamente servida por transporte público.

A título de remuneração de tempo à disposição da empregadora, o que de fato pretende a


reclamante é o pagamento das horas extras in itinere, haja vista o perfeito enquadramento, em estado de
asserção, na hipótese do art. 58, § 2º, da CLT.

Pois bem.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: SIMONE SOARES BERNARDES


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17102517011183800000056578081
Número do processo: RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148 ID. 3a5ae7c - Pág. 2
Número do documento: 17102517011183800000056578081
Data de Juntada: 09/11/2017 12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 3
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 92

Documento assinado pelo Shodo

A preposta da empresa, ouvida, afirmou que: "a reclamante pegava a condução da empresa
às 05:45 horas e chegava ao local de trabalho às 06:35 horas; na volta pegava a condução às 17:25
horas e chegava às 17:55horas; as mesmas pessoas são conduzidas tanto na ida quanto na volta; a
reclamante embarca e desembarca no mesmo ponto próximo a sua casa".

A testemunha Sandra Aparecida Apolinário disse que:

"pegava a condução da empresa às 05:35 horas e chegava ao local de trabalho às


06:30/06:40 horas; na volta pegava a condução quando terminava o serviço e gastava
1h/1:20h no trajeto; a reclamante gastava o mesmo tempo na ida e na volta para o local de
serviço; existe condução pública que passa perto da sede da empresa, isto é, cerca de 30
minutos caminhando, sendo que já pegou esse ônibus para ir para o serviço uma vez que
perdeu a condução da empresa; não existe horário compatível com a jornada da depoente; a
depoente não é obrigada a utilizar a condução da empresa, mas era a única opção que ela
tinha; a depoente pega a condução perto de sua casa; na volta a depoente aguarda a
condução fora da empresa".

A testemunha Iuri Silva Lacerda esclareceu:

"pega a condução da empresa às 05:50 horas e chegava ao local de trabalho às 06:35 horas;
na volta pegava a condução quando terminava o serviço e gastava 1:10h no trajeto; a
reclamante gastava o mesmo tempo na ida e na volta para o local de serviço; o ponto em que
a reclamante pegava a condução da empresa é antes do ponto do depoente e que a
reclamante pega a condução 5 minutos mais cedo que o depoente; existe condução pública
que passa perto da sede da empresa, isto é, cerca de 10 minutos caminhando, sendo que já
pegou esse ônibus para ir para o serviço para chegar mais cedo; essa condução pública
passa no bairro do depoente e também no bairro vizinho, Walter Martins, onde mora a
reclamante; existe horário compatível com a jornada da depoente; o depoente não é obrigado
a utilizar a condução da empresa; o depoente pega a condução perto de sua casa; na volta o
depoente aguarda a condução fora da empresa; o depoente mora no bairro Seringueiras, que
fica ao lado do bairro Walter Martins; a empresa fornece vale-transporte; o primeiro ônibus
da empresa Turi sai às 06 horas. ".

O disposto do art. 58, § 2º, da CLT, é muito claro. O tempo despendido pelo empregado até o
local de trabalho e para seu retorno, por qualquer meio de transporte, não deve ser computado na
jornada de trabalho. É essa a regra. Há uma única exceção, por sinal, expressamente ressalvada no
mesmo dispositivo: a hipótese em que o empregador forneça a condução, quando se tratar de local de
difícil acesso ou não servido por transporte público.

No caso em apreço é incontroverso o fornecimento de condução pela reclamada.

Resta apurar se o local é de difícil acesso ou não servido por transporte público.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: SIMONE SOARES BERNARDES


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17102517011183800000056578081
Número do processo: RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148 ID. 3a5ae7c - Pág. 3
Número do documento: 17102517011183800000056578081
Data de Juntada: 09/11/2017 12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 4
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 93

Documento assinado pelo Shodo

Conforme documentação acostada aos autos, a empresa ré fica sediada na Rua Padre Zanor,
nº2.500, Bairro Distrito Industrial. Referido local encontra-se dentro do perímetro urbano da cidade, em
bairro que possui diversas empresas como Itambé, Granvita, Sibele Alimentos. A distância do centro da
cidade é inferior a 5Km. Trata-se, pois, de local de fácil acesso. Tudo isso facilmente verificável através
dos mapas disponibilizados no endereço eletrônico www.googlemaps.com

Se não bastasse, existe transporte público regular e que atende o local, inclusive compatível
com a jornada de trabalho. As linhas indicadas na defesa, que passam próximo a sede da empresa,
possuem horários variáveis e que atendem o local de trabalho, conforme documento de f. 132-133.
Referido documento, apesar de impugnado pela autora, não foi desconstituído por prova em contrário.

A alegação da obreira, no sentido de que referidas linhas não passam pela residência da autora
não merece prosperar, uma vez que seria plenamente cabível tomar uma condução até o centro da cidade
e, em seguida, o veículo que se dirige até a empresa. Ao término da jornada faria o procedimento inverso.

Com isso, não restou evidenciado o direito ao pagamento de horas in itinere.

Tampouco prospera o pedido de horas extras relativo ao tempo de espera da condução, uma
vez que, conforme claramente expressa a Tese Prevalecente 13 do TRT da 3ª Região, somente deve ser
considerado como hora extra o tempo à disposição, se houver impossibilidade de utilização de outro meio
de condução, situação que não se amolda ao caso em apreço.

Desta feita, julgo improcedentes os pedidos de horas extras à disposição e in itinere.

Multa do art. 477, §8º, da CLT.


Encerrado o contrato por prazo determinado em 24/10/2016 o pagamento das verbas
rescisórias se deu no dia 01/11/2016, conforme comprovante de transação bancária de f. 26, no prazo
estipulado no art. 477, §6º, "a", da CLT, razão pela qual não há falar em pagamento da multa prevista no
§8º do mesmo dispositivo, uma vez que, nos termos da Súmula 48 do TRT da 3ª Região, referida multa
esta restrita ao atraso do pagamento das verbas rescisórias.
Julgo improcedente o respectivo pedido.
Justiça Gratuita
Alegando a reclamante miserabilidade, dizendo-se não estar em condições de litigar sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família, é o quanto basta para ser beneficiário da justiça gratuita
(art. 790, § 3º, da CLT e OJ 304 da SDI-1 do C. TST).
Defiro.

3 - CONCLUSÃO
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTES os pedidos formulados por LUCIANA SILVAem
face de ADEEL ALIMENTOS S/A., na forma dos fundamentos, que integram esta conclusão.
Concedida à reclamante a gratuidade de justiça.
Atentem as partes para a previsão contida nos artigos 80, 81 e 1.026, §2º, do NCPC, não
cabendo embargos de declaração para rever fatos, provas e a própria decisão ou, simplesmente, contestar
o que foi decidido.

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: SIMONE SOARES BERNARDES


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17102517011183800000056578081
Número do processo: RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148 ID. 3a5ae7c - Pág. 4
Número do documento: 17102517011183800000056578081
Data de Juntada: 09/11/2017 12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 5
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 94

Documento assinado pelo Shodo

Custas pela reclamante, no importe de R$720,00, calculadas sobre R$ 36.000,00, valor


atribuído à causa, ISENTA, por litigar sob o pálio da Justiça Gratuita.
Intimem-se.

PARA DE MINAS, 9 de Novembro de 2017.

SIMONE SOARES BERNARDES


Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: SIMONE SOARES BERNARDES


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17102517011183800000056578081
Número do processo: RTOrd 0011961-14.2016.5.03.0148 ID. 3a5ae7c - Pág. 5
Número do documento: 17102517011183800000056578081
Data de Juntada: 09/11/2017 12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 6
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 95

SUMÁRIO

Documentos
Id. Data de Documento Tipo
Juntada
3a5ae7c 09/11/2017 Sentença Sentença
12:09

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 19/03/2019 09:16:45 - cde3ddb


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031909162855500000084346301
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cde3ddb - Pág. 7
Número do documento: 19031909162855500000084346301
Fls.: 96

VARA DO TRABALHO DE PARA DE MINAS

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0010076-57.2019.5.03.0148

Em 19 de março de 2019, na sala de sessões da MM. VARA DO TRABALHO DE PARA DE


MINAS/MG, sob a direção do Exmo(a). Juiz LEONARDO TIBO BARBOSA LIMA, realizou-se audiência
relativa a AÇÃO TRABALHISTA - RITO SUMARÍSSIMO número 0010076-57.2019.5.03.0148 ajuizada
por LUIS CARLOS NOGUEIRA em face de ADEEL ALIMENTOS S.A..

Às 14h49min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas


as partes.

Presente o reclamante, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). MARCIO ALECSON DA


SILVA, OAB nº 148075/MG.

Presente o preposto do reclamado, Sr(a). Rosimara Sousa Almeida Vidal, acompanhado(a) do


(a) advogado(a), Dr(a). GILSON FERNANDO DA SILVA, OAB nº 132345/MG, que juntará carta de
preposição no prazo de 5 dias.

CONCILIAÇÃO REJEITADA.

Defesa escrita, com documentos. Proceda a Secretaria da Vara à retirada do sigilo, se for o
caso. Vista ao reclamante, em audiência, manifestando-se nos seguintes termos: "MM. Juiz, fica
impugnado o documento de ID. 5382439 uma vez que o mesmo trata de descanso aos domingos em que
pese ser de forma preferencial, há que se considerar princípios constitucionais que primam pela
convivência do trabalhador com seus familiares. Com relação à jornada itinerária, documento ID.
aa1624f, a parte reclamante impugna o referido documento uma vez que existe uma linha estreita de
discussão, qual seja, o fornecimento de transporte pela reclamada com o chamado do prestador de
serviços de transporte ser acionado pela reclamada. Ademais, quem define e tem o poder diretivo de
pautar o transporte coletivo público e/ou particular é da reclamada e não do trabalhador. Reitera os
demais termos da inicial".

A esta altura as partes conciliaram-se nos seguintes termos:

CONCILIAÇÃO:

O reclamado pagará ao reclamante a importância líquida e total de R$ 1.500,00, sendo R$


1.000,00, referente à primeira parcela do acordo, até o dia 29/03/2019, e o restante conforme
discriminado a seguir:

2ª parcela, no valor de R$ 500,00, até 23/04/2019.

Os pagamentos serão realizados diretamente ao(à) procurador(a) do(a) reclamante, mediante


recibo.

O reclamante dá geral e plena quitação pelo objeto da inicial e extinto contrato de trabalho,
ficando estipulada multa de 50% sobre o saldo devedor em caso de inadimplência ou mora e vencimento
antecipado das parcelas vincendas.

Assinado eletronicamente por: LEONARDO TIBO BARBOSA LIMA - 19/03/2019 18:33:13 - 052a722
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031917011588400000084408710
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 052a722 - Pág. 1
Número do documento: 19031917011588400000084408710
Fls.: 97

ACORDO HOMOLOGADO.

As partes declaram que a transação é composta de 100% de parcelas de natureza


indenizatória, correspondentes a FGTS + 40% (R$ 1.300,00) e reflexos de horas extras pagas em férias +
1/3 e FGTS + 40% (R$ 200,00).

Dispensada a intimação da PGF em razão de o valor ser inferior ao teto estabelecido na


Portaria AGU/PGF n. 839/13.

Considerando a natureza das parcelas objeto do acordo, não há falar em incidência de


contribuições sociais.

Após o regular cumprimento do acordo, ARQUIVEM-SE OS AUTOS.

Defiro os benefícios da justiça gratuita ao autor.

Custas pelo reclamante no importe de R$ 30,00, calculadas sobre R$ 1.500,00, dispensadas.

Audiência encerrada às 15h41min.

LEONARDO TIBO BARBOSA LIMA

Juiz do Trabalho

Ata redigida por FERNANDA MACIEL DE OLIVEIRA, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: LEONARDO TIBO BARBOSA LIMA - 19/03/2019 18:33:13 - 052a722
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19031917011588400000084408710
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 052a722 - Pág. 2
Número do documento: 19031917011588400000084408710
Fls.: 98

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DE


PARÁ DE MINAS:

PROCESSO Nº: 0010076-57.2019.5.03.0148

ADEEL ALIMENTOS S.A., já qualificada, vem perante Vossa Excelência, por seu advogado, requerer
a juntada da carta de preposição.

Termos em que,

Pede deferimento.

Pará de Minas, 19 de março de 2019.

p.p. Gilson Fernando da Silva

OAB/MG 132.345

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 21/03/2019 13:17:50 - 4314af8


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19032113144130100000084547742
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 4314af8 - Pág. 1
Número do documento: 19032113144130100000084547742
Fls.: 99

Assinado eletronicamente por: GILSON FERNANDO DA SILVA - 21/03/2019 13:17:51 - cd6e2f6


https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19032113173846100000084548010
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. cd6e2f6 - Pág. 1
Número do documento: 19032113173846100000084548010
Fls.: 100

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL


JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
Vara do Trabalho de Pará de Minas
Rua Tabatinga, 170, Vila Sinhô, Pará de Minas/MG - CEP: 35660-089
Tel.: (37) 3232-2344 - Email: vt.parademinas@trt3.jus.br

Processo PJe: 0010076-57.2019.5.03.0148


AUTOR: LUIS CARLOS NOGUEIRA
RÉU: ADEEL ALIMENTOS S.A.

CERTIDÃO DE ARQUIVAMENTO

Certifico e dou fé que não restam obrigações a serem cumpridas nos presentes autos, estando assim o
processo em condições de ser arquivado, o que faço nesta oportunidade.

Pará de Minas, 13 de Maio de 2019.

MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA

Assinado eletronicamente por: MIRIAN APARECIDA BARRETO DA SILVEIRA - 13/05/2019 13:06:31 - 36401a2
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19051313063183000000087481910
Número do processo: 0010076-57.2019.5.03.0148 ID. 36401a2 - Pág. 1
Número do documento: 19051313063183000000087481910
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

233139c 31/01/2019 16:45 Petição Inicial Petição Inicial

Carteira de Trabalho e
0c51892 31/01/2019 16:45 Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) Previdência Social
(CTPS)

fed3840 31/01/2019 16:45 Procuração Procuração

Declaração de
e9c30a8 31/01/2019 16:45 Declaração de Hipossuficiência Hipossuficiência

Carteira de Trabalho e
8b874fa 31/01/2019 16:45 Anotações Gerais Previdência Social
(CTPS)

Número de
c4b866a 31/01/2019 16:45 Número de Identificação do Trabalhador (NIT) Identificação do
Trabalhador (NIT)

Contracheque/Recibo
cb62ae1 31/01/2019 16:45 Contracheque/Recibo de Salário de Salário

Contracheque/Recibo
eef6d2f 31/01/2019 16:45 Contracheque/Recibo de Salário de Salário

Contracheque/Recibo
dbd6c0b 31/01/2019 16:45 Contracheque/Recibo de Salário de Salário

Termo de Rescisão de
6037d88 31/01/2019 16:45 Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) Contrato de Trabalho
(TRCT)

Convenção Coletiva de
8712092 31/01/2019 16:45 Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Trabalho (CCT)

Convenção Coletiva de
4df72f8 31/01/2019 16:45 Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Trabalho (CCT)

aa1624f 31/01/2019 16:45 Sentença (paradigma) Sentença (paradigma)

5382439 31/01/2019 16:45 Sentença (paradigma) Sentença (paradigma)

391caae 01/02/2019 11:30 Notificação Notificação

Solicitação de
25b0c33 18/03/2019 16:42 Manifestação Habilitação

8fc3d0b 18/03/2019 16:42 Procuração Procuração

86edcb0 19/03/2019 09:16 Juntada de documento Manifestação

cde3ddb 19/03/2019 09:16 Sentença (paradigma) Sentença (paradigma)

052a722 19/03/2019 18:33 Ata da Audiência Ata da Audiência

4314af8 21/03/2019 13:17 Juntada de Preposição Manifestação

cd6e2f6 21/03/2019 13:17 Carta de Preposição Carta de Preposição

36401a2 13/05/2019 13:06 ARQUIVAMENTO Certidão

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