Você está na página 1de 42

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Belo Horizonte
SUMÁRIO

UNIDADE I – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ....................................... 3


TÓPICO I: INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ....................................... 6
AULA 1: Período Pré-Socrático ........................................................... 6
AULA 2: Período Socrático .................................................................. 8
AULA 3: Período Helenístico ............................................................. 10
TÓPICO II: FILÓSOFOS ................................................................ 12
AULA 1: Sócrates ............................................................................ 134
AULA 2: Platão ................................................................................ 145
AULA 3: Georg Hegel ...................................................................... 167
TÓPICO III: FILOSOFIA COMO DISCIPLINA NA EDUCAÇÃO . 178
AULA 1: Conceito de filosofia da educação..................................... 189
AULA 2: Necessidade da filosofia na educação ................................ 20
AULA 3: Filosofia da educação como educação transformadora .... 212
UNIDADE II – PENSAMENTO FILOSÓFICO .................................. 267
TÓPICO I: AS ORIGENS DA FILOSOFIA ................................... 290
AULA 1: Conceito de Filosofia ......................................................... 290
AULA 2: Características da Filosofia ............................................... 301
AULA 3: Principais pensadores ....................................................... 312
TÓPICO II: RELAÇÃO DE CONHECIMENTO ........................... 323
AULA 1: O senso comum .................................................................. 33
AULA 2: O senso comum e o pensamento filosófico ....................... 334
AULA 3; Método cientifico e o senso comum .................................. 345
TÓPICO III: ABORDAGEM SOBRE A REALIDADE .................... 35
AULA 1: Realidade ............................................................................ 36
AULA 2: Mitos.................................................................................... 37
AULA 3: O Mito e a atualidade .......................................................... 39
REFERÊNCIAS .............................................................................. 43

2
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
UNIDADE I – INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Título da Disciplina: Filosofia

Prof.ª Me. Silvia Cristina da Silva

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

 Aprender os conceitos e características da filosofia


 Desenvolver o conhecimento sobre as principais analises filosóficas

PLANO DE ESTUDOS

Tópico I: Introdução à Filosofia

 AULA 1: Período Pré-Socrático


 AULA 2: Período Socrático
 AULA 3: Período Helenístico

Tópico II: Filósofos

 AULA 1: Sócrates
 AULA 2: Platão
 AULA 3: Georg Hegel

Tópico III: Abordagem Sobre a Realidade

 AULA 1: Conceito de filosofia da educação


 AULA 2: Necessidade da filosofia na educação
 AULA 3: Filosofia da educação como educação transformadora

3
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
CONVERSA INICIAL

Querido (a) aluno (a), neste módulo abordaremos as questões


pertinentes à Filosofia. É importante que você se dedique ao estudo, pois a
metodologia de ensino é entendida, em síntese, como um conjunto
padronizado de procedimentos destinados a transmitir todo e qualquer
conhecimento universal e sistematizado. E, ao passo que se compreende os
mecanismos adequados para aplicar o conhecimento aprendido, haverá,
portanto, um aproveitamento maior no processo de ensino-aprendizagem.

Nesse sentido, para que seja possível compreender os elementos


que se referem ao sistema apresentado pela didática, faz-se necessário
observar os seguintes instrumentos técnicos, quais sejam:

Objetivo Geral Analisar os elementos necessários para a


compreensão das questões que se referem filosofia.
Aprender os conceitos e características da filosofia
Objetivo Específicos
Desenvolver o conhecimento sobre as principais
analises filosóficas.

Desse modo, esperamos que você, através deste módulo, adquira


ainda mais conhecimentos acerca da filosofia!

Bons estudos e até a próxima!

4
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
INTRODUÇÃO

A Filosofia nasceu na Grécia Antiga, no mesmo período em que


surgiram as cidades-estados. Segundo os registros, essa foi a primeira vez em
que os homens começaram a tentar explicar o mundo à sua volta de uma
forma lógica e racional.

Diferente de outras disciplinas, a Filosofia não é uma Ciência. Suas


conclusões não podem ser comprovadas pelo método científico. Apesar disso,
em suas origens, muitos filósofos também se dedicavam ao estudo da
natureza, da Matemática e outras áreas de conhecimento. Por isso, embora
outras áreas das Ciências tenham se desmembrado, várias delas têm origem
nesta disciplina.

Estudar Filosofia dá ao estudante ferramentas para analisar o mundo,


identificar preconceitos e falhas nas ideias do senso comum e detectar
argumentos enganosos. Portanto, a Filosofia está relacionada à liberdade:
quem estuda essa disciplina é capaz de formular suas ideias com
embasamento, questionar a realidade à sua volta e fugir da submissão às
concepções dominantes na sociedade, que nem sempre estão corretas.

5
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
TÓPICO I: Introdução à Filosofia

Uma introdução à filosofia exige muita análise e pode gerar muita


controvérsia, principalmente, se pararmos para analisar as teorias de filósofos
consagrados em nível de definição. Considerada, por alguns, como a "rainha
da ciência", a filosofia pode ser encarada como uma ciência mais geral e
universal que está diretamente relacionada à biologia, à física, etc.

A origem e a evolução do pensamento filosófico ocidental iniciaram-se


precisamente na Grécia Antiga, (nesse momento vale reforçar que estamos
falando do ocidente) com as narrativas mitológicas que especificamente nos
apresentam concepções de um mundo, uma civilização ou uma época que des-
tacam em seus relatos, aventuras de figuras imaginadas por pesquisadores e
estudiosos dos mitos gregos também conhecidos como mitógrafos.

O pensamento filosófico se encontra no seio da história, mergulhado


dentro e fora do mundo, mesmo diante das fraquezas do ser humano por temor
ou por sucumbir a alguns desejos dos que praticam a antifilosofia que, embora
seja “filosofia”, está constantemente cavando o seu próprio fim.

A filosofia se dividiu em três períodos: Pré-Socrático, socrático ou


antropólogo, sistemática e helenístico ou greco-romano.

AULA 1: Período Pré-Socrático

Os filósofos pré-socráticos fazem parte do primeiro período da


filosofia grega. Eles desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C.
Recebem esse nome, posto que são os filósofos que antecederam Sócrates.
Os filósofos pré-socráticos buscavam nos elementos natureza as respostas
sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da
natureza, eram chamados de “filósofos da physis”.

A Escola Pré-Socrática é o ambiente de desenvolvimento da filosofia,


o período pré-socrático está dividido em Escolas ou Correntes de
pensamento.
 A Escola Jônica desenvolvida na colônia grega Jônia, na Ásia Menor,
seus principais representantes foram Tales de Mileto, Anaxímenes de
Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso.

6
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
 A Escola Pitagórica que também era chamada de "Escola Itálica", foi
desenvolvida no sul da Itália, e recebe esse nome posto que seu
principal representante foi Pitágoras de Samos.
 A Escola Eleática foi desenvolvida no sul da Itália, sendo seus principais
representantes: Xenófanes de Colofão, Parmênides de Eléia e Zenão de
Eléia.
 A Escola Atomista que também era chamada de “Atomismo”, foi
desenvolvida na região da Trácia, sendo seus principais representantes:
Demócrito de Abdera e Leucipo de Abdera.

Os principais filósofos e suas características:


 Tales de Mileto: acreditava que a água era o principal elemento, ou seja,
era a essência de todas as coisas.
 Anaximandro de Mileto: para Anaximandro o princípio de tudo estava no
elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita.
 Anaxímenes de Mileto: para ele o princípio de todas as coisas estava no
elemento ar.
 Heráclito de Éfeso: para ele o princípio de todas as coisas estava contido
no elemento fogo.
 Pitágoras de Samos: para ele os números foram seus principais
elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de
Pitágoras”.
 Xenófanes de Cólofon: foi um dos fundadores da Escola Eleática, se
opondo contra o misticismo na filosofia e o antropomorfismo.
 Parmênides de Eléia: Focou nos conceitos de “aletheia” e “doxa”, donde
o primeiro significa a luz da verdade e o segundo, é relativo à opinião.
 Zenão de Eléia: Foi grande defensor das ideias de seu mestre
filosofando, sobretudo, acerca dos conceitos de “Dialética” e “Paradoxo”.
 Demócrito de Abdera: para ele, o átomo era o princípio de todas as
coisas, desenvolvendo assim, a “Teoria Atômica”.

Os pré-socráticos, também chamados naturalistas ou filósofos da


natureza - entendendo-se este termo não em seu sentido corriqueiro, mas
como realidade primeira, originária e fundamental, ou o que é primário,
fundamental e persistente, em oposição ao que é secundário, derivado e
transitório, tinham como escopo especulativo o problema cosmológico, ou
cosmo-ontológico, e buscavam o princípio das coisas. Posteriormente, com a
questão do princípio fundamental único entrando em crise, surge a sofística, e
o foco muda do cosmo para o homem e o problema moral.

7
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
PARA VOCÊ REFLETIR

A primeira coisa que vemos em cadernos de história da filosofia é a


famosa passagem “do mito ao logos”. Basicamente o que essa passagem
representa é o nascimento da tradição filosófica ocidental. Como dito
anteriormente, os primeiros filósofos começaram a rejeitar os mitos religiosos
como respostas para problemas filosóficos. Os mitos deixaram de ser
respostas plausíveis, dando lugar ao logos, ou seja, a razão. Mas, o que isso
quer dizer? Os primeiros filósofos começaram a oferecer respostas que
visavam ordenar o universo através de princípios básicos. Tais princípios não
recorriam a mitos, no entanto eles tinham, por vezes, propriedades místicas.
Assim todo o universo que adquiria ordem, tornava-se um “Cosmos”, um local
organizado por princípios reguladores e, além disso, previsível.

PARA VOCÊ SABER MAIS

Caro(a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto


proposto em nossa aula, assista ao vídeo: Filosofia - Os Pré-socráticos (ou
Filósofos da Natureza). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=f4abk1K4YCc

Nesta aula estudamos um pouco sobre as características do período


da filosofia definido como Pré-Socrático, ou seja, o primeiro período de estudo
da filosofia. Assim, daremos continuidade aos estudos sobre os períodos
filosóficos nas próximas aulas onde destacaremos os períodos socrático e
helenístico.

AULA 2: Período Socrático

Na história da filosofia, Sócrates serve como o divisor do pensamento,


com ele as questões da natureza e princípio das coisas, mudam para a
questão do indivíduo, ou seja, o ser da Polis. Sócrates nasceu por volta do ano
470 a.C. Filho de pais humildes dedicou-se ao estudo da filosofia e à
meditação, mesmo sem qualquer recompensa financeira.

8
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
O difícil de discutir sobre Sócrates é que não há registro de suas
obras. Ele não escreveu nada sobre suas ideias, tudo que se sabe sobre seu
pensamento foi transmitido pelos seus discípulos Platão e Xenofonte. Platão foi
o responsável por disseminar a imagem de Sócrates como sendo um homem
que andava pelas ruas e praças de Atenas, perguntando a cada um sobre
ideias e valores que os gregos acreditavam e julgavam conhecer.

Com o aparecimento dos Sofistas, que levavam a toda a parte as


suas atitudes críticas e a sua arte de persuasão, Sócrates, que, primeiramente,
partilhou da mesma crítica aos dogmatismos empíricos e racionais, optou,
depois, por ser mais construtivo no processo de trabalho racional destinado a
fornecer os elementos necessários que pudessem levar ao conhecimento
verdadeiro.

Assim, Sócrates sublinhava que, antes de se tentar persuadir outrem,


se devia, ao invés, partir da máxima “conhecer-se a si mesmo”, um método
filosófico cujos pilares assentavam na psicologia e na moral. Sócrates é
conhecido por ter se rebelado contra os sofistas, dizendo que esses não eram
filósofos. Acusou-os de corromper o espírito dos jovens, ao fazer o erro e a
mentira valerem tanto quanto a verdade. Os Sofistas vendiam suas habilidades
de oratória para os cidadãos. Defendiam a opinião de quem pagasse melhor,
introduzindo a ideia de que a verdade nasce do consenso entre os seres
humanos.

O filósofo também teceu severas críticas à forma como a democracia


ateniense implantada, bem como a aspectos da cultura grega, crenças
religiosas e costumes. Passaram a ver o filósofo como uma ameaça ao
funcionamento da sociedade grega vigente na época. Os jovens, por outro
lado, passaram a seguir Sócrates, constituindo um grupo de discípulos. Não
demorou muito para que Sócrates fosse acusado de subversão da ordem,
corrupção da juventude e um profanador das crenças gregas. Foi condenado a
beber veneno e ficou preso por cerca de um mês, até sua morte, em 399 a.C.

Partindo deste campo, os discípulos de Sócrates, Platão e Aristóteles,


focaram a sua linha de pensamento em três grandes objetivos: (i) o homem, (ii)
o mundo e (iii) Deus. Neste sentido, afirmavam que só a total confiança no
poder da razão seria produtiva. Platão sublinha esta ideia na sua dialética de
carácter indutivo e Aristóteles, por sua vez, na sua lógica dedutiva da
silogística.

Uma outra característica do pensamento filosófico deste período é a


generalização, ou seja, a tentativa de libertar o pensamento da influência dos
dados sensoriais, para, neste sentido, poder elevá-lo até à inteligibilidade dos

9
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
conceitos ou das ideias, as quais, por sua vez, se referem à essência íntima e
verdadeira das coisas.

PARA VOCÊ SABER MAIS

Ao contrário do sentido atual do termo, no sentido original da palavra


grega a Ironia representa um questionamento em forma de refutação; por outro
lado, a Maiêutica consiste em análise de sucessivas respostas para busca da
verdade, estimulando o pensamento a partir daquilo que não se conhece.
Assim, o diálogo inicia-se pela definição de um objetivo e a solicitação de
empenho na definição do objeto da discussão. Sobre a definição apresentada é
feita uma objeção apoiada em exemplos e solicitada uma nova definição que
será novamente refutada através de outro exemplo e assim sucessivamente,
em uma sequência que serão apresentadas definições, objeções, refutação e
conclusão, levando o interlocutor a extrair de si mesmo a melhor resposta.

Nesta aula estudamos um pouco sobre as características e conceitos


do período da filosofia definido como Socrático, ou seja, o período de estudo da
filosofia de Sócrates e seus seguidores. Assim daremos continuidade aos
estudos sobre os períodos filosóficos, onde na próxima aula destacaremos o
período helenístico.

AULA 3: Período Helenístico

O Período Helenístico foi caracterizado pelo comando do Império


Macedônio sobre a Grécia. Localizados em uma região ao norte da Grécia,
eram considerados bárbaros pelos povos gregos. Comandados por Felipe II
conseguiram conquistar toda a Grécia em 338 a.C. marcando o início do
período. Felipe morreu em batalha mas seu trono ficou para o filho, Alexandre
Magno, que ascendeu ao poder em 336 a.C. Alexandre fora educado pela
cultura grega e teve aulas com Aristóteles, o que marcou sua trajetória de
conquista dos povos do oriente.

Foto mosaico de Alexandre o grande

10
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Alexandre Magno, que passou a ser conhecido como Alexandre, o
Grande, foi o principal responsável pela cultura helenística que marcou o
período. Além de sustentar os domínios já conquistados pelo pai, dirigiu-se ao
oriente conquistando territórios e tornando seu império largo. Depois da morte
de Alexandre, seu império não se aguentou e foi desmembrado.

Ao herdar o trono de seu pai, Felipe II, Alexandre buscou conservar


os domínios já conquistados por Felipe e expandir seu poder. Foi um viajante
conquistador que, por onde passou, dominou os povos e tratou de expandir-se
a cultura grega. Nas sociedades que conquistou colocou a forma de vida grega
e sua arranjo social. Assim, o período helenístico foi marcado pela combinação
de povos conquistados do oriente com a cultura grega. Ao edificar templos,
ágoras e ginásios por onde passaram a cultura grega se expandiu. O ponto
base do desenvolvimento dessa nova cultura foi Alexandria, no Egito, que
contava com a maior biblioteca do mundo antigo: a biblioteca de Alexandria. No
entanto, a cultura helenística continuou durando, pois se caracteriza por ser o
resultado da mistura das culturas gregas e dos povos orientais conquistados.

Alexandre Magno foi um admirável nome do mundo antigo. O


comando macedônio e a expansão de Alexandre, o Grande, marcaram o que
chamamos de Período Helenístico, que se estende desde a conquista
da Grécia pelos macedônios, até sua anexação pelos romanos.

Os povos conquistados por Alexandre conviveram com a cultura


grega assim como os gregos e macedônios conviveram com a cultura local,
formando o que chamamos de helenismo. Ainda assim, há pesquisadores que
afirmam que é preciso ter cuidado: a expansão da cultura grega e a sua
apropriação entre as sociedades orientais se deu, especialmente, entre as suas
elites, que frequentavam os espaços destinados à difusão da cultura grega. Foi
neste período que a cultura grega, além de se colocar para s sociedades
ocidentais através das ideias, se fez presente também na forma física. As
esculturas são grandes marcas da cultura helenística: elas representam os
corpos humanos e são meticulosamente detalhadas a ponto de representarem
corpos em movimento.

O Império de Alexandre era bastante extenso. Ele conseguiu atingir


lugares distantes e desejados por muitos: além do Egito, da Mesopotâmia, da
Síria e da Pérsia, já conectados pelo mar com os gregos, Alexandre chegou à
Índia.

Depois de um alongado período de abundância da cultura helenística,


os romanos enfim conseguiram conter em seu projeto expansionista e
extinguiram com o antigo Império Macedônico.

11
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
PARA VOCÊ SABER MAIS

Caro(a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto


proposto em nossa aula, assista ao vídeo: As Escolas Filosóficas do Período
Helenístico. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xWlhnNRBOv8

PARA VOCÊ REFLETIR

No período helenístico, quando a civilização grega se espalhou


através do Mediterrâneo e Oriente Próximo, algumas obras, como a Vênus de
Milo (150 a.C.), preservaram as antigas tradições. A Vitória de Samotrácia (200
a.C.) é grandiosa na percepção e cheia de vida. Um sentimento pleno de
emoção e movimento aparece na batalha dos deuses e gigantes no
grande Altar de Pérgamo (século III a.C.), hoje em Berlim, e no grupo de
Laocoonte, bem mais tardio, no Vaticano.

A pintura do período helenístico é bem conhecida a partir dos túmulos


do sul da Rússia, Macedônia e Alexandria, bem como através de cópias
encontradas nos sítios arqueológicos de Herculano e Pompeia.
Certos mosaicos, contudo, demonstram a grandiosidade da pintura do período.
Um exemplo é o Mosaico de Alexandre, descoberta em Pompeia, é baseada
em uma pintura helenística.

Tópico II: Filósofos

Agora que estudamos um pouco sobre as fases da filosofia iremos


nesse tópico iremos conhecer mais sobre a história e contribuição de alguns
dos principais filósofos.

É de grande importância conhecermos quais foram os principais


filósofos antigos e entender seu papel na história. Mais importante do que
conhecer quem eles foram, é entender em qual época estavam inseridos e

12
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
quais os desafios que os levaram a criar linhas de pensamentos que puderam
mudar a percepção humana perante a si mesmo e sobre todas as coisas.
Ao decorrer deste tópico, abordaremos os pensamentos de Sócrates
que tinha como característica o estudo da relação entre o homem e sua alma.
Veremos o pensamneto filósofico defendido por Hegel que compreende três
partes: a Lógica, Filosofia da Natureza e a Filosofia do Espírito.

AULA 1: Sócrates

Este filosofo não desenvolveu uma escola como vários outros


filósofos. Ele foi um orador que educava em praças públicas e nada de seus
pensamentos foram escritos. Suas ideias chegaram até os dias de hoje por
meio dos materiais dos seus alunos, sobretudo Platão que fez de Sócrates
caminho de várias ideias, sendo complexo distinguir qual é o pensamento de
cada um. Isso se repete com os demais filósofos que falam de Sócrates.

Sócrates confiava na eternidade da alma e acreditava que o deus


Apolo lhe tinha dado a missão de proteger o conhecimento próprio. Deste
modo, a filosofia vira uma incansável análise do “nós”, botando o homem e os
seus problemas como núcleo dos empenhos filosóficos. A sabedoria teria como
objetividade a pesquisa do homem e descobrir o quanto este pode ter
consciência de si enquanto indivíduo. Sócrates buscou responder à questão de
qual é o ser, a essência do homem. Em questionamento Sócrates afirma que o
homem é a sua alma, e a alma do homem é a sua razão. A alma do homem é a
sua consciência dando a essa sua personalidade intelectual e moral. Cuidar de
si mesmo é cuidar da própria alma mais do que do corpo.

Foto busto de Sócrates

Sócrates afirma que o trabalho de ensinar os homens a descobrir sua


alma é do educador. Por ele se considerar um deste, acreditava que tinha o
dever de transmitir tal ensinamento. Sócrates desejava uma virtude que não
fosse a mesma do que se era comum em sua época. Na Grécia antiga a virtude
era baseada no corporal e quão rica a pessoa era.

A obrigação dele foi conhecer, investigar e analisar a relação entre


o ser humano e sua alma, levando esse entender sobre si, suas possibilidades

13
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
e limite, buscando o viés de justiça e solidariedade, pois a nossa ignorância faz
cometermos erros que prejudicam nossa vida.
Sócrates não se anunciava como um sábio e buscava mostrar as pessoas
o quanto suas ações a tornavam ignorante, de modo, que a própria pessoa as
assumisse tal condição, tudo isso por meio de perguntas e questionamentos, por
isso ele era tão mal visto e contava com diversas inimizades.

Para Sócrates cada indivíduo necessitaria aplicar os seus esforços em


serem virtuosos, para todos que com ele convive seja ele próprio, amigos ou sua
comunidade, de modo que tal virtude possa ser adquirida para toda a sociedade.
Devido a este pensamento ele aceitou sua sentença de morte, pois para ele caso
fosse contra o que a sua comunidade tinha decidido este estaria quebrando os
conceitos de virtude que acreditava.

Nesta aula estudamos um pouco sobre a origem, características e


conceitos do filosofo Sócrates. Essas informações só poderão ser obtidas graças
aos seus seguidores, principalmente Platão, que será o assunto da próxima aula.
Isso devesse ao fato de Sócrates não ter deixado escrito ou documentado.

AULA 2: Platão

Platão foi responsavel pela fundação da Academia de Atenas, onde


outros filosos como Aristóteles estudaram futuramente. Ele escreveu sobre
inumeros assuntos tais como: epistemologia, metafísica, ética e política. Ele foi
um dos maiores escritores da filosofia. Nas obras “Diálogos” e na “República”
ele demonstra as principais ideias e caracteritsicas politicas.na obra “Fedro”
Plantão discuti sobre as teorias psicológicas. Já na obra “Timeu” ele fala
sobre a cosmologia.

Em seus diálogos Platão utiliza diversos personagens históricos como


Górgias, Parmênides e Sócrates para através de suas falas expor suas teorias
filosóficas. A teoria mais onhecida é a das Ideias ou Mito da Carverna, que foi
escrito no livro “República”, onde afirma que o mundo que conhecemos é
formado através dos cinco sentidos. Para Platão a única forma para
conhecermos a realidade inteligível é através da razão pois os nosso sentidos
podem nos enganar.
 O mundo sensível, é um mundo imperfeito e falho.Sombra do real mundo
das ideias.
 O mundo das ideias é muito superior ao mundo sensível.

14
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
 O mundo que sentimos é somente uma cópia apagada do mundo das
ideias, pois as ideias são únicas e imutáveis e as coisas do mundo
sensível estão constantemente mudando.
Platão define o mundo em três partes. Na primeira estariam presente
as coisas perceptiveis aos sentidos. Na segunda estariam os objetos que não
são perceptiveis aos sentidos, como o conhecimento de disciplinas. Na terceira
estaria as ideias provenientes da utilização de ideias anteriormente
conhecidas.

Ainda no livro a “República” ele descreve a forma que se deve


transitrar entre os regimes politicos, classificando de cinco formas os regimes
politicos:
 O governo dos filósofos ou aristocracia: governo dos mais capazes,
concentra a sabedoria em uma unica pessoa
 A timocracia: regime basedo na honra.
 Oligarquia: baseado no nivel de riqueza.
 Democracia: baseado nos principios de igualdade.
 Tirania: abolição das leis e baseado no desejo do tirano.

Na questão ética Platão liga beleza e bondade, tudo aquilo que é belo
é também verdadeiro e bom e vice-versa. É a beleza das ideias que atraem a
inteligência do filósofo e o bem, também por ser belo, atrai a sabedoria.

O mito é uma forma de conhecimento inferior à filosofia porque é


baseado sobre a intuição que não tem como ser demonstrada. E a ciência é
um saber inferior porque necessita ser demonstrada e porque é baseada sobre
hipóteses, mas na falta de conhecimentos melhores mesmo o mito e a ciência
são conhecimentos que podem ser utilizados pelos filósofos para alcançar as
ideias. O único conhecimento que o filósofo não pode aceitar é a opinião.

Outro ponto importante da filosofia de Platão é a questão da justiça


pois para ele nenhuma sociedade pode manter-se sem justiça. A justiça é o
que fundamenta o estado e ela acontece quando os cidadãos pertencentes a
um estado cumprem a tarefa que pertence a cada um deles. A justiça é o que
une o estado, ela é a união do indivíduo com o estado. Para que o Estado seja
justo devem ser cumpridas duas condições, a primeira é a eliminação da
riqueza e da pobreza e a segunda é o fim da vida familiar dando às mulheres
igualdade de participação no estado. Os filhos seriam criados pelo Estado que
assim seria uma única e grande família.

Platão acreditava que o papel do filósofo é amar conhecer


todas as coisas e não somente algumas coisas e somente é possível conhecer
as coisas que são pois o que não é, não é também cognoscível. O ser é a

15
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
ciência que é o verdadeiro conhecimento e o não ser é a ignorância. A opinião
é o meio termo entre o conhecimento e a ignorância. A arte imitativa, como a
pintura e a poesia, são condenáveis por serem somente ilusões. A pintura
representa uma imitação de uma pequena parte da aparência dos objetos e a
poesia vai representar somente uma parte da alma que são as emoções.
Ambas são imitações incompletas e de pouco valor.

Nesta aula estudamos um pouco sobre a origem, características e


conceitos do filosofo Platão, que fora o primeiro discípulo de Sócrates. Platão,
foi de fundamental importância para filosofia, pois além de documentar os
estudos Sócrates ele desenvolveu diversos estudos no ramo. Outro grande
filosofo foi o Georg Hegel, mas diferente de Platão e Sócrates ele se encontra
em outro período da filosofia e será objeto de estudo da próxima aula.

AULA 3: Georg Hegel

Georg Wilhelm Friedrich Hegel foi um filósofo alemão idealista que


abriu novos campos de estudo na História, Direito, Arte, entre outros, por meio
dos seus postulamentos e da lógica dialética. O pensamento de Hegel
influenciou pensadores como Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer, Friedrich
Engels e Karl Marx.

Hegel nasceu em 27 de agosto de 1770, em Stuttgart, na Alemanha.


Era o mais velho de três irmãos, filhos de um funcionário público do ducado de
Württemberg. Fez seus estudos em casa com tutores e a mãe, mas também no
colégio local, onde permaneceu até os 17 anos. No ano de 1788, ingressou no
seminário da Universidade Tübingen a fim de ser pastor. Entre seus
companheiros estavam o filósofo Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling e o
poeta Friedrich Hölderlin.

Quando Hegel tinha 18 anos, ocorre a Queda da Bastilha, e mais


tarde os eventos que comporiam a Revolução Francesa. Entre as
consequências do fato histórico está a posterior invasão da Prússia pelo
exército francês.

Foto de Hegel

16
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Em 1793, começa a atuar como tutor privado em Berna, na Suíça. No
ano seguinte, aconselhado por Hölderlin, começa a análise dos escritos de
Immanuel Kant e Johann Fichte. Em conjunto com Schelling, Hegel escreveu
"O Mais Antigo Programa de um Sistema de Idealismo Alemão". Entre as ideias
da obra está a de que o Estado é puramente mecânico. Por isso é necessário
transcender o Estado e os homens livres devem ser tratados como parte da
engrenagem que permite seu funcionamento.

Hegel deixa a tutoria em 1779, e passa a viver da herança paterna. A


partir de 1801, Hegel vai trabalhar na Universidade de Jena, onde permanece
até 1803, em companhia de Schelling. Durante este período Hegel esgotou o
legado deixado pelo pai e passou a trabalhar no jornal de orientação
católica Bamberger Zeitung, em Nuremberg. Nessa fase da vida, se casa, tem
três filhos e continua os estudos da Fenomenologia.

Enquanto viveu em Nuremberg, Hegel publicou vários fascículos de a


"Ciência da Lógica" nos anos de 1812, 1813 e 1816. A partir de 1816, o filósofo
aceita ser professor de filosofia na Universidade de Heidelberg.

A filosofia de Hegel pode ser compreendida através de sua obra


principal “A Fenomenologia do Espírito”, escrita em 1807. Onde introduz ao
sistema lógico criado por Hegel que compreende três partes: a Lógica, Filosofia
da Natureza e a Filosofia do Espírito. Este livro almejava superar a dualidade
entre o sujeito “cogno-sciente” e o sujeito cognitivo e assim aproximá-lo do
Absoluto. Essa meta exigiria que o homem necessitasse questionar suas
certezas e neste caminho de incertezas, estaria apto para pensar
filosoficamente e assim apreciar o Absoluto. Este atua através do homem e se
manifesta no anseio que o indivíduo tem de conhecer a verdade. Sendo assim,
quanto mais o sujeito se conhecer, mais estaria perto do Absoluto. Hegel
afirma que tudo aquilo que pode ser pensado é real e tudo que é real pode ser
pensado. Não existiria, a priori, limite para o conhecimento, na medida em que
a racionalização pode ser realizada através do sistema dialético.

Tópico III: Filosofia Como Disciplina na Educação

Na presente aula inicia-se o processo de reflexão acerca da filosofia


como forma de conhecimento e como disciplina na educação.

A filosofia e educação é o campo da filosofia que se ocupa da reflexão


sobre os processos educativos, os sistemas educativos, a sistematização de
métodos didáticos, entre outros temas relacionados com a pedagogia. O seu

17
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e
o funcionamento da sociedade, e vários pensadores dele se ocuparam.

Uma das grandes questões da filosofia da educação é a dicotomia


entre a educação como transmissão do conhecimento versus a educação
crítica, como um incentivo à habilidade questionadora por parte do aluno.
Como se conhece e o que significa conhecer também são questões abordadas
e problematizadas pela filosofia da educação.

Na disciplina de Filosofia da Educação, a filosofia se coloca como


forma de conhecimento e a educação como um problema filosófico. Os A
função efetiva da Filosofia da Educação incide em seguir, criticamente, a
atividade educacional de forma a apontar os seus fundamentos, esclarecer a
função e a contribuição das diversas disciplinas pedagógicas e avaliar o
significado das soluções escolhidas. Em outras palavras, é a manutenção de
um constante exercício reflexivo acerca do processo educacional.

AULA 1: Conceito de Filosofia da Educação

Desde sua origem, a filosofia costuma ser dividida em teoria e prática.


A filosofia teórica está subdividida em epistemologia e metafísica. A
epistemologia ou teoria do conhecimento ocupa-se da investigação da
natureza, origem e limites do conhecimento. A metafísica ocupa-se de uma
investigação do “ser enquanto ser”, ou seja, dos objetos, como as
propriedades, as substâncias, os estados de coisas, o espaço e o tempo, que
constituem o mais amplo domínio do conhecimento além dos modos como
esses objetos se relacionam entre si.

Em virtude da altivez que a filosofia possui como forma de estimular o


desenvolvimento do pensamento crítico e da reflexão acerca do ser humano e,
por imediato, de todo o processo educativo e das teorias de educação
desenvolvidas ao longo do desenvolvimento da humanidade, infere-se a
importância da Filosofia da Educação. Conforme o pensamento filosófico
teórico, a filosofia pode ser conceituada como o estudo teórico da realidade ou
como a busca da sabedoria por si mesma.

A filosofia prática é aquela que se adota com a atividade humana e os


produtos que brotam dessa atividade, envolvendo as áreas de filosofia social e
política, filosofia da ação, o domínio central da ética (que investiga a ação
moral), a filosofia da cultura (que investiga de uma maneira ampla as
mudanças efetivadas pela sociedade humana), a filosofia da arte ou estética.

18
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
De acordo com o pensamento filosófico teórico, a filosofia pode ser
conceituada como o estudo teórico da realidade ou como a busca da sabedoria
por si mesma, que resulta em uma explicação do mundo carente de mitologia.

Na disciplina de Filosofia da Educação, a filosofia se coloca como


forma de conhecimento e a educação como um problema filosófico. Os dois
termos juntos representam o estudo dos fundamentos das teorias e práticas
educativas na sociedade. Neste sentido, sustenta-se que a Filosofia da
Educação não será outra coisa senão uma reflexão (radical, rigorosa e de
conjunto) sobre os problemas que a realidade educacional apresenta.

A função efetiva da Filosofia da Educação incide em seguir,


criticamente, a atividade educacional de forma a apontar os seus fundamentos,
esclarecer a função e a contribuição das diversas disciplinas pedagógicas e
avaliar o significado das soluções escolhidas. Em outras palavras, é a
manutenção de um constante exercício reflexivo acerca do processo
educacional.

Nesta aula estudamos sobre os conceitos da filosofia na educação e


como ela como ela se comporta no contexto educacional. Mas quais seriam as
necessidades de estudar filosofia? Perguntas como essas esperam-se ser
sanadas ao decorrer da próxima aula.

AULA 2: Necessidade da filosofia na educação

O conhecimento filosófico, quando comparado ao científico, é um


conhecimento profundo e mais geral. Embora cada ciência seja autônoma
dentro de seu campo de pesquisa, todas elas, de certa forma, estão
subordinadas à filosofia, a qual possui a competência de, em defesa de seus
princípios, julgar as conclusões da ciência e orientar a atividade científica.

Foto de aula de filosofia

É esta relação que se constitui entre a Filosofia e a Pedagogia: cabe a


filosofia da educação justificar e esclarecer os princípios nos quais se pautam o
desenvolvimento das teorias pedagógicas. Assim o entendimento acerca do
papel da filosofia torna-se clarividente pois a filosofia não apresenta a intenção
de dar o veredicto final, mas, outrossim, possui a tarefa de analisar com clareza

19
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
as possíveis respostas que decorrem da linha pedagógica se propõe a dar à
educação.

As ciências especulativas averiguam objetos, fatos, eventos naturais e


as ciências normativas, como a pedagogia, têm por objeto o ser humano e toda
a sua complexidade, propondo-se a atuar sobre ele para que o mesmo se torne
alguém preparado para a vivência digna e pacífica em sociedade. A construção
do ser humano é o objeto da pedagogia e a educação corresponde a um
conjunto ou sistema de atos, mediante os quais se procura elevar o ser
humano de sua natureza real à sua natureza ideal.

É importante advertir que a Filosofia Educacional também é


especulativa, analítica e prescritiva. É especulativa quando procura estabelecer
teorias da natureza do ser humano, da sociedade e do mundo, através da
pesquisa educacional e das ciências do comportamento. É analítica quando
examina a racionalidade das ideias educacionais, sua coerência em relação a
outras ideias e os processos pelos quais o pensamento impreciso as distorce.
É prescritiva quando especifica os fins a que a educação deve obedecer e os
meios gerais que deve usar para atingi-la.

A filosofia, quando associada a educação, tem como escopo


compreender criticamente o mundo. Na verdade, cada modo de pensar
engendra um modo de agir com e sobre o mundo. Diante disso, é um equívoco
o pensamento de que a filosofia é algo apartado ou dissociado do mundo.

A teoria e prática da educação pressupõem ideias sobre a natureza


humana e a natureza da realidade e, por isso, possuem caráter filosófico. E da
mesma forma que a filosofia formal procura interpretar e entender a realidade
como um todo, explicando-a de maneira mais genérica e sistemática, também
a filosofia educacional busca a compreensão da educação e sua integridade,
interpretando a por intermédio de conceitos gerais que conduzem a escolha
dos objetivos e das diretrizes educacionais. Não se pode criticar uma
determinada política educacional, bem como sugerir novas diretrizes, sem levar
em consideração problemas filosóficos gerais.

Um sistema de educação pode ser cientificamente adequado e muito


eficiente, sendo que seus princípios básicos podem ser válidos somente na
medida da eficácia dos fins desejados. No entanto, toda a tendência do sistema
pode estar fundamentalmente incoerente, por derivar de uma falsa filosofia.
Apesar de as mesmas fontes fundamentais do saber serem acessíveis a todos,
os princípios educacionais resultantes, quando baseados em falsas premissas
ou presunções não se conformarão uns com os outros e, até mesmo, podem
estar em completa contradição. Assim, evidencia-se a necessidade de

20
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
cuidadoso exame e validação dos princípios para determinar se estão de
acordo com a verdadeira natureza humana e com a finalidade da educação.
Esses princípios devem ser sempre buscados na verdadeira prática filosófica,
que se fundamenta no pensamento reflexivo.

Agora que já estudamos os conceitos e as necessidades será


importante destacar como a filosofia funciona para transformar a educação. O
ser humano não vive sem a educação da mesma forma que a educação não
existe sem o ser humano. Na próxima aula estudaremos como essa disciplina
funciona como agente transformador da educação.

AULA 3: Filosofia da educação como educação


transformadora

Uma vez que o ser humano se constitui como sujeito e não como
objeto, só poderá crescer como tal à medida que, adentra nas suas condições
espaço-temporais, um “repensar sobre si” por meio da reflexão crítica. Quanto
mais for conduzido a refletir sobre sua situação, sobre seu enraizamento
espaço temporal, mais se tornará consciente de seu compromisso com a
realidade, da qual, sendo sujeito, não deve ser simples espectador, mas deve
cada vez mais intervir como sujeito transformador.

Assim, o ser humano ao pegar consciência de sua realidade de


sujeito, começa a sentir a necessidade de relacionar-se com o mundo e com o
outro, buscando, por intermédio de suas dimensões, dar uma resposta, que
justifique tamanha grandeza. Essa educação transformadora só é possível pelo
exercício reflexivo proporcionado pela Filosofia da Educação acerca das teorias
educativas.

Aluno em atitude reflexiva

A existência humana, objeto da filosofia, e a educação são condições


complementares. O ser humano não vive sem a educação da mesma forma
que a educação não existe sem o ser humano. De acordo com Oliveira (1985),
o fato de buscar o novo, de propor mudanças, de aperfeiçoar o meio em que
vive, entre muitas outras atividades, transforma o ser humano no sujeito do
processo educativo. Assim, comprova- se que a educação é uma tarefa muito
importante e necessária. A Educação como instrumento de transformação
conduz o ser humano para uma reflexão prática e objetiva, possibilitando a
21
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
conscientização para a libertação. O conhecimento nasce e se desenvolve à
medida que os indivíduos pensam e refletem acerca das experiências vividas
em todas as práticas rotineiras, especialmente nas práticas comunitárias, que
são evidenciadas nos trabalhos de base, bem como, na busca de uma política
educacional que contemple a realidade nacional. A Filosofia da Educação, é
acima de tudo, reflexão e auxilia neste processo de busca de uma política
educacional, voltada para as necessidades emergentes da realidade do país,
obtendo uma educação transformadora.
O sujeito deve entender que sua presença é fundamental para
construção de um mundo mais coerente, fraterno e solidário. No entanto, isto
não se obtém por meio da força, mas ao contrário, isso só é possível através
do resgate das instituições básicas que permeiam o agir humano.

22
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
NOSSO RESUMO

Nesta aula destacamos a filosofia como a investigação da dimensão


essencial e ontológica do mundo real, ultrapassando a opinião irrefletida do
senso comum que se mantém cativa da realidade empírica e das aparências
sensíveis. Destacando-se os caracteres gerais comuns a todas as classes,
fenômenos que se produzem nas relações de grupos entre seres humanos.
Estuda o homem e o meio humano em suas interações recíprocas.

Por fim, vimos que por tratar das interações humanas, novas
ideologias baseadas em suas observações e vivências. Tem como parte
integrante do seu objeto de estudo o conjunto de concepções filosóficas
comuns a determinado grupo, época, região etc.

Bons estudos!

23
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
SUA ATIVIDADE

1- Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os


deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim
no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra,
entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são
eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens.
Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
p. 56.)

O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode
ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.

a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de


comprovação.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico
para estabelecer suas verdades.
c) As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e
autocrítica.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua
verdade independe de provas.

2- Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as


afirmativas a seguir.

I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm


características essenciais da compreensão de mundo grega que,
posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na
própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são
compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por
sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de
racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento
filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à
assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria
esta desvinculada de qualquer base religiosa. Estão corretas apenas as
afirmativas:

24
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.

3- Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto


afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.

Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas


dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que
representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas
acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais
merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.”
(OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Présocráticos: a invenção da filosofia.
Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)

a) A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos


naturais.
b) A discussão crítica das ideias e posições, que podem ser modificadas ou
reformuladas.
c) A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a
verdade imposta pela religião.
d) A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o
conhecimento.

1-D
2-D
3-B

25
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
UNIDADE II – Pensamento filosófico

Título da Disciplina: Filosofia

Prof.ª Me. Silvia Cristina da Silva

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:

 Aprender os conceitos e características da filosofia


 Desenvolver o conhecimento sobre as principais analises filosóficas

PLANO DE ESTUDOS

Tópico I: As Origens da Filosofia

 AULA 1: Conceito de Filosofia


 AULA 2: Características da Filosofia
 AULA 3: Principais Pensadores

Tópico II: Relação de Conhecimento

 AULA 1: O senso comum


 AULA 2: O senso comum e o pensamento filosófico
 AULA 3: Método cientifico e o senso comum

Tópico III: Abordagem Sobre a Realidade

 AULA 1: Realidade
 AULA 2: Mitos
 AULA 3: O Mito e a Atualidade

26
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
CONVERSA INICIAL

Querido(a) aluno(a), neste módulo abordaremos as questões


pertinentes a Filosofia. É importante que você se dedique ao estudo, pois a
metodologia de ensino é entendida, em síntese, como um conjunto
padronizado de procedimentos destinados a transmitir todo e qualquer
conhecimento universal e sistematizado. E, ao passo que se compreende os
mecanismos adequados para aplicar o conhecimento apreendido, haverá,
portanto, um aproveitamento maior no processo de ensino-aprendizagem.

Nesse sentido, para que seja possível compreender os elementos


que se referem ao sistema apresentado pela didática, faz-se necessário
observar os seguintes instrumentos técnicos, quais sejam:

Objetivo Geral Analisar os elementos necessários para a


compreensão das questões que se referem filosofia.
Objetivo Específicos Aprender os conceitos e características da filosofia
Desenvolver o conhecimento sobre as principais
analises filosóficas.

Desse modo, esperamos que você, através deste módulo, adquira


ainda mais conhecimentos acerca da filosofia!

Bons estudos e até a próxima!

27
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
INTRODUÇÃO

A Filosofia nasceu na Grécia Antiga e é considerada uma maneira de


pensar e observar a realidade do mundo. Não é um conjunto de conhecimentos
ou um sistema fechado, pelo contrário é um estudo aberto e amplo sobre a
realidade da existência humana. Segundo registros históricos, foi na Grécia
antiga, a primeira vez em que os homens começaram a tentar explicar o mundo
à sua volta de uma forma lógica e racional.

Diferente de outras disciplinas, a Filosofia não é uma Ciência. Suas


conclusões não podem ser comprovadas por meio de método científico,
contudo a filosofia pode se direcionar a qualquer objeto, pode pensar e discutir
sobre a arte, a religião, a cultura, a política, a ciência, e a vida do homem em
seu cotidiano. Um livro, uma história em quadrinhos ou uma música popular
também podem se tornar objetos de reflexão filosófica, enfim a filosofia estuda
o modo de agir das pessoas, da sociedade e do mundo como um todo.

A filosofia busca encontrar o significado mais profundo dos


fenômenos, e esse processo vai muito além de saber como esses fenômenos
funcionam, pois é importante saber o que significam de modo geral no mundo
humano. A filosofia julga cada fato, cada ação dentro de uma relação, e,
portanto, é indispensável para a vida do ser humano, para o quem busca
entender o cotidiano e a realidade do mundo.

Estudar Filosofia oferece ao ser humano ferramentas para analisar o


mundo, identificar preconceitos e falhas nas ideias do senso comum e detectar
argumentos enganosos. Portanto, a Filosofia está relacionada à liberdade:
quem estuda essa disciplina é capaz de formular suas ideias com fundamento,
examinar a realidade à sua volta e desviar-se da submissão às concepções
dominantes na sociedade, que nem sempre estão corretas.

28
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Tópico I: As Origens Da Filosofia

A origem e a evolução do pensamento filosófico ocidental deram início


exatamente na Antiga Grécia, com as histórias mitológicas que
especificamente nos mostram concepções de um mundo, uma civilização ou
uma época que evidenciam em seus relatos, peripécias de figuras ilusórias por
pesquisadores e estudiosos dos mitos gregos também populares como
mitógrafos.

A palavra filosofia tem origem grega e significa amor à sabedoria.


Ela nasce desde o momento em que o homem começou a discorrer sobre o
funcionamento da vida e do universo, procurando uma solução para as
questões da experiência humana, através de explicações racionais para tudo
aquilo que era esclarecido por meio da mitologia, oferecendo caminhos,
respostas e, sobretudo, propondo novas perguntas, num diálogo permanente
com a sociedade e a cultura do tempo em que faça parte.

Na presente aula inicia-se o processo de reflexão acerca da origem


da filosofia como forma de conhecimento.

AULA 1: Conceito de Filosofia

A Filosofia surgiu na Grécia Antiga, na mesma época em que


surgiram as cidades-estados. Historicamente essa foi a época onde os homens
tentaram entender as coisas que lhe arrodeavam de forma lógica e racional.
Fazendo uma análise histórica, até o momento em que a civilização da Grécia
vivia, as civilizações que as antecedesse, veremos que antes as sociedades
esclareciam as coisas baseadas em mitos. Os sacerdotes e religiosos
detinham o poder e a sabedoria e utilizavam dessas para sanar as dúvidas que
a sociedade tinha.

Embora a mitologia grega seja extremamente rica e antecipe a


atuação de uma série de divindades, os acontecimentos assumiram um rumo
distinto, os filósofos que eram considerados enviados dos deuses principiaram
a sistematizar o pensamento humano e exercitar a lógica.

Foto de aluno pensando

29
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Além disso, os filósofos harmonizavam outros debates básicos
tomando um posicionamento diferente do adotado pelo os religiosos. Eles em
nenhum momento acreditavam ser os donos da verdade. Consideravam-se
exclusivamente amigos do saber, preparados a desvendar esses mistérios
junto com as pessoas comuns. Foi desta forma, alçando questionamentos e
criticando o pensamento mítico predominante que surgiu a Filosofia.

A palavra Filosofia também vem do grego, e é desenvolvida pela


junção de dois termos: philos (amigo) com sophia (sabedoria). Portanto, o
filósofo é um amigo ou amante do conhecimento, alguém que procura
compreender o mundo à sua volta, bem como seu universo interior.

Nesta aula estudamos um pouco sobre os conceitos inicias da


filosofia, dando o conhecimento de como ela surgiu e quais eram algumas das
influencias dos pensamentos e estudos dos filósofos. Para entender melhor
sobre isso, na próxima aula estudaremos as principais características da
filosofia.

AULA 2: Características da Filosofia

Diferente de outras disciplinas, a Filosofia não é uma Ciência. Seus


acabamentos não podem ser comprovados pelo método científico. Apesar
disso, em suas origens muitos filósofos também se destinavam à matéria da
natureza, da Matemática e outras áreas de conhecimento. Por isso, embora
outras áreas das Ciências tenham se desconectado, várias delas têm origem
nesta disciplina.

As características da Filosofia são:


 Autonomia - Os filósofos tinham a livre-arbítrio de pensar por si próprios.
Dando a Filosofia total autonomia em relação à religião, ao senso comum
e à própria Ciência.

 Radicalidade - A Filosofia não se satisfaz com oa noção superficial e com


as respostas prontas. Ela é obstinada a analisar as questões até por um
todo, detalhando cada parte para que seja possível compreender a
veracidade de uma determinada situação.

 Historicidade – A filosofia busca esclarecer aos estudantes qual é a


posição de filósofos em seu contexto histórico. Dando assim
embasamento para que o próprio sujeito pense e chegue a conclusões
fundamentadas. A Filosofia usa também as construções culturais

30
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
contando com tradições e lendas para estabelecer um diálogo entre o
conhecimento histórico e o momento atual.

 Universidade – A filosofia na maioria das vezes trata de questões que


abordam temas de interesse geral na sociedade. Sendo assim são
questionamento que envolvem no mais amplo grau todos os indivíduos.
Apesar disso, é imprescindível notar que a reprodução do conhecimento
induziu a Filosofia a criar áreas particulares de estudo, como é o caso da
Filosofia Política, Cosmologia, Ética e a Metafísica.

PARA VOCÊ SABER MAIS

Caro(a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto


proposto em nossa aula, assista ao vídeo: Sócrates, Platão, Aristóteles,
Descartes e Rousseau. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=b6dCnMwmB0A

Nesta aula estudamos as características da filosofia e como cada uma


delas influenciava no pensamento filosófico. Assim podendo compreender
melhor os pensamentos e estudos dos filósofos que estudaremos logo mais na
próxima aula.

AULA 3: Principais pensadores

Alguns dos principais pensadores da época relacionada ao início


da Filosofia são bastante conhecidos. Nessa aula falaremos um pouco sobre
cada um desses filósofos.

Sócrates nasceu e cresceu em Atenas entre os anos de 469 e 399


a.C. e é considerado como o criador da Filosofia ocidental. Ele trazia a
persuasão de que nada sabia o que foi considerado um sinal extremo de
sabedoria e reconhecimento das próprias limitações. Ele foi um forte
contribuinte nos campos da epistemologia e lógica. Usava o método socrático,
em que se faz uma série de perguntas para promover uma compreensão
profunda do assunto em discussão.

Foto de Sócrates

31
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Platão foi o principal discípulo de Sócrates e foi responsável por
deixar os ensinamentos de Sócrates para as gerações posteriores, Platão viveu
entre os anos de 428 e 348 a.C. Era filósofo e matemático, escreveu muitos
diálogos filosóficos e fundou uma instituição de educação superior em Atenas,
a Academia. Seu pensamento teve importância não só na Grécia, mas
influenciou a filosofia de toda a Idade Média.

Outro principal filosofo da origem da filosofia foi Aristóteles. Ele foi


aluno de Platão e viveu entre 384 e 322 a.C. Em seus escritos, ele abordou
várias áreas do conhecimento, como: Física, Metafísica, Lógica, Política e
Ética, entre outras. Era muito interessado também por outros temas como
Música, Biologia, Zoologia e até mesmo poesia e artes cênicas. Foi tutor por
duas décadas, desde adolescência de Alexandre, O Grande que se tornou o
maior e mais conhecido conquistador do mundo antigo.

Estudar Filosofia significa analisar o mundo, identificar preconceitos e


falhas nas ideias do senso comum e detectar argumentos enganosos. Portanto,
a Filosofia está relacionada à liberdade: quem estuda essa disciplina é capaz
de ordenar suas ideias com fundamento, interrogar a realidade à sua volta e
fugir da submissão às concepções dominantes na sociedade, que nem sempre
estão corretas.

Tópico II: Relação de Conhecimento

A partir das afinidades que o ser humano constitui com o meio


onde vive, surgem diversos tipos de conhecimento que o ajudam a
compreender vários fenômenos que o cercam, levando em consideração os
múltiplos argumentos. Hoje em dia, o conhecimento científico é extremamente
estimado. Esclarecimentos que se aludem à ciência, sobram nos anúncios para
conferir autoridade aos produtos.

Curas para as mais diferentes doenças, aparelhos que nos auxiliam


na realização de tarefas, viagens espaciais, capacidade de harmonizar-se os
nossos corpos por interferência cirúrgica são exemplos de contribuições das
ciências com as quais lidamos diariamente. Por essa razão, sempre estaremos
prontos a refutar caso alguém disser que a ciência não deve ser tão valorizada.
Nesse tópico iremos discutir sobre os conceitos de senso comum e
como ela se relaciona com o pensamento filosófico e com o método cientifico.

32
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
AULA 1: O senso comum

O senso comum é a maneira de raciocinar da maior parte das


pessoas, ou seja, noções que, repetidas vezes, são aceitas pela população.
Este conhecimento pode ser obtido devido experiências e observações e tem
por característica os conhecimentos empíricos agregados e transmitidas ao
longo do tempo. É uma informação que não se baseia em métodos ou
conclusões científicas, e sim no modo comum e espontâneo de assimilar
informações e conhecimentos úteis no cotidiano.

O senso comum é algo herdado culturalmente que tem a função de


nortear a sobrevivência humana nos mais variados jeitos. Através do senso
comum uma criança aprende o que é o perigo e a segurança, o que pode e o
que não pode comer, o que é justo e o que é injusto, o bem e o mal, e outras
normas de vida que vão direcionar o seu modo de agir e pensar, as suas
atitudes e decisões.

Fazem parte do senso comum os conselhos e ditos populares que


são tidos como verdades e seguidos pelo povo. Por exemplo: “Deve-se cortar
os cabelos na lua crescente para que cresçam mais rápido”. Enquanto o senso
comum está associado ao conhecimento irrefletido, o senso crítico é baseado
na crítica, na reflexão, na pesquisa e no pensamento. As informações são
analisadas com inteligência para se tentar chegar a uma conclusão.

Foto pessoa mais idosa em atitude

Nesta aula estudamos as características e conceitos do senso comum


e como tal influência nas ações e interações humanas. Agora se fara
necessário compreender como o senso comum interage com relação ao
pensamento filosófico e método cientifico.

AULA 2: O senso comum e o pensamento filosófico

O princípio do pensamento filosófico diz que “o filósofo só sabe que


nada sabe". O pensamento filosófico vai além daquilo que é, para propor como
poderia ser, portanto, é indispensável para a vida de todos nós, que desejamos

33
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
ser seres humanos completos, cidadãos livres e responsáveis por nossas
escolhas.

O senso comum é o conhecimento que ganhamos de uma geração


para outra, e que surge do empenho que os seres humanos fazem
normalmente para determinar os problemas práticos e imediatos que surgem
no dia a dia. Por exemplo, formas de organizar a vida comunitária, formas de
sobreviver diante das mudanças climáticas, como construir casas, roupas,
plantar e colher, conservar alimentos, cuidar da saúde e outros.

As vantagens do pensamento filosófico é que formam como saber


lógico, rigoroso, encadeando as afirmações entre si, excedendo o senso
comum por procurar nos questionamentos algo mais que o resultado. É a
decisão de não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos,
as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana;
jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.

Como desvantagens temos, que se algumas coisas já foram


examinadas, podem ser usadas, quando emergências surgem e, depois, se for
o caso, questioná-las. No mundo de hoje, onde se busca sempre a rapidez, a
pronta resposta, a solução, podemos citar como uma desvantagem o
"pensamento filosófico,". Como vantagens do senso comum, é que já se sabe
que ele funciona, que dá certo, A desvantagem, que é algo "gritante" nos dias
de hoje, é uma sociedade que não cria nada, que simplesmente aceita as
coisas como são.

Nesta aula estudamos os conceitos e a interação entre o senso


comum e o pensamento filosófico e como tal influência nos pensamentos e
estudos dos filósofos. Agora como já mencionado na aula anterior se fara
necessário compreender como o senso comum interage com o método
cientifico.

AULA 3: Método cientifico e o senso comum

O Senso Comum pode ser conceituado como um conjunto dos


conhecimentos que recebemos a partir da transmissão da experiência de uma
pessoa ou de um grupo social. As afirmativas que são classificadas por senso
comum, embora não tenham vínculo necessário com a expressão religiosa,
podem ser confrontadas com crenças. Muitas dessas crenças, se submetidas a
uma análise mais profunda, vão mostrar-se falíveis, mesmo que aceitas e
compartilhadas amplamente.

34
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
As declarações do senso comum partem de um conhecimento
particular, que, muitas vezes, não pode ser legitimado se relacionado com
outras pessoas, e estão eternizadas ao ponto de vista individual, a ciência
pretende estabelecer um conhecimento geral a partir de experimentos que
possam ser comprovados. As conclusões científicas podem ser testadas, pois
uma pesquisa deve registrar e tornar públicos os métodos que foram utilizados
e os procedimentos realizados a fim de que qualquer pesquisador possa repetir
seus passos.

A linguagem das afirmações de senso comum tende a ser subjetiva, e


os sentimentos da pessoa que faz alguma afirmação são levados em conta. A
linguagem científica, pelo contrário, procura uma linguagem rigorosa e objetiva
e independe de preferências individuais.

Tópico III: Abordagem Sobre a Realidade

A realidade é ela mesma, seja ou não compreensível, aberta ou


atingida pela filosofia, ciência ou qualquer outro sistema de análise. O real é
apresentado como aquilo que permanece fora da mente ou dentro dela
também. Em senso comum, realidade significa o ajuste que fazemos entre a
imagem e a ideia da coisa, entre verdade e probabilidade.

Os primeiros esclarecimentos filosóficos, no que se diz respeito à


conhecimento de realidade, podem ser deparadas na Grécia clássica, como
por exemplo, na obra de Platão. Segundo este filósofo, o observável pelos
sentidos não é nada mais que o reflexo da verdadeira realidade, que consiste
no universo das ideias. Assim, o mundo atual deve ser interpretado como uma
representação que carece de sustentação própria.

Pessoas conversando e interagindo

Quando na Grécia antiga não conseguiam elucidar cientificamente


os fatos da realidade e fenômenos da natureza, eles desenvolviam narrativas
para tentar esclarecer esses episódios e foi assim que surgiram os mitos. Estes
se utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis.
Todos estes componentes são misturados a fatos reais, características
humanas e pessoas que realmente existiram.

35
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Nessa seção, inicia-se o processo de conhecimento sobre a
realidade e os mitos da atualidade e da história filosófica, esses tópicos são de
estrema importância para que seja possível entender como os indivíduos tem
percepção e interagem com o meio e a sociedade em que estão inseridos.

AULA 1: Realidade

De acordo com Platão, a diferença entre o pensador filosófico e o


homem comum estava na visão completa das essências e ideias sobre o
mundo. Descartes examinava todo e qualquer conhecimento alcançado pela
esperteza por meio dos cinco sentidos, e foi justamente essa suspeita que deu
origem a sua filosofia.

Para o filósofo, a informação que percebemos tanto pela visão quanto


pelas demais formas de percepção poderiam facilmente nos driblar, chegando
a acreditar que confundimos inclusive o que é sonho ou realidade. Na busca
pelo conhecimento adequado, Descartes deu ascendência ao racionalismo,
corrente filosófica que acreditava que apenas a razão pode nos dar certezas
absolutas.

Quando se vê, ouve ou sente e os sentidos obedecem àquilo que


verdadeiramente é, dizemos que percebemos a realidade. Contudo, podemos
nos iludir se houver ilusões ou mesmo alucinações. As ambiguidades da
percepção geram problemas de linguagem, pois falamos de uma coisa
achando que é outra.

Os primeiros filósofos, assim como os filósofos de hoje, estavam


interessados não sobre a forma como conhecemos este ou aquele fato em
particular, mas sobre como podemos conhecê-los em geral. Ou seja, se
existem realmente fundamentos suficientemente firmes nos quais poderíamos
edificar as bases de todos os nossos conhecimentos ou se nossos
conhecimentos não passam de castelos de areia que mal resistem às vagas do
ceticismo e do relativismo.

PARA VOCÊ SABER MAIS

Caro(a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto proposto


em nossa aula, assista ao vídeo: A filosofia e a Realidade. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mJcVG_V_8sc
36
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Nesta aula estudamos os conceitos e as características do que é
entendido como realidade e como está embasava os estudos e a busca do
conhecimento dos filósofos. Na próxima aula estudaremos como eram
explicados os fenômenos que não tinham explicações reais para a sociedade,
ou seja, os mitos.

AULA 2: Mitos

O homem moderno, tanto quanto o antigo, não são só razão, mas


também afetividade e emoção. Hoje em dia, os meios de comunicação de
massa trabalham em cima dos desejos e anseios que existem na nossa
natureza inconsciente e primitiva. O mito recuperado do cotidiano do homem
contemporâneo, não se apresenta com a abrangência que se fazia sentir no
homem primitivo.

Os mitos modernos não abrangem mais a totalidade do real como


ocorria nos mitos gregos, romanos ou indígenas. Podemos escolher um mito
da sensualidade, outro da maternidade, sem que tenham de ser coerentes
entre si. Os super-heróis dos desenhos animados e dos quadrinhos, bem como
os personagens e filme, passam a encarnar o Bem e a Justiça, assumindo a
nossa proteção imaginária.

Foto nascimento de Vênus

A própria ciência pode virar um mito, quando somos levados a


acreditar que ela é feita à margem da sociedade e de seus interesses, que
mantém total objetividade e que é neutra. A nossa forma de compreensão do
mundo dessacraliza o pensamento e a ação, isto é, retira dele o caráter de
sobre naturalidade, fazendo surgir a filosofia, a ciência e a religião.

Como mito e razão habitam o mesmo mundo, o pensamento reflexivo


pode rejeitar alguns mitos, principalmente os que vinculam valores destrutivos
ou que levam à desumanização da sociedade. Cabe a cada um de nós
escolhermos quais serão nossos modelos de vida.

O que era tido antes como pré-científico, primitivo, assistemático,


ganha especial papel na formação das culturas. As noções de civilização,
progresso e desenvolvimento vão sendo substituídas lentamente pela

37
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
diversidade cultural, já que aquelas não mais se justificam. A releitura de um
dos pensadores tidos como fundadores do idealismo racionalista preconiza que
já na Grécia o mito não foi meramente substituído nem de forma radical, nem
gradual pelo pensamento filosófico.

Os textos de Platão, analisados não somente pela ótica conceitual,


mas também dramática, nos proporciona compreender que um certo uso do
mito é necessário onde o discurso, razão e palavra não conseguem atingir o
seu objeto, ou seja, aquilo que era apenas fantasioso, imaginário, ganha
destaque por seu valor prático na formação do homem.

PARA VOCÊ SABER MAIS

Caro(a) aluno (a), para uma melhor compreensão do assunto


proposto em nossa aula, assista ao vídeo: O Mito e a Filosofia – Brasil
https://www.youtube.com/watch?v=s0EkHAKhbgY

Nesta aula estudamos os conceitos e as características do que não


era entendido pela sociedade e como esta tentava entender e justiçar tais
fenômenos, ou seja, os mitos. Entretanto mesmo com o avanço nos estudos
nas mais diversas áreas hoje em dia ainda se é possível encontrar alguns
mitos e essa será a abordagem dos estudos da próxima aula.

AULA 3: O Mito e a Atualidade

O mito na antiguidade era comum como forma de resposta a


perguntas irrespondíveis, porém estas eram falsas, usadas apenas para
atender a curiosidade do povo. Ressaltando o fato de que algumas das
respostas que eles procuravam, não possuem soluções até os dias atuais. De
certa maneira, os mitos sempre foram necessários, para compreensão de suas
origens, raiz do mundo, e além de seu caráter religioso tinham a desempenho
de esclarecer o incompreensível. Os mitos não existiriam sem a realidade,
afinal os mesmos sem baseiam nos fatos reais.

A mitologia era frequente como forma de elucidar e compreender o


mundo, como também os fatos da natureza, os deuses tinham um formato
importante, que por mais parecidos que significassem aos humanos, eram
superiores a eles. Na inteligência, poder, imortalidade e entre muitos
benefícios.

38
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Foto Perseu matado o Minotauro

A política e a organização tinham pacto direto com o mito, supondo


que se alguém deixasse de ir a um culto, adorar a determinado Deus, ele não
se vingaria apenas do indivíduo, mas sim a toda comunidade, porém também
existiam os casos particulares como roubar, matar, dentre outros, na qual
diziam que os deuses se vingariam particularmente pelo ato errado. De certa
forma o mito serviu para organização de toda uma sociedade e ensinou ao
povo o espirito de coletividade e organização.

De tal forma, a mitologia colaborou de maneira majestosa com a


organização de todo um povo, nos seus atos, nas formas de agir e de pensar,
construindo uma cultura, construindo uma civilização. Em nossa sociedade nos
dias atuais o mito é divulgado e apresentado através da mídia.

Uma outra forma de demonstração do mito na sociedade, podem ser


percebidos através da obsessão pelo sucesso, pois as pessoas projetam nos
heróis míticos, o seu obscuro desejo de transcender a condição humana,
dentre muitos outros fatores que podemos perceber como o mito ainda persiste
na sociedade atual.

NOSSO RESUMO

Nesta aula destacamos a filosofia investigação da dimensão essencial


e ontológica do mundo real, ultrapassando a opinião irrefletida do senso
comum que se mantém cativa da realidade empírica e das aparências
sensíveis. Destacando-se os caracteres gerais comuns a todas as classes,
fenômenos que se produzem nas relações de grupos entre seres humanos.
Estuda o homem e o meio humano em suas interações recíprocas.

A filosofia, dependendo da linha pela qual você venha a optar,


possibilita visualizar a realidade de uma maneira mais abrangente e
considerando todo o processo histórico do conhecimento humano acumulado
até então. Possibilita também considerar a sua inserção neste processo. A
grande contribuição que a filosofia pode proporcionar em nossas vidas é a
opinião que teremos sobre a realidade, opinião que nos pertencerá
individualmente e não mais "trabalhada" pelos ditos senhores da informação.
O julgamento caberá a nós próprios e isto nos proporciona autonomia,
condição para nos tornarmos humanos.

39
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
Por fim, vimos que por tratar das interações humanas, novas
ideologias baseadas em suas observações e vivências. Tem como parte
integrante do seu objeto de estudo o conjunto de concepções filosóficas
comuns a determinado grupo, época, região etc.

Bons estudos!

SUA ATIVIDADE

1- Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-
las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No
entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode
ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar
crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim
de descobrir seu sentido último. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o
fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.

Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do


pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de
ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à:

a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.


b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de
evidências empíricas.
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
d) compreensão de que a verdade deve ser justifica do racionamento

2- A construção de uma cosmologia que desse uma explicação racional e


sistemática das características do universo, em substituição à
cosmogonia, que tentava explicara origem do universo baseada nos
mitos, foi uma preocupação da Filosofia:

a) medieval.
b) antiga.
c) iluminista.
d) contemporânea

3- O primeiro e o segundo período da filosofia são chamados:

40
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
a) Cosmogônico e cosmológico.
b) Cosmogônico e moralista.
c) Cosmológico e antropológico.
d) Cosmogônico e socrático.

1- D
2- B
3- D

41
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500
REFERÊNCIAS

ANTISERI, Dario. REALE, Giovani. <strong>História Pagã


Antiga</strong>. . Paulus. 2004.
ASSMANN, Selvino José. <strong>Filosofia e Ética</strong>. . UFSC:
Brasilia: CAPES: UAB. 2009.
CANO, Márcio Rogério de Oliveira. (COORD). Filosofia. São Paulo:
Blucher, 2018.
CHAUÍ, Marilena. 2001. Convite a filosofia. 12 ed, São Paulo: Ática.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Introdução à filosofia. Barueri:
Manole, 2003.
MATTAR, João. Filosofia. São Paulo: Pearson, 2012.
MENON, Walter. Filosofia da mente. Curitiba: Intersaberes, 2016.

MONDIN, Batista. Introdução à Filosofia. Problemas, sistemas, métodos,


autores. 3. Ed. São Paulo: Paulinas. 1983.
PEARSON. Correntes modernas da filosofia. São Paulo: Pearson,
2014.
RANDÃO, G. R. Repensando a pesquisa participante. São Paulo:
Brasiliense, 1984, pg. 17-33.
SADER, Emir (org). Gramsci – Poder, Política e Partido. São Paulo:
Expressão Popular, 2005.

42
Instituto Pedagógico de Minas Gerais http://www.ipemig.com.br
(31) 3270 4500

Você também pode gostar