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2019
SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 6
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 6
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 12
6 CRONOGRAMA .................................................................................................... 12
7 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 13
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RESUMO
Este trabalho tem por intuito apresentar uma proposta de investigação dos impactos
das políticas públicas na diversificação da matriz energética do Brasil e Suécia de
2007 a 2017, no âmbito doméstico e internacional, através de análise de indicadores
econômicos de crescimento ligados ao setor, frente ao Novo Plano de Parceria
Estratégia Brasil-Suécia.Com este estudo espera-se elencar as possíveis causas
que levaram a reorientação do setor energético na Suécia e comparar com o caso
brasileiro. Os pressupostos do realismo neoclássico serão utilizados para nortear a
pesquisa, uma vez que a teoria aponta a importância da segurança energética no
cenário internacional, além de abordar a influência da política doméstica nas
tomadas de decisões internacionais. Será feito um levantamento das matrizes
energéticas dos dois países no período de 2007 a 2017, com o intuito de apontar as
mudanças ocorridas na Suécia e no Brasil e correlaciona-las com as políticas
públicas adotadas no mesmo período.
1 INTRODUÇÃO
A segurança energética está ligada à diversificação das fontes de energia de
um país, e é um conceito que surge com a crise do petróleo em 1973 e vem
recentemente ampliando seu significado com o intuito de evitar não só problemas
ambientais e de abastecimento, mas também, problemas relacionados à segurança.
Jan Kalicki e David Goldwyn definem segurança energética como “a capacidade de
aceder aos recursos que são necessários para o desenvolvimento contínuo do poder
nacional (apud SILVA; RODRIGUES, 2015, p. 14).
Um exemplo recente da importância de diversificação da matriz energética
de um país e os impactos sócioeconômicos do setor, ocorreu em 2005 com a
tragédia dos furacões Catrina e Rita nos Estados Unidos da América (EUA). Houve
uma paralisação de 27% do sistema de produção de petróleo dos EUA e de 21% do
sistema de refino devido a esses furacões (TERGIN, 2006, p. 74).
A Suécia foi o primeiro país a diversificar sua matriz energética e atingir as
metas estipuladas para 2020 pela União Europeia, conforme podemos ver na Figura
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Este projeto tem como objetivo geral comparar os impactos das políticas
públicas na diversificação da matriz energética no Brasil e Suécia no período de
2007 a 2017. Elencaremos algumas possíveis causas que levaram a reorientação do
setor energético na Suécia e comparar com o caso brasileiro. Isto nos levará a
procurar compreender como este setor absorve e reelabora algumas propostas
comuns de reformulação da matriz, e como elas são incorporadas e/ou
ressignificadas pelos planejadores. Pretende-se com esse estudo, expor e analisar
quais os ganhos absolutos e relativos o Brasil poderá ter com o novo acordo de
parceria entre os dois países. Pelo viés político será feito um estudo comparativo
das políticas desenvolvidas por Brasil e Suécia, e o tema de segurança energética
será abordado seguindo os pressupostos do realismo neoclássico, visto que, essa
teoria aborda a importância da estrutura doméstica na política externa.
3 JUSTIFICATIVA DO TEMA
4 REFERENCIAIS TEÓRICOS
Há uma forte correlação entre abastecimento energético e desenvolvimento
da economia segundo Kleinbach (2010) a fim de suprir as atuais necessidades
humanas. De acordo com Randow et al. (2009), a oferta de energia tem importante
papel no crescimento econômico do país e há necessidade de diversificação da
matriz energética mundial, historicamente baseada no petróleo e seus derivados.
Um dos objetivos da União Europeia é que todos os países membro
possuam uma proporção de 20% de energias renováveis em 2020. Outros objetivos
são 10% de energia renovável no setor de transportes, 20% de uso de energia mais
eficiente, e 40% em reduções de gases do efeito estufa.
A Suécia como parte da União Europeia está, portanto, submetida às suas
diretrizes, e pretende se tornar um país neutro em emissões de carbono em 2050. A
Suécia é um país que demonstra preocupação com o meio ambiente e vem
implantando políticas públicas de desenvolvimento sustentável desde a 1970,
incentivando pesquisas no setor energético e diversificação de sua matriz.
O país também é um dos integrantes de um sistema de integração
energética na região nórdica chamado de Nordpool, com a participação da Noruega,
Suécia, Finlândia e Dinamarca, tornando-se um exemplo para a integração regional
no setor.
No caso brasileiro temos mudanças profundas e promissoras na matriz
energética brasileira, com o governo federal investindo cada vez mais em pesquisa,
novas tecnologias, geração e distribuição de energia. No Brasil, o Plano Nacional de
Energia 2050 (ENERGIA, 2016) traz um conceito de segurança energética onde
percebemos a importância da segurança energética, uma vez que a seara engloba a
preocupação com o bem estar dos indivíduos e outros fatores sociais, além de
garantir o suprimento de energia para toda a população. Conforme cita Tolmasquim
et al. (2007), as economias que melhor se posicionam quanto ao acesso a recursos
energéticos de baixo custo e de baixo impacto ambiental obtêm importantes
vantagens.
O estudo de Santos (2015), feito para o Instituto de Pesquisa Econômicas
Aplicadas (IPEA) em 2015, concluiu que, apesar de o Brasil se destacar com 41% da
oferta interna de energia de natureza renovável, o país ainda investe pouco em
pesquisa. Outra observação importante do estudo é que a maior parte dos
investimentos se concentra na biomassa (55% do total dos recursos), seguido por
010
maior cooperação para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Em seu estudo é
possível obter explicações acerca das políticas mais adequadas e eficientes na
mudança da matriz energética, apontando ainda as oportunidades econômicas com
a utilização de novas tecnologias nessa seara.
Ainda, nas projeções para o futuro da integração energética, deve-se destacar
o Brasil como o único, entre os países sul-americanos, que pode exercer o papel de
“agente catalisador” desse processo (CASTRO; ROSENTAL; KLAGSBRUNN, 2014).
Fuser (2015, p.5) traz a importância desse tipo de integração:
Iniciativas desse tipo de integração reforçam a segurança energética dos
países compradores ou receptores, ao viabilizarem o aporte adicional de
recursos estratégicos para as atividades econômicas e o bem-estar da
sociedade. Além disso, a integração reduz custos e torna mais diversificada a
matriz energética, facultando a opção por fontes de energia com menor
impacto ambiental. ao mesmo tempo, favorece a arrecadação fiscal e o
desenvolvimento econômico e social nos países exportadores.
5 METODOLOGIA
Será feito um levantamento dos dados da composição das matrizes
energéticas da Suécia e do Brasil de 2007 a 2017. Também será realizada uma
pesquisa qualitativa acerca do tratado de Parceira e cooperação estratégica
assinado em 2015 entre os dois países. Também será feito um levantamento das
políticas públicas de 2007 a 2017 relacionadas ao setor energético desenvolvidas
por ambos. As fontes de dados serão:
a) Plano Nacional de Energia 2030 do Governo Brasileiro,
b) Site do Ministério de Minas e Energias do Governo Brasileiro,
c) Site da Eletrobrás e site da Aneel.
d) Sites Eurostat da União Europeia,
e) Sites oficiais do governo sueco,
f) Sites e publicações da ONU e demais organizações internacionais
relacionadas ao tema, como IRENA, See4all, Unesco, Banco Mundial,
Agência Internacional de Energia, BNDES, FIPE e IPEA.
Será feito um levantamento e estudo sistematizado das obras e artigos que
tratam da segurança energética e diversificação da matriz energética do Brasil e
Suécia que abordam os impactos das políticas públicas para a diversificação da
matriz energética.
A abordagem do realismo neoclássico com Michael Klare, Fareed Zakaria, e
Giedrius Cesnakas será utilizada para analisar a importância da segurança
energética na política doméstica e externa dos dois países.
Além disso, utilizar-se-á o raciocínio dedutivo como procedimento
metodológico para analisar os ganhos relativos e absolutos que o Brasil terá com o
acordo internacional com a Suécia.
6 CRONOGRAMA
Partindo da revisão do projeto de pesquisa pretende-se seguir a redação dos
capítulos descritos abaixo:
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1) Introdução
2) Matriz Energética Brasil e Suécia
3) Políticas Públicas Brasil e Suécia
4) Desenho do sistema Político para transição da matriz energética
5) Conclusão
7 REFERÊNCIAS
ADIB REN, Rana et al. REN21: Renewables 2018 · Global Status Report. [S.l: s.n.],
2018. Disponível em: <www.ren21.net>.
BNEF; UNEP; FRANKFURT SCHOOL AND UNEP. Global Trends in Renewable
Energy Investment 2018. p. 20–60, 2018.
BRASIL. Plano decenal de expansão de energia 2020. p. 1–343, 2011. Disponível
em: <http://www.cogen.com.br/paper/2011/PDE_2020.pdf>.
ČESNAKAS, Giedrius. Energy Resources in Foreign Policy: A Theoretical
Approach. Baltic Journal of Law & Politics, Artigo utilizado no projeto, v. 3, n. 1,
2010.
COUTO, Lilia Caiado Coelho Beltrão. Mensuração de impactos socioeconômicos
de projetos energéticos renováveis no brasil: um estudo de caso para a
energia heliotérmica. 2016. 2016.
CUMING, Victoria et al. Global Trends in Renewable Energy Investment 2015.
Frankfurt School of Finance & Mangement. [S.l: s.n.], 2015.
DONALDSON, Kevin. European energy security. Hydrocarbon Engineering, v.
11, n. 11, p. 17–22, 2006.
014