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TEORIA NEOKANTISTA
Trata-se do retorno da filosofia de valores de Kant. A filosofia dos valores
de Kant entende não haver direito sem valores. Nada no direito é neutro.
Contexto histórico: lapso entre 1900 e 1930.
Expoente: MEZGER.
Crime era fato típico (ainda objetivo) + ilícito + culpável (dolo “normativo”
e culpa elementos de culpabilidade).
Para os neokantistas o tipo é objetivo, MAS é valorado negativamente
pelo legislador (que é influenciado por sua cultura). Assim, indiretamente o tipo
não é uma mera descrição abstrata de crime (como era para os causalista).
Outrossim, enquanto o dolo, no causalismo, é mero vínculo subjetivo do
agente com o fato (consciência do fato). No neokantismo, o dolo tem 2
requisitos: consciência do fato + ATUAL consciência da ilicitude
(normatividade).
Muitas críticas foram feitas a Mezger, por incluir a consciência de ilicitude
(consciência de que a conduta é ilícita) dentro do dolo. Perguntaram-lhe: como
exigir do “povão” a consciência de que seus atos são ilícitos? Para responder a
essa pergunta, MEZGER elaborou a TEORIA DA VALORIZAÇÃO PARALELA
NA ESFERA DO PROFANO (profano = leigo). Para MEZGER, o leigo tem uma
consciência da ilicitude diferente do jurista.
TEORIA FINALISTA
Contexto histórico: é o período compreendido entre 1930 – 1960.
O finalismo é fruto das ideias de HANS WELZEL.
Crime era fato típico (objetiva + subjetivo, subdivido em dolo e culpa) +
ilícito + culpável.
A principal transformação do finalismo na teoria do delito foi a relevância
da vontade da pessoa e transportar os elementos subjetivos que se
assentavam na culpabilidade para o fato típico.
O erro de WELZEL foi afirmar que a CULPA é subjetiva, quando esta,
ensina LFG, é normativa.
Obs.: Subjetivo, em penal, é o que está na cabeça do réu, ou seja, o
dolo. O dolo é requisito subjetivo do tipo. Normativo, em penal, é o que exige
valoração. A culpa exige juízo de valor. E quem faz isso é o magistrado (ele que
decide se houve imprudência, imperícia ou negligência). Como diz o ditado
alemão: “o dolo está na cabeça do réu; a culpa, na cabeça do juiz”.
No Brasil, adotamos a teoria finalista desde 1984. Como se concluiu
isto? Devido uma interpretação em face do erro do tipo (art. 20 do CP), se o
erro incide sobre o tipo e exclui o dolo é porque o dolo está dentro do tipo.
TEORIAS PÓS-FINALISTAS
Todas aquelas que decorrem de uma mudança de paradigma.
1. Funcionalismo Moderado
Expoente: Roxin
Para Roxin (escola de Munique) o direito penal serve para administrar a
vida em sociedade. O Direito Penal não existe para repressão, deve apenas
proteger o bem jurídico. Está ligada a política criminal minimalista.
Crime = fato típico (objetiva + subjetivo, subdivido em dolo e culpa) +
ilícito + REPROVABILIDADE.
Teoria sintomática
Condiciona a existência do crime à periculosidade do agente.
É patente o defeito dessa teoria: ressalta em demasia a periculosidade,
quando é sabido que a existência do crime independe da periculosidade do
agente.