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Relatório – Introdução aos

Conceitos Demográficos
Nome: Guilherme Farage Ferreira
Matrícula: 201665149A

HISTÓRICO DA POPULAÇÃO DO AMAZONAS


Comparação histórica: Nesses gráficos abaixo contêm informações da
composição da população residente por sexo do estado do Amazonas nos
anos de 1980, 2010 e a projeção 2030 (barras azuis são homens, vemelhas
mulheres). Podemos perceber que antigamente a população não possuía
as tecnologias e a qualidade de vida avançadas, além de morarem em uma
região com altos índices de doenças, garantindo assim um gráfico com a
base muito larga (muitos jovens) e o topo muito estreito (poucos idosos) .
Com o passar dos anos e com o avanço da tecnologia e a área de saúde,
observa-se o envelhecimento da população , como por exemplo no gráfico
de 2010, onde houve um achatamento do gráfico. Por fim, na projeção de
2030 é possível ver o formato de “sino” do gráfico, o que conclui que o
estado do Amazonas, assim como os demais estados brasileiros, está em
um processo de envelhecimento da população, com o aumento da
expectativa de vida.

Pirâmide etária em 1980


80 anos e mais
70 a 74 anos
60 a 64 anos
50 a 54 anos
40 a 44 anos
30 a 34 anos
20 a 24 anos
11 a 15 anos
0 a 4 anos
Período:1980
População Residente - Amazonas
-600000 -400000 -200000 0 200000 400000 600000

Pirâmide etária em 2010

70 a 74 anos
60 a 64 anos
50 a 54 anos
40 a 44 anos
30 a 34 anos
20 a 24 anos
10 a 14 anos
0 a 4 anos
Período:2010
População Residente - Amazonas
-400000 -300000 -200000 -100000 0 100000 200000 300000 400000

Pirâmide etária em 2030


90 anos e mais
80 a 84 anos
70 a 74 anos
60 a 64 anos
50 a 54 anos
40 a 44 anos
30 a 34 anos
20 a 24 anos
10 a 14 anos
0 a 4 anos
Período:2030
Projeção da População do Brasil…
-10000000 -5000000 0 5000000 10000000

A Mortalidade e suas Taxas no


Amazonas – 1980 e 2010
Taxa Específica de Mortalidade por sexo em 1980

Taxa Específica de Mortalidade por sexo em 2010


Observando o gráfico da Taxa Específica de Mortalidade por Sexo do ano de 1980 percebemos
uma divergência das linhas masculina e feminina na faixa de 15 a 19 anos adiante, o que pode
explicar isso é a exposição a fatores de risco. Em muitas circunstâncias, os homens têm uma
saúde pior que a das mulheres e, embora grande parte seja devido a bases biológicas, essa
diferença poderia ser ampliada pelos papéis dos gêneros.
É importante salientar também que o eixos y dos gráficos se alteraram dentre os anos, tendo
seu máximo em 1980 beirando a ataxa de 120 enquando o gráfico de 2010 beira à taxa 100.

Também podemos ver numericamente através da tabela abaixo da Taxa Bruta de


Mortalidade, sem que façamos a padronização, pois é evidente o decréscimo numérico da
mortalidade de 1980 para 2010.

TAXA DE MORTALIDADE BRUTA DE MORTALIDADE

Período de 1980 4,45


Período de 2010 3,817

Quanto a mortalidade infantil, foram calculadas 3 taxas : a taxa neonatal, pós-neonatal, e a


mortalidade infantil. A seguir, as taxas calculadas:

NEONATAL (primeiro mês de vida)

Taxa de Mortalidade Neo-Natal


Período de 1994 Período 2010
19,10841 9,570281
PÓS-NEONATAL (1 a 11 meses de vida)

Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal


Período de 1994 Período 2010
21,18041 6,308298

MORTALIDADE INFANTIL

Taxa de Mortalidade Infantil


Período de 1994 Período 2010
40,28882 15,87858

Nas 3 taxas observamos uma queda muito brusca das mortalidades comparando o ano de
1980 e 2010. Isso acontece devido a melhoria da expectativa de vida, e o principal, o avanço da
medicina, na qual proporcionou muitos remédios e vacinas (lembrando o alto índice de
transmissão de doenças por animais e insetos nessa região devido a floresta), o que
proporcionou um grande aumento da população e a diminuição de óbitos infantis.

Ao analisar a taxa de mortalidade materna (na tabela a seguir), obteve-se um resultado


inesperado: houve um crescimento dos índices.

Taxa de Mortalidade Materna


Período de 1994 Período 2010
54,41607 94,35488

Na teoria, seguindo o padrão do restante do país, a taxa deveria ter diminuído e não
aumentado. Uma explicação para isso seria a omissão de dados, visto que em 1994 ocorreu 32
óbitos, enquanto em 2010 ocorreu 73. Com isso é possível concluir que houve falhas para
registrar os óbitos na década de 1994, devido a tecnologia da época e levando em
consideração o vasto território com poucos habitantes por metro quadrado, tornando mais
difícil ainda colher dados da população.

Por fim, foram analisadas as mortalidades por causa para cada sexo. Veja as tabelas e os
gráficos abaixo, que já foram colocados em ordem das doenças que mais matam.

Tabela da mortalidade por causa em 1980:


Mortalidade - Amazonas
Óbitos p/Ocorrênc por Capítulo CID-9 e Sexo
Período:1980
Capítulo CID-9 Masc Fem Total prop masc prop fem
Total 3703 2640 6352 0,58296599 0,415617
I. Doenças infecciosas e parasitárias 792 670 1465 0,21388064 0,253788
VII. Doenças do aparelho circulatório 596 488 1084 0,16095058 0,184848
XVI. Sintomas sinais e afecções mal definidas 619 403 1023 0,16716176 0,152652
XV. Algumas afecções origin no período perinatal 513 391 905 0,13853632 0,148106
XVII.Causas externas 488 114 605 0,13178504 0,043182
II. Neoplasmas 218 183 401 0,05887119 0,069318
VIII.Doenças do aparelho respiratório 168 120 288 0,04536862 0,045455
IX. Doenças do aparelho digestivo 149 67 217 0,04023765 0,025379
X. Doenças do aparelho geniturinário 70 54 124 0,01890359 0,020455
XI. Complicações da gravidez parto e puerpério - 63 63 #VALOR! 0,023864
III. Doenças endóc nutric metab e transt imunitár 22 34 56 0,00594113 0,012879
XIV. Anomalias congênitas 25 18 43 0,00675128 0,006818
VI. Doenças do sist nervoso e dos órg sentidos 22 16 38 0,00594113 0,006061
IV. Doenças do sangue e órgãos hematopoéticos 4 10 14 0,00108021 0,003788
V. Transtornos mentais 13 1 14 0,00351067 0,000379
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 2 6 8 0,0005401 0,002273
XII. Doenças da pele e tecido celular subcutâneo 2 2 4 0,0005401 0,000758

Gráfico das cinco primeiras doenças que mais matam em 1980:

3 Fem
Masc

0 1000 2000 3000 4000

Tabela das doenças que mais matam em 2010:


Mortalidade - Amazonas
Óbitos p/Residênc por Capítulo CID-10 e Sexo
Período:2010
Capítulo CID-10 Masc Fem Total prop mascprop fem
IX. Doenças do aparelho circulatório 1354 1024 2378 0,167969 0,195831 0,178797
XX. Causas externas de morbidade e mortalidade 1949 312 2263 0,241781 0,059667 0,17015
XVIII.Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 1188 840 2030 0,147376 0,160643 0,152632
II. Neoplasias (tumores) 923 947 1870 0,114502 0,181105 0,140602
X. Doenças do aparelho respiratório 597 485 1082 0,07406 0,092752 0,081353
I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias 518 305 823 0,06426 0,058329 0,06188
IV. Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 378 388 766 0,046892 0,074202 0,057594
XVI. Algumas afec originadas no período perinatal 312 251 564 0,038705 0,048002 0,042406
XI. Doenças do aparelho digestivo 345 212 557 0,042799 0,040543 0,04188
XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 140 149 294 0,017368 0,028495 0,022105
XIV. Doenças do aparelho geniturinário 120 79 199 0,014886 0,015108 0,014962
VI. Doenças do sistema nervoso 99 69 168 0,012281 0,013196 0,012632
III. Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 42 35 77 0,00521 0,006693 0,005789
V. Transtornos mentais e comportamentais 57 11 68 0,007071 0,002104 0,005113
XV. Gravidez parto e puerpério - 67 67 #VALOR! 0,012813 0,005038
XIII.Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 21 41 62 0,002605 0,007841 0,004662
XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo 14 12 26 0,001737 0,002295 0,001955
VIII.Doenças do ouvido e da apófise mastóide 4 2 6 0,000496 0,000382 0,000451
Total 8061 5229 13300

Gráfico das cinco primeiras doenças que mais matam

Fem
3
Masc

0 500 1000 1500 2000 2500

Podemos concluir que com o passar das décadas, a mortalidade diminui no Amazonas, e
principalmente as causas dela variam muito.

Como já havia observado, por ser “dentro” da floresta amazônica, o risco de doenças
infecciosas e parasitárias é muito maior que nos demais estados do país, o que garantiu ser o
principal fator de morte no ano de 1980 no Amazonas. Ao se comparar com a tabela de 2010,
esses tipos de doenças caiem para o sexto lugar, devido ao desmatamento e o avanço da
medicina, abrindo espaço para outras doenças mais “comuns” aos demais estados serem as
principais causas de morte.

TÁBUAS DE VIDA
1994
TÁBUA DE VIDA 1994

Faixa Etária px Dx mx qx px=1-qx Ix dx=q * i Lx= Dx/mxTx Ex=t/i


1 a 4 anos 324129,5 2274 0,007016 0,007016 0,992984 100000 701,5704 324129,5 2269561 22,69561
5 a 9 anos 344577,5 139 0,000403 0,000403 0,999597 99959,66 40,32293 344577,5 1945431 19,46216
10 a 14 anos 323209,5 154 0,000476 0,000476 0,999524 99912,03 47,60513 323209,5 1600854 16,02263
15 a 19 anos 261874,5 268 0,001023 0,001023 0,998977 99809,78 102,1442 261874,5 1277644 12,80079
20 a 24 anos 209671,5 314 0,001498 0,001498 0,998502 99660,31 149,249 209671,5 1015770 10,19232
25 a 29 anos 178616,5 272 0,001523 0,001523 0,998477 99508,55 151,5327 178616,5 806098 8,100792
30 a 34 anos 152696,5 303 0,001984 0,001984 0,998016 99311,09 197,0652 152696,5 627481,5 6,318343
35 a 39 anos 120210,5 275 0,002288 0,002288 0,997712 99083,9 226,6687 120210,5 474785 4,791747
40 a 44 anos 94956,5 297 0,003128 0,003128 0,996872 98773,99 308,9385 94956,5 354574,5 3,589756
45 a 49 anos 68734,5 320 0,004656 0,004656 0,995344 98314,15 457,7075 68734,5 259618 2,640698
50 a 54 anos 55004,5 326 0,005927 0,005927 0,994073 97731,46 579,2284 55004,5 190883,5 1,953143
55 a 59 anos 40429,5 387 0,009572 0,009572 0,990428 96795,97 926,5407 40429,5 135879 1,403767
60 a 64 anos 33823,5 471 0,013925 0,013925 0,986075 95448,08 1329,117 33823,5 95449,5 1,000015
65 a 69 anos 25790,5 504 0,019542 0,019542 0,980458 93582,86 1828,768 25790,5 61626 0,658518
70 a 74 anos 16200,5 519 0,032036 0,032035 0,967965 90584,93 2901,894 16200,5 35835,5 0,395601
75 a 79 anos 10732,5 539 0,050221 0,050219 0,949781 86035,85 4320,63 10732,5 19635 0,228219
80 anos e mais 8902,5 1032 0,115922 0,115916 0,884084 76062,92 8816,908 8902,5 8902,5 0,117041
2016
Faixa Etária px Dx mx qx px=1-qx Ix dx=q * i Lx= Dx/mxTx Ex=t/i
0 a 4 anos 397770 1478 0,003716 0,003716 0,996284 100000 371,5715 397770 3993308 39,93308
5 a 9 anos 413450,5 121 0,000293 0,000293 0,999707 99970,73 29,25733 413450,5 3595538 35,9659
10 a 14 anos 418879 140 0,000334 0,000334 0,999666 99937,32 33,40159 418879 3182087 31,84083
15 a 19 anos 410573,5 535 0,001303 0,001303 0,998697 99807,1 130,0542 410573,5 2763208 27,68549
20 a 24 anos 393375,5 727 0,001848 0,001848 0,998152 99622,64 184,1133 393375,5 2352635 23,61546
25 a 29 anos 350528,5 653 0,001863 0,001863 0,998137 99437,06 185,2414 350528,5 1959259 19,70351
30 a 34 anos 336639 618 0,001836 0,001836 0,998164 99254,51 182,2109 336639 1608731 16,20814
35 a 39 anos 294743 664 0,002253 0,002253 0,997747 99030,91 223,0978 294743 1272092 12,8454
40 a 44 anos 243751,5 605 0,002482 0,002482 0,997518 98785,11 245,1882 243751,5 977348,5 9,893682
45 a 49 anos 195181,5 685 0,00351 0,00351 0,99649 98438,42 345,4749 195181,5 733597 7,452344
50 a 54 anos 163594 858 0,005245 0,005245 0,994755 97922,14 513,5714 163594 538415,5 5,498404
55 a 59 anos 126611 1078 0,008514 0,008514 0,991486 97088,4 826,6367 126611 374821,5 3,860621
60 a 64 anos 92962,5 1167 0,012553 0,012553 0,987447 95869,61 1203,494 92962,5 248210,5 2,589043
65 a 69 anos 61958 1206 0,019465 0,019465 0,980535 94003,53 1829,76 61958 155248 1,651512
70 a 74 anos 40875,5 1297 0,03173 0,03173 0,96827 91020,75 2888,134 40875,5 93290 1,024931
75 a 79 anos 26703,5 1453 0,054412 0,054412 0,945588 86068,1 4683,167 26703,5 52414,5 0,608989
80 anos e mais 25711 3434 0,133562 0,133562 0,866438 74572,71 9960,044 25711 25711 0,344778

Quanto as duas tabelas, elas foram refeitas 3 vezes e o resultado


foi o mesmo, entretanto, esses resultados obtidos do tempo de
vida após o nascimento não condizem com a realidade por terem
aparecidos números muito inferiores ao esperado. Com isso, o
motivo desse acontecimento com certeza se dá pela veracidade
dos dados, visto que eles não foram coletados suficientemente
bem para fazer análise correta dessa população.

Relatório sobre Fecundidade e


Reprodução
TAXA BRUTA DE NATALIDADE
1994 2016

30,5 27,3

TAXA DE FECUNDIDADE GERAL


1994 2016

61,6 55,2

TAXA ESPECÍFICA DE FECUNDIDADE


Faixa Etária 1994 2016
10 a 14 anos 0,003913 0,00636
15 a 19 anos 0,095329 0,089263
20 a 24 anos 0,145305 0,111828
25 a 29 anos 0,102364 0,092049
30 a 34 anos 0,059788 0,070335
35 a 39 anos 0,033625 0,040269
40 a 44 anos 0,012575 0,012714
45 a 49 anos 0,001899 0,001396
50 a 54 anos 0,000229 0,000112

TFT 2,275135 2,121625


Analisando a taxa bruta de natalidade e a taxa de fecundidade geral , vemos que
ambas diminuíram entre os anos de 1994 e 2016 no estado do Amazonas. Tal fato
deve-se à melhoria da expectativa de vida, dos métodos anticoncepcionais, das
campanhas sociais, dos meios de comunicação entre outros.

Relatório sobre projeções

1992 1995 1998 2000 2002 2005 2008 2010


Projeção Aritmética 218056 2418494 2418494 2812557 2203662 2354291 2504921 2605340

Projeção Geométrica 2221654 2618408 2886016 3012557 3138161 3698590 4359102 4863747

Projeção Exponencial 4330526 8661052 15156841 19487367 6967969 10826315 17322104 21652630

Foram usadas 3 tipos de projeções para visualizar o crescimento


da população do Amazonas.

A primeira o crescimento se dá devido a uma taxa constante, e a


segunda usa-se uma função da população existente a cada
instante. Ambas são métodos utilizados para estimativas a
menor prazo.

Já a exponencial, a base para as estimativas das projeções


assume um crescimento contínuo na taxa de crescimento entre
as duas datas.

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