- Acúmulo de debate, formação e organização em torno da
Campanha Nacional Contra o Extermínio de Jovens; - Grito histórico das mulheres, inclusive dentro da Pastoral da Juventude - 11º ENPJ - Processo feito para a Ampliada Nacional da PJ, realizada em Crato/CE, em janeiro de 2017 - Processo de discussão - Escolha das prioridades, tendo a Campanha como uma das 5 Objetivos Objetivo Geral Realizar uma campanha profética, de abrangência nacional, em torno da discussão e do enfrentamento aos ciclos de violência contra as mulheres, que envolvem diversas dimensões, como de gênero, doméstica, familiar, física, institucional, intrafamiliar, moral, patrimonial, psicológica, sexual e a midiática. Objetivos específicos:
• Despertar, internamente na Pastoral da Juventude e na Igreja, a
sensibilidade para a temática e sua urgência, visando o empoderamento das mulheres e também a construção de novas masculinidades;
• Compreender a violência contra a mulher a partir do seus contexto
(raça, orientação sexual, identidade, classe…) e suas implicações;
• Ter, em todas as instâncias, mulheres protagonizando a construção e
dinamização da Campanha; • Produzir materiais, reflexões, glossário em torno dos conceitos e dos tipos de ciclos de violência para nivelar o conhecimento e a linguagem entre todas/os as/os jovens que irão dinamizar a Campanha nas diversas instâncias;
• Promover processos permanentes de formação e sensibilização
sobre essa temática, a fim de enfrentar os ciclos de violência contra as mulheres, internamente na Pastoral da Juventude - grupos de jovens, coordenações e assessoria - na perspectiva de coerência e testemunho evangélico; • Fortalecer e ampliar a participação das mulheres nos espaços de coordenação e na representatividade em todas as atividades desenvolvidas pela Pastoral da Juventude, tendo a paridade de gênero como ideal;
• Estimular a criação de ações concretas buscando formas de
prevenção e enfrentamento da violência;
• Fortalecer a Campanha como referência nos diversos espaços de
incidência da sociedade. Interlocutoras/interlocutores • Jovens mulheres e jovens homens que participam dos grupos de jovens, bem como lideranças jovens e assessoras/es adultas/os da Pastoral da Juventude; • Mulheres, em especial jovens, que estejam em situações de vulnerabilidade e risco social, devido a exposição direta à violência; • Poder público • Organizações, ONGs, pastorais, projetos sociais, movimentos sociais e juvenis que contribuem nessa discussão. PROPOSTA METODOLÓGICA DA CAMPANHA Formação Refere-se a todo o trabalho de base a ser feito, a fim de nivelar os entendimentos, abordagens e conceitos da discussão da temática da Campanha entre os/as jovens, assessores/as e pessoas que possam vir a se envolver nos processos. Fundamental que a formação seja feita junto aos grupos de jovens e junto às coordenações, por meio de rodas de conversa e produção de conteúdo. Pode-se pensar em seminários locais, debates com lideranças, oficinas, fóruns… Nessa perspectiva da formação, uma sugestão ainda é a aproximação de movimentos, organismos, pastorais que já fazem a discussão, e que podem contribuir no processo local. Mídia A ação nas redes sociais são fundamentais no processo de capilarização da Campanha, e da discussão que ela irá desencadear. Para isso, é preciso qualificar essa forma de incidência, na preparação de materiais audiovisuais (vídeos, fotografias, edição de imagens), do uso de linguagens virtuais que dialogam com as juventudes, na produção de conteúdo virtual, e uso de rádio (comunitária e online). Aqui, encaixa-se também o monitoramento midiático, sabendo que a mídia é um lugar de reprodução de concepções, preconceitos e da cultura de violência, e de exposição de casos de violências que atingem diariamente, dezenas de mulheres em todos os cantos do país. Da mesma forma, qualificar a ação midiática requer também preparo e, para isso, é interessante convidar movimentos de mídia alternativa, midialivrismo, para oficinas técnicas e temáticas em torno da discussão e demanda. Atividades de Massa No processo de sensibilização dos grupos, comunidades e da sociedade como um todo, e de massificação da pauta, é importante desenvolver atividades que visam aglomerar mais pessoas, nos diferentes graus de processo de formação, também como forma de propor espaços de motivação e repercussão política. Eventos culturais, panfletagem, concentrações diocesanas, jornadas, marchas, romarias de juventude, são atividades típicas para esse eixo. Articulações institucionais Para muitos espaços, e para uma incidência política com mais força, é importante nos aproximar e fortalecer diálogos com entidades, organismos, ONGs, grupos, centros e institutos de juventude, pastorais e movimentos sociais que já vêm fazendo essa discussão há mais tempo, e com quem temos muito o que aprender. Em todos os demais eixos, essas articulações vêm a somar e fortalecer a luta. Ao sair do campo interno à PJ, são essas articulações que podem ajudar a projetar a Campanha para fora, especialmente ao propor e mobilizar ações junto ao poder público, (jurídico, executivo, legislativo…), e também em organização de conferências, fóruns, e atividades de rua. Etapas PRIMEIRA ETAPA (durante o ano de 2017): 1º Passo: • Composição do Grupo de Trabalho, formado por mulheres e homens, para elaboração reflexivo-metodológica da Campanha, bem como a sistematização em forma de projeto, a partir dos clamores já existentes nas bases e que foram reafirmados na ANPJ-Crato 2017. 2º Passo: • Contribuições e aprovação da Campanha, por meio da Secretaria Nacional, Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores/as da PJ. • Elaboração de uma identidade visual para a Campanha; SEGUNDA ETAPA (durante o ano de 2018): 1º Passo: • Lançamento Oficial da Campanha, a acontecer no Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (Janeiro/2018), no Acre. Ter um dia específico no Encontro para tratar dessa discussão, provocar debates e construções entre grupos; e posterior lançamento nacional. Passos seguintes: • Formação para as lideranças que protagonizarão a Campanha nas diversas instâncias de atuação; • Elaboração de Subsídios aos Grupos (Roteiros de Encontros, LOB, ODJ, etc.) • Produção e divulgação de textos/artigos no site da PJ (criar uma secção exclusiva para Campanha com banco de dados, links que abordam o tema proposto); • Divulgação de ações e materiais de outras organizações na linha do enfrentamento à violência contra a mulher; • Realização debates virtuais com transmissão pelas redes sociais, nos canais oficiais da PJ Nacional TERCEIRA ETAPA (durante o ano de 2019): 1º Passo: Formação permanente • 2º Seminário Nacional Realidades Juvenis: propor que esse segundo seminário tenha a temática sobre os ciclos de violência contra as mulheres. A ideia é que ele venha a ser um “passo” entre o eixo de formação e o de eventos de massa (com atividades e mobilizações locais, ações concretas e de incidência pública). 2º Passo: ações, atividades • Frentes de ação e ações específicas • Comunicação: estratégias, identidade visual, ação em redes sociais