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PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-101022-37.2016.5.01.

0342

A C Ó R D Ã O
7ª Turma
CMB/htgp  

AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE


INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM
FACE DE DECISÃO PUBLICADA NA VIGÊNCIA
DA LEI Nº 13.015/2014. PLANO DE
SAÚDE. DIREITO ADQUIRIDO. ARTIGO 468
DA CLT. Do quadro fático consignado
na decisão recorrida, se constata que
o autor preencheu os pressupostos
estabelecidos no Edital de
Privatização para fazer jus à
manutenção do plano de saúde, haja
vista o início do vínculo laboral em
data anterior à publicação, que
permaneceu vigente até 2015, tendo
ocorrido aposentadoria em 2013.
Incidência da Súmula nº 126 desta
Corte. Precedentes. Agravo conhecido
e não provido.

Vistos,   relatados   e   discutidos   estes   autos   de


Agravo   em   Agravo   de   Instrumento   em   Recurso   de   Revista   n°  TST­Ag­
AIRR­101022­37.2016.5.01.0342,   em   que   é   Agravante  COMPANHIA
SIDERÚRGICA NACIONAL ­ CSN e Agravado KLEBER MESQUITA.

A   parte   ré,   não   se   conformando   com   a   decisão


unipessoal às fls.587/590, interpõe o presente agravo interno.
É o relatório.

V O T O

CONHECIMENTO

Presentes   os   pressupostos   legais   de


admissibilidade, conheço do agravo.

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MÉRITO

Em   exame   anterior   do   caso,   concluí   pela   correção


da decisão que denegou seguimento ao  agravo de instrumento e aderi
às razões nela consignadas.
Diante da interposição do presente agravo interno,
submeto   ao   Colegiado   os   fundamentos   a   seguir,   que   adoto   em
substituição àqueles incorporados à decisão unipessoal.  
Ressalto, ainda, que somente os temas
expressamente impugnados serão apreciados, em atenção ao Princípio
da Delimitação Recursal.

PLANO DE SAÚDE – DIREITO ADQUIRIDO – ARTIGO 468 DA
CLT

O agravante pretende o processamento do recurso de


revista às fls. 502/535. Sustenta ser indevida a manutenção do plano
de   saúde   do   autor,   tendo   em   vista   que   a   relação   de   emprego   foi
extinta   em   virtude   de   dispensa,   sem   justa   causa,   e   que   o   obreiro
somente se aposentou, posteriormente, por tempo de contribuição, e
não por invalidez. Destaca que  "não havia qualquer previsão no Edital para que os
empregados da reclamada que viessem a se aposentar por tempo de contribuição, tempo de serviço ou
que fossem desligados da Empresa fizessem jus ao benefício de assistência médica.". Afirma que
não houve alteração unilateral do contrato de trabalho ou ofensa a
direito   adquirido.  Esclarece   que,  mediante   acordo  coletivo   válido,
foi   alterada   a   forma   de   concessão   da   assistência   médica   aos
empregados   ativos   e   dependentes,   com   a   instituição   do   plano   de
saúde. Indica violação dos artigos 5º, II, XXXV e XXXVI, 7º, XXVI,
196, da Constituição Federal; 3º e 611 da CLT; 112 e 114 do Código
Civil;   30,  caput  e   §6º,   da   Lei   nº   9.656/1998.   Transcreve   arestos
para o confronto de teses. 
Eis o teor da decisão regional:

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"O autor foi admitido pela reclamada em 0/12/1985, e teve sua


aposentadoria concedida em 05/08/2013, sendo dispensado sem justa causa
em 01/12/2015.21/04/1987, quando ostentava a qualidade de aposentado.
Compulsando os autos, verifica-se que o edital de privatização, prevê
que os direitos sociais dos empregados e aposentados, já assegurados no
momento da privatização, deveriam ser integralmente mantidos, conforme
cláusulas editalícias abaixo transcritas:
(...)
Assim, tendo o autor permanecido, por aproximadamente 20 anos,
como beneficiário do plano de saúde ofertado pela reclamada,
primeiramente sem qualquer ônus e, a partir de 1996, mediante
coparticipação, uma vez que firmado convênio médico com a Bradesco
Seguros, resta incorporado ao seu contrato de trabalho o direito gratuito ao
plano de saúde, sob pena de ofensa ao art. 468 da CLT, in verbis: (...)
E não se diga que eventuais normas coletivas firmadas pelo sindicato
de classe possuem o condão de usurpar do autor seu direito adquirido ao
plano de saúde gratuito, haja vista que estas somente possuem validade para
os empregados contratados após sua alteração. Inteligência das Súmulas nº
51, I e 288, I, ambas do col. TST, abaixo transcritas e analogicamente
aplicáveis ao caso concreto.
(...)
Por fim, não há que se falar na aplicabilidade da Lei 9.656/98 ao caso
em tela, haja vista que o direito do autor decorre de normas previstas no
edital de licitação, fazendo lei entre as partes."" (fls. 450/454)

À análise. 
Cinge­se a controvérsia em definir se o autor faz
jus à manutenção do plano de saúde, mesmo após seu desligamento da
empresa. 
A   Corte   de   origem   consignou   que   "tendo o autor
permanecido, por aproximadamente 20 anos, como beneficiário do plano de saúde ofertado pela
reclamada, primeiramente sem qualquer ônus e, a partir de 1996, mediante coparticipação, uma vez
que firmado convênio médico com a Bradesco Seguros, resta incorporado ao seu contrato de trabalho
o direito gratuito ao plano de saúde". 
Além disso, registrou que o Edital de Privatização
assegurou   aos   empregados   da   agravante   os   direitos   e   benefícios
sociais existentes. 
Tais   premissas   fáticas   não   comportam   revisão   por
esta Corte, na medida em que eventual conclusão diversa depende de

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revolvimento de fatos e provas, procedimento obstado nesta instância
extraordinária, a teor da Súmula nº 126 do TST.
Na   hipótese,   restou   patente   que   a   autor   foi
contratado antes da publicação do Edital de Privatização, e gozava
da assistência médica concedida pela empresa. Além disso, admitido
pela   agravante   que   somente   em   1996,   mediante   acordo   coletivo,   o
aludido benefício foi alterado para plano de saúde. 
Entretanto,  tal   instrumento  normativo   não  possuiu
o condão de revogar o direito do autor à manutenção da assistência
médica   após   o   desligamento   do   empregado,   o   qual   foi   estabelecido
mediante norma interna e incorporado ao contrato de trabalho, e não
oriundo de norma coletiva, nos termos do artigo 468 da CLT.
Nesse contexto, pela aplicação da Teoria Subjetiva
de   Direito   Adquirido,   desenvolvida   pelo   italiano   Carlo   Francesco
Gabba, já detinha a autora direito à vantagem instituída pela norma
interna,   ainda   que   seu   implemento   estivesse   condicionado   à
satisfação  de  condição  futura,  qual  seja,  o  exercício  de  trinta  e
cinco anos de trabalho.
Trata­se,   assim,   da   Doutrina   Clássica   do   Direito
Adquirido, segundo a qual:

"É adquirido todo direito que: a) é consequência de um fato idôneo a


produzi-lo, em virtude da lei do tempo em que esse fato foi realizado,
embora a ocasião de o fazer valer não se tenha apresentado antes do
surgimento de uma lei nova sobre o mesmo; e que, b) nos termos da lei, sob
o império da qual se deu o fato de que se originou, tenha entrado
imediatamente para o patrimônio de quem o adquiriu."

Vale   notar   que   o   ordenamento   jurídico   pátrio


adotou a referida teoria, segundo os termos do § 2º do artigo 6º da
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro:

"Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato


jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei
vigente ao tempo em que se efetuou.
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§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular,


ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do
exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que
já não caiba recurso."

A   tese   é   perfeitamente   compatível   com   o   Processo


do Trabalho que, igualmente, privilegia as vantagens incorporadas ao
patrimônio jurídico do trabalho, não admitindo alteração prejudicial
futura (artigo 468 da CLT), ainda que por alteração do regulamento
empresarial.
Nesse   sentido,   a   exegese   da   Súmula   nº   51,   I,   do
TST:

"SUM-51NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO


PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a
Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973,
DJ 14.06.1973)
(...)"

Importante   esclarecer   que,   do   quadro   fático


declinado na decisão recorrida, se constata que o autor preencheu os
pressupostos estabelecidos no Edital de Privatização para fazer jus
à   manutenção   do   plano   de   saúde,   haja   vista   o   início   do   vínculo
laboral   em   data   anterior   à   publicação,   que   permaneceu   vigente   até
2015, tendo ocorrido aposentadoria em 2013. 
Desta   feita,   conclui­se   que   o   Tribunal   de   origem
deu a exata subsunção dos fatos ao conceito contido no artigo 468 da
CLT.
Nesse sentido, os seguintes precedentes:

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"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA


INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Nos 13.015/2014 E 13.105/2015
E ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017 - DESCABIMENTO.
PLANO DE SAÚDE. PRIVATIZAÇÃO. MANUTENÇÃO AOS
APOSENTADOS. O Regional consignou que a assistência médico-
hospitalar foi mantida para aposentados pelo edital de privatização,
circunstância que se incorporou ao contrato de trabalho do autor, ativo à
época (art. 468 da CLT). Assim, de fato, está provado o direito do
reclamante à manutenção do plano de saúde. Agravo de instrumento
conhecido e desprovido." (AIRR - 10870-74.2015.5.01.0342 , Relator
Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento:
28/05/2019, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 31/05/2019);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.


COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL. MANUTENÇÃO DO
PLANO DE SAÚDE AO APOSENTADO. EDITAL DE PRIVATIZAÇÃO.
O Tribunal Regional, soberano na análise do conjunto fático-probatório,
consignou que o Edital de Privatização da Reclamada previu,
expressamente, o direito à manutenção do plano de saúde para os
empregados e aposentados, esclarecendo que os benefícios concedidos aos
empregados, inclusive aos aposentados, dentre eles o plano de saúde,
incorporou-se ao contrato de trabalho de todos os empregados ao tempo da
privatização, integrando seu patrimônio jurídico, na forma da Súmula n.º 51
do TST. Diante do quadro fático-probatório, cujo teor é insuscetível de
reexame nesta fase processual, ante os termos da Súmula n.º 126 deste
Pretório, não se vislumbram as violações legais e constitucionais suscitadas
pela Reclamada. Agravo de Instrumento conhecido e não provido." (AIRR -
100030-76.2016.5.01.0342 , Relatora Ministra: Maria de Assis Calsing,
Data de Julgamento: 04/04/2018, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT
06/04/2018);

"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE


REVISTA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. MANUTENÇÃO DO
PLANO DE SAÚDE APÓS A APOSENTADORIA DO EMPREGADO,
ADMITIDO ANTES DA PRIVATIZAÇÃO DA EMPRESA. BENEFÍCIO
PREVISTO NO PRÓPRIO EDITAL DE PRIVATIVAÇÃO. O Tribunal
Regional, após análise circunstanciada do edital de privatização da CSN, da
legislação pertinente e dos princípios constitucionais aplicáveis, concluiu
que o Autor tinha direito adquirido ao plano de saúde suprimido, seja em
razão de tê-lo recebido desde a admissão, ocorrida antes da privatização,
seja em face da garantia prevista no edital de privatização da empresa, em
que estabelecida a manutenção dos direitos e benefícios anteriormente
vigentes aos "empregados", conceito que abrange os aposentados. Nesse
contexto, o Tribunal Regional observou o princípio da inalterabilidade
contratual lesiva ao empregado, decidindo em consonância com a
jurisprudência desta Corte Superior sobre a matéria. Ademais, constatado o
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MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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PROCESSO Nº TST-Ag-AIRR-101022-37.2016.5.01.0342

caráter manifestamente inadmissível do agravo, impõe-se a aplicação da


multa prevista no artigo 1.021, §4º, do CPC/2015, no percentual de 5%
sobre o valor dado à causa (R$ 38.000,00), o que perfaz o montante de R$
1.900,00, a ser revertido em favor do Reclamante, devidamente atualizado,
nos termos do referido dispositivo de lei. Agravo não provido, com
aplicação de multa." (Ag-AIRR - 101072-66.2016.5.01.0341 , Relator
Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 27/03/2019, 5ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 29/03/2019);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.


PLANO DE SAÚDE. DIREITO DE APOSENTADO. GARANTIA
ESTABELECIDA NO EDITAL DE PRIVATIZAÇÃO. A controvérsia foi
dirimida pelo r. julgado recorrido com base nos elementos fático-
probatórios e para chegar-se a conclusão diversa, no sentido de que o edital
de privatização não estabelecia a manutenção dos direitos adquiridos pelos
empregados, inclusive aposentados e pensionistas, necessário seria o
reexame de fatos e provas, inadmissível em sede extraordinária em face do
obstáculo da Súmula 126 do TST. Agravo de Instrumento a que se nega
provimento." (AIRR - 552340-51.2003.5.01.0341 , Relator Ministro:
Horácio Raymundo de Senna Pires, Data de Julgamento: 27/05/2009, 6ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 05/06/2009);

"AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO


DE REVISTA. PLANO DE SAÚDE. MANUTENÇÃO APÓS A
APOSENTADORIA. PRIVATIZAÇÃO DA CSN. DIREITO ADQUIRIDO.
1. Com fundamento nos arts. 5º, XXXVI, da Constituição Federal e 468 da
CLT, o Tribunal Regional assentou que "a garantia de oferecer assistência
médica aos empregados da CSN, conceito expressamente estendido aos
aposentados, estipulada em edital de privatização, incorporou-se ao
contrato de trabalho da autora que à época prestava serviços à empresa". 2.
Tal interpretação mostra-se consentânea com a garantia fundamental de
observância ao direito adquirido, insculpida no art. 5º, XXXVI, da
Constituição Federal, e com reiterados julgados desta Corte Superior.
Precedentes. 3. Agravo interno interposto pela Reclamada de que se
conhece e a que se nega provimento." (Ag-AIRR - 10383-
04.2015.5.01.0343 , Relator Desembargador Convocado: Roberto Nobrega
de Almeida Filho, Data de Julgamento: 08/05/2019, 7ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 10/05/2019);

"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.


RESTABELECIMENTO DE PLANO DE SAÚDE. EMPREGADO
APOSENTADO. No caso, além de o manual do plano de saúde fazer
menção expressa aos empregados aposentados e pensionistas, restou
evidenciado que o Edital de Privatização da reclamada assegurou a
manutenção do benefício de plano de saúde a todos os empregados, ativos e
inativos. Nesse contexto, não se divisa violação dos dispositivos invocados,
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MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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porquanto se trata de direito adquirido, insuscetível de supressão posterior,


ainda que por norma coletiva, sendo irrelevante o fato de a aposentadoria
do reclamante ter sido voluntária. 2. INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL. Evidenciados, in casu, os requisitos caracterizadores do dever de
indenizar, não há como afastar a condenação imposta nem divisar violação
dos arts. 186, 927 e 932 do CC. Agravo de instrumento conhecido e não
provido." (AIRR - 101155-82.2016.5.01.0341 , Relatora Ministra: Dora
Maria da Costa, Data de Julgamento: 24/04/2019, 8ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 26/04/2019)

Incidem, no caso, o disposto no artigo 896, § 7º,


da CLT e o teor da Súmula nº 333 do TST, que obstam o processamento
de recurso de revista contrário à iterativa e notória jurisprudência
deste Tribunal, o que afasta a alegação de violação dos dispositivos
invocados, bem como de divergência jurisprudencial.
Nego provimento.

ISTO POSTO

ACORDAM  os   Ministros   da   Sétima   Turma   do   Tribunal


Superior   do   Trabalho,   por   unanimidade,   negar   provimento   ao   agravo
interno. 
Brasília, 21 de agosto de 2019.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


CLÁUDIO BRANDÃO
Ministro Relator

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