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NA PRÁTICA
ETAPA 1
ASPECTOS TEÓRICOS DA ROTINA DE PESSOAL
E ADMISSÃO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins
Autora
Estelamaris Reif
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Aline Fernanda Guse
ROTINAS DE PESSOAL NA PRÁTICA 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
1 INTRODUÇÃO
Para trabalhar nessa área e ser um profissional reconhecido, você vai precisar
entender muito mais do que apenas matemática, vai precisar gostar de ler e estar em
constante aperfeiçoamento. Ler, porque nesta área a legislação trabalhista está ligada
diretamente a assuntos de rotina de pessoal; e o constante aperfeiçoamento, porque as
leis mudam com frequência e você deve estar atento a isto.
EMPREGADOR:
Nos seus parágrafos 1º e 2º, a CLT (BRASIL, 1943) aborda que se assemelham ao
empregador, para fins de relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições
de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitam trabalhadores como empregados. E que, sempre que uma ou mais empresas,
embora tenham personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra
atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente
responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas.
EMPREGADO
O art. 3º da CLT (BRASIL, 1943) define como empregado toda pessoa física que
prestar serviços de natureza não eventual ao empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
Em seu parágrafo único, escreve que não haverá distinções relativas à espécie de
emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
AUTÔNOMO
FONTE: A autora
TÓPICO 2
PROCEDIMENTOS ADMISSIONAIS
1 INTRODUÇÃO
Bem, pelo simples fato de que ainda vivemos em uma cultura em que a
maioria das pessoas não possui seus documentos em dia, muda-se muito de lugar e
acaba extraviando os documentos, ou até mesmo não está acostumada a organizar a
documentação antes mesmo de começar a trabalhar.
Vivemos em uma era digital, hoje a legislação exige que, antes mesmo do
funcionário começar a trabalhar, ele possua todos os seus documentos na empresa e
esteja devidamente registrado. Este cenário ainda não está 100% concluído, mas com
a vinda do E-Social muita coisa vai mudar, e você, como futuro colaborador do setor
pessoal, precisa estar preparado mais do que nunca.
UNI
E-Social – Escrituração Fiscal Digital Social
2 PROCEDIMENTOS ADMISSIONAIS
ATENÇÃO
Os documentos para registro não necessitam ser autenticados, podem ser cópia simples.
Agora, vejamos passo a passo como você deve organizar o recolhimento desses
documentos.
• CTPS.
• Foto 3x4.
• Comprovante de residência.
• Identidade e CPF.
• Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos (quando possuir).
• Cartão de vacinação dos menores de sete anos.
• Atestado de matrícula e frequência escolar semestral dos maiores de sete anos.
• Certificado de reservista.
• Título eleitoral.
• Certidão de casamento ou nascimento.
• Atestado médico admissional (expedido por médico do trabalho) (deve ser agendado
com a empresa de medicina ocupacional com a qual a empresa contratante possui
convênio e informado ao empregado que compareça no local e hora marcados).
IMPORTANTE
Todos os exames laborais da empresa só podem ser feitos por um médico do trabalho.
Este médico deve ser conveniado a empresa que elabora os laudos médicos exigidos por lei
(PCMSO, PPRA e LTCAT).
Vejamos as imagens:
Uma terceira opção, caso você ainda assim não consiga o número do PIS, é através
do cartão do cidadão, lá também constará o número do PIS.
Registro na CTPS: o registro na CTPS pode ser feito de forma manual (escrito),
por meio de carimbo, ou ainda utilizando uma etiqueta.
DICA
O CBO é a Classificação Brasileira de Ocupação, que classifica cada função com um código.
Você pode encontrar o CBO e sua respectiva função acessando o site do Ministério do Trabalho no
link: <http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloA-Z.jsf>.
ATENÇÃO
Note que no exemplo de 30 + 30 dias não atingimos o máximo de vigência de contrato de
experiência, mas, como é permitida somente uma prorrogação, o prazo máximo, neste caso, é de
60 dias.
O registro também pode ser feito de forma manual (escrito) por meio de carimbo,
ou ainda se utilizando uma etiqueta.
Vejamos o exemplo:
Sendo assim, grande parte das organizações contábeis não preenche mais a ficha
registro do funcionário de forma manual, pois uma vez inserido o registro no sistema,
ele gera a ficha e basta imprimi-la. Porém, ainda existem os que preenchem as fichas de
forma manual, por isso vamos aprender como preenchê-la corretamente.
Vejamos o exemplo:
IMPORTANTE
A ficha registro é o único documento que é impresso em duas vias e nenhuma é entregue
ao funcionário. Uma via deve retornar ao setor pessoal e a outra deve ficar arquivada na empresa,
conforme determina a Portaria 41 (MTE/2007).
TÓPICO 3
CONTRATO DE TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
relação de emprego”. Em outras palavras, pode-se afirmar que é um ato jurídico firmado
entre duas partes, que pode ser escrito ou verbal.
Atenção ao acordo verbal! Apesar da CLT (BRASIL, 1943) em seu Art. 443
mencionar que “O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado”,
o Art. 447 da mesma CLT (BRASIL, 1943), comenta sobre a falta de comprovação para
este tipo de contrato: “Na falta de acordo ou prova sobre condição essencial ao contrato
verbal, esta se presume existente, como se a tivessem estatuído os interessados na
conformidade dos preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade”.
Já existem várias discussões judiciais sobre esta questão, porém, para evitar
problemas, recomenda-se que todo contrato de trabalho tenha seu registro na Carteira
de Trabalho.
2 CONTRATO DE TRABALHO
Nas situações em que o contrato por prazo determinado for do tipo “a” ou “b”,
é permitida uma prorrogação, desde que a soma dos dois não ultrapasse dois anos
(MACHADO; SANTOS, 2016).
Exemplo 1:
Contrato inicial = ...............................................120 dias
Prorrogação = ................................................... 90 dias
Total = .............................................................. 210 dias
Exemplo 2:
Contrato de experiência = .................................. 45 dias
Prorrogação = .................................................... 45 dias
Total = ................................................................ 90 dias
Exemplo 3:
Contrato de experiência = ................................ 30 dias
Prorrogação = ................................................... 30 dias
Total = ............................................................... 60 dias
ATENÇÃO
Atingindo o prazo final do contrato por prazo determinado e nenhuma das partes se
manifestar acerca do término do contrato, ele passa a vigorar por prazo indeterminado (MACHADO;
SANTOS, 2016).
IMPORTANTE
Recontratação/Readmissão de ex-empregado. O Art. 452 da CLT impede nova contratação
por tempo determinado sem a observância do intervalo de seis meses.
IMPORTANTE
Havendo a suspensão temporária do contrato de trabalho (doença, acidente de trabalho),
paralisa-se a contagem dos dias do contrato de experiência quando o colaborador passar a receber
benefício previdenciário.
Exemplo: primeiros 15 dias pagos pela empresa (entra para a contagem do contrato). A partir
do 16º dia quem paga é o INSS, nesse caso, para a contagem dos dias do contrato de experiência
(MACHADO; SANTOS, 2016).
Rokembach (2009, p. 15) define contrato por prazo determinado como “um
contrato normal, em que não existe período de vigência preestabelecido”.
IMPORTANTE
Enquadram-se neste item os empregados que já tenham trabalhado anteriormente na
empresa e estejam sendo recontratados para a mesma função. Neste caso, a CLT aborda que ele
já comprovou sua experiência uma vez, não havendo necessidade de comprová-la novamente
Fonte: <https://pt.slideshare.net/rodolfo39/contrato-individual-de-trabalho-de-prazo-indeterminado>.
Acesso em 27 fev. 2017.
UNI
A rescisão pode ocorrer a qualquer momento, desde que uma das partes dê o aviso prévio.
TÓPICO 4
JORNADA DE TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
A legislação prevê várias formas de jornadas de trabalho, que vão desde o limite
máximo de oito horas diárias, até jornadas reduzidas (específicas para cada caso), que
veremos a seguir.
2 JORNADA DE TRABALHO
A CLT (BRASIL, 1943) em sua seção II - Art. 58 escreve que a duração normal do
trabalho, para os empregados de qualquer atividade privada, não deverá ultrapassar o
limite de oito horas diárias, desde que não se tenha expressamente fixado outro limite.
Parágrafo 1º: Não serão descontadas nem computadas como jornada extraor-
dinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”. Ou seja, até
cinco minutos antes do horário de entrada e até cinco minutos após o horário
de saída do funcionário, totalizando 10 minutos, a empresa não é obrigada a
computar como horas extraordinárias.
Parágrafo 2º: O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e
para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na
jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o empregador fornecer a condução.
- Quando houver meio de transporte público: não poderá ser computado o tempo
(casa-trabalho) para fins de jornada de trabalho.
Vejamos o exemplo:
IMPORTANTE
É proibido menores de 18 anos trabalharem em horário noturno, independentemente do
gênero (MACHADO; SANTOS, 2016).
Vejamos o exemplo:
Salário do João 1.200,00/220 = 5,45 (1.200,00 dividido por 220 horas (que é o padrão
de um mensalista) = valor por hora do trabalhador).
Já sabemos que João ganha 5,45 a hora, porém ele teve 2 horas noturnas.
5,45 x 2 horas = 10,90 x 20% de adicional noturno = 2,18 (Este será o acréscimo
no salário do João por trabalhar 2 horas no 3º turno).
3 MENSALISTA X HORISTA
MENSALISTA
Vejamos o exemplo dado por Oliveira (2015): um mensalista trabalha oito horas
diárias de segunda a sexta-feira, e aos sábados quatro horas, totalizando 44 horas
semanais, conforme previsto na Constituição.
No exemplo dado por Oliveira (2015), os dois últimos dias foram considerados
como 7:20 min, porém o empregado trabalhou de fato oito horas para compensar o
sábado desta 5ª semana que aparecerá somente no mês seguinte.
Exemplo:
O acordo deverá ser impresso em duas vias, sendo uma via de posse da empresa
e outra do empregado.
HORISTA
Para o horista, a diferença acontece quando o mês possui 28, 30 e 31 dias. Quando
você for calcular a folha de um horista, deve ter sempre o calendário do mês em que
está fechando a folha em mãos.
ATENÇÃO
O DSR é o Descanso Semanal Remunerado assegurado por lei, como prevê o Art. 385 da CLT
(BRASIL, 1943): “descanso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas e coincidirá no
todo ou em parte com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa
de serviço”.
4 REGISTRO PONTO
No verso deste cartão ponto o funcionário deve assiná-lo. Nesse tipo de controle
as horas extras, faltas e atrasos devem ser checados de forma manual, bem como o seu
cálculo também é feito desta forma.
Observe que nesse modelo o funcionário assina ao lado de cada dia e não somente
ao final do período. Esse tipo de controle também exige que as horas extras, faltas e
atrasos sejam checados de forma manual, bem como o seu cálculo seja feito desta forma.
UNI
O artigo 58 da CLT (BRASIL, 1943) aborda: “Não serão descontadas nem computadas como
jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários”.
Bate o ponto às 06h55min e às 17h05min (estes 10 min não poderão ser considerados como horas
extras).
Por fim, no Tópico 4 tratamos sobre a jornada de trabalho e aprendemos que a CLT
estabelece o limite de oito horas diárias, desde que não se tenha expressamente fixado
outro limite, bem como a jornada reduzida existente para outras profissões específicas.
AUTOATIVIDADE
a) 29,55
b) 5,91
c) 5,00
d) 35,46
1 - Resposta Individual
2 - Resposta Individual
3 - Resposta Individual
4 - d) 35,46
Comentário: Salário 1.300,00/220 = 5,91 (1.300,00 dividido por 220 horas (que é o padrão
de um mensalista) = valor por hora do trabalhador)
5,91 x 5 horas = 29,55 x 20% de adicional noturno = 5,91.
Este será o acréscimo no salário do João por trabalhar 2 horas no 3º turno).
Total = 29,55+ 5,91 = 35,46
OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas. 25. ed. São Paulo, Atlas, 2015.