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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

CAMPUS SÃO GABRIEL


CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

NOME: Ana Caroline Machado Gonçalves TURMA: Biologia – 20 NOTA:

TRABALHO SUPLEMENTAR

1. Descreva as principais características de Bryophyta, Marchantiophyta e


Anthocerotophyta.
As briófitas compõem um grupo com três filos distintos, com características
particulares. São esses Anthocerotophyta (antóceros), Marchantiophyta (hepáticas) e
Bryophyta (musgos) (Vanderpoorten & Goffinet, 2009).
Os antóceros caracterizam-se por:
 Aspecto taloso;
 Ausência de anfigastros;
 Anterídios e arquegônios imersos no talo, rodeados por filídios fundidos;
 Ausência de seta;
 Liberação gradual dos esporos, com auxílio de pseudoelatérios.
As hepáticas caracterizam-se por:
 Aspecto folhoso (ou taloso);
 Presença de anfigastros nas hepáticas folhosas. Os anfigastros são filídios menores e
modificados, localizados na superfície ventral das hepáticas;
 Anterídios e arquegônios imersos ou não no talo, rodeados por filídios fundidos;
 Seta presente, e esta é hialina, que se alonga após a diferenciação da cápsula.
Apresenta crescimento limitado;
 Esporos liberados rapidamente, com auxílio de elatérios;
Os musgos caracterizam-se por:
 Aspecto folhoso;
 Presença de anfigastros em alguns grupos. Estão localizados na superfície superior
ou inferior do caulídeo.
 Anterídios e arquegônios não imersos no talo, rodeados por filídios livres;
 Seta presente, sendo fotossintetizante. Se alonga antes da diferenciação da cápsula,
com crescimento limitado;
 Esporos liberados rapidamente, por meio do peristômio.

2. Quais foram as novidades evolutivas que permitiram a transição das plantas de um


modo de vida exclusivamente aquático para um modo de vida terrestre?
Para organismos aquáticos, como as algas, ser filamentoso e ou laminar é vantajoso,
uma vez que as trocas no meio são favorecidas pela relação superfície-volume. Entretanto,
no ambiente terrestre essas características não são adaptativas, devido as altas taxas de
transpiração e aos longos períodos de seca. Dessa forma, algumas características são
necessárias para que obtenham sucesso nesse novo ambiente. Dentre essas novidades
evolutivas estão a formação de tecidos com muitas camadas celulares, aumento do tamanho
do corpo vegetal e redução da relação superfície-volume; ainda, o surgimento de uma
cutícula propiciou a diminuição da perda de água. Em relação à perda de água, a formação
de esporos com paredes proteção durável foi essencial para que as plantas tivessem sucesso
reprodutivo, já que dessa forma resistem mais à períodos de seca, bem como se dispersam e
se estabelecem no local de dispersão mais facilmente (PEREIRA, A. B., 2003).
3. Descreva o ciclo de vida de uma pteridófita heterosporada.
Algumas pteridófitas do filo Lycophyta, como as pertencentes ao gênero Selaginella,
são heterosporadas, isso é, produzem esporos que originarão gametófitos femininos
(megásporos) ou masculinos (micrósporos), que se formam juntos no mesmo estróbilo do
esporófito.
Os micrósporos mais tarde se desenvolverão em microgametófitos, enquanto os megásporos
se desenvolverão em megagametófitos. Os micrósporos e os megásporos são dispersos
próximos uns dos outros, e dessa forma o anterozoide precisa nadar apenas uma pequena
distância para alcançar a oosfera. Cada esporângio apresenta na axila um apêndice em forma
de escama, chamado lígula. Em plantas heterosporadas como em Selaginella, o
desenvolvimento do gametófito inicia-se dentro do envoltório do esporo. Como nas plantas
com sementes, o esporófito jovem é envolvido pelos tecidos do megagametófito, e a maior
fonte de alimento para o embrião em desenvolvimento são as substâncias nutritivas
armazenadas no megásporo. Porém, diferente das plantas com sementes, Selaginella não
apresenta período de dormência no desenvolvimento do embrião, nem tegumentos que
originem a casca da semente. Tipicamente, quatro megásporos são produzidos em cada
esporângio, e daí dispersados (RAVEN; EICHHORN; EVERT, 2014).

4. Diferencie sinângio de leptosporângio.


De acordo com Pereire & Putzke (2010), o sinângio pode ser caracterizado como um
conjunto de esporângios de um soro concrescente em somente um corpo com aspecto de
cápsula como, por exemplo, os representantes da família Marattiaceae. Diz-se
leptosporângio aquele esporângio que se origina apenas uma única célula inicial, a qual
apresenta parede constituída de apenas uma camada celular.

5. A transição de um modo de vida exclusivamente aquático para um modo parcialmente


terrestre foi, sem dúvida, um dos principais motivos para a irradiação das plantas
verdes. Porém os grupos basais possuem uma limitação de crescimento, não havendo
briófitas maiores que 5 cm nos dias de hoje. Baseado nesta afirmação, responda qual a
novidade evolutiva que permitiu a irradiação e diversidade estrutural das Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas? Porque?
De acordo com Raven et al (2014) a novidade evolutiva que permitiu a irradiação e a
diversidade dessas plantas foi o aparecimento de tecidos condutores de seiva, ou seja, um
sistema vascular especializado, que proporcionou a solução do problema de transporte de
água e nutrientes na planta. Complementar a isso, a síntese de lignina pela planta também se
destaca como passo importante e fundamental para tal.

6. Responda sucintamente quais foram as novidades evolutivas que permitiram a


formação das sementes?
Pode-se elencar as seguintes novidades evolutivas como as que possibilitam a
formação de sementes:
- Retenção dos megásporos dentro do megasporângio;
- Redução do número de células-mãe para uma em cada megasporângio;
- Formação de um megagametófito endospórico, não sendo mais de vida livre;
- Desenvolvimento do embrião ou esporófito jovem no interior do megagametófito retido
dentro do megasporângio;
- Modificação do ápice do megasporângio para receber micrósporos ou grãos de pólen.

7. Com base nos conhecimentos sobre a estrutura das Gimnospermas, descreva o


processo de polinização e fertilização do óvulo.
O processo de polinização juntamente com a formação do tubo polínico elimina a
necessidade de água para que o gameta masculino alcance a oosfera, sendo a água não mais
um fator necessário (para esse processo) como é para outros grupos. O transporte de
gametas masculinos ocorre através da combinação de polinização e tudo polínico. Na
polinização ocorre a transferência de pólen do microsporângio para o megasporângio. A
fecundação ocorre pela união de um dos gametas do microgametófitos (grão de pólen
germinado) à oosfera, que na maioria das gimnospermas está localizada no arquegônio.
Após a fecundação, cada óvulo desenvolve-se em uma semente (RAVEN; EICHHORN;
EVERT, 2014).
8. O que é micrópila? Onde ocorre? Qual a sua função?
A micrópila nada mais é que uma abertura, em forma de canal, no tegumento que
envolve o megasporângios. Por ali, ocorre a fecundação (PEREIRA; PUTZKE, 2010).

9. Diferencie o estróbilo masculino do estróbilo feminino, quanto a sua forma e função.


O estróbilo masculino ou microsporângiados são menores e tem por função produzir
pequenos esporos chamados grãos de pólen. Já os estróbilos femininos ou megasporângio
(ovulados), são maiores e mais complexos do que os estróbilos produtores de pólen, eles têm
função de produzir estruturas denominadas óvulos (RAVEN; EICHHORN; EVERT, 2014).

10. Qual o grupo de Gimnospermas possui maior diversidade em espécies? Descreva as


características deste grupo, citando as famílias e os gêneros mais representativos.
Coniferophyta é o grupo de gimnospermas que apresenta número mais expressivo de
espécies. Essa divisão agrupa os indivíduos arbóreos mais altos e velhos conhecidos. E sua
grande maioria, possuem um tronco central que forma outros grupos de tronco. Produz
micrósporos (esporos masculinos) e megásporos (esporos femininos) em estruturas
separadas chamadas cones ou estróbilos, que são também chamados de micro e
megaestróbilos (cones masculinos e femininos, respectivamente) e que geralmente situam-se
numa mesma planta, sendo, portando, monoicas (raro dioicas). Suas folhas podem ser
simples, lineares e aciculares.
Pinaceae é uma família que abriga 11 gêneros (dentre eles Pinus, Abies, Larix e Picea)
sendo originária do Hemisfério Norte, mas amplamente cultivada em todo o mundo. São
quase sempre árvores, raros os indivíduos arbustivos; a maioria é perenifólia, resinosos,
monoicos e com folhas aciculares; os estróbilos são dimorficos, sendo o feminino maior.
Podocarpaceae é uma família que abriga aproximadamente 19 gêneros, dentre eles o
Podocarpus, ocorrendo principalmente no Hemisfério Sul; são indivíduos arbustivos e
perenifólios.
Cupressaceae é uma família cosmopolita, com 30 gêneros reconhecidos atualmente, sendo
alguns de seus exemplares o Cupressus, Juniperus e Sequoia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. PEREIRA, A. B.; PUTZKE, J. Dicionário Brasileiro de Botânica. Curitiba. Editora


CRV, 2010.
2. PEREIRA, A. B. Introdução aos estudos das pteridófitas. 2ª edição, Canos, editora
Ulbra, 192p. 2003

3. RAVEN, Peter H.; EICHHORN, Susan E.; EVERT, Ray F. Biologia Vegetal. 8. Ed.
Rio de
4. Janeiro. Editora Guanabara Koogan, 2014.

5. VANDERPOORTEN, A. & GOFFINET, B. 2009. Introduction to Bryology. New


York: Cambridge University Press.

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