FRENTE MÓDULO

BIOLOGIA C 18
Briófitas e Pteridófitas
BRIÓFITAS
Características gerais
As briófitas (do grego bryo, musgo; phyton, planta) são plantas terrestres que evoluíram das algas verdes.

São seres pluricelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes, aeróbios, criptógamos (do latim crypto, escondido;
gamae, gametas), isto é, suas estruturas produtoras de gametas, os gametângios, não são aparentes ou são pouco visíveis.
Não formam flores nem sementes. São atraqueófitas (avasculares), ou seja, não apresentam tecidos ou vasos condutores
de seiva. Nas briófitas, o transporte de substâncias é feito por difusão de célula a célula. Esse transporte é lento e, por isso,
determinante do pequeno porte que essas plantas atingem no ambiente terrestre. Caso fossem de estatura maior, as células
mais distantes do solo, que é o local de onde são retirados os nutrientes, morreriam antes de recebê-los. Em geral, possuem
apenas alguns milímetros, sendo que as de maior porte raramente ultrapassam os 20 cm de comprimento.

Em sua maioria, são espécies terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes úmidos e sombreados, uma vez que
são muito suscetíveis à dessecação. Nas matas tropicais, as briófitas são muito abundantes, formando uma cobertura densa,
que lembra um aveludado tapete verde sobre pedras, troncos das árvores, barrancos e solos úmidos. Algumas espécies são
aquáticas e dulcícolas, sendo encontradas submersas ou flutuando sobre as águas. Não existem espécies marinhas.

Filoide

Talo
Cauloide

Arquivo Bernoulli
Rizoide

Hepáticas
Antóceros
Musgos
Diversidade de briófitas.

Algumas briófitas, como as hepáticas talosas e os antóceros, são ainda muito semelhantes às algas, tendo o corpo
formado por um talo, sem órgãos diferenciados, isto é, sem raízes, caule e folhas diferenciados; outras, como os musgos
e as hepáticas folhosas, já possuem estruturas diferenciadas rudimentares, denominadas rizoides, cauloides e filoides,
que desempenham funções semelhantes às das raízes, dos caules e das folhas verdadeiros.

OBSERVAÇÃO

Alguns autores utilizam para as briófitas os termos rizoides, caule e folhas; outros, entretanto, preferem os termos rizoides,
cauloide e filoides, em função da ausência de tecidos vasculares (vasos condutores de seiva) nessas estruturas.

Reprodução
A reprodução das briófitas normalmente se faz por metagênese, isto é, alternância de gerações sexuada e assexuada.
Vejamos, como exemplo, o ciclo de reprodução de um musgo.
Nos musgos, a geração gametofítica (gametófito) é a mais desenvolvida e é autótrofa, e a geração esporofítica (esporófito)
é reduzida, heterótrofa, vivendo sobre o gametófito feminino e dependendo dele para a própria nutrição.

Bernoulli Sistema de Ensino 93

 Frente C Módulo 18 Briófitas e Pteridófitas

Esporófito (2n) Para ocorrer a fecundação, o anterozoide (gameta masculino) sai do anterídio (gametângio masculino) e, nadando,
chega ao arquegônio (gametângio feminino), onde encontra a oosfera (gameta feminino).

Filoide Anterozoides

Arquivo Bernoulli
Cauloide

Gametófito
Gametófito Rizoide
feminino (n)
masculino (n)
Oosfera

Gametófitos do musgo.

Arquivo Bernoulli

BIOLOGIA
Ao contrário das algas, nas briófitas, os gametângios (órgãos formadores de gametas, presentes nos gametófitos) apresentam
uma camada de células estéreis, as quais são protetoras, uma vez que revestem as células que produzem os gametas. Esse Arquegônio Anterídio

revestimento é mais uma adaptação das plantas ao meio terrestre. Os gametângios masculinos, denominados anterídios, A fim de exemplificar o ciclo de vida de uma briófita, veremos o ciclo de vida de um musgo pertencente ao gênero Polytrichum,
localizam-se no ápice do gametófito masculino. Nos anterídios, por mitose, são produzidos os anterozoides (gametas comumente encontrado sobre barrancos. Nesse gênero, os gametófitos são dioicos, isto é, possuem sexos separados.
Assim, existem gametófitos masculinos e gametófitos femininos. Veja o esquema a seguir:
masculinos). Os anterozoides das briófitas são biflagelados e dependem de um meio líquido para sua locomoção. Esse é
Cápsula sem caliptra
mais um fator que limita o desenvolvimento dessas plantas a ambientes úmidos. Os gametângios femininos, denominados
Cápsula Cápsula
arquegônios, localizam-se no ápice dos gametófitos femininos. No interior de cada arquegônio, existe apenas uma oosfera Cápsula sem o opérculo

Esporófito (2n)
(gameta feminino), que é imóvel.
Opérculo Peristômio

Caliptra

Haste
Anterozoides
(n)
Pé
Ápice da planta Cápsula
Ápice da planta

Arquivo Bernoulli
com sem o opérculo
arquegônios com

Arquivo Bernoulli
anterídeo Embrião (2n)
Arquegônios

Fecundação Esporos
e divisão Oosfera sendo
Anterídeo eliminados
Gametófito Gametófito (n)
feminino masculino Arquegônio (n)
(n) (n) com embrião (2n)
Célula estéril
Colo Gametófito (n) Gametófito Gametófito (n)
Células colares do canal Célula estéril
Ciclo de vida de um musgo.
Célula central do canal
Oosfera (gameta ) Células Os gametófitos são haploides (n) e, em seus gametângios, por mitose, são formados os gametas (n).
Ventre produtoras A fecundação ocorre por ocasião de chuvas ou garoas, cujas gotas-d’água, ao atingirem o ápice do gametófito masculino,
de gametas fazem com que os anterozoides (gametas masculinos) sejam lançados, juntamente a borrifos de água, para fora da planta.
Se esses anterozoides caírem no ápice de um gametófito feminino, onde já existe água acumulada, nadam em direção
à oosfera, localizada no arquegônio (gametângio feminino), atraídos, provavelmente, pelo líquido que se forma no canal
Arquegônio do arquegônio. O anterozoide, atingindo a oosfera, fecunda-a, originando um zigoto (2n). Esse zigoto se desenvolve
(gametângio ) no interior do arquegônio e, portanto, no ápice do gametófito feminino. Do desenvolvimento desse zigoto forma-se um
Oosfera embrião (2n), que dará origem ao esporófito (2n). Dessa forma, o esporófito se desenvolve no ápice do gametófito
(gameta ) feminino. Esse esporófito é formado por um pé (porção basal), por uma haste longa e delicada e por uma cápsula, no
Anterídeo interior da qual, por meiose, são formados os esporos (n). Essa cápsula, então, é o esporângio (local do esporófito onde
(gametângio ) são formados os esporos) dos musgos. Revestindo externamente essa cápsula, existe um capuz, denominado caliptra,
constituído por células haploides, originárias dos tecidos haploides do arquegônio que permanece sobre a cápsula. Ao cair,
a caliptra expõe o ápice da cápsula, onde existe o opérculo. Este, ao cair, expõe a abertura da cápsula, que apresenta
uma estrutura denominada peristômio. O peristômio é um anel de segmentos dentiformes, situados ao redor da abertura
Na época da fecundação, as células do colo Anterozoide da cápsula, os quais auxiliam na expulsão dos esporos. Os esporos, ao caírem em um substrato favorável, germinarão,
se degeneram, deixando um canal cheio de líquido por mitose, dando origem a um conjunto de filamentos denominado protonema, constituído por células haploides (n).
(gameta )
que exerce atração química sobre os anterozoides. A partir do protonema, por mitose, originam-se novos gametófitos.

94 Coleção 6V Bernoulli Sistema de Ensino 95

 Frente C Módulo 18
As turfeiras
No grupo das briófitas, encontramos os esfagnos, musgos
do gênero Sphagnum que funcionam como verdadeiras
esponjas, já que têm grande capacidade de absorver e
reter água. Além de produzirem substâncias bactericidas
e fungicidas, as águas onde normalmente essas plantas
crescem são bastante ácidas, o que dificulta a decomposição.
Assim, com o passar do tempo, as plantas mortas originam
camadas escuras que vão se compactando, formando os
depósitos de turfa, as turfeiras.
As turfeiras, portanto, são formadas por matéria vegetal
parcialmente decomposta, encontradas em terrenos
alagadiços (charcos, pântanos) e que podem formar
camadas de vários metros de espessura e quilômetros de
extensão. Em muitas regiões da Alemanha, da Inglaterra
e da Escandinávia, existem grandes depósitos de turfas.
As turfas são muito utilizadas em agricultura para
melhorar a capacidade de retenção de água no solo, além de
fornecerem nutrientes diversos para as plantas cultivadas.
Quando secas, são muito utilizadas como combustível para
aquecimento doméstico, substituindo, em certos casos,
a lenha ou o carvão.
PTERIDÓFITAS
Características gerais
As pteridófitas (do grego pterion, feto; phyton, planta)
são as primeiras traqueófitas (plantas que possuem
vasos condutores de seiva, isto é, plantas vasculares).
Assim, possuem um sistema de transporte eficiente com
tecidos especializados na condução e distribuição de água,
minerais e substâncias orgânicas entre os órgãos vegetais.
A aquisição desse sistema condutor foi uma das mais
importantes adaptações das plantas ao ambiente terrestre
e aparece pela primeira vez na escala evolutiva em
pteridófitos. A presença de vasos lenhosos (xilemáticos)
e vas os l i b eri ano s ( fl o e m á t i co s) po ssi bi l i t o u u m
desenvolvimento maior no porte dessas plantas no
ambiente terrestre.
Apresentam as seguintes características gerais: são
pluricelulares, eucariontes, autótrofas e aeróbias; traqueófitas
(vasculares); criptógamas, ou seja, não formam flores e,
consequentemente, não produzem sementes; cormófitas,
isto é, possuem órgãos diferenciados e especializados em
determinadas funções. Seus órgãos são raízes, caules e
folhas com cutícula protetora e estômatos; tipicamente
terrestres, vivendo, preferencialmente, em locais úmidos e
sombrios, existindo, entretanto, algumas espécies aquáticas
(dulcícolas). Algumas espécies são epífitas, isto é, crescem
sobre outras plantas sem prejudicá-las.
As pteridófitas podem ser subdivididas em três grupos
principais: licopodíneas, equisetíneas e filicíneas.
96 Coleção 6V
Arquivo Bernoulli
Licopodium Selaginella Equisetum
Licopodíneas – São pteridófitas cujo aspecto se assemelha ao dos
musgos. Os principais representantes pertencem aos gêneros
Lycopodium e Selaginella. Equisetíneas – São pteridófitas que
possuem caules articulados com nós e entrenós. As folhas são
pequenas e nascem nos nós. Os principais representantes são
os do gênero Equisetum, conhecidos também por cavalinhas ou
rabo-de-cavalo.
Entre as filicíneas terrestres, existem espécies de caule
aéreo, ereto e com folhas bem desenvolvidas, como a
samambaiaçu, frequente em florestas tropicais.
Folha
Caule
Arquivo Bernoulli
Filicíneas – São as pteridófitas que apresentam o maior número de
espécies (cerca de 9 mil). Possuem grande diversidade de formas e
de habitat. A maioria vive em ambiente terrestre, embora existam
algumas espécies aquáticas (Salvinia e Azolla). O Samambaiaçu
é uma pteridófita arborescente que pode apresentar, na base
de seu caule ereto, uma trama de raízes adventícias de grande
volume. Essa trama, conhecida popularmente por xaxim, era
muito utilizada como vaso para diferentes tipos de plantas
ornamentais. Atualmente está ameaçado de extinção.
Báculo
Rizoma
Báculo
Raízes
Samambaia Avenca
Samambaias e avencas – São filicíneas terrestres de porte
intermediário, muito utilizadas como plantas ornamentais.
São muito comuns em florestas temperadas e tropicais e
possuem caule do tipo rizoma (caule subterrâneo que cresce
paralelamente à superfície do solo). As folhas jovens das
filicíneas têm o ápice enrolado em função do maior crescimento
inicial da face superior da folha em relação à inferior. Essas folhas
recebem o nome de báculo.
Muitas filicíneas são epífitas, isto é, crescem sobre o
tronco de outras plantas sem prejudicá-las. É o caso,
por exemplo, da Platycerium alcicorne, popularmente
conhecida por chifre-de-veado.
Folha assimiladora
Folha coletora
Arquivo Bernoulli
Árvore hospedeira
Platycerium alcicorne – Uma filicínea epífita conhecida
popularmente como chifre-de-veado. A planta possui folhas
coletoras, circulares, que se fixam ao tronco, e folhas
assimiladoras ramificadas. O Platycerium alcicorne, como as
demais epífitas, utiliza outras plantas apenas como suporte,
tendo nutrição independente.
Reprodução
Apesar de já terem conseguido mais independência do
que as briófitas em relação ao meio aquático, as pteridófitas
ainda necessitam da água para a reprodução, uma vez
que os seus anterozoides (gametas masculinos) precisam
de um meio líquido para se deslocarem ao encontro das
oosferas (gametas femininos). Dessa forma, a vegetação
de pteridófitas é mais abundante em locais úmidos,
embora existam espécies que vivam em regiões áridas.
Nesse caso, entretanto, as plantas permanecem em estado
de vida latente quando as condições do meio se tornam
desfavoráveis.
Briófitas e Pteridófitas
A reprodução das pteridófitas normalmente se faz por
metagênese (alternância de gerações).
No ciclo de vida haplôntico-diplôntico (haplodiplobiôntico)
das pteridófitas, ao contrário do que acontece nas briófitas,
o esporófito (2n) é a fase mais desenvolvida e duradoura,
e o gametófito (n), também chamado de protalo, constitui
a fase temporária de menor duração. Assim como nas
briófitas, as pteridófitas possuem gametângios (anterídios
e arquegônios) revestidos e protegidos por células estéreis
e apresentam oogamia. O esporófito, dependendo da
espécie, produz esporos de tamanhos iguais ou de tamanhos
diferentes. Quando os esporos são iguais, a pteridófita é dita
isosporada; quando têm tamanhos diferentes, a pteridófita
BIOLOGIA
é heterosporada. Nas heterosporadas, os esporos maiores
são chamados de megásporos, e os menores, micrósporos.
Arquegônio
com Esporófito Soro
embrião (2n)
Esporângio
Fecundação
Arquegônio
Protalo (Gametófito)
Oosfera
Início da
formação
Anterozoide Anterídio do protalo
Ciclo de vida de uma pteridófita isosporada.
A figura anterior representa o ciclo de reprodução da
samambaia-de-metro (Polypodium sp.). O “pé” de samambaia
(planta com raízes, caule e folhas) é o esporófito (2n). Suas folhas
são compostas por unidades menores, chamadas folíolos. Em
certas épocas do ano, na face inferior de determinados folíolos,
denominados esporofilos, surgem pequenos pontos escuros,
chamados soros. Cada soro é um conjunto de esporângios que,
por meiose, produzem os esporos (n), que são liberados
para o meio exterior onde encontrando condições favoráveis,
originam um gametófito, também conhecido por protalo. Esse
gametófito é monoico, isto é, possui anterídio (gametângio
masculino) e arquegônio (gametângio feminino). Esse
gametófito é cordiforme (tem forma que lembra um coração),
possui rizoides para a fixação no substrato e, apesar de pouco
desenvolvido, é clorofilado, portanto, capaz de fabricar o seu
próprio alimento. Quando a maturidade sexual é atingida, os
anterozoides, que são pluriflagelados, deixam os anterídios e
se deslocam em direção ao arquegônio, que contém a oosfera
(gameta feminino). Com a fecundação (fusão dos gametas),
forma-se o zigoto (2n). Enquanto o gametófito (protalo)
inicia um processo de degeneração, o zigoto se desenvolve,
originando um novo esporófito, dependente do gametófito
apenas nos estágios iniciais de seu desenvolvimento.
Bernoulli Sistema de Ensino 97
 Frente C Módulo 18 Briófitas e Pteridófitas

#
Em um mesmo estróbilo, há megasporângios (produtores de
EXERCÍCIOS DE Um musgo (briófita) e uma samambaia (pteridófita)
apresentam em comum
megásporos) e microsporângios (produtores de micrósporos).
Soro Esporângio A Selaginella é, portanto, uma pteridófita heteróspora ou APRENDIZAGEM A) I e II.
B) II e III.
Soro heterosporada. Na heterosporia,os gametófitos (protalos)
C) apenas I.
Arquivo Bernoulli

são dioicos, isto é, há dois tipos de protalos, um somente

01. (UFPR) Existem dois grupos de vegetais com as formas
Folha Arquegônios gerais de reprodução quase idênticas: ambos possuem D) apenas II.
masculino (originário do micrósporo),outro somente feminino gametófito (n) e esporófito (2n). Indique a correta, entre E) apenas III.
Anterídeos
Caule (originário do megásporo). as combinações a seguir.
A) As pteridófitas possuem o gametófito como fase 05. (Cescem-SP) Um musgo apresenta o aspecto indicado na
Protalo O ciclo de uma pteridófita heterosporada, como o da figura a seguir:
permanente e o esporófito como fase transitória.
Raízes Selaginella, pode ser resumido segundo o esquema a seguir:
B) As briófitas possuem o gametófito como fase
Samambaias – O esporófito é diploide (2n) e se origina do permanente e o esporófito como fase transitória.
Esporófito (2n) com
zigoto, e o gametófito é haploide (n) e se origina do esporo. megasporângio e microsporângio C) Nas briófitas, a fase permanente é a diploide, II
O esporófito é assexuado e produz esporos (unidades enquanto a haploide é a transitória.

BIOLOGIA
R! R!
assexuadas de reprodução), e o gametófito é sexuado
D) Nas pteridófitas, a fase permanente é a haploide e a
e produz gametas (unidades sexuadas de reprodução).
transitória, a diploide.
O esporófito é duradouro ou persistente (produz esporos e Megásporos (n) Micrósporos (n)
E) Nas briófitas, tanto o gametófito como o esporófito
se mantém vivo), ao passo que o gametófito é passageiro
são permanentes. I
ou temporário (após a formação do zigoto, o gametófito
Gametófito feminino Gametófito masculino
se degenera). Tanto o esporófito quanto o gametófito são (megaprotalo) (microprotalo)
clorofilados e, portanto, autótrofos.
02. (UFG-GO) O ciclo de vida das pteridófitas apresenta mais
contendo arquegônio contendo anterídio
adaptações ao ambiente terrestre que o das briófitas.
Podemos resumir o ciclo de vida de uma pteridófita Quanto a essas características evolutivas, julgue os itens
isosporada por meio do seguinte esquema: Oosfera (n) Anterozoide (n) a seguir.
( ) As briófitas estão restritas aos ambientes áridos,
Que letra da tabela a seguir indica corretamente o que
Esporófito (2n) com esporângios enquanto as pteridófitas vegetam em vários
representam as estruturas I e II?
R! Fecundação ambientes, pois são seres ricos em lignina.

Esporos (n) ( ) As pteridófitas são plantas que fazem o transporte I II

rápido da seiva, enquanto nas briófitas o transporte Gametófito feminino e
Zigoto (2n) A) Esporófito diploide
Gametófito ou protalo (n) monoico é feito de célula a célula. haploide
(com anterídeo e arquegônio) Gametófito dioico e
( ) Nas briófitas, o transporte de água e nutrientes B) Esporófito haploide
Ciclo de vida de uma pteridófita heterosporada. diploide
percorre as pequenas distâncias, por difusão, por isso
Anterozoide (n) Oosfera (n) essas plantas têm tamanho reduzido. Gametófito masculino e
Embora nas pteridófitas a reprodução se faça, C) Esporófito diploide
haploide
( ) As pteridófitas, ao contrário das briófitas, apresentam
normalmente, por meio da metagênese, nesse grupo de Gametófito dioico e
Fecundação um ciclo de vida com geração esporofítica bem D) Esporófito diploide
haploide
plantas também pode ocorrer reprodução apenas por desenvolvida.
Zigoto (2n) Gametófito feminino e
processos assexuados. As pteridófitas que possuem caule E) Esporófito haploide
haploide
do tipo rizoma (samambaias, avencas) podem apresentar 03. (UFU-MG) Assinale a alternativa que completa as
Ciclo de vida de uma pteridófita isosporada.
lacunas corretamente: Nas samambaias, os esporos
reprodução vegetativa (assexuada) em função, justamente,
que germinam crescem, formando I , em que se
Em certas pteridófitas, como as do gênero Selaginella,
os esporângios se encontram agrupados em ramos
do tipo de caule que possuem. O rizoma pode, em veem os anterídios e os arquegônios, responsáveis pelo EXERCÍCIOS
PROPOSTOS
determinados pontos, desenvolver brotos que dão origem surgimento dos anterozoides e das oosferas. Da união de
terminais modificados, denominados espigas ou estróbilos.
um anterozoide com uma oosfera surgirá II ,
Esses esporângios estão protegidos por pequenas folhas em a novos indivíduos.
que, por mitose, formará III , que é a fase
forma de escamas. dominante. 01. (PUC Minas) São características das briófitas:
Microsporângio A) I – esporângio, II – célula-ovo, III – prótalo. A) Fase gametofítica dominante, esporófito dependente
Estróbilo do gametófito, fecundação dependente da água.
B) I – esporófito, II – zigoto, III – gametófito.
Arquivo Bernoulli

C) I – prótalo, II – célula-ovo, III – esporângio. B) Fase esporofítica dominante, gametófito dependente

do esporófito, fecundação dependente da água.
Rizoma D) I – gametófito, II – zigoto, III – esporófito.
C) Fase gametofítica dominante, esporófito independente
Arquivo Bernoulli

do gametófito, fecundação independente da água.

04. (PUC-SP) Considere as seguintes características:
Megasporângio D) Fase esporofítica dominante, gametófito independente
I. Alternância de gerações com esporófito predominante
do esporófito, fecundação independente da água.
sobre o gametófito.
Selaginella E) Fase gametofítica dominante, esporófito reduzido
Reprodução assexuada em samambaia – A formação de brotos II. Presença de tecidos de condução. a uma célula gamética, fecundação independente
Pteridófita heterosporada. no rizoma origina novos indivíduos. III. Ocorrência de meiose espórica. da água.

98 Coleção 6V Bernoulli Sistema de Ensino 99

 Frente C Módulo 18
02. (UniEVANGÉLICA) Leia o texto e analise a figura a seguir. 04. (UESPI) As plantas avasculares são pequenas e são
comuns em ambientes sombreados. Sobre suas
Durante uma excursão, promovida pela disciplina de
características reprodutivas, observe o ciclo de vida
Biologia, um aluno coletou um espécime com a seguinte
exemplificado a seguir e assinale a alternativa correta.
descrição:
1. Foi coletado em um ambiente úmido e sombreado.
2. Estava formando um tapete verde sobre a superfície. 1 reprodutivo dos musgos. Com o auxílio do diagrama e
3. A análise do espécime através de uma lupa
demonstrou o aspecto conforme esquema da figura 5 2
a seguir.
cápsula
esporófito
3
esporos
4 maduro
haste
filoide
gametófito
A) Na cápsula, ocorre a meiose, formando-se esporos
haploides que são eliminados no solo (1).
cauloide B) Cada esporo desenvolve-se formando gametófitos
rizoide unicamente masculinos (2).
C) Anterozoides haploides fecundam oosferas diploides
Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia>. (3), ocorrendo a seguir divisões meióticas sucessivas.
Acesso em: 25 set. 2013. D) O arquegônio com o embrião diploide (4) desenvolve-
se formando uma estrutura haploide.
Com os dados anteriores, verifica-se que o espécime é
E) O esporófito (5) representa a fase assexuada do ciclo
A) um musgo (Briófita).
reprodutivo.
B) um fungo (Basidiomiceto).
C) uma alga (Clorofícea). 05. (FAMECA-SP) Uma samambaia realiza o ciclo reprodutivo
D) uma avenca (Pteridófita). conhecido como metagênese ou alternância de gerações.
Em relação à reprodução, é correto afirmar que uma
samambaia produz
03. (UFV-MG) A figura a seguir corresponde a duas plantas
com parte de suas estruturas morfológicas e reprodutivas A) gametas (oosfera e anterozoides); após a fecundação,
indicadas por I, II, III e IV. o zigoto resultante irá originar o gametófito chamado
protalo dioico.

II III B) soros, que são conjuntos de esporângios, onde
ocorrem meioses; estas geram vários esporos que
I são levados pelo vento e cada um origina um protalo.
C) esporângios, contendo vários esporos haploides;
estes, por sua vez, são transportados pelo vento e
originam esporófitos duradouros.


D) esporos por meiose, que se transformam em soros;

estes, por sua vez, contêm embriões, que são levados

IV
pelo vento e originam um esporófito.


E) esporos por mitose, que são levados pelo vento e

originam vários protalos hermafroditas; estes, por
sua vez, são capazes de gerar gametas que, após a
fecundação, geram vários zigotos.
Observe a representação e indique a afirmativa correta.
06. (Unesp–2018) O musgo Dawsonia superba pertence
A) As duas plantas são vascularizadas e apresentam
à classe Brydae e apresenta tecidos condutores
folhas clorofiladas.
especializados, conhecidos como hadroma e leptoma,
B) A estrutura indicada por I é diploide e corresponde
responsáveis pela condução de seiva bruta e elaborada,
ao prótalo. respectivamente. Entretanto, esses organismos não são
C) II indica os anterozoides haploides produzidos considerados plantas vasculares, pois as paredes das
células do hadroma não apresentam lignina.
pelo esporângio.
D) III corresponde a soros 2n que produzem os esporos Disponível em: <www.criptogamas.ib.ufu.br> (Adaptação).
nas pteridófitas. A) Relacione os dois tecidos que conduzem as seivas nas
E) As estruturas indicadas por IV são gametófitos plantas vasculares com o hadroma e com o leptoma
haploides. da espécie superba.
100 Coleção 6V
B) Cite uma vantagem da espécie superba em relação
aos musgos que não apresentam hadroma e leptoma.
Qual a importância da lignina para as plantas
vasculares?
07. (UNITAU-SP–2016) O diagrama a seguir representa o ciclo
dos conhecimentos sobre a biologia desses organismos,
assinale a alternativa incorreta com relação à reprodução
das briófitas.
esporófito
adulto esporângios
esporófito
jovem
esporos
anterídio gametófito
masculino
arquegônio gametófito
feminino protonema
A) O esporófito jovem e o adulto são diploides (2n).
B) A formação dos esporos ocorre por sucessivas mitoses
do esporângio maduro.
C) Os gametófitos, masculino e feminino, são haploides
(n).
D) Anterídio e arquegônio têm característica haploide
(n).
E) O protonema haploide (n) é resultado de divisões
mitóticas dos esporos.
08. (UFJF-MG–2016) O gênero Sphagnum (Anthocerophyta)
possui espécies que são comumente chamadas musgos
de turfeira e possuem grande importância ecológica por
formarem a turfa, que cobre 1% da superfície terrestre
do planeta. Na primeira guerra mundial foram muito
utilizados na limpeza de ferimentos, por absorverem
até 20 vezes seu peso em água e pela presença de
metabólitos bactericidas em sua constituição. Sobre
musgos de turfeira, marque a alternativa correta.
A) Os musgos podem ocorrer em diferentes habitats,
incluindo o ambiente marinho e terrestre.
B) Possuem ciclo de vida com alternância de gerações
haploide e diploide, com fase haploide persistente.
C) São considerados avasculares, por possuírem
esporófito efêmero e dependente.
D) São formados por três sistemas de tecidos, no sistema
fundamental encontra-se o parênquima.
E) O esporófito libera as sementes pela abertura da
cápsula, após o opérculo ser eliminado.
09. (UFJF-MG–2015) Sobre os processos reprodutivos das
briófitas e pteridófitas, é correto afirmar:
A) A reprodução assexuada em briófitas e pteridófitas
ocorre por fragmentação, processo em que pedaços
de um indivíduo adulto geram novos gametófitos.
Briófitas e Pteridófitas
B) A reprodução sexuada em briófitas e pteridófitas
envolve, obrigatoriamente, a formação de micrósporos
e megásporos.
C) Uma condição comum à reprodução sexuada das
briófitas e pteridófitas consiste na produção de
anterozóides flagelados no interior de anterídios.
D) Nas briófitas e nas pteridófitas, a produção dos
esporos ocorre no interior de estruturas diploides,
as quais correspondem à fase dominante do ciclo de
vida.
E) A ausência de tecidos vasculares nas briófitas e
pteridófitas limita a fecundação em ambientes
aquáticos ou úmidos, uma vez que os anterozóides
precisam nadar até a oosfera.
10. (UEL-PR–2015) As samambaias pertencem ao grupo das
BIOLOGIA
pteridófitas, as quais possuem características adaptativas
que permitiram a conquista do ambiente terrestre com
mais eficiência que o grupo das briófitas.
Sobre as adaptações morfológicas e reprodutivas que
possibilitaram o sucesso das pteridófitas no ambiente
terrestre, considere as afirmativas a seguir.
I. A predominância da fase esporofítica.
II. O aparecimento dos tecidos xilema e floema.
III. O desenvolvimento de rizoides para fixação.
IV. O surgimento dos esporos para reprodução.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
11. (UEFS-BA–2015)
1
2
3 4
O esquema reproduz, de forma simplificada, o ciclo
reprodutivo das pteridófitas. Considerando-se as
informações expressas na ilustração e os conhecimentos
a respeito da reprodução desse grupo vegetal, é correto
afirmar:
A) Na etapa sexuada 1, ocorre a liberação dos esporos
de dentro dos ovários.
B) Na etapa 2, se caírem em um substrato adequado,
os esporos germinam, dando origem ao embrião.
C) Na etapa 3, ocorre produção de gametas masculinos
e femininos que se unem, originando o prótalo
hermafrodita.
D) No esporângio das plantas, através de meiose, as
células diploides são transformadas em haploides.
E) Na fase assexuada, as paredes do anterídio se
rompem, liberando os anterozoides, que nadam até
o arquegônio, penetrando por um canal, atingindo
a oosfera.
Bernoulli Sistema de Ensino 101
 Frente C Módulo 18

12. (PUC-SP) No esquema a seguir, que representa o ciclo Sabendo que a fase dominante do seu ciclo de vida é
reprodutivo da filicíneas, os eventos A, B e C são, o gametófito, identifique o tipo de ambiente em que
respectivamente, frequentemente é encontrado esse vegetal, justificando
sua resposta. Indique, também, a letra correspondente
Esporófito Esporo ao tipo de divisão celular desse vegetal na qual ocorre a
A
I II B meiose, justificando sua resposta.

IV
Zigoto
C
III
Gametófito
SEÇÃO ENEM
A) meiose, germinação e fecundação. 01. Em uma região de mata, há grande quantidade de musgos
e samambaias. Todos os musgos são pequenos, atingindo,
B) germinação, meiose e fecundação.
no máximo, poucos centímetros de altura, ao passo que
C) fecundação, germinação e meiose. algumas samambaias chegam a ter até 2 metros. Essa
D) germinação, fecundação e meiose. diferença de tamanho se justifica pelo fato de os musgos
E) meiose, fecundação e fecundação. A) não possuírem vasos condutores de seiva.
B) dependerem da água do meio para a reprodução.
13. (UERN) No ciclo de vida da pteridófitas, os esporos
C) serem menos resistentes ao ataque dos predadores.
liberados atingem o solo e podem desenvolver os
gametângios, também conhecido como prótalos. Nos D) terem uma fase haploide de curta duração.
mesmos indivíduos, os prótalos diferenciam-se em E) realizarem pouca fotossíntese.
masculino e feminino sendo, portanto, hermafrodita.
A figura representa o prótalo e suas estruturas. Observe.

I GABARITO Meu aproveitamento

Aprendizagem Acertei ______ Errei ______

II • 01. B • 03. D • 05. A
• 02. F V V V • 04. E

III Propostos Acertei ______ Errei ______

• 01. A • 03. D • 05. B
Assinale a afirmativa correta. • 02. A • 04. A
A) Os arquegônios (II) produzem as oosferas – gametas
06.
femininos.
B) Os arquegônios (I) produzem os anterozoides –
• A) O hadroma possui função semelhante à do xilema,
nas plantas vasculares, e o leptoma tem função
semelhante à do floema;
gametas masculinos.
C) Na posição II estão os anterídios, que produzem os
• B) A presença de hadroma e leptoma torna mais
eficiente a condução de nutrientes nos musgos
anterozoides – gametas masculinos. que possuem esses tecidos. A lignina aumenta a
sustentação mecânica das plantas vasculares e evita
D) Os anterídios estão na posição I, o arquegônio na o colabamento dos vasos condutores de seiva.
posição II e os rizoides na posição III.
• 07. B

14.
• 08. B
(UERJ–2015) As principais etapas do ciclo de vida
• 09. C
de um vegetal encontrado nos dias de hoje estão
• 10. A
representadas no esquema a seguir. Nele, as letras A,
• 11. D
B e C correspondem aos tipos de divisões celulares que
• 12. A
ocorrem durante o desenvolvimento desse vegetal.
• 13. C

A Esporófito B
• 14.
Esse vegetal é uma briófita. As briófitas são
encontradas em ambientes úmidos, pois necessitam da
(2n)
água para realizar seu processo reprodutivo. A meiose
é esporofítica, ou seja, a meiose ocorre na formação
Embrião (2n) Esporo (n) dos esporos. Ela é representada pela letra B.

Zigoto (2n)
Seção Enem Acertei ______ Errei ______
Gametófito (n)
• 01. A

Fecundação Gameta (n) C

Total dos meus acertos: _____ de _____ . ______ %

102 Coleção 6V