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ESCOLA PEDRO ÁLVARES CABRAL – CIÊNCIAS DA NATUREZA - ENEM – 2023 – REVISÃO GERAL

ROFESSOR - ERINALDO SILVA – BOTÂNICA


b) Vasculares ou traquófitas: Com vasos
PROJETO EQUILIBRIUM 18 ANOS!!! condutores (Pyteridófitas, Gymnospermas e
Angiospermas)
EM 2023, UM CURSO À ALTURA DE SUAS c) Criptógamas : Sem flor (Briofitas e Pyteridófitas)
EXPECTATIVAS!!! d) Fanerógamas: Com flor (Gymnospermas e
Angiospermas)
e) Espermatófitas: Com sementes (Gymnospermas
OBS- ESSE MATERIAL É DE USO EXCLUSIVO e Angiospermas)
PARA OS ALUNOS EQUILIBRIUM!!!! f) Embriófitas: Com embrião (todas as plantas)
g) Assifonógama: Sem tubo polínico (Briófitas e
BOTÂNICA Pyteridófitas)
h) Sinfonógama: Com tubo polínico (Gymnospermas
O REINO PLANTAE OU METAPHYTA: O REINO e Angiospermas)
DAS PLANTAS i) Gymnospermas: Plantas de sementes nuas.
j) Angiospermas: Plantas com fruto para proteger a
As plantas são seres pluricelulares, eucariontes, semente.
autótrofos fotossintetizantes que reproduzem por
alternância de gerações ou metagênese BRIÓFITAS: Os musgos

METAGÊNESE – significa que no ciclo de vida Características gerais:


das plantas, há: - avascular, criptógama, sem sementes,
assinfonógama,- dependente de água para fecundar,-
- Uma fase haplóide x uma fase diplóide restrita a ambientes úmidos, troncos de árvores, sobre
- Uma fase sexuada x uma fase assexuada rochas, etc, sem tecidos verdadeiros, pequeno porte,
- Uma fase gametofítica x uma fase esporofítica Habita locais úmidos e sombrios, Fase dominante:
gametófito, Fase passageira: esporófito,
A CHEGADA NA TERRA deslocamento de água por osmose e difusão.
Esporófito dependente do gametófito
Se você voltasse no tempo... Em visita a terra Há
500 milhões de anos, encontraria continentes Conceitos gerais e estruturais das briófitas
desertos de vida, pois nessa época, os seres vivos
habitavam apenas os mares e lagos. Os primeiros  Risóide: função de raiz – fixação/absorção
organismos a colonizar a terra firme, ao que tudo  Caulóide: função de caule –
indica, foram as algas verde primitivas, ancestrais sustentação/condução
das plantas atuais.  Filóide: função de folha- trocas
O novo ambiente era relativamente seco, mas, em gasosas/fotossíntese
compensação, havia um vasto território a ser  Cápsula: local de produção de esporos
conquistado, totalmente livre de competidores. As  Caliptra: protege a cápsula
plantas, graças à sua auto-suficiência alimentar,  Peristômio: elimina os esporos
não precisavam depender de outros seres vivos  Anterídio: Gametângio masculino
para se estabelecer na terra firme.
 Arquegônio: Gametângio feminino
 Anterozóide: gameta masculino
ADAPTAÇÕES PARA O AMBIENTE
TERRESTRE!!!  Oosfera: gameta feminino
Células reprodutivas:
- Sistema radicular para fixação e absorção,
epiderme para proteção, sistema de vasos, para - Anterozóide
transporte de nutriente, folhas para trocas - Oosfera
gasosas em meio aéreo, flores para reprodução, - Esporo: Célula assexuada de reprodução
sementes para proteger e nutrir o embrião, frutos
para proteger a semente e tubo polínico para Comparar gametófito e esporófito
conduzir o gameta masculino até o feminino sem a
participação de água - sinfonogamia  Esporófito
- Planta que produz esporos, assexuado, passageiro,
CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS PLANTAS diploide e heterótrofo
 Gametófito
a) Avasculares ou atraqueófitas: Sem vasos - Planta que produz gameta, sexuado, permanente
(Briófitas) haploide e autótrofo

OBS: Sphagnum/briófitas/ turfa/ efeito estufa


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O Sphagnum, ou musgo de turfeira, tem valor "A semente é uma estrutura importante para o vegetal,
comercial em horticultura: é utilizado no pois garante, entre outras funções, uma proteção
melhoramento da textura e da capacidade de adequada ao embrião. As plantas que possuem essa
retenção de água nos solos, além de contribuir estrutura são as gimnospermas e as angiospermas. A
como suprimentos de nutrientes para plantas semente nada mais é que o óvulo maduro contendo um
cultivadas. As turfeiras são formadas de grandes embrião.
depósitos de Sphagnum e plantas associadas.
ESTRUTURA DA SEMENTE
Esse material, a turfa, que pode ser queimada
como combustível, depois de seca e comprimida.
- Integumento – Proteção da semente
Sua queima tem liberado grandes quantidades de - Testa – membrana externa do tegumento
CO2 o que contribui para o aquecimento global. - Tégmen
Outra importância dessa briófita é o fato de o - Endosperma 2º ou albúmen (3n) – Nutrição para o
sabor do uísque escocês se deve, em parte, à embrião
fumaça de turfas. - Embrião - Estrutura formada de primórdios de raiz,
hipocótilo, cotilédone e epicótilo.
PYTERIDÓFITAS - Cotilédone – Folhas modificadas que nutrem o
embrião.
Características gerais - Gema apical – Crescimento vegetal
- Plantas vasculares, sem semente, criptógamas, - Radícula – Origina a raiz
assifonógama; dependentes de água para - Caulículo – Origina o caule
fecundar, restritas a ambientes úmidos, possuem
tecidos verdadeiros (têm caule, folha e raiz) FRUTO

- Fase dominante: Esporófito Formado geralmente após a fecundação, o fruto é o


- Fase passageira: gametófito ovário maduro, o qual pode incluir ou não algumas partes
florais. No interior dos frutos geralmente estão
localizadas as sementes, porém em algumas espécies o
Conceitos gerais estruturais das Pyteridófitas
ovário pode originar frutos mesmo quando não há
fecundação, levando a formação de frutos sem
 Soro: Aparelho reprodutor sementes. Esses frutos são chamados de
 Indúzio: protege o soro partenocárpicos, tendo como exemplo a banana e a
 Esporângio: Local de produção de esporos laranja-da-baía. Os frutos são estruturas típicas de
 Ânulos: protege o esporângio angiopermas, exercendo um grande papel no ciclo
 Estômio: Local por onde o esporo é eliminado reprodutivo, já que protegem as sementes e participam
 Protalo: Gametófito das samambaias da dispersão.
 Anterozóide; gameta masculino
Os frutos são geralmente comestíveis e atrativos. Eles
 Oosfera: gametófito feminino
atraem os animais que se alimentam desses frutos
 Báculo: folha jovem usando-os como fonte de energia, mas compensam as
 Rizoma: caule da samambaia angiospermas fazendo a dispersão das sementes.

Comparar Gametófito e Esporófito FRUTO VERDADEIRO – Provém do ovário da flor. Ex:


 Gametófito: abacate, mamão, manga, tomate...etc.
- Sexuado, produz gameta, autótrofo, haplóide e
passageiro PSEUDOFRUTO – Provém de outras partes da flor que
 Esporófito: não seja o ovário.
- Assexuado, produz esporos, autótrofo, diplóide e Exemplos:
permanente
a) Caju – (fruto verdadeiro – a
O REINO PLANTAE OU METAPHYTA: O castanha/pseudofruto – o pedúnculo floral).
REINO DAS PLANTAS b) Maçã – Receptáculo floral
As plantas são seres pluricelulares, c) Morango – Receptáculo floral
eucariontes, autótrofos fotossintetizantes que d) Abacaxi – Infrutescência floral
reproduzem por alternância de gerações ou
metagênese ESTRUTURA DO FRUTO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DE - Epicarpo – Casca do fruto


GYMNOSPERMAS E ANGIOSEPERMAS - Mesocarpo – Parte comestível do fruto
- Endocarpo – membrana que reveste a semente
SEMENTE - Pericarpo – Conjunto de epicarpo + mesocarpo +
endocarpo
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- Fruto partenocárpico – Fruto que se desenvolve
de um óvulo não fecundado. Ex: banana. - Microstróbilos/Microsporófilos/androsporângio
- Célula mãe de grão de pólen/ meiose/Microsporo/ que
TIPOS DE FRUTO diferencia em grão de pólen.

- fruto simples – tomate, pêssego Nesse processo o micrósporo sofre mitoses originando
- fruto agregado - morango duas células protaliais/ uma célula generativa/ uma
- fruto múltiplo/infrutescência - jaca, abacaxi célula do tubo. Durante as mitoses a parede do
- baga – Frutos com várias sementes micrósporo diferencia formando expansões laterais –
- drupa – Frutos com uma semente pólens alados e com bolsas de ar em seu interior para
facilitar o transporte pelo vento. Esse conjunto é
AS CLASSES DE ANGIOSPERMAS: denominado grão de pólen.

 Polinização: transporte do grão que nas


gymnosperma é feito pelo vento = anemofilia.

 A germinação do grão de pólen

 O núcleo vegetativo sofre mitose originando o tubo


polínico (gametófito masculino)
 Dentro do tubo polínico o núcleo generativo sofre
mitoses originando os dois núcleos espermáticos
 Dicotiledôneas basais
(gameta masculino). O tubo polínico conduz o
gameta masculino até a oosfera sem a participação
Apresentam traços bastantes primitivos e são
de água (sinfonogamia).
consideradas remanescentes do grupo que deu
 Um gameta masculino fecunda a oosfera e o outro
origem tanto as monocotiledôneas quanto às
degenera (fecundação simples).
eudicotiledôneas. EX. vitória-régia, fruta conde,
abacateiro,etc.
 Após a fecundação:
REPRODUÇÃO DAS GYMNOSPERMAS
- O óvulo origina a semente
- Esporogênese: Formação de esporos. É dividida
- O megaprotalo sofre mitoses originando o endosperma
em:
primário que é um tecido haplóide rico em nutrientes
para o embrião.
- Megasporogênese: formação de megasporo
- O nome da semente: pinhão
- Microsporogênese: formação de grão de pólen
- O nome de um conjunto de sementes: pinha
 A megasporogênese
A REPRODUÇÃO DAS ANGIOSPERMAS
- A célula mãe de megasporos (Megasporócito) sofre
 Esporogênese: Formação de
meiose originando 4 células (megasporos). Três
esporos
megasporos degeneram e apenas um transforma-se
 Megasporogênese: Formação de megasporo
no megasporo ativo.
 Microsporogênese: Formação de grão de pólen
- O megasporo ativo sofre mitoses originando o
megaprotalo (gametófito feminino)
- O megaprotalo sofre mitose originando o  Megasporogênese: A célula mãe de megasporo
arquegônio (gametângio feminino) sofre meiose originando 4 megasporos. Três
- O arquegônio sofre mitose originando a oosfera degeneram e apenas um transforma-se no megasporo
(gameta feminino) ativo.
 O megasporo ativo sofre mitose originando 8 células (
 A Microsporogênese Uma oosfera, Duas sinérgides, dois núcleos polares, três
antípodas ). Esse conjunto de 8 células é denominado
 A célula mãe de grão de pólen ou saco embrionário (gametófito feminino).
microsporócito sofre meiose originando 4  Microsporogênese: A célula mãe de grão de pólen
microsporos. sofre meiose originando 4 grãos de polens. (Cada grão
de pólen tem, no seu interior, dois núcleos: o núcleo
Origem e diferenciação dos grãos de pólens: vegetativo e o núcleo generativo).
célula mãe de grão de pólens – meiose – variação
genética – originam 4 microsporos haploides – que  Polinização: Transporte do grão de pólen desde a
diferenciam em grão de pólens. antera até o estigma da flor. Nas angiosperma a
polinização pode ser feita por:
Diferenciação do microgametófito das
gimnospermas - Vento: Anemofilia
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- Animais: Zoofilia necessários à síntese das substâncias que compõem
- Pássaros: Ornitofilia seu corpo e ao funcionamento das células. Alguns
- Molusco: Malacofilia elementos são necessários em quantidades
- Morcego: Quiropterofilia relativamente grande: Os macroelementos e outros são
- Insetos: entomofilia necessários em quantidades pequenas: os
- Água: Hidrofilia microelementos
- Homem: Antrofilia
 A germinação do grão de pólen: O núcleo Elementos químicos essenciais às plantas
vegetativo sofre mitose originando o tubo polínico
(Gametófito masculino).
 Dentro do tubo polínico, o núcleo generativo sofre
mitose originando os dois núcleos espermáticos
(gametas masculinos).
 O tubo polínico conduz o gameta masculino até a
oosfera sem a participação de água
(sinfonogamia).
 Um dos gametas masculinos fecunda a oosfera
originando o zigoto e o outro funde com os
núcleos polares originando a célula 3n ( dupla Por ordem de requerimento; segundo Taiz e Zeiger,
fecundação). 2002
 Após a fecundação: Hidroponia
Os conhecimentos sobre a nutrição vegetal permitiram
- O zigoto origina o embrião concluir que as plantas poderiam se desenvolver na
- O óvulo origina a semente ausência de solo, desde que suas raízes estivessem
- O ovário origina o fruto mergulhadas em uma solução aquosa com os nutrientes
- As antípodas degeneram minerais necessários. A aplicação desses
- A célula 3n sofre mitoses originando o endosperma conhecimentos levou ao desenvolvimento de um
triplóide (endosperma 2º). interessante método de cultivo: a Hidroponia,
A FISIOLOGIA VEGETAL empregada na produção comercial de hortaliças.
As briófitas, plantas avasculares, deslocam Adubação
nutriente por osmose e difusão. Nos ambientes naturais e a decomposição dos seres
As Pteridófitas, as Gymnospermas e as vivos devolvem ao solo os elementos retirados pelas
Angiospermas são plantas vasculares, dotadas de plantas, o que possibilita sua constante reciclagem.
um sistema especializado de transporte. Esse Em um campo de cultivo, porém a situação é diferente,
sistema, permitindo, por exemplo, um rápido pois as plantas são removidas, inteiras ou em parte, e
deslocamento de água pelo corpo vegetal, contribui utilizadas como alimento pelas pessoas ou por animais
para a adaptação da planta à vida terrestre. domésticos. Com isso, o solo vai gradativamente
empobrecendo em elementos químicos essenciais,
Água e sais minerais exigindo, portanto o uso de adubos, ou fertilizantes, que
Água e sais minerais constituem os nutrientes podem ser de dois tipos: orgânicos e inorgânicos
minerais da plantas. Nas plantas terrestre em geral,
a água e os minerais são absorvidos do solo, que, Adubos inorgânicos
portanto, abriga a nutrição mineral do vegetal. O Os adubos inorgânicos são compostos produzidos
órgão-sede da absorção é a raiz, que também industrialmente que contêm, em geral, sais minerais
promove a fixação da planta no solo. constituídos de três macroelementos químicos:
nitrogênio, fósforo e potássio.
Nutrição orgânica x nutrição mineral Os sais minerais que fornecem às plantas
Por meio da fotossíntese, as plantas produzem a macroelementos são chamados de macronutrientes.
matéria orgânica necessária para construir seus Ex. KNO3. Os sais minerais que fornecem
corpos e para obter a energia metabólica. Esse microelementos às plantas são chamados
processo é denominado nutrição orgânica. micronutrientes. Ex. H3BO3.
Além de água, as plantas retiram do solo sais
minerais, necessários por conter elementos químicos Adubos orgânicos
essenciais ao organismo vegetal. A absorção de sais Os adubos orgânicos são constituídos por restos ou
minerais pelas plantas constitui sua nutrição partes de animais ou de plantas, como fezes e sobras de
mineral alimentos.
Muitos agricultores adubam o solo cultivando plantas
Macronutrientes e Micronutrientes leguminosas e deixando-as apodrecer no campo,
O gás carbônico, a água e os sais minerais processo conhecido como adubação verde.
fornecem às plantas todos os elementos químicos
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Absorção de água e sais pelas plantas
Água e sais minerais penetram na planta pelas RELEMBRE!!! - As células da zona de absorção
extremidades das raízes, principalmente na zona absorvem minerais por transporte ativo e tornam-se
dos pêlos absorventes, em que as paredes das hipertônica, assim elas absorvem água por osmose . A
células são altamente permeáveis. Depois de força osmótica faz com que água e minerais penetre na
atravessar a epiderme, a água e os sais nela raiz, alcance o xilema e seja impulsionada até dois
dissolvidos deslocam-se para a região central da metros acima do nível do solo (pressão de raiz ou
raiz. teoria de Dixon).
A água e os sais podem passar pelos espaços Os estômatos e o controle da transpiração
externos às membranas celulares: O Apoplasto, ou
através dos citoplasmas das células epidérmicas e O estômato é formado por duas células
corticais: O Simplasto. clorofiladas em forma de rins: as células-guardas. A
Os termos apoplasto e simplasto foram proposto pelo entrada de água provoca mudanças na forma dessas
botânico alemão Ernest Munch em 1930. células; com isso, abre-se u espaço entre elas. Esse
espaço é chamado ostíolo. Na perda de água, as
ANATOMIA DA RAIZ células-guardas murcham e o ostíolo se fecha.
A absorção de água pelas células-guardas é
 Coifa: tecido que protege a ponta da raiz. É resultado da entrada de íons potássio (K+) através de um
formada de um tecido denominado caliptrogênio transporte ativo da membrana. Quando a célula acumula
 Zona de multiplicação: Zona do meristema 1º, potássio, sua pressão osmótica aumenta e, por osmose,
tecido com grande capacidade mitótica ela absorve água das células vizinhas. Se o transporte
 Zona de alongamento: Zona as células ativo é interrompido, o potássio acumulado sai por
armazenam nutrientes e alongam difusão, a pressão osmótica diminui e a célula perde
 Zona pilífera ou de absorção: Zona onde ocorre água. Os fatores que estimulam a entrada e saída do íon
a absorção de nutrientes potássio e, consequentemente a abertura e fechamento
 Zona de ramificação: zona onde ocorre a dos estômatos são a luz, a concentração de gás
formação das raízes laterais carbônico e o grau de hidratação da planta.
Os estômatos normalmente estão abetos de dia e
FISIOLOGIA DA RAIZ fechados e noite. A absorção de energia luminosa
estimula o transporte ativo do íon potássio, que se
A raiz absorve sais do solo por transporte acumula na célula. Sem a luz, não há transporte ativo de
ativo, tornando-se hipertônica em relação ao solo. potássio e esse íon, que estava concentrado dentro da
Com isso, a água entra nas células por osmose. célula, sai, provocando o fechamento do estômato.
Essa entrada de água junto com sais gera uma Quando as células do parênquima clorofiliano
pressão – a pressão de raiz – que empurra a seiva perdem água, elas secretam um hormônio – o ácido
para cima pelos vasos lenhosos da planta. abscísico – que inibe o transporte ativo do íon potássio,
No entanto, essa pressão de raiz não é fechando o estômato. Já a baixa concentração de gás
suficientemente forte para levar água ao topo de carbônico na folha estimula o transporte ativo do íon
árvores altas. Além disso, muitos vegetais não potássio e a abertura do estômato.
desenvolvem uma pressão de raiz significativa. O efeito do ácido abscísico supera o estímulo de
Entra em jogo, então, outra força, causada abertura provocado pela luz e pela baixa concentração
pela transpiração nas folhas e que é o fator mais de gás carbônico. Isso garante que, na iminência de uma
importante nessa subida. Para que a planta efetue desidratação, o estômato se feche. Com o fechamento
uma boa fotossíntese, os estômatos das folhas do estômato, a transpiração passa a ocorrer apenas pela
devem abrir-se, ocorrendo, então uma inevitável cutícula e a perda de água é muito pequena.
perda de água por transpiração. Como
consequência, a células das filhas tornam-se mais RELEMBRANDO!!! - A anatomia do estômato
concentradas e, por osmose, absorvem água dos
vasos lenhosos próximos, juntamente com sais  O estômato é um anexo da epiderme
minerais. Essa absorção de água cria uma constante formado de duas células anexas e duas células guardas.
tensão na coluna líquida, puxando- a para cima.  As células guardas absorvem potássio por
Como a água faz pontes de hidrogênio entre as transporte ativo e tornam – se hipertônicas, absorvendo
moléculas mantêm a coesão entre as moléculas de água por osmose
água, fazendo com que a coluna líquida forme uma  A entrada de água nas células faz o
rede tridimensional contínua e não se arrebente. A estômato abrir
Absorção de água do solo pelas raízes repõe a  Ocorre uma inevitável perda de água para
quantidade perdida na transpiração e garante a a atmosfera na forma de vapor
continuidade desse processo. Essa teoria recebeu o  Como a água faz ponte de hidrogênio,
nome de teoria da tensão ou teoria de Dixon. forma-se uma coluna de água que vai desde a raiz até a
folha
TRANSPORTE DE SEIVA BRUTA (ÁGUA E  Esse processo é denominado força de
MINERAIS) tensão e coesão
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aumenta a sua pressão osmótica e absorve água do
Nas plantas de clima úmido, em que a saída de xilema vizinho.
vapor de água pelos estômatos é difícil, encontramos A entrada de sacarose e água no vaso do órgão
na borda da folha pequenas aberturas, os produtor (folha) provoca um aumento do volume da seiva
hidatódios, que eliminam água na forma líquida. dentro do vaso, aumentando a pressão da água.
Esse fenômeno, chamado gutação ou sudação, Observe que se trata da pressão da um líquido dentro de
pode ser considerado excreção uma vez que o um vaso, ou seja, de uma pressão hidrostática, e não de
excesso de água não desempenha nenhuma função uma pressão osmótica.
na planta. A sudação ocorre também em dias Na outra extremidade do floema, onde está o
nublados, quando o estômato não abre órgão consumidor, o fluxo se faz no sentido contrário:
completamente. Assim, parte da água impulsionada as células companheiras bombeiam a sacarose do vaso
pelas raízes é eliminada pelos hidatódios. liberiano para as células do órgão consumidor – um fruto
ou uma raiz, por exemplo. Com a saída da sacarose, a
OBS- A perda de água em decorrência de uma lesão célula do vaso diminui a sua pressão osmótica e,
traumática, por exemplo um corte em uma galho, é portanto, perde água para o órgão consumidor.
denominada: exsudação Consequentemente, a pressão hidrostática nessa região
diminui. Assim, a seiva se move da região onde a
Fatores que controlam o estômato pressão hidrostática é mais alta para onde essa pressão
é menor. Essa teoria para a seiva elaborada é conhecida
 LUZ = estômato abre como teoria do fluxo de pressão.
 [CO2] = quando baixa = estômato abre
 Grau de hidratação = Quando uma célula Anel de Malpighi
perde muita água e começa a desidratar, ela secreta Os vasos liberianos estão situados mais próximos
o ácido abscísico que bloqueia a absorção de à superfície do caule, na parte interna da casca. Se
potássio, causando o fechamento do estômato. fizermos um corte em anel nessa casa, o floema e a
- Quando estômato fecha a célula continua perdendo parte abaixo do corte deixam de receber seiva orgânica,
uma quantidade mínima de água através da cutícula o que provocará a morte de suas células por falta de
- Se o estômato estiver permanentemente fechado, a nutrientes. De fato, um corte no tronco acaba
planta morre devido a falta de CO2 para a provocando a morte da planta, uma vez que suas raízes
fotossíntese. morrem por falta de seiva orgânica. Essa experiência,
realizada inicialmente pelo biólogo italiano Marcelo
Importância da transpiração Malpighi, em meados do século XVII, demonstra o papel
do floema no transporte de seiva orgânica. Em
- Perda do excesso de calor homenagem ao cientista, a experiência foi chamada de
- Manutenção do equilíbrio térmico corporal anel de Malpighi.
- Absorção de CO2
- Liberação do O2 HISTOLOGIA VEGETAL

Não podemos esquecer que cada espécie de


planta está adaptada ao seu ambiente: plantas de clima
úmido podem ter folhas grandes, que absorvem mais luz;
plantas de clima seco têm folhas reduzidas ou mesmo
ausentes, já que correm maior risco de desidratação.
A organização do corpo dos vegetais é bem
diferente da organização do corpo dos animais. A maior
parte dessas diferenças deve ser interpretada como
adaptações ao modo autotrófico de vida que caracteriza
os vegetais, em oposição ao modo heterotrófico dos
O transporte de seiva orgânica animais.
A matéria orgânica produzida na folha deverá
ser distribuída para as partes da planta que não Os tecidos vegetais
fazem fotossíntese, como raízes, caules, flores e Os tecidos vegetais podem ser divididos em
frutos. Esse transporte é realizado pelos vasos tecidos de formação embrionária, chamados meristemas,
liberianos (floema), indo da fonte produtora de seiva e tecidos permanentes ou diferenciados. Estes últimos
orgânica para a fonte consumidora. estão adaptados às seguintes funções: revestimentos e
No mesófilo da folha, a fotossíntese produz proteção, assimilação e reserva de substâncias,
glicose e outros glicídios. Nessas células, forma-se sustentação, condução de seiva e secreção.
sacarose, que se difunde pelas células do
parênquima clorofiliano até o floema. Lá, é absorvida Meristemas
por transporte ativo das células companheiras dos O meristema é um tecido formado por células com
vasos liberianos e passa para o interior da célula do características embrionárias, isto é, que não estão
vaso. Com a chegada da sacarose, a célula do aso especializadas e têm grande capacidade de divisão,
podendo dar origem a qualquer outro tipo de tecido.
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Divide-se em dois tipos: meristema apical ou acelular e impermeabilizante que contribui para evitar
primário e meristema lateral ou secundário. a desidratação da planta. A cutícula protege ainda o
vegetal contra o excesso de luz. De fato, a cutícula
Meristema apical reflete muito bem os raios luminosos; daí o brilho que
Localizado na ponta do caule e da raiz, certas folhas apresentam, principalmente na face
provoca o crescimento em comprimento da planta. superior.
No caule, o meristema apical forma pequenos brotos,
as gemas apicais (na ponta do caule) e as gemas B) Os acúleos
laterais ou axilares (nas ramificações do caule). Os acúleos são anexos epidérmicos muito resistentes,
O meristema da ponta da raiz é protegido por pontiagudos com função defesa; aparecem, por
um “capacete” de células, a coifa ou caliptra. A exemplo, nas roseiras e são, geralmente, confundidos
parte inferior desse meristema repõe as células da com espinhos.
coifa à medida que estas se desgastam e, por isso, é
chamado de caliptrogênio. OBS: Espinhos são atrofiamentos de ramos caulinares
O meristema apical divide-se em três regiões: ou foliares. Eles promovem a defesa da planta. No
- protoderme – origina um tecido protetor, a caso dos cactos, a redução da superfície foliar – que
epiderme, que reveste o vegetal. resulta em um espinho – constitui uma adaptação da
- procâmbio – vai se diferenciar nos tecidos planta contra a desidratação.
condutores de seiva, localizados no interior da raiz e C) Os pêlos
do caule.
- meristema fundamental – irá produzir os Os pêlos são evaginações epidérmicas que representam,
demais tecidos da planta, responsáveis pela em geral, uma eficiente proteção contra a
sustentação, fotossíntese, armazenamento de desidratação. Realmente, quando formam um
substâncias, etc. emaranhado na superfície da folha, passam a reter
O tipo de crescimento produzido pelo umidade em torno dela, o que dificulta a transpiração.
meristema apical pé chamado crescimento Existem, porém, pêlos com outras funções, como os
primário. pêlos absorventes das raízes. Eles ficam situados na
zona pilífera ou de absorção do solo e,
Meristema lateral consequentemente, contribuindo pra uma melhor
Localizado no interior do caule e da raiz das absorção de água e de sais minerais do meio em que
gymnospermas e angiospermas. O meristema lateral a planta vive.
é responsável pelo crescimento em espessura e
divide-se em duas regiões: OBS: Nas urtigas existem pêlos que contêm substâncias
1- Felogênio – localizado na parte mais tóxicas e protegem a folha contra ataque de animais.
externa do caule e da raiz, forma células de
preenchimento e reserva (feloderme) e células de D) Os estômatos
proteção (súber), que substituem a epiderme. O Os estômatos são estruturas epidérmicas reguláveis,
conjunto formado pelo felogênio, feloderme e súber é normalmente encontrada nas folhas e que permitem a
chamado periderme. entrada e a saída de gases relacionados com
2- Câmbio – localizado mais respiração e a fotossíntese.
internamente no caule e na raiz, irá produzir novos
vasos condutores de seiva, à medida que o vegetal 2- Súber – originado do felogênio, protege as
aumenta de espessura. partes mais antigas do caule e da raiz. É formado por
O tipo de crescimento produzido pelo várias camadas de células mortas e ocas, que possuem
meristema lateral é chamado crescimento as paredes revestidas por suberina, substância
secundário impermeável. É do súber que se produz a cortiça.

Tecidos de revestimento e proteção Tecidos de arejamento


Revestindo os vegetais, encontramos
estruturas que fornecem proteção mecânica e, nas Estômatos – Na superfície da epiderme, há uma
plantas terrestres, evitam a desidratação. Há dois cobertura – a cutícula que dificulta a passagem de gás
tipos de tecidos protetores: carbônico e oxigênio pela folha. Mas a entrada e a saída
desses gases são garantidas por estruturas existentes
1- Epiderme – originada do meristema apical na epiderme: os estômatos.
ou primário, reveste as folhas e as partes jovens do Do mesmo modo que a epiderme, o súber é
caule e da raiz. É formada por uma camada de impermeável e apresenta estruturas de arejamento: as
células vivas e aclorofiladas. lenticelas. Essas estruturas são formadas por grupos de
Anexos de epiderme células arredondadas, com espaços intercelulares por
onde o oxigênio passa para os tecidos internos da
A) A cutícula planta.
A cutícula é organizada por um depósito de ceras e
cutinas que forma sobre a face epidérmica Tecidos de assimilação
exposta ao ar atmosférico; é uma camada
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ROFESSOR - ERINALDO SILVA – BOTÂNICA
Os sistemas responsáveis pela assimilação Entretanto, a lignina não se deposita em toda a
(fotossíntese) e reserva de substâncias são parede celular. Em plantas jovens, encontramos vasos
formados por tecidos chamados parênquimas, ou com depósitos em forma de anel ou hélice, o que dá a
seja, conjuntos de células vivas, com parede esses vasos maior elasticidade para acompanhar o
celulósica sem espessamentos. Há dois tipos de intenso crescimento da planta. No vegetal adulto, os
parênquima: vasos costumam ter mais lignina. Há dois tipos de
vasos lenhosos:
Parênquima de assimilação ou clorofiliano a) Traqueídes ou vasos fechados – A lignina
É responsável pela fotossíntese. Portanto, ele desaparece em alguns pontos, mas a celulose persiste,
é rico em cloroplastos. Esse tecido é encontrado nas ficando apenas mais fina; a seiva bruta tem de passar
folhas e nos caules jovens (estrutura primária), sob pela parede de celulose; as regiões sem lignina
duas formas: parênquima paliçádico e parênquima denominam-se pontuações;
lacunoso; b) Elementos de vasos ou vasos abertos – A
parede celular desaparece completamente em alguns
Parênquima de reserva pontos, formando perfurações que permitem a passagem
da água com facilidade; a separação entre as duas
1- Parênquima amilífero – armazena amido células forma uma placa perfurada.
2- Parênquima aquífero – armazena água O conjunto de vasos lenhosos e do parênquima e
3- Parênquima aerífero – armazena ar esclerênquima a eles associados forma o xilema ou
lenho
Tecidos de sustentação
Formados por células de parede espessa, que 2- Vasos liberianos – A água e os sais minerais
dão resistência e sustentação às diferentes partes da trazidos pelo xilema chegam até as folhas. A água e o
planta, esses tecidos podem ser de dois tipos: gás carbônico do ar são usados na fotossíntese para
produzir glicídios e outros compostos orgânicos do
1- Colênquima – localiza-se na vegetal. Esse material orgânico forma a seiva elaborada,
periferia do caule e da folha, logo abaixo da que vai ser distribuída para todo o corpo da planta
epiderme; formado por um agrupamento de células através desses vasos.
vivas, existentes (possuem espessamento de As células que compõem os vasos liberianos são
celulose nos ângulos das células) e dotado de vivas e alongadas. Na união entre duas células, a parede
grande flexibilidade, é encontrado em partes jovens (sem espessamento de lignina) possui uma série de
da planta e em vegetais herbáceos. orifícios ou crivos, por onde os dois citoplasmas se
2- Esclerênquima - É formado por comunicam. A presença dessa parede ou placa crivada
células mortas, com paredes espessas, constituídas justifica o nome de tubos crivados para os vasos
de celulose e de uma substância rígida e liberianos. Apesar de vivas, as células dos tubos
impermeável, a lignina ou linhina. Suas células crivados não possuem núcleo nem boa parte das
podem ser de dois tipos: organelas celulares. A sobrevivência dessas células
a) Fibras – frequentemente associadas depende de uma troca de substâncias com células
aos tecidos de condução, ajudando na sustentação parenquimatosas adjascentes, chamadas células
da planta; companheiras.
b) Esclereides ou células pétreas – Além dos tubos crivados e das células
células muito duras, servem para a sustentação e a companheiras, encontramos fibras de esclerênquimas e
proteção dos embriões de algumas sementes, mas células do parênquima com função de sustentação e de
também são encontradas em outras partes do armazenamento de substâncias. O conjunto desses
vegetal. elementos forma o floema ou líber.

Tecidos condutores de seiva Tecidos secretores


Na algas e nos musgos, as substâncias do Existem tecidos que fabricam diversas substâncias
ambiente (água e sais minerais) são distribuídos de úteis à planta (secreções). O néctar, por exemplo, que
célula para a célula através da difusão e osmose. Os atrai aves e insetos polinizadores é fabricado por um
vegetais maiores e mais complexos, no entanto, com agrupamento de células secretoras, o nectário.
um grande número de células, utilizam um sistema Pertencem a esse tipo também os pêlos glandulares,
de transporte mais rápido. Por isso, nas pteridófitas, como os da urtiga, que fabricam um líquido cáustico que
gymnospermas e angiospermas, encontramos os irrita a pele, ou vasos laticíferos, que fabricam um líquido
chamados vasos condutores de seiva. pegajoso, o látex.
Existem dois tipos de vasos condutores de Há ainda bolsas secretoras, que acumulam
seiva: os vasos lenhosos e os vasos liberianos: produtos que, em alguns casos, ajudam a afugentar
insetos, e células que acumulam cristais de oxalato de
1- Vasos lenhosos – Transportam seiva cálcio, chamadas drusas ou ráfides, de acordo com sua
bruta – água e sais minerais- da raiz para as folhas. forma.
Ou seja, transportam a matéria-prima para a
fotossíntese. São formados de células mortas com
parede celular com um reforço de celulose e lignina.
ESCOLA PEDRO ÁLVARES CABRAL – CIÊNCIAS DA NATUREZA - ENEM – 2023 – REVISÃO GERAL
ROFESSOR - ERINALDO SILVA – BOTÂNICA
“O SONHO É UMA DÁDIVA DE TODOS NÓS,
MAS O SACRIFÍCIO É O PREÇO PARA TORNÁ-
LO REAL”.

ERINALDO SILVA

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