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PROF.

OSMAR VILAR

Reino vegetal ou
Metaphyta ou
Plantae
Quais são os
representantes do
reino vegetal?
Algas Clorofíceas ou algas verdes
Talófitas Rodofíceas ou algas vermelhas
Pluricelulares
Ou Vegetais Feofíceas ou algas pardas
inferiores Não são mais do
reino vegetal

Briófitas ex: Musgos e hepáticas


Criptógamas
ou Vegetais ex: Samambaias e avencas
Pteridófitas
intermediários

ex: Pinheiro do Paraná


Fanerógamas Gimnospermas
ou vegetais
superiores Angiospermas
qualquer planta que produz
fruto (ex: mangueira, cajueiro,
laranjeira, abacateiro...)
musgos
hepáticas

Briófitas

musgos musgos
líquens

musgos musgos

musgos
hepáticas

samambaias
Pteridófita (samambaia)

soros da samambaia

Pteridófitas
Samambaiaçu
soros da avenca

Avenca (pteridófita)

Pteridófitas
Pinha ou estróbilo ou flor pinha fecundada

Pinheiro do Paraná
Pinha madura
Pinha imatura

sequóia

semente semente ou
pinhão

Gimnospermas
Pinus
cycas

ciprestes

gimnospermas
Angiospermas
Briófitas
Quais são as principais características das
briófitas?
• 1. São plantas criptógamas (não produzem flor, semente ou fruto)

• 2. Foram as primeiras plantas que ocuparam o ambiente terrestre;

• 3. Vivem em ambientes úmidos, pois dependem da água do meio ambiente


para a fecundação;

• 4. São as únicas plantas avasculares, ou seja, sem tecidos condutores de


seivas (xilema e floema). Devido a esta característica apresentam um pequeno
porte (alguns centímetros) e o transporte das seivas é realizado lentamente de
uma célula para outra, por difusão ou por osmose;

• 5. São seres haplodiplobiontes, onde a fase gametofítica(n) é duradoura e a


esporofítica(2n) é passageira;

• 6. Reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações;

• 7. Neste grupo o gametófito é dióico (“sexo separado”,ou seja, tem o


gametófito masculino separado do gametófito feminino);

• 8. Nas briófitas a fase de esporófito(2n) é dependente do gametófito(n)


feminino quanto a nutrição.
Esporófito(2n)

Gametófito(n)
Pteridófitas
Quais são as principais características das pteridófitas?
• 1. São plantas criptógamas;

• 2. Foi o segundo grupo vegetal na escala evolutiva das plantas, e o primeiro a


possuir vasos condutores de seivas, ou seja, são vasculares;

• 3. A presença da vascularidade permitiu a elas crescerem mais que as


briófitas;

• 4. Também vivem em ambientes úmidos, pois assim como as briófitas


necessitam da ajuda da água do meio para a fecundação;

• 5. Assim como todas as plantas são seres haplodiplobiontes, sendo a fase


esporofítica(2n) duradoura e a gametofítica(n) passageira;

• 6. Reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações;

• 7. Neste grupo o gametófito(n) é monóico ou hermafrodita (possui os dois


aparelhos reprodutores no mesmo indivíduo);

• 8. A fase de gametófito ou gametofítica é chamada de prótalo (parece um


coração de bigode).
caule do
tipo rizoma

gametófito
soros hermafrodita(n)
( PRÓTALO)
Quais são as principais
semelhanças entre as
briófitas e as pteridófitas?
• São plantas criptógamas, ou seja, não
produzem flor, semente ou fruto;
• Vivem em ambientes úmidos, pelo fato de
ambas dependerem da água do meio para a
reprodução;
• São haplodiplobiontes e reproduzem-se por
metagênese.
Quais são as principais
diferenças entre as briófitas e
as pteridófitas?
1º. Briófitas: 2º. Pteridófitas:
- São avasculares, - São vasculares;
- A fase gametofítica(n) é duradoura e a - A fase gametofítica(n) é passageira e a
esporofítica(2n) é passageira; esporofítica(2n) é duradoura;
- O gametófito(n) é dióico; - O gametófito(n) é monóico ou hermafrodita
- O esporófito(2n) depende do gametófito(n) (lembrar do prótalo ou “coração de bigode”);
feminino quanto a nutrição. - Neste grupo o esporófito não depende do
gametófito quanto a nutrição, pois ambos
fazem fotossíntese.
Gimnospermas
Pinheiro do Paraná

estróbilo ou pinha
ou flor do pinheiro

Sequóia gigante
Sequóia gigante
Sequóias gigantes
Quais são as principais
características das gimnospermas?
• São plantas fanerógamas, ou seja, produzem flor e semente, duas estruturas que
aparecem pela primeira vez na evolução das plantas;
• Suas flores denominam-se estróbilos ou pinhas, elas não possuem elementos de
atração para os polinizadores, por isso são polinizadas pelo vento.
• Foram as primeiras plantas a conquistarem definitivamente o ambiente
terrestre, pois não dependem mais da água do ambiente para a fecundação e seu
“filhote ou bebê” fica protegido em uma estrutura que possui reservas e uma capa
que o protege contra a desidratação, ou seja, estou falando da semente;
• São plantas vasculares, sendo a maioria árvores lenhosas (de grande porte);
• São plantas espermatófitas (produtoras de sementes);
• São plantas sifonógamas, ou seja , produzem grão de pólen e tubo polínico;
• São comparadas com os répteis;
• São seres haplodiplobiontes, onde a fase de esporófito(2n) é duradoura e a de
gametófito(n) é passageira;
• Reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações, assim como todas as
plantas.
Angiospermas
Quais são as principais
características das angiospermas?
• São plantas fanerógamas (produzem flor e semente);
• São espermatófitas (produtoras de sementes);
• São as únicas plantas que produzem semente protegida por fruto;
• Geralmente produzem flores coloridas, cheirosas, que produzem néctar, por isso são
polinizadas por animais, tais como, insetos (abelhas, borboletas, formigas...),
passarinhos (ex:beija-flor) ou até mesmo algumas espécies de mamíferos voadores
(ex: morcegos nectívoros);
• É o grupo vegetal mais recente e mais abundante da Terra. Esse sucesso na
dispersão se deve ao fato de serem as únicas plantas que produzem fruto, uma
estrutura que além de proteger a semente serve de elemento de atração para os
animais dispersores de sementes, ou seja, aqueles que comem o fruto e eliminam as
sementes através das fezes;
• Também não dependem mais da água do meio para a reprodução, pois produzem
grão de pólen e tubo polínico;
• Como é um grupo muito numeroso foi subdividida em dois outros grupos, as
angiospermas monocotiledôneas e as angiospermas dicotiledôneas;
MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS

raiz pivotante ou axial


fasciculada (“cabeleira”)
(principal)
caule
em geral, sem crescimento em geral, com
em espessura (colmo, crescimento em
rizoma, bulbo) espessura (tronco)

distribuição de vasos feixes líbero-lenhosos


feixes líbero-lenhosos
no caule dispostos em
“espalhados”(distribuição
círculo (distribuição
atactostélica = irregular)
eustélica = regular)
folha peciolada: bainha
invaginante: bainha reduzida;
desenvolvida; uninérvia ou pecíolo; nervuras
paralelinérvia. reticuladas ou
peninérvias.
Flor trímera (3 elementos ou dímera, tetrâmera ou
múltiplos) pentâmera
embrião um cotilédone 2 cotilédones
exemplos
eucalipto; abacate;
bambu; cana-de-açúcar;
morango; maçã; pera;
grama; milho; arroz; cebola;
feijão; ervilha; mamona;
gengibre; coco; palmeiras.
jacarandá; batata.
O androceu é o aparelho
reprodutor masculino, ele é
formado pelos estames

O gineceu ou pistilo
Ou carpelo é o aparelho
Reprodutor feminino

fruto ovário
semente óvulo
Gineceu ou pistilo
ou carpelo: é formado pelo
estigma, estilete,
ovário e óvulo.

Androceu: é formado pelos


estames, sendo cada estame
formado por um filete e por uma
antera.

(local onde se produz


os grãos de pólen)
Classificação dos Tecidos
Vegetais
• 1 - Tecidos Embrionários (meristemas)
Suas células são consideradas totipotentes, isto é, elas são totalmente capazes de se
desenvolverem em qualquer tipo de célula que ocorra no ciclo de vida das plantas.
Uma característica do crescimento através dos meristemas, é que ele é indefinido,
quer dizer que a planta tende a não ter um tamanho fixo. Em sendo as condições
favoráveis, a planta pode continuar a crescer indefinidamente.
Sua classificação está baseada na seqüência de formação dos tecidos: os meristemas
dos ápices de caule e raiz que estavam presentes originalmente dentro da
semente, no embrião, são os meristemas primários ou apicais, os tecidos
produzidos por estes meristemas são os tecidos primários. Quaisquer meristemas
originados a partir desses tecidos primários são os meristemas secundários ou
laterais, e estes produzem os tecidos secundários.
Classificação dos Tecidos
Vegetais
• 2 - Tecidos Permanentes ou Adultos

• Originados dos meristemas já são diferenciados e desempenham


funções específicas no vegetal. As células dos meristemas se
diferenciam, transformando-se em células de tecidos permanentes
ou adultos, que ficam fazendo parte do corpo do vegetal. São
classificados de acordo com as funções que passam a
desempenhar:
• -Preenchimento ou Parênquimas
• -Revestimento
• -Secreção
• -Condução
• -Sustentação
MERISTEMAS :TECIDOS
EMBRIONÁRIOS
• Meristemas são
tecidos
embrionários que se
diferenciam e
originam os tecidos
permanentes ou
adultos das plantas.
MERISTEMAS PRIMÁRIOS OU
APICAIS
• Originados diretamente
do
embrião.Diferenciam-se
originando tecidos
adultos nos ápices
germinativos(ponta da
raiz, caule e folhas)
persistindo por toda
vida da planta,
responsável pelo
Ex. Meristemas Primários
crescimento apical do caule ou gemas
(altura ou tamanho).
MERISTEMAS APICAIS DA
RAIZ
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS ou
LATERAIS
Entre o xilema e o floema do cilindro central se desenvolve o
câmbio e como as raízes se espessam graças às divisões
radiais de suas células, o córtex se torna cada vez menor,
descamando-se para fora da raiz. Epiderme e córtex perdem-se
completamente. A nova camada externa é composta por células
suberificadas constituindo a periderme que se desenvolve a
partir do felogênio.
Crescimento lateral da raiz
(típico de dicotiled.)
• Periciclo: porção
do cilindro
vascular
compreendida
entre os tecidos
vasculares e a
endoderme,
formadora de
raízes laterais .
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
LATERAIS
Em caules que se
espessam com a
idade,há uma zona
meristemática chamada
câmbio, cujas células
se dividem rapidamente
e atrás da qual existe
uma região de células
que se alongam com
rapidez.Isso ocasiona o
crescimento em
espessura da planta.
Tecidos de Preenchimento ou
Parênquimas
• São tecidos bastante
simples formado por
células pouco
diferenciadas,
arredondadas ou
alongadas, com
paredes relativamente
finas e que apresentam
um grande vacúolo
central, cercado pelo
citoplasma.
Tecidos de Revestimento

• Há dois tecidos de revestimento:


Epiderme e Súber.
Tecidos de Condução
Conduzem a água e
sais minerais
(seiva bruta) e
produtos da
fotossíntese
(seiva elaborada)
pelo corpo da
planta.
O xilema ou lenho
conduz seiva
bruta e o floema
ou líber a
elaborada.
• Estes tecidos formam como que canalizações, denominadas
vasos condutores. São considerados primários, quando formados
antes do vegetal começar a engrossar, e secundários, quando
formados pelos meristemas secundários durante o
engrossamento.
• Feixes vasculares - os vasos condutores, nos vegetais, correm
agrupados, formando feixes vasculares, onde são encontrados
também tecidos de sustentação e, em alguns casos, de
preenchimento.
Tecidos de Sustentação
• Colênquima:ocorre
nas partes que ainda
manifestam ativo
crescimento. É capaz
de acompanhar o
crescimento do
corpo vegetal e suas
células são vivas.
Tecidos de Sustentação
• Esclerênquima: também
realiza a sustentação
mecânica dos vegetais e
ocorre em órgãos
vegetais, principalmente
nas regiões que atingiram
a maturidade completa.
Pode ocorrer duas formas
de células: esclereídos ou
células pétreas e fibras
esclerenquimáticas.
Tecidos de Secreção
• Produzem o materiais
resultante do metabolismo
e que ainda pode ser
aproveitados. Vários
elementos participam da
secreção: células
secretoras, papilas e pêlos
secretores, bolsas
secretoras e vasos
resiníferos, tubos
lactíferos, hidatódios e
nectários.
ORGANOLOGIA
VEGETAL
VEGETATIVOS: Raízes, caules e
folhas.

REPRODUTIVOS: Flores, sementes e


frutos.
1) RAIZ: órgão vegetativo, normalmente subterrâneo e
aclorofilado, que faz parte do eixo da planta. Exerce
funções de sustentação e fixação, além de absorção de
água e sais minerais e, em alguns casos, reserva
nutritiva. As raízes são classificadas, assim como os
caules, de acordo com o tipo de ambiente onde nascem,
se fixam e vivem: subterrâneas, aéreas e aquáticas.
Zona suberosa
(ou de
ramificação)

Zona pilífera
Zona lisa
(de crescimento
ou elongação)
Coifa
1.a-Raízes subterrâneas tradicionais:
Axial ou pivotante: a mais
comumente encontrada na
natureza, em plantas como
as gimnospermas e
angiospermas
dicotiledôneas. É constituída
de um eixo principal de onde
partem as raízes
secundárias ou laterais. Este
tipo de raiz possui regiões
facilmente identificáveis em
sua estrutura.
Fasciculada ou cabeleira: típica de
angiospermas monocotiledôneas como
gramíneas. Este tipo de raiz não possui um eixo
principal e a diferenciação das raízes
secundárias, sendo constituída por inúmeras
raízes equivalentes, saindo de pontos muito
próximos. Este tipo de raiz não se aprofunda
muito no solo como as axiais.
Obs: Tipo especial de raiz subterrânea, podendo ser do
tipo axial ou fasciculada:
Tuberosas. Este tipo de raiz, além de realizar as
funções tradicionais de fixação e absorção, sofreu uma
adaptação para armazenar material nutritivo,
principalmente o amido, conhecido carboidrato de
reserva de energia vegetal.
Temos como exemplos:
1.b-Raízes aquáticas:
São as raízes de plantas de regiões alagadiças,
aquáticas, podendo os vegetais serem
submersos ou superficiais. Exemplos:
1.c-Raízes aéreas: são aquelas que crescem
acima da superfície do solo ou substrato.
Suportes ou escoras

Tabulares

Grampiformes
Estrangulantes: mata-pau
Cinturas ou cintas:
Epífitas (velame)
Pneumatóforas (Manguezais)
2) CAULE: é outro exemplo de órgão vegetativo,
geralmente aéreo, que desempenha as funções
principais de sustentação, elevação das folhas
em direção à luz e distribuição de seiva pela
planta.

1 2
• 1) gema apical
• 2) gema lateral ou
axilar 3
• 3) nó
• 4) entrenó

4
2.a-Caules aéreos:
tradicionais crescem acima da superfície do solo:
Tronco Haste Estipe

Colmo
Rastejante: estolão Cladódio

Rastejante: sarmentoso

Volúvel
Pseudocaule

No caso da bananeira,
a parte aérea é falsa,
sendo que o caule verdadeiro,
encontra-se embaixo do solo!
2.b-Caules Aquáticos:
caules de regiões aquáticas que apresentam
muito parênquima aerífero.
2.c-Caules Subterrâneos:
crescem abaixo da superfície (substrato).
Rizoma Tubérculo

Bulbo
3) FOLHA: típico órgão vegetativo vegetal,
normalmente de forma laminar e clorofilado,
cujas funções principais seriam a realização da
fotossíntese e as trocas gasosas (respiração,
transpiração e a própria fotossíntese).
Folha reticulinérvea Folha paralelinérvea
(angiosperma (angiosperma
Modificações foliares com função protetora,
reprodutiva e/ou nutritiva:

Espinhos Brácteas

Espada
4) FLOR: órgão reprodutor encontrado somente
nos vegetais denominados como fanerógamas
(gimnospermas e angiospermas), ou seja, em
plantas que possuem órgãos reprodutores
macroscópicos.
5) FRUTO: órgão encontrado somente nas
angiospermas,
com a finalidade protetora, mas acima de tudo,
de dispersão das sementes. Portanto, suas
características
estão adaptadas ao tipo de dispersor, assim
como, observado nas flores.
Os frutos são considerados também órgãos
reprodutores. São originados após a
fecundação, a partir do ovário floral. Qualquer
órgão semelhante, desenvolvido a partir de
qualquer outra parte floral será denominado de
PSEUDOFRUTO.
Partes de um fruto:
epicarpo (1), endocarpo (2) e mesocarpo (3)

3
Classificação dos frutos
simples:
BAGA - contém várias sementes

CARNOSOS

DRUPA - contém só uma semente


FRUTOS

INDEISCENTES
(não se abrem quando maduros)
SECOS

DEISCENTES
(se abrem quando maduros)
FRUTOS CARNOSOS DO TIPO BAGA:
FRUTOS CARNOSOS DO TIPO DRUPA:
FRUTOS SECOS INDEISCENTES:

Sâmara - Tipuana
Cariopse ou grão -
Milho
PSEUDOFRUTOS: Órgãos originados a partir
de outra parte floral que não seja o ovário

Pedúnculo floral Receptáculo floral

Pseudofruto
composto
6) SEMENTE:
- Óvulo fecundado
- Partes:
*Tegumento
*Amêndoa: formada por:
Embrião – produto da
fecundação da oosfera.
Cotilédones – folhas
embrionárias, originadas
do zigoto
Albúmen ou endosperma
– tecido de reserva
triplóide, formado pela
fecundação dos núcleos
polares + núcleo
espermático.
FISIOLOGIA VEGETAL
Nutrição mineral vegetal
▪ Macronutrientes: TRAJETO DA ÁGUA E DOS
SAIS PELO APOPLASTO E PELO SIMPLASTO
necessários às plantas
em grandes quantidades
(ex.: H, C, O, N, S, P, Ca, K e Mg).

▪ Micronutrientes:
requeridos em quantidades
relativamente pequenas
(ex.: Cl, Fe, Na, Cu e Ni).

A água e os sais minerais são


absorvidos do solo pelas raízes.

A linha rosa indica o deslocamento pelo apoplasto; a azul, o


deslocamento pelo simplasto.
Representação sem escala
Condução da seiva bruta
▪ Seiva bruta (inorgânica): é formada essencialmente por água e sais
minerais, sendo absorvida pelas raízes e transportada até as folhas pelos
vasos xilemáticos (lenhosos).

▪ Teoria da coesão-tensão (Teoria de Dixon): “sucção” exercida pelas


folhas quando elas perdem água pela transpiração e a coesão das
moléculas de água no interior do xilema, que possibilitam a ascensão da
seiva bruta.
A RAIZ E ABSORÇÃO DE ÁGUA
Células da endoderme com acúmulo de suberina → estrias de Caspary
(água e sais minerais absorvidos são conduzidos por dentro do citoplasma)

Abaixo da endoderme se
encontra o periciclo →
origina as ramificações da
raiz
A RAIZ E ABSORÇÃO DE ÁGUA

Maior parte da água


entra por osmose pela
zona pilífera (pelos
Cilindro
vascular absorventes), mas
pequena parte é
absorvida por células da

Córtex epiderme.
O CAULE E A CONDUÇÃO DA SEIVA

SEIVA BRUTA (xilema ou lenho)


→ água e sais minerais (raiz → outras
partes planta)
SEIVA ELABORADA (floema ou liber)
→ nutrientes formados na
fotossíntese (órgãos fotossintetizantes
→ outras partes da planta)
O CAULE E A CONDUÇÃO DA SEIVA
CONDUÇÃO SEIVA BRUTA
Mas como a seiva bruta consegue atingir as partes mais altas da planta?

➢ Transpiração
➢ Pressão da raiz
(pressão osmótica)
CONDUÇÃO SEIVA ELABORADA
Teoria do fluxo de massa (hipótese de Münch): propõe que o
deslocamento da seiva elaborada se dá por diferença de
concentração osmótica: a alta concentração de matéria
orgânica nas células foliares (região produtora) cria um fluxo de
água para dentro dos vasos do floema, arrastando a solução
para as regiões de consumo, nas quais a matéria orgânica é
retirada ativamente dos vasos floemáticos.
CONDUÇÃO SEIVA ELABORADA
Anel de Malpighi
FOLHAS E TRANSPIRAÇÃO
Transpiração
• perda de água na forma de vapor pelos estômatos.
• controla a redução da temperatura interna da planta.
• difusão de CO2 (fotossíntese).

Transpiração estomática
• fotoativo = luz (estômatos abertos)
• hidroativo = água (estômatos abertos)
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO

FATORES EXTERNOS

TEMPERATURA  T →  transpiração
SOLO  umidade →  transpiração

UMIDADE DO AR  umidade do ar →  transpiração

VENTILAÇÃO  ventilação →  transpiração (obs.: ventilação excessiva →


estômatos se fecham → transpiração diminui
LUZ  exposição luminosa →  transpiração
FATORES QUE INFLUENCIAM A
TRANSPIRAÇÃO

FATORES INTERNOS

ÁREA DE EVAPORAÇÃO  superfície foliar →  transpiração


ESPESSURA CUTÍCULA  espessura →  transpiração

PELOS céls. vivas →  transpiração; céls. mortas →  transpiração

ATIVIDADE ESTOMÁTICA  tempo abertura estômatos →  transpiração

CONCENTRAÇÃO  Concentração vacúolo →  retenção de água →


VACUOLAR  transpiração
GUDAÇÃO OU SUDAÇÃO
Perda passiva de água pelos hidatódios. Ocorre quando há grandes
variações de temperatura.
• solo rico em água, sais minerais
• umidade do ar elevada
Fisiologia Vegetal
Hormônios Vegetais

▪ Também chamados de fitormônios.


▪ Regulam o funcionamento fisiológico das plantas.
▪ São cinco hormônios vegetais: Auxina, Citocinina, Etileno, Giberelina e Ácido Abscísico.

a) Auxina

▪ Ácido Indolacético (AIA)


▪ Local de produção: gema apical do caule

Funções:

I) Alongamento celular
II) Tropismos (movimentos vegetais)
III) Enraizamento de estacas
IV) Dominância apical
V) Desenvolvimento do caule e da raiz
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

a) Auxina
I) Alongamento celular

Auxinas Parede
estimulam
celular
Membran
a
Parede
plasmátic
celular
a Expansão da
parede
Proteína celular
bombeadora
de H+ Expansinas

Molécula de Molécula de celulose


celulose sofrem alongamento Alongament
o celular
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

a) Auxina
II) Tropismos

As auxinas controlam os tropismos: movimentos de curvatura da planta em


resposta a um determinado estímulo.

i. Fototropismo

Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento da planta é a luz.

Quando a planta é
iluminada a auxina
migra para o lado
oposto ao da luz
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

i. Fototropismo

Caule: O excesso de auxina estimula o alongamento celular (fototropismo


positivo)
Raiz: O excesso de auxina inibe o alongamento celular ↑
(fototropismo
auxina negativo)
lu lu ↑ alongamento lu
z z z

Caule
Caule
Fototropismo
(+)

Raiz

↓auxina
Raiz ↑alongamento
Auxina Fototropismo
(-)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

ii. Gravitropismo (Geotropismo)

Tipo de tropismo em que a fonte estimuladora do movimento é a força


gravitacional
Caule: gravitropismo negativo
Raiz: gravitropismo positivo
Planta em posição
horizontal
Raiz
raiz caule ↓auxina
↑alongamento Caule
↑auxina
↑alongamento

Força da gravidade faz com


que a auxina se acumule
na região inferior da planta.
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

Obs.: Nastismos
▪ Movimentos que ocorrem em resposta a um estímulo, mas que não são
orientados pela fonte estimuladora.
▪ Não há participação de Auxina

Ex: Plantas insetívoras (carnívoras) e sensitivas.

Planta sensitiva
Mimosa pudica
Planta carnívora (Dioneia)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

a) Auxina
III) Enraizamento de estacas

Por estímulo da auxina, raízes adventícias podem


surgir a partir de estacas (mudas).

IV) Desenvolvimento de raiz e caule

Raiz, mais sensível a auxina que o caule

Uma concentração que induza o


crescimento ótimo do caule, tem
efeito inibidor sobre o crescimento
da raiz.
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

a) Auxina
V) Dominância Apical
A auxina produzida na gema apical do caule exerce inibição sobre as gemas
laterais, mantendo-as em estado de dormência.
Se a gema apical for retirada (técnica de poda) as gemas laterais passam a se
desenvolver e novos ramos se desenvolvem.
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

b) Citocinina
Funções na planta

I. Estimula a divisão celular


II. Estimula a morfogênese (diferenciação dos tecidos da planta)
III. Estimula o alongamento caulinar
IV. Promove o retardo do envelhecimento da planta (senescência)
V. Quebra a dominância apical e promove o desenvolvimento das gemas
laterais.

Auxina e citocinina podem ser utilizadas


em conjunto para promoverem a
diferenciação celular em vegetais e a
formação de plantas inteiras a partir de um
conjunto de céulas (calo)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

c) Etileno (Gás Eteno – C2H4)


Funções na planta

I. Promove a germinação em plantas jovens.


II. Promove o amadurecimento dos frutos
III. Promove o envelhecimento celular (senescência)
IV. Estimula a floração
V. Promove a abscisão foliar (queda das folhas)

No cultivo de banana é Etileno promove o


comum realizar a queima da Etileno promove a queda
amadurecimento do
serragem, pois há liberação das folhas (abscisão
fruto.
do gás etileno foliar)
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

d) Giberelina

I. Promove o crescimento dos frutos partenocárpicos


II. Promove o alongamento caulinar
III. Realiza a mobilização das reservas da semente para o embrião
IV. Quebra a dormência em sementes e gemas (primavera)

Desenvolvimento de
frutos
partenocárpicos (sem
Germinação das sementes fecundação).
Fisiologia Vegetal
3) Hormônios Vegetais

e) Ácido abscísico (ABA)


I. Promove a dormência em gemas e sementes (inverno)
II. Promove o fechamento estomático (falta de água no solo)
III. Induz o envelhecimento de folhas, frutos e flores.

Sementes dormentes no período


do inverno por ação do ácido
abscísico
Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo

É o mecanismo de floração que algumas plantas angiospermas possuem em


resposta
ao período de luminosidade diária (fotoperíodo).

Fotoperíodo crítico: (FPC)


▪ Valor em horas de iluminação que determina a floração ou não de uma
planta.
▪ O fotoperíodo crítico é específico de cada espécie.

I. Plantas de dia-curto: Florescem quando a duração do período iluminado é


inferior ao seu fotoperíodo crítico.
II. Plantas de dia-longo: Florescem quando a duração do período iluminado é
maior que o seu fotoperíodo crítico.
III. Plantas indiferentes: A floração não depende do fotoperíodo.
Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo Verão Inverno
Dia Noite Dia Noite
a) Plantas de dia-curto
16 hs 8 hs 8 hs 16 hs
Fotoperíodo crítico da
espécie = 11 hs

Floresce quando submetida a


um período de luminosidade
inferior ao seu fotoperíodo
crítico.

Não floresce Floresce


Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo Verão Inverno
Dia Noite Dia Noite
a) Plantas de dia-longo
16 hs 8 hs 8 hs 16 hs
Fotoperíodo crítico da
espécie = 15 hs

Floresce quando submetida a


um período de luminosidade
superior ao seu fotoperíodo
crítico.

floresce Não Floresce


Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo

▪ Estudos posteriores revelaram que não é o período de


luminosidade diária que efetua a floração, mas sim o período
de escuro ao qual a planta é submetida.

▪ Plantas de dia-curto: necessitam de uma “noite longa” para


florescer

▪ Plantas de dia-longo: necessitam de uma “noite curta” para


florescer.
Fisiologia Vegetal
4) Fotoperiodismo

Interrompendo o período noturno por


um breve período luminoso a planta de
dia-curto, não floresce, pois na verdade
ela necessita é de uma “noite longa”
contínua.
Não Floresce

Interrompendo o período noturno por


um breve período luminoso a planta de
dia-longo floresce, pois como ela
necessita de “noite curta” para florescer
a interrupção da noite longa faz com
que a noite se torne curta para planta e
ela floresce.
Floresce
Bons Estudos!!!

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