BOTÂNICA

Prof. Kennedy Ramos

UNIDADE 3: Briófitas

As Briófitas são consideradas os “anfíbios” do Reino Vegetal, pois ainda dependem da água para re-
produção e estão na transição do ambiente aquático para o terrestre. São encontradas em locais úmidos
e sombreados, mas existem briófitas extremas encontradas em desertos e na Antártida. Elas possuem
tecidos verdadeiros, mas não possuem órgãos verdadeiros, como caule, raiz, folha, flor, fruto e sementes.
Costumamos dizer que no lugar dos órgãos possuem rizoides, cauloides e filoides.

Antóceros Musgos Hepáticas

© nextews/hiveminer/regnumplantae

Classificação ▪ Esporófito: É a fase passageira. Sempre é di-

ploide (2n), produz esporos por meiose espo-
▪ Avasculares ou atraqueófitas; rófito é heterótrofo e totalmente dependente do
▪ Criptógamas; gametófito
▪ Assifonógamas;
▪ Hidrodependentes;
▪ Não possuem órgãos verdadeiros.
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material

Curiosidade!
Assim como todas as plantas as briófitas
são consideradas Embriófitas e apresentam
fecundação interna.

Representantes
O grupo das briófitas pode ser dividido em 3
filos ou divisões: Antocerófitas (antóceros), Hepa-
tófitas (hapáticas) e Briófitas (musgos).

Fases de Vida
• Gametófito: É a fase duradoura. Sempre é
haploide (n) e produz gametas (anterozoides e
oosfera) por mitose, logo representa a fase se-
xuada. O gametófito é autótrofo (clorofilado) e
totalmente independente.

Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br ASSINE JÁ!

 Reprodução Assexuada
A reprodução assexuada pode ser por Gemulação (propágulo) e por Fragmentação (propagação
vegetativa).

Alternância de gerações
A fase de gametófito das briófitas pode ser Monoica ou Dioica. Como exemplo vamos demonstrar o
ciclo do Polytrichium um musgo dioico (sexos separados). A fase de esporófito é a fase passageira e é
sempre assexuada.

Exemplificando, temos.
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material

© nicerweb

1. Os esporos (n) originam o protonema (n);

2. Os protonemas originam “brotos” que sofrem mitose e desenvolvem os gametófitos (n);
3. O gametófito masculino possui um gametângio chamado anterídio no qual abriga o gameta masculino
anterozoide (n). O gametófito feminino possui gametângio, chamado arquegônio (n) no qual abriga o
gameta feminino, chamado oosfera (n);
4. Por uma gota de chuva o anterozoide chega ao arquegônio, onde fecunda a oosferas;
5. O embrião (2n) se desenvolve em embrião (2n);
6. O esporófito (2n) emerge do arquegônio (n). Um pedaço do arquegônio é levado pelo esporófito e se
chamará caliptra (n);
7. O esporófito jovem (2n) depende do gametófito (n);
8. Os esporos se desenvolvem pela meiose nos esporângios.

Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br ASSINE JÁ!


Importante!
As Briófitas e as Pteridófitas possuem ga-
metas masculinos flagelados (anterozoides) e
possuem centríolos.
Curiosidades!
Nas Briófitas e nas Pteridófitas os esporos
são lançados no meio.
ATIVIDADES PROPOSTAS
01. (G1 - ifba) Musgos são plantas extremamente
pequenas, não ultrapassando a altura de
poucos centímetros. Estas plantas parecem
formar um tapete verde nos troncos de
árvores, em folhas ou em rochas. Diferente do
que descrevem histórias de ficção científica,
musgos gigantes não poderiam ocorrer de
fato na realidade.
Escolha a alternativa que descreve o motivo
que impede esses seres de atingirem grandes
tamanhos.
a) Lentidão no processo fotossintetizante.
b) Impossibilidade de produção de amido para
consumo.
c) Lentidão de condução de seivas em grandes
distâncias.
d) Pouca produção de hormônios de crescimen-
to do caule.
e) Pouca produção de glicose para um cresci-
mento satisfatório.
02. (Ufjf-pism 2)O gênero Sphagnum (Anthoce-
rophyta) possui espécies que são comumen-
te chamadas musgos de turfeira e possuem
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material
grande importância ecológica por formarem
a turfa, que cobre da superfície terrestre do
planeta. Na primeira guerra mundial foram
muito utilizados na limpeza de ferimentos,
por absorverem até 20 vezes seu peso em
água e pela presença de metabólitos bacte-
ricidas em sua constituição.
Sobre musgos de turfeira, marque
alternativa CORRETA:
a) os musgos podem ocorrer em diferentes habi-
tats, incluindo o ambiente marinho e terrestre.
b) possuem ciclo de vida com alternância de ge-
rações haploide e diploide, com fase haploide
persistente.
c) são considerados avasculares, por possuírem
esporófito efêmero e dependente.
Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br
d) são formados por três sistemas de tecidos,
no sistema fundamental encontra-se o parên-
quima.
e) o esporófito libera as sementes pela abertura
da cápsula, após o opérculo ser eliminado.
03. (G1 - cps) Os musgos são plantas peque-
nas, geralmente macroscópicas, com alguns
centímetros de altura, fotossintetizantes,
pluricelulares e sem sementes. Desenvol-
vem-se em locais úmidos e sombreados, for-
mando tapetes verdes e aveludados. Essas
plantinhas não possuem vasos condutores
de seiva. Nelas, o transporte de substâncias
ocorre lentamente por difusão, de célula para
célula, garantindo a matéria-prima necessá-
ria à sobrevivência. Possuem um eixo ereto,
onde se prendem os filoides, que são estru-
turas finas, verdes e simples. Os musgos
fixam-se ao solo por pequenos filamentos,
os rizoides, que também fazem a absorção
de água e sais.Essas plantas apresentam se-
xos separados sendo que, em determinadas
épocas do ano, na parte superior da planta
feminina desenvolve-se uma haste longa,
que apresenta na extremidade uma cápsula
produtora de esporos:
Sobre essas plantas é correto afirmar que
a
a) possuem raízes desenvolvidas, flores e frutos.
b) são visíveis apenas com o auxílio de
microscópio.
c) desenvolvem estruturas especiais para a
produção das sementes.
d) têm pequeno porte e se caracterizam pela
ausência de vasos condutores de seiva.
e) parasitam outras plantas das quais retiram os
nutrientes necessários para sua sobrevivência.
ASSINE JÁ!
 planta se dá célula a célula, por difusão.
04. (Ufsj) Dentre as briófitas, as espécies do
( ) As briófitas apresentam alternância de gera-
gênero Sphagnum destacam-se por sua
ções, isto é, geração haploide (II), formadora
importância econômica, pois formam a
de gametas – fase gametofítica, que é sem-
turfa. A turfa seca é queimada para fornecer
pre a mais desenvolvida, e geração diploide
energia em regiões como o norte da Europa
(III), formadora de esporo – fase esporofítica,
e Ásia. A utilização da turfa como fonte de
que cresce sobre o gametófito, dependendo
energia só é possível porque é formada pelo
dele para sua nutrição.
acúmulo de musgos mortos em terrenos:
( ) A maioria das espécies de musgos tem se-
xos separados; o gametângio masculino (V)
a) pantanosos, com pouca disponibilidade de
recebe o nome de arquegônio e o gametângio
oxigênio. A baixa concentração de oxigênio
feminino (IV) recebe o nome de anterídio.
impede que os micro-organismos decompo-
( ) Em (VI), está representado o processo de
nham o vegetal e liberem o carbono para a
eliminação dos esporos formados, por meio-
atmosfera.
se, no interior da cápsula do esporófito, que
b) pantanosos, com pouca disponibilidade de
corresponde, portanto, a um esporângio. Es-
oxigênio. A baixa concentração de oxigênio
tes esporos, após a geminação, originarão
acelera o processo de decomposição, realiza-
gametófitos.
do pelos micro-organismos anaeróbios, que
( ) As briófitas dependem da água para repro-
convertem o carbono na forma de carboidrato
dução. A fecundação ocorre quando gotículas
em álcool pelo processo da fermentação al-
de água, ao atingirem o ápice do gametófito
coólica.
masculino, fazem com que os anterozoides
c) arenosos, com alta disponibilidade de oxigê-
sejam lançados para fora da planta, atingindo
nio. As altas concentrações de oxigênio per-
o ápice de uma planta feminina, nadem em
mitem a oxidação dos carboidratos, como a
direção à oosfera e, lá chegando, ocorre a fe-
celulose, em oxicarboidratos compostos alta-
cundação. O embrião (VII) formado dará ori-
mente energéticos.
gem ao esporófito
d) arenosos, com alta disponibilidade de oxigê-
nio. A condição de aeração permite o proces-
Assinale a alternativa que apresenta a sequ-
so de decomposição, realizado pelos micro-
ência correta
-organismos aeróbios, que convertem o teci-
do vegetal, ao longo do tempo, em combustí-
a) V – F – V – V – F
vel fóssil.
b) F – F – V – V – F
c) V – F – F – V – V
05. (Uepb) Observe o esquema simplificado do d) V – F – F – F – V
ciclo de vida de um musgo: e) V – V – F – V – V

06. (Uespi) As plantas avasculares são peque-

nas e são comuns em ambientes sombrea-
dos. Sobre suas características reproduti-
vas, observe o ciclo de vida exemplificado
abaixo e assinale a alternativa correta:
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material

A partir da observação realizada e dos co-

nhecimentos científicos sobre as briófitas,
analise as proposições que seguem, colo-
cando V (Verdadeira) ou F (Falsa).

( ) As briófitas fixam-se ao substrato através

de rizoides (1), sendo que estes têm também
a função de absorção de água e sais mine-
rais. Como as briófitas são avasculares, a
distribuição dessas substâncias pelo corpo da

Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br ASSINE JÁ!

 a) Na cápsula, ocorre a meiose, formando-se
esporos haploides que são eliminados no solo
(1).
b) Cada esporo desenvolve-se formando game-
tófitos unicamente masculinos (2).
c) Anterozoides haploides fecundam oosferas
diploides (3), ocorrendo a seguir divisões mei-
óticas sucessivas.
d) O arquegônio com o embrião diploide (4) de-
senvolve-se formando uma estrutura haploi-
de.
e) O esporófito (5) representa a fase assexuada
do ciclo reprodutivo.
07. (Udesc) Assinale a alternativa correta a res-
peito das características gerais das briófitas:
clorito de sódio, comercializado como água
sanitária. É CORRETO afirmar que a ação da
água sanitária sobre musgos promove
a) a destruição do citoplasma e da parede ce-
lular.
b) a variação no pH do citoplasma das células
do xilema.
c) o bloqueio dos crivos das células do floema.
d) o impedimento do mecanismo de abertura
dos estômatos.
10. (Fatec) A figura a seguir representa um or-
ganismo vivo

a) Apesar de a maioria dos musgos preferir

locais úmidos e sombreados, podem ser
encontradas espécies adaptadas a ambientes
desérticos e polares.
b) A fixação do vegetal ocorre pela ação de raízes
verdadeiras, as quais também desempenham
o importante papel de absorver a água e os
sais minerais essenciais à sobrevivência da
planta.
c) A presença de um câmbio vascular permite
que esses vegetais possam atingir tamanho
de até 1 metro de altura.
d) O ciclo de vida das briófitas caracteriza- Assinale a alternativa que relaciona correta e
se pela alternância de gerações com uma respectivamente o reino, a divisão (ou filo) e
fase esporofítica, haploide; e uma fase o elemento reprodutivo derivado do esporó-
gametofítica, diploide. fito
e) O esporófito das briófitas é a forma duradoura
do vegetal, sendo responsável por garantir a a) 'Fungi', 'Bryophyta' e esporo.
sua sobrevivência. A partir dele desenvolve- b) 'Plantae', 'Bryophyta' e esporo.
se o gametófito, com função reprodutiva. c) 'Plantae', 'Pteridophyta' e esporo.
d) 'Fungi', 'Pteridophyta' e semente.
08. (Unesp) Na aula de biologia, a professora e) 'Protista', 'Fungi' e semente.
comentou que as briófitas poderiam ser
consideradas "os anfíbios do reino vegetal".
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material

Esta afirmação é válida se considerarmos

que as briófitas, assim como alguns anfíbios
GABARITOS
a) apresentam um sistema de distribuição de
água pelo corpo que se dá de célula para
célula, por osmose.
b) reproduzem-se por alternância de gerações QUESTÃO 01 Gabarito: [C]
(metagênese).
Comentário: Os musgos são plantas avasculares,
c) têm uma fase do desenvolvimento (gametófito)
isto é, desprovidas de tecidos condutores de sei-
que ocorre exclusivamente na água.
vas. Dessa forma, por conta da condução célula a
d) sofrem um processo de metamorfose, durante
célula, por difusão, são plantas de pequeno porte.
o qual se alteram os mecanismos de captação
de oxigênio.
QUESTÃO 02: Gabarito: [B]
e) vivem em ambientes úmidos e dependem da
água para a fecundação. Comentário: Os musgos são plantas com ciclo vi-
tal haplôntico-diplôntico. A fase haploide é o game-
09. (Ufmg) Na limpeza de quintais, para a reti- tófito e corresponde ao vegetal verde, duradouro e
rada de "lodo" de áreas cimentadas, comu- persistente.
mente, utilizam-se generosas doses de hipo-

Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br ASSINE JÁ!

 QUESTÃO 03: Gabarito: [D]
Comentário: Os musgos são plantas de pequeno
porte e avasculares, isto é, desprovidas de vasos
condutores de seivas.
QUESTÃO 04: Gabarito: [A]
Comentário: A turfa é formada pelo acúmulo de
musgos mortos em terrenos pantanosos com pou-
ca disponibilidade de oxigênio. A decomposição ae-
róbica fica dificultada, fato que impede a liberação
do carboidrato fixado nas plantas para a atmosfera.
QUESTÃO 05: Gabarito: [E]
Comentário:
Gabarito Oficial: ANULADA
Gabarito SuperPro®: [E]
Em [V] é mostrado o gametângio feminino, estrutu-
ra denominada arquegônio. O gametângio mascu-
lino, [IV], é denominado anterídio.
Observação: Originalmente, a questão havia sido
anulada por não conter alternativa correta. Porém,
para que haja uma resposta, a alternativa [E] foi
adaptada de “F – V – F – V – V” para “V – V – F –
V – V.
QUESTÃO 06: Gabarito: [A]
Comentário: No ciclo vital alternante dos musgos,
a meiose é espórica e ocorre nas células germi-
nativas situadas no esporângio, que é situado na
extremidade do esporófito.
QUESTÃO 07: Gabarito: [A]
Comentário: A fixação das briófitas ao substrato é
feita por meio de rizoides. Essas plantas são avas-
É proibida a reprodução, total ou parcial, deste material
culares de pequeno porte. O ciclo vital de briófitas
inclui uma fase gametofítica verde, duradoura e ha-
ploide e uma fase esporofítica heterótrofa, transitó-
ria e diploide.
QUESTÃO 08: Gabarito: [E]
QUESTÃO 09: Gabarito: [A]
QUESTÃO 10: Gabarito: [B]
REFERENCIAL TEÓRICO
RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E.
2007. Biologia Vegetal, 7a. ed. Coord. Trad.
J.E.Kraus. Editora Guanabara Koogan, Rio de Ja-
neiro.
Deixa que a gente explica! www.bioexplica.com.br
KERBAUY. Fisiologia Vegetal. Guanabara Koo-
gan, 2004.
BOLD, H.C. Morphology of plants. Harper & Row.
New York, 1967.
ENDRESS, P.R. Diversity and evolutionary biolo-
gy of tropical flowers. Cambridge University Press,
Cambridg, 1996.
JUNIOR, C.S.; SASSON, S.; JUNIOR, N.C. Biolo-
gia VOL 1 – 9° Ed. São Paulo, Saraiva, 2010.
JUNIOR, C.S.; SASSON, S.; JUNIOR, N.C. Biolo-
gia VOL 2 – 9° Ed. São Paulo, Saraiva, 2010.
LOPES, S.; ROSSO, S.; BIO volume 2. 1. Ed. São
Paulo: Saraiva, 2010.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R.; Biologia volume 1:
Biologia das Células 2. Ed. São Paulo: Moderna,
2004.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R.; Biologia volume 1:
Biologia das Células 2. Ed. São Paulo: Moderna,
2010.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R.; Biologia volume 2:
Biologia dos Organismos 3. Ed. São Paulo: Moder-
na, 2004.
AMABIS, J.M.; MARTHO, G.R.; Biologia volume 2:
Biologia dos Organismos 3. Ed. São Paulo: Moder-
na, 2010.
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F.; Biologia,
volume único1. Ed. São Paulo: Ática, 2011.
IMAGENS
https://botany4u.neocities.org/readings/ima-
ges/050401_moss.jpg
http://pt.nextews.com/2a412e07/
https://hiveminer.com/Tags/bryophyte,liverwort/Re-
cent
https://regnumplantae.webnode.es/botanica2/brio-
fitas/antoceros/
http://bio1152.nicerweb.com/Locked/media/ch29/
moss-cycle.html
ASSINE JÁ!