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Eletricidade Aplicada - Parte 1 - Unidades 1 A 6
Eletricidade Aplicada - Parte 1 - Unidades 1 A 6
ELETRICIDADE APLICADA
1
UNIDADE 1 – NOTAÇÃO DE POTÊNCIAS DE
DEZ E O SISTEMA INTERNACIONAL DE
UNIDADES
1.1. NOTAÇÃO DE POTÊNCIAS DE DEZ
10 000 = 10 x 10 x 10 x 10 = 104
1 000 = 10 x 10 x 10 = 103
100 = 10 x 10 = 10²
10 = 10 = 101
1 = 1 = 100
2
Nos exemplos acima, observa-se que uma potência de 10, com
valor l ou maior, tem expoente igual ao número de zeros: 100 tem
dois zeros e é igual a 102; 10000 tem quatro zeros e é igual a 104
etc. Para potências de 10 com valor menor que 1, o expoente é
igual ao negativo do número de zeros, inclusive o zero à esquerda
da vírgula decimal: 0,001 tem três zeros e é igual a 10-3; 0,00001
tem cinco zeros e é igual a l0-5 etc.
3
utilizam até hoje os seus padrões regionais. O elevado aumento
nos intercâmbios econômicos e culturais levou ao surgimento do
Sistema Internacional de Unidades ou SI, o sistema métrico.
4
Tabela 2 – Algumas unidades derivadas do SI
Força Newton
Pressão Pascal
Trabalho, Energia,
Joule
Calor
5
P
O
Tabela 3 – Prefixos, símbolos e potência de dez
T
Ê
S
P N
Í
R C
M
E I
B
F A
O
I
L
X D
O
O E
1
P
0
i -
P
c 1
o 2
N 1
a N0
n -
6
o
Micro
Mili
Cent
Dec
Deca
Hect
Quilo
Mega
Giga
Tera
7
Todos os valores de carga são múltiplos inteiros destas cargas
elementares. Os cientistas também descobriram que as cargas
produzem forças umas sobre as outras: cargas de mesmo sinal se
repelem; e de sinais opostos se atraem. Além disso, num circuito
elétrico existe uma conservação de carga, que significa que a
carga elétrica total permanece constante — a carga não é gerada
nem destruída. (Os componentes elétricos interligados para
formarem pelo menos uma trajetória fechada compreendem um
circuito elétrico ou rede.)
8
coulomb* (C) – *Charles Augustin de Coulomb (1736 – 1806), físico
francês –. O símbolo de quantidade é Q para carga constante e q
para uma carga que varia com o tempo. A carga de um elétron é -
1,602 x 10-19 C, e a de um próton é 1,602 x 10-19 C. Em outras
palavras, a carga combinada de 6,241 x 1018 eletrons é igual a
-1 C, e a carga combinada de 6,241 x 1018 prótons é igual a l C.
9
Um ampère (1 A) de corrente é definido como o deslocamento de
um culomb (1 C) através de um ponto qualquer de um condutor
durante o intervalo de tempo de um segundo (1 s). Na tabela 4 são
mostrados submúltiplos do ampère.
Corrente
elétrica
Aparelho
(em
Ampères))
Lâmpadas 0,15 a 5,0
Rádio 0,25 a 1,0
Liquidificador 5,0
Televisor 2,0
Ferro elétrico 10
10
Verão 15
Chuveiro elétrico
Inverno 28
Torneira elétrica 18
Motor de arranque de automóvel 100
Locomotiva elétrica 1.000
11
O sentido convencional da corrente elétrica é o de oposição ao
movimento dos elétrons, como mostrado na Fig. 4.
12
2.3. DIFERENÇA DE POTENCIAL (TENSÃO)
𝐖
𝑽=
𝐐
13
onde W é o trabalho, em joule (J), e Q é a carga (elétrons), em
coulomb (C).
6V Vab
a b a b
+ - + -
A B
14
Figura 2.3
+ +
E E
15
A B
Figura 2. 4
2.4. POTÊNCIA
16
A razão pela qual alguma coisa absorve ou gera energia é a
potência absorvida ou desenvolvida. Uma fonte de energia gera ou
desenvolve potência e uma carga a absorve. A unidade SI da
potência é watt* (W) – *James Watt (1736 – 1819), matemático e
engenheiro escocês –. O símbolo de quantidade é P para potência
constante e p para potência variavel no tempo. Se 1 J de trabalho
for absorvido ou desenvolvido numa razão constante de l s, a
potência correspondente será de l W. Em geral,
𝑾 (𝒋𝒐𝒖𝒍𝒆𝒔)
𝑷(𝒘𝒂𝒕𝒕𝒔) =
𝒕 ( 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐𝒔)
17
Fig 2.5
1 hp = 745,7 W
1 cv = 735,5 W
18
geralmente expresso como uma fração decimal que é a
porcentagem dividida por 100.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
19
1. Encontrar a carga, em coulombs, para:
(a) 5,31 × 1020 elétrons;
(b) 2,9 × 1022 prótons.
SOLUÇÃO (a) A carga de um elétron é: qe = -1,602 × 10-19 C.
Q = N . qe coulombs
𝟐𝟎 −𝟏,𝟔𝟎𝟐 ×𝟏𝟎−𝟏𝟗 𝑪
Q = 𝟓, 𝟑𝟏 × 𝟏𝟎 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏𝒔 . = −𝟖𝟓, 𝟏 𝑪
𝟏 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏
Q = N . qp coulombs
𝟏,𝟔𝟎𝟐× 𝟏𝟎−𝟏𝟗 𝑪
Q = 𝟐, 𝟗 × 𝟏𝟎𝟐𝟐 𝒑𝒓ó𝒕𝒐𝒏𝒔 . = 𝟒, 𝟔𝟒𝟓𝟖 × 𝟏𝟎𝟑 𝑪 = 𝟒, 𝟔𝟓 𝒌𝑪
𝟏 𝒑𝒓ó𝒕𝒐𝒏
SOLUÇÃO
Q = N . qp C; 1 pC = 𝟏𝟎−𝟏𝟐 𝑪
𝑸 𝟔𝟎 𝑪
SOLUÇÃO 𝑰 = = = 𝟏𝟓 𝑪⁄𝒔 = 𝟏𝟓 𝑨
𝒕 𝟒𝒔
20
𝑸 𝟒𝟓𝟎𝟎𝟎
SOLUÇÃO 𝑰 = = = 𝟏𝟐, 𝟓 𝑪⁄𝒔 = 𝟏𝟐, 𝟓 𝑨
𝒕 𝟑𝟔𝟎𝟎 𝒔
𝟕𝟎 𝑨𝒉
𝒕= =𝟕𝒉
𝟏𝟎 𝑨
𝑾𝒂𝒃 𝟎,𝟖
SOLUÇÃO 𝑽𝒂𝒃 = = = 𝟎, 𝟎𝟓 𝑽
𝑸 𝟏𝟔
21
𝟑𝟔𝟎𝟎 𝒔
𝑾 = 𝟔𝟎 𝑨𝒉 × × 𝟏𝟐 𝑽 = 𝟐, 𝟏𝟔 × 𝟏𝟎𝟓 𝑨𝒔 × 𝟏𝟐 𝑽
𝟏𝒉
= 𝟐, 𝟓𝟗𝟐 × 𝟏𝟎𝟔 𝑱 = 𝟐, 𝟓𝟗𝟐 𝑴𝑱
𝟑𝟔𝟎𝟎 𝒔
𝑷 = 𝑷𝒕 = 𝟔𝟎 𝑾 × 𝟏 𝒉 × = 𝟐𝟏𝟔𝟎𝟎𝟎 𝑾𝒔 = 𝟐𝟏𝟔 𝒌𝑱
𝟏𝒉
𝑷 𝟏𝟐𝟎𝟎
𝑰= = = 𝟏𝟎 𝑨
𝑽 𝟏𝟐𝟎
𝑷 𝟏𝒉𝒑 𝟕𝟒𝟓, 𝟕 𝑾 𝑾
𝑰= = = = 𝟔, 𝟒𝟖 = 𝟔, 𝟒𝟖 𝑨
𝑽 𝟏𝟏𝟓𝑽 𝟏𝟏𝟓𝑽 𝑽
22
13. Calcular a eficiência de operação de um motor elétrico que
desenvolve 1 hp enquanto absorve uma potência de entrada de
900 W.
SOLUÇÃO
A eficiência é
𝑷 𝒔𝒂í𝒅𝒂 𝟐 × 𝟕𝟒𝟓, 𝟕𝑾
𝛈= × 𝟏𝟎𝟎% = × 𝟏𝟎𝟎% = 𝟕𝟖, 𝟓%
𝑷 𝒆𝒏𝒕 𝟏𝟗𝟎𝟎𝑾
𝑷 𝒔𝒂í𝒅𝒂
SOLUÇÃO 𝛈 = = 0,8. Então,
𝑷 𝒆𝒏𝒕
23
SOLUÇÃO De 𝑷𝒆𝒏𝒕 = 𝑽𝑰 = 𝑷𝒔𝒂í𝒅𝒂 /𝛈 ,
SOLUÇÃO
UNIDADE 3 – RESISTÊNCIA
𝐕
𝑰=
𝐑
24
Onde R (em ohms) é a constante da proporcionalidade entre V
(em volts) e I (em ampères).
25
A seguir, são apresentadas algumas figuras mostrando
resistências:
26
3.2. RESITIVIDADE
𝐥
𝐑=𝛒 (Ω)
𝐀
27
Tabela 3.1
Material Resistividade (Ω • m) a 20°C
Prata 1,64 X 10-8
Cobre recozido 1,72 X 10-8
Alumínio 2,83 X 10-8
Ferro 12,3 X 10-8
Constantana 49 X 10-8
Nicromo 100 X 10-8
Silício 2500
Papel 1010
Mica 5 X 1011
Quartzo 1017
б𝐀
𝐆=
𝐥
28
3.3. EFEITOS DA TEMPERATURA
29
resistencia R2 em outra temperature T2 é determinada partindo da
geometria da linha reta pela expressão:
𝐑𝟏(𝐓𝟐 − 𝐓𝟎)
𝐑𝟐 =
(𝐓𝟏 − 𝐓𝟎)
Tabela 3.2
MATERIAL TEMPERATURA INFERIDA T0 (°C)
Tungstênio - 202
Cobre - 234,5
Alumínio - 236
Prata - 243
Constantana - 125.000
30
Onde α1 é o coeficiente da temperatura da resistência na temperatura
T1.
Tabela 3.3
Tungstênio 0,0045
Cobre 0,00393
Alumínio 0,00391
Prata 0,0038
Constantana 0,00008
31
Carbono - 0,0005
P=V.I=V. V/R
𝐕²
𝐏= (watt)
𝐑
ou
P = V. I = R . I . I
P = R . I² (watt)
32
3.4.1. Potência nominal de um resistor
Todo resistor possui uma potência nominal referida a uma tensão
nominal, que é a potência de trabalho do resistor, de modo que ele
não tenha aquecimento superior ao estabelecido em seu projeto e
com isso não ser prejudicial à sua vida útil.
Pnr = R . (In)2
33
34
35
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
𝑽 𝟐𝟒𝟎
𝑰= = = 𝟏𝟎 𝑨
𝑹 𝟐𝟒
SOLUÇÃO
𝑽 𝟏𝟐𝟎
𝑹= = = 𝟏𝟒𝟒 𝜴
𝑰 𝟎, 𝟖𝟑𝟑𝟑
3. Uma torradeira com uma resistência de 8,27 Ω opera com uma corrente
de 13,9 A. Que tensãoser deve aplicada à torradeira?
SOLUÇÃO
SOLUÇÃO
𝟏 𝟏
𝑮= = 𝑺 = 𝟏, 𝟕𝟗 µ𝑺
𝑹 𝟓𝟔𝟎 𝒙 𝟏𝟎𝟑
SOLUÇÃO
𝑰 𝟐𝟎
𝑮= = = 𝟐𝟎𝟎𝟎 𝑺
𝑽 𝟎, 𝟎𝟏
36
6. Calcular a resistência a 20°C de uma barra de cobre recozido de 3 m de
comprimento e 0,5 cm por 3 cm de seção reta retangular.
SOLUÇÃO
𝒍𝟏
𝑹𝟏 = 𝝆
𝑨𝟏
𝒍𝟐
𝑹𝟐 = 𝝆
𝑨𝟐
37
𝑹𝟏 𝒍𝟏 𝒍𝟐
= 𝝆 /𝝆
𝑹𝟐 𝑨𝟏 𝑨𝟐
𝑹𝟏 𝒍𝟏 𝑨𝟐
= 𝒙
𝑹𝟐 𝒍𝟐 𝑨𝟏
𝑹𝟐 𝒍𝟐 𝑨𝟏
= 𝑹𝟏 𝒙
𝟏 𝒍𝟏 𝑨𝟐
𝟏𝟓 𝒙 𝟐
𝑹𝟐 = = 𝟐𝟕𝟎𝛀
(𝟏/𝟑)𝟐
𝑻𝟎 = -234,5°C
𝑹𝟐 = 𝑹𝟏 (𝑻𝟐 − 𝑻𝟎 )/( 𝑻𝟏 − 𝑻𝟎 ).
𝑻𝟐 − 𝑻𝟎 𝟑𝟖 − (−𝟐𝟑𝟒, 𝟓)
𝑹𝟐 = 𝑹𝟏 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎 = 𝟏𝟎𝟕𝛀
𝑻𝟏 − 𝑻𝟎 𝟐𝟎 − (−𝟐𝟑𝟒, 𝟓)
38
SOLUÇÃO A temperatura do alumínio para resistência zero é: 𝑻𝟎 = -
236°C. Assim,
𝑻𝟐 − 𝑻𝟎 𝟒𝟐 − (−𝟐𝟑𝟔)
𝑹𝟐 = 𝑹𝟏 = 𝒙 𝟏𝟓𝟎 = 𝟏𝟔𝟑𝛀
𝑻𝟏 − 𝑻𝟎 𝟐𝟎 − (−𝟐𝟑𝟔)
39
UNIDADE 4 – CIRCUITOS DE CORRENTE
CONTÍNUA: SÉRIE E PARALELO
4.1. RAMOS, NÓS, CIRCUITOS FECHADOS E MALHAS
Um ramo de um circuito é um componente isolado, tal como um
resistor ou uma fonte. Algumas vezes, no entanto, este termo é
usado para um grupo de componentes que transporta a mesma
corrente - componentes em série, especialmente quando eles são do
mesmo tipo.
40
A palavra “algébrica” significa que os sinais dos aumentos e quedas de
tensão são incluídos nas adições. Na aplicação da KVL, uma corrente
de circuito fechado é geralmente tomada como referência. É
fundamental a ordenação das polaridades dos componentes dos
circuitos para aplicação da KVL.
i
+
i
+
41
Neste caso, p = v . i e o gerador fornece energia.
42
4.4. ASSOCIAÇÃO DE BIPOLOS RESISTIVOS EM SÉRIE
Do circuito a seguir
Pode-se obter:
43
Isto é: a resistência resultante de uma associação série de
resistores lineares é a soma das resistências dos componentes.
44
4.6. ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO
No circuito mostrado a seguir, temos uma fonte e dois resistores
conectados em paralelo.
v = v1 = v2
i=I
i = i1 + i2
v1 = R1 i1
v2 = R2 i2
De posse dessa equações, podemos obter:
𝟏 𝟏 𝟏
Pela equação acima, = + e R é a resistência equivalente do
𝑹 𝑹𝟏 𝑹𝟐
circuito.
45
É importante observar que, para uma associação paralelo de dois
resistores, a resistência equivalente é igual ao produto das
resistências dividido pela soma das resistências componentes.
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + +...+
𝑹 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝒏
𝟏
Lembrando que a condutância é dada por . Então a
𝐑
G = G1 + G2 +...+ Gn
46
EXEMPLO DE RESISTÊNCIAS EM PARALELO:
47
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
A
1 2 3
4
B
H C D E
G F
8 7 6 5
Fig. 1
48
3. Identificar os laços e as malhas do circuito mostrado na figura (Fig. 2) e
especificar quais componentes estão em série e quais os componentes que
estão em paralelo.
A B
E
C H
D G
Fig. 2
B D
A C E
Fig. 3
49
SOLUÇÃO Há três laços que são, também, malhas: A-B-C, C-D-E e F-D-B.
Há, ainda, os laços A-B-D-E, A-F-E, A-F-D-C e F-E-C-B. Dessa forma, esse
circuito possui três malhas e sete laços. Não existem componentes em série
ou em paralelo.
+ -
60 V
40 V
-
20 V
+
V
+ 10 V -
+ -
Fig. 4
SOLUÇÃO A LKT pode ser aplicada facilmente em laços onde apenas uma
tensão não é conhecida. Assim, para o laço formado por V1, 10 V, 8 V e 9 V,
a soma das quedas de tensão na direção horária é
10 - 8 + 9 - V1 = 0, que resulta em V1 = 11 V.
50
Da mesma forma, para V2, a soma das quedas de tensão na malha de cima é
V2 + 8 - 10 = 0, que resulta em V2 = 2 V.
- 8 + 9 + V3 = 0, que resulta em V3 = -1 V.
+ +
10 V V2
+
-
- 8V
V1 +
- - +
V3 9V
+ -
Fig. 5
RT = 2 + 5 + 8 + 10 + 17 = 42 Ω.
51
RT = 30 . (6 Ω) = 180 Ω.
SOLUÇÃO
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + + + +
𝑹𝑻 𝟒 𝟏𝟎 𝟏𝟔 𝟐𝟎 𝟐𝟒
𝟏
= 𝟎, 𝟓𝟎𝟒
𝑹𝑻
𝑹𝑻 = 𝟏, 𝟗𝟖 Ω
De P = V. I obtém-se a corrente:
I = P / V = 48 / 120 = 0,4 A.
R = P / I2 = 6 / (0,4)2 = 37,5 Ω.
Req = 12 + 20 + 16 = 48 Ω.
52
A corrente é a tensão aplicada dividida pela resistência equivalente: 𝐈 =
𝟐𝟒𝟎
= 𝟓 𝐀.
𝟒𝟖
V12 = 5 . 12 = 60 V;
V20 = 5 . 20 = 100 V; e
V16 = 5 . 16 = 80 V.
a) a resistência equivalente;
b) a corrente;
c) a corrente em cada resistor;
d) a potência dissipada em cada resistor; e
e) a potência total.
53
UNIDADE 5 – CAPACITORES E CAPACITÂNCIA
5.1. INTRODUÇÃO
54
Quando o capacitor possui um isolante elétrico entre suas placas,
sua capacitância aumenta. Este isolante dificulta a passagem das
cargas de uma placa para a outra, o que descarregaria o
capacitor. Dessa forma, para uma mesma diferença de potencial, o
capacitor pode armazenar uma quantidade maior de carga.
55
56
Como mostrado na imagem, o dielétrico é um material isolante
que separa as duas placas condutoras que armazenam cargas
opostas. A carga é armazenada na superfície das placas, no limite
com o dielétrico. Devido ao fato de cada placa condutora
armazenar cargas iguais, porém opostas, a carga total no
dispositivo é sempre zero.
57
SÍMBOLO DO CAPACITOR
58
A capacitância (em farads) de um capacitor de placas condutoras
paralelas constituído de dois eletrodos planos idênticos de área A
separados por uma distância constante d por um material isolante
de permissividade elétrica ε, é aproximadamente igual a:
𝛆𝐀
𝐶=
d
5.3.1 CONSTANTE DIÉLETRICA
A constante dielétrica 𝛆 de um material isolante é definida pela
expressão
𝛆
𝛆𝐫 =
𝛆𝐨
Onde:
59
5.4. CORRENTE EM UM CAPACITOR
Vimos que quando a voltagem ou tensão em um capacitor muda, o
capacitor será carregado ou descarregado.
A corrente em um capacitor é expressa pela varação da carga com
o tempo, ou seja:
𝐝𝐐
𝑰=
𝐝𝐭
+ i
+ i1 + i2 + i3
v v1 C1 C2
v2 v3
- - -
60
A corrente total que flui no circuito é dada por
i = i1 + i2 + i3 = C dv/dt, onde C é a capacitância do circuito. Então
C dv/dt = C1 dv1/dt + C2 dv2/dt + C3 dv3/dt.
+ i
+ - + - + -
v v1 v2 v3
61
A equação para o circuito mostrado na figura é:
v = v 1 + v2 + v 3
i= i1 = i2= i3
C
v
v = 1/C ʃ idt.
62
Para n capacitores associados em série, o capacitor equivalente
terá a capacitância obtida da soma dos inversos das capacitâncias
individuais:
dW = (q/C)dq (Joules)
63
𝐐
𝐪 𝟏
𝐖=∫ 𝐝𝐪 = 𝐐𝟐 /𝐂
𝟎 𝐂 𝟐
Como Q = C.V,
𝟏
𝐖= 𝐂𝐕 𝟐
𝟐
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
𝑸 = 𝑪𝑽 = (𝟐 𝒙 𝟏𝟎−𝟔 )(𝟏𝟎) = 𝟐𝟎 𝝁𝑪
64
3. Achar a distância entre as placas de um capacitor de placas paralelas de
0,01 µF se a área de cada placa é 0,07 m2 e o dielétrico é vidro.
𝒅𝑪 𝟏𝟎−𝟑 𝒙 𝟏
𝒍= √ =√ = 123 m
∈ 𝟕𝟓𝟎𝟎 (𝟖,𝟖𝟓 𝒙 𝟏𝟎−𝟏𝟐 )
65
SOLUÇÃO Os capacitores podem produzir 1 µF e 3 µF individualmente,
como também 1 µF + 3 µF = 4 µF em paralelo, e (1 x 3)/(1 + 3) = 0,75 µF em
série.
60 µF 90 µF 30 µF
10 µF 25 µF 60 µF
𝟔𝟎 𝒙 𝟒𝟎
𝑪𝒕𝒐𝒕. = = 𝟐𝟒 𝝁𝑭
𝟔𝟎 + 𝟒𝟎
8. Três capacitores, um de 4 µF, um de 6 µF e um de 8 µF, estão em paralelo
alimentados por uma fonte de tensão de 300 volts. Determinar:
66
SOLUÇÃO A carga do capacitor é definida por Q = CV.
(c) A capacitância total pode ser usada para e obter a energia total
armazenada:
𝟏 𝟐
𝐖= 𝐂𝐕 = (𝟎, 𝟓)(𝟏𝟖 𝐱 𝟏𝟎−𝟔 )(𝟑𝟎𝟎)𝟐 = 𝟎, 𝟖𝟏 𝐉
𝟐
9. Repetir o exercício anterior para os três capacitares ligados em série. No
item (b), em vez das cargas, determinar a tensão em cada capacitor.
SOLUÇÃO
𝟏
𝑪= = 𝟏, 𝟖𝟒𝟔 𝝁𝑭
𝟏⁄ 𝟒 + 𝟏⁄ 𝟔 + 𝟏⁄ 𝟖
67
𝟏 𝟐
𝑾= 𝑪𝑽 = (𝟎, 𝟓)(𝟏, 𝟖𝟒𝟔 𝒙 𝟏𝟎−𝟔 )(𝟑𝟎𝟎)𝟐 = 𝟖𝟑, 𝟏 𝑱
𝟐
10. Uma fonte de 24 volts e dois capacitores estão ligados em série. Se um
capacitor tem 20 µF de capacitância e tem 16 volts sobre ele, qual a
capacitância do outro capacitor?
6 µF 12 µF
+ - + - +
V1 V2
100 V 5 µF V3 1 µF
VV
68
𝟏
𝑪= = 𝟐, 𝟒 𝝁𝑭
𝟏⁄𝟔 + 𝟏⁄𝟏𝟐 + 𝟏⁄𝟔
A carga desejada é
𝒅𝒗 𝒅
= (𝟑𝟎𝟎𝟎𝒕) = 𝟑𝟎𝟎𝟎
𝒅𝒕 𝒅𝒕
e a corrente no capacitor
𝒅𝒗
𝒊=𝑪 = (𝟎, 𝟏 𝒙 𝟏𝟎−𝟔 )(𝟑𝟎𝟎𝟎) = 𝟎, 𝟑 𝒎𝑨
𝒅𝒕
que é um valor constante.
69
UNIDADE 6 – INDUTORES E INDUTÂNCIA
6.1. INTRODUÇÃO
O indutor, também conhecido como solenóide ou bobina, é um
componente elétrico capaz de armazenar energia em um campo
magnético gerado pela corrente que o circula. Essa capacidade
é chamada de indutância e é medida em henrys* (H) – *Joseph
Henry (1797 – 1878), cientista estadunidense.
70
Dois ou mais indutores acondicionados juntos em um mesmo
circuito magnético formam os chamados transformadores, os
quais são elementos fundamentais em inúmeros sistemas
elétricos.
71
cada aplicação será empregado um material ferromagnético
diferente.
A saturação pode ser definida como o máximo de magnetização
que um material pode assumir. Um aumento do campo
magnético acima do limiar de saturação não provocará nenhum
aumento da magnetização.
72
6.3. FLUXO MAGNÉTICO
73
(a)
(b)
Fig 6.1
A corrente que passa num fio também produz fluxo. A relação entre a
direção do fluxo e a direção da corrente pode ser lembrada de uma
versão da regra da mão direita. Se o polegar da mão direita está
colocado junto ao fio na direção do fluxo da corrente, os quatro dedos
da mão direita se enroscam na direção do fluxo em torno do fio. O
enrolamento deste fio aumenta o fluxo, assim como ao se colocar
material, chamado material ferromagnético, dentro e em torno da
bobina.
74
6.3.1. Permeabilidade magnética ( µ )
µr = µ / µ0
75
6.4. CONSTRUÇÃO DE UM INDUTOR E INDUTÂNCIA
Algumas voltas de fio enroladas de modo a formar uma bobina nos levam a
um importante componente eletrônico.
76
As bobinas são componentes importantes de qualquer circuito onde estejam
instaladas e podem ser encontradas em diversas funções. Uma das
principais funções das bobinas é fazer circuitos de sintonia em rádios, TVs,
mas também é comum encontrar bobinas na função de filtrar variações
muito rápidas da corrente que poderiam afetar o funcionamento de certas
partes críticas de equipamentos elétricos ou eletrônicos. As maquinas
elétricas e transformadores utilizam de bobinas para o seu funcionamento.
Os filtros de linha e alguns outros tipos de filtros fazem uso desta
propriedade das bobinas.
77
l
(b)
78
( c)
O valor da indutância para cada uma bobina mostrada acima é determinado
com grande aproximação pela expressão
𝐍²𝛍𝐀
𝑳=
𝐥
Onde: L é a indutância em henry; N é o número de espiras; A é a área da
seção transversal do núcleo em m²; l é o comprimento da bobina em
metro; e µ é a permeabilidade magnética do material do núcleo.
79
Se uma bobina de N espiras estiver ligada a uma fonte, circulará
por esta bobina uma corrente elétrica que produzirá acoplamento
indutivo de fluxo magnético por espira de valor Ø. A relação
entre a tensão aplicada e o fluxo é dada pela equação:
𝒅 (𝑵Ø)
𝒆=−
𝐝𝐭
80
Isto é conhecido como Lei de Faraday. A polaridade da tensão é tal
que qualquer corrente resultante desta tensão produz um fluxo que
se opõe à taxa de variação do fluxo. Uma vez determinada a
polaridade deve-se trabalhar com a equação sem o sinal negativo.
81
Um fator importante de e = Ldi/dt é que, se a corrente de um indutor
não varia (constante), então a tensão do indutor é zero porque
di/dt = 0.
82
v = v1 + v2 + v3 + ... + vN
v = L1 di/dt + L2 di/dt + L3 di/dt + ... + LN di/dt
v = (L1 + L2 + L3 + ... + LN )di/dt
Para o circuito equivalente temos:
VL = L di/dt
Com isso
83
Usando a lei dos nós e a Lei de Faraday temos:
i1 = (1/L1)∫v1 dt
i2 = (1/L2)∫v2 dt
VL = v = Ldi/dt
84
i = (1/L)∫vdt = (1/L1 + 1/L2 )∫vdt
Logo
WL = ( ½) L i²
Sendo:
WL em Joules,
L em henrys,
i em ampères.
85
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
1. Determinar a tensão induzida numa bobina de 50 espiras quando um fluxo
constante de 104 Wb é produzido na bobina. Repetir o procedimeto para um
fluxo variável de 3 Wb/s.
𝒅𝝓
v=N
𝒅𝒕
v = 50 x 3 = 150 V
𝒅𝝓
SOLUÇÃO Se v = N , então a razão de mudança é:
𝒅𝒕
𝒅𝝓 𝒗 𝟓𝟎
= = = 𝟎, 𝟐𝟓 𝑾𝒃/𝒔
𝒅𝒕 𝑵 𝟐𝟎𝟎
𝒅𝝓
SOLUÇÃO De v = N ,
𝒅𝒕
𝒗 𝟐𝟎
𝑵= = = 𝟓𝟎 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒔
𝒅𝝓/𝒅𝒕 𝟎, 𝟒
𝟏𝟎𝟎 𝒙 𝟑𝒙𝟏𝟎̄𝟒
𝑳= = 1,5 H
𝟎,𝟎𝟐
86
5. Calcular a indutância aproximada de uma bobina de uma só camada, com
300 espiras enroladas num cilindro de plástico de 12 cm de comprimento e 0,5
cm de diâmetro.
SOLUÇÃO
𝟓 𝑵𝟐 𝟓
= 𝒐𝒖 𝑵 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 √ = 𝟐𝟓𝟖𝟐 𝒆𝒔𝒑𝒊𝒓𝒂𝒔
𝟑 (𝟐𝟎𝟎𝟎)𝟐 𝟑
Portanto, 2582 - 2000 = 582 espiras devem ser acrescentadas sem provocar
quaisquer outras mudanças.
87
SOLUÇÃO Se a corrente é constante, di/dt = 0 e, portanto, a tensão da bobina
é zero. Para uma velocidade de variação de di/dt = 4 A/s,
𝒅𝒊
𝒗=𝑳 = (𝟏𝟓𝟎 𝒙 𝟏𝟎−𝟑 )(𝟒) = 𝟎, 𝟔 𝑽
𝒅𝒕
Figura 1 Figura 2
88
A Figura 2 mostra o gráfico da tensão. Observar que a tensão do indutor pode
saltar e pode até mesmo mudar a polaridade instantaneamente.
SOLUÇÃO
𝟏
𝑳𝑻 = = 𝟏𝟗, 𝟏 𝒎𝑯
𝟏⁄𝟒𝟓 + 𝟏⁄𝟔𝟎 + 𝟏⁄𝟕𝟓
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + 𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟓 𝒆 𝑳 = 𝟏𝟑, 𝟑 𝒎𝑯
𝟏𝟎 𝟒𝟎 𝑳 𝑳
5 mH 9 mH
70 mH 30 mH
60 mH
8 mH
Figura 3
89
30) = 21 mH. Isto é somado à indutância do indutor em série de 9 mH: 21 + 9 =
30 mH, que, combinado com a indutância do indutor em paralelo de 60 mH,
60.30/(60 + 30) = 20 mH. E, finalmente, este resultado é somado às indutâncias
dos indutores em série de 5 e 8 mH: LT = 20 + 5 + 8 = 33 mH.
13. Uma corrente i = 0,32t ampères passa por um indutor de 150 mH. Calcular
a energia armazenada em t = 4s.
90