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Panorama Sacerdotal

Ordem de Melquisedeque

Fábio Coelho – Rio de Janeiro


Definindo o Sacerdócio
Os Sacerdotes são aqueles que são consagrados no sentido de serem
totalmente separados, pertencendo exclusivamente a Deus. Sendo
assim ocupados com seus deveres sagrados, servindo a Ele,
ministrando diante d´Ele sobre a terra.

A base do ofício sacerdotal, desde o primeiro pacto, é o princípio da


representatividade. Aonde o sacerdote representava Adonai diante
dos homens e vice-versa através de sua posição intercessora.

Vamos observar dois pontos cruciais sobre os sacerdotes:

 Da raiz hebraica Kohen, tem sentido de oficiais, ministros ou


príncipes, uma ordem de primogênitos do Rei, zelando pelas
suas leis e como pioneiros que estabelecem o caminho para o
favor de Deus se manifestar na terra.

 Outro significado importante é o da palavra Kahan, uma raiz


primitiva para mediar, que significa um conciliador, aquele que
faz intervenção para promover e manter acordo entre duas
partes para produzir paz, para que então, se cumpra os alvos
estabelecidos, trata-se de um intermediário como um
intercessor entre Deus e a terra e suas famílias.

REINO DE SACERDOTES
Sabemos que através da obra redentora de Cristo, todos nós que
fomos comprados pelo seu sangue fomos transportados do império
(controle) das trevas para o Reino (influência) de Deus (Cl 1:13).

E este Reino não é formado de crentes, ovelhas ou evangélicos, mas


sim de SACERDOTES. Filhos de Deus que cumprem o ofício de ser a
extensão do Reino dos Céus na terra, embaixadores da realidade da
Eternidade no kosmos.

Rev 1:5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou
dos nossos pecados,
Rev 1:6 e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam
glória e poder para todo o sempre! Amém.
Todos que foram comprados pelo sangue de Cristo foram chamados
para exercer o seu sacerdócio, servindo ao cumprimento do propósito
do Pai sobre a terra.
Sacerdócio Proposto a Adão
No momento em que o Pai decidiu ordenar a terra que estava em
caos, Adão e sua família foram criados para conciliar a terra com os
céus através do seu sacerdócio. Porque o próprio Adão era a junção
da terra (barro) com os céus (fôlego de vida).

Gen 2:7 Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas
narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.

E foi colocado na terra para exercer governo, sob a autoridade do Pai


a partir do jardim do Éden.

Gen 1:28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeitai-a; dominai (radah = reine = governe) sobre os peixes do mar,
sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.

Então, por causa do pecado, Adão se desvia do propósito proposto a


ele, não exercendo o seu sacerdócio.

A raiz da palavra hebraica para "pecado" é Chatá em hebraico pode


ser traduzido como pecado, mas seu sentido original deveria ser
"errar o alvo".

Sem dúvida, Deus propõe um alvo para o homem, cumprir o seu


propósito na terra descrito nas primeiras páginas da Toráh, exercer o
seu sacerdócio:

 Habitar (servir, aprender e amadurecer) na presença do Pai;


 Governar sobre a criação (Gn 1:28);
 Multiplicar a imagem e semelhança do Altíssimo. Estendendo o
Reino de Deus sobre a terra através da sua família (Gn 1:28,
Gn 2:24);
 Cultivar (raiz da palavra CULTURA) e guardar o território que o
Pai tinha dado pra ele. O jardim do Éden. (Gn 2:15);

O pecado de Adão não foi comer o fruto proibido. A desobediência


(raiz de iniqüidade que o homem herdou voluntariamente de satanás)
foi o meio que o fez pecar. Errar o alvo do propósito proposto pelo Pai
para o homem (seu sacerdócio) foi o seu pecado.

O homem pecou e se afastou do propósito eterno do Pai.


 Ele não guardou o jardim do Éden (a serpente se movia como
queria no jardim sem a interferência do homem);
 Por causa do fruto da iniqüidade a sua família só multiplicou
morte e maldição;
 Perdeu o governo da criação para o adversário, e por sua causa
a terra foi amaldiçoada (Gn 3:17-18 – Lc 4:6);
 Afastou-se da presença do Pai, deixando de servi-lo (adoração).

Desde Adão e Eva, a primeira família sacerdotal plantada sobre a


terra até o estabelecimento da Igreja de Cristo, o propósito de Deus
SEMPRE foi contar com os seus oficiais sobre a terra capacitando-os
com o seu Espírito, para que a terra se conectasse com o céu através
do seu ofício.
Sacerdócio Babilônico
Após a queda do homem através do pecado de Adão, Deus encontra
Noé, um homem justo, e propõem a renovação da sua aliança com
ele e sua família.
Gen 9:1 Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos,
multiplicai-vos e enchei a terra.
Gen 9:2 Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as
aves dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar
nas vossas mãos serão entregues.

Após o dilúvio, Deus entrega a terra nas mãos de Noé para que
pudesse multiplicar a sua descendência segundo a justiça (mesma
proposta de Adão). Mas o pecado mais uma vez dominou a
humanidade através do pecado.

Após de se embriagar, Noé fica nu em sua tenda e seu filho Cam “vê
a sua nudez” (tem relações sexuais com ele) e a raiz de iniquidade
herdada de satanás é reafirmada na humanidade (Gn 9:22).

Por causa do pecado (erro do alvo) de Adão e Noé em cumprir o


propósito que lhes foi proposto por Deus (sacerdócio), um novo
sacerdócio se levantou sobre a terra, o sacerdócio babilônico.

Através da herança iníqua de Noé, Cam seu filho gera a Cuche que
por sua vez gera a um homem chamado Ninrode, O “mentor” de
Babel e sua torre.

Gen 10:8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na
terra.

Gen 10:9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como
Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.

Segundo alguns autores, Ninrode era um caçador não apenas de


animais mas principalmente de homens (os que não matava ele os
escravizava), implantando assim o sistema de império (controle)
sobre a terra.
Gen 11:3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os
tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa.

Gen 11:4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume
toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre
a face de toda a terra.

Como já falamos, Ninrode foi o fundador de Babel, a pedra


fundamental do sistema babilônico na terra. Que se levantou contra o
propósito original de Deus: Famílias multiplicando (expansão e
ocupação de espaços sob uma mentalidade de colonização [Reino]) a
semelhança do Eterno sobre a terra. Enchendo a terra com os filhos
de Deus, para que a mesma fosse abençoada por essas famílias. Os
impérios e suas metrópoles nunca foram o plano de Deus.

Ninrode, através da construção da torre, desafia o próprio Deus


quebrando a aliança feita entre Deus e sua ascendência (Noé).
Concentrando todos os seguidores em uma edificação satânica
(centralização), construída com tijolos de barro (controle através um
padrão humano) sob a influência da mentalidade de babilônia
(império). Fazendo assim uma proclamação aos céus: “Nem se você
enviar outo dilúvio nós morremos”.

Império = Tijolos de Barros

Tijolos de barro (barro=origem humana) falam de um padrão de


controle, onde todas as pessoas são iguais, mesmo jeito de pensar,
mesmo jeito de falar, mesmo jeito de vestir, ou seja, todos passam
pela mesma forma do controle imperial.

Por isso toda religião, foi gerada no sistema babilônico, que tem
como objetivo formar (todos com a mesma forma) pessoas segundo
um padrão humano (barro).
Gen 11:3 E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os
tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa.

Reino = Pedras Vivas

Segundo a instrução da Torah, as pedras para edificação de um altar


dedicado ao Adonai, não poderia ser aparelhado (moldado) com
ferramentas humanas. Porque se essas pedras fossem “trabalhadas”
por algum homem, esse altar seria profanado (Ex 20:25).

O Reino de Deus fala de influência e não de controle. E a igreja de


Cristo, parte integrante desse Reino na terra, é uma casa espiritual
formada de pedras vivas. Pedras que não são moldadas segundo o
padrão de Babel (padrão religioso), não são aparelhadas por
ferramentas humanas, nem tem a sua essência barro. Mas são
forjadas no Rio que é Yeshua (I Sm 17:40) e aparelhadas pela
Palavra.
1Pe 2:5 vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de
uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios
espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Yeshua Cristo.

Nós como igreja sacerdotal fomos comissionados para irmos sobre a


terra fazendo discípulos e expandindo o Reino sobre a terra. Se a
nossa prática de Igreja se resume em se concentrar em um prédio e
não estamos enchendo as regiões com discípulos. Nós estamos nos
movendo através de uma mentalidade babilônica.

Por causa da omissão do homem em exercer o sacerdócio fiel ao


propósito de Deus, o sistema babilônico se estendeu pela história
através do estabelecimento de impérios e suas metrópoles.
Edificações construídas através de “tijolos de barro”, um padrão
babilônico na terra através da influência do império das trevas.

Obs:. Se o sacerdócio dos santos não funciona sobre uma região. O


sacerdócio babilônico prevalece. E a terra (e suas famílias) sofre.

Nós precisamos ser FORMADOS pelo Senhor, Ele é nosso modelador,


o nosso Oleiro.
Isa 43:1 Mas agora, assim diz o SENHOR, que te CRIOU, ó Jacó, e que te FORMOU,
ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.

Como o profeta declarou, Deus CRIOU a pessoa de Jacó (Enganador),


mas Ele FORMOU, ou remodelou a pessoa de Jacó em Israel (Aquele
que luta com Deus como Príncipe). Cada filho de Deus deve entender
qual o modelo que Ele mesmo já designou para nós desde antes da
fundação do Mundo.
Reino de Sacerdotes
O Retorno ao Propósito

Após a falha em cumprir o seu sacerdócio de Adão e posteriormente


Noé, Deus chama Abraão para que através da sua família (Israel) Ele
levantasse uma nação sacerdotal. Mesmo princípio proposto a Adão e
Noé, uma família sacerdotal multiplicando o padrão de Deus na terra.

Exo 19:5 Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guardardes o meu pacto,
então sereis a minha possessão peculiar dentre todos os povos, porque minha é toda
a terra;

Exo 19:6 e vós sereis para mim reino sacerdotal e nação santa. São estas as
palavras que falarás aos filhos de Israel.

Repare que o plano de Deus não foi separar uma elite sacerdotal, a
tribo dos levitas. Mas sim de separar uma nação inteira para o seu
serviço na terra. Homens, mulheres, jovens e crianças cumprindo o
seu sacerdócio na terra. Deus não opera numa mentalidade tribal,
mas sim numa mentalidade de Reino, e se somos filhos de Deus
temos viver nesta mesma perspectiva.

O propósito de Deus nunca foi estabelecer um sacerdócio que incluía


apenas homens. O seu plano sempre foi usar uma nação constituída
de homens e mulheres. Adultos e crianças.

Exo 20:18 Vendo-se o povo diante dos trovões e dos relâmpagos, e do som da trombeta
e do monte fumegando, todos tremeram assustados. Ficaram à distância
Exo 20:19 e disseram a Moisés: "Fala tu mesmo conosco, e ouviremos. Mas que Deus
não fale conosco, para que não morramos".
Exo 20:20 Moisés disse ao povo: "Não tenham medo! Deus veio prová-los, para que
o temor de Deus esteja em vocês e os livre de pecar".

Como vemos a nação de Israel nega essa relação direta com Deus e
estabelece a Moisés como mediador, por causa do medo que sentiram
ao ver a manifestação do terror da sua glória. Creio que a partir
dessa negação, uma ordem sacerdotal se organiza.

Obs:. O medo e a timidez têm impedido muitos filhos de Deus de


cumprirem o seu sacerdócio. Nós somos a igreja de Cristo e
precisamos confiar que Ele estava certo quando nos comissionou a
cumprir o nosso propósito. Um Reino sacerdotal na terra.
IGREJA – UMA NAÇÃO SACERDOTAL
Podemos observar que após Yeshua cumprir o seu propósito
sacerdotal na terra, Deus levanta uma nova nação sacerdotal sobre a
terra. A sua igreja, formada de um reino de sacerdotes e profetas.

Rev 1:5 e da parte de Yeshua Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos
nossos pecados,
Rev 1:6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o
domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

Mas ao contrário do povo hebreu no deserto, uma parte dos


discípulos de Yeshua (120 fiéis), não fugiram da presença do Pai, mas
a buscaram em oração, após a ordem de Yeshua de ficarem em
Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder (At 1:4-8).

Act 1:13 Quando ali entraram, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João,
Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o
Zelote, e Judas, filho de Tiago.
Act 1:14 Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com
Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.

Observamos mais uma vez, na fundação da sua igreja, que a vontade


de Deus é estabelecer uma família sacerdotal sobre a terra e não
apesar uma elite de pessoas “consagradas ao Senhor”.

Com o estabelecimento da Igreja, a elite levítica (masculina) foi


quebrada. Os homens, mulheres e creio eu crianças se reuniram
juntos para servir ao Senhor com orações e intercessões no cenáculo
no monte Sião.

Act 2:1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo


lugar;
Act 2:2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a
casa onde estavam assentados.
Act 2:3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma
sobre cada um deles.
Act 2:4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

Todas as pessoas que foram remidas por Yeshua e fazem parte da


igreja sacerdotal do Senhor, foram capacitados pelo Espírito para
cumprir o seu sacerdócio profético.
Act 2:17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas (CRIANÇAS) profetizarão,
vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
Act 2:18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do
meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

Deus é trans-geracional. Assim como Ele no primeiro pacto, Ele era o


Deus de Abraão, Isaque e Jacó, no último pacto ele estabelece a sua
igreja sacerdotal formada de crianças, jovens e anciãos selados por
seu Espírito para cumprir o seu propósito na terra.

No último pacto toda pessoa que aceitou o senhorio de Yeshua sobre


a sua vida, fazendo parte do seu Reino, se tornou sacerdote segundo
a sua linhagem (modelo), para servir ao Pai na terra.

1Pedro 2.9 Apocalipse 1.4-6 Apocalipse 5.7-10

Feitos povo sob a Pedra Por seu sangue nos Com sangue compraste
Chamados... angular libertou para Deus

Chamados para o Constituiu-nos Reino Reinarão sobre a terra...


Para serem... Sacerdócio Real sacerdotal

A fim de proclamar as Filhos de toda tribo,


E cumprirem... virtudes da luz e pela Para o seu Deus e Pai. língua, povo e nação.
prática calar ignorância Reinarão sobre a terra.
A Ele seja a glória e o domínio...

Apocalipse 20.6 “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e
de Cristo e reinarão com ele os mil anos.”
Sacerdócio do Primeiro Pacto
Como sabemos o sacerdócio no primeiro pacto não era exercido por
todo o povo, mas apenas pela tribo de Levi.

Os levitas não foram escolhidos por Deus para essa função exclusiva,
mas eles se colocaram nessa posição, posicionando-se em favor do
Senhor meio ao caos espiritual que se encontrava o povo de Israel no
momento em que eles se corrompem com a adoração do bezerro de
ouro.

Apesar de Deus ter chamado toda a nação de Israel para o ofício


sacerdotal apenas a de tribo de Levi correspondeu integralmente ao
chamado do Senhor.

Após a falha da nação de Israel cumprir o seu propósito. Deus


consagra a tribo de Levi para servi-lo se interpondo entre Ele e o
povo a partir de Arão, o sumo sacerdote.

Exo 32:26 pôs-se em pé ã entrada do arraial, e disse: Quem está ao lado do Senhor,
venha a mim. Ao que se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.

Apesar de Yeshua aparecer a mais de quinhentos irmãos (I Co 15:6)


de uma só vez, e muitos saberem do seu comando de esperar em
Jerusalém, apenas cento e vinte pessoas se posicionaram cumprindo
o seu sacerdócio no cenáculo orando (gerando) a vinda do Espírito
sobre os homens.

SERVIAM EM TABERNÁCULOS

Exo 25:8 E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles.

Exo 29:43 Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam
santificados...

Exo 29:45 E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus.

Os sacerdotes do primeiro pacto serviam ao Senhor em um


tabernáculo (e mais tarde no templo), que era uma tenda que com
muitos símbolos apontavam para a restauração do homem a sua
posição original (Éden) e do seu relacionamento com Deus, através
da missão redentora (sacerdócio) de Cristo.
O Tabernáculo guardava a Arca do Pacto, que representava o Trono
de Deus na terra (I Sm 6:2). A Arca apontava para três coisas:
Governo, Juízo e a Presença de Deus.

Os sacerdotes serviam a Deus diante da Arca, porque esta


representava o Caminho (Yeshua) de volta ao Éden.
Gen 3:23 Por isso o Senhor Deus o mandou embora do jardim do Éden para cultivar o
solo do qual fora tirado.
Gen 3:24 Depois de expulsar o homem, colocou a leste do jardim do Éden querubins
e uma espada flamejante que se movia, guardando o caminho para a árvore da
vida.

O homem, após sua queda, tornou-se um ser incompatível com a


ordem do Éden. Sendo assim um corpo estranho no lugar onde a
Eternidade se manifestava na terra, onde seu relacionamento com o
seu Criador era vital. Então foram postos querubins e uma Espada
para guardarem o Caminho de volta a Árvore da Vida.

A Arca (representação do Trono na terra) representava o Caminho


(Yeshua) de volta a Vida. Por isso possuía dois querubins em sua
tampa e a Toráh (Espada=Palavra) em seu interior.

Nós precisamos entender, que ainda que o mundo ocidental e a


filosofia grega nos ensinem que o nosso alvo é a evolução,
progredindo em inovações; pela Toráh, pelos profetas, e pela
doutrina messiânica e apostólica, sabemos que o nosso alvo é a
RESTAURAÇÃO (TIKKUN), ou seja, precisamos retornar (Teshuvá) a
nossa posição original.

A proposta de Deus é permitir nosso acesso ao Éden novamente e


fazer com que habitemos com Ele plenamente novamente
(restauração de todas as coisas). Jamais devemos perder esta
proposta de vista.
FUNÇÕES DO OFÍCIO DO PRIMEIRO PACTO
Listarei algumas funções importantes do ofício sacerdotal do primeiro
pacto a serem observadas:

 Oferecer Sacrifícios: O que é sacrificar? Sacrificar é tornar


sagrado. O serviço do sacerdote sempre esteve atrelado com a
santidade, com a separação para a Deus e consequentemente
afastamento do mundo profano. É interessante observar que
SANTO nunca foi o oposto de IMPERFEITO, mas de PROFANO.
Santificação (ou consagração) é uma ação divina de separação
e elevação, por meio da qual se preenche a distância entre o
homem e Deus. O Israelita arrependido que tinha levado até o
portão do Tabernáculo o seu sacrifício, havia alcançado o altar
de bronze, e somente até aqui onde ele poderia se aproximar
de Deus. Depois daqui, era de responsabilidade dos sacerdotes
irem por ele (intercessão), e concluir os ofícios sacerdotais no
Lugar Santo. O sacerdote então sacrificava o animal e impunha
suas mãos sobre ele em sinal de mediação. O sacerdote tinha
que fazer o sacrifício porque ele próprio era incapaz de realizar,
por completo, em sua pessoa, essa separação do homem com o
pecado.

 Revelar a Vontade de Deus: É interessante observar que o


sacerdote resolvia questões difíceis com a ajuda de um jogo de
pedras chamadas Urim e Tumim (Dt 33:8 e I Sm 14:41). Era
bastante normal para os israelitas aceitar a resposta do jogo
como a vontade de Deus. O jogo era de sorte e cada pedra
simbolizava uma resposta. Com isso, os sacerdotes acabavam
por ter também uma função jurídica no meio do povo.

 Ensinar a Torah (Instrução) de Deus: Malaquias 2:7 nos


mostra essa atribuição do sacerdote. No entanto, depois do
exílio, eles perderam o monopólio sobre essa tarefa e se
focaram mais no serviço de culto. A classe dos escribas e
doutores da lei, formada por leigos, foi ocupando esse espaço
aos poucos.

 Abençoar o povo com o Hashem (o Nome): Os israelitas


tinham tanto respeito pelo Nome revelado, que o temor de
profaná-lo os levou a proibir sua pronúncia. A benção divina
sempre esteve associada a vontade de Deus. Portanto, ela
parte do princípio original de Deus para a humanidade com
relação a paz, fecundidade e domínio sobre a terra. Nm 6:27,
nos mostra essa benção sacerdotal.

 Tratar a impureza do povo: Quando um israelita ficava


leproso, era proibido de participar do culto enquanto não
estivesse curado. Toda essa verificação era feita pelos
sacerdotes (Lv 13). Inclusive, eram feitas cerimônias de
purificação para casos como esse (Lv 14).

 Intercessão - Mediar entre Deus e os homens: O papel do


sacerdote, então, consiste em abrir ao povo a possibilidade de
comunhão com Deus e um com outro, através da sua
intercessão. Esse ponto é interessante, pois esse sistema
mantinha o povo de Israel unido tanto com Deus, quanto entre
si. Havia um forte laço de relacionamento entre eles porque
eles estavam fundamentados em uma relação com Deus.
Sacerdócio Profético
Ativando a Transição

Uma das funções do ministério profético é ativar um tempo de


transição do falso (algo fora do Kairos de Deus) para o verdadeiro.
Ele trabalha com a demolição do falso para que o verdadeiro seja
edificado. Deus não edifica nada sobre um falso fundamento.

Jer 1:10 Veja! Eu hoje dou a você autoridade sobre nações e reinos, para arrancar,
despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e para plantar"

Repare que Deus usa o dobro de palavras referentes a demolição do


que para edificação. O profético vai gastar boa parte do seu tempo
demolindo o falso e inútil para que o verdadeiro seja edificado.

O verdadeiro profético denuncia o falso, mais propõe o verdadeiro. O


“profético” que só aponta os erros, mas não propõe nada, não é de
fato o dom de Cristo.

O profético trabalhou para transicionar o sacerdócio imperfeito para o


sacerdócio mais excelente, o sacerdócio de Cristo em alguns
momentos da história:

SAMUEL

Uma nova ordem sacerdotal e profética surge através de Samuel filho


de Ana (graça), uma mulher estéril original das montanhas de Efrain.
Ana gera a Samuel com ofertas (o próprio filho), orações e lágrimas
(I Sm 1:10), num contexto de apostasia religiosa, sobre a liderança
do sacerdócio corrompido da casa do sumo-sacerdote Eli por
quarenta anos.

Tempo descrito como aquele em que “a palavra do Senhor era mui


rara; as visões não eram frequentes” (I Sm 3:1).

Abaixo podemos ver o quadro caótico em que se encontrava o


sacerdócio levítico (representado por Eli) desse tempo:
 I Sm 4:15 – Diz que “tinha noventa e oito anos e seus olhos
tinham cegado, e já não podia ver”;

 I Sm 4:18 - Diz que “era já homem velho e pesado”;

 I Sm 3:2 - Diz que durante a noite permanecia no seu lugar de


“costume”;

 I Sm 1:9 – Diz que durante o dia ficava assentado numa


cadeira junto a um pilar (estrutura física) do templo do Senhor;

 I Sm 2:22 – Diz que Eli sabia que seus filhos transgrediam a


Lei do Senhor se prostituindo na porta do templo, e não tomou
nenhuma atitude.

Concluímos com a análise desse perfil, que o sacerdócio liderado por


Eli era acostumado ao seu ofício (baseados em costumes),
envelhecido, gordo e pesado, sem visão, permanecia encostado nas
estruturas do templo e não se preocupou em exercer o seu
sacerdócio em prol da sua descendência, permitindo que os seus
filhos corrompessem a sua linhagem sacerdotal sem tomar nenhuma
atitude.

Será que esse perfil sacerdotal teria alguma relação conosco? A


verdade é, que aquilo que chamamos de igreja, tem se tornado um
grupo de pessoas com uma mentalidade atrasada segundo o tempo
de Deus (antiga), pesada com muita dificuldade de se movimentar,
sem discernimento espiritual (cegueira), com o funcionamento
baseado em costumes, totalmente dependente das estruturas do
templo (físico). Essa realidade sacerdotal pode apontar para um ciclo
de apostasia que veio a se repetir várias vezes na história bíblica e
mesmo na história da Igreja.

Por causa da infidelidade de Eli e seus filhos, Deus envia um


sacerdote e profeta para declarar da remoção da sua família do
serviço sacerdotal (palavra que se cumpre no massacre dos
sacerdotes em Nobe descrito em I Sm 22:18-19), passando o
sacerdócio mais a frente para a casa de Zadoque (I Reis 2:26-
27;35), e profetizando também o fim do sacerdócio levítico,
apontando para a manifestação do Eterno Sumo Sacerdote, Yeshua.

1Sa 2:30 Portanto, diz o SENHOR, Deus de Israel: Na verdade, dissera eu que a tua
casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz
o SENHOR: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram, honrarei, porém
os que me desprezam serão desmerecidos.
1Sa 2:31 Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu
pai, para que não haja mais velho nenhum em tua casa.
1Sa 2:35 Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que
tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele
diante do meu ungido para sempre.

Neste contexto Deus levanta a Samuel que significa “Deus Ouve”, o


gerando em meio a uma esterilidade espiritual, o colocando em seu
tabernáculo para servir-lo como um modelo de transição para um
sacerdócio de uma nova ordem. A partir dele Deus restaurou a
realidade profética em Israel, voltando a falar no meio de seu povo,
de forma que as Escrituras nos afirmam que nenhuma das palavras
de Samuel cairam por terra.

Samuel toma o lugar de Eli, assumindo as funções de sacerdote,


profeta e juiz (governo) sobre o povo de Israel. Transmitindo o seu
legado ao ungir a Davi, filho de Jessé, da tribo de Judá, para também
assumir o ofício tríplice (rei, profeta e sacerdote), dando origem a
uma nova ordem sacerdotal. Apontando assim para o sacerdócio,
real e profético do Ungido, a raiz e descendência de Davi.

Samuel se levanta como um sinal profético do fim do sacerdócio


levítico e como uma ponte para o sacerdócio mais excelente, o da
ordem de Melquisedeque.
JOÃO BATISTA

Vemos no desenrolar da história bíblica, que após a casa de Zadoque


assumir o serviço sacerdotal, a síndrome de Eli se repete. Pouco
antes do que chamamos de período inter-bíblico, de quatrocentos
anos de silêncio profético, Malaquias descreve novamente um
sacerdócio corrompido e reprovado por Deus. Centralizado no homem
e em seus costumes religiosos, experimentando mais uma vez a
esterilidade espiritual.

Mal 2:1 Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento.


Mal 2:2 Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu
nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e
amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não
propondes isso no coração.

Mal 1:10 Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis,
debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos
Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta.

Mal 2:7 Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca
devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos
Exércitos.
Mal 2:8 Mas vós vos tendes desviado do caminho e, por vossa instrução, tendes feito
tropeçar a muitos; violastes a aliança de Levi, diz o SENHOR dos Exércitos.

Em meio a este caos espiritual, Deus dá ouvido mais uma vez ao


clamor de uma estéril descendente de Levi. Isabel (um tipo de Ana)
era esposa do sacerdote Zacarias, que servia com os costumes do
sacerdócio levítico. A partir dessa família imergida em um sacerdócio
falido, Deus dá a luz a João chamado de Batista, um homem que
cumpriu o seu sacerdócio profético ativando a transição do sacerdócio
levítico para o sacerdócio do Messias.

Enquanto cumpria o seu costume sacerdotal, Zacarias recebeu a


visita do arcanjo Gabriel, que anunciou o nascimento de João
acompanhado da seguinte palavra profética:

Luk 1:15 Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte e
será cheio do Espírito Santo, já do ventre materno.
Luk 1:16 E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Luk 1:17 E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o
coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos
justos e HABILITAR PARA O SENHOR UM POVO PREPARADO.
João foi comissionado desde o seu nascimento a cumprir os ofícios de
sacerdote (herança ascendente) e profeta (espírito de Elias),
preparando o caminho do Senhor, através da pregação do
arrependimento (metanóia=mudança de mente).

Preparando o povo para ver e receber a manifestação do Reino de


Deus novamente na terra através do último Adão, Yeshua.

Trabalhando em prol da mudança de mentalidade do povo,


profetizando sua conversão aos princípios de um Reino vindouro.

João trabalhava com a pregação dos seguintes aspectos de


conversão:

 Conversão do povo a Deus, através de mudança de mente;

 Conversão das gerações (pais e filhos). Para que haja liberação


da terra. Se há conversão geracional a terra é abençoada por Deus
(Ml 4:6);

 Convertendo os desobedientes a justiça (princípios da Torah);

 Convertendo um povo preparado para receber o Senhor.

Algo muito interessante que de devemos observar é o fato que João


não poderia receber um nome dos seus antecessores (geralmente a
criança levada o nome de alguém da sua ascendência), mas um
nome novo que não apontasse para um sacerdócio falido e sem Arca.
Sabemos que nomear é um princípio bíblico que aponta para
identidade sobre pessoas, por isso o próprio Adonai trocou o nome de
algumas pessoas ao longo das Escrituras apontando para uma nova
identidade.

Luk 1:59 No oitavo dia foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome do pai,
Zacarias;
Luk 1:60 mas sua mãe tomou a palavra e disse: "Não! Ele será chamado João".
Luk 1:61 Disseram-lhe: "Você não há nenhum parente com esse nome".
Luk 1:62 Então fizeram sinais ao pai do menino, para saber como queria que a criança
se chamasse.
Luk 1:63 Ele pediu uma tabuinha e, para admiração de todos, escreveu: "O nome dele
é João".
Luk 1:64 Imediatamente sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar,
louvando a Deus.
E como João veio para uma ferramenta de transição para o seu tempo, a
identidade antiga (modelo antigo de funcionamento) não servia mais para João.
Tinha que ser uma nova ordem, um novo nome e uma nova identidade
sacerdotal.

Então João ao chegar ao seu tempo de maturidade, mesmo sendo


herdeiro do sacerdócio (por filiação), ele abandona o ofício sacerdotal
segundo um modelo falido (templo e seus costumes) e vai para o
deserto ser a voz daquele que estava clamando no deserto, ou
seja, João era apenas a voz profética daquele que não falava mais a
partir do templo, mas que agora clamava no deserto. Ele era a voz de
Adonai.

Ele troca o templo pelo deserto. Rejeita as vestes sacerdotais e a


porção dos sacerdotes, para vestir roupas de camelo e se alimentar
de mel e gafanhotos. Ele era um sinal profético para a nação de
Israel como uma ponte do falso para o eterno, a saber, a
manifestação de Yeshua.

Sua pregação não se baseava no costume do sacerdócio levítico


(religião judaica), mas em três pontos básicos:

Mat 3:2 Ele dizia: "Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo".

 Arrependimento (Grego = Metanóia = Mudança de Mente) –


Ele pregava a mudança de mente para povo, apontando para a
retidão baseada nos padrões da Palavra de Deus (Toráh,
Salmos e Profetas).
Sua pregação propunha uma mudança de direção na vida dos
homens que se diziam servos de Deus, com um posicionamento
de santidade (separação = consagração). Confrontando o
pecado e a religiosidade do “povo de Deus”, acertando o
caminho para a manifestação do Cristo.

 Reino (Grego = Basiléia = Reino ou Fundamento do Poder) –


João pregava sobre o Reino. O propósito original do homem
sobre a terra, reinar sobre a terra, a guardando, vigiando e
trabalhando pela extensão do Reino dos céus (de Deus) sobre a
terra.
Ao pregar sobre o Reino, João apontava para a redenção do
governo dos homens sobre a terra através da manifestação do
Rei do Reino.
Mat 3:11 "Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem
alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as
suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Joh 1:29 No dia seguinte João viu Yeshua aproximando-se e disse: "Vejam! É o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Joh 1:30 Este é aquele a quem eu me referi, quando disse: Vem depois de mim um
homem que é superior a mim, porque já existia antes de mim.

 Testemunho do Cristo – “AQUELE QUE VEM É MAIOR DO QUE


EU”. A pregação de João não se baseava em auto-promoção,
mas no testemunho na vinda do Cristo. Sua proclamação era:
Atenção! Mudem suas mentes e seu posicionamento, porque o
Rei do Reino está próximo. Ele não trabalhava pelo seu
“ministério”, mas por AQUELE QUE VINHA em nome do Senhor.

SAMUEL X JOÃO
Samuel e João traçam um paralelo através do sacerdócio profético,
ativando um tempo de transição do falido para o verdadeiro. Os dois
apontam para o sacerdócio mais excelente, segundo a ordem de
Melquisedeque. O Sacerdote Fiel que levantou a casa estável, Yeshua
(I Sm 2:35).

Observemos a semelhança do ofício sacerdotal de João e Samuel:

 Herança sacerdotal legal por nascimento (levitas);

 Foram gerados em meio à esterilidade;

 Abandonam o ofício de um sacerdócio falido: Baseados em


costumes e rituais desprovidos da glória de Deus e
dependentes da estrutura do templo;

 Marcam o fim de um sacerdócio falido;

 Ativam (preparam o caminho) a transacionam para uma nova


ordem (Davi - Zadoque – Yeshua);

 Fazem discípulos baseados em uma nova ordem (Davi -


André);
IGREJA – SACERDÓCIO PROFÉTICO DE TRANSIÇÃO

Assim como Samuel e João Batista, a igreja precisa cumprir o papel


profético da transição entre os últimos dias da nossa era e a
manifestação do Reino Milenar de Yeshua.

Da mesma forma como a manifestação profética do primeiro pacto se


baseava em proclamar e gerar a manifestação do Messias, nós que
carregamos o sacerdócio profético do último pacto, temos que
trabalhar para que Yeshua volte e estabeleça o seu Reino. Ele é o
nosso alvo, Ele é o conteúdo da profecia que borbulha em nossos
lábios.

Rev 22:17 E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem
sede, venha; e quem quiser, receba de graça a água da vida.

O Espírito e a Noiva (sacerdotes) trabalham juntos pelo mesmo


propósito, a volta de Cristo. Através do poder e da instrução do
Espírito, precisamos cumprir a sua volta, assim como Simeão, Ana,
Maria e João Batista cumpriram o propósito pela primeira vinda de
Cristo.

ESPERANDO E APRESSANDO

O nosso posicionamento no cenário da segunda vinda de Yeshua não


é de espectadores, mas sim de protagonistas. O funcionamento
profético da igreja será crucial para ativação desse tempo de
transição para estabelecimento do Reino na terra de maneira
definitiva.

2Pe 3:10 O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um
grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela
há, será desnudada.
2Pe 3:11 Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês
sejam? Vivam de maneira santa e piedosa,
2Pe 3:12 esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus
serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor.

Esperando = Prosdokao = Assistir com a esperança de antecipar.

Apressar = Speudo = Acelerar = Aguardar ansiosamente


Como apressar a sua vinda?

Preparando o Caminho do Senhor. Cumprindo assim o seu Propósito


Profético.

Oração: “Assim como Maria eu ofereço o meu corpo para que


através do Espírito Yeshua se manifeste na terra novamente.”

PREPARANDO O DIA DA VINGANÇA

O profeta Isaías, ao profetizar sobre a manifestação do Messias, ele fala sobre


os dois dias distintos da manifestação de Yeshua na terra. O ano aceitável (ou
da bondade) e o ano da vingança.

Isa 61:1 O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu
para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;
Isa 61:2 a apregoar o ANO ACEITÁVEL DO SENHOR e o DIA DA VINGANÇA
DO NOSSO DEUS; a consolar todos os que choram
Isa 61:3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de
alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de
que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.

O ano da bondade do Senhor foi à primeira vinda de Cristo, o servo sofredor


que veio se entregar como Cordeiro para remissão da humanidade da
influência do império das trevas e do pecado.

Luc 4:16 Indo para Nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga,
segundo o seu costume, e levantou-se para ler.
Luc 4:17 Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar
onde estava escrito:
Luc 4:18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os
pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos
cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
Luc 4:19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.
Luc 4:20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na
sinagoga tinham os olhos fitos nele.
Luc 4:21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que
acabais de ouvir.

Yeshua ao ler o texto de Isaías que profetizava ao seu respeito, Ele para a
leitura exatamente na proclamação do ano aceitável do Senhor, porque Ele
tinha sido enviado a terra para cumprir só até aquela parte naquele momento.
Aquele era o ano aceitável de Adonai para envio do seu Filho para cumpriri a
remissão da humanidade.
2Ts 1:6 se, de fato, é justo para com Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos
atribulam
2Th 1:7 e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se
manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo,
2Th 1:8 e tomar vingança dos que não conhecem (grego=eido=consideram,
entendem) a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso
Senhor Jesus;
2Th 1:9 os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do senhor e
da glória do seu poder,
2Th 1:10 quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser
admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido
entre vós).

O ano da vingança do Senhor será o dia da segunda vinda de Cristo sobre a


terra. Quando o Cristo virá a terra proclamar o juízo do Pai sobre a terra e os
céus. E todos os seus inimigos serão destruídos e lançados no lago de fogo
eternamente, a saber, a morte eterna.

Serão banidos da face do Pai todos os espíritos caídos, aqueles que não o
reconheceram como único Deus e aqueles que mesmo o reconheceram como
Deus, não obedeceram aos princípios do seu Reino, ou seja, o evangelho do
Cristo.

Assim como Samuel preparou o caminho para a manifestação de Davi e João


preparou o caminho para a manifestação do dia da bondade (primeira vinda de
Yeshua), a igreja através da sua função profética está preparando o caminho
para o dia da vingança do Senhor (segunda vinda de Yeshua). E por isso
devemos olhar para o funcionamento dos dias que precederam o dia da
bondade como um paralelo para os dias que precedem o dia da vingança.

A IGREJA NA SUA FUNÇÃO PROFÉTICA

Assim como a base da pregação de João era o arrependimento


(Metanóia=mudança de mente) para receber a manifestação de uma
nova ordem, a saber, o Reino através do Cordeiro de Deus
(sacrifício=redenção=salvação), a igreja nos últimos dias, precisa ter
como base da sua pregação o arrependimento e o Reino.
Discipulando as nações com a cultura do céu (Mt 24:14) e
preparando o caminho do Senhor para o dia da vingança (Ml 4:5-6).
Quando Ele se manifestará como o Leão (governo=justiça=juízo) e
assumirá o seu Reino de uma vez por todas.

O ministério profético traz alinhamento e transição de mentalidade


para que possamos entender o Reino. Cremos que antes do dia da
vingança do Senhor, vai haver a maior manifestação profética da
história da humanidade.

Vejamos as palavras do profeta Isaías sobre a função profética que


prepara o caminho do Senhor:

Luk 3:4 Como está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta: "Voz do que clama
no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele.
Luk 3:5 Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; os
caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados;
Luk 3:6 E toda a carne verá a salvação de Deus’".

Preparar = Hetoimazo = Ordenar = Ajustar = Com o parâmetro de


ser levado de volta ao modelo original.

Caminho = Hodos = Rota = Jornada

Vale = Pharagx = Algo que foi rompido ou quebrado.

Aterrado = Pleroo = Completar \ preencher o que foi perdido ou


humilhado. Tornar pleno ou ainda trazer a realização. Yeshua disse
eu vim cumprir [preloo=aterrado] a Torah (Mt 5:17). João
trabalhava para ajustar e ordenar o posicionamento do povo de
Israel, porque o parâmetro de Justiça do povo tinha sido perdido
(rompido quebrado). Se vamos preparar o caminho, Precisamos
saber o que foi perdido. Perdemos a identidade da igreja (fomos
quebrados e rompidos).

Nivelar Montanhas = Fala de alinhar com o propósito que Deus


estabeleceu. Nivelar segundo o prumo correto (Escrituras).

Caminhos Tortuosos Retificados = Caminhos tortuosos fala de


aplicar as escrituras aos seus próprios interesses. Pregação de falsos
evangelhos. João trabalhava para retificar os caminhos, pregando o
verdadeiro Evangelho. O Evangelho do Reino de Deus. Yeshua =
Palavra = Ele é o conteúdo do Evangelho do Reino.

Toda a Carne Verá a Salvação = Salvação segundo a mentalidade


grega se resume em ser salvo para ir para um lugar melhor. Salvação
segundo a mentalidade do Reino tem a ver com ser alcançado por
Deus para ser um instrumento de redenção para a região (ambiente
de influência) que faço parte. Venha o teu Reino para onde? Para a
terra. Seja feita a tua vontade aonde? Na terra como no céu.
Ministrar salvação tem a ver com trabalhar para trazer o Reino para a
terra.
Assim como João, precisamos construir com o nosso funcionamento
uma plataforma de Justiça para que Yeshua se manifeste como o
Leão.

Descreveremos a seguir mais algumas características da Igreja que


funcionará sobre a influência do Espírito da profecia nos últimos dias
com a função de preparar o caminho do Senhor:

 Trazer o Entendimento dos Tempos e Épocas

 A igreja se movimentara sobre a terra através da unção


de Issacar, a tribo de Israel que possuía dominava a
ciência de entender os tempos e as épocas para
direcionar o povo em sua jornada (I Cr 12:32).

 Assim como os profetas no primeiro pacto investigaram


os tempos em que o Espírito de Cristo (Espírito da
Profecia) indicava (I Pd 1:10-11), a igreja vai se mover
nos dias que precedem o dia da vingança com um
poderoso discernimento de tempos para saber como se
posicionar de maneira correta (Tsedek=Justiça).

 Trazer uma Conexão Geracional

 O profeta Malaquias proclamando sobre a função profética


da igreja diz que ela será o instrumento de conversão do
coração dos pais aos filhos e do coração dos filhos aos
pais (Ml 4:5-6). Ativando assim uma conexão geracional.

 Por isso que muitos “avivamentos” começaram e


pararam, porque uma geração não passou o legado para
a próxima. Deus é um Deus transgeracional. Ele nunca
cumpre a sua promessa em uma só geração, Ele é Deus
de Abraão, Isaque e Jacó, Ele derramou seu Espírito
sobre as crianças, jovens e anciãos (At 2:17).

 Uma geração sempre tem que trabalhar em serviço da


próxima. Se os pais e os filhos voltam seus corações a
Deus, eles se encontram nEle. Uma geração não precisa
entender o que a outra vai fazer, ela apenas libera a
próxima geração para cumprir o seu propósito. O
ministério profético vem para trazer uma conexão do
povo com Deus e para trazer uma conexão geracional.

 Cremos que a conversão dos pais aos filhos nos últimos


dias, também vai refletir ao encontro da igreja com Israel
novamente para que de fato Israel e a igreja gentílica se
tornem a família de Deus (Ef 2:19).

 Proclamar Arrependimento

 Como sabemos a palavra arrependimento (metanóia)


significa mudança ou troca de mente. O ministério
profético prepara a mente para uma transição. Não é por
acaso que o último versículo do chamado “Antigo
Testamento” fala do ministério profético. Sendo assim
uma transição entre do primeiro pacto e o último.

 O ministério profético tem o dever de abrir guerra contra


as fortalezas (estruturas mentais), sofismas (meias
verdades) e a altivez (soberba e autossuficiência) que se
levantam contra o conhecimento de Deus, trabalhando
para que toda a mente se torne cativa a obediência de
Cristo (2 Cr 10:4-5). Por isso Paulo em sua carta aos
romanos ele nos roga que não nos conformemos (tomar
forma) do modelo desse século, mas devemos renovar
nossa mente (metanóia) para que só assim possamos
experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de
Deus (Rm 12:2).

 Destruir e Edificar, Denunciar e Propor

 Com base no texto de Jr 1:10, onde Deus ao separar a


Jeremias para o ofício profético, o comissionou as nações
com a autoridade para arrancares, derribares, destruíres,
arruinares, edificar e plantar, entendemos que faz parte
da função profética derrubar falsos fundamentos para que
os verdadeiros sejam edificados (Ef 2:20).

 Mas ao contrário do que muitos ensinam, o ministério


profético não vive apenas para denunciar as falhas. Mas
sim, denunciar o falso e propor o verdadeiro. João o
Batista pregava metanóia, uma conversão / mudança de
mente, e o Reino uma nova mentalidade. Ele como
profeta, denunciou o falso, mas apontou para uma nova
realidade a ser vivida. O ministério profético trabalha com
o diagnóstico e o prognóstico, ou seja, precisa dizer o que
deve ser feito a partir do diagnóstico que está sendo
constatado.

 Toda profecia que exorta sem consolar e edificar é uma


profecia incompleta. As sete cartas do apocalipse são
profecias completas. Todas elas edificam (descrevem o
que as igrejas estão fazendo corretamente), exortam
(apontam o que está errado requerendo um
posicionamento) e consolam (apontam o resultado no
caso do reposicionamento do que foi exortado).
Consagração dos Sacerdotes
O ato de consagrar algo ou alguém para o Senhor, fala de separar
para o uso exclusivo dEle, para cumprir e realizar (raiz hebraica =
maw-lay maw-law) os seus propósitos na terra. Que exatamente o
conceito de santidade.

Ao observarmos o rito de consagração dos sacerdotes do primeiro


pacto (um tipo para o último pacto) podemos extrair um
entendimento de revelação para o nosso funcionamento nessa
dispensação.

Exo 29:1 Isto é o que lhes farás, para os consagrar, a fim de que me oficiem como
sacerdotes: toma um novilho, e dois carneiros sem defeito,

Exo 29:4 Então, farás que Arão e seus filhos se cheguem à porta da tenda da
congregação e os lavarás com água;

Exo 29:7 Então, tomarás o óleo da unção e lho derramarás sobre a cabeça; assim o
ungirás.

Exo 29:20 Imolarás o carneiro, e tomarás do seu sangue, e o porás sobre a ponta da
orelha direita de Arão e sobre a ponta da orelha direita de seus filhos, como
também sobre o polegar da sua mão direita e sobre o polegar do seu pé direito; o
restante do sangue jogarás sobre o altar ao redor.

Os sacerdotes ao serem consagrados eram lavados com água,


ungidos com o óleo da unção e eram marcados com o sangue do
sacrifício em sua orelha, mão e pé direito.

Como sabemos, toda a Tanah (chamado de “antigo testamento”) e


seus ensinos apontavam e profetizam sobre o Cristo e a sua obra
redentiva do Kosmos (criação), sendo assim uma sombra do
funcionamento do último pacto.

Todos os sacerdotes de Yeshua devem passam pela Água, Óleo e pelo


Sangue:

A água aponta para a purificação que os sacerdotes precisam passar


através do batismo na Palavra (Ef 5:26).

O óleo aponta para a unção do Espírito Santo (Is 61:1). A


capacitação do Espírito através de dons e a graça que vem do Espírito
do Pai, para o comprimento do ofício sacerdotal na terra.
O sangue aponta para o sangue de Yeshua que nos marcou abrindo o
caminho ao Trono da graça nos dando livre acesso a Pessoa do Pai,
não uma vez por ano mas em todo tempo (Hb 10:19).

Sacerdócio do Último Pacto


Como sabemos, no último pacto nós fazemos parte de um Reino
formado de Sacerdotes. Aonde TODOS que foram comprados pelo
sangue de Cristo foram consagrados (para CUMPRIR = REALIZAR)
para exercer o seu sacerdócio na aliança mediada (intercessão) por
Yeshua.

Ap 1:6 e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam
glória e poder para todo o sempre! Amém

No último pacto a elite sacerdotal foi destituída (levitas),


abandonando uma prática sacerdotal tribal e funcionando com a
mentalidade de Reino. O mesmo que foi proposto ao povo de Israel
no deserto, realidade esta que foi rejeitada pelo povo (Ex 19:6).

Não existem mais levitas. A elite sacerdotal, um grupo


separado para mediar entre Deus e os homens.

O conceito maçônico (Egito) de pirâmide foi extirpado do meio do


povo de Deus através do sacrifício de Cristo. Lembre-se que quando o
povo escolheu fazer de Moisés o intermediário entre e eles e Deus,
mesmo quando o próprio Deus expressou sua vontade de levantar
uma nação de sacerdotes, eles tinham acabado de sair do Egito e
ainda estavam se movendo sob uma mentalidade egípcia (maçônica).
Aonde os sacerdotes egípcios e o próprio faraó, chamado de rei-deus,
fazia a ligação da massa com os deuses do Egito.

Então com o recuo do povo em se relacionar com o seu Deus, uma


estrutura piramidal foi estabelecida no serviço ao Deus de Israel.

DEUS

LEVITAS
S
POVO
Hoje a igreja de Cristo, o povo sacerdotal, serve ao seu Deus por
meio da influência do sacedócio do Filho e não o de Levi. Tendo
acesso ao Pai através do seu sangue do Cordeiro.

Sabemos também que Cristo ao subir aos céus deu cinco dons
ministeriais para serviço da sua igreja (Ef 4:8): Apóstolos, Profetas,
Evangelistas, Pastores e Mestres com a função de CAPACITAR os
santos a cumprirem o seu ofício sacedortal. Onde a prioridade de um
ofício ministerial não é FUNCIONAR na sua ênfase, mas sim, ENSINAR
os santos a cumprirem a sua função.

Efs 4:11 E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
Efs 4:12 com o fim de PREPARAR os santos para a obra do ministério
(SACERDÓCIO), para que o corpo de Cristo seja edificado,

Ao contrário de uma mentalidade de pirâmide, as Escrituras nos


ensinam que a igreja é FUNDAMENTADA (base) por apóstolos e
profetas e não encabeçada (Ef 2:20), o cabeça da igreja é Cristo, o
nosso sumo-sacerdote. Ele é a Pedra angular, a pedra que alinha e
sustenta toda a construção.

DEUS

Y
E
S
H
U
A

CAPACITAÇÃO,
REINO DE CORREÇÃO E ENSINO CINCO
SACERDOTES MINISTÉRIOS
O Tabernáculo do Espírito

Ao contrário do primeiro pacto, nós não servimos mais a Deus em um


tabernáculo (ou templo) físico, mas sim no tabernáculo do Espírito.

Act 17:24 O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e
da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.

Yeshua veio ao kosmos e tabernaculou entre nós (Jo 1:14), ou seja,


se manifestou na terra como o verdadeiro Tabernáculo, o lugar da
habitação e expressão da glória do Pai. Yeshua era a real expressão
do que os tabernáculos (Moisés e David) e o Templo edificado por
Salomão eram apenas sombra e sinal.

Yeshua vem para inaugurar um novo tempo no panorama sacerdotal,


e por isso declara que o templo de Yerushalayim seria destruído (Mt
24:2). Porque a partir da sua vinda ao kosmos, aquele memorial
(sem Arca=Glória) vinha a se tornar inútil. Com a manifestação do
genuíno TEMPLO, aquilo que era apenas uma sombra se tornou
desnecessário.

Então questionado no templo sobre a sua autoridade, Yeshua


profetiza que em três dias Ele iria reedificar o templo do seu corpo.
Apontando para a sua morte e ressureição, aonde Ele edificaria seu
Corpo sobre a terra, o templo do Espírito e a expressão da sua glória,
não só em Yerushalayim mas em todas as nações.

Joh 2:19 Jesus lhes respondeu: "Destruam este templo, e eu o levantarei em


três dias".
Joh 2:20 Os judeus responderam: "Este templo levou quarenta e seis anos para ser
edificado, e o senhor vai levantá-lo em três dias? "
Joh 2:21 Mas o templo do qual ele falava era O SEU CORPO.

Após a ascensão de Yeshua, o último pacto foi inaugurado, NÓS


(Corpo) a sua igreja, somos o templo do Espírito sobre a terra. Uma
casa espiritual formada por pedras vivas, sob a Pedra Angular, Cristo
o Cabeça da igreja.

1Co 6:19 Será que vocês não sabem que o corpo de vocês (PLURAL) é o TEMPLO
do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem
a vocês mesmos, mas a Deus,
1Pe 2:5 também vós (PLURAL) mesmos, como pedras que vivem, sois edificados
CASA ESPIRITUAL para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.

É muito interessante observar que as Escrituras não dizem que eu


sou o templo ou a casa, elas dizem que NÓS somos o tabernáculo.
Está no plural. Revelando-nos que apesar de não precisarmos mais ir
a um lugar físico para invocar ao Eterno, nós enquanto pedras vivas
precisamos entender que somos um Tabernáculo a serviço dEle com
uma ação coletiva, para que como Corpo possamos servi-lo com
sacrifícios espirituais.

Se NÓS somos o tabernáculo, ninguém no último pacto pode


ministrar a plenitude do Espírito, mas sim uma perspectiva parcial.
Apenas com o entendimento que somos um Corpo, podemos
ministrar a Deus sob a plenitude o Espírito.

Sacerdócio Vertical e Horizontal


Como vimos antes, o sacerdócio levítico possuía duas ênfases
básicas: Ministrar a Deus e ministrar o povo. No último pacto, da
mesma forma, precisamos observar esses duas ênfases, o que
nomeamos de sacerdócio vertical e horizontal.

Deus

V
E Kosmos
R
T
I
HORIZONTAL (Sociedade,
C Mundo e
A
L
Pessoas)

Santos
Como sacerdotes nós oficiamos para servir a Deus e ao mundo
(kosmos). Lembre-se, Deus enviou a Jesus como nosso sumo-
sacerdote porque amou o kosmos (universo - criação), e não porque
amou apenas a Israel ou a Igreja.

Nosso ofício não baseia mais em oferecer sacrifícios de animais, mas


sim servir ao Pai com sacrifícios espirituais por meio de Cristo, a
Porta e o Caminho.

1Pe 2:5 vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma
casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo SACRIFÍCIOS
ESPIRITUAIS aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.

Também através do nosso sacerdócio, nos cabe a missão de servir o


kosmos, discipulando as nações (Mt 28:19), anunciando as
grandezas de Deus (Seu Reino = Sua Cultura) e testemunhando a
realidade do Reino através da ressureição de Yeshua em todas as
esferas do kosmos.

Pelo exercício do discipulado, pregação e ensino do Reino, imersão no


conhecimento do Pai do Filho e do Espírito e através da cura,
libertação e colonização de regiões com os princípios do Reino de
Deus.

1Pe 2:9 Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo
de Deus, para ANUNCIAR as grandezas daquele que os chamou das trevas para a
sua maravilhosa luz.

Através do funcionamento sacerdotal vertical e horizontal podemos


nos posicionar como instrumentos de melhora de regiões em que
somos plantados por Deus. Voltando para o funcionamento do
sacerdócio original quando Deus plantou Adão e Eva no Éden e os
comissionou para governar e multiplicar a partir daquela região.

Lembre-se que através do Poder do Espírito, ele nos comissionou a


serem TESTEMUNHAS DE SUA RESSUREIÇÃO E DO SEU REINO. Por
isso precisamos ANUNCIAR as grandezas do Mistério que nos foi
revelado pelo Pai ao kosmos através do poder do Espírito.

Sabendo que fazemos parte de um Reino que é formado REIS que


tem a missão de governar a terra através das Leis estabelecidas pelo
REI, afetando assim a SOCIEDADE. Da mesma forma, como
SACERDOTES temos a missão de por meio da nossa conexão
(adoração=encontro) com o Pai, reconciliar tudo o que está
desconectado ao Pai, exercendo assim o ministério da reconciliação.

Atribuições do Sacerdócio do Último Pacto


Como vimos acima, o sacerdócio que demos cumprir deve ser um
sacerdócio vertical, direcionado ao Pai e horizontal, direcionado ao
próximo.

No último pacto, o princípio da representatividade se aplica de


maneira diferente, aonde a igreja é a nação sacerdotal que
representa o Pai diante do kosmos e vice-versa por meio do
ministério da reconciliação.

Listaremos algumas das funções dos sacerdotes (horizontal e vertical)


atribuídas ao último pacto:

 Oferecer Sacrifícios Espirituais – Oferecer louvor ao Pai e ao


Filho por sua obra gloriosa em nossas vidas. Servir ao Pai com
adoração por quem Ele é, através do novo Caminho, Yeshua o
Sumo Sacerdote do tabernáculo Celestial que nos conduz a
adorar ao Pai. Adoração em espírito e em verdade, é a conexão
entre o Pai e seus filhos que foi perdida no Éden (ONDE
ESTÁS?). Isso é o que o Pai está procurando desde a morte
espiritual (separação de Deus) do homem (Gn 3:9 – Jo 4:23).

 Intercessão – Se interpor entre Adonai e o kosmos em favor


de todos os homens e de toda posição de autoridade (I Tm
2:1-2). Mediando e intervindo diante de Deus não só por
pessoas, mas por regiões e nações. Também com a função de
conectar a realidade dos céus com a terra novamente, assim
como era a posição de Adão quando interagia com o Pai no
jardim do Éden.

 Fazer Discípulos – Se mover nas nações fazendo discípulos


para Yeshua, através da influência da essência dEle que está
em nós. Os imergindo (batismo) no conhecimento do Pai, do
Filho e do Espírito Santo. Multiplicando e enchendo a terra com
filhos segundo a sua imagem e semelhança, como foi proposto
na Aliança Eterna (Mt 28:19).
 Ensinar as Escrituras – Ensinar os princípios da Torah,
mandamentos de Yeshua e da doutrina apostólica, a imutável e
incontestável Palavra de Deus. Multiplicando assim entre
nações uma mentalidade baseada nos princípios do Reino de
Deus (Lc 24:44-45 – Mt 28:20 - II Tm 3:16-17).

 Expulsar Demônios – Ser uma ferramenta de libertação de


pessoas da influência do império das trevas através dos
demônios que escravizam a mente das pessoas com o objetivo
de os humilharem e os conduzirem a morte eterna (Mc 16:17).

 Curar Enfermos – Assim como Yeshua os sacerdotes devem


ser ativadores da cura divina sobre as enfermidades (FÍSICA E
ALMA), apontando assim para a realidade do Reino Vindouro,
onde não haverá doentes nem pessoas depressivas em sua
alma (Mc 16:18 – Tg 5:14).

 Pregar o Evangelho do Reino – Assim como João o


batizador, Yeshua e os apóstolos da igreja inicial, devemos
entender que precisamos pregar o Evangelho do Reino de Deus
e não suas variações que foram criadas a partir da reforma
romana do século IV. Como sacerdotes nós precisamos zelar
pela pregação do Evangelho do Reino, o mesmo Evangelho que
Paulo ensina em suas cartas apostólicas. Um Reino que tem um
Rei (Deus Pai), Leis que regem esse Reino (Escrituras), um
povo que se submete a esse Rei (igreja dos santos), um
território aonde esse Reino deve ser estender (a terra que foi
dada aos homens e não o céu) e finalmente, precisamos
proclamar que existe um ÚNICO CAMINHO de acesso a esse
Reino, Yeshua o Mistério que esteve oculto, mas nesta
dispenssação se manifestou como o nosso Eterno sumo-
sacerdote. Entrando no santuário celeste, apresentando seu
sangue, abrindo assim a porta com deste Reino para toda a
criação. E só por isso nós temos livre acesso ao Trono do graça
(Mt 24:14 - Mc 16:15).

Sinais da Pregação do Evangelho do Reino


Assim como Yeshua cumpriu em sua primeira vinda, através da
proclamação do Reino de Deus, os sinais do Reino, estes mesmos
sinas precisam ser manifestar por meio do seu Corpo nos últimos dias
que precedem a sua segunda vinda.

Para entendermos isso, precisamos observar o funcionamento de


Yeshua enquanto pregava / testemunhava o evangelho do Reino:

Luc 7:18 Todas estas coisas foram referidas a João pelos seus discípulos. E João,
chamando dois deles,
Luc 7:19 enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que estava para vir ou
havemos de esperar outro?
Luc 7:20 Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos
para te perguntar: És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?
Luc 7:21 Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de
espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos.
Luc 7:22 Então, Jesus lhes respondeu: Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os
cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos
ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o
evangelho.

Na verdade o que João queria saber era: Você é o Rei que ira se
assentar no Trono de Davih (Is 11:1 – Um sinal messiânico),
restaurando assim o reino de Israel ou devemos esperar outro?

Então Yeshua, o Governador desse Reino, responde apontando para


os sinais da manifestação desse Reino através da atuação do seu
sacerdócio. “Anunciai o que VIU e OUVIU”.

Segundo a Midrash, método de interpretação rabínica das Escrituras,


existem quatro maneiras de interpretar as Escrituras, não sendo
isoladas em si mesmo, mas quatro perspectivas que se completam no
entendimento correto da passagem:

 Interpretação Literal (Pshat)

 Interpretação Histórica e Cultural (Ramez)

 Correlação (Drash)

 Revelação ou o Secreto (Sod)

Isso nos leva a observar que além da realidade física e histórica /


cultural dos sinais miraculosos que Yeshua fazia, existe o secreto que
é revelado na operação desses sinais.

Então nos perguntamos:


Porque Ele fazia os esses sinais?

Qual o fundamento dos sinais que Ele fazia?

Quais os princípios que Ele quis demostrar para João quando ele
demonstra esses sinais como cumprimento do seu Reino a seus
discípulos?

Além da interpretação literal, como os sinais que Yeshua realizava


devem modelar o nosso sacerdócio?

Evangelho Anunciado aos Pobres

Os pobres apontam para os NECESSITADOS. Yeshua como sacerdote


procurou sempre servir aos necessitados e carentes da sua graça.

Segundo a Toráh os dízimos eram usados para três objetivos:


Sustento dos levitas (aqueles que ministravam), sustento do
funcionamento do Tabernáculo / Templo e suprimento dos pobres
(necessitados).

Deu 14:28 Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro
ano e os recolherás na tua cidade.
Deu 14:29 Então, virão o levita ( pois não tem parte nem herança contigo ), o
estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e
se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as
tuas mãos fizerem.

Fazia parte da vida da igreja inicial ajudar necessitados. Isso era um


princípio fundamental em sua função sacerdotal nas cidades em que
se moviam. Não apenas com o suprimento das necessidades
espirituais, mas também das materiais.

Act 6:1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve
murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam
sendo esquecidas na distribuição diária.

Paulo narrando seu encontro com os apóstolos em Jerusalém


descreve um detalhe muito interessante desse momento: Como ele
tinha recebido a revelação do Mistério direto do Pai, ele diz que se
tratando da doutrina que ele ensinava, os anciãos da igreja não o
acrescentaram em nada, a não ser em um ponto específico que era
fundamental na vida da igreja, ajudar os necessitados. Aquilo que o
ele se ESFORÇOU em fazer, ou seja, não era sua prática normal.
Gal 2:6 E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência ( quais tenham sido,
outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem ), esses, digo, que
me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram;
Gal 2:9 e, quando conheceram a graça que me foi dada, Tiago, Cefas e João, que
eram reputados colunas, me estenderam, a mim e a Barnabé, a destra de
comunhão, a fim de que nós fôssemos para os gentios, e eles, para a circuncisão;
Gal 2:10 recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o
que também me esforcei por fazer.

Assim como Paulo foi exortado em Jerusalém, nós precisamos como


sacerdotes, nos esforçar em servir os necessitados através do nosso
sacerdócio horizontal, os suprindo de alimento espiritual e físico.

Mortos Ressurretos

Não há como falarmos de sacerdócio prático sem falarmos de


libertação de pessoas que estão aprisionadas no império das trevas.
Aqueles que estão mortos espiritualmente (Gn 2:17) precisam
ressuscitar, sendo assim reconectados ao Pai através do ministério da
reconciliação que opera através de nós, os sacerdotes do Reino.

2 Co 5:18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio
de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,

Todos os mortos que Yeshua ressuscitou apontaram para a realidade


dos homens mortos espiritualmente ressuscitando juntamente com
Ele após o cumprimento de sua entrega total na cruz (Ef 2:5-6). Por
isso que o ministério da reconciliação tem a ver com conduzirmos
pessoas ao conhecimento e reconhecimento da obra de Yeshua, a
Ressureição e o Caminho de volta para o Pai. Apontando para o
entendimento que não estamos mais mortos em nossos pecados,
mas ao ressuscitarmos com Ele nos encontramos assentados nas
regiões celestiais com Ele.

Surdos Ouvem

Precisamos ser agentes de liberação das pessoas para que elas


possam ouvir o Espírito, para que possam ser guiadas por Ele.
Libertando assim as pessoas da dependência e do controle da
religião.

Apo 2:7 Quem tem ouvidos, OUÇA o que o Espírito diz às igrejas...
No ministério terreno de Yeshua ele falou oito vezes a frase: “Quem
tem ouvidos para ouvir OUÇA” (Mt 11:15; 13:9, 43; Mc 4:9,
23;7:16; Lc 8:8; 14:35). No livro de apocalipse, quando Yeshua se
manifesta a João para instruir a igreja pelo simples fato da mesma
não estar ouvindo o Espírito, Ele deixa claro no final de cada carta
para as igrejas da Ásia a frase: “Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz” (Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 13:9).

O número oito nas Escrituras representa ALIANÇA. Aqueles que têm


uma aliança com Adonai têm que ser guiados pela sua voz, e como
seus sacerdotes, precisamos trabalhar por isso. Não apenas
ensinando o que seu Espírito está falando as pessoas, mas sim de
ajudar as pessoas a ouvirem o Espírito.

Os Cegos Vêem

Através da manifestação do Reino de Deus a cegueira provocada pelo


deus desse século é removida.

2Co 4:4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para
que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus.

Assim como foi na vida de Paulo, manifestação do Reino libera nossa


visão, removendo as escamas em nosso entendimento que foram
geradas pela religião. Então a nossa visão é ampliada, nós podemos
ver o que o Pai está fazendo e nos envolver com o que Ele está
envolvido.

Joh 5:19 Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada
pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo
o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz.

Assim como Yeshua que não fazia nada a não ser o que VIA o Pai
fazer na Eternidade, nós precisamos como sacerdotes INTERVIR na
vida de pessoas para que elas VEJAM. Para que com seus olhos
voltados para os céus possam se mover ao observar a movimentação
da NUVEM e do FOGO (Ex 40:36-37).

Coxos Andam
O sacerdócio dos santos precisa investir na liberação de toda pessoa
que se encontra em estado de letargia para se movimentar em
justiça, ou seja, de maneira CORRETA. A noiva tem que se levantar
da cama, se vestindo com suas vestes de justiça, e se MOVER
segundo a VOZ do Noivo.

Son 5:2 Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está
batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha,
porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.
Son 5:3 Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei
a sujá-los?

Nós precisamos trabalhar para que as pessoas não se arrastem sobre


a terra, mas se movam segundo o propósito de Deus para sua
jornada. Quando Pedro diz ao pedinte da porta formosa “o que eu
tenho eu te dou... Levanta e ANDA” ele assume seu sacerdócio
ministrando com compaixão com aquele indivíduo ao ponto dele não
mais depender da pena das pessoas que passavam por aquele lugar.
A através da sua intervenção aquele homem necessitado passa a se
mover corretamente ao ponto de impressionar todos que o
observavam naquela situação a tantos anos (At 3:6-10).

Leprosos Purificados

Yeshua é claro em demonstrar que assim como o sacerdócio do


primeiro pacto, que era responsável por tratar da impureza da lepra
no meio do povo, através da verificação da doença no meio do povo e
das cerimônias de purificação, o sacerdócio do último pacto também
é responsável por zelar pela purificação da lepra.

A lepra aponta nas Escrituras para as obras da carne que nos levam a
pecar (chattaah = errar o alvo). O nosso sacerdócio deve trabalhar
para uma transformação de mente contra o sistema do mundo (Rm
12:1-2) que valoriza as obras da carne.

Gal 5:19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza,
lascívia, Gal 5:20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras,
discórdias, dissensões, facções, Gal 5:21 invejas, bebedices, glutonarias.

A nossa função é ser um parâmetro da cultura do Reino que tem


como ênfase os frutos do Espírito.
Gál 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade,
Gál 5:23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
Princípio do Louvor e Adoração

Tabernáculo de Davi: Adoração e Intercessão


Como sabemos, Davi estabelece um tabernáculo em seu governo
(chamado de tabernáculo de Davi) através da palavra do Senhor
liberada pelos profetas (II Cr 29:25). Um tabernáculo que funcionou
por cerca de 40 anos com serviço ininterrupto de oração e adoração
diante da Arca (Trono) do Senhor.

Ao contrário do tabernáculo de Moisés e do templo de Salomão, o


tabernáculo de Davi, possuía apenas um ambiente, onde estava a
Arca. Um ambiente sem véu (revelado), sem separação entre o
homem e a pessoa (presença) de Adonai, representada pela Arca do
pacto, o símbolo do seu trono na terra (II Sm 6:2).

O Tabernáculo e a Música

No tabernáculo de Davi possuia a ênfase muito forte com a profecia


através da música. Na verdade a tradução original da palavra
hebraica profetizar (nâbâ) é falar ou cantar sobre inspiração divina.
A ação de profetizar sempre esteve relacionada com a música.

1Ch 25:1 Davi, juntamente com os chefes do serviço, separou para o ministério os filhos
de Asafe, de Hemã e de Jedutum, para profetizarem com harpas, alaúdes e
címbalos.
1Ch 25:6 Todos estes estavam sob a direção respectivamente de seus pais, para o canto
da Casa do SENHOR, com címbalos, alaúdes e harpas, para o ministério da Casa de
Deus, estando Asafe, Jedutum e Hemã debaixo das ordens do rei.

Na porção da Torah Ex 15:1-21, Moisés profetiza com música pela


primeira vez nas Escrituras após o povo atravessar o mar vermelho
enquanto a profetisa Miriã ia dançando e profetizando com cânticos
juntamente com as mulheres de Israel.

O funcionamento do tabernáculo de Davi era um espelho da realidade


do Tabernáculo Eterno. Aonde os quatro seres viventes servem diante
do Trono com suas harpas (adoração) e taças com incenso
(intercessão), de maneira ininterrupta na Eternidade.

Rev 5:6 Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de
pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete
olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra.
Rev 5:7 Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono;
Rev 5:8 e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos
prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de
ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,
Rev 5:9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os
selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que
procedem de toda tribo, língua, povo e nação
Rev 5:10 e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a
terra.

Por causa da mentalidade em que os sacerdotes oficiavam no


tabernáculo de Davi, um serviço sem símbolos (sacrifícios, fogo ou
nuvem), mas apenas os sacerdotes profetizando diante da Arca
(Trono), esse foi o único tabernáculo que o Senhor propôs restaurar.

Act 15:16 Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e,
levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei.

A restauração do tabernáculo de Davi pelo Senhor, não será na sua


forma, mais sim em sua mentalidade de funcionamento. Sacerdotes
com livre acesso ao Trono, oferecendo intercessão e adoração diante
dEle vinte quatro horas por dia num ambiente sem véu. Onde a Porta
(Ap 4:1) para o acesso ao Trono está aberta para todos que são seus
filhos.

Sacrifícios de Louvor

Um dos textos do Novo Testamento mais relevantes com relação ao


princípio de sacrifício, com certeza é o de Romanos 12, que refere-se
ao oferecer-se como sacrifício a uma realidade de transformação
integral.

Rom 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.
Rom 12:2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.

Nossa disposição em obedecer será provada constantemente. Este


será o tempo em que verdadeiramente o “amar a Deus de todo o
coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao
próximo como a si mesmo excederá a todos os holocaustos e
sacrifícios” (Mc 12:33).

Não podemos transicionar a igreja para um tempo de mudanças


apenas dentro de uma perspectiva cultual tradicional, ou seja, no
sentido cerimonial, pois entendemos que mudar a forma do culto não
trará o Reino, mas aperfeiçoar santos sim. Uma nova liturgia não
trará o Reino, mas cristãos transformados sim. Por isso cremos na
relevância desse texto de Romanos 12, pois nos fala de “Sacrifício,
de transformação e de culto”. É desse tempo de mudanças que nos
custará algo que estamos falando, da transformação da nossa
mentalidade de culto, no seu sentido bíblico, de serviço, em
submissão e obediência.

Vosso Corpo

Primeira coisa que observamos aqui é que a expressão Vosso Corpo,


é uma expressão que está no plural. Observamos isso de maneira
simples porque a palavra “vosso” é um pronome possesivo da
segunda pessoa do plural.

Aqui Paulo não está falando apenas de um corpo físico, mas sim do
Corpo de Cristo como um todo. Precisamos entender que o contexto
fala de vivermos de forma prática os desafios do modelo e do padrão
de Cristo, agora é a vida integral que deve ser oferecida como
verdadeiro sacrifício agradável e não apenas o ritual isolado da vida,
trata-se de um aspecto moral e não meramente cerimonial.

Sacrifício Vivo

Ao contrário do Primeiro Pacto aonde o sacrifício era morto, no Último


Pacto nós oferecemos a Ele um sacrifício VIVO. Numa perspectiva de
indivíduos que não estão mais mortos em seus pecados, mais
RESSUCITARAM com Cristo se convertendo em filhos de Deus, e hoje
se encontram assentados juntamente com Cristo a destra do Trono
do Pai nas regiões celestiais (Ef 2:5-6).

Sacrificar, sob a ótica do Último Pacto, está muito mais relacionado à


realidade de obediência entre os filhos e o Pai, que promove a
comunhão entre as duas partes.

Por isso acreditamos que a linguagem sacrifical está diretamente


ligada ao princípio do louvor, justamente por apontar sempre para
obediência incondicional que tem o poder de estabelecer uma
realidade de comunhão.

1Sa 15:22 Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em
holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o
obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura
de carneiros.

Vosso Culto Racional

Interessante que podemos observar mais uma vez, que a realidade


do culto é exposta de maneira plural e não individual. O culto do
Corpo ao Senhor.
Ao contrário do que nossa ideia pré-concebida sobre culto pode
interpretar, esse termo culto que tem sua raiz original na palavra
latréia, que aponta para o significado SERVIÇO a Deus, e não penas
uma cerimonia. E o termo racional (logikos=entendimento=lógica),
que tem a sua raiz original na palavra LOGOS (Palavra).

Então poderíamos dizer que se olharmos para as palavras originais


que Paulo usou, a tradução mais correta para a frase vosso culto
racional seria: Nós como Corpo de Cristo, servimos ao Pai com um
sacrifício que se resume em converter o nosso entendimento de
acordo com a sua Palavra (Cristo).

Não há como servimos ao Pai com sacrifícios de louvor sem ser por
meio de Yeshua (Logos).

Heb 13:15 Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor,
que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.

Por meio de Jesus, podemos oferecer não semanalmente, mas


continuamente, sacrifícios de louvor, oferecidos como oferta de
gratidão. Por meio de Yeshua, oferecemos ao Pai sacrifícios
espirituais (I Pd 2.5), sacrifícios não mais cerimoniais e físicos, como
comidas e bebidas, mas através da manifestação dos frutos do
Espírito.

Transformai-vos Pela Renovação da Mente

A grande verdade expressa por Paulo nesse texto é que: A medida


que somos transformados (convertidos ao modelo de Cristo) Ele é
louvado. Paul é claro ao declarar que para experimentarmos a boa,
perfeita e agradável vontade do Pai precisamos passar pela
transformação (metamorphosis), uma mudança de forma baseada
na mudança de mentalidade (metanóia) tendo como alvo o Logos
(Palavra).

Precisamos entender que à medida que nos dispomos a entrar num


processo de transformação, o fazemos para confirmamos o
propósito de sermos para o seu louvor (Ef 1:5-6).

Adoração
O termo adorar em sua raiz hebraica shachah significa inclinar-se ou
prostrar-se no sentido de reverenciar, o gesto de curvar-se diante de
uma pessoa até o ponto de beijar seus pés, trazendo o seguinte
significado: RECONHEÇO A MINHA INFERIORIDADE E SUA
SUPERIORIDADE, E ME COLOCO A SUA INTEIRA DISPOSIÇÃO.

Exo 20:4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há
em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Exo 20:5 Não as adorarás (SHACHAH), nem lhes darás culto; porque eu sou o
SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.

Nos povos antigos, inclusive entre os israelitas, a prática de shachah


era muito comum para reconhecer e reverenciar pessoas de
autoridade superior:

 ... se senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se


encurvem (shachah) a ti. - Gn 27:29

 Moisés se inclinou (shachah) diante do seu sogro. – Ex 18:7

 Davi inclinou-se (shachah) diante de Saul. – I Sm 24:8

 Uma serva se prostrou (shachah) diante de Abigail – I Sm


25:41

 Davi inclinou-se (shachah) diante de Mefibosete. – II Sm 9:6

 O etíope se inclinou (shachah) a Joabe – II Sm 18:21

No Primeiro Pacto os homens tinham acesso limitado à presença de


Adonai, por causa do pecado de Adão e Eva no Éden. Quando eles
foram expulsos do Éden, o lugar de manifestação da Eternidade na
terra, eles perderam acesso direto a presença do Pai. Então após a
construção do Tabernáculo de Moisés, apenas o sumo sacerdote uma
vez por ano no dia de Yom Kippur, podia se achegar de maneira
simbólica, no Santo dos Santos, diante ao Trono do Pai (Arca da
Aliança). Quando ele entrava no santo dos santos com o sangue do
sacrifício para se ENCONTRAR com a santidade do Pai, o
reconhecendo como único Deus de Israel e pedindo perdão pelo
pecado de todo povo.

Então Yeshua, o maior adorador que já pisou na terra, vem ao


kosmos inaugurar a verdadeira prática da adoração (Mt 4:10), da
raiz grega proskuneo que possui basicamente o mesmo significado
de shachah, prostrar-se, beijar os pés e reverenciar.

Mas não apenas baseado numa perspectiva de reconhecer a Adonai


como único Deus, mas através do real acesso ao seu Trono, um real
encontro com a sua pessoa, prostrando-se diante da sua santidade.
Porque através do sacerdócio de Yeshua nós fomos reconectados ao
Trono. Ao derramar seu sangue na cruz, Ele rasgou o véu que fazia
separação (Mt 27:50-51) entre nós e o Trono da graça. E hoje
através de Yeshua, o Caminho de volta ao Trono, temos livre acesso
ao Pai novamente como Adão tinha no Éden.

Joh 4:23 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores


adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura
para seus adoradores.
Joh 4:24 Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade.

Yeshua fala do tempo dos verdadeiros adoradores, por que até


aquele momento a adoração que os homens apresentavam ao Eterno
era incompleta significava apenas uma sombra da ação verdadeira.
Também fala que eles deveriam adorar em espírito, porque através
do seu espírito (homem interior) restaurado pela obra sacerdotal de
Yeshua, o homem poderia voltar a se relacionar com o diretamente
com o Pai, que é Espírito, e não apenas através de símbolos que
apontavam para a realidade da Eternidade.

Php 3:3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no
Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.

Então Yeshua, o sumo-sacerdote (Hb 2:17) da nossa fé, entrou de


uma vez por todas no Santuário Eterno apresentando o sangue da
nova e superior aliança, reconstruiu o caminho de volta ao Trono para
a humanidade, e anulou os nossos pecados que faziam separação
entre nós e o Pai. Como intercessor (aquele que liga) nos reconectou
ao Pai e a sua santidade. Por isso não há como adorarmos ao Pai se
não for através de Yeshua.

Heb 10:19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos,
pelo sangue de Jesus,
Heb 10:20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua
carne,
Heb 10:21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus,
Heb 10:22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o
coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.
O termo Santo dos Santos é uma referência ao Tabernáculo, mas
agora não mais referente ao feito por mãos de homens, mas ao
Tabernáculo Eterno que Yeshua nos abriu o caminho.

O Santo dos Santos era separado do Santo lugar por uma cortina (Ex
26:33-34; Hb 9:3-7). Porém, este Tabernáculo terreno é chamado
de parábola, ou um símbolo, para comparar e ilustrar, uma forma
terrena de mostrar claramente algo Eterno e celestial!

Precisamos entender que Cristo não nos leva a um lugar natural ou


terreno, mas a uma realidade espiritual, celestial e Eterna! Devemos
nos apegar com ousadia e liberdade a esta verdade! Devemos passar
pelo NOVO e pelo VIVO para então entrarmos no MAIOR E MAIS
PERFEITO TABERNÁCULO estabelecido na Eternidade (descrito em
Ap 4;5), de uma vez por todas!

Heb 9:11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados,
mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer,
não desta criação,
Heb 9:12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue,
entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.

Não se trata de experiências místicas, mas de uma realidade


sobrenatural! Quando fala não DESTA CRIAÇÃO (ktizw ktizo) pode
estar dizendo num sentido de localização, sendo não deste universo,
mas de algo ETERNO e CELESTIAL!
Aonde Estas?

Como já vimos, adoração ao Pai sob a perspectiva do Último Pacto


(uma realidade sem véu) é muito mais que apenas reconhece-lo
como nosso Deus. Uma “vida de adoração” é muito mais que uma
vida de serviço a Ele.

Adoração é um momento de ENCONTRO com o Pai e a sua santidade.


É uma conexão espiritual entre o Pai e seus filhos, através do FILHO
(o Sumo Sacerdote do Tabernáculo Eterno), pela capacitação do
Espírito (Ruach Hakodesh – O Espírito [sopro] DO SANTO). Onde os
filhos abençoam o seu coração, e são abençoados através de uma
manifestação mutua de amor.

Gên 3:8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração
do dia, ESCONDERAM-SE DA PRESENÇA do SENHOR Deus, o homem e sua
mulher, por entre as árvores do jardim.
Gên 3:9 E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: ONDE ESTÁS?

Após a queda do homem, o Pai VEM ao ENCONTRO do homem no


Éden, e não sendo correspondido em sua expectativa faz a pergunta:
ONDE ESTÁS?

Deus não estava perguntando sobre a posição física do homem


(escondido entre as árvores), mas Ele estava perguntando sobre a
posição espiritual de seu filho. Afinal o homem estava
experimentando a infeliz condição da MORTE ESPIRITUAL =
SEPARAÇÃO DE DEUS por causa do pecado (chaṭta ̣ ah chaṭta
̣ th =
ERRAR O ALVO).

A conexão entre o Pai e seus Filhos fora desfeita. O Espírito do


SANTO tinha deixado o homem e por isso ele foi expulso do Éden =
Manifestação do Reino dos céus na terra.

Então essa pergunta ONDE ESTÁS? Ecoou da Eternidade em toda a


história da humanidade até a vinda de Yeshua ao kosmos. Que mais
uma vez ele pode ENCONTRAR um Filho (ADORADOR) seu
posicionado corretamente sobre a terra.

Então após cumprir a sua missão redentiva, Yeshua RECONECTA a


humanidade ao PAI (Rm 5:10). O Filho de Deus se torna Filho do
homem, para transformar os filhos dos homens em filhos de Deus.
Joã 4:23 Mas vem a hora e JÁ CHEGOU, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que O PAI PROCURA para
seus adoradores.

Então a partir de Yeshua, a procura do Pai ACABA. O tempo de


ENCONTRAR seus filhos JÁ CHEGOU (uma conexão espiritual entre
Deus e o do homem).

Após o estabelecimento do Tabernáculo de Moisés, Davi seguindo o


comando dos profetas Gade e Natã (2 Cr 29:25) estabelece no
MONTE SIÃO, o Tabernáculo de Davi, uma tenda que guardava a Arca
do Pacto, que representava o TRONO de Deus (I Sm 4:3 [NVI]), sua
PESSOA E REINO.

Esse Tabernáculo, que Deus propôs restaurar (At 15:16), ao


contrário do de Moisés, não havia véu, ou seja, a separação do
homem do REINO de Deus e de sua Pessoa (conexão). Mas sim,
apontava para o novo pacto onde através de Yeshua teríamos LIVRE
acesso ao Trono do Pai através da reconciliação por meio do seu
sangue.

Sabemos que o MONTE de Sião profetizava sobre o


REENCONTRO do homem com o PAI. O tempo da GRAÇA.

Slm 24:3 QUEM SUBIRÁ AO MONTE DO SENHOR? Quem há de permanecer no


seu santo lugar?
Slm 24:4 O que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à
falsidade, nem jura dolosamente.
Slm 24:5 Este obterá do SENHOR a bênção e a justiça do Deus da sua salvação.
Slm 24:6 Tal é a geração dos que o buscam, dos que buscam a face do Deus de Jacó.

MAS A FINAL QUEM PODERÁ SE ENCONTRAR PELO PAI? QUEM


SERÁ ACHADO POR ELE?

Mãos Limpas – Obras puras – Obras que Yeshua nos comissionou -


Aqueles que se envolvem com a BOA OBRA que Ele começou nas
nossas vidas (Fl 1:6).

Coração Puro – Intensão – Honestidade – Transparência -


Prioridade pelo Reino.

Buscam a Face – Buscam o Encontro – Buscam ser Encontrados


pelo Pai – Invocam sua Presença – Face = Glória (hebraico) –
Priorizam sua GLÓRIA a suas bênçãos (mãos [mentalidade idólatra]).

Obs:. INVOCAR – Buscar a Deus até que ele VENHA ao nosso


ENCONTRO.

O VÉU FOI RASGADO. OS CÉUS ABERTOS. O CAMINHO TRILHADO. OS CÉUS E


TERRA RECONECTADOS. A PORTA ESTÁ ABERTA.

porta aberta
Apo 4:1 Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma
no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao falar comigo,
dizendo: SOBE PARA AQUI, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas
coisas.
Apo 4:2 Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um TRONO,
e, no trono, alguém sentado;

Pai eu VOU TE ADORAR. Então VEM ME ENCONTRAR.


O Princípio da Intercessão

A palavra intercessão (Entugchano) aponta para o sentido de


mediar, ligar ou interpor. Interceder é se colocar no lugar de outro
e pleitear, defender, a sua causa diante de Deus. Portanto, o
intercessor é alguém que, com humildade, mas com ousadia,
“compra briga com Deus”, por assim dizer, em favor de uma pessoa,
situação ou região.

Diferentemente da prática da oração que se resume no


relacionamento de comunhão entre o Pai e seus filhos. Assim
concluímos que oração não tem nada a ver com intercessão. Oração é
algo pessoal quando eu volto a minha mente para Deus, intercessão
é uma posição que eu me coloco diante de Deus em favor de outros.

Eze 22:30 "Procurei entre eles um homem que erguesse o muro e se pusesse na
brecha diante de mim e em favor da terra, para que eu não a destruísse, mas
não encontrei nem um só.

Se Colocando Entre – Um dos significados da palavra intercessão,


que em sua raiz hebraica significa “colidir com violência, colocando-se
entre duas posições”.

Assim como adoradores o Pai também está à procura dos


verdadeiros intercessores. Aqueles que se interpõem por outros
em amor.

Yeshua o Intercessor
Sabemos o que Yeshua está fazendo exatamente agora nas regiões
celestiais a direita do Pai. Ele está intercedendo por nós.

Heb 7:22 Jesus tornou-se, por isso mesmo, a garantia de uma aliança superior...
Heb 7:24 mas, visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente.
Heb 7:25 Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele,
aproximam-se (para adorar) de Deus, pois VIVE SEMPRE PARA
INTERCEDER POR ELES.
Mas precisamos entender que essa intercessão é muito mais do que
ele estar orando por nós, pleiteando a nossa causa diante do Pai.
Tem mais a ver com a sua posição de intercessor, aquele que está
nos ligando ao Pai. O mediador da superior aliança com o nosso
Deus, com a função de reconciliar as partes envolvidas no pacto.
Porque mesmo hoje os nossos pecados ainda fazem separação entre
nós e Deus, e não há como nos achegarmos diante do Trono da graça
sem ser pelo Filho o Caminho de volta a Eternidade. Através do seu
ofício sacerdotal, nós fomos reconciliados com Deus, assim como a
terra foi reconciliada com os céus (Eternidade).

Col 1:20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele,
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
nos céus.
Col 1:21 E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no
entendimento pelas vossas obras malignas,
Col 1:22 agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte,
para apresentar-vos perante ELE santos, inculpáveis e irrepreensíveis,

E assim como a intercessão de Yeshua nos conecta com o Trono


através da reconciliação que temos através do seu sangue, a nós
sacerdotes da mesma ordem de Cristo (Melquisedeque) foi confiado o
ministério da reconciliação. Para ligar tudo que está desligado do
Trono através do testemunho da Ressureição e do Evangelho do
Reino.

2Co 5:18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por
meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
2Co 5:19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.

CÉUS TOCANDO A TERRA NOVAMENTE

INTERCESSOR INTERCESSOR
Yahweh Homem kosmos
JESUS IGREJA

Filhos
Semelhantes a
Jesus Rm 8
Tocando o Céu e Transformando a Terra

Rev 8:1 Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu por volta de meia
hora.

Rev 8:2 Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete
trombetas.

Rev 8:3 Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou de pé
junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de
todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono.

Rev 8:4 E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso juntamente
com as orações dos santos.

Rev 8:5 Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o
sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto.

Ao observarmos o texto acima, vemos que o céu faz silêncio para que
o incenso (Oração / Intercessão) dos santos seja apresentado diante
do Trono de Deus. Demostrando como as orações / intercessões dos
santos movimentam a Eternidade em favor da terra.

Olhando para esse princípio através de uma perspectiva sacerdotal,


vemos que esse momento representa muito mais que uma prática
devocional, mas o meio pelo qual liberamos através do nosso
sacerdócio a Manifestação de Deus na terra.

Quando tocamos os céus, há silêncio para que a voz dos santos seja
ouvida diante do Trono. E por causa do clamor dos santos a Terra é
transformada por uma ação do céu para a terra.

Então assim podemos cumprir a oração do Reino: Venha o teu Reino,


seja feita a tua vontade na terra como nos céus, ou seja, que tudo
aquilo que está estabelecido nos céus pela vontade do Pai, seja
estabelecido na terra através de nós seus filhos.

Repare que por causa da ação dos santos, a terra é tocada com a
manifestação do Trono (trovões, vozes e relâmpagos) e com abalos
(terremoto). Pelo posicionamento dos santos a Voz de Deus é
liberada sobre a Terra (trovão), os inimigos de Deus são feridos
(relâmpagos), e há manifestação do Verbo, ou seja, a Palavra
redentiva em ação (vozes).
Heb 12:26 Aquele cuja voz outrora abalou a terra, agora promete: "Ainda uma vez
abalarei não apenas a terra, mas também o céu".

Heb 12:27 As palavras "ainda uma vez" indicam a remoção do que pode ser abalado,
isto é, coisas criadas, de forma que permaneça o que não pode ser abalado.

Heb 12:28 Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos


agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor.

Quando os santos se mobilizam na terra tocando os céus, eles


provocam os abalos (terremotos). Tanto nos céus como na terra.

Como lemos no texto acima, para que venhamos a receber este Reino
Inabalável, tudo o que é abalável tem que ser abalado no céu e na
terra. Quando trazemos a manifestação do Trono do Eterno para a
terra nós estamos provocando estes abalos.

Intercessores Guiados Pelo Espírito

Rom 8:18 Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com
a glória que em nós será revelada.
Rom 8:19 A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus
sejam revelados.
Rom 8:20 Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por
causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança
Rom 8:21 de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência
em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.
Rom 8:22 Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de
parto.
Rom 8:23 E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito,
gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a
redenção do nosso corpo.
Rom 8:24 Pois nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é
esperança. Quem espera por aquilo que está vendo?
Rom 8:25 Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente.
Rom 8:26 Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não
sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com
gemidos inexprimíveis.
Rom 8:27 E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o
Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.
Primeiramente vemos que essa realidade de intercessão não é um
ofício para meninos, mas para filhos amadurecidos, filhos
semelhantes a Jesus.

E é com base nesse anseio que Paulo começa a falar do princípio de


intercessão. Primeiramente que o Espírito, nos assiste em nossa
fraqueza; porque não sabemos orar como convém. O que isso
significa? O Espírito nos assiste no sentido de cooperar, fazer junto,
ajudar. Como? Colocando na nossa boca, e gerando as impressões
corretas em nosso espírito, por isso, o Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis, ou seja, Ele gera em
nosso espírito os motivos pelos quais devemos interceder, coloca-nos
entre, leva-nos a um nível de identificação espiritual em favor de
outro.

Assim como a adoração, a intercessão é um princípio espiritual, ou


seja, Deus é Espírito e ministramos diante Dele em espírito, no
Espírito que conhece as profundezas de Deus. Dessa forma, de
acordo com a vontade de Deus, revelado pelo seu Espírito,
intercedemos, para que a Terra e seus moradores possam ser
aperfeiçoados a fim de que a boa, perfeita e agradável vontade seja
cumprida na terra como no céu.

Entendemos que a intercessão faz parte de um funcionamento


profético da Igreja. Sendo assim conduzida pelo Espírito de Deus. E
não através de informações ou experiências humanas (prática comum
no corpo de Cristo).

Muito dos conceitos que são ensinados sobre intercessão e guerra


espiritual hoje em dia são oriundas de experiências passadas de
pessoas (hoje ministros de Deus) com satanismo ou bruxaria. Isso
tem sido muito prejudicial, nesse tempo aonde as experiências são
mais valiosas do que a orientação do Espírito de Deus.

Olhando Para os Céus

Um princípio importante que precisa ser entendido na prática da


intercessão, que é profética por si mesma, é que a nossa principal
referência para funcionamento desta prática são os céus, e não a
terra.
Como vimos, nós intercedemos guiados pelo Espírito. Não algo
baseado numa conclusão racional, mas espiritual. Temos que nos
basear no que está acontecendo nos céus e não nos fatos vistos na
Terra. Até porque, o físico é a resposta do que antes já foi
estabelecido nos céus.

Mat 16:1 Os fariseus e os saduceus aproximaram-se de Jesus e o puseram à prova,


pedindo-lhe que lhes mostrasse um sinal do céu.

Mat 16:2 Ele respondeu: "Quando a tarde vem, vocês dizem: ‘Vai fazer bom tempo,
porque o céu está vermelho’,

Mat 16:3 e de manhã: ‘Hoje haverá tempestade, porque o céu está vermelho e nublado’.
Vocês sabem interpretar o aspecto do céu, mas não sabem interpretar os sinais
dos tempos!

Ao responder aos religiosos, Jesus os exorta dizendo que sabiam


discernir as questões naturais do tempo, como chuva ou um dia
ensolarado. Mas eles não sabiam discernir nada nos céus espirituais.
Nós precisamos saber entender os sinais dos tempos (Kairos). Que
tempo é esse? O tempo que se chama hoje.

Então concluímos que para a igreja exercer uma intercessão eficaz,


precisamos observar a movimentação nos céus (trabalho profético).
Para que possamos nos posicionar corretamente. E não olhar para os
acontecimentos físicos.

Como intercessores proféticos, precisamos trabalhar mais com


prognósticos do que com diagnósticos (de coisas que já aconteceram
ou estão acontecendo).

Chama-nos a atenção a movimentação do povo de Israel no deserto.


Eles só se moviam quando a nuvem ou a coluna de fogo se moviam
(Ex 13:21). Para se moverem eles não tinham seus olhos na terra,
mais nos céu (no sobrenatural).

Quando olhamos para o último pacto, observamos o exemplo dos


magos que por que viram uma estrela no Oriente (sinal no céu),
sabiam que o Messias tinha nascido (Mt 2:2).

Olhemos para o Mestre. Que não fazia nada a não ser aquilo que Ele
VIA o Pai fazer (Jo 5:19). Fazer aonde? No Céu.
A Ordem de Melquisedeque
Como já vimos, o sacerdócio levítico foi substituído pelo sacerdócio
da ordem de Melquisedeque, uma nova ordem de serviço ao Pai que
foi inalgurada a partir da vida de Yeshua o Sumo-sacerdote do último
pacto.

Heb 7:11 De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo
recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se
levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado
segundo a ordem de Arão?

Heb 7:12 Pois, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança


da lei.

Mas a final, quem foi Melquisedeque?

Melquisedeque (Rei de Justiça) era rei de Salém (nome originário de


Jerusalém) e sacerdote do Deus Altíssimo que foi conteporâneo de
Abrão. Exercendo também uma função de profeta, abençoou a
Abrão após o mesmo voltar da batalha que travou para libertar a Ló,
sendo assim um tipo profético de Cristo, o Rei dos judeus o Profeta
semelhante a Moisés e Sumo-sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque.

Gên 14:18 Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe
pão e vinho
Gên 14:19 e abençoou Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo,
Criador dos céus e da terra.

Chama a atenção também que ao vir ao encontro de Abraão para o


abençoar, Melquisedeque trás pão e vinho, apontando para a entrega
da carne e do sangue de Cristo na cruz. A consumação do seu
sacerdócio terreno como Cordeiro.

Melquisedeque precede o sacerdócio real e profético que Davi exerceu


perante ao Senhor a partir de Jerusalém, a cidade sede do Reino do
Messias sobre as nações.

Mais adiante vemos Yeshua, a raiz e o filho de Davi, sendo levantado


como sacerdote segundo a ordem real, sacerdotal e profética de
Melquisedeque. Neste aspecto vemos que tanto Melquisedeque como
Davi foram ”tipos” de Cristo, que é Profeta, Rei e Sacerdote para
sempre segundo a ordem de Melquisedeque.
Heb 7:17 Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a
ordem de Melquisedeque.

Um Novo Batismo
Como já vimos, para assumir o seu ofício, o sacerdote deveria passar
por um ritual sagrado que incluía um banho com água, um batismo
que marcava o início do seu serviço diante do altar de Adonai.

Sabemos que João, filho de sacerdote e herdeiro do ofício levitico,


com aproximadamente 13 anos de idade abondona a sua preparação
para servir no templo e vai para o deserto congregar com a Voz
daquele que estava clamando por uma nova ordem.

Embora sendo de linhagem sacerdotal, João abandona o templo sem


arca (glória) e um sacerdócio falido e vai para o deserto exercer o
sacerdócio profético de conexão para o novo pacto, preparando assim
o caminho do Senhor.

Com 30 anos de idade João, sob a influência do mesmo espírito


profético que estava sobre Elias, começa a pregar o arrependimento
(mudança de mente), a realidade do Reino de Deus e começa
também a batizar aqueles que estavam dispostos a se arrepender
para ver e entrar no Reino, apontando para um novo sacerdócio que
o Pai estava para estabelecer sobre a terra.

O batismo de João, que claramente foi inpirado nos rituais de


purificação descritos na Torah, era um sinal de mudança de mente
para a transição para o sacerdócio do Reino que estava para ser
manifesto em Jerusalém a partir do Messias.

O Batismo de Poder
João cumpriu seu sacerdócio profético por aproximadamente por 6
meses. Enquanto servia na obra do seu Deus, ele foi questionado
pelos líderes religiosos da época se ele mesmo era o Messias, o
Profeta semelhante a Moisés, por causa da tamanha autoridade
profética que ele carregava e da influência que estava exercendo
sobre a nação de Israel.

Joh 1:20 Ele confessou e não negou; declarou abertamente: "Não sou o Cristo".
Joh 1:21 Perguntaram-lhe: "E então, quem é você? É Elias? " Ele disse: "Não sou". "É
o Profeta? " Ele respondeu: "Não".
Joh 1:23 João respondeu com as palavras do profeta Isaías: "Eu sou a voz do que
clama no deserto…".

Ao ser questionado ele declara eu sou apenas a voz daquele que está
clamando no deserto, a voz daquele que não habita no templo nem
no meio do sacerdócio falido de Jerusalém, eu sou apenas o porta-
voz de Adonai, aquele que está clamando por uma nova ordem.

Mas mesmo negando ser o Cristo, João prega uma palavra de


esperança, afirmando que estava preparando o caminho para que o
Cristo se manifestasse após ele. Aquele que iria batizar com Espírito
(poder) e fogo (juízo).

Mat 3:11 "Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim
vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas
sandálias. Ele os batizará com o espírito santo e com fogo.
Sabemos pelo os relatos das Escrituras, que Yeshua esperou pelo
tempo da sua maturidade até começar a exercer o seu sacerdócio
sobre a terra. Com 30 anos de idade, Ele vai até o encontro do seu
primo João chamado de o batizador, aquele que estava imergindo as
pessoas numa realidade de arrependimento no Jordão, para se
batizar.

Interessante que ao se apresentar para ser batizado, Yeshua é


questionado por João, porque ao invés de batizar o próprio Messias,
ele queria ser batizado pelo batismo do Messias, ele queria o batismo
do Espírito.

Mat 3:14 João, porém, tentou impedi-lo, dizendo: "Eu preciso ser batizado por ti, e tu
vens a mim? "

Mas para que a justiça de cumprisse, João aceita batizar a Yeshua. O


batismo do Messias, foi o marco da transição entre o sacerdócio
levitico e o sacerdócio da ordem de Melquisedeque. Por isso quando o
Espírito cai sobre (batismo de poder) Yeshua em forma corpórea de
uma pomba (Lc 3:22), Ele recebe dos céus o respaldo do Pai para
começar a exercer o seu sacerdócio real e profético sobre a terra, o
sacerdócio dos filhos.
Apesar de ter sido gerado pelo Espírito e ser seu Templo na terra
(Espírito dentro), Yeshua não pregou nenhuma mensagem, não fez
nenhum discípulo nem realizou nenhum sinal miraculoso antes de
receber o Espírito sobre Ele. O batismo de poder, que o capacitou a
fazer a obra do Pai, por meio da unção do seu Espírito.

Mais tarde, depois da sua ressurreição, Yeshua mesmo após soprar


do Espírito de seu Pai no interior de seus discípulos (Jo 20:22),
ministrando assim regeneração em seus espíritos (salvação), Ele
deixa uma ordem expressa…

Act 1:4 Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas
que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes.
Act 1:5 Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no
Espírito Santo, dentro de poucos dias.
Act 1:8 Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-
me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até
os confins da terra.

Da mesma forma que seu Mestre, os discípulos de Yeshua, não


poderiam fazer nada, a não ser por meio da imerssão do poder do
Espírito. Mesmo sendo o templo do Espírito, eles precisavam esperar
até que o Espírito viesse sobre eles, com o batismo de poder para
capacita-los a fazer as obras do seu Mestre.

Sacerdócio de Uma Nova Ordem


Após passar pelo batismo no Jordão, Yeshua é conduzido ao deserto
pelo Espírito para vencer a satanás em todos os aspectos da queda
do primeiro Adão, e após os 40 dias de sua perigrinação, as
Escrituras afirmam que Ele sai do deserto no poder do Espírito,
para de fato iniciar o seu serviço sacerdotal sobre a terra.

Sabemos que após sair do deserto, Yeshua é guiado pelo Espírito a


entrar em uma sinagoga na cidade de Nazaré, e no momento da
leitura das Escrituras ele toma de uma porção do profeta Isaías
(capítulo 61) e proclama o cumprimento de parte da profecia sobre
a manifestação do sacerdócio do Messias.

Luk 4:18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para
evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,
Luk 4:19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.
Luk 4:20 E fechando o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e os olhos de todos
na sinagoga estavam fitos nele.
Luk 4:21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta escritura aos
vossos ouvidos.

O ato de ungir nas Escrituras aponta para a capacitação e autorização


pelo Espírito para executar uma função designada por Deus. Significa
receber poder para fazer, o que eu não posso fazer sozinho, ou seja,
a obra do Pai.

Sabemos que no primeiro pacto, 3 classes de pessoas eram ungidas


com o óleo da unção, representando a capacitação do Espirito sobre
elas: Os Reis (I Sm 16:13), profetas (1 Rs 19:16) e sacerdotes (Lv
8:12).

Yeshua na função do Ungido (significado de Messias) do Pai, assume


que a tríplice unção estava concentrada sobre Ele (raiz e
descendência de Davih), para cumprir o sacerdócio real e profetico, o
sacerdócio da ordem de Melquisedeque.

Quando Ele afirma que as palavras do profeta estavam se cumprindo,


Ele declara inaulgurada a nova ordem sacerdotal sobre a terra, a
Ordem de Melquisedeque que foi habilitada para servir na triplice
unção.

Profeta – Proclama o evangelho aqueles que necessitam.

Sacerdote – Ministra cura ao povo, fortalecendo e confortando.


Ministra cura aos cegos.

Rei – Manifestar a Justiça e Retidão. Possui autoridadde para libertar


os prisioneiros.

O Corpo de Cristo está sob a mesma unção que foi derramada pelo
Pai sobre o Cabeça do Corpo. O sacerdócio levitico, a elite de Deus,
foi abolido pelo próprio Cristo

Os santos foram habilitados pela unção do Ungido a exercerem o


sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque, o mesmo serviço que
o Filho de Deus cumpriu em seu ministério terreno.

Todos aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro, os


membros ligados ao Cabeça, tem a missão de exercer o seu
sacerdócio real e profético por meio da autoridade que foi derramada
em Cristo.
Rev 1:5 e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o
soberano dos reis da terra. Ele que nos ama e nos libertou dos nossos pecados por
meio do seu sangue,
Rev 1:6 e nos constituiu REINO e SACERDOTES para servir a seu Deus e Pai. A ele
sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.

Act 2:18 Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito
naqueles dias, e eles PROFETIZARÃO.

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