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Componentes e equipamentos
eletrônicos - Ensaios de ambiente e
ABNT-Associação
Brasileira de
resistência mecânica - Ensaio T -
Normas Técnicas Soldagem
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NORMATÉCNICA
Método de ensaio
Origem: Projeto 03:01.50.1-044/1984
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03.50.1 - Comissão de Estudo de Ensaios Climáticos e Mecânicos
Copyright © 1984,
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma substitui a NBR 5401/1980
de Normas Técnicas Esta Norma foi baseada na IEC-68.2-20
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Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados
Palavras-chave: Ensaio. Soldagem 16 páginas
2 Documentos complementares
1.1 Esta Norma prescreve o método para se determinar:
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
a) a capacidade de terminais de componentes e cir-
cuitos impressos de serem facilmente soldáveis e NBR 5092 - Laminado fenólico à base de papel es-
verificar que o componente não foi danificado tampável a quente e revestido de cobre, tipo XXXP -
pelos processos de montagem por soldagem; Especificação
b) a soldabilidade em áreas de fios e terminações NBR 5100 - Placa impressa - Avaliação das proprie-
que devem ser molhadas pela solda e, se reque- dades, dimensões e desempenho - Método de en-
rido, determinar se ocorreu ou não a demolhagem; saio
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2 NBR 5401/1984
NBR 5291 - Ensaios básicos climáticos e mecânicos 3.8 Resistência ao calor de soldagem
- Ensaio Ca: Calor úmido prolongado - Método de
ensaio Capacidade do espécime de resistir à fadiga térmica pro-
duzida pela soldagem.
NBR 5390 - Componentes e equipamentos eletrô-
nicos - Ensaios de ambiente e de resistência mecâ- 4 Ensaio Ta: Soldabilidade de fios e terminações
nica - Generalidades - Método de ensaio tipo ponta
NBR 6819 - Ensaios básicos climáticos e mecânicos 4.1 Descrição geral do ensaio
- Ensaio Ba: Ensaio de calor seco com variação rá-
pida de temperatura para espécimens que não dis- O ensaio Ta é composto por três métodos distintos:
sipam calor - Método de ensaio
a) método 1: banho de solda a 235°C;
3 Definições
b) método 2: ferro de soldar a 350°C;
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
de 3.1 a 3.8. c) método 3: glóbulo de solda a 235°C.
Formação de uma película de solda aderente à superfície a) envelhecimento 1a: 1 h envelhecimento a vapor;
do espécime. Um ângulo de contato pequeno é indicativo
de molhagem satisfatória. b) envelhecimento 1b: 4 h envelhecimento a vapor;
NBR 5401/1984 3
4 NBR 5401/1984
A inspeção deve ser realizada sob condições adequadas Deve-se usar um fio de solda com fluxo incorporado,
de iluminação, com o auxílio de uma lupa com capacidade sendo que a especificação da solda está indicada no
de aumento de 10 vezes. A superfície submetida à imer- Anexo B, com um núcleo ou núcleos contendo 2,5% a
são deverá estar coberta por uma camada de solda 3,5% de colofônio conforme especificado no Anexo C.
uniforme e brilhante. Imperfeições tais como crateras Durante o ensaio devem ser feitas inspeções visuais para
(pin-holes), áreas que apresentam não-molhagem e/ou se comprovar a presença do fluxo.
demolhagem são permitidas, desde que sejam em pe-
quena quantidade e estejam dispersas pela superfície; 4.6.3 Procedimento
entretanto estas imperfeições não são permitidas se as
mesmas estiverem concentradas em uma única região Deve-se usar um ferro de soldar de tamanho A ou B, de
da superfície. acordo com o tipo de componente, conforme indicado na
especificação detalhada. O diâmetro nominal do fio de
4.6 Método 2: ferro de soldar a 350°C solda a ser utilizado com o ferro de soldar de tamanho A
é de 1,2 mm e para o tamanho B é de 0,8 mm. A terminação
Este método permite avaliar a soldabilidade de termi- deve ser posicionada de modo que o ferro de soldar
nações onde os métodos do banho de solda e do glóbulo possa ser aplicado à superfície de ensaio na posição ho-
não são aplicáveis. rizontal conforme indicado na Figura 2. Se o tipo de ter-
minação necessitar de suporte mecânico para a reali-
4.6.1 Descrição dos ferros de soldar zação do ensaio, este deve ser constituído de material
isolante térmico. Quando se ensaiam componentes sen-
A ponta deverá ser feita de cobre, coberta preferencial- síveis ao calor, a especificação detalhada deve indicar a
mente com ferro ou com uma liga de cobre resistente à distância entre o corpo do espécime e a área de ensaio,
erosão, de acordo com as práticas usuais, e estanhada ou o uso de um apropriado dissipador de calor. A especi-
na superfície do ensaio. As características dos ferros de ficação detalhada pode indicar condições diferentes onde
soldar são as seguintes: a geometria das terminações torna o procedimento acima
descrito impraticável; neste caso a especificação de-
a) tamanho A: talhada deve descrever o procedimento aplicável. Ao se
realizar o ensaio deve-se remover o excesso de solda
- temperatura da ponta (350 ± 10)°C (no início do que permaneceu na superfície do ferro de soldar devido
ensaio); aos ensaios anteriores. Salvo especificado de outra for-
ma, o ferro de soldar e a solda devem ser aplicados na
- diâmetro da ponta: 8 mm; terminação, por 2 s a 3 s, na posição indicada pela espe-
cificação detalhada. Durante este intervalo de tempo o
- comprimento exposto da ponta: 32 mm reduzidos ferro de soldar deve permanecer imóvel. Os resíduos de
para o formato de uma cunha sobre um compri- fluxo devem ser removidos utilizando-se isopropanol
mento de aproximadamente 10 mm; (2-propanol) ou álcool etílico.
Figura 2
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6 NBR 5401/1984
velocidade idêntica à de imersão. Durante a retirada do l) posição do ferro de soldar (ver 4.6.3);
banho de solda, a superfície de ensaio do terminal deve
ser mantida na posição vertical até que a solda se soli- m) tempo de aplicação do ferro de soldar, se este for
difique. Os resíduos de fluxo devem ser removidos uti- diferente de 2 s a 3 s (ver 4.6.3);
lizando-se isopropanol (2-propanol) ou álcool etílico.
n) tempo de soldagem (ver 4.7.4);
4.8.3 Requisitos
Quando este ensaio for incluído na especificação de- Os espécimes devem ser inspecionados visualmente e,
talhada, os detalhes descritos a seguir devem ser for- se indicado na especificação detalhada, devem ser
necidos na medida em que os mesmos forem aplicáveis: submetidos a verificações elétricas e mecânicas.
c) método de envelhecimento (se requerido) (ver 4.4); O banho de solda deve ter no mínimo 40 mm de
profundidade e um volume de 300 mL. O banho de solda
d) método de ensaio (ver 4.5, 4.6 ou 4.7); deverá conter a solda conforme especificado no Ane-
xo B, e a temperatura da solda antes e durante o ensaio
e) se fluxo ativado deve ser usado (ver 4.7.2 e deve ser de (260 ± 5)°C.
4.7.2.3);
5.3.2 Fluxo
f) profundidade de imersão e tempo (se o mesmo
for diferente de 2 s) (ver 4.7.3 e 4.8.2); O fluxo a ser utilizado deve apresentar a seguinte
composição: 25% em peso de colofônio e 75% em peso
g) se uma tela de material térmico deve ser usada de isopropanol (2-propanol) ou álcool etílico com a adição
(ver 4.5.3); de cloreto de dietilamônia (grau de reagente analítico),
até uma quantidade de 0,5% de cloreto (expresso como
h) tamanho do ferro de soldar (A ou B) (ver 4.6.3); cloro livre presente no conteúdo do colofônio). Quando
este ensaio for parte de uma seqüência de ensaios e for
i) distância entre o corpo do componente e a área aplicado antes de ensaios de umidade, deve-se utilizar
de ensaio, ou o uso de um dissipador de calor fluxo não ativado com composição de 25% em peso de
(ver 4.6.3); colofônio e 75% em peso de isopropanol (2-propanol)
ou álcool etílico. Neste caso, o ensaio deve ser feito em
j) diferentes condições de ensaio, se requeridas pela espécimes que tenham passado satisfatoriamente pelo
geometria do terminal (ver 4.6.3); ensaio Ta, método 1, nas últimas 72 h.
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Antes de cada ensaio a superfície da solda fundida deve Idêntico ao descrito em 4.6, método 2, ferro de soldar do
ser mantida limpa e brilhante, imediatamente antes de ensaio Ta, porém aplicando-se o ferro de soldar na su-
cada ensaio, utilizando-se uma peça de aço inox apro- perfície de ensaio do terminal por (10 ± 1) s. Para compo-
priada. O terminal a ser ensaiado deve ser imerso primeiro nentes sensíveis ao calor, a especificação detalhada deve
no fluxo descrito em 5.3.2, à temperatura ambiente, e em indicar a distância entre a área de ensaio e o corpo do
seguida ser imerso no banho de solda, na direção do componente, ou o uso de dissipador de calor apropriado.
seu eixo longitudinal. O ponto de imersão do terminal no
banho de solda deve situar-se a uma distância superior 5.6 Estabilização
a 10 mm das paredes do recipiente utilizado para o banho.
O terminal deve ser imerso entre 2,0 mm e 2,5 mm do O espécime deve ser colocado em condições atmosfé-
corpo do espécime ou de seu plano de assentamento, ricas de ensaio normalizadas, descritas na NBR 5390,
salvo indicação contrária na especificação detalhada, e por um período de 30 min, ou até que se obtenha a esta-
esta operação deve ser completada em um intervalo de bilização térmica.
tempo inferior a 1 s. O terminal deve permanecer imerso
no banho por um período de: Nota: Poderá ocorrer que para certos componentes, tais como
alguns semicondutores e capacitores, as propriedades
elétricas só se estabilizem algumas horas depois da
a) ( 5 ± 1) s; ou
estabilização ser atingida.
O procedimento deve ser idêntico ao descrito em 5.3.3, g) distância entre a área de ensaio e o corpo do
porém com o tempo de imersão de (3,5 ± 0,5) s. Toda componente, ou uso de dissipador de calor es-
operação de imersão, incluindo-se a imersão do espé- pecífico (ver 5.5.3);
cime no banho e a sua retirada, deve ser completada em
um intervalo de tempo entre 3,5 s (mínimo) e 5 s (má- h) medições finais (ver 5.7).
ximo).
6 Ensaio Tc: Soldabilidade de circuitos impressos
5.5 Método 2: ferro de soldar a 350°C e laminados metálicos
O ferro de soldar é idêntico ao descrito em 4.6.1. A espe- Soldagem em massa de circuitos impressos é uma
cificação detalhada deve indicar qual o tipo a ser utili- operação utilizada em grande escala em linhas de
zado, A ou B. produção nas indústrias. Métodos de corrente ou ondas
de soldas são comumente usados. As placas de circuito
5.5.2 Solda e fluxo impresso são fixadas em uma esteira que passa sobre
uma onda de solda fundida. O procedimento de ensaio
Conforme descrito em 4.6.2. descrito abaixo é para proporcionar uma avaliação
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reprodutível das facilidades ou dificuldades de obtenção saio e o eixo de rotação deverá ser de (100 ± 5) mm (ver
de uma superfície bem soldada em uma determinada Anexo E). As faixas de velocidade de rotação deverão
placa de circuito impresso. Um espécime retangular cor- ser tais que o tempo de contato espécime/solda (como
tado de um laminado metálico ou de uma placa de circuito indicado em 6.3.4) esteja entre 1 s e 8 s. A profundidade
impresso, de uma ou duas faces, depois de aplicado o de imersão da face em ensaio na solda fundida não
fluxo, deve percorrer, a uma velocidade constante, um deverá exceder a espessura da placa quando esta estiver
caminho circular sobre um eixo horizontal, de tal forma na posição horizontal. É importante que a solda não flua
que a face em ensaio esteja em contato com a solda sobre a face superior do espécime e, portanto, é permitido
fundida. O tempo de contato espécime/solda é controlado usar um quadro suporte que evite este acontecimento.
por um dispositivo de tempo. As propriedades molhagem
e demolhagem da solda nos espécimes são avaliadas 6.3.3 Suporte do espécime
de acordo com as NBR 5092 e NBR 5100.
Os espécimes b) e c) devem ser fabricados ao mesmo O tempo de contato entre a face de ensaio do espécime e
tempo e sob as mesmas condições de fabricação da pro- a solda fundida deve ser determinado por um dispositivo
dução de um lote de placas de circuito impresso. Quando de tempo ativado pelo contato elétrico de uma agulha
os espécimes em ensaio não são cortados conforme b) com a solda fundida. A ponta da agulha deverá estar
ou c), a largura dos condutores, aberturas de isolação, localizada adjacentemente ao espécime e sobre o mesmo
terras, furos e efeitos de desvio térmico devem ser consi- eixo e raio de rotação do centro da face de ensaio do
derados. No espécime em ensaio devem ser excluídas espécime. A agulha deverá ser colocada no suporte do
as configurações do condutor que provavelmente afe- espécime (ver Anexo E), bem como ser limpa antes da
tarão a avaliação da soldabilidade. Não é intenção provar realização do teste. As dimensões da agulha podem afetar
se uma parte específica da placa soldará. O espécime o tempo de registro. Cada equipamento deve ser calibrado
será selecionado para o ensaio de soldabilidade de cobre para cada arranjo utilizado.
ou metais depositados.
6.3.1 Banho de solda Uma espátula de material apropriado, com uma largura
de 50 mm, deve ser montada sobre os aparelhos de
Deve ser usado um recipiente apropriado com solda de ensaio no mesmo caminho que precede o espécime, a
profundidade maior ou igual a 40 mm. Se for circular, o uma distância máxima de 50 mm, durante o ciclo de en-
recipiente com solda deverá ter um diâmetro maior ou saio, com a finalidade de remover óxidos ou fluxos
igual a 120 mm e, se retangular, maior que residuais da superfície da solda antes que o espécime
100 mm x 75 mm. seja introduzido.
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/ANEXO A
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Nota: Os espécimes não devem ser colocados sob a parte mais baixa do frasco de resfriamento por causa do gotejamento de água.
/ANEXO B
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A solda usada deve satisfazer aos requisitos de B.1 a B.2 Faixa de temperatura de fusão
B.3.
B.1 Composição química A faixa de temperatura de fusão da solda 60% é a seguinte:
Cobre: 0,1% máximo B.3 Peso da pelota de solda para ensaio de glóbulo
Arsênio: 0,05% máximo
(Método 3)
Ferro: 0,02% máximo Não mais de 1,5% das pelotas podem estar fora de
Chumbo: o restante ± 10% do peso nominal.
/ANEXO C
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Característica Especificação
Característica Especificação
Acidez como ácido acético (ou como dióxido de Máximo 0,002% em peso
carbono)
Característica Especificação
/ANEXO D
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D.1 O corpo (ver Figura 6 - detalhe 1) deve ser feito de D.4 O corpo pode ser perfurado como mostra a Figura 4
barra de alumínio sem tratamento térmico, tendo uma re- para acomodar um termostato, ou o aquecimento pode
sistência à tração mínima de 170 N/mm2, e tendo a se- ser controlado por qualquer outro meio que garanta uma
guinte composição química: temperatura de (235 ± 2)°C, quando medida conforme
D.5.
a) magnésio: 1,7% a 2,8%;
D.5 A temperatura deve ser medida pela inserção de
qualquer sensor (tal como um termopar, termistor ou fio
b) cobre: 0,1% máximo; de resistência de platina) no furo apropriado (ver Fi-
gura 6).
c) silício: 0,6% máximo;
D.6 Qualquer dispositivo auxiliar pode ser usado para
d) ferro: 0,5% máximo; colocar o espécime no aparelho de glóbulo de solda,
mas é recomendado que os prendedores do espécime
sejam termicamente isolados (ver Figura 5).
e) manganês: 0,5% máximo;
D.7 A face superior do pino de ferro deve ser estanhada.
f) cromo: 0,25% máximo; Após o término do ensaio, o bloco de aquecimento deve
ser resfriado com um glóbulo de solda em posição para
g) zinco: 0,2% máximo; prevenir a oxidação do pino de ferro e conseqüente
demolhagem.
h) titânio ou outros elementos não refinados: 0,15%
D.8 Outros aparelhos de ensaio que tenham sido cons-
máximo;
truídos sem obedecer inteiramente a esta especificação
podem ser usados desde que satisfaçam os seguintes
i) alumínio: o restante. requisitos:
D.2 O pino (ver Figura 6 - detalhe 2) deve ser feito de a) a temperatura do pino de ferro deve ser mantida a
ferro puro, tendo a seguinte composição química: (235 ± 2)°C;
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b) Posição do centro do furo no bloco em relação à periferia do pino de ferro para a inserção do termopar na superfície cilíndrica
do pino.
Nota: O suporte do espécime pode ser de qualquer projeto e modificado para aceitar o corpo do espécime, se necessário.
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Unid.: mm
Montagem:
a) aquecer o corpo até 500°C aproximadamente e introduzir o pino no furo;
b) após a inserção do pino, a face do fim e a face de raio R devem ter acabamento liso.
/ANEXO E
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Figura 7
Figura 7-a) Vista de frente