Você está na página 1de 18

-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

Projeto, Fabricação e Montagem


de Esfera

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 02 CONTEC - Subcomissão Autora.

Caldeiraria As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S.A. - PETROBRAS, de uso interno na PETROBRAS, e qualquer
reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa
autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação
pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades
cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de
Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 17 páginas, Índice de Revisões e GT


-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos que devem ser obedecidos no projeto mecânico de
esferas em material aço-carbono destinadas ao armazenamento de gases liquefeitos sob pressão,
tais como: butano, propano, propileno e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).

1.2 Esta Norma é uma complementação das PETROBRAS N-253, N-268 e N-269 que devem ser
seguidas onde aplicável.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).

Ministério do Trabalho - NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;

Ministério do Trabalho - NR-13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações;

PETROBRAS N-253 - Projeto de Vaso de Pressão;

PETROBRAS N-268 - Fabricação de Vasos de Pressão;

PETROBRAS N-269 - Montagem de Vasos de Pressão;

PETROBRAS N-279 - Projeto de Estruturas Metálicas;

PETROBRAS N-1203 - Projeto de Sistemas Fixo de Proteção Contra Incêndio em


Instalações com Hidrocarbonetos;

PETROBRAS N-1645 - Critérios de Segurança para Projeto de Instalações Fixas de


Armazenamento de Gás Liquefeito de Petróleo;

PETROBRAS N-1756 - Projeto e Aplicação de Proteção Contrafogo em Instalações


Terrestres;

ABNT NBR NM ISO 9712 - Ensaio Não Destrutivo - Qualificação e Certificação de Pessoal;

API MPMS 3.3 - Manual of Petroleum Measurement Standards Chapter 3 - Tank Gauging
Section 3;

ASME BPVC Section VIII Division 1 - Rules for Constructuion of Pressure Vessels;

ASME BPVC Section VIII Division 2 - Rules for Constructuion of Pressure Vessels;

ASTM A370 - Standard Test Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel
Products;

ASTM A435/A435M - Standard Specification for Straight-Beam Ultrasonic Examination of


Steel Plates;

2
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

ASTM A578/A578M - Specification for Straight-Beam Ultrasonic Examination of Rolled Steel


Plates for Special Applications;

AWS A5.01M/A5.01 - Welding Consumables–Procurement of Filler Metals and Fluxes;

3 Dimensões de Esferas

3.1 O volume nominal da esfera deve ser determinado considerando o volume útil de líquido
requerido e um espaço para vapor correspondente a 10 % do volume nominal.

3.2 São considerados padronizados os volumes nominais de 1 590 m3 (10 000 bbl) e 3 180 m3
(20 000 bbl), que correspondem aos diâmetros internos aproximados de 14,60 m e 18,25 m,
respectivamente. Essas dimensões devem ser adotadas sempre que possível.

4 Projeto

4.1 Condições de Projeto

4.1.1 As condições de projeto das esferas devem ser como estabelecido na PETROBRAS N-253.

4.1.2 Além da temperatura de projeto correspondente à máxima temperatura que o fluido


armazenado pode atingir, deve obrigatoriamente ser considerada uma temperatura mínima de
projeto, de acordo com o seguinte critério, exceto quando especificada na Folha de Dados:

a) a temperatura mínima de projeto para os flanges, pescoços de bocais e bocas de visita,


soldas de ligação entre pescoços de bocais e flanges, e outras peças que possam ficar
diretamente abertas para o exterior, isto é, sujeitas a vazamento, bem como para
flanges cegos e parafusos, estojos e porcas desses bocais deve ser o menor dos
seguintes valores:
— temperatura de vaporização do fluido contido na pressão atmosférica;
— zero °C.
b) a temperatura mínima de projeto para todas as outras partes da esfera, inclusive o
próprio casco e suas soldas (incluindo a solda de ligação do pescoço do bocal com o
casco), com exceção das discriminadas no item “a” acima deve ser o menor dos
seguintes valores:
— temperatura de vaporização do fluido contido na pressão atmosférica, acrescida de
30 °C;
— zero °C.

4.1.3 O projeto deve considerar também a condição de vácuo total (- 1 atm) no dimensionamento da
esfera.

4.2 Código de Projeto

4.2.1 A esfera deve ser projetada de acordo com o código ASME BPVC Section VIII Division 1 ou
BPVC Section VIII Division 2, dependendo do que estiver especificado na Folha de Dados da esfera.
Quando nada for especificado na Folha de Dados, a escolha entre a ASME BPVC Section VIII
Division 1 e a ASME BPVC Section VIII Division 2 dever ser proposta pelo fabricante e aprovada
previamente pela PETROBRAS.

3
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

NOTA Quando a espessura de parede, calculada pelo código ASME BPVC Section VIII Division 1
exceder 38 mm (1 1/2”), recomenda-se avaliar a conveniência de se executar o projeto pelo
código ASME BPVC Section VIII Division 2. [Prática Recomendada]

4.2.2 Deve ser avaliada a necessidade de análise de fadiga, inclusive esfera projetada pelo ASME
BPVC Section VIII Division 1, considerando as variações previstas de pressão e de nível de líquido no
interior da esfera em função do tempo, conforme “screening criteria for fatigue analysis” do ASME
BPVC Section VIII Division 2. Caso a análise de fadiga seja exigida, a mesma deve ser feita de
acordo com o código ASME BPVC Section VIII Division 2, para uma vida útil de 20 anos, exceto
quando for especificado pela PETROBRAS um valor diferente.

5 Materiais

5.1 Todos os materiais devem estar de acordo com as exigências e recomendações da


PETROBRAS N-253.

5.2 As chapas para fabricação das esferas projetadas de acordo com o código ASME BPVC
Section VIII Division 1 com espessuras acima de 25 mm devem ser especificadas com requisito
suplementar de exame por ultrassom na usina conforme ASTM A435/A435M ou A578/A578M nível B.
Para esferas projetadas de acordo com o código ASME BPVC Section VIII Division 2 deve-se seguir
na usina o requisito de exame por ultrassom especificado pelo código em função das espessuras das
chapas.

5.3 Todos os materiais para partes submetidas à pressão, inclusive flanges, pescoços de bocais e
bocas de visita, chapas ou peças de reforços, flanges cegos, parafusos, porcas e consumíveis de
soldagem, devem ser adequados para a temperatura mínima de projeto definida no 4.1.2 desta
Norma.

5.4 É sempre exigido teste de impacto, mesmo quando dispensado pelo código de projeto, para as
partes submetidas à pressão, inclusive flanges, pescoços de bocais e bocas de visita, chapas ou
peças de reforços, flanges cegos e consumíveis de soldagem.

NOTA 1 Os corpos-de-prova para os ensaios de avaliação de tenacidade (impacto), conforme


ASTM A370 devem ser realizados nas temperaturas citadas em 4.1.2 a) e b) desta Norma,
considerando o componente da esfera cujo corpo-de-prova representa.
NOTA 2 Os requisitos mínimos de energia para os corpos de prova devem ser iguais aos
especificados pelo código de projeto para os materiais, procedimentos de soldagem e
condições que requerem teste de impacto.

5.5 Quando o Tratamento Térmico Após Soldagem (TTAS) for requerido pelo código de projeto ou
por condição de processo (Exemplo: presença de H2S úmido), esta norma exige que os corpos de
prova a serem submetidos aos ensaios mecânicos tanto na fase da qualificação da matéria prima
(incluindo os consumíveis de soldagem), quanto posteriormente na fase de qualificação dos
procedimentos de soldagem, sejam submetidos aos TTASs que simulem todos os tratamentos
térmicos efetuados nas fases de fabricação, construção e montagem e mais um TTAS extra a ser
efetuado pela PETROBRAS, na operação futura do equipamento na eventualidade de reparo.

NOTA Na fase de qualificação dos procedimentos de soldagem os corpos de prova a serem


utilizados nos ensaios mecânicos devem ser submetidos a duas condições de simulação de
TTAS (uma para atender a condição de TTAS Mínimo e a outra para a condição de TTAS
Máximo), gerando tantas Especificações de Procedimento de Soldagem (EPS) e Registros
de Qualificação do Procedimento de Soldagem (RQPS), quanto o fabricante julgar
necessário.

4
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

5.6 Tempo Exigido para as Condições de TTAS Simulado

5.6.1 TTAS Simulado é o tratamento térmico realizado em corpos-de-prova com o objetivo de


verificar a influência dos Tratamentos Térmico Após Soldagem (TTASs Mínimo e Máximo) nas
propriedades mecânicas de metais-base, consumíveis e soldas.

NOTA 1 Tratamento Térmico Após Soldagem Mínimo (TTAS Mínimo): é o tratamento térmico
especificado considerando todos os tratamentos térmicos de fabricação previstos nas fases
de construção e montagem do equipamento, incluindo o TTAS final.
NOTA 2 Tratamento Térmico Após Soldagem Máximo (TTAS Máximo): é o tratamento térmico
especificado considerando todos os tratamentos térmicos de fabricação previstos nas fases
de construção e montagem do equipamento, incluindo o TTAS final e, no mínimo, um TTAS
adicional, para uso futuro da PETROBRAS.

5.6.2 Devido à dificuldade de obtenção de uma completa homogeneização das temperaturas das
diferentes regiões da esfera durante o tratamento térmico de campo, o fabricante deve definir um
tempo maior que o exigido pelo ASME BPVC Section VIII para as condições de TTAS Mínimo e TTAS
Máximo, na aquisição de matéria prima, consumíveis de soldagem e qualificação dos procedimentos
de soldagem a serem utilizado nos TTASs Simulados.

5.6.3 O tempo total para as condições de TTAS Mínimo e o TTAS Máximo deve considerar o um
eventual tempo do TTAS em forno na fase de fabricação conforme 11.3.

5.7 Tempo Total de TTAS Simulado em Ciclo Único

O fabricante deve apresentar para a PETROBRAS o tempo total previsto de TTAS simulado, antes da
aquisição da matéria prima, inclusive consumíveis de soldagem. O tempo total para o TTAS simulado
para condição que exige a maior quantidade de TTASs pode ser efetuado em um único ciclo, desde
que aprovado previamente pela PETROBRAS e inclua os efeitos de todos os patamares e
respectivos tempos de aquecimentos e resfriamento.

NOTA O procedimento permitido para simular os TTASs em um único ciclo deve ser baseado nos
parâmetros de Larson-Miller/Hollomon-Jaffe e deve considerar todas as taxas de
aquecimento e resfriamento.

5.8 Consumíveis de soldagem

Todos os consumíveis de soldagem adquiridos devem atender ao “Schedule K” da especificação


AWS A5.01, sendo os lotes definidos como segue:
- Classe C5 para eletrodos revestidos;
- Classe S3 para varetas e arames sólidos;
- Classe T3 para arames tubulares, e
- Classe F2 para fluxo de soldagem para o processo arco submerso.

5.8.1 Os ensaios requeridos (“Schedule K”) dos lotes de consumíveis devem ser como segue:

a) Deve ser soldada uma chapa com no mínimo a espessura calculada da esfera, com
comprimento suficiente para a confecção dos corpos de prova exigidos nos ensaios
descritos a seguir. A chapa deve possuir propriedades mecânicas equivalentes a que será
empregada no equipamento. A soldagem deve ser realizada na posição 3G, progressão
ascendente, a menos da soldagem com processo SAW na posição 1G. Caso seja
empregada a posição 1G para a homologação dos outros processos (de forma a aumentar
o aporte térmico empregado), a soldagem posterior no equipamento com esse aporte
estará limitada a essa posição.

5
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

b) Os seguintes ensaios devem ser realizados para simular uma qualificação de


procedimento de soldagem (à exceção da ZTA, que não será testada):
a. Ensaio de impacto (Charpy) no centro de solda a 1,5 milímetros da face do
primeiro lado soldado (um conjunto de três corpos de prova);
b. Ensaio de impacto (Charpy) no centro de solda a ¼ da espessura, no segundo
lado soldado (um conjunto de três corpos de prova);
c. Ensaios de tração;
d. Dobramento lateral;
e. Análise química do metal de adição.
c) Todos os ensaios mecânicos devem ser realizados após a execução de um tratamento
térmico após soldagem simulando o tempo mínimo de patamar das partes do
equipamento que recebem somente o TTAS de campo, determinado em função da
espessura adotada.
d) Os ensaios de tração e impacto devem ser repetidos após a execução de um outro
tratamento térmico após soldagem simulando o tempo de patamar contemplando todos os
TTASs previstos na fabricação, montagem e o extra requerido pela PETROBRAS.
e) Os demais parâmetros dos tratamentos térmicos, tais como temperatura, taxas de
aquecimento e resfriamento devem ser conforme código de projeto.
f) Recomenda-se para estes ensaios, a soldagem de uma peça única, a ser dividida em
duas partes. [Prática Recomendada].
g) O critério de aceitação dos ensaios mecânicos deve ser equivalente ao da qualificação
dos procedimentos de soldagem.
h) Toda a soldagem posterior no equipamento, empregando as corridas dos consumíveis de
soldagem homologados através desses ensaios, deve estar limitada pelo aporte térmico
empregado nessa homologação.
Recomenda-se, portanto, o uso do maior aporte térmico viável durante essa etapa.
[Prática Recomendada]

6 Detalhes de Projeto Mecânico

6.1 Bocais e Outras Aberturas

6.1.1 O tipo de flange permitido, juntas, acabamento da face de flange, estojos e porcas, dos bocais
de processo, instrumentação, bocas de visita e outros bocais, bem como sua projeção externa,
devem estar de acordo com a PETROBRAS N-253, exceto quando especificado em contrário nesta
Norma.

6.1.2 A ligação do pescoço de qualquer tipo de bocal e das bocas de visita ao costado da esfera
deve ser sempre por solda de penetração total e obrigatoriamente inspecionadas 100% no volume
da solda por ensaio de ultrassom automatizado com registro. O reforço de qualquer abertura
(incluindo os das bocas de visita), quando requerido pelo dimensionamento mecânico, deve ser do
tipo integral. Não é permitido o reforço do tipo anel sobreposto.

6.1.3 Todas as esferas devem ter duas bocas de visita com diâmetro mínimo de 24”, sendo uma
localizada no topo e outra no fundo.

NOTA 1 A boca de visita no topo deve ter um turco para a remoção da tampa.
NOTA 2 A boca de visita no fundo deve ser provida de dobradiça e deve ser previsto um dispositivo
seguro para a remoção e manobra da tampa.

6.1.4 É permitido que o bocal de respiro da esfera, fechado com flange cego, seja instalado na tampa
da boca de visita do topo da esfera.

6
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

6.2 Colunas de Suporte

6.2.1 As esferas devem ser suportadas por colunas tubulares de aço-carbono (qualidade estrutural)
fixas na região próxima ao equador (“stub”) e apoiadas sobre as bases de concreto. As colunas
devem ser dimensionadas para resistir às cargas prescritas pela PETROBRAS N-253.

NOTA 1 É utilizado o termo “stub” para identificar o conjunto soldado do trecho engastado de coluna
em um gomo da esfera.
NOTA 2 O material dos stubs deve ser da mesma especificação do material do costado da esfera.

6.2.2 Os tirantes de contraventamento, usados como membros diagonais, não devem ser ligados
diretamente ao costado da esfera, a menos que essa região seja calculada para isso. Os tirantes
devem ser fixados entre as colunas e devem ser providos de esticadores que permitam ajustar a
tensão. Método alternativo de contraventamento das pernas somente pode ser adotado, se aprovado
previamente pela PETROBRAS.

6.2.3 É responsabilidade do projetista da esfera realizar a análise de tensões na região de ligação


das colunas de suporte com o costado da esfera, para resistir às cargas prescritas pela PETROBRAS
N-253, providenciando reforços adequados, sempre que necessários.

NOTA 1 A análise de tensões deve ser realizada pelo Método de Elementos Finitos (MEF).
NOTA 2 O procedimento de análise de tensões deve ser conforme o código ASME BPVC
Section VIII Division 2, inclusive para esfera projetada pelo ASME BPVC Section VIII
Division 1, que neste caso, deve usar a tensão admissível correspondente aos materiais
da ASME BPVC Section VIII Division 1.

6.2.4 As colunas de suporte das esferas devem ter um revestimento externo de proteção contra fogo
(“fire-proofing”), de acordo com a PETROBRAS N-1756.

NOTA Os tirantes de contraventamento das colunas não necessitam de revestimento de proteção


contra fogo.

6.2.5 As colunas devem ser pintadas, conforme normas PETROBRAS de pintura, antes da aplicação
de proteção contra fogo (“fire-proofing”), com o objetivo de evitar corrosão externa alveolar das
colunas sob a proteção contra fogo (“fire-proofing”).

6.2.6 As colunas tubulares das esferas devem ser rigorosamente estanques para evitar a penetração
do ar.

6.2.7 As soldas nas colunas (longitudinais e circunferenciais) devem ser de topo e com penetração
total. A utilização de mata-junta é permitida.

6.2.8 As soldas de ligação das colunas aos gomos (partes do costado) da esfera (“stubs”) devem ser
realizadas na fábrica, com penetração total e examinadas por ultrassom por profissional certificado
como US-N2-AE-1 pelo Sistema Brasileiro de Qualificação e Certificação de Pessoal em END -
ABENDI, conforme ABNT NBR NM ISO 9712.

NOTA 1 Todas as soldas destes componentes devem ser inspecionadas por líquido penetrante ou
partícula magnética na fase final de fabricação, antes do transporte para o campo.
NOTA 2 Os ensaios de líquido penetrante e partícula magnética devem ser repetidos na inspeção de
recebimento da fase de construção e montagem.

7
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

6.2.9 As chapas-base das colunas devem ter furos alongados na direção radial. Para o
dimensionamento desses furos, deve ser considerada a dilatação e a contração máxima da esfera
por ocasião do tratamento térmico, mais uma folga de 10 mm, no mínimo, em relação aos
chumbadores.

6.3 Suportes de Tubulações e Instrumentos

Os suportes externos de tubulações dos bocais e instrumentos não devem ser soldados diretamente
no casco da esfera, mas numa chapa intermediária de mesmo material que o da esfera e com os
cantos arredondados.

7 Detalhes Adicionais do Projeto de Processo e Instrumentação

7.1 A distância do fundo das esferas até o solo deve ser de no mínimo 2 m e ser suficiente para
instalação da tubulação de fundo.

7.2 Bocal de Entrada de Produto e Bocal de Saída de Produto.

7.2.1 Quando o bocal de entrada de produto for locado no centro do topo da esfera e estiver
requerido na Folha de Dados da esfera um distribuidor de líquido (aspergidor) instalado na projeção
interna do bocal de entrada de produto, então seu detalhe construtivo deve ser conforme mostrado
esquematicamente na Figura A.1. O posicionamento do par de flanges interno deve permitir o exame
por ultrassom da solda entre o casco e a projeção interna do bocal durante a fabricação e paradas de
manutenção.

7.2.2 Quando o bocal de entrada de produto for locado no centro do topo da esfera, deve existir um
único bocal no fundo da esfera utilizado para a saída de produto, entrada de água de incêndio e
drenagem de água.

NOTA Atentar que independente da localização no topo ou no fundo do bocal de entrada de


produto, a PETROBRAS N-1645 estabelece que só deve haver um bocal abaixo do nível
máximo de líquido para entrada/saída de GLP, bem como para a drenagem de água.

7.2.3 Quando o bocal de entrada de produto for locado no centro do fundo da esfera. Este bocal
deve ser o mesmo bocal utilizado para a saída de produto, a entrada de água de incêndio e a
drenagem de água.

7.3 Bocais para Dispositivos de Segurança

7.3.1 Todas as esferas devem ser equipadas com dois bocais para válvulas de segurança para fogo
com dispositivo de intertravamento.

NOTA As válvulas de segurança para fogo e suas respectivas válvulas de bloqueio devem ser
montadas cada uma em um bocal independente, no topo da esfera, cuja distância entre si,
bem como suas projeções, dependem das dimensões das válvulas de bloqueio e do
dispositivo de intertravamento.

7.3.2 Todas as esferas devem ser equipadas com um bocal para válvula de segurança para efeito
solar e condições anormais de operação como especificado na PETROBRAS N-1645.

8
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

7.4 Bocais para Instrumentos de Nível, Pressão e Temperatura

7.4.1 Todas as esferas devem possuir bocais independentes no topo para instalação de transmissor
e chave de nível.

NOTA 1 O bocal da chave de nível deve ser de diâmetro nominal 4" e ter projeção interna com tubo
acalmador conforme a Figura A.2.
NOTA 2 O bocal do transmissor de nível deve ser de diâmetro nominal 6" para instalação de
instrumento do tipo radar e/ou servo-operado com tubo acalmador, conforme mostrado
esquematicamente na Figura A.3.
NOTA 3 A instalação dos instrumentos deve estar de acordo com as recomendações da norma de
medição API MPMS 3.3.
NOTA 4 As dimensões, detalhes e acessórios do tubo acalmador devem ser adequados à
instrumentação contratada, ficando a cargo do detalhamento este arranjo.

7.4.2 Toda esfera deve possuir no seu topo um bocal flangeado para medição de pressão.

7.4.3 Toda esfera deve possuir três bocais para indicação de temperatura local e um bocal para
transmissor de temperatura.

7.4.4 Os bocais para indicação de temperatura local devem ser flangeados e posicionados nas
seguintes elevações:

— um bocal no fundo da esfera junto do bocal de amostragem;


— um bocal no equador da esfera junto do bocal de amostragem;
— um bocal no topo da esfera.

7.4.5 O bocal para o transmissor de temperatura deve ser flangeado, posicionado no topo da esfera
possuindo um poço termométrico que se estende até próximo do fundo da esfera.

NOTA 1 Este bocal deve ser localizado junto ao bocal do transmissor de nível.
NOTA 2 O poço termométrico deve possuir guias ao longo do tubo acalmador do transmissor de
nível, conforme mostrado esquematicamente na Figura A.3, com o objetivo de evitar
oscilação do mesmo e o surgimento de tensão alternada na solda de sua projeção interna.

7.4.6 Os bocais de instrumento devem ser acessíveis pela escada ou pela plataforma de acesso.

7.5 Bocais de Amostragem

7.5.1 Toda esfera deve possuir quatro bocais flangeados para amostradores de diâmetro nominal
3/4” posicionados nas seguintes elevações:

— no fundo da esfera;
— a 25% do diâmetro da esfera;
— no equador da esfera;
— a 75% do diâmetro da esfera.

NOTA O ponto de amostragem do fundo da esfera deve ser fora da projeção vertical da esfera.

7.5.2 Os amostradores devem ser acessíveis pela escada ou pela plataforma de acesso.

9
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

7.5.3 Os amostradores devem ser instalados com duplo bloqueio, conforme a PETROBRAS N-1645.

8 Sistema de Resfriamento

Todas as esferas devem ser equipadas com um sistema de resfriamento adequado, capaz de manter
a pressão no interior do vaso suficientemente abaixo da pressão de abertura da válvula de segurança
de efeito solar, nas mais severas condições atmosféricas que possam ocorrer. Esse sistema deve ser
projetado de acordo com a PETROBRAS N-1203.

9 Escadas e Plataformas

9.1 As esferas devem ter uma plataforma no topo da esfera para acesso às válvulas de segurança, à
boca de visita e aos demais bocais.

9.2 A plataforma, a escada de acesso e demais estruturas devem atender a PETROBRAS N-279.

9.3 Deve haver um lance de plataforma a partir da escada, para fácil acesso aos amostradores
situados abaixo do equador da esfera.

9.4 O acesso à plataforma de topo deve ser por meio de uma escada inclinada, com ângulo de 45°,
sendo que cada lance de escada, conforme NR-12, deve ter plataforma de descanso a cada 3 m de
altura, com um patamar de 1 000 mm de comprimento entre dois lances sucessivos. A largura efetiva
da escada deve ser 800 mm e cada degrau deve ter um espaço útil de 200 mm.

9.5 A escada deve ter guarda-corpo em toda a sua extensão, e o piso dos degraus deve ser de
material antiderrapante.

9.6 O projeto das escadas e plataformas deve considerar a expansão térmica da esfera e espaço
suficiente para a limpeza, pintura e manutenção do equipamento.

9.7 Nenhum acessório deve ser soldado diretamente no casco da esfera. Deve-se utilizar uma chapa
intermediária (almofada) com a mesma especificação de material do casco da esfera e com os cantos
arredondados.

10 Fabricação e Montagem

10.1 A fabricação e montagem da esfera devem obedecer aos requisitos do ASME BPVC
Section VIII e das PETROBRAS N-268 e N-269.

10.2 As superfícies de contato entre as chapas de deslizamento e as chapas inferiores de colunas de


esferas que sofrem tratamento térmico devem ser limpas e engraxadas antes de serem superpostas.

10.3 As seguintes tolerância de fabricação e montagem são específicas para o caso de esfera, as
demais tolerâncias devem seguir as PETROBRAS N-268 e N-269.

a) Ovalização das bordas superior e inferior das juntas horizontais: conforme o código
ASME BPVC Section VIII, limitada a 50 mm;

10
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

b) verticalidade (prumo):
— para colunas de esferas: de acordo com as tolerâncias especificadas no projeto; caso
não haja, adotar o seguinte: 1 mm por metro de coluna e nunca maior que 10 mm.

10.4 As soldas provisórias, tais como soldas de dispositivos auxiliares de montagem, soldas de
fixação de termopares e dos suportes de isolamento térmico colocados para tratamento térmico,
devem ser imediatamente removidas após cumprirem sua função, sem impactos mecânicos. A região
destas soldas deve ser adequadamente esmerilhada para eliminar pontos de concentração de tensão
sem perda localizada de espessura e posteriormente examinada visualmente e por líquido penetrante
ou partículas magnéticas.

10.5 Todas as soldas, inclusive as provisórias para acessórios de montagem, devem ser concluídas
antes do TTAS.

10.6 Devem ser soldadas chapas para teste de produção conforme estabelecido pelo ASME BPVC
VIII, para todas as EPS a serem empregadas nas soldagens das juntas categoria A. Os testes
devem ser realizados conforme 11.4 e 11.4.1.

10.7 Além do teste de produção exigido pelo código de projeto, um teste de produção prévio deve
ser realizado para todas as EPS que empregam processo de soldagem FCAW.

10.7.1 Esse teste de produção prévio deve ser realizado na primeira soldagem de campo para cada
EPS a ser empregada. A chapa de teste deve sofrer TTAS máximo simulado (item 5.6), para em
seguida ser submetida a todos os ensaios mecânicos aplicáveis (ensaios (a), (b) e (c) do item 5.8.1).
Os resultados desses ensaios devem ser submetidos à aprovação da PETROBRAS antes da
conclusão da seção da esfera (equador, trópico, calota etc., conforme mostrado esquematicamente
na Figura A.4), em que a EPS foi empregada.

10.7.2 O objetivo desse teste de produção prévio é antecipar eventuais problemas que podem
ocorrer no fornecimento dos consumíveis para o processo FCAW, que podem apresentar uma grande
variação de propriedades em relação ao lote de fornecimento. Esse teste deve abranger, portanto,
todos os lotes de consumíveis de FCAW a serem empregados.

10.7.3 É recomendável a aquisição do menor número de lotes de consumíveis objetivando a


soldagem de um menor numero de chapas de teste de produção prévio.

10.8 O processo de soldagem FCAW não é permitido para uso em uniões de bocais com o costado,
exceto quando previamente aprovado pela PETROBRAS.

11 TTAS

Designa-se por Tratamento Térmico Após Soldagem (TTAS), nesta norma, o tratamento térmico após
soldagem (“Post Weld Heat Treatment-PWHT”) requerido pelo código de projeto.

11.1 O TTAS deve ser executado quando requerido pelo código de projeto, e deve atender aos
requisitos ali estabelecidos.

11.2 Para as chapas que contenham bocais, as seguintes exigências devem ser atendidas:

11
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

a) todas as soldas destes componentes devem ser inspecionadas por partícula magnética
ou líquido penetrante na fase final de fabricação, antes do transporte para o campo;
b) os ensaios de partícula magnética e líquido penetrante devem ser repetidos na inspeção
de recebimento da fase de construção e montagem;

11.3 Recomenda-se que as peças dos trechos engastados das colunas aos gomos (costado) da
esfera sejam submetidas a um tratamento térmico (TTAS) parcial em forno na fábrica, quando a
espessura desta seção exigir. [Prática Recomendada]

NOTA 1 O tempo de tratamento térmico parcial, quando aplicável, é definido com base na diferença
entre o tempo exigido para a chapa de maior espessura e o tempo referente aos gomos
sem trechos engastados de colunas.
NOTA 2 Estas peças devem ser submetidas ao TTAS global da esfera na fase de construção e
montagem de forma a atender aos requisitos estabelecidos pelo código de projeto.

11.4 As chapas do teste de produção definida em 10.6 devem ser divididas em duas seções. Durante
o TTAS da esfera, uma seção deve estar localizada na parte superior da esfera e a outra na parte
inferior.

11.4.1 Devem ser removidos corpos-de-prova das duas seções das chapas do teste de produção
para realização de todos os ensaios previstos para qualificação das EPS empregadas, incluindo
dureza e avaliação da tenacidade (teste de impacto).

11.5 Durante a realização do TTAS deve ser verificada a verticalidade de todas as colunas da esfera,
a cada variação de 100 °C (durante o aquecimento e o resfriamento) e também após a conclusão do
TTAS. As correções desta verticalidade devem ser realizadas por meio de dispositivo mecânico, a
cada verificação.

11.6 Após a realização do TTAS, devem ser realizadas medições de dureza na zona fundida e na
zona termicamente afetada das soldas da esfera. Devem ser efetuadas, no mínimo, duas medições
completas em cada junta horizontal e uma medição completa em duas juntas verticais de cada seção
da esfera. Adicionalmente devem ser feitas 2 medições em soldas provisórias de cada especificação
de material empregado, de preferência para as maiores espessuras.

NOTA 1 A dureza não deve ultrapassar 280 HV 5. Estes limites são aplicáveis na fase de
qualificação do Procedimento de Soldagem e nas medições na esfera após o TTAS.
NOTA 2 A localização dos pontos de medição de dureza deve ser estabelecida a critério da inspeção
da PETROBRAS.
NOTA 3 Na fase de avaliação do teste de produção, os valores de dureza devem ser obtidos através
de 1 ou mais corpos de prova, a critério da inspeção da PETROBRAS.

12 Inspeção e Teste

A inspeção e teste da esfera devem obedecer aos requisitos do ASME BPVC Section VIII e das
PETROBRAS N-268 e N-269.

A esfera deve ser submetida ao exame de partícula magnética ou líquido penetrante em todas as
suas soldas após sofrer sua primeira grande plastificação de construção, isto é:

a) após o teste hidrostático para esfera que não tem exigência de TTAS;
b) após o TTAS para esfera que tem exigência de TTAS.

NOTA Especial atenção deve ser dada nas soldas de ligação entre o casco e as pernas.

12
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

13 Pintura

A pintura interna (quando requerida na Requisição de Material da Esfera) e a pintura externa de


esfera da esfera devem seguir as normas PETROBRAS de pintura ou a norma externa adotada pela
PETROBRAS sobre o assunto.

14 Placa de Identificação

A placa de identificação deve ser de acordo com a PETROBRAS N-253 e deve ficar localizada na
coluna mais próxima da escada. Sua fixação deve prever a espessura do revestimento contra fogo
(“fire-proofing”) da coluna.

13
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

Anexo A – Figuras

Figura A.1 - Bocal de Entrada de Produto (Quando Locado no Topo da Esfera e Se


Tiver Aspergidor)

14
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

Figura A.2 - Bocal de Chave de Nível

15
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

Figura A.3 - Bocais de Transmissão de Nível e de Temperatura (Indicações Remotas)

16
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

Figura A.4 – Nomenclatura dos componentes da esfera

17
-PÚBLICO-

N-1281 REV. H 08 / 2018

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D, e E
Não existe índice de revisões.

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. G
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. H
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

IR 1/1

Você também pode gostar