Você está na página 1de 1

Sugestão de exploração da imagem 5 Viva a Terra! – 7.

º ano

Placas litosféricas
Segundo a teoria da tectónica de placas, os grandes fenómenos geológicos (vulcanismo, sismicidade, formação
de montanhas, etc.) são explicados pela existência de uma causa comum, o calor interno da Terra, motor das
placas litosféricas. Esta teoria revolucionária deu origem a mudanças radicais e polémicas na Geologia, somente
comparáveis às provocadas pelas ideias evolucionistas de Darwin, na Biologia.
As placas que constituem a litosfera não são estáticas: movem-se, aparecem, desaparecem, separando os
continentes e tornando a juntá-los, levantando montanhas em locais anteriormente ocupados pelo mar. As placas
comportam-se como unidades mais ou menos rígidas que flutuam e deslizam sobre a astenosfera, estando
limitadas por dorsais, zonas de subducção, zonas de colisão e falhas transformantes, que se denominam no seu
conjunto como margens de placas. As placas pode ser formadas unicamente por litosfera oceânica, como a placa
do Pacífico, ou ser mistas, como a maioria, com parte de litosfera oceânica e parte continental.
A formulação da teoria da tectónica de placas teve ainda a virtude de propiciar uma abordagem multidisciplinar e
interdisciplinar no estudo da Terra, envolvendo ramos tão diferenciados como a paleontologia, a sismologia, a
petrografia e a física dos materiais. Por outro lado, veio permitir que se percebessem fenómenos sobre os quais,
durante séculos, os cientistas tinham especulado sem conseguirem atingir um cabal entendimento dos processos.
Com efeito, a teoria da tectónica das placas permite perceber, por exemplo, porque é que os sismos e as erupções
vulcânicas se concentram em áreas específicas da Terra, como é que as grandes cadeias montanhosas (como os
Himalaias, os Alpes e os Andes) se formaram e porque é que o gradiente geotérmico é mais elevado nuns locais
do que noutros.
A elaboração da teoria da tectónica de placas foi uma das maiores revoluções científicas do século XX, a qual fez
com que a Terra fosse encarada sob uma perspetiva diferente. Efetivamente, há a consciência, atualmente, que
a tectónica de placas, como “motor” principal, direto ou indireto, da generalidade dos processos geológicos,
influencia de forma determinante o quotidiano do Homem.
A espécie humana beneficia das forças e das consequências da tectónica de placas, estando simultaneamente
sujeita aos aspetos negativos por ela induzidos. A constituição da maior parte dos jazigos minerais que o Homem
explora para utilização no seu dia a dia foi diretamente ou indiretamente condicionada pela tectónica de placas.
A própria paisagem, embora diretamente modelada pelos processos de geodinâmica externa, está profundamente
influenciada pelos processos relacionados com a tectónica de placas. No entanto, os processos geológicos
relacionados com a deriva continental podem, também, ser profundamente prejudiciais para o Homem e as suas
atividades. A qualquer momento, quase sem aviso prévio, pode ocorrer um grande sismo ou verificar-se uma
erupção vulcânica.
Não temos qualquer controlo sobre os processos relacionados com a tectónica de placas. Todavia, hoje temos já
conhecimento significativo sobre o seu funcionamento, tendo condições para beneficiar dos seus aspetos positivos
e evitar muitos dos seus aspetos negativos.
http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA2_SistTerra/203TectPlacas/1_Introd.html

Proposta de exploração
1. Em que placa ou placas está localizado o território português?
2. Dá exemplo de dois países que estejam a ficar:
2.1. mais próximos um do outro.
2.2. mais afastados um do outro.
3. Como pensas vir a ser a localização dos continentes dentro de 1 milhão de anos? Porquê?

Você também pode gostar