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O que vamos estudar?
Quem são os usuários da Libras?

... Mudinho, surdo-mudo, surdo, deficiente


auditivo (D.A), pessoa portadora de
necessidades especiais, deficiente da
audiocomunicação...
Qual a nomenclatura está mais correta
para você ?
Qual terminologia usar?

- Surdo-Mudo
- Deficientes Auditivos
- Surdos
Conhecendo o Surdo
DIFERENTES CONCEPÇÕES
• Ponto de vista Clínico – A deficiência auditiva se
traduz por uma dificuldade para ouvir determinados
sons. Considera-se enquanto perda bilateral, parcial
ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais,
aferida por audiograma.
• Ponto de vista Sócio-Antropológico – Pessoa surda é
aquela que, por ter perda auditiva, compreende e
interage com o mundo por meio de experiências
visuais, manifestando sua cultura principalmente
pelo uso da Língua de Sinais Brasileira.
Surdez
Incapacidade parcial ou total de ouvir.

Principais causas:
- Durante a gravidez, no parto, na infância ou
ao longo da vida por doenças como:
caxumba, rubéola, otites etc.

A perda auditiva pode ser hereditária e não


hereditária; unilateral ou bilateral.
Caracterizando a surdez
Quanto ao períodos de aquisição, a surdez
pode ser dividida em dois grandes grupos:

Congênita: quando o indivíduo já nasceu


surdo.

Adquirida: quando o indivíduo perde a audição


no decorrer da sua vida.
Caracterizando a surdez
Quanto a etiologia (causas da surdez):
Pré - natais: fatores genéticos e hereditários, doenças
adquiridas pela mãe na época da gestação e exposição
da mãe a drogas ototóxicas
Peri – natais: parto prematuro, anóxia cerebral e
trauma no parto
Pós – natais: doenças adquiridas pelo indivíduo ao
longo da vida, como: meningite, caxumba, sarampo.
Além do uso de medicamento ototóxico, outros
fatores também tem relação com a surdez, como o
avanço da idade e acidentes.
Graus de surdez
Audiometria
Teste da
Orelhinha
Conhecendo o Surdo

SURDOS
X
OUVINTES
Conhecendo o Surdo
MARCAS... SURDAS

• A surdez não acarreta “marcas físicas’,


facilmente identificáveis no aluno, mas
implica diferenças em aspectos culturais no
seu comportamento pessoal e
relacionamento social.
História da Educação dos Surdos

INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos


Fundado em 26 de setembro de 1857
Breve Histórico da Educação dos Surdos
• Séc. XV- O surdo não poderia ser educado.
Considerados castigados pelos deuses, enfeitiçados
eram abandonados ou sacrificados. Nenhum direito
lhes era assegurado.
• Séc. XVI Espanha- primeiros educadores de pessoas
com surdez. Monge beneditino Pedro Ponce de Leon -
Metodologia: uso de datilologia, escrita e oralização.
1750 França- Abade Charles M. de L'Epée -"Sinais
Metódicos"– Luta pela educação pública e gratuita.
• 1817 EUA- Thomas H. Gallaudet - primeira escola
permanente para alunos com surdez / 1864 foi fundada
a primeira universidade nacional para surdos, a
Universidade Gallaudet.
Breve Histórico da Educação dos Surdos
Antes do século XIX...
A educação de surdos realizava-se por meio da
Língua de Sinais com professores surdos.
Contudo, a ciência comprovou que os surdos não
tinham problemas fisiológicos em relação ao aparelho
fonador e emissão de voz, fato. Os surdos não têm
problemas para falar.
Baseando-se nessa premissa, a comunidade
científica da época impôs que as línguas de sinais, ou
linguagem gestual, conforme eram conhecidas, fossem
definitivamente banidas das práticas educacionais e
sociais dos surdos. Adotou-se o método de oralização.
Congresso de Milão e o Oralismo
Em 1880 no congresso de Educadores de
Surdos em Milão (em sua quase totalidade
ouvintes), foi proibido o uso da Língua de
Sinais e desde essa época o surdo foi
obrigado a comportar-se como ouvinte,
trazendo sérias consequências sociais e
educacionais negativas no mundo todo.
O Oralismo foi apontado como a melhor
abordagem para a educação e comunicação
do surdo.
As representações Sociais da surdez e
as políticas educacionais
• Décadas de 50/60 • Assistencialismo /
Surdez como doença Filantropia

• Décadas de 70/80
Surdez como deficiência • Reabilitação da audição e
da fala (Oralismo / CT)
• Décadas de 90/00
Surdez como diferença • Educação Bilíngue
LEI Nº 10.436, de 24 de Abril de 2002.
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e
dá outras providências.
Art. 1º É reconhecida como meio legal de
comunicação e expressão a Língua Brasileira de
Sinais - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela
associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira
de Sinais - LIBRAS a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria,
constituem um sistema linguístico de transmissão
de ideias e fatos, oriundos de comunidades de
pessoas surdas do Brasil.
Decreto 5626, de 22 de Dezembro de 2005

Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002,


e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de
2000.

https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/961
50/decreto-5626-05
Conhecendo o Surdo
ALTERNATIVAS DE COMUNICAÇÃO
• Leitura labial
• Alfabeto Manual
• Libras
• Libras Tátil (surdo cego)
Para entender melhor...
• LIBRAS* é a sigla da Língua Brasileira de
Sinais.
• As Línguas de Sinais (LS) são línguas com
estruturas gramaticais próprias.
• Atribui-se às Línguas de Sinais o status de
língua porque elas também são compostas
pelos níveis linguísticos: fonológico,
morfológico, sintático e semântico.
• O que diferencia as Línguas de Sinais das
demais línguas orais-auditivas é a sua
modalidade visual-espacial.
• A LIBRAS não é uma forma do português.
• A LIBRAS é capaz de expressar ideias sutis,
complexas e abstratas. Os seus usuários podem
discutir filosofia, literatura, política, esportes,
trabalho, moda, etc, podendo ainda expressar
poesia e humor.
• Como outras línguas, a LIBRAS aumenta o
vocabulário com novos sinais introduzidos pela
comunidade surda em resposta à mudança
cultural e tecnológica.
• LIBRAS não é universal.
• Há surdos que não se comunicam através de LS.
Línguas de Sinais no mundo
Conhecendo o Surdo
ALTERNATIVAS DE COMUNICAÇÃO
Conhecendo o Surdo
ALTERNATIVAS DE COMUNICAÇÃO
ALFABETO MANUAL
NÚMEROS
AGORA É SUA VEZ!

Apresente-
se para seus
colegas.
VISUALIDADE – A atenção do olhar
“Transmissão de mensagem”
Parâmetros da LIBRAS
• Na Língua oral, a fonética é o estudo dos sons da
fala, descreve os sons utilizados na linguagem,
explicando a percepção do aparelho fonador.
• Na Língua de Sinais, a fonética estuda os segmentos
dos sinais que são os parâmetros da Libras.
Os parâmetros são:

1- Configuração de mão;
2- Ponto de Articulação ou Locação;
3- Movimento;
4- Orientação/ Direcionalidade;
5- Expressão facial e corporal.
Parâmetros da LIBRAS

CONFIGURAÇÃO DE
MÃO:
são formas que as mãos
assumem na realização
de um sinal.
Avião, Brincadeira, Idade
Televisão, Trabalho, Vídeo Cassete
Fonte: LSB Vídeo
Nelson Pimenta
Parâmetros da LIBRAS
PONTO DE
ARTICULAÇÃO:
indica o lugar onde
é realizado o sinal.

Educação, Fácil,
Saudade, Brincar
Parâmetros da LIBRAS
Parâmetros da LIBRAS
MOVIMENTO
Deslocamento das
mãos na realização
de um sinal.
Tipos de Movimento:
•Retilíneo (estudar)
•Helicoidal (importante)
•Circular (brincar)
•Semicircular (surdo)
•Sinuoso (Brasil)
•Angular (difícil; raio)
Parâmetros da LIBRAS
Parâmetros da LIBRAS
ORIENTAÇÃO /
DIRECIONALIDADE:
os parâmetros têm uma
direção em relação aos
MOVIMENTOS.

Educação, Boi, Evitar


Antes, Atrasar, Não ter,
Repetir, Trabalho
Parâmetros da LIBRAS

EXPRESSÃO FACIAL
E/OU CORPORAL:
É o traço
diferenciador na
execução dos sinais.

Silêncio / Cale a boca!


Calma / Pára!
Advérbios de Tempo
Saudações / Cumprimentos
Palavras Mágicas
• Oi • Por favor
• Tudo bem? • Com licença
• Tchau • Prazer em conhecer
• Obrigada • Estou bem
• Desculpe-me • Boa Sorte
DIÁLOGO
Até a próxima aula!

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