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O que é cultura de massa?

É um conjunto de costumes, atividades, crenças, voltado às multidões. É uma cultura de


natureza homogênea, cujo objetivo é igualar as manifestações artísticas ao oferecer o
esgotamento de um decidido fenômeno comercial, difundindo sempre o mesmo, destruindo
dessa maneira, o caráter inovador, criativo do cenário cultural.

A cultura de massa é a cultura da mercadoria, não possibilita juízo de valor, nem tampouco,
restringe um território particular. A teoria é:

cultura de bens e equipamentos;

utiliza centros culturais, cinemas, teatros, bibliotecas, shoppings;

opera com pessoas que vendem sua força de trabalho nos estabelecimentos

indicados;

circulação de conteúdos específicos teóricos e ideológicos dos produtos.

Este aparato deve disponibilizar o binômio compra e venda no mercado.

“Para as pessoas contaminadas por essa doença cultural, um par de sapatos, uma roupa, um
carro perdem o encanto com pouco tempo de uso, exatamente como a pessoa amada, o amigo
ou até mesmo a pátria”

O que é Cultura de massa:

Cultura de massa é o produto da chamada Indústria Cultural, consistindo em todos os tipos de


expressões culturais que são produzidos para atingir a maioria da população, com o objetivo
essencialmente comercial, ou seja, de gerar produtos para o consumo.

Seguindo a lógica do capitalismo industrial e financeiro, a cultura de massa busca padronizar e


homogeneizar os produtos, para que possam ser consumidos pela maioria das pessoas. Assim,
tudo o que pertence a cultura de massa deve seguir um padrão pré-definido para o consumo
imediato.

Músicas, filmes, gêneros de dança, séries de televisão, revistas, desenhos animados, moda,
gastronomia e etc. A lista de elementos que a Indústria Cultural se apropria e transforma em
cultura de massa é gigantesca.

Os meios de comunicação de massas (rádio, televisão, jornais, revistas e, principalmente, a


internet) são os principais aliados da Indústria Cultural para a disseminação da cultura de massa,
ajudando no processo de homogeneização cultural e na alienação dos consumidores.

Vale ressaltar que o termo "massa" não está relacionado, neste caso, com classes sociais, mas
unicamente com o grupo formado pela maioria das pessoas de uma sociedade.

Indústria Cultural e Cultura de Massa


Atualmente, ambas as expressões podem ser utilizadas como sinônimos, uma vez que a cultura
de massa, assim como a indústria cultural, tem o objetivo específico de atingir a maioria das
pessoas, ignorando qualquer tipo de distinção que possa haver na sociedade.

Os responsáveis pela criação do termo e conceito da Indústria Cultural foram os filósofos


alemães Theodor Adorno (1903 - 1969) e Max Horkheimer (1895 - 1973), fundadores da Escola
de Frankfurt. Na definição dos filósofos, a Indústria Cultura representava os grandes grupos
midiáticos que controlavam os meios de comunicação de massa e, assim, ditavam o padrão de
consumo, de notícias e de outros serviços que "alimentam" e alienam as pessoas.

Saiba mais sobre a Indústria Cultural.

Cultura de massa, Cultura popular e Cultura erudita

Inicialmente, a expressão "cultura de massa" era utilizada no século XIX para distinguir a
educação que era recebida pelo povo daquela que era obtida pelas elites (cultura erudita).

No entanto, com o crescente advento da industrialização e modernização tecnológica,


principalmente dos veículos de comunicação, a cultura de massa passou a ter o significado que
é conhecido atualmente.

A cultura erudita envolve todo o tipo de produção que exige uma maior elaboração técnica, a
partir de estudos e análises críticas sobre o conteúdo. Este tipo de cultura costuma ser
direcionada para as elites sociais e ecônomicas, sendo consumida principalmente por
intelectuais.

Saiba mais sobre o significado de Erudito.

Já a cultura popular, ao contrário da erudita, é aquela que nasce a partir do povo de modo
natural, e é caracterizada por manifestações que expressam a identidade cultural de uma
comunidade específica.

Saiba mais sobre a Cultura popular.

A cultura de massa pode utilizar de elementos que sejam particulares tanto da cultura popular
como da erudita, mas banalizando e ignorando os seus conteúdos de origem. Isto pelo fato da
Indústria Cultural valorizar apenas aquilo que é do gosto das massas e que tem potencial
lucrativo, marginalizando outras manifestações culturais legítimas.

Muita gente confunde, mas a cultura popular e a cultura de massa são totalmente distintas. A
primeira é fruto do povo, da identidade cultural de uma sociedade. Já a segunda é produto da
Indústria Cultural e não tem a intenção de carregar ou transmitir valores simbólicos, mas visa
apenas o lucro que poderá obter a partir do consumo da maior quantidade possível de pessoas.

A expressão surgiu na década de 1940, no livro “Dialética do Esclarecimento:


Fragmentos Filosóficos”, escrito pelos autores citados acima em 1942 e publicado em
1972.
Conceito e Principais Características
O termo designa o fazer cultural e artístico sob a lógica da produção industrial capitalista.
Possui como corolários o lucro acima de tudo e a idealização de produtos adaptados para
consumo das massas.
Vale destacar a influência marxista desta interpretação, a qual pressupõe a economia
enquanto "mola propulsora" da realidade social.
Na Indústria Cultural, se fabricam ilusões padronizadas e extraídas do manancial cultural
e artístico. Estas se mercantilizam sob o aspecto de produtos culturais voltados para obter
lucro.
Além disso, tem o intuito de reproduzir os interesses das classes dominantes, legitimando-
as e perpetuando-as socialmente.
Assim, ao submeter os consumidores à lógica da Indústria Cultural, a classe dominante
promove a alienação nas dominadas.
Como resultado, torna os dominados incapazes de elaborarem um pensamento crítico que
impeça a reprodução ideológica do sistema capitalista.
Por outro lado, o aperfeiçoamento tecnológico da Indústria Cultural permitiu que se
perpetuasse o desejo de posse pela renovação técnico-científica.

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