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Linguagem e Hemisfério Direito

Mônica Kerr
Mestre em Linguística Clínica (UCP-PT)
Neuropsicóloga (CRFa)
Fonoaudióloga (UNIFESP)
Fundadora da Rede Afasia Brasil
Apenas na metade do século XX
foi demonstrado que a integridade
dos dois hemisférios é necessária
para uma comunicação eficaz.

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HE: implicado em aspectos linguísticos estruturais
- fonologia, morfologia, sintaxe, semânticos-
denotativos, programação motora da fala.

HD: mais relacionado a processos comunicativos


e pragmáticos.

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Afasias X Distúrbios da comunicação
ou afasias pragmáticas.

50% dos LHD têm algum déficit


comunicativo (Férre et al., 2009).

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Os pacientes com LHD ainda passam
despercebidos pelos profissionais da saúde.

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Perturbações
da comunicação

LHD

Perturbações
da
comunicação

Pragmático- Léxico-
Discursivo Prosódico
inferencial semântico

*LHD= Lesão de Hemisfério Direito (Côté, Payer, Giroux, e Joanette, 2007)


Um pessoa com LHD pode, entre outros sintomas, ter
dificuldades de
Respeitar as regras de comunicação,
Transmitir ou compreender intenções comunicativas
baseadas na emoções que modulam os parâmetros
prosódicos,
Compreender a utilização do sentido indireto ou
figurado da linguagem.

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Processamento
pragmático-inferêncial

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Pragmática refere-se às habilidades
linguísticas que permitem a um indivíduo
processar - compreender ou expressar - as
intenções de comunicação de acordo com um
dado contexto.
(Gibbs, 1999)

Para que estas intenções sejam processadas é,


muitas vezes, necessário que se faça inferências.

(Fonseca, et al., 2008)


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Inferências são representações mentais que
construímos na compreensão de um texto, a partir
da aplicação dos seus próprios conhecimentos
somados à informações explicitas da mensagem,
possibilitando estabelecer relações para a
compreensão de um informação implícita.

(Gutierrez-Calvo, 1999)

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Devemos ser capazes de realizar inferências
para interpretar, analisar, sintetizar, integrar e
preencher as lacunas de informações
implícitas, completando o processo de
compreensão.

(Van Dijk e Kindsch, 1983)

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Exige alta demanda cognitiva

Com participação da memória, memória


operacional, atenção, funções executivas.

É influenciada por idade e escolaridade.

(Gouldthorp, 2015)

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A compreensão de um texto pressupões domínio
de etapas em níveis crescentes de complexidade.

Sem decodificar não se pode compreender as


relações semânticas e gramaticais do texto, e
sem o entendimento das relações semânticas,
não se pode integrar idéias.

(Westby, 2004)
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(Marcela Silagi, 1999)
Há cinco tipos de contextos que interferem no
processo de linguagem:

A que cultura você pertence?


Qual a situação?
Qual o instrumento de análise?
Qual o conhecimento de mundo e da linguagem?
Como o estímulo interfere com fatores emocionais
e atitudes do receptor?

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Modelos mentais ou Esquemas

Conceitos de um nível mais alto dominam conceitos


específicos.
Representam nosso conhecimento sobre conceitos,
eventos, sequências de eventos, ações e sequências de
ações.
São baseadas em estruturas esquemáticas na memória
que reúnem conhecimentos sobre situações prototípicas.
Não precisamos observar todos os aspectos de uma
situação antes de compreendê-la.
(Ribeiro,
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Modelos mentais ou Esquemas

São constituídos só pelo conhecimento episódico


de eventos associado ao conhecimento partilhado
geral e socialmente,
Pelas opiniões partilhadas socialmente, tais como
atitudes, ideologias, normas e valores

(Machado, 2005)
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Teoria da Mente

A capacidade de compreender e fazer previsões sobre


o comportamento ou intenções do outro requer a
utilização de inferências sociais.
A Teoria da mente faz comparações entre o nosso
mundo, o mundo subjetivo e o mundo dos outros, ou
seja, daquilo que os outros pensam, sentem, desejam,
acreditam, duvidam.

Interpreta possíveis estados mentais dos outros.


(Caixeta e Nitrini, 2002 in Ribeiro, 2011)
Inferência e Cognição
HE HD

Aspectos formais da linguagem Orientação têmpora espacial


Raciocínio analítico Atenção
Memória verbal Percepção
Praxias Memória visual
Funções executivas Habilidades aritméticas
Praxia contrutuva
Inteligência emocional e social
Reconhecimento de expressões
facial
Teoria da Mente
Aspectos pragmáticos da
linguagem
Funções executivas

(Donini, Radonovic, 2015. Champagne-Lavau, Joanete, 2009)


Inferência e atenção

Atenção está em todas as tarefas linguísticas e


cognitivas.

Inferência depende da seleção dos estímulos de


interesse, inibição de informações irrelevantes,
movimentos sacádicos e de varredura do olhar.

(Bailey et al., 2017)


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Inferência e memória

Alguns tipos de inferências dependem do


acesso à memória de longo prazo para o
processo de significação.

A elaboração da inferência pode variar por


conta do antecedente sociocultural e
conhecimento de mundo.

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Inferência e memória operacional

Todos os componentes da memória operacional


participam em todas as fases do processo de leitura,
desde a decodificação até a integração do significado
para a realização de inferências.

Quanto mais eficiente é a identificação das palavras, mais


a memória de trabalho ficará disponível para análise
sintática, integração semântica e integração das frases na
organização textual.
(Perez et al., 2014).
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Inferência e funções executivas

Envolve a formulação de objetivos, monitoramento do


comportamento, resolução de problemas, inibição ou
iniciação de comportamentos apropriados a um contexto,
tomada de decisões, raciocínio e abstração, entre outras
habilidades (Miotto et al., 2009).

A disfunção executiva pode gerar rigidez, respostas


concretas, dificuldade de pensamento abstrato, alteração
de comportamento e dificuldade em inibir respostas
(Lezak, 1995).
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Inferência e linguagem

A compreensão de inferências
durante a leitura requer a participação
de habilidades linguísticas estruturais
(HE) e pragmáticas e (HD).

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Teoria das Implicaturas

O elemento central da comunicação é o


reconhecimento da intenção do falante a partir
do que ele diz.

Quando o que é dito não é suficiente para se


extrair sentido, o interlocutor acredita que há
algo mais implicado e tenta chegar a essa
informação por conta própria.

Grice (1975)
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Processamento
pragmático-inferêncial
e LHD
Pessoas com lesão no HD apresentam
dificuldades para a realização de inferência.

Pesquisas recentes indicam co-ativação dos


dois hemisférios nos indivíduos saudáveis.

Textos x Imagens

(Gouldthorp, 2015)
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Dificuldades na compreensão
de sentidos não-literais humor e moral em fábulas,
sarcasmo e ironia, metáforas, atos de fala indiretos
(não familiar) e inferências, intenções comunicativas
do interlocutor.

De manter contato visual constante, adaptar sua


linguagem ao conhecimento do interlocutor e ao
contexto (tanto quanto á forma quanto ao conteúdo)

Falha na ativação semântica.


(Fonseca et
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al, 2008)
Processamento discursivo
A troca de informações ocorre nível de
produção ou expressivo e no nível de
compreensão ou receptivo.

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Transmitir informações na forma de:

Conversação: discurso conversacional ou


dialógico.
Explicação de procedimento: discurso processual.
Descrição de fatos, eventos ou ambientes:
discurso descritivo.
Narrativa de um história: discurso narrativo.

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As pesquisas sobre discurso se concentram na
narrativa de histórias.

Que envolve um grande esforço para manter a


coerência do discurso.

A coerência requer planejamento top-down e


memória de trabalho.

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Modelo de Compreensão Textual

O processamento de um texto é feito em ciclos de uma frase


apresentada como microestruturas.
A microestrutura são padrões de coesão da estrutura sintática com
relações dentro e entre as frases.
Um ciclo altera as representações anteriores na memória episódica.
Ocorre a construção gradual de um texto que depende de
conhecimentos prévios.
Estes padrões levam a coerência do texto, que diz respeito à
macroestrutura, e que define a descrição semântica
do conteúdo global.
A compreensão é um processo que permite elaborar a
macroestrutura do texto a partir de sua microestrutura.
van Kerr
Slide de autoria da Fonoaudióloga Mônica Dijk, Kintsch (1983)
Quando lemos ou ouvimos histórias
Integram o significado de cada palavra ao seu
contexto rapidamente.

Fazemos conexões lógicas, causais,


cronológicas que relacionam palavras e frases
entre si.

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Estudos mostram que o número de palavras
evocadas é influenciada pelo contexto discursivo
das seguintes formas:

Uma palavra congruente com o contexto da sua


sentença (coesão), mas incoerente com o contexto
do discurso, tem o tempo de evocação melhor.
Uma palavra incongruente com o contexto da sua
sentença, mas congruente com o contexto do
discurso não tem o tempo de evocação melhor.
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Os mecanismos neurofisiológico do discurso é
distinto do de sentenças únicas.

Se relacionam mais aos mecanismos envolvidos


na programação de ações complexas não
linguísticas (preparar uma refeição).

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Estudos demonstram participação de ambos os
hemisférios tanto para a produção quanto para
compreensão do discurso.

Aspectos mais literais, concretos e estruturais


seriam ativados pelo HE.
O HD estaria mais relacionado à pragmática,
prosódia do discurso e uso contextualizado da
linguagem.
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A compreensão de narrativas coerentes e incoerentes
está associada à ativação de uma ampla rede de
regiões.

Temporais anteriores: integram informação semântica.


Córtex parietal medial: atualiza modelos de situação.
Córtex pré-frontal dorsomedial: desenho inferêncial.
Junção temporoparietal: atribui pensamentos aos
protagonistas.

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Processamento discursivo
e LHD
Déficits na produção do discurso

Desrespeito às regras de coerência;


Desvio do tópico central, discurso tangecial,
digressões e confabulações;
Redução do conteúdo informativo com
dificuldade da elaboração da macroestrutura;
Prejuízos na construção de uma história
baseada em estímulos visuais;
Desrespeito às trocas de turno.
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Déficits na compreensão do discurso

Dificuldade em integrar os elementos de uma


história numa única idéia coerente;
Dificuldade de perceber a intenção do
interlocutor e de conduzir o discurso com base
nesta percepção;
Dificuldades mais evidentes em situações
auditivas não ideais.

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Processamento prosódico
"Eu não me importo com o que ele disse,
mas não gostei da maneira como
ele disse."

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A prosódia engloba uma série de
maneiras em que o tom da voz pode ser
modulado, incluindo flutuações no tom,
variações no volume e mudanças no
tamanho das sílabas, palavras, frases e
pausas para respiração.

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Tipos de prosódias:

Prosódia emocional: transmite sentimentos


(felicidade, tristeza, raiva, medo, etc.) e atitudes
(simpatia, cortesia, dominância, sarcasmo, etc.).

Prosódia linguística: sinaliza três domínios:


sintático, léxico e tonal. Estas modificações
atribuem à situação importância, ou indicam que
se trata de perguntas, afirmações ou ordens.

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Processamento prosódico
e LHD
John Hughlings Jackson (1835-1911)
observou que pacientes afásicos que se
comunicavam por neologismos transmitiam uma
grande quantidade de informações repetindo a
mesma expressão enquanto modulam a prosódia.

Foi um desafio à visão de que a linguagem era


uma capacidade lateralizada à esquerda. O HD
passou a ser considerado essencial na regulação
da melodia da fala.

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Pacientes com LHD podem ter dificuldade no uso
e na interpretação de prosódia linguística e
emocional.

Na produção da prosódia emocional podem


tender a monotonia ou hiperprosódia.

Dificuldade na diferenciação das prosódias


linguísticas - interrogativa, afirmativa e imperativa.
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Prosódia Emocional - Percepção

O hemisfério direito é dominante para


perceber a prosódia emocional, mas o
hemisfério esquerdo medeia pelo menos
alguns aspectos dessa capacidade.

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O giro temporal superior médio
(STG) e o sulco temporal superior (STS).

Beaucousin et al. (2007) realizaram um estudo


de ressonância magnética funcional no qual os
sujeitos ouviam frases com conteúdo semântico
emocional.

O STG e o STS no HD tiveram grande ativação.


O córtex frontoparietal ventral direito

Contribui para o reconhecimento das


emoções expressas pelos padrões
prosódicos e faciais, imitando
internamente estas mesmas emoções
de forma inconsciente.
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Amígdala

Detecta relevância.

Alguém se dirige a você de maneira


extremamente raivosa - sua amígdala registrará
essa ameaça e alertará rapidamente regiões
cerebrais de nível superior, como os córtex
frontais orbitofrontais e inferiores bilaterais.
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Gânglios da base

Simulação de emoções, decodificação


de padrões emocionalmente
significativos, e/ou desencadear
respostas cognitivas e
comportamentais apropriadas a tais
estímulos.
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Córtices frontais orbitofrontais e
inferiores bilaterais

Guiam os processos executivos de cima


para baixo.

Julgando se estes padrões correspondem


ao conteúdo semântico do que é dito.
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Prosódia Emocional - Produção

O HD é importante para gerar prosódia emocional.

Giro frontal posterior inferior (homólogo da área de


Broca), o giro pré-central ventral e a ínsula anterior.

Os gânglios da base fornecem suporte subcortical


essencial para a expressão do afeto.

O HE também tem sido implicado nessa capacidade,


mas seu envolvimento pode dever-se aos processos
verbais articulatórios.
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Prosódia Linguística - Percepção

O HD tem um importante papel na interpretação de distinções


declarativas e interrogativas.

O HE parece ser mais relevante para frases de valorizam


elementos sintáticos.

A acentuação de palavras são analisados principalmente pelo HE.

O pitch não-linguísticos é percebido principalmente pelo HD, a


percepção de pitch lingüístico ocorre principalmente no HE.

Os gânglios da base contribuem para a percepção de aspectos


da prosódia lingüística.
Prosódia Linguística - Produção

Modulações declarativas e interrogativas parece


depender de ambos os hemisférios.

Marcas de acentuação em palavras é controlada


pelo HE.

O pitch é geralmente programado pelo HE.

Os gânglios da base contribui para a produção de


alguns aspectos da prosódia lingüística.
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Processamento léxico-semântico
Capacidade de compreender e
expressar palavras
Memória semântica

Faz parte da memória de longo prazo.

É um repertório de conhecimentos sobre as palavras


e o significado de símbolos verbais.
Abrange os conceitos e a relação entre as palavras.

As palavras “sapato” e “chinelo” são “calçados”.


O significado da palavra “dicionário”
Evocar a imagem visual de um frigorífico quando a
palavra é ouvida ou lida.
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A teoria dos campos semânticos

Todo item lexical envolve uma rede de traços


semânticos.

“Campos semânticos são realidades vivas


intermediárias entre palavras e a totalidade do
vocabulário”.

(Trier apud Lyons)


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Lema

É um “nó” de palavra que não apenas une a


semântica e a fonologia, mas também aponta
para características morfossintáticas:

Categoria gramatical ( substantivo, verbo),


gênero (masculino, feminino),
transitividade verbal (intransitivo, transitiva)

Gato - Gatinha

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Os protótipos

A combinação de traços conduz à construção


de um protótipo.

Não são aleatórios os processos semânticos.


“carne” ao invés de “bife”
Fazemos associações não ao acaso, mas com
palavras que levem ao significado da palavra
alvo.
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Protótipos X Estereótipo
HE está mais relacionado ao processamento de
palavras mais literais e verbos.

HD mais relacionado a palavras abstratas,


metafóricas e ambíguas.

Ambos os hemisférios são importantes para


tarefas de nomeação e de fluência verbal
semântica, fonêmica e livre (+HE).
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A semântica ativa várias regiões do córtex.

As regiões frontais e temporais esquerdas são


as que reúnem os sentidos das palavras
conectando aos conhecimentos semânticos,
localizados em regiões distantes do córtex.

A Demência semântica - lobos temporais,


sobretudo o esquerdo.
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Processamento léxico-semântico
e LHD
Pacientes com LHD podem ter dificuldade para:

• Completar frases;
• Definir palavras;
• Relacionar palavra à imagem;
• Lidar com relações de antonímia;
• Gerar listas de categorias semânticas (menor número
de palavras e com relação semântica mais periférica);
• Tendência a usar palavras menos prototípicas, com
relações menos específicas e mais tangenciais;
• Resolver ambiguidades lexicais e julgar a congruência
com o contexto;
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Pacientes com LHD podem ter dificuldade para:

• Estabelecer relações semânticas entre palavras;


• Processar palavras abstratas ou pouco frequentes;
• Compreender sentido metafórico de palavras;
• Evocar palavras com critérios ortográficos ou
fonológico;
• Evocar palavras sem critério (livre).

• Podem não apresentar anomia.


• Podem ser bem-sucedidos em tarefas de nomeação.
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Bibliografia

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author’s husband—Paul West, a renowned novelist—gradually recovered from severe aphasia. 

fonomonicakerr@gmail.com
clincog.com.br

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