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CURITIBA
2006
ANA PAULA ZANARDI
CURITIBA
2006
DEDICATÓRIA
Dedico este estudo, com muito amor e carinho, aos meus pais, Levi Zanardi
e Maria Cleuza Tironi, que me ensinaram a ser persistente e dedicada, por sempre
estarem ao meu lado, pelo apóio e pelo afeto sempre prestado.
Aos participantes do estudo, as crianças e suas respectivas mães, pela
participação e dedicação que tiveram com a pesquisadora. Cada qual com seu
jeitinho marcaram de alguma maneira a minha trajetória.
iv
AGRADECIMENTOS
v
“De tudo, ficaram três coisas: A
certeza de que estamos
começando...
A certeza de que precisamos
continuar...
A certeza de que podemos ser
interrompidos antes de terminar...
(Fernando Pessoa)
vi
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................ix
LISTA DE TABELAS...............................................................................................x
LISTA DE ANEXOS................................................................................................xi
RESUMO................................................................................................................xii
APRESENTAÇÃO.................................................................................................xiii
1.0 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................1
1.1 HISTÓRICO E PRIMEIROS ESTUDOS EXPERIMENTAIS SOBRE
ANSIEDADE.............................................................................................1
1.2 ANSIEDADE NORMAL E ANSIEDADE PATOLÓGICA..........................4
1.3 ANÁLISE COMPORTAMENTAL DA ANSIEDADE..................................6
1.4 ANSIEDADE INFANTIL..........................................................................10
1.5 PRÁTICAS PARENTAIS........................................................................12
1.6 PRÁTICAS PARENTAIS POSITIVAS................................................... 16
1.6.1 MONITORIA POSITIVA OU
ACOMPANHAMENTO............................................................16
1.6.2 MODELO MORAL OU COMPORTAMENTO MORAL............17
1.7 PRÁTICAS PARENTAIS NEGATIVAS..................................................17
1.7.1 DISCIPLINA RELAXADA OU A IMPORTÂNCIA DAS
REGRAS.................................................................................17
1.7.2 HUMOR INSTÁVEL OU PUNIÇÃO
INCONSISTENTE...................................................................18
1.7.3 ABUSO FÍSICO, PSICOLÓGICO OU SEXUAL......................19
1.7.4 SUPERVISÃO ESTRESSANTE OU MONITORIA
NEGATIVA..............................................................................19
1.7.5 NEGLIGÊNCIA.......................................................................20
2.0 MÉTODO..........................................................................................................22
2.1 PARTICIPANTES...................................................................................22
2.2 INSTRUMENTOS...................................................................................22
2.2.1 ESCALA DE ANSIEDADE MANIFESTA FORMA-INFANTIL
(EAMFI)...................................................................................22
2.2.2 CHILD BEHAVIOR CHECK LIST (CBCL)..............................22
2.2.3 INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS (IEP).....................23
vii
2.2.4 REGISTRO DE OBSERVAÇÃO EM SITUAÇÃO
PROPLEMA............................................................................23
2.2.5 ENTREVISTA PSICOLÓGICA................................................24
2.2.6 REGISTRO DA PERCEPÇÃO DA CRIANÇA........................24
2.2.7 REGISTRO DA PERCEPÇÃO DA MÃE.................................24
2.2.8 TERMO DE CONSENTIMENTO ESCLARECIDO..................25
2.3 MATERIAIS............................................................................................25
2.4 LOCAL....................................................................................................25
2.5 PROCEDIMENTO..................................................................................25
2.6 ANÁLISE DOS DADOS..........................................................................28
3.0 RESULTADOS.................................................................................................29
3.1 DADOS DAS CRIANÇAS.......................................................................29
3.2 DADOS DAS MÃES...............................................................................36
3.3 DADOS COMPARATIVOS MÃE-CRIANÇA...........................................38
4.0 DISCUSSÃO.....................................................................................................46
5.0 CONCLUSÃO...................................................................................................51
REFERÊNCIAS......................................................................................................52
ANEXOS.................................................................................................................57
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
LISTA DE TABELAS
xi
Zanardi, A.P. (2006). Relação da ansiedade infantil com as práticas parentais.
Monografia de conclusão de curso. Curso de Psicologia. Núcleo de ciências
biológicas e da saúde. Centro Universitário Positivo – Unicenp – Curitiba.
RESUMO
xii
APRESENTAÇÃO
xiii
O objetivo da situação experimental foi observar se a variável do tempo era
significativa para a mudança de comportamento, assim como a interação mãe-
filho.
Nos próximos capítulos será apresentada uma revisão de literatura acerca
da ansiedade infantil e as práticas parentais. Seguida da apresentação do método
utilizado, os resultados, discussão e por fim a conclusão do estudo.
xiv
1. REVISÃO DE LITERATURA
1
Segundo Ferreira (1993) a homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na
qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos.
anteriormente demonstrava não ter efeito sobre a freqüência de respostas. Esta
supressão de respostas na presença do som foi chamada condicionada e o índice
de supressão passou a indicar a magnitude da ansiedade. Estes e Skinner
concluíram que a apresentação repetida de um som terminando por choque
elétrico, produziu um estado de ansiedade, em resposta ao som, sendo o índice
primário uma redução da força do comportamento motivado pela fome, durante o
período de som. Skinner (1959/2000) admitiu que o estado de ansiedade, inferido
das alterações quantitativas na resposta, designa as modificações fisiológicas,
respondentes, geradas pelo estímulo aversivo. O que resulta é o
comprometimento do desempenho funcional adaptativo, ou seja, carência ou
falência no repertório diante de uma mudança brusca na situação estimuladora,
mudança esta que inclui alterações discriminativas e eliciação de respondentes. A
ansiedade é vista como um estado orgânico aversivo, desencadeado por um
estímulo que no passado foi associado com falências de repertório. Esse estado
pode não se instalar se o estímulo na história precedente do sujeito resultou em
desempenho ajustador.
Estudos como o de Skinner e Estes (1941/2000) e outros descritos na
evolução histórica do tema, nos levam a pensar na ansiedade como uma resposta
geral dos organismos frente a situações aversivas. Há no entanto diferentes graus
de manifestações desta resposta, assim como peculiaridades em cada pessoa,
que permitem classificarmos a ansiedade em normal ou patológica.
A seguir será realizada uma revisão acerca da ansiedade, no que se refere
à diferenciação entre normal e patológica.
1.2 ANSIEDADE NORMAL E ANSIEDADE PATOLÓGICA
Sn Sr
Sr
2
Segundo Júnior e Souza (2006) condicionamento: alteração no responder, sob influência do
ambiente.
1.4 ANSIEDADE INFANTIL
Conforme Zanoni (2004), a ansiedade durante a infância é um aspecto
normal do desenvolvimento, mas ela atrapalha quando a freqüência e a
intensidade interferem nas capacidades intelectuais, relacionais e emocionais da
criança, interferindo na rotina escolar, na família e nas relações interpessoais.
Grunspun (1999) afirma que a forma mais comum da ansiedade aparecer é
no medo. Em muitos casos aparece de forma concomitante, o medo, a
inquietação, sofrimento e somatização, incapacitando a criança para atividades
sociais e escolares.
Segundo Bragado (1994) o medo é entendido como uma reação emocional
normal e adaptativa diante de situações que implicam perigo ou ameaça real ou
imaginária. O medo é uma reação normal e constante da natureza humana e
possui um valor funcional e adaptativo para o indivíduo. Tal reação implica três
padrões de resposta: conduta manifesta, pensamentos e sensações fisiológicas
do organismo (sudorese, batimento cardíaco acelerado, etc). Segundo a autora o
medo faz parte do desenvolvimento normal da criança. A maioria dos medos
infantis são transitórios, estão relacionados com as etapas evolutivas, aparecem
em diferentes crianças de idades similares. As experiências e emoções
associadas ao medo proporcionam a criança habilidades de enfrentamento.
Bragado (1994) ao diferenciar o medo da ansiedade, define-se a última
como uma reação diante de situações menos específicas que o medo, é mais
difusa e antecipatória. É uma sensação aversiva, apreensão e ocorre sem causa
aparente.
Segundo Hall (2004), medo e ansiedade são emoções normais, naturais,
que liberam adrenalina. Esta por sua vez, provoca uma resposta do tipo lutar ou
fugir. Uma certa dose de medo ou ansiedade não deixa de ser útil e pode
contribuir para as crianças darem o melhor de si. Porém quando os medos são
severos e considerados problemáticos podem configurar quadros mais
preocupantes.
Hall (2004) afirma que no início da infância a criança apresenta medo de
estranhos, separação, ruídos fortes e luzes brilhantes. Na idade pré-escolar e
escolar os medos freqüentes são: insetos, escuridão, médico, dentista, altura,
monstros, pesadelos, escola e tempestades.
Segundo Bragado (1994) o medo de ruídos ocorre por volta dos 0 aos 6
meses, o medo de pessoas estranhas por volta dos 7 aos 12 meses, medo de
separação dos pais ou pessoas muito apegadas a criança por volta de 1 ano,
medos de animais, ruídos fortes, escuro, separação dos pais por volta de 2 anos.
Por volta dos 3 anos a 5 anos é comum o medo de máscaras, animais e
separação dos pais. Por volta dos 6 anos, há medos freqüentes de seres
sobrenaturais, fantasmas, bruxas, lesões corporais, relâmpagos, dormir sozinhos
e separação dos pais. Por volta de 7 a 8 anos além desses medos anteriores,
surge o medo de ficar sozinho. Por volta dos 9 a 12 anos há o medo de exames
escolares, reprovação acadêmica, lesões corporais e morte.
A ansiedade de separação e o medo do desconhecido são muito frequentes
no desenvolvimento infantil. Hall (2004), relata que a ansiedade de separação
acontece quando a criança manifesta um medo intenso de separar-se de uma
pessoa a quem esteja fortemente apegado. Ocorre a expressão constante de
aflição, tensão, tristeza e ansiedade quando diante da perspectiva de separação.
Observando-se os medos comuns na infância , assim como a influência dos
pais no desenvolvimento e manutenção da ansiedade, na criança torna necessário
discutir as práticas utilizadas pelos pais na educação de seus filhos, analisando
especificamente a influência destas em relação ao grau de ansiedade evidenciado
na criança.
2.1 Participantes
Foram selecionadas 6 díades (crianças de 6 a 9 anos de ambos os gêneros
que apresentem queixa de nível elevado de ansiedade e suas respectivas mães),
provenientes da lista de espera do Centro Psicológico de uma Universidade de
Curitiba.
2.2 Instrumentos:
2.2.1 - Escala de ansiedade manifesta-forma infantil (EAM-FI). (anexo 1)
Esta escala de ansiedade manifesta foi elaborada por Taylor (1951). A
escala de ansiedade forma infantil foi preparada pelos autores Castaneda,
McCandless e Palermo (1956). Esta escala foi adaptada a uma versão para
crianças brasileiras por Almeida, Pfromm Netto e Rosamilha (1971).
Trata-se de um questionário composto por 46 frases, que reflete situações
do dia-a-dia de crianças envolvendo certo grau de ansiedade. A criança preenche
o instrumento circulando a resposta SIM ou NÃO se a situação se aplica ou não
ao seu caso respectivamente. Se a situação apresentada ocorrer poucas vezes, a
criança deve responder NÃO e se ocorrer na maioria das vezes, a resposta deve
ser SIM.
2.2.2 Child Behavior Check list (CBCL) (anexo 2)
-Questionário composto por perguntas relativas à percepção da mãe e/ou
responsável em relação ao comportamento da criança.
- Tem por objetivo obter a verificação comportamental de crianças e
adolescentes a partir da observação de pais. O questionário é subdivido em quatro
escalas: escala de atividade, escala social, escala escolar e escala de síndromes.
O CBCL deve ser aplicado em pais cujos filhos tenham idade de 4 a 18 anos.
A escala de atividade corresponde perguntas relacionadas às atividades e
as brincadeiras que a criança pratica, assim como o nível de habilidade que ela
demonstra na prática dessa atividade ou brincadeira.
A escala social é composta por perguntas sobre a participação da criança
em grupos, o número de amigos, a freqüência do contato com os amigos, o
comportamento sozinho e o comportamento com os amigos.
A escala escolar propõe perguntas relacionadas à vida escolar. São citadas
sete matérias que a criança tem na escola e é questionado o desempenho da
criança em cada uma.
A escala de síndromes é composta por itens, os quais os pais respondem
zero se o comportamento não se aplica e visa verificar se a criança possui
ansiedade, depressão, solidão, problemas somatizados, problemas sociais,
problemas de pensamento, problemas de atenção e comportamento agressivo.
O tempo de aplicação do instrumento é variável, podendo oscilar entre meia
hora à uma hora e meia, dependendo da pessoa que está respondendo.
2.3 Materiais:
• Quebra-cabeças com 30 e 60 peças puzzle turma da mônica.
• Papel
• Lápis
• Prancheta
• Borracha
• Apontador
• Folhas de registro de evento
• Roteiro de entrevista psicológica
• Formulário do IEP
• Formulários do CBCL
• Formulários da EAM-FI
• Programa de informática do sistema que compreende o CBCL
• Folha de registro da percepção materna e infantil acerca da
ansiedade.
2.4 Local
Sala de atendimento individual infantil do Centro Psicológico de uma
instituição de ensino de Curitiba
2.5 Procedimento
Etapa 1: Envio do projeto para a comissão de ética da instituição. (Anexo
11)
Etapa 2: Seleção na lista de espera do Centro Psicológico, crianças de 6 a
9 anos.
Etapa 3: Realização da triagem das crianças de 6 a 9 anos selecionadas,
utilizando entrevista psicológica e o Child Behavior Check List (CBCL). Separação
das crianças com ansiedade patológica e as sem ansiedade patológica.
Contato com as mães das crianças com indicativo de ansiedade,
convidando-as para participar da pesquisa, solicitando o preenchimento do termo
de consentimento esclarecido com as mães que concordam em participar do
estudo.
Etapa 4: Aplicação da escala de ansiedade manifesta-forma infantil (EAM-
FI) nas crianças para confirmar a ansiedade evidenciada pela criança no CBCL
classificando-a quanto ao grau significativo de ansiedade. Paralelamente as mães
respondem ao Inventário de Estilos Parentais (IEP).
Etapa 5: Montagem de um quebra-cabeça feito pela mãe e criança em
conjunto. Metade das crianças avaliadas iniciou a atividade de montagem do
quebra-cabeça com tempo ilimitado, passando então, para o tempo limitado e a
outra metade iniciou com tempo limitado, seguido do tempo ilimitado.
Os quebra-cabeças utilizados em cada apresentação (tempo livre e tempo
restrito) são diferentes, porém com o mesmo número de peças.
Enquanto mãe e criança participavam da atividade problema e
solucionavam o quebra-cabeça, a pesquisadora fazia registro em formulário de
registro de evento com intervalos de 10 segundos, relativo à presença dos
comportamentos.
Etapa 6: Resposta da criança a um questionário sobre o grau de ansiedade
evidenciado. A mãe responde em sala contígua a um questionário semelhante,
relatando a sua percepção sobre a ansiedade do filho.
Etapa 7: Análise dos resultados comparando os instrumentos, análise
experimental e a percepção da criança acerca da ansiedade e a percepção da
mãe acerca da ansiedade.
Como contrapartida da participação na pesquisa, após o preenchimento dos
instrumentos e validação dos resultados obtidos, a pesquisadora fez
encaminhamentos de acordo com a necessidade das crianças, a saber:
- Crianças cujo nível de ansiedade pode ser considerado normal: a) que
não apresentam outras dificuldades, os pais foram orientados quanto a este
aspecto, deixando claro que em caso de necessidade podem voltar a fazer contato
com o Centro Psicológico; b) com outros problemas como dificuldades de
aprendizagem ou outras queixas não ligadas à ansiedade foram encaminhadas
para a lista de espera do tipo de atividade mais apropriada para as suas
necessidades e que é ofertada pelo Centro Psicológico.
- Crianças com nível acentuado de ansiedade: A pesquisadora ofereceu
aos pais destas crianças a possibilidade de inclusão da criança em um programa
de 8 sessões grupais de atendimento visando manejo da ansiedade. Se ao final
das sessões a criança ainda manifestar indícios de ansiedade patológica, será
encaminhada para dar continuidade ao atendimento em sessões individuais no
Centro Psicológico.
2.6 Análise dos dados
Referente a EAM-FI: A tabulação dos resultados é feita em dois
agrupamentos: escore de ansiedade e escore de mentira. No escore de ansiedade
cada resposta SIM corresponde a 1 ponto. No escore de mentira há é atribuído 1
ponto a alguns itens quando a resposta é sim e outro quando a resposta é não.
Os itens 2,10,14,23, 27,29,40 e 45 quando respondidos SIM, indicam tendência
para falsificar a resposta e recebem 1 ponto, enquanto o item 42, quando
respondido NÃO recebe pontuação.Portanto, são 9 os itens componentes da
escola de mentira. Os restantes constituem a escala de ansiedade propriamente
dita. Na escala de ansiedade quando a criança responde SIM, cada resposta vale
um ponto e compõe o escore de ansiedade, que varia de 1 a 37 pontos. Crianças
que apresentarem porcentagem de 25% para cima serão categorizadas como alto-
ansiosas (AA) e as baixo de 25% baixo-ansiosas(BA).
Referente ao CBCL: Cada escala fornece uma pontuação, sendo que ao final os
pontos são somados para obter o resultado total. Os dados fornecidos pelo
informante são passados para um programa específico de computação, resultando
um gráfico com a pontuação do índice de síndromes que a criança possui,
enquanto as escalas de atividades, desempenho escolar e social são
apresentadas na forma textual, resumindo os principais dados.
Criança Idade Sexo Série Ordem Inicia com Inicia com tempo restrito
escolar na tempo livre
família
1 9 anos Feminino 4ª série único X
2 7 anos Masculino 2ª série 2º X
3 7 anos Masculino 2ª série único X
4 7 anos Masculino 2ªsérie 2º X
5 8 anos Masculino 3ª série 2º X
6 9 anos Feminino 3ª série 2º X
* Escores clínicos
Escores normais
# Limítrofe
Crianças 1 2 3 4 5 6
Comportamentos Bater pé X
Ficar quieto X X
Nervoso X X
Agitado X X X X
Falar bastante X
Sensações Ruborização X X X X X
Sudorese X X X X
Inchaço X
Tremor X X
corpo leve X
Elevação dos batimentos cardíacos X X
10
8
6
Nota
Notas
4
2
0
1 2 3 4 5 6
Crianças
Mães 1 2 3 4 5 6
Comportamentos Chorar X X X
Falar bastante X X X
Gritar X
Agitação X X X X X
Dar risada X
Falar alto X
Paralisar X
Sensações Ruborização X
Tremer X
Sudorese X
Tensão X
40
Tentativas
Tentativas da
30
criança
20
Tentativas da mãe
10
0
1 2 3 4 5 6
Díades
A figura 2 mostra que a díade 5 foi a mais ativa, com número maior de
tentativas, sendo que a mãe 5 a que obteve maior escore. Nas díades 1 e 6
observou-se número maior de tentativas significativas da mãe. A díade 4 teve o
mesmo número de tentativas. Na díade 2, a criança tentou mais que a mãe e na
díade 3, a mãe tentou mais que a criança.
Díades 1,2 e 5 iniciaram a avaliação com tempo restrito (5 minutos).
40
30
Tentativas
Tentativas da
criança
20
Tentativas da mãe
10
0
1 2 3 4 5 6
Díades
40
ncaixes/ acertos
30 Encaixes /
acertos da
20 criança
Encaixes /
10 acertos da m ãe
E
0
1 2 3 4 5 6
Día de s
40
30 Encaixes / acertos
da criança
20
Encaixes /acertos
10
da m ãe
0
1 2 3 4 5 6
Díades
A figura 5 mostra que a díade 6 foi a mais ativa, com maior número de
tentativas, sendo que a mãe 6 a que obteve maior escore. As díades 1 e 4 vem na
seqüência, sendo que em ambas houve equilíbrio no desempenho da mãe e da
criança.
Comparando a figura 3 e 4 observa-se que a díade 5 foi a que apresentou
maior diferença no número de tentativas na atividade com tempo limitado e
ilimitado.
TABELA 9: MÉDIA DAS TENTATIVAS E ENCAIXES DAS DÍADES NA
ATIVIDADE DE QUEBRA-CABEÇA COMETIDOS NO TEMPO LIMITADO E
ILIMITADO.
Tentativas Encaixes
mãe Criança mãe criança
T T T T T T T T
limitado ilimitado limitado ilimitado limitado ilimitado limitado ilimitado
1 18 25 8 24 13 18 4 17
2 11 12 18 6 9 9 9 6
3 12 12 9 9 11 10 11 5
4 13 32 12 29 7 19 5 18
5 20 5 20 13 16 2 14 11
6 17 35 8 21 12 28 12 17
Mudança de foco
Criança mãe
T limitado T ilimitado T limitado T ilimitado
1 1 0 1 0
2 0 2 1 0
3 0 3 0 0
4 5 10 0 3
5 6 2 0 2
6 10 4 0 0
30
25
Encaixes
20
15
10
5
0
1 2 3 4 5 6
mãe T limitado mãe T ilimitado
Díades
criança T limitado criança T ilimitado
30
Encaixes
20
10
0
1 2 3 4 5 6
Díades
25
20
15
10
0
mãe criança mãe criança
Tentativas Encaixes
T limitado T ilimitado
1 2 3 4 5 6
Situações descritas Quando tem prova X
pela criança
Todas as situações X X
Quando os pais pedem para arrumar X
tudo rápido
Quando quer ir a algum lugar X
Essa tabela apresenta situações descritas pela mãe e pela criança como situações que
geram ansiedade. As crianças citaram que se sentem ansiosas quando tem prova (1), em todas
as situações (1), quando os pais pedem para arrumar tudo (1), quando quer ir a algum lugar (1).
A criança 6 não citou nenhuma situação.
Já a mãe 1 relata que seu filho fica ansioso quando tem prova e quando tem
apresentação; a mãe 2 relata que seu filho fica ansioso diante da dificuldade e quando não
consegue concluir o que começou; a mãe 3 percebe seu filho ansioso quando ele quer ganhar
alguma coisa; a mãe 4 relata que seu filho fica ansioso em todas as situações e quando
aguarda uma resposta; a mãe 5 não descreveu nenhuma situação e por fim a mãe 6 descreve
que o filho fica ansioso diante da dificuldade e quanto tem tempo restrito para desempenhar
atividades.
Cinco das seis crianças alvo do estudo discriminaram e conseguiram descrever os
momentos em que se sentem ansiosas. Apenas a criança 6 não conseguiu descrever o que a
deixa ansiosa. Observa-se que a exigência de desempenho é um fator presente em diversas
situações como quando tem prova (criança 1), quando os pais pedem para arrumar tudo rápido
(criança 3).
No instrumento que avaliou este fator, as crianças descreviam as situações, assim,
colocações como: em todas as situações (criança 2) ou quando quer ir a algum lugar (criança 4)
ficaram vagas, impedindo identificar se o que gera ansiedade é o desempenho ou qualquer outra
exigência.
É importante observar que a situação desencadeadora de ansiedade descrita pela criança
encontra paralelo na percepção materna no caso da criança 1.
4.0 DISCUSSÃO
Analisando-se a amostra de díades participantes, chama a atenção o fato
de 100% apresentarem estilo parental de risco. De acordo com os resultados
obtidos através do inventário de estilos parentais (IEP), estes pais utilizam com
grande freqüência de práticas educativas negativas. O abuso físico e psicológico
foi o que mais apareceu, 5/6 mães participantes da pesquisa demonstram tal
padrão, seguido da negligência, 4/6 mães participantes da pesquisa. Outras
práticas negativas que apareceram como sendo de risco foram a punição
inconsistente, disciplina relaxada e monitoria negativa.
De acordo com Gomide (2004), o abuso físico compreende um padrão de
relação que pode gerar tais conseqüências: crianças apáticas, medrosas,
desinteressadas e auto-estima rebaixada.
Gershoff (2002) citado por Gomide (2003) diferencia punição corporal de
abuso físico, sinalizando a punição corporal como sendo o uso da força física com
a intenção de fazer a criança sentir dor, sem ser machucada para controlar seu
comportamento. É caracterizada por 2 tipos: impulsiva (do momento) com
sentimentos de raiva e descontrole; instrumental(planejada) e não há sentimentos
por parte dos pais. O abuso físico é conseqüência da punição corporal
instrumental quando se torna exagerada. A punição física exagerada e fora de
controle pode trazer conseqüências como o desamparo aprendido, ansiedade,
depressão, sentimentos de menos valia e baixa auto-estima.
Weber, Viezzer e Brandeburg (2003) relatam que o uso difundido da
punição física pode ser controlado tanto por regras quanto por contingências. O
comportamento dos pais de bater nos filhos pode ser considerado um
comportamento governado por regras, pois está sob o controle de regras sociais
que são transmitidas pela comunidade verbal ao longo das gerações. Essas
regras culturais e históricas a respeito da infância e do uso da punição física
controlam o comportamento dos pais e faz com que não discriminem as mudanças
ocorridas ao longo do tempo.A punição física também está sob o controle por
contingências com o efeito imediato, evidenciado nas respostas emocionais da
criança e diminuição do comportamento punido.
Segundo Skinner (1953/1976/2000), quando apanha, a criança geralmente
pára imediatamente de emitir o comportamento. A obediência imediata traz
benefícios para os pais, aumentando a probabilidade deles continuarem a utilizar
esta prática educativa. Sendo assim, o efeito imediato atua como reforçador
negativo para o comportamento de bater dos pais, aumentando a probabilidade
deste comportamento ser utilizado novamente.
Para Weber, Viezzer e Brandeburg (2003) as respostas emocionais dos
pais, como irritação e raiva, são geradas por diversos fatores do meio como baixos
reforçadores no trabalho, contas para pagar, trânsito ou até mesmo
comportamentos dos filhos. Estas respostas emocionais indicam predisposições
para agir de certas maneiras, gerando respostas que aumentam de força na raiva,
infligem dano em pessoas ou objetos. Há o condicionamento de respostas que
infligem dano, sendo este comportamento reforçado durante a raiva.
Segundo Weber, Viezzer e Brandeburg (2003) existe a falta de informação
dos pais sobre as fases do desenvolvimento a respeito de outras estratégias e
sobre as conseqüências da educação coercitiva. Os pais normalmente seguem o
modelo aprendido de que a punição física educa e disciplina os filhos.
Skinner (1953/2000) relata que a punição física gera respostas emocionais
como choro, medo, ansiedade e raiva. Há o condicionamento de comportamento
de fuga e esquiva que reduzem ou eliminam o estímulo aversivo.
O controle por meio de reforçamento negativo e punição é coercitivo.
Segundo Sidman (2003) algumas vezes os pais punem removendo reforçadores
da criança, como tirar brinquedos quando estas se comportam mal, outras vezes
espancam, repreendem ou ridicularizam a criança.
Sidman (2003) relata que muitas pessoas tornam-se supressores
condicionados uns dos outros, através de práticas coercitivas, gerando ansiedade,
pânico, paralisia e depressão.
Dentro da prática parental caracterizada por abuso físico, Gomide (2003)
coloca também o abuso psicológico e sexual.
Segundo Padilha e Willians(2004), pais que cometem abuso físico,
psicológico ou sexual contra seus filhos tendem a apresentar práticas educativas
baseadas no controle através da punição.
O abuso físico é caracterizado por Gomide (2003) como abuso de poder e
falta de afeto, percebido pela criança como se ela estivesse em perigo ou se não
fosse amada.
De acordo com a literatura citada por Padilha e Willians (2004), o abuso
físico está correlacionado com características dos pais como: habilidades
parentais pobres, abuso de substâncias, tentativas de suicídio, baixa auto-estima,
habilidades sociais pobres, falta de empatia, estresse social, violência social e
nível acentuado de ansiedade, gerando impulsividade. Para a criança há várias
conseqüências negativas: falta de segurança pessoal, baixa auto-estima, sintomas
de ansiedade, depressão, problemas de controle de impulso, auto-mutilação,
abuso de substancias, agressão, violência, delinqüência, baixo rendimento escolar
e queixas somáticas. Se uma das conseqüências citadas pelas autoras são
sintomas de ansiedade, fica fácil entender o resultado evidenciado na população
alvo estudada. A prática que mais apareceu na pesquisa foi o abuso físico,
psicológico e sexual, enquanto que a avaliação dos níveis de ansiedade das
crianças apontou que todas as crianças de acordo com os critérios avaliativos da
escala de ansiedade manifesta forma infantil (EAM-FI) foram classificadas como
alto ansiosas, ou seja, há relação entre os achados na pesquisa e os dados da
literatura.
A segunda prática mais evidenciada foi a negligência, nas mães das
crianças que apresentaram maiores escores de ansiedade no EAM-FI (crianças
2,5 e 6).
Segundo Critenden (1985) citado por Gomide (2006) pais negligentes não
são responsivos e se retiram das situações difíceis, ignoram a maioria dos
comportamentos da criança e respondem pouco quando os filhos buscam algum
tipo de comunicação. As crianças em geral são muito passivas e sofrem com
déficits comportamentais.
Bögels, Muris e Smulders (2001) citado por Gomide (2006) afirmam que a
falta de coesão familiar e falta de envolvimento da família em atividades sociais
pode trazer conseqüências como: medo social, preocupação dos pais em relação
à opinião dos outros e isolamento da criança por parte dos pais e falta de
sociabilidade familiar. A avaliação parental, ou seja, a exposição da criança a
feedbacks negativos pode levá-la a ter ansiedade social, deixando a criança muito
sensível a críticas negativas. Outro aspecto relevante para a causa da ansiedade
social é a falta de calor emocional e a superproteção. Devido a não aceitação e
indisponibidade dos pais na superproteção, impedem o desenvolvimento da
autonomia ou isolam-se de experiências ambientais.
Na situação problema a ordem da avaliação (atividade de quebra-cabeça)
com tempo limitado/ilimitado parece ter influenciado especialmente nas crianças 1
e 5, havendo relação entre o padrão de comportamento quando ansiosas por elas
descritos e a inibição ou exacerbação dos movimentos no número de tentativas e
no número de encaixes realizados. As crianças que iniciaram com tempo livre (3,4
e 6) não apresentaram o mesmo grau de relação entre o que dizem e o que fazem
se analisarmos a sua descrição de como percebem-se em situação geradora de
ansiedade e o aumento ou diminuição do número de tentativas e de encaixes na
situação problema. Iniciar a situação problema com quebra-cabeças de tempo
limitado esteve associado a maior consistência entre as respostas das crianças
(auto-percepção, número de tentativas, número de encaixes), podendo apontar
para um fator que provavelmente elicia mais ansiedade.
Por de tratar de um número pequeno de casos, é necessário replicação do
procedimento com um número maior de participantes, para então confirmar ou não
a situação problema com tempo limitado como fonte real de ansiedade nas
crianças.
Barbosa (2004) relata que a ansiedade pode afetar o processo de atenção,
pessoas ansiosas tendem a dar mais atenção à ocorrência de estímulos
ameaçadores, têm dificuldade de concentração.
O paradigma proposto por Skinner (1941) envolve a presença de um
estímulo que sinaliza a apresentação de um estimulo aversivo e não há
comportamento de fuga-esquiva possível, produzindo estados corporais e
supressão de comportamentos operantes vigentes.
No que diz respeito ao auto-relato da mãe e da criança acerca da
percepção e auto-observação da ansiedade, as crianças relatam de um modo
geral perceber sua ansiedade através da agitação (n=4), ruborização (n=5) e
sudorese (n=4). As mães também relatam a agitação (n=5), seguido de falar
bastante (n=3).
Isso quer dizer que a agitação é entendida pelas crianças e pelas mães
como preditora da ansiedade.
As seis crianças estudadas se diferenciam quanto ao grau de ansiedade
manifesta, já que o primeiro critério para ser incluído na presente pesquisa era
apresentar queixa de ansiedade de escore indicativo de ansiedade no CBCL.
Assim, a presença quase que constante do abuso físico como prática parental no
grupo pesquisado, pode apontar para esta prática como um preditor de ansiedade
na criança. Para generalizar tais observações faz-se necessário novos estudos
com maior número de participantes.
5.0 CONCLUSÃO
Como critério de entrada na pesquisa utilizou-se de dois instrumentos
entrevista materna e CBCL. Das entrevistas psicológicas 4/6 mães participantes
desta pesquisa relataram como queixa presente em seus filhos a ansiedade. No
instrumentos CBCl, a ansiedade foi significativa em 5/6 mães, pontuando a
ansiedade como aspecto clínico ou dentro do limite (limítrofe).
Com o presente trabalho, ao investigar indicativos de ansiedade infantil e
suas relações com as práticas parentais, foi possível constatar que todas as mães
se enquadraram nas práticas parentais de risco, tendo como práticas negativas (a
negligência e o abuso físico e psicológico). Através da Escala de Ansiedade
Manifesta Forma Infantil (EAM-FI) foi verificado que todas as crianças possuem
indicativos de ansiedade, sendo caracterizadas como alto-ansiosas.
Quanto à situação problema (montagem do quebra-cabeça), foi observado
indicadores externos de ansiedade (supressão de comportamento operante,
aumento de outros comportamentos, como agitação, distratibilidade) quando a
avaliação iniciava com tempo.
De um modo geral as mães foram mais ativas durante o experimento,
fazendo pela criança, sendo que a proposta da pesquisadora foi que mãe e
criança realizassem a atividade juntos.
Ao correlacionar as práticas parentais com a ansiedade infantil foi
observada a negligência como aspecto comum às três mães das crianças com
indicativos maiores de ansiedade (28,29,31). A prática de abuso físico, psicológico
e sexual também esteve relacionada ao índice elevado de ansiedade na criança.
Esta pesquisa pode contribuir para novas pesquisas a respeito do tema,
para a área clínica, saúde, hospitalar, escolar. Com os dados pode-se concluir que
seria importante um trabalho de orientação a pais acerca das práticas educativas,
assim como trabalhos preventivos. Faz-se necessário instrumentalizar as crianças
quanto ao manejo da ansiedade, através de trabalhos como o proposto pela
pesquisadora.
Por tratar-se de uma amostra pequena, sugere-se a replicação do presente
estudo, o que pode fornecer maior consistência aos achados aqui descritos.
REFERÊNCIAS
CONTE, F.C.S. Promovendo a relação entre pais e filhos. In: DELITTI, N. Sobre
comportamento e cognição, 2, 161-168. São Paulo: Arbytes, 2001.
GESELL, A. A criança dos 5 aos 10 anos. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
HALL, J. Bicho papão não existe: ajudando seu filho a superar medos. São Paulo:
fundamento educacional, 2004.
ROCHA, G.V.M. & INGBERMAN, Y.K. Interação pais e filhos: a observação como
instrumento para identificar práticas parentais. In: BRANDÃO, Z.S. (Org). Sobre
comportamento e cognição: clínica, pesquisa e aplicação. São Paulo: Esetec, 2003.
Vol. 11. p. 527-535.
WEBER, L. Identificação de estilos parentais: o ponto de vista dos pais e dos filhos,
2002. Disponível em: http: //www.nac.ufpr.br. Acessado em: 16 fev.2006.
1. Fico nervoso sempre que alguém me observa quando faço alguma coisa
SIM NÃO
2. Eu gosto de todas as pessoas que conheço SIM NÃO
3. Ás vezes me sinto com vontade de gritar SIM NÃO
4. Eu gostaria de poder estar bem longe daqui SIM NÃO
5. Parece que os outros podem fazer as coisas mais facilmente que eu
SIM NÃO
6. Eu tenho medo de uma porção de coisas que não conto a ninguém
SIM NÃO
7. Eu me sinto sozinho mesmo quando há gente perto de mim SIM NÃO
8. Eu fico nervoso quando as coisas não vão bem para mim SIM NÃO
9. Eu vivo preocupado a maior parte do tempo SIM NÃO
10. Eu sou sempre generoso SIM NÃO
11. Eu fico preocupado com que meus pais poderão dizer SIM NÃO
12. Muitas vezes eu tenho dificuldade de respirar SIM NÃO
13. Eu fico facilmente com raiva SIM NÃO
14. Eu tenho sempre boas maneiras SIM NÃO
15. Sinto minhas mãos suadas SIM NÃO
16. Eu preciso ir à privada mais do que a maioria das pessoas SIM NÃO
17. Outras crianças são mais felizes do que eu SIM NÃO
18. Eu me preocupo com o que as outras pessoas pensam de mim SIM NÃO
19. Eu tenho dificuldade em engolir SIM NÃO
20. Eu já me preocupei com coisas que não tiveram nenhuma importância mais
tarde SIM NÃO
21. Eu fico sentido facilmente SIM NÃO
22. Eu me preocupo em fazer o que é certo SIM NÃO
23. Eu sou sempre bom SIM NÃO
24. Eu me preocupo com o que possa acontecer SIM NÃO
25. É difícil para mim pegar no sono, à noite SIM NÃO
26. Saber se vou bem ou mal na escola me causa preocupação SIM NÃO
27. Eu sou sempre delicado com todas as pessoas SIM NÃO
28. Fico facilmente sentido quando falham comigo SIM NÃO
29. Eu digo a verdade todas às vezes SIM NÃO
30. Eu fico muitas vezes solitário quando estou com outras pessoas SIM NÃO
31. Eu sinto que alguém vai me dizer que estou fazendo as coisas de modo
errado SIM NÃO
32. Eu tenho medo do escuro SIM NÃO
33. É difícil para mim ficar prestando atenção nas lições da escola SIM NÃO
34. Muitas vezes eu me sinto mal do estômago SIM NÃO
35. Eu nunca fico com raiva SIM NÃO
36. Eu vou preocupado para a cama, à noite SIM NÃO
37. Muitas vezes eu faço coisas que nunca desejaria ter feito SIM NÃO
38. Eu tenho dores de cabeça SIM NÃO
39. Muitas vezes eu fico preocupado com o que possa acontecer aos meus
pais SIM NÃO
40. Eu nunca digo coisas que não devo dizer SIM NÃO
41. Eu fico cansado facilmente SIM NÃO
42. É bom tirar notas altas na escola SIM NÃO
43. Tenho maus sonhos SIM NÃO
44. Eu sou nervoso SIM NÃO
45. Eu nunca minto SIM NÃO
46. Muitas vezes eu fico preocupado com alguma coisa de ruim que possa
acontecer para mim SIM NÃO
ANEXO 2
CHILD BEHAVIOR CHECK LIST (CBCL)
ANEXO 3
INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS (IEP)
INVENTÁRIO DE ESTILOS PARENTAIS- IEP
Práticas Educativas Maternas e Paternas
Paula Inez Cunha Gomide
Identificação:
Nome (pai/mãe): ____________________________________________Idade: _____
Escolaridade (pai/mãe): ___________________________________ Sexo: ( ) M ( ) F
Nome do filho (a): ________________________________________ Série: _________
Responda a tabela abaixo fazendo um X no quadrinho que melhor indicar a
freqüência com que você age nas situações abaixo relacionadas; mesmo que a
situação descrita nunca tenha ocorrido, responda considerando o seu possível
comportamento naquelas circunstancias.
Utilize a legenda de acordo com o seguinte critério:
NUNCA: se, considerando 10 episódios, você agiu daquela forma entre 0 a 2 vezes.
ÀS VEZES: se, considerando 10 episódios, você agiu daquela forma entre 3 a 7
vezes.
SEMPRE: se, considerando 10 episódios, você agiu daquela forma entre 8 a 10
vezes.
Entre 10 episódios
8 a 10 3a7 0a2
Sempre Às Nunca
vezes
1. Quando meu filho (a) sai, ele (a) conta espontaneamente aonde vai.
2. Ensino meu filho(a) a devolver objetos ou dinheiro que não
pertencem a ele (a).
3. Quando meu filho (a) faz algo errado, a punição que aplico é mais
severa dependendo de meu humor.
4. O meu trabalho atrapalha na atenção que dou a meu filho (a).
5. Ameaço que vou bater ou castigar e depois não faço nada.
6. Critico qualquer coisa que meu filho (a) faça, como o quarto estar
desarrumado ou estar com os cabelos despenteados.
7. Bato com cinta ou outros objetos nele (a).
8. Pergunto como foi seu dia na escola e o ouço atentamente.
9. Se meu filho (a) colar na prova explico que é melhor tirar nota baixa
do que enganar a professora ou a si mesmo (a).
10. Quando estou alegre não me importo com as coisas erradas que
meu filho (a) faça.
11. Meu filho (a) sente dificuldades em contar seus problemas para
mim, pois vivo ocupado (a).
Entre 10 episódios
8 a 10 3a7 0a2
Sempre Às Nunca
vezes
12. Quando castigo meu filho (a) e ele pede para sair do castigo, após
um pouco de insistência, permito que saia do castigo.
13. Quando meu filho (a) sai, telefono atrás dele muitas vezes.
14. Meu filho (a) tem muito medo de apanhar de mim.
15. Quando meu filho (a) está triste ou aborrecido (a) me interesso em
ajudá-lo a resolver o problema.
16. Se meu filho (a) estragar alguma coisa de alguém, ensino a contar o
que fez e pedir desculpas.
17. Castigo quando estou nervoso (a); assim que passa a raiva, peço
desculpas.
18. Meu filho (a) fica sozinho em casa a maior parte do tempo.
19. Durante uma briga, meu filho (a) xinga ou grita comigo e, então, eu o
(a) deixo em paz.
20. Controlo com quem meu filho (a) fala ou sai.
21. Meu filho (a) fica machucado fisicamente (a) quando bato nele (a).
22. Mesmo quando estou ocupado (a) ou viajando, telefono para saber
como meu filho (a) está.
23. Aconselho meu filho (a) a ler livros, revistas ou ver programas de TV
que mostrem os efeitos negativos do uso de drogas.
24. Quando estou nervoso (a) acabo descontando em meu filho (a).
25. Percebo que meu filho (a) sente que não dou atenção a ele (a).
26. Quando mando meu filho (a) estudar, arrumar o quarto ou voltar para
casa, e ele não obedece, eu “deixo pra lá”.
27. Especialmente nas horas das refeições, fico dando as “broncas”.
28. Meu filho (a) sente ódio de mim quando bato nele (a).
29. Após uma festa quero saber se meu filho (a) se divertiu.
30. Converso com meu filho (a) sobre o que é certo ou errado no
comportamento dos personagens dos filmes e dos programas de TV.
31. Sou mau-humorado (a) com meu filho.
32. Não sei dizer do que meu filho (a) gosta.
33. Aviso que não vou dar um presente para meu filho (a) caso não
estude, mas, na hora “H”, fico com pena e dou o presente.
34. Se meu filho (a) vai à uma festa somente quero saber se bebeu, se
fumou ou se estava com aquele grupo de maus - elementos.
35. Sou agressivo (a) com meu filho (a).
36. Estabeleço regras (o que pode e o que não pode ser feito) e
explicando as razões sem brigar.
37. Converso sobre o futuro do trabalho ou profissão de meu filho
mostrando os pontos positivos ou negativos de sua escolha.
38. Quando estou mal humorado (a) não deixo meu filho (a) sair com os amigos.
39. Ignoro os problemas de meu filho (a).
40. Quando meu filho fica muito nervoso (a) em uma discussão ou briga,
ele (a) percebe, que isto me amedronta.
41. Se meu filho (a) estiver aborrecido (a) fico insistindo para ele contar o
que aconteceu, mesmo que ele (a) não queira contar.
42. Sou violento (a) com meu filho (a).
ANEXO 4
(REGISTRO DE OBSERVAÇÃO)
TEMPO LIMITADO
(5 minutos)
CRIANÇA MÃE
TENTATIVAS ENCAIXE MUDA O TENTATIVAS ENCAIXE MUDA O
FOCO FOCO
10 10
20 20
30 30
40 40
50 50
60 60
10 10
20 20
30 30
40 40
50 50
60 60
10 10 Consign
20 20
30 30 a: Vocês
40 40
50 50 em
60 60
10 10 conjunto
20 20
30 30
40 40 terão 5
50 50
60 60 minutos
para montar este quebra cabeça, a maioria das mães, juntamente com seus filhos
concluem esta tarefa.
1. Pense sobre alguma coisa que fez você se sentir realmente ansioso
ou tenso. Como outra pessoa saberia que você se sentiu assim?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________.
2. Como a sua face fica quando você está ansioso ou tenso?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________.
3. Como o seu corpo fica quando está ansioso ou tenso?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________.
4. Como você se comporta quando está ansioso ou tenso?
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________.
5. Durante quanto tempo você se sente ansioso ou tenso?
DURANTE A ATIVIDADE
6. Como você (mãe) se sentiu durante a atividade de quebra-cabeças que
realizamos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________.
7. Em algum momento da atividade se sentiu ansiosa? Em quais?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________.
8. Observou ansiedade no seu filho durante a atividade?
__________________________________________________________________
____________________________________________________________
ANEXO 8
(TERMO DE CONSENTIMENTO
ESCLARECIDO)
TERMO DE CONSENTIMENTO