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Abstract: Onions chopped, sliced, fried, cooked, baked or raw are a part of
world culinary since a long time. Loved by many, hated by others, food that
literally makes people cry when using or eating it, onions are present in the
history of human alimentation since immemorial periods, being present on
registers that relate its regular use on documents made by Egyptians, the
communities that lived in Mesopotamia, Greeks and Romans. Through this
article we intend to arouse the history of this food to enrich the debate and
comprehension of the importance of onions for alimentation and gastronomy.
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Professor e pesquisador do Centro Universitário Senac – Campus Campos do Jordão/SP; Doutorando
em Educação:Currículo pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie (SP); Editor do portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br).
Sempre que a encontramos na cozinha parecemos nos emocionar. As lágrimas
rolam por nossos rostos como se estivéssemos amargurados por alguma perda
ou alegres em virtude de nossas vitórias e conquistas. É claro que isso tudo
não passa de especulação, pois a cebola, ao nos fazer chorar quando com ela
trabalhamos, não nos consegue afetar o emocional pelo simples contato físico.
Entretanto é notório que a utilização dessa planta consumida desde a
Antiguidade, pertencente à família das liliáceas, como ingrediente gastronômico
atinge as pessoas em cheio quando se trata de falar a respeito do paladar.
Não eram somente os membros da elite egípcia que consumiam cebolas, pelo
contrário, praticamente todas as hortas daquela civilização produziam esse
vegetal e também a alface, o alho e o alho-poró. Isso nos leva a concluir que se
tratava de alimento popular também entre o povo egípcio.
O faustoso ambiente das cortes européias dos séculos XV a XVIII não ignorou
as cebolas, que continuavam presentes nos cardápios refinados, ainda que de
forma discreta, nas combinações que faziam à fama dos grandes chefs de
então. A cebola não aparecia tanto por ser considerada alimento
caracteristicamente popular e barato. Preferia-se dar mais ênfase e atenção
aos condimentos e temperos importados.
Isso obviamente não ocorria entre os camponeses, que ainda viviam de forma
mais “pia e inocente”, alimentando-se daquilo que obtinham da terra, por esse
motivo, a cebola continuava sendo muito freqüente e importante em suas
dietas. O campesinato europeu da Idade Moderna utilizava a cebola
conjuntamente com a salsa, a menta, o alho ou o alho-poró, conforme as
especificidades e possibilidades regionais, para temperar sua comida. Para
eles a importação de especiarias orientais ou americanas era um luxo
incompatível com suas rendas.
Referências: