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COMER EMOCIONAL E ANSIEDADE

EM TEMPOS DE PANDEMIA
Olá,

Estou muito feliz que você chegou até aqui! Preparamos este
material com muito empenho para que você possa obter
informações de qualidade e mais do que isso, para que você
possa aplicar essas informações e conhecimentos na sua vida.

O momento atual não é dos melhores e é exatamente por isso


que estamos aqui, para oferecer ferramentas práticas sem
modismos. Falar sobre alimentação é sempre muito polêmico,
sempre muitas ‘’dietas’’ surgindo, a demanda das mídias sociais
e muitos produtos novos. Mas não é nada disso que esse
material trata, pode ficar tranquilo(a)!

Nosso foco aqui é fornecer orientações acessíveis e que possam


ser implementadas no seu cotidiano. Separamos um conteúdo
de ALIMENTOS e apenas alimentos que você encontra em
qualquer feira ou mercado para atingir as orientações desse e-
Book. Além disso, você vai encontrar aqui uma série de
estratégias comportamentais para lidar com a ansiedade, a
angústia e o medo que a pandemia tem provocado em muitos
de nós. E ai, vamos juntos?

Do CAAESM e da Nutri, Nathália Cerca.


O brasileiro é ansioso?

Você sabia que Segundo um estudo divulgado pela


Organização Mundial de Saúde em 2019, 18,6 milhões de
brasileiros (9,3% da população brasileira) estão convivendo
com a ansiedade e que em muitos casos essa ansiedade
acomete mais as mulheres (7,7%) do que os homens (3,6%)?

É fato que houve aumento mundial na frequência de


transtornos depressivos e de ansiedade em todo o mundo nos
últimos anos. E ao considerarmos os tempos atuais de
pandemia pelo COVID-19 esses quadro se torna ainda mais
preocupante.
Mas, afinal, o que é ansiedade?

A ansiedade é uma reação que todos nós experimentamos


diante de algumas situações da vida, como falar em público,
expectativa para datas importantes, entrevistas de emprego,
vésperas de provas, exames de saúde, viagens, etc. E está
tudo bem, é natural ter aquele “frio na barriga” de vez em
quando.

Porém, algumas pessoas vivenciam esta reação de forma mais


intensa e frequente e ai que mora o problema pois essa
“sensação” de forma frequente pode comprometer nossa
saúde mental e até mesmo física sabia?
Alguns sintomas ou comportamentos que podem estar relacionados a
ansiedade são:

Vejo perigo em tudo


Em geral superestimar o perigo nas situações ou sentir o medo ou a
ansiedade de forma excessiva.

Consumir alimentos como válvula de escape


Muitas pessoas acabam fazendo da comida uma solução para seus
problemas. Comer alimentos em excesso, sem fome, por ansiedade,
estresse ou outra emoção negativa é um sinal de alerta.

Alterações de sono
Dificuldade para dormir ou insônia também podem estar relacionados
a quadros de ansiedade e estresse.

Medo de falar em público e outros medos


Esse medo pode estar relacionado às preocupações, receio de
julgamento e a apreensão, o que aumenta a ansiedade. Outros medos
incluem também o medo de não ser bom o suficiente, medo do
fracasso, medo de ficar sozinho ou de não ser aceito também.

Preocupação em excesso
A preocupação excessiva pode ser uma fonte direta de dores de
cabeça, úlceras, ansiedade e estresse, podendo inclusive afetar o
sistema imunológico.

Inquietação constante
Dificuldade de concentração, inquietação e fadiga, angústia intensa.

Problemas digestivos
O trato gastrointestinal pode ser muito afetado pelo estresse e
ansiedade. Dores, má digestão, mal-estar no abdômen, diarreia e azia
são alguns desses sinais que podem causar incômodo. Como
consequência dessas alterações podem surgir úlceras, gastrites,
doenças inflamatórias, refluxo gastroesofágico e síndrome do
intestino irritável.
Caramba acho que estou me sentido
ansioso(a)! O que posso fazer?
Primeiramente, se você se identificou com algumas das
sensações e comportamentos acima é muito importante além
de ler esse e-Book até o final, buscar tratamento junto a um
psicólogo que poderá te orientar e aconselhar no manejo da
ansiedade.

Dito isso, se você também identificou que ao se sentir mais


ansioso(a) sua alimentação tende a se desregular e você
acaba consumindo diferentes alimentos ou em diferentes
quantidades, fica aqui que esse e-Book pode te ajudar e muito!
E já vamos esclarecer que para prescrições individualizadas
busque sempre auxílio de um nutricionista qualificado que
poderá te orientar quanto a melhor estratégia nutricional para
o seu caso.
Primeiro, as primeiras coisas

Para começar, é fundamental entender o que você come mas


MUITO mais importante é entender o COMO e o PORQUÊ
você come. Como assim?

Eu explico: Claro que o que você come tem influência direta


sobre a sua saúde. Não é ciência de foguete, se você tem
como a BASE da sua alimentação alimentos naturais como
hortaliças, legumes, frutas, feijões e cereais integrais você
está consumindo uma ótima quantidade de nutrientes e
fitoquímicos presentes nesses alimentos que irão beneficiar e
muito todos os processos metabólicos e fisiológicos do seu
corpinho.
Primeiro, as primeiras coisas
Porém, e aqui explico o pulo do gato, nós seres humanos NÃO
COMEMOS NUTRIENTE! Logo, é crucial entender o COMO e o
PORQUÊ você come e isso vai estar relacionado a uma série de
hábitos, pensamentos, memórias, crenças, valores, o seu contexto
social e o momento atual.

Por exemplo, em uma confraternização com os amigos vocês vão a


um bar comemorar e colocar o papo em dia, você nem está com
fome, já até comeu antes de sair de casa mas ai chega lá, conversa vai,
conversa vem, chegam uns salgadinhos na mesa e você vai comendo
e conversando. O garçom vai tirando e repondo o chopp e quando
você vê já se foram muitas coxinhas e uns quatro chopps. Você estava
com fome daquele tipo que a sua barriga “ronca”? Provavelmente
não. Mas você comeu pelo CONTEXTO, os amigos, a comemoração e
a festa. Nesse exemplo o COMO e o PORQUÊ (comer por alegria,
comemoração) dizem muita coisa sobre nós seres humanos e porque
não devemos pensar somente em NUTRIENTES.
Primeiro, as primeiras coisas
Outro exemplo é quando você tem um trabalho ou prova muito difícil
pela frente. Você quer dar o seu melhor nessa tarefa e estuda muito e
fica um tanto estressado(a) para terminar no prazo e fazer um
trabalho bem feito. Você consegue mas o nível de estresse está tão
alto que você vai na cozinha e sente que “precisa” comer alguma
“coisa bem gostosa”. Você abre a geladeira e tem um pote com
melão e uva já lavados e descascados mas também tem aquele pote
com o que sobrou do pavê de chocolate do domingo. Você nem
pensa, ataca o pavê e antes de se dar conta já comeu o pote inteiro.
Novamente nessa situação você estava com fome? Provavelmente
não. Mas você comeu pelo CONTEXTO, a tensão, o estresse
temporário de finalizar o projeto ou até mesmo a sensação de que
você merecia uma ‘’recompensa’’ pelo seu feito. Nesse exemplo o
COMO e o PORQUÊ (comer por ansiedade, tensão, estresse,
recompensa) dizem muita coisa sobre nós seres humanos.
E porque nós comemos?
Primeiro comemos pela fome física, afinal precisamos nos
alimentar para continuar vivos não é mesmo?
Podemos comer por conforto, ou seja, porque determinados
alimentos nos trazem boas memórias e lembranças como, por
exemplo, aquele bolinho de fubá com erva doce que minha
avó fazia quando eu era criança e eu comia quentinho.
Podemos comer por distração, onde usamos a comida como
forma de se distrair de outros eventos ou acontecimentos em
nossa vida.

Podemos comer por sedação que é uma forma de se esquecer


da realidade ou até mesmo podemos comer por punição que
se trata de uma forma de lidar com sentimentos e emoções
consumindo grandes quantidades de alimentos como uma
forma de punição. Esses dois últimos exemplos são casos que
necessitam de um auxílio profissional especializado.
Dito isso, não podemos nos esquecer do
momento atual

Vivemos tempos sem precedente. Atualmente uma pandemia


acomete todo o mundo e junto com ela vêm uma série de
sentimentos e sensações inesperadas além da crise
econômica e política. É uma situação desafiadora sem dúvidas!
Muitas pessoas precisaram se reinventar, lidar com todos os
afazeres de casa e do trabalho agora em casa também, outras
pessoas tiveram que lidar com o isolamento e o
confinamento. Uma nova realidade que pode causar angústia,
sensação de falta de liberdade, ansiedade, tristeza e muitas
preocupações com o futuro.

Não sei se é o seu caso mas tenho recebido muitos relatos de


pessoas que estão com a alimentação completamente
desreguladas devido a todos os recentes acontecimentos.
Muitas pessoas acabam utilizando a comida como ÚNICA
fonte de prazer nesse período ou até mesmo como ‘’válvula
de escape’’ para lidar com todas as incertezas do momento.
Caramba Nathalia, esse é exatamente o
meu caso!

Para começar não se desespere se esse é o seu caso. Estamos


aqui para te ajudar na prática. Mas primeiro precisamos falar
dos diferentes tipos de fome. Sim, você sabia que existe mais
de uma fome?

A fome fisiológica é aquela do ‘’ronco na barriga’’ sabe?


Aquela que se você passar muitas horas sem se alimentar você
já sabe que a barriga vai reclamar. É uma fome que vai
surgindo gradativamente.

Já a fome emocional ou hedônica é aquela fome relacionada


ao ‘’desejo de comer’’, isto é, está relacionada a aspectos
emocionais. Lembra do exemplo que você tinha que entregar
um projeto ou estudar pra uma prova e o processo gerou uma
certa tensão e ansiedade e você foi lá na geladeira e comeu o
pavê? Então esse é um exemplo da fome hedônica, esse
“desejo de comer alguma coisa gostosa’’.
Caramba Nathalia, esse é exatamente o
meu caso!
Veja, preciso dizer aqui que TODOS nós somos guiados pela
fome física (precisamos do alimento para continuarmos vivos)
e também pela fome emocional pois há uma relação muito
íntima e interligada entre alimentação, cultura, memórias,
hábitos e claro, o contexto social. E está tudo bem, não
precisamos ser máquinas 100% do tempo e comer só pelos
nutrientes ou só porque a barriga ‘’ronca’’.

O grande problema é que perdemos a nossa conexão com


corpo, com os sinais de fome e saciedade que nosso corpo
envia, então comemos até o fim sem perceber se já estamos
ou não satisfeitos. Escolhemos alimentos muitas vezes pelo
nosso estado atual. Em uma rotina de muito estresse vamos
preferir os alimentos mais ‘’gostosos’’ que são os alimentos
ultra-processados ricos em sal, gordura e açúcar que
infelizmente não nos trazem benefícios a saúde.
Caramba Nathalia, esse é exatamente o
meu caso!

Outro ponto importante é que em situações de estresse,


tensão e ansiedade há uma elevação dos níveis de cortisol (o
hormônio do estresse) e essa elevação de forma contínua
pode nos causar grandes problemas tanto do ponto de vista
nutricional quanto psicológico e de qualidade de vida. Isso
porque altos níveis de cortisol nos deixam ‘’estressados’’
cronicamente o que nos leva a buscar alimentos altamente
calóricos e palatáveis como uma tentativa de compensar o
estresse.

O nosso cérebro percebendo isso de forma contínua, se


condiciona a ‘’acreditar’’ que esses alimentos altamente
calóricos e palatáveis são exatamente o que precisamos para
nos sentir bem. E cria-se então um comportamento repetitivo
não tão benéfico a sua saúde não é mesmo?
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

1. Comida não é só caloria e nutriente

Entenda isso, você não come nutriente! Não adianta pensar


em alimentação apenas em termos de calorias porque somos
seres complexos, reagimos a estímulos do ambiente e
comemos com o paladar, a visão, o olfato, e o tato. Então
precisamos DESMISTIFICAR a comida.
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

2. Auto-observação

É preciso entender que existem sentimentos que podem


desencadear o comer emocional e isso acontece praticamente
com todos nós. Eu mesma por exemplo, tenho uma tendência
a comer mais pão se eu passar pela padaria e sentir o cheiro
do pão quentinho mesmo se eu não tiver com fome.

Ao praticar a auto-observação, conseguimos identificar o que


está acontecendo internamente e com isso conseguimos nos
preparar. Eu estou com fome? minha barriga está roncando?
Porque será que quero tanto comer aquele pão? Será que é o
cheiro? Se eu não estou com fome, o que devo fazer então?
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

3. Identificar os gatilhos

Agora que você já entendeu a


importância de se auto-
observar você conseguirá
identificar os gatilhos, ou seja,
o que pode te levar a escolher
determinados alimentos e
bebidas em determinados
momentos.

Por exemplo, sempre que eu


passo na padaria as 4 da
tarde, sinto o cheiro do pão
quentinho e não resisto,
mesmo não estando com
fome compro logo 3 pães.
Nesse caso os gatilhos são o
horário (16 horas) e as
sensações (o cheiro do pão
quentinho).
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

4. Lidando com o estresse

Como já falamos até certo nível todos nós temos algum grau
de estresse devido a rotina, a correria do dia a dia, a poluição,
o ritmo de vida e as demandas atuais. Não posso te afirmar
que é possível acabar com o estresse, se você descobrir como
me conta por favor! Mas o que posso te dizer com certeza é
que você pode adotar medidas e práticas no seu dia a dia para
reduzir o estresse. São elas:
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

Praticar alguma atividade física – Seja ela qual for!

A atividade física acelera o metabolismo, melhora o nível de


oxigenação, produz endorfinas, contribui para a redução do
estresse, melhora do humor e auto-estima. O tipo de atividade
física é você quem escolhe, não seja refém de academias ou o
que está todo mundo fazendo nas redes sociais. Escolha o que
verdadeiramente te interessa! Atenção, procure um
profissional de educação física que possa te orientar uma vez
que você escolha sua atividade física.
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

Praticar uma meditação simples – pode ser 5 minutos por dia!

A meditação pode diminuir o impacto do estresse em nossas


vidas. Ela traz uma sensação de equilíbrio, calma e clareza
mental. Com a prática você pode começar a ver as situações
sob diferentes perspectivas o que acaba por aumentar a sua
tolerância e resiliência para lidar com a rotina e as questões do
cotidiano.
Existem uma série de sites e aplicativos que você pode baixar
de graça e que podem te ajudar a começar a medicar. Alguns
deles são o Calm e o Headspace.
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?
Limitar bebidas alcóolicas – limitar é diferente de excluir.

O álcool pode ter a princípio um efeito “calmante e sedativo”


entretanto, quando metabolizado pelo nosso corpo produz
toxinas que podem causar grandes estragos, inclusive
deprimindo nosso sistema nervoso e imunológico. Essas
toxinas podem alterar os níveis de serotonina (um
neurotransmissor do bem-estar) e isso pode reforçar ainda
mais sintomas de ansiedade.
A regra é clara: você não precisa excluir por completo sua taça
de vinho ou seu chopp ocasionalmente. Mas consumir bebidas
alcóolicas diariamente como uma forma de ficar ‘’calmo(a)”
pode te trazer sérios prejuízos a longo prazo.
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

Alimentação – baseada em comida de verdade

Não existe alimento vilão e super herói alimentar, não existe


alimento proibido. Sim, sabemos que uma alimentação com
excessos de açúcar, sódio, gorduras trans e saturadas,
corantes, adoçantes e aditivos químicos será prejudicial a sua
saúde. Mas eu disse EXCESSO e não que de vez em quando
não possamos comer um sorvete por exemplo.

Da mesma forma que se você fizer com que na BASE da sua


alimentação tenham alimentos naturais, ou seja, aqueles que
vêm da terra sem muito processamento isso trará ganhos
imensos a sua saúde.

Veja que não estou falando aqui de estratégias alimentares


específicas ou suplementações pois estas devem ser
individualizadas. O que posso te dizer com todo meu
conhecimento e certeza é que uma alimentação LIMPA com
frutas, verduras, vegetais, castanhas, azeite, feijões, cereais
integrais e proteínas de boa procedência (ovos, carnes,
frango) beneficiará a todos. E isso não significa que você não
possa de vez em quando comer um pizza, um pudim, um
brigadeiro e por ai vai.
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

Praticar a auto-observação – 3 perguntas

Praticar a auto-observação é um exercício diário porque nós


mudamos o tempo todo. Cada dia acordamos de um jeito e
somos influenciados por diferentes estímulos. Por isso
precisamos nos auto-observar e a partir daí nos conhecermos
melhor. Uma estratégia que funciona muito do ponto de vista
nutricional para a auto-observação é fazer as três perguntas
toda vez que quisermos saber se estamos realmente com
fome ou se pode ser uma armadilha do dia a dia:

1) Eu realmente quero isso?


2) Eu vou me sentir mal depois de comer isso?
3) Eu preciso disso nesse momento?
E depois de tudo isso, o que eu posso fazer
na prática para melhorar minha relação
com a alimentação e minha saúde?

Comida não é a única fonte de prazer!

Essa é uma idéia muito libertadora. Sim, são tempos de


isolamento em que estamos privados de muitas fontes de
diversão e lazer como cinemas, teatros, viagens, shows,
passeios com os amigos, etc. Mas o fato de estarmos em casa
não é sinônimo de que a “única” fonte de prazer e diversão é
comer.

Claro que aproveitar esse tempo para cozinhar em família,


testar receitas é uma ótima forma de passar o tempo mas
existem infinitas possibilidades de lazer em casa.

Você pode ler, procurar cursos que há tempos gostaria de


fazer e nunca teve tempo, assistir cursos e eventos online de
graça, assistir filmes, séries, espetáculos e peças de teatro
pela internet, praticar atividade física em casa, ouvir música,
dançar, fazer algum tipo de trabalho voluntário de casa... São
muitas possibilidades e por isso eu digo: não fique refém da
comida! Ela não é sua única fonte de prazer!
Mas o que eu vou comer?
Agora vamos começar a brincadeira! Nessa parte separei pra
você o que temos de melhor quando se trata de nutrição com
foco em reduzir ansiedade e estresse. Mas antes, lembre-se
que tudo que vou falar aqui se traduz em ALIMENTO, não
quero ninguém por aí comprando suplementos alimentares
sem antes passar por um nutricionista viu?

Chega de conversa e vamos ao que interessa!


Mas o que eu vou comer?
Vitaminas do complexo B

Existe uma relação importantíssima entre algumas vitaminas


do complexo B e o bom funcionamento do cérebro. Sem estas
vitaminas, a síntese de neurotransmissores (sustâncias
essenciais à comunicação entre neurônios) fica prejudicada.

Essas vitaminas também servem como cofatores de enzimas


importantes no metabolismo, promovendo o relaxamento em
situações de estresse e fadiga. Baixos níveis dessas vitaminas
pode causar ansiedade, fadiga, irritabilidade, nervosismo,
depressão, insônia, perda de apetite.

Quais são as principais fontes de vitaminas do complexo B?


Aqui listei os alimentos que você deve incluir na BASE da sua
alimentação. Você não precisa incluir tudo ok? Selecione os
seus preferidos e mãos a obra!
Carnes, frango, batatas, feijões, lentilhas, ervilhas, vegetais
verde escuro (couve, brócolis, espinafre, mostarda, bertalha,
etc), gema de ovo, aveia, cereais integrais, peixes.
Mas o que eu vou comer?
Vitamina D
Baixos níveis de vitamina D estão associados a cansaço, falta
de energia, maior risco de depressão e crises de ansiedade.
Hoje sabemos que a melhor estratégia para adequar os níveis
de vitamina D é a exposição ao sol de forma regular por 15-20
minutos.

Cálcio
O cálcio regula as contrações musculares que permitem o
movimento e as transmissões nervosas, dentre muitas outras
funções. Baixos níveis de cálcio podem provocar agitação,
depressão, insônia e irritabilidade.
Quais são as principais fontes de vitaminas do cálcio?
Vegetais verde escuros, leite e derivados (iogurtes, queijos,
ricotas), sardinha.

Magnésio
O magnésio auxilia no relaxamento muscular. Baixos níveis de
magnésio podem provocar: agitação, ansiedade, perturbações
comportamentais, confusão, depressão e insônia.
Quais são as principais fontes de vitaminas do magnésio?
Vegetais verde escuros, cereais integrais e oleaginosas (nozes,
castanhas, amêndoas, macadâmias).
Mas o que eu vou comer?
Cromo
O cromo é um elemento que pode auxiliar e muito na vontade
inexplicável pelo consumo de doces e alimentos açucarados.
Isso porque a elevação de cortisol e consequente vontade de
consumir doces pode estar relacionada a baixos níveis de
cromo.

Quais são as principais fontes de cromo?


Aveia, oleaginosas, açaí, feijões, levedo de cerveja.

Ômega 3
O ômega 3 é um ácido graxo (gordura) fundamental para o
bom funcionamento cerebral, é um dos constituintes das
membranas celulares dos neurônios e fundamental para a
comunicação entre células nervosas. Além disso apresenta
ação contra tensão mental e alguns estudos mostram que o
consumo de ômega-3 pode reduzir o risco de sofrer de
ansiedade.

Quais são as principais fontes de ômega-3?


Sardinha, atum, salmão, linhaça, óleo de linhaça e nozes.
Mas o que eu vou comer?
Triptofano
Trata-se de um aminoácido que é o precursor da serotonina,
chamada o neurotransmissor da felicidade e bem-estar, visto
que regula o humor e a concentração, promove um descanso
de qualidade, aumenta a capacidade cognitiva e ajuda a
controlar o apetite e o peso. Baixos níveis podem estar
relacionados a ansiedade, depressão, alterações do humor,
irritabilidade e distúrbios do sono.

Para a conversão do triptofano em serotonina são necessários


uma série de outros micronutrientes como, por exemplo, as
vitaminas do complexo B e magnésio. Por isso a importância
de ter uma alimentação equilibrada e variada afinal, do que
adianta gastar rios de dinheiro com suplementos de
triptofano se você não tiver o necessário para converter esse
triptofano em serotonina?!

Quais são as principais fontes de triptofano?


Leite, iogurte, nozes, tâmara, abacate, banana, oleaginosas
Mas o que eu vou comer?

L-theanina

Trata-se de um aminoácido presente principalmente no chá


verde e possui ação contra a tensão mental, possui efeito
relaxante, melhora a concentração e o sistema imunológico.

Atenção pois o chá verde é uma bebida muito benéfica e


principal fonte de l-theanina entretanto o chá verde possui
cafeína que para algumas pessoas pode piorar os efeitos da
ansiedade e insônia por isso recomendo a auto-observação e
se você perceber que ficou mais agitado(a) talvez seja melhor
focar nas outras fontes alimentares aqui listadas.
Aproveitando, evite consumir alimentos com cafeína em
excesso e após as 15-16horas pois pode desregular seu sono e
provocar insônia.
E os chás?
Por falar em sono, não poderia me despedir sem falar deles,
os chás, grandes aliados quando se trata de combater o
estresse e a ansiedade. Os chás são calmantes, relaxantes,
anti-inflamatórios e auxiliam o sono. Se você está grávida
todos estes chás estão contra-indicados no período da
gestção ok?

Camomila
Auxilia o sono e alivia o estresse, acalma e tranquiliza a mente
e o corpo.

Melissa ou Erva cidreira


Ótimo para situações de nervosismos e ansiedade, possui
efeito calmante e tranquilizante.

Chá de passiflora ou de flor de maracujá


Auxilia em casos de ansiedade, TPM, nervosismo e irritação.
Tem um efeito sedativo que auxilia o sono.

Como fazer os chás?


Basta ferver uma xícara de água (250ml) e adicionar
aproximadamente 1 colher de sopa da planta, deixando
abafado por dez minutos. Depois, coe e está pronto.

Dica extra: você pode adicionar algumas gotas de extrato de


própolis no seu chá depois de pronto. O própolis é um
composto natural com propriedades antibióticas produzido
pelas abelhas – que pode contribuir para a produção de
melatonina (hormônio produzido para regular o sono) e
consequentemente a melhora do padrão de sono .
Um pouco sobre mim
Eu sou Nathália Cerca, nutricionista formada pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a National
University of Ireland (NUIG), sou apaixonada pelo que faço.
Sou coach com foco em emagrecimento sustentável e
mestranda em ciências nutricionais (UFRJ).

Ao longo da minha trajetória eu descobri minha missão: eu


quero te mostrar que é possível atingir seus objetivos com
saúde, com respeito ao seu próprio tempo e com gentileza.
Aqui você NÃO encontra terrorismo nutricional, dietas
restritivas, monotonia alimentar, modismos e foco em
calorias. Nessa jornada, vamos juntos trilhar o caminho do
auto-conhecimento e do respeito ao seu próprio corpo!

Estou aqui para te ajudar! Teremos uma parceria de 100%,


onde 50% são meus e 50% são seus. Eu estou 100%
comprometida nos meus 50% e você? Se isso faz sentido me
manda uma mensagem! Eu vou adorar conhecer você e um
pouco da sua história!

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