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t
-
OS ANTEPASSADOS
II Volume
A SUA GENTE
TOMO 2.9
OS MARTINS DA COSTA
2.? PARTE
2v em 4 ilust.
CDU 9.(815.1)
CDD 981.5
PÁGS.
CAPÍTULO II — (Continuação)
CAPÍTULO III
EPÍLOGO...................................................................................... 1321
ÍNDICES........................................................................................ 1337
§ 3/
CALAMBAUENSES
EM COIMBRA
1091
A UNIVERSIDADE
E OS ESTUDANTES
1092
infructuosamente lançar uma escada a uma janella para
roubarem a sobrinha do proprio Reitor, que era naquelle
tempo o Geral dos Cruzios, cognominado o Botas. Este facto
augmentou a má vontade que para com elles tinha o sobre
dito Reitor, que esperava com ancias uma occasião de se
vingar desta affronta.”
1093
dinheiro, unicamente o dinheiro, era que concedia, cm per
gaminhos magníficos, com chumbos pendentes de fios, fa
culdade à ignorância para achar-se em um desses graus,”
1094
as Periarmênias, os Priores e os Posteriores; as Éticas, os Tópicos e os
Elencos; a Metafísica e as Breves Matemáticas (aritmética, geometria
e perspectiva) . Também a Dialética de Trapesentio, os Predicáveis de
Porfirio, as obras de Quintiliano (De Institutione Oratória etc.) e até
Sphera Miindi de João Sacrobosco (livro que foi texto escolar durante
quatro séculos) eram estudados.
Qualquer pergunta do estudante ao mestre, com comedimento
e cortesia, era feita em latim.
Quem faltasse às aulas era preso pelo meirinho da Univer
sidade.
REGULAMENTO RIGOROSO
1095
irmão; c quem o contrário fizer pagará por cada vez qui
nhentos reis, a metade para arca da Universidade e a outra
metade para o meirinho ou guarda que primeiro acusar,”
“Nenhum estudante estará na lição ou em algum ato público
com chapéu ou sombreiro na cabeça.”
O CURSO DE CÂNONES
BACHAREL
Em 15 de junho de 1759, José Álvares conquistou o bachare
lado com unânime aprovação de seus examinadores que juraram, com
a mão direita repousando em um livro de rezar, hem e verdadeira
1096
mente aprovar ou reprovar o graduando, segundo seu merecimento e
sua suficiência.
Foi aprovado Nemine Discrepante, conforme está registrado
às folhas 37 do Livro 93 da Universidade,
Na Universidade não havia notas como, hoje, são adotadas
nos estabelecimentos de ensino superior, aqui no Brasil.
Depois do mencionado juramento, o escrivão dava papéis com
dois A A e RD ao Reitor, ao presidente da banca examinadora e aos
doutores lentes, que a formavam. Aquele que, depois dc examiná-lo,
julgava o graduando, de maneira justa, como digno de ser aprovado,
lançava numa urna ou caixinha, colocada sobre a mesa, o papel com
a letra A . E quem o considerava como merecedor da reprovação, o
papel com a letra R. Depois de todos votarem, o Reitor com o presi
dente da banca examinadora contavam os votos cm presença do escri
vão, que disso fazia auto. Levando mais AA que RR, o aluno ficava
aprovado. E levando mais RR, ficava reprovado e não lhe seria dado
o grau aquele ano. Então, o Reitor o mandava chamar e lhe dizia
que estudasse um ano mais. E, se fosse outra vez reprovado, não seria
admitido ao dito grau, E acontecendo que algum aluno levasse tantos
AA como RR ficava aprovado. E sendo aprovado por todos nemine
discrepante, assim o diria o escrivão no assento que havia de fazer
c o declarava na carta que lhe havia de passar, do dito grau. Levando
algum R se faria o assento dele, porém não se declarava na carta.
Somente diria que foi aprovado.
Contados os ditos votos, c sendo o aluno aprovado, o Reitor e
os examinadores se tornavam aos seus lugares e o presidente da banca
à sua cadeira, num plano superior, cm que também ficava o para
ninfo. Embaixo, o graduado, de pé, com o barrete fora, estando os
bedéis presentes com as suas maças, pedia com breve c elegante oração
o dito grau ao presidente; c logo o escrivão lhe dava juramento. Sem
fazer oração, o presidente concedia-lhe o grau de bacharel. Ajoelhan
do-se o graduado, o presidente punha-lhe na cabeça o barrete e, nas
mãos, um livro aberto, dando-lhe poder para ler ao tempo que polias
Estatutos hé ordenado.
Subindo ao plano em que o seu paraninfo se encontrava, o
novo bacharel ocupava-lhe a cadeira, para ouvir o auto de aprovação,
que o escrivão lia em voz alta, declarando se foi aprovado nemine dis
crepante; e se levar alguns RR dirá somente que foi aprovado. E lido
o dito assento, o bacharel dava graças a Nosso Senhor, e ao Reitor, ao
Presidente, aos doctores e mais gente.
1097
ESTUDANTES MINEIROS EM COIMBRA
ENTRE 1753 e 1759
Bom vivido foi todo o tempo que José Álvares Ferreira Cabral
passou em Coimhra.
Não tive notícias de todos eles, Mas sei que se contavam por
dezenas. Alguns, porém, merecem ser citados, com os nomes dos
lugares em que nasceram e dos cursos que fizeram e em que se
formaram:
1098
Joaquim Alberto Durão
Garces Vila Rica Instituições
André do Couto Godinho Mariana Cânones
Francisco do Couto Godinho Mariana Medicina
Francisco Paes de Oliveira
Leite Mariana Cânones
João Lobo de Matos Vila Rica Medicina
Padre Pedro Pereira da Silva Sahara Cânones
Salvador Pereira da Silva Sahara Leis
Miguel Afonso Rio (las Maries Cânones
Caetano José de Almeida Casa Branca Be Vila Rica Cânones
Paulo José de Lana Costa e
Dantas Vila Rica Leis
Gonçalo Teixeira de Carvalho Rio das Mortes Leis
Manuel João de Oliveira
Chaves Vila Rica Cânones
Manuel Pinto da Cunha S. Migael do Mato Dentro Leis
FREI JOSÉ DE SANTA RITA
DURÃO Inficionado Teologia
José de Souza Guimarães Minas Leis
Joaquim Lopes da Silva Vila Rica Cânones e Leis
José Borges Coelho Sabará Cânones
Alexandre José da Costa Vila Rica Cânones
Antônio José Ferreira da
Cunha Mariana Cânones
Joaquim de Souza Frazâo Catas Altas do Mato Dentro Cânones
Manuel Rodrigues Minas Cânones
Francisco Barbosa de
Miranda Vita Rica Cânones
Gomes da Silva Pereira S. João d‘El-Rei Cânones
João Alves Pereira Jardim Rio Acima Cânones
Francisco da Silva Queiroz Mariana Cânones
Padre João Ferreira Roriz Santa Bárbara Cânones
José Pedro dos Santos Serro Cânones
Antônio Martins da Silva Mariana Cânones
João Ferreira da Silva Mariana Cânones
José Correia da Silva Sabará Cânones
Manuel Luiz Soares Vila Rica Cânones
Francisco Vieira de Souza S. João d’El-Rei Leis
José Ferreira de Souza Mariana Cânones
José Inocêncio de Souza
Coutinho — Padre Vila Rica Cânones
Inácio de Souza Ferreira Mariana Cânones
Jerônimo Pereira Jardim Sabará Cânones
Antônio Dias Ladeira Rio das Mortes Cânones
João Soares de Meneses Sabará Cânones
1009
Francisco das Neves Congonhas de Sabard Leis
Francisco José de Souza
Rabelo Serro Cânones e Leis
Francisco José Sales Serro Cânones
Joaquim de Alineira Vila Rica Cânones
Basílio Viegas de Brito Minas Cânones
Manuel Pereira dc Meireles Vila Rica Cânones
Rebelo
Valentina Vieira da Costa Sabard Cânones
Manuel Henrique Fontes Sabard Cânones
José Francisco Velino Minas Cânones
Antônio da Costa e Azevedo Mariana Cânones
Joaquim Alves Coelho S. Bartolomeu Cânones
Manuel Teixeira da Silva Pilar de Ouro Preto Medicina
TESTEMUNHA DE
GRANDES ACONTECIMENTOS
1100
A maior parte do povo saiu para as ruas, logo que sentiu o
abalo das casas. Mas muita gente morreu debaixo das paredes que
caíam.
Foi no meio das ruínas cansadas por este terremoto que Sebas
tião José de Carvalho soube habilmente cimentar a sua ditadura minis
terial. Organizou um conselho dc magistrados. Regulamentou o serviço
das tropas para acudir aos que ainda estavam vivos. Ordenou severos
castigos contra os frades fanáticos que se lançaram a pregar, aluci
nando o povo com os terrores da cólera celeste.
Tratou de reprimir a ladroagem com execuções sumárias.
Recusou os auxílios oferecidos pela Espanha e França. Aceitou so
mente cem mil libras esterlinas votadas unanimemente pelo parlamento
da Inglaterra, para acudir o desastre. Lançou o imposto de quatro
por cento sobre todas as mercadorias, a fim de proceder às obras da
reedificação da Cidade, Capital do Reino, que o embaixador francês
considerava irremediavelmente perdida. Para a aquisição de maior
quantidade possível de dinheiro, recorreu a um imposto de consumo,
que foi cobrado dc maneira rigorosa. E até reclamações de mulheres
1101
e de crianças foram abafadas com sangrentas intervenções de soldados
muito armados.
O que acaba de ser lido, é o resumo do que está escrito nas
páginas 148 e seguintes do Tomo I do livro Sucessos de Portugal, Me
mórias Históricas, Políticas e Civis, cujo autor, Dr, Ferraz Gramoza,
foi testemunha do terremoto,
2 — A ELEIÇÃO DO PROTETOR
CONTRA OS TERREMOTOS
1102
Por Íris tic 0 a 7 dc junho de 1755, foi decretada a liberdade
dos índios brasileiros e dos seus bens c comércio c ficou proibida qual
quer forma de poder temporal sobre os índios do Pará c do Maranhão
a quaisquer frades c missionários.
Km 175G, o General Freire de Andrade bateu os Jesuítas c
assenhoreou-sc dos seus estabelecimentos da margem oriental do Uru
guai, onde eles, com índios armados e bem comandados, constituíram
um império, cuja carta geográfica havia sido publicada em Roma no
ano de 1732, com o título Paraguariae Provinciae Societatis Iesu.
Na noite dc 21. cie setembro cie 1757, os Jesuítas foram expulsos
do Paço, sendo despedidos de confessor do Rei o Padre José Moreira,
de confessor da Rainha o Padre Jacinto da Costa e dc confessor dos
Infantes o Padre Timóteo de Oliveira. E foram despedidos os demais
confessores Jesuítas dos tios e irmãos do rei, com ordem expressa de
nenhum padre da ilustre Companhia poder entrar no paco.
Pelo breve de 13 de abril de 1758, o Papa Benedito XIV cons
tituiu o Cardeal Saldanha, que não era Jesuíta, Visitador e Reformador
Geial da Companhia de Jesus cm Portugal e seus domínios.
Por edital de 7 dc junho do mesmo ano, o patriarca de Lisboa
proibiu os jesuítas de ouvirem confissões e de pregarem o evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os outros bispos portugueses procede
ram da mesma maneira.
1105
deu parte do acontecimento ao corpo diplomático, tendo 1res dias
antes sido prezos o duque de Aveiro e o marquez de Tavora com seus
filhos. As casas professas e collegios dos Jcsuitas foram cercados
com tropas, como colligados cm uma conspiração contra o monarcha.
Ordens secretas de prizão foram dadas contra os marquezes de
Gouvêa e de Alorna, proccdcndo-se depois à prizão dos condes de
Óbidos, da Ribeira, de Sam Lourenço, c dos Calharizes. O ministro
tinha debaixo do cutello a principal aristocracia; simulou um pro
cesso judiciário elaborado por uma Junta dc Inconfidência; e em
12 dc janeiro assignada a sentença por très ministros é executada
em Belem logo no dia 13, com o apparato mais cannibalesco e
affrontoso para a civilisação. Carvalho levava o seu rancor ao ponto
dc colloear o proprio monarcha em uma situação repugnante; é
assim que elle manda publicar na GAZETA DE LISBOA, de 11 de
janeiro de 1759, a seguinte notícia:
1101
Pelo alvará dc 28 de junho de 1759, os Jesuítas ficaram priva
dos de exercerem o ensino nas suas Classes e nos seus Colégios, Este
outro golpe veio alterar todo o sistema de instrução pública em
Portugal.
E, por força da lei de 3 de setembro de 1759, os Jesuítas foram
desnaturalizados, proscritos e exterminados do reino de Portugal, sendo
os seus bens confiscados para a Coroa.
1105
rpnrin ? T ' ohservou 0 historiador Hélio Vianna, esta transfe-
' ndf U aneC£Ssldade de fica^ o centro administrativo e sede
do governo dos Vice-Reis mais próximo tanto das minas de ouro e dc
c íamantes do Centro do país como das regiões do Sul e do Oeste, em
que se tornaram mais freqücntes e mais graves os conflitos com os
vizinhos espanhóis. E levou em consideração o grande desenvolvi
mento das capitanias meridionais.
1106
LEVANTADO A MAIOR ALTURA
E CAÍDO EM MAIOR PRECIPÍCIO
1107
0 CASAMENTO
DO DR. JOSÉ ALVARES
1108
José da Lagoa (hoje é a fazenda Barra do Prata, no Município de
Nova Eva-MG.)
A sua sede era uma grande e bela casa de dois andares com
numerosas janelas avarandadas, muitos quartos para as pessoas da
família e para hóspedes e amplas salas bem mobiliadas. Uma boa
área estava reservada para a ermida, que era espaçosa e bonita, com
seu teto pintado por Manuel da Costa Ataíde, seu altar dourado, suas
ah a ias caprichosamente feitas, suas imagens barrocas. Nas suas pa-
icdes, estampas de santos bem pintadas cm vidros emoldurados com
notável bom gosto.
1109
Quintão não era sobrenome de gente. Os avós do sogro de An
tônio José da Costa não o traziam. Designava o povoado em que Antônio
de Araújo havia nascido, no território da referida freguesia. Incorpo
rado ao nome da família, como apelido ou cognome, senda para, no
Brasil, distinguir o seu possuidor de qualquer outro Antônio de Araújo.
Por exemplo: de Antônio de Araújo Porto (natural da Cidade do
Porto), de Antônio de Araújo Braga (da Cidade de Braga), Antônio
de Araújo Sintra (da Vila dc Sintra), Antônio de Araújo Guimarães
(da Cidade de Guimarães), e tc...
No livro de assentos de casamentos da Freguesia de São João
Batista do Morro Grande, cujo termo de abertura é datado de 4 de
fevereiro de 1738, está escrito:
Aos quatro dias domes de Fevereyro de mil Settecentos eSin-
coenta cqualro annos na Capella da Nossa Senhora do Socorro filial
desta matriz de São João do morrogrande feitas as denunciaçoins
naforma doSagrado Concilio Tridentino Comprovizão (lo muyto Re
verendo Doutor Vigário geral Lourenço José dequeyrós Coimbra
assisti a matrimonio que pellas honze horas damanhã entre si ceie-
brarão por palavras deprezente em minha prezença Antonio de
Araujo Quintão filho legitimo de Antonio de Araujo e da sua mulher
Mariana de Araujo com Donna Josefa Maria da Conceição filha
legitima do Sargento Mor José Ferreira da Costa esua mulher Donna
Leonor de Miranda da Villa de Caeté elhe dcy as bençoins naforma
do Ritnal Romano sendo aludo testemunhas prezentes o Reverendo
Doutor Antonio Tavares Barros e Manoel de Souza Pinto, e outros
deque fiz este assento easignarão. O Vigr.? P. Mel. Ant.'1 da Rocha Pitta.
1110
que Ae Cousa Certa, edesejando por aminha Alma no Caminho da
Salvaçao pornao Saber o que Deos nosso Senhor demim queira
fazer e quando Sera Servido Levar-me para Si, faço estemcu testa
mento da forma seguinte - Primeiramente encomendo a minha
Alma a Santíssima Trindade que a Creou, erogo ao Padre Eterno
pela morte e paixão de Seu Unigénito filho a queira receber como
recebeu a Sua estando para morrer na arvore da vera Cruz, eameu
'■enhor Jesus Chrysto peço pelas Suas Divinissimas chagas jaque
nesta vida me fez merce de dar seu preciosíssimo Sangue, emereci-
mentos de Seos trabalhos,, mefaça também merce na vida, que aspi
ramos dar o prêmio dele que lie a Gloria; e peço e rogo a Gloriosa
Virgem Maria Minha Senhora Madre de Deus, eatodos os Santos e
Santas da Corte do Ceo particular mente ao Anjo da minha guarda
eao Sancto do meu nome eanossa Senhora do Carmo aquem tenho
especial devoção queiram por mim interceder e rogar ameu Senhor
Jesus Chrysto, agora e quando aminha Alma deste Corpo partir;
porque como verdadeiro christão protesto viver emorrer cm a Santa
Fé Catholica ecreyo emtudo o que tem e Cre a Santa Madre Igreja
de Roma e nesta Fé espero Salvar aminha Alma, não pelos meos
merecimentos mas petos da Santíssima paixão do Unigénito Filho
de Deos.
1111
Ilem declaro que sou natural da Freguesia de São Julião do
Calenáario filho legitimo de ANTÔNIO DE ARAÚJO eSua mulher
MARIANA DE ARAÚJO termo de Barcellos, eArcebispado de Braga.
Item declaro que Cada hum dos Escravos desla Casa selhe dê
um jcleco de baeta ou dous Covados emeyo da mesma baela.
1112
edehoje para Sempreoshei por abonados, eabundanles como tnet/o c
constituo me-os procuradores, Tutores;, Zeladores bemfeilores, eadmi‘
nistradores.
1113
Bit. 20: FRANCISCO ÁLVARES FERREIRA DA COSTA
1114
Foram seus filhos, nascidos na fazenda Rio do Peixe, a mais
antiga de São José d’Alagoa, hoje Município de Nova Era-MG: Ma
nuel, José, Custódio, Francisco, João, Jacinto, Joaquim e Cândida.
1115
Os Lages descendem de Domingos da Costa Lage, um dos pri
meiros povoadores do arraial de Santo Antônio do Ribeirão de Santa
Bárbara do Mato Dentro, hoje Cidade de Santa Bárbara-MG.
No Arquivo da freguesia, colativa em 1724, encontrei, às folhas
84 do primeiro Livro de Casamentos, este registro, que fielmente co
piei do original, ipsis litteris:
“Aos vinte e sete dias do mes de novembro de mil c sele scntos
e corenta e ires pellas onze horas de minham nesta Igr.“ Matriz de
Santo Antonio do Mato Dentro secasaram solcnimente in facie de
Igr.“ Domingos da Costa Lage filho legítimo de Antonio João e de sua
M ." Paula deniz, n.“' e baptizado na M g.“ da Villa de Sernancelhe, no
lugar de ferreira, comarca de Villa Real Arcebispado de Braga com
Luzia Rodrigues viuva que ficou de Nuno Coutto todos moradores
nesta Freg.“ de Santo Antonio Comarca da Villa de Sabará Bispado
do Ryo (ie Janr.“, tendo sido feitas as denunciações na forma do Sa
grado Cons. Tricl. sem se descobrir impedim.1“ algum e logo lhe dei
as Bênçãos na forma do Ritual Romano estando presente João Gl.‘
faria c R.d° João Luiz de Almeida".
1116
Tn. 69: TERESA MARTINS DA COSTA
1117
meio desta, na família fundada por Antônio Álvares Ferreira e ANA
CABRAL DA CÂMARA em Calambau, no ano de 1728.
A genealogia dos Drummonds é duplamente histórica. Assim
pela antigüidade da origem como pelo esplendor do sangue. Vetustate
originis et splendore sanguinis, diriam os romanos.
0 nome está colocado pelos historiadores entre os mais anti
gos e famosos da Escócia.
Há várias opiniões sobre a origem da palavra DRUMMOND.
Entre elas, estas três:
1 — William Anderson, cm sua obra The Scottish Nation, afir
ma que o nome foi tirado de Drgmen, terras que pertenceram ao primeiro
Drummond, situadas em Stirlingshire.
2 _A outra opinião é de que o nome vem de Dromo, do grego
dromon, dromonos, que significa bergantim, embarcação ligeira. Na
Idade Média, era a denominação dada a grandes navios à vela, bem
ligeiros: Longae nanes sunt quae dromones vocamus. É o que se lê
nas Etimologias, dc Santo Isidoro de Sevilha.
Por sua vez, dromon vem de dromos, cpie significa: carreira,
rota de navio, percurso habitual de carros. Na Sânscrito, a raiz dram
significa: correr, andar à aventura, vaguear.
Esta etimologia faz lembrar a vida do príncipe húngaro Mau
rício, passada mais no mar do que em terra, sempre viajando em seu
barco, desafiando a fúria das procelas.
3 — O poeta William Drummond of Hawthorden (1585-1649)
em seu livro Historie of lhe familie of Perth disse que Drummond é a
combinação de drum: alto e forte — e de onde: ondas.
O apelido Drummond foi dado por Malcolm III, rei da Escócia,
a Maurício, cujo brasão traz, em campo de ouro, três faixas onduladas
de goles, as quais representam o nome Drummond (ondas altas) . É
alusão à vida no mar que ele preferia, ou às ondas altas e fortes, provo
cadas por tempestades, que o fizeram chegar, inesperadamente, às
costas da Escócia, acompanhado de sua irmã Margarida com quem
Malcom III se casou, no dia 5 de maio de 1070 e que, depois pela Igreja
Católica, foi elevada às honras dos altares.
Esta opinião, que completa a segunda, me parece preferível
à primeira.
O bacharel João Baptista de Carvalho Drummond foi diplo
mado pela Faculdade de Direito de São Paulo, onde era conhecido pelo
apelido de Ciriri.
1118
Sua invejável cultura jurídica fê-lo notável advogado, gran
de piomotor publico e respeitado juiz municipal nas diversas Comarcas
cm que a sua inteligência brilhou
Em 1876, foi eleito deputado provincial, mandato que desem
penhou durante um biênio, prestando excelentes serviços a Minas
Gerais.
Aplicador severo da lei, foi austero fiscal dos que, com ele,
a tivessem de executar, e tudo conseguia dos seus auxiliares nas co
marcas onde serviu, porque sabia temperar a energia inflexível de
chefe com a suave bondade de seu grande coração, exercendo paternal
mente a sua autoridade,
1119
Sabia que os juizes, para o serem de verdade, não devem rece
ber cousa alguma de quem quer que seja. Recebendo, hoje, cousas
insignificantes, amanhã poderão receber maiores e mais importantes.
Assim, correm o risco de passarem a vilíssimos e de pecarem contra a
justiça, pois têm as dádivas grande força para renderem muitos âni
mos, ainda que sejam os mais livres c os mais austeros.
Também ele sabia que a justiça não é compatível com dádivas.
A história cita o exemplo de Focion, que sendo perguntado
porque não aceitava dádivas oferecidas por Menélio, respondeu que
não poderia ser juslo sendo interessado.
A Efialles um amigo ofereceu dez talentos. Eliano contou que
ele os não quisera aceitar, dizendo que, para pagá-los, ou lhe havia de
conceder alguma cousa contra o direito ou havia de ficar com a in
fâmia de ingrato e mie nenhuma destas cousas llie ficava bem.
Muito perigoso mesmo é um juiz receber qualquer dádiva
porque ela é feita para corromper e para infamar quem a recebe.
Bem dotado de extraordinário talento e de admirável senso
jurídico, as suas decisões, que resultavam sempre do mais prudente e
meticuloso estudo das questões em exame, esgotavam, minudentes,
cheias dc clareza e de lógica, os assuntos debatidos, constituindo cada
uma delas luminoso modelo de sentença.
Não são muitos os que, como ele, se impõem ao respeito do
povo como cousa sagrada: Res sacra est jiidex.
Sempre teve ouvidos para ouvir a verdade, para escutar bem
os depoimentos dos acusados e tios acusadores, E teve independên
cia para os pronunciamentos da justiça.
No fim de sua vida, com 83 anos de idade, era um milagre de
operosidade, com esplêndida lucidez de espírito e incansável eficiên
cia de ação de que a juventude mais diligente nem sempre sc poderá
gabar.
Acolhedor e amável, notadamente para com os moços que o
idolatravam, de aprimorada educação, ilustrado pela leitura dos me
lhores livros, palestrador cheio dc finura e dc verve, nele eram apre
ciados todos os predicados e reíulgências dos espíritos privilegiados.
Como chefe de família e como cidadão, Dr. Ciriri foi modelo
digno de ser seguido ou imitado. Distinguia-se entre aqueles que mais
se impuseram ao apreço da sociedade.
1120
F o to g ra fia tira d a a 7 d e m a io d e 1 8 9 9 q u a n d o c o m p le to u 8 3 a n os d e id a d e o G u a rd a -M o r C u s tó d io M a rtin s da C osta q u e te m , á sua d ire ita , a s e g u n
d a e sp osa A na C ând ida, o m é d ic o Dr. D o m in g o s G uerra e o Desembargador D ru m m o d (a sse n ta d o s ) e .à s u a escjuerda, a filh a Sen h o rin h a e o g e n ro
Jo sé B a tis ta Martins da Costa. N o g ru p o , a p a re c e m , d e pé, J o a q u im d a C osta Lage, d e lo n g a ba rba, Ftaoul d e Caux, B rá s M . d a Costa, A n tô n io
C esário d e F a ria A lv im e José C esário d e F a ria A lv im S o b rin h o e o u tro s p a re n te s d o G u a rd a -M o r
Lú cia M a rtin s Lage (Pn. 79 4 ) e seu esp oso G era ld o S a m p á io c o m sua fa m ília
Teresa M a rtin s d a C osta (Qn. 2 0 5 )
N i ta M a rtin s d a Costa (Qn. 2 0 8 ) c o m seu esposo R a im u n d o Franze n d e L im a e o n e to C arlos de L im a P rado (H n. 2 4 4 7 )
Os bons exemplos de sua vida de trabalhos, de inteligência e
de virtudes brilhantes têm feito e haverão de fazer a sua memória para
sempre venerada de todos os mineiros.
Sua boa presença mereceu este formoso soneto que lhe foi de
dicado pelo poeta Ernesto da Gama Cerqueira:
DR. CIRIRl
1121
Tn. 7 2 : E M IL IA S E N H O R I N H A D E A L V A R E N G A
Et orabunt ad Doininum.”
1122
Tn. 7 3 : R E G IN A M A R T IN S D A C O S T A
1123
Qn. 197: CÉSAR MARTINS DA COSTA
1124
Modesto, o elogio nunca lhe turbou a cabeça. Tendo motivos
para envaidecer-se, sempre se mostrava como era, simples e humilde.
Havia naturalidade em seus gestos. Considerava-se como não sendo
superior a quem quer que seja.
Tinha aeendrado amor ao cumprimento de seus deveres como
médico. Era um entusiasta de sua profissão.
Possuía ciência e olho clínico, duas cousas distintas que cons
tituem o que pode haver de melhor no médico. Conforme a lição
de Maranon, o êxito será sempre daquele que tem bom olho mais do
que a ciência e não do sábio, porém míope. Eis porque sua boa fama
se estendeu a todo o Oeste dc Minas Gerais e chegou até a Capital do
Estado.
Nunca praticou aquela medicina que parece negócio combina
do entre o clínico geral c o cirurgião, ou o especialista ou o farmacêu
tico, ou mesmo o hoteleiro que hospedava o cliente com esperança de
bom rendimento.
Nunca perdeu o prestígio de expert na natureza do homem ou
de artesão do mecanismo fio corpo humano para passar a ser um bu
rocrata que dá as suas receitas quase mecanicamente, receitas discuti
das pelos pacientes como sc discutissem com o servente ou o garçon os
diversos pratos no cardápio do restaurante.
Seguiu a sua vocação e nunca lhe foi infiel.
Para o exercício da Medicina, Doutor José Custódio Martins
Lage foi mesmo levado por natural e amorosa vocação, pois a profissão
médica exige dedicação total, c esta só se opera num clima de amor ao
enfermo, de amor à ciência.
O doente sempre lhe mereceu os maiores cuidados. Quando
se via obrigado a ir a Belo Horizonte a fim de tratar dc seus interes
ses particulares ou de cumprir algum dever social ou de visitar seus
irmãos, voltava depressa, pois deixara aquela parturiente esperando o
nascimento do filho ou aquele internado aguardando a hora oportuna
para pequena ou grande intervenção cirúrgica.
Casou-se com Elvira aladares Ribeiro, que lhe deu os seguin
tes filhos:
1125
H r. 2383: JOSÉ ROBERTO DE ARAÚJO LAGE
Engenheiro.
Engenheiro.
H p.3882: Bruno.
1126
Ihi. 2389: VÂNIA MARIA SANTOS LAGE
1127
do palavras de consolo aos sofrimentos, de estímulo aos desanimados e
de coragem aos humilhados e ofendidos; correndo em socorro de todos
os que necessitam de seu amparo; executando, cada dia, sem cansaço e
sem fraqueza, a laboriosa tarefa imposta pela consciência.
Pároco em Bicas, em Sào João Nepomuceno e na Freguesia de
Nossa Senhora cio Rosário, em Juiz de Fora, sempre atento às neces
sidades de seus paroquianos, abriu às almas muitas fontes de graças
celestiais. E na sede do bispado, quanto mais se dava em benevolên
cia e em beneficência, mais ganhava em autoridade, ajustando-se à
pessoa dele aquelas palavras de São Gregório Nazianzeno aplicadas a
São Basílio: Pro beneuolentia quam afferebat auctoritatem recipiebat.
Reprimindo abusos, nunca foi temerário. Indulgente, nunca
procedeu como fraco: Sicut neqae increpatio in temeritatem, neque in-
dulgentia in mollitiem recideret.
Como a caridade não conhece limites, porque Deus não tem
fronteiras, tem sido todo para todos, sem distinção de posição social e
até sem distinção de credos religiosos.
A todos que o escutam com atenção, ensina o amor à verdade,
que é um dos nomes de Deus, pois ELE constantemente deve manifestar
-se em nossos pensamentos, em nossas palavras e em nossas ações, Ver
dade Total, visto que ela tem seu brilho, sua força e sua beleza quando
se apresenta em toda sua plenitude.
Fatal ilusão é imaginar que a verdade mais facilmente é acei
tada mediante concessões que somente são úteis ao erro. A verdade
não se divide. Ela não é e não pode ser uma para a inteligência, e outra
para a vontade ou uma para a vida privada, e outra para a vida pública.
Ele reativou, no fundo do coração de muita gente, a fé católica
que alumiou o povo brasileiro no seu berço e lhe vem sustentando o
espírito através dos tempos.
Dedicou-se de corpo e alma ao apostolado dos Cursilhos. E nes
te importante setor de atividade sacerdotal, o hem que ele tem feito não
é para ser calculado por nós, por mim e pelo leitor. Pois só mesmo Deus
pode calculá-lo. Com seus bons conselhos e com sua vida exemplar,
tem conseguido de muitos homens que voltem à prática da Religião de
que se haviam afastado por ignorância ou por respeito humano ou por
outros motivos fúteis. Não se cansa de ir ao encontro daqueles que, por
causa de seus maus costumes e de seus vícios, se distanciaram de Deus,
fazendo com que voltem à Casa Paterna, à Igreja. Jamais deu por ter
minados os trabalhos quotidianos, enquanto tem algum mal a combater
ou alguma boa obra a fazer.
1128
Em sua função pastoral, é notável a presença do médico das
almas, do doutor da lei divina e do pai espiritual sempre capaz de todos
os sacrifícios pelo bem-estar do Povo de Deus.
1129
2 — a 12 de maio do mesmo ano: Encarregado das mataras, uem de
monstrando uma capacidade de trabalho excepcional. Mantém o
controle perfeito das viaturas, estando sempre pronto a dar todas
as informações, referentes aos veículos do Pelotão de Transportes-
Dedicado, é um excelente auxiliar, com bastantes conhecimentos
técnicos.
3 — a 21 do mesmo mês e ano: Encarregado das viaturas do Pelotão
de Transportes, mais uma vez demonstrou dedicação e interesse,
o que muito facilitou a ação deste comando durante os transportes
nesta última etapa da guerra. Por várias vezes este jovem Sargen
to substituiu na direção dos veículos automóveis os motoristas es
gotados pelo cansaço, trabalhando dia e noite, para que as ordens
recebidas fossem cumpridas a contento. Seu espírito de iniciati
va evidenciou-se nesta fase. Por tudo isto louvo e agradeço ao
Sargento Lage, o auxílio inestimável que me tem prestado.
1139
Hn ■ 2400: EURA LAGE
1131
Hn. 2408: ERÁSIO DE SÁ MARTINS LAGE
1132
Hn. 2415: NEIDA LAGE SAMPAIO
1133
Hn. 2422: MÁRCIO LAGE SIQUEIRA
1131
Pn. 800: JOAQUIM DE ASSIS MARTINS DA COSTA
1135
Todo para todos, parecia com o sol, que, com a mesma igual
dade, alumia e aquece a todos, sem que haja qualquer pessoa mais be
neficiada que as outras, na repartição de seus luminosos raios.
Custasse o que lhe custasse, fazia tudo para que, em suas mãos,
a espada da justiça funcionasse com exatidão, no momento oportuno,
sem que lhe embotassem o fio os pedidos dos poderosos nem lhe afias
se o corte o ódio dos que haveriam de ficar contrariados e até revol
tados com o pronunciamento das suas sentenças.
Com igual balança bem no fiel é que pesava a justiça do mais
rico e a do mais pobre e mais humilde, Pois não pertencia ao clube
daqueles que, com dilações, desprezam as causas dos pequenos e, com
toda a pressa, tratam as cansas dos grandes. Com os pequenos, são ri
gorosos. Com os grandes são brandos e excessivamente atenciosos. Aos
pequenos, ouvem com negligência. Aos grandes, com notável zelo, com
visível interesse, com uma subserviência de fazer dó, Para os peque
nos, olham com desprezo. Para os grandes, levantam-se com ridículas
reverências.
Para ele, as leis foram feitas para a observância de todos,
visto que não concordava com aquele pensamento de Solon que as
comparou com teias de aranha, que só prendiam as fracas moscas, mas
que os grandes animais rompiam.
No território sob a sua jurisdição, ele estabeleceu e fixou o
império do Direito. Todos sem exceção tinham que dar o ombro ao
peso da lei. Todos deveriam carregá-lo, igualmente.
Era tão respeitado, que os conhecidos corruptores da justiça
nuuca foram vistos na sua vizinhança. Fugiam de sua presença como
o diabo foge da cruz.
Nunca aceitou dádivas de seus jurisdicionados. Pois, rece
bendo-as, o juiz não pode ter paz com as leis nem aplicá-las. Para
agradecê-las, precisa retribuí-las com alguma cousa contra o Direito.
Por suborno é que avaliava as dádivas. Pois, no fundo, o que
parece dádiva é compra, visto que, em sua grande maioria, os homens
não fazem obséquios sem esperança de favores.
Dádivas a juízes são feitas para corrompê-los ou infamá-los.
Juízes, que recebem dádivas, como suborno, já perderam a vergonha.
Não reparam em que percam a honra a troco de preço tão baixo.
A história antiga revela que eram cortadas as mãos dos juízes
ambiciosos que recebiam dádivas para que as suas sentenças fossem
contra a justiça. E, quando, com esse remédio, não era possível extin-
1136
guir o mal de que a República ficava enferma, eles eram punidos de
maneira mais rigorosa.
Importa muito dar morte ao juiz a quem se provar suborno,
disse Platão. Justiniano queria vê-lo publicamente açoitado. Valen-
eiano mandou que fosse queimado vivo. E o rei Cambises foi mais ri
goroso, ordenando que fosse encourada, com pele do juiz Sisanes, a
cadeira que este ocupava no tribunal. E, para substituí-lo no cargo,
nomeou seu filho Otanes para que julgasse, assentado nela.
Grandes delitos não se emendam senão com grandes castigos.
E nenhum delito é mais atroz que o praticado por um juiz, que se deixa
subornar e gosta de suborno. Aqui, em Minas Gerais, alguns juízes já
foram castigados pelo AI-5 com a perda de seus direitos políticos. E
outros tiveram suas barbas de molho.
Quando a imagem do Juiz Joaquim de Assis Martins da Costa
me vem à lembrança, recordo algumas páginas da história. .Aquelas
que mostram os tebanos pintando os seus juízes, sem mãos, olhando para
o céu, com os olhos voltados para Deus. E os juízes do areópago sen
tenciando com os olhos cobertos.
Durante os decênios em que, com inteireza e retidão, ele foi
juiz em Governador Valadares, a porta da justiça nao foi arrombada
pelos argentários. Nem a retórica do dinheiro, com seu poder de con
vicção, apreciada por muitos, conseguiu ser ouvida no Fórum em que ele
presidia as audiências e as sessões do júri, com a formosa vestidura
de seu admirável bom senso, de seu caráter invergáve] e de sua belís
sima cultura jurídica.
Sua boa fama de juiz incorruptível e a glória de seu grande
nome, eis a preciosa herança que ele deixou para a magistratura mi
neira e para a família de que foi Chefe,
Casou-se com Ana Jacinta Alvim (Hn. 22. Ver Tomo l.9) ,
Geração já citada.
1137
Pn. 802: RANDOLFO DRUMMOND MARTINS DA
COSTA
1138
ocupou a vice-presidência do seu Conselho de Administração. Foi vice
-presidente da SNAMPROJETOS Engenharia S.A. É diretor presi
dente da ENESA — Engenharia S .A ., empresa que tem a sua sede na
Capital do Estado de São Paulo. Esta empresa, totalmente brasileira,
constituída em maio de 1977 com o capital de trinta milhões de cruzei
ros, tem por objeto a execução de serviços de engenharia, supervisão e
execução dc obras civis e de montagens industriais de empreendimen
tos nas áreas de energia elétrica, siderurgia, metalurgia, petróleo, petro
química, química, fertilizante, cimento, papel, celulose, mineração.
Casou-se dia 7 de julho de 1960, com Maria Célia Ferreira.
Seus filhos:
1139
Qn. 205: TERESA MARTINS DA COSTA
1140
sempre ser ouvida a voz da consciência, que é o julgamento supremo
da legitimidade de qualquer ato ou pensamento.
Para ela, todas as glórias do mundo não valiam o que vale
uma só hora de prazer doméstico, bom sentido na gostosa companhia de
lodos da sua família.
Ficando viúva no dia 24 de fevereiro de 1946, com resignação
cristã, foi que aceitou o luto pesado no coração e na alma.
Adoecendo no dia 2 de março dc 1962, faleceu no dia 9 do
mesmo ipês.
Porque a sua vida foi isenta de culpas, a sua morte foi prin
cípio da felicidade, que não tem fim, lá no Céu.
A sua descendência já foi citada quando houve referência
ao seu esposo.
1141
Como aconteceu com as suas irmãs, foi o exemplo de que pouco
herda de seus antepassados quem não herda a virtude com que eles es
clareceram os seus nomes.
Com suas boas maneiras forradas de veludo, conquistava a sim
patia de todos com quem convivia.
No dia 1.» de maio de 1920, casou-se com o bacharel Raimundo
Franzen de Lima, filho do Dr. Bernardino de Lima e de Esther Franzen
de Lima. Do casal, esta única filha:
Hp.3901: Hugo.
1142
IIn 2447: CARLOS DE LIMA PRADO
1143
P/?. 810: MARIA HELENA MARTINS LA GE
Universitárias.
1144
administração dos trabalho de construção dos prédios da Maternidade
Nossa Senhora das Graças, do Grupo Escolar Augusta Maciel \idigal e
do Hospital São José.
Casou-se dia 8 de outubro de 1927, com Celeste de Araújo (Pn.
84o) . Seus filhos, nascidos em Nova Era-MG.
1145
Qn. 211: LUÍS GONZAGA MARTINS DA COSTA
1146
Pn. 818: MARIA LÜCIA MARTINS ABREU
Nasceu no dia 2 de abril de 1936. Normalista. Casou-se com
Manuel Pereira Campos, Engenheiro. Pais de:
1147
"Fez o curso de Humanidades em Ouro Prelo.
Por ter sido o filho que mais conviveu com seu pai, herdou
dele lodos os bons costumes, todas as boas virtudes e bem assim, to
da a austeridade peculiares do Guarda-Mor Custodio. Era um inve
terado bibliófilo e cultor acérrimo do vernáculo. Possuía profundo
conhecimento do latim, que para ele não linha segredos, do Qrego, do
alemão, do inglês e do francês.
1148
Francisco Sales e de João Pinheiro que sempre tiveram em sua respei
tável pessoa o fiel correligionário, o amigo de todas as horas e o líder
capaz de todos os sacrifícios.
Quando a vitoriosa Revolução de 1930 dissolveu o Poder Legis
lativo na República e nos Estados, dedicou-se exclusivamente à sua fa
mília e à agricultura em sua fazenda Quinta do Lago, onde faleceu.
A geração do casal é encontrada em Bom Jesus do Amparo-MG.
1149
Tn. 83: MARIA TEODORA MARTINS DA COSTA
1150
Pn. 827: ASTOR MARTINS BUENO
1151
Miguel (de Piracicaba). 0 registro de seu batizado foi assim lavrado
às folhas 90 v. do Livro nA 7 da mencionada freguesia:
“Aos dez-sette de Fevereiro de mil oito centos e hum na Ca-
pella de São José, filial da Mairis de São Miguel o Padre José Álvares
Ferreira baptizou, epos os Sonetos Oleos a Joao, filho legitimo do
Capitão Manuel Martins da Costa, e Dona Maria do Carmo: forao
padrinhos o Padre José Martins da Costa, e Dona Suzana Maria do
Sacramento O Vigário Caetano d’Affonseca Vasçoncellos” .
Como Testemunhas
Manoel Luiz Giz
o Padre José Dom.0 da S."
1152
Foi ordenado sacerdote, em Mariana, no ano de 1831.
1153
Bn. 28: JACINTO FERREIRA DA COSTA
1154
Qn. 220; JOSÉ JACINTO MARTINS DA COSTA
1155
Hn. 2496: FRANCISCA ARAÚJO MARTINS
Universitário de Medicina.
1156
Hn. 2502: ELMO VIANNA
1157
modestas moradas, pudessem vestir, conforme os preceitos da higiene,
os que foram dados à luz da Maternidade, num ambiente sadio e
confortável.
Organizou bem aproveitadas Semanas da Criança e muitas
festas em benefício de sua interessante obra de assistência social.
Entre elas, ficou na lembrança do povo aquela aplaudida Corrida de
Fraldas da qual participaram dezenas de meninos que, na referida
Maternidade, nasceram sob a proteção de Nossa Senhora das Graças
e ainda engatinhavam.
Não parou aí a presença afetiva e efetiva de Celeste às gran
des realizações de proveito social na sociedade novaerense. O Museu
da cidade deve-lhe, em grande parte, o que é e poderá ser no futuro.
A defesa do patrimônio artístico da Matriz da Paróquia, abandona
do pelo SPHAM, tem merecido seu maior zelo. De modo particular,
velando pela conservação das pinturas de Manoel da Costa Atayde,
existentes no teto da Capela-Mor. E para elevação do espírito dos jo
vens e dos adultos conseguiu levar à sua cidade natal o Madrigal Re
nascentista, de Belo Horizonte, famoso em todas as nações civiliza
das, para três admirados espetáculos dentro da Igreja barroca de
São José.
No dia 8 de outubro de 1927, casou-se com Alírio Martins da
Costa (Qn. 210). Geração já citada.
1158
IIn. 2506; FRANCISCA DE ARAÚJO ASSIS
1159
Hn. 2514: LÚCIO FLÁVIO DE ARAÚJO ASSIS
1160
Celeste de A ra ú jo Costa (Pn. 8 4 3 ) en tre Padre Gustavo G uerra Lage (H n. 6 7 9 ) e C id R ebe llo H orta
(H n. 1.2 83). Discursando, P aulino Cícero d e V asconcellos (Oct. 3 .9 0 6 )
G u ilh e rm e d e A ra ú jo (Pn. 8 4 6 ) n o d ia e m q u e to m o u p o sse d o c a rg o de P re fe ito de N ova Era-M G, e n tre a m ig o s
e c o rre lig io n á rio s p o lític o s d o PSD. Â su a d ire ita : Padre Pedro M. V id ig a l e Jo s é T h o m a z M a rtin s d a Cosia. E, à
sua e s q u e rd a : o V ice - P re fe ito F ra n c is c o G u e rra Lage, A n tô n io Martins Gyerra e P a d re llíd io H e m é trio Q u in tã o
L a d e a n d o o D e p u ta d o José M a n a A lk im im , o P re fe ito d e N ova Era, José L o u re n ç o d e A ra ú jo (Pn. 8 4 7 ) e o P re s id e n te da C â m a ra M u n ic ip a l, J a c in to T h om a z M a rtin s da
Lo sta ( H n . Ib b V ), a sua d ire ita . E. à sua e s q u e rd a : o D e p u ta d o F e d e ra l P edro M . V idigal (H p . 8 1 0 ) e Dr. C elso G ue rra Lage (H n. 6 7 8 )
Fausta de A raú jo (Pn. 8 4 8) en tre o se u esposo José A ra ú i a Vidigal (Hp. 1,0 18) e o tio dele,
Pedro M a cie l Vidigal (H p. 8 1 0 )
Hn. 2520: MARTA DE ARAÚJO
1161
Pn. 853: ARISTARCO DE ARAÚJO
1162
Qn. 226: ANTÔNIO STARLING MARTINS DA COSTA
"Joseph
párvulo
1164
Tn. 89: MARIA ISIDORA MARTINS QUINTA O
1165
Os homens de governo, que se prezam de promotores da fe
licidade do povo, não ignoram que o investimento na educação é fator
primordial para o desenvolvimento de qualquer nação, Do Brasil, de
modo particular.
Enquanto esteve à sua frente, dirigindo-o para alto destino, o
professor José Borges fez seu Ginásio Municipal funcionar não somente
como estágio preparatório para fases posteriores de escolaridade, mas
sobretudo como forja ou oficina de trabalho para desenvolvimento e
aperfeiçoamento das aptidões físicas, intelectuais, morais e práticas de
todos que foram confiados aos seus cuidados.
Seu bom nome nunca será esquecido pelos ex-alunos por ele
beneficiados e pelas famílias que, na pessoa dele, depositaram as me
lhores esperanças.
Casou-se o professor José Borges de Moraes duas vezes.
A primeira, com Geraldina. E a segunda, com Rita Linhares.
1166
Grande inteligência, de espirito lúcido e de caráter realmente
extraordinário, José Matheus teve uma vida quase sem
lacunas.
Humilde, era de grande simplicidade nos costumes e na con
vivência com os homens de qualquer posição social. Além
da humanidade, cultivava muitas outras virtudes. Entre elas
destacava-se, como sendo a mais alta, sua notável bondade.
Tinha o conhecimento próprio. Conhecia a si mesmo. Não
andava cego frente aos seus defeitos inerentes à fragilidade
da natureza humana nem diante das evidentes qualidades
das outras pessoas com quem convivia.
Não era vaidoso, pois sabia que, depois de desatado o vín
culo que prende a alma ao corpo, não seria mais homem.
Seria um corpo vazio de alma e de nome. E o que somente
é corpo será cinza, pó e nada. No fim da vida, tudo acaba
e a terra cobre. Só resta o espírito que, liberto da prisão do
corpo, passa a viver eternamente, livre das misérias deste
mundo.
Desprendido c satisfeito com o que era c com o que tinha,
fazia a gente lembrar Epiteto para quem rico é aquele que
possui o que lhe basta. E lembrar Sócrates que avaliava
como rico quem se contenta com o pouco.
Viveu livre de ambição, aquele vício que faz com que muitos
indivíduos não tenham medida em seus desejos nem descanso
cm suas pretensões. 0 ambicioso tudo cuida que merece
e nada julga que o satisfaz. Os melhores prêmios pare
cem-lhe pequenos e são considerados como afrontosos a seus
mal imaginados méritos.
Veio ao mundo com este fadário: ser médico.
Em 1929, foi diplomado pela Faculdade de Medicina do Rio
de Janeiro, de onde saiu para fazer bem a todos que ne
cessitassem do amparo dc sua ciência.
Com os quilates de invejável cultura e com zelo extremado,
exerceu dignamente sua bela e honrosa profissão.
Em seu querido c pequenino Dionísio e nos distritos vizinhos,
a maleita c outras endemias rurais dizimavam a população
e causavam a ruína econômica da região. Ali, sem correr
atrás da fama ou do dinheiro, fez a medicina da pobreza,
cheia de penosos trabalhos e escassa dc vantagens. Foi mi
nistro dc Deus para salvação de centenas de enfermos.
1167
Nunca mediu sacrifícios para corresponder às boas esperan
ças dos doentes que confiavam nele. Fosse qual fosse a
hora do dia ou da noite em que recebesse o chamado para
atender o infeliz, que estava às portas da morte, deixava
tudo: o agradável convívio da esposa e dos filhos, o confor
to do lar, o momento de repouso necessário. E corria para
o socorro esperado.
Em São Domingos do Prata, clinicou durante mais de trinta
anos. Passava a maior parte de cada dia no Hospital Nossa
Senhora das Dores que ele dirigia, gratuitamente, com im
pressionante dedicação. Ali parecia esquecido de si mesmo
a fim de passar longas horas cuidando dos outros, no con
sultório, nas enfermarias, nas salas de curativo e de cirur
gia. Estava sempre ocupado. E cometia terríveis infrações
contra a conservação de sua saúde e de sua vida preciosa.
E, pouco a pouco, a estafa o arrastava para a morte.
Nunca foi astuto, procurando alcançar, com enganos e fin
gimentos, o que não podia alcançar com a razão.
Possuía no mais alto grau aquelas três qualidades do ho
mem político; sentimento de responsabilidade, senso de pro
porção e paixão, no sentido de “ propósito a realizar , devo
ção apaixonada à causa pública.
Fez da política instrumento com que, por quase quatro decê
nios, viveu trabalhando para a promoção do bem-comum du
rável, do bem humano da comunidade prateana em que via
o prolongamento da sua família.
Prefeito do município, eleito por três vezes, o seu governo
foi fecundo dc boas e grandes obras, todas objetivando o
bem-estar c a prosperidade do povo.
Quando podia ser útil à sua terra c à sua gente o era sem
demora. Quanto a este particular, parecia com o sol que,
para iluminar todas as coisas, nunca necessitou de rogos.
Ocupando o cargo com exemplar compostura e com cor
reção digna dos mais calorosos aplausos, soube antepor as
conveniências públicas às particulares.
Temperava a força de sua enérgica vontade com a genero
sidade do seu coração. Foi apóstolo da paz. E lutou in
cansavelmente para mantê-la.
Para ele, o adversário político existia somente até a hora da
apuração das urnas. Proclamado o resultado delas, passava
1168
Dr. Jo sé M a th e u s d e V ascon cetlos (H P. 3 9 3 8 ) c o m p o u c o m a is d e 3 0 a n o s
Quando p e la p rim e ira vez, e m 19 36, to m o u po sse d o ca rg o de P re fe ito M u n ic ip a l d e São D o m in g o s d o P ra ta -M G , Dr. José M a th e u s c o m a m ig o s
e c o rre lig io n á rio s p o litic o s
r a u io U io n is io d e V a sco n ce llo s (O ct. 3 9 0 5 ) e sua esposa M a ria C oeli d e A lm e id a c o m o D e p u ta d o P edro M a c ie l V id ig a l (H p 8 1 0 ) e sua esposa
fíu th G u e rra V id ig a l (H n. 658). E n tre eles: M a ria E liz a b e th V id ig a l B o rlid o (O ct. 1 74 5 )
A in d a fu n c io n á rio p ú b lic o e u n iv e rs itá rio , P a u lin o C íce ro de V ascon cellos (O ct. 3 9 0 6 ) e ra levad o p o r seu p r o te to r D e p u ta d o Pedro M a c ie l V id ig a l
p a ra p e rto d o P re s id e n te J u s c e lin o e d o G ove rn a d o r B ia s Fortes
G e ra ld o d e M o raes Q u in tã o (H n. 2 5 5 4 ) e n tre s e u s a m ig o s P a u lin o e Raul. N o v e rs o da fo to g ra fia , esta d e d ic a tó
ria : " 1 1 -8 -6 2 — P adre P e d ro A m ig o . S alus e t p a x ! E m suas bo nd o sa s m ã o s e s tã o êxito, n o d ia 3 d e o u tu b ro p r ó
x im o , d e s u a "b a n c a d a ". A q u i e ste s trê s c a n d id a to s c u ja v itó ria d e p e n d e d o se n h o r. P a u lin o C ice rro d e Vascon-
c e llo s - R aul d e B. F e rn a n d e s - G e ra ld o Q u in tã o "
E m C alam bau , d ia 2 1 d e ja n e iro d e 1962, a n o d a s eleiçõ es, G era ld o d e M o ra e s Q uin tS o e P a u lin o C ícero d e V ascon cellos, candidatos d o D e p u ta d o F e d e ra l P adre
V id ig a l à A s s e m b lé ia L e g is la tiv a de M in a s G erais, e s tiv e ra m c o m J u s c e iin o K u b its c h e c k , p a rtic ip a n d o d a s cordiais homenagens q u e fo ra m p re s ta d a s a o m a io r
de to d o s os P re s id e n te s d a R e p ú b lic a do B ra s il
M a ria L ú c ia Godoy (H P 4 1 3 2 ) h e p ta n e ta d e A n tô n io Á lva re s F e rre ira e d e A N A C A BR A L DA CÂM ARA
Padre Ilid i o H e m ê trio Quin tão (H n . 2 6 8 4 ), em N ova Era-MG, c e le b ra n te da M issa de A ç ã o de Graças por m o tiv o da in a u g u ra ç ã o d o H o s p ita l São José,
o u ve o sermão c o n g ra tu la tó rio pregado p e lo Deputado P adre V id ig a l (H p. 8 1 0 )
a considerá-lo como solidário na obra da construção do pro
gresso do município, que era de todos.
Às vezes, inconformados com a derrota com que não conta
vam ou revoltados contra a vitória por ele alcançada, alguns
recalcados, partindo para a ignorância, ofendiam-no com in
júrias e impropérios. Então, meditava as palavras de Pla
tão: è impossível consumir todas as maldades.
Com o silêncio é que preferia responder àqueles que o pro
vocavam com insultos, Pois tinha como certo que é mais
glorioso fugir a eles, calando, do que vencê-los, respondendo.
Depressa, esquecia as ofensas com que os profissionais da
maledicência inutilmente tentavam feri-lo. Esquecer é a
forma suprema de perdoar.
Bom amigo, nunca fez da amizade um bom negócio ou uma
fonte de rendas. Seria degradá-la de sua nobreza e aviltá
-la com baixezas. Seria reservá-la para quem pagasse mais
ou melhor, durando enquanto durassem as ganâncias.
Numa época cm que é comum a gente ver “ amizades” , que
são como aquelas conchas do mar, as quais com a lua cheia
crescem e com a lua minguante minguam, a de José Ma
theus era sincera e nunca poderia ser comparada com a
sombra, que só acompanha aqueles a quem o sol assiste com
as suas luzes ou com os seus brilhos.
Com a alma estrelada de muitas qualidades, foi que com
pareceu diante de Deus, no dia 28 de junho de 1968.
Pertence à galeria dos grandes homens, que não morrem de
finitivamente nos seus túmulos..
Em 11 de outubro dc 1933, casou-se com uma admirável
mulher adornada de bons costumes e motivo de honra para
a sua Casa: Maria de Castro Drummond, que lhe deu oito
filhos:
1169
Nova Era e Coronel Fabriciano. E prestou bons
serviços ao Lloicl Brasileiro em seu Departamento
Jurídico. Cursou o Instituto Rio Branco, do Ita-
marati. Ali se destacou, entre os seus colegas,
por seu notável talento e por sua grande cultu
ra. Foi Secretário da Embaixada do Brasil na
Holanda, sediada em Haya, onde faleceu no dia
4 de agosto de 1970.
Casou-se, em Brasília, no dia 28 de setembro de
1967, com Maria Cocli de Almeida. Deste casa
mento nasceram:
1171
Quando deputado estadual, Paulino foz “na
cionalista” vermelho. Mas, na Câmara dos
Deputados, de 1970 até o fim do ano
legislativo de 1978, só ele mesmo é quem sabe
quantas vezes abriu a boca ou tomou posições
de combate contra conhecidas empresas multi-
-nacionais que não são fiscalizadas nem contro
ladas dentro do limite do interesse nacional, não
publicam balancetes, remetem grandes lucros
para o exterior e podem ser responsabilizadas
pelas dificuldades sócio-econômicas brasileiras,
pois continuam usando e abusando do Brasil
como se a nossa Pátria fosse logradouro
internacional da especulação e do capitalismo
colonizador. Capitalismo que nunca se interes
sou e nem se interessa por incorporar-se à eco
nomia nacional, continuando organicamente li
gado ao centro financeiro de que provém, inca
paz de considerar este país nos termos de ne
cessidade de crescer e desenvolver.
Possui algumas notáveis qualidades. É inteli
gente. Boa, a sua cultura, que poderia ser me
lhor se ele fosse mais amigo dos livros, pois é
nos estudos que o ignorante acha misteriosas lu
zes para a szia cegueira e o prudente encontra
novos reforços para a sua sabedoria.
Como orador, impressiona bem os auditórios.
Eloqüente, sabe falar com razoável bom gosto.
Teve ótima repercussão seu primeiro discurso na
Câmara dos Deputados sobre a cassitcrita do Ter
ritório de Rondônia.
Entre os seus pares, goza da fama de experto em
assuntos concernentes ao minério de ferro e à
siderurgia.
Em suas atividades parlamentares, destacou-se
corno favorável ao divórcio, isto é: à dissolução
do vínculo matrimonial, ficando os divorciados
livres para contrair novas núpcias. Foi o único
representante de Minas Gerais, da extinta ARE
NA, a tomar e a manter essa atitude.
No exercício do mandato, que os seus eleitores
lhe confiaram, tem sido útil a alguns municípios,
principalmente ao cie São Domingos do Prata
onde, graças a seu prestígio pessoal junto aos
governos do Estado e da República, foram rea
lizadas obras de interesse para o povo.
No florilégio dos louvores que lhe são feitos, mais
este não deve ficar esquecido: è ambicioso. Am
bicioso até demais. Persegue o poder e a glória.
Com certeza já teve tempo para obsei-var que,
se há resplendor nas mais altas posições ambi
cionadas, também há grandes responsabilidades
e perigos na obrigação de ocupá-las com digni
dade e com eficiência.
Se na equilibrada balança da auto-crítica alguns
cargos fossem bem pesados, antes de serem as
sumidos, muitos políticos não os desejariam com
tanta e tamanha ânsia.
Aquele que, cego de ambicioso, procura a sua
exaltação, encontra a sua ruína.
Olhados como honra, certos cargos são apeteci
dos; mas, considerados como cargas, não devem
ser desejados. Além disso, não proporcionar a
empresa com o esforço é precipitada temeridade.
No dia 16 de março de 1979, Paulino foi nomea
do Secretário da Educação do Estado de Minas
Gerais pelo Governador Francelino Pereira dos
Santos. Casou-se com Maria Célia Horta Mar
tins da Costa (Hn. 781). Geração já citada.
1173
Quanto a mim, devo dizer que, por repetidas
vezes, recebi de Francisco Xavier cordiais agra
decimentos ao auxílio, que, indiretamente, lhe
foi dado para mantê-lo nos estudos superiores.
Procedendo assim, mostrou-se fiel à recomenda
ção de seu pai que, no dia 30 de março de 1957,
lhe escreveu interessante carta, cuja cópia me
foi oferecida pelo próprio redator. Dela, este
trecho deveras interessante:
1174
Oct. 3909: Cristina Coeli Vasconcellos. Nasceu a 5 de se
tembro de 1944. Normalista. Diplomada em Pe
dagogia pela Faculdade de Filosofia de J. Mon-
levade. Casou-se com Maurício de Souza Araújo
{IIp. 2756). Geração já citada.
1175
qual passava horas e horas na ruminação intelectual do que havia
colhido nos livros. Eis porque a sua ciência era verticalmente pro
funda e horizontalmente vasta.
Os trabalhos eram-lhe deliciosos entretenimentos para a in
cansável operosidade.
Em 1897, no Rio de Janeiro, foi professor no Seminário
do Rio Comprido, onde ficou até o fim do ano de 1901, tendo exer
cido paralelamente o cargo de Capelão da Santa Casa de Miseri
córdia .
Entre 1902 e 1906, Padre-Mestre de Missões nos Estados do
Paraná e de Santa Catarina, brilhou no Ministério da Palavra.
No púlpito, foi gigante. Eram admirados os seus sermões,
que sempre mostravam que a verdade não sai dos cenáculos dos
doutores, mas das palavras de Jesus Cristo. Neles, punha todo o
seu coração e todas as forças de seu belo espírito.
Nunca se omitiu na mudez da boca, quando tinha que pro
testar contra os abusos daqueles que maltratavam os pequenos e os
humildes e contra aqueles que oprimiam, deprimiam e comprimiam
os pobres e os fracos e exploravam o suor dos operários.
Sabia que haveria de dar contas de ociosos silêncios como
de ociosas palavras.
Aprimorando a vida espiritual dc muita gente, ele foi, até
1918, um dos maiores artífices da construção do Reino de Deus nas
almas de centenas de milhares de brasileiros.
Inundado pela caridade, vivia cuidando de conduzir para
a Casa cio Pai os pecadores que traziam o pecado na medula. Nele
havia esquecimento de si mesmo por amor ao próximo. Queria que
todos recebessem a graça da salvação eterna, por trazerem a ima
gem do Rei. Do Rei dos Reis. E porque todos estão carimbados com
a etiqueta do preço da Redenção, marcando “ valor infinito” .
Modesto, também ele nunca andou dc amores com os seus
merecimentos, que eram grandes e notáveis.
Entre 1906 e 1914, reitor do Seminário de Curitiba. E em
1913, ficou surpreendido com a comunicação oficial de que havia
sido eleito bispo da Diocese de Florianópolis por Sua Santidade o
1176
Papa Pio X. Mas, antes da sagração episcopal, houve por bem c por
certo desistir da plenitude do sacerdócio, por sérias razões de foro
intimo.
Na idade madura, com 44 anos sadios e fortes, firme em
suas convicções religiosas, com pesar verificou que tinha vocação
para o sacerdócio, que ele havia honrado espiritual e intelectual
mente, nos púlpitos e nas cátedras de ensino, na piedosa celebração
das Missas e na austeridade com que administrava os Sacramentos,
mas não a tinha para o celibato, que o Direito Canônico, ainda em
vigor, define como sendo estado de virgindade: status virginitatis.
Convém repetir: status virginitatis, porque exige perpétua e total
abstinência da sensualidade e porque deve ser igual ao estado de
vida puríssima dos anjos e dos bem-aventurados no céu. Coelo bea
tas, conforme diz Santo Isidoro de Sevilha nas suas “Etimologias",
repetindo o que disseram Papias e São Jerônimo: Coelebs est quasi
coelo aptus aut coelo beatus.
Na página 483 do Tomo I do “Lexicon totius latinitatis ab
Aegidio Forcellini, losepho Furlanetto etc”, impresso em Pádua, na
Itália, em 1940, está escrito sobre celibato: Fuenint etiam qui a coelo
derivarent qnia coelibes quase ooelestem vitam agant — Houve quem
afirmasse que a palavra celibato é derivada de coelo (céu), porque
celibatário é quem leva vida celestial.
Sacerdócio e celibato são duas vocações distintas obedecen
do a mecanismos heterogêneos. A natureza do sacerdócio não requer
a continência perfeita como atestam o costume da Igreja Primitiva
e a respeitável tradição das Igrejas do Oriente.
Em Padre João Borges, o celibato não era vivido santamen
te. Como deveria ser. De acordo com as rigorosas exigências
da Igreja.
Homem normal e integral, não estava isento daquelas in
vencíveis dificuldades que tem as suas raízes no campo sexual.
Sentia que não tinha mais força para ser casto. Nos primeiros sé
culos do cristianismo, ser casto era o mesmo que ser castrado.
Heroicamente, por muitos anos, havia resistido aos impul
sos bio-psíquicos. Mas acabou por ceder aos insistentes apelos de
sua natureza.
Como acontece com a quase totalidade dos eclesiásticos, não
importando o grau ocupado na hierarquia, ele não conseguiu liber
tar-se da influência da mulher infiltrada em seu próprio ser, como
duende invisível.
1177
Os mais sérios mestres católicos de endocrinologia, como o
sábio Gregório Maranon, ensinam que "cada homem leva, mais ou
menos concreto, um fantasma de mulher, não na imaginação, que
então seria fácil expulsá-lo, mas circulando em seu sangue". E nós
sabemos que esse fantasma perturbou a solidão dc Santo Antão no
deserto e a solidão de muitos monges e de muitos frades, que erra
damente, pensavam que a castidade ficava blindada nas celas de con
ventos e de mosteiros e sempre reinou no episcopado, no Sacro Co
légio e no Vaticano.
Alexandre VI não foi o único Papa cuja notória vida imoral
e cuja desordenada atividade sexual entrou na história. De suas re
lações adúlteras com a nobre romana Vanozza de Catanei, nas
ceram quatro filhos, que se ajuntaram aos dois havidos não se sabe
de quem.
O Liber Pontificalis diz que o Papa João XII viveu apenas
no adultério e na vaidade. L o que se lê no Volume III da História
da Igreja de Cristo, monumental obra de Daniel — Rops, historia
dor católico, da Academia Francesa.
A Gregório XI, Santa Catarina de Sena exigiu que arran
casse do jardim da Santa Igreja as flores nauseabundas, cheias
de imundice; isto é, os maus pastores e reitores que o atulhavam,
enchendo de fedor o mundo inteiro.
Santa Brígida chamava Clemente VI: amator carni.
Aquele galante Cardeal, que subiu o sólio pontifício com o
nome de Inocêncio VIII, tinha muitos filhos que lhe dera uma bonita
napolitana.
O piedoso e austero jesuíta Padre Egídio Gentili, acérrimo
defensor do celibato, conta que, “antes de chegar ao sólio pon
tifício, o Papa Paulo III, por causa de suas aventuras amorosas, era
conhecido em Roma com o malicioso apelido de “servo do amor’’,
certamente não no sentido devido a um homem de Deus” .
Na "História da Igreja em Portugal”, Fortunato de Almeida
diz que “ era lastimosa a devassidão e sem freio a soltura da vida
dos clérigos” , Ao Papa Urbano VI, o Arcebispo Dom Lourenço, de
Braga, declarou que “muitos clérigos nem de nome conheciam a ho
nestidade” .
A vida escandalosa de padres e bispos portugueses tomou
proporções impressionantes, pelos fins do século XV. 0 Bispo de
Viseu, Dom João Gomes de Abreu, teve amores com Dona Biàtes de
Eça, freira e abadessa em Celas, da qual teve filhos. Dom João
Afonso de Brito, Bispo de Lisboa, na primeira metade do século XV
1178
era pai de Martim Afonso. Dom Frei Manuel, Bispo de Ceuta e depois
da Guarda, teve, de Justa Rodrigues Pereira, dois filhos: Dom João
Manuel e Dom Nuno Manuel. Dom Pedro de Noronha, Arcebispo
de Lisboa, na primeira metade do século XV foi pai de Dona Leonor
de Noronha, condessa de Penamacor. E filhos teve Dom Gonçalo
de Figueiredo, Bispo de Viseu.
Antes de 1950, um bispo brasileiro, Dom Salomão Ferraz,
construiu o seu lar, criou os seus filhos, colheu netos, participou dc
Concílio Vaticano II e morreu na santa paz de Nosso Senhor em cuja
Casa há muitas moradas. E na segunda metade deste nosso século XX,
dois outros bispos romperam os laços que os prendiam à Igreja
Católica e passaram a viver publicamente com as mulheres de seus
amores, sem darem qualquer satisfação ao Papa: o primeiro bispo
de Itabira-MG, e um dos bispos da Diocese de Ilheus-BA. Também
eles não viviam integralmente o seu celibato. E, neles, o tal “ carisma
da virgindade” não podia ser mostrado como carteira de identidade.
Muitos mosteiros e conventos, assim de monges e de frades
como de monjas e de freiras, davam a impressão dc que eram bor
déis. “Nas clasuras eram metidas pessoas de sexo proibido". Outros
eram casas de torpitudes, de obscenidades, de escabrosas sem-vergo
nhices, de safadezas incríveis, de voluptuosidades que fariam inveja
aos devassos gregos e romanos do amoral paganismo.
Afastados do mundo das mulheres, às vezes acontecia que
alguns frades, monges e sacerdotes do clero secular adotavam ati
vidades sexuais contra a natureza. Mas, outros preferiram correr o
risco das aventuras, dando ao sexo a função natural para que foi
criado.
1179
E deu motivo a que aparecessem livros imortais como os de Etienne
Gilson, de J. G. Sikes, L. Lalanne, B. Sclimeidler, Charrier, M. e Mme,
Guizoí, Remusat etc., todos abordando, em seus diversos ângulos,
aquele grande amor capaz de tudo, dos maiores sacrifícios.
Ainda hoje, há mosteiros e conventos que não são cidadelas
ou bastiões do celibato. Em São Paulo, aconteceu que, antes de
1950, um monge beneditino deixou o hábito e se mandou para a
companhia de uma de suas alunas prediletas. No Mosteiro benedi
tino de Cuernavaca, o sábio Senhor Abade Dom Gregório Lemercier
separou-se da Igreja e casou, logo depois de haver participado do
Concílio Vaticano II como perito assessor do Bispo mexicano Dom
Mendez Arceo. Com outro inteligente e cidto perito do mesmo Con
cílio, aconteceu a mesma cousa. Refiro-me ao maior teólogo inglês
contemporâneo, o jesuíta Charles Davies, que foi professor no “Hev~
tbrop College”, redator-chefe da “ Clergy Reuiew”, e assessor do
cardeal John Heenan. O seu afastamento da Igreja foi deveras la
mentado no mundo católico. Em março de 1967, casou-sc com a ame
ricana Florence Henderson.
Há mais de quatros séculos, no Brasil, muitos padres e bis
pos, no pleno uso de suas Sagradas Ordens, andam prestando gran
des e bons serviços à Pátria, em caráter reservado, como pais, avós
e bisavós de numerosos cidadãos, que se destacaram nas mais altas
posições alcançadas em diversificados setores de atividades. Na Po
lítica, como Governadores, Ministros e Secretários de Estado, como
Senadores e Deputados, etc. Na Magistratura, como Juízes de Di
reito e como Desembargadores em diversos Tribunais de Justiça.
Nas cátedras de Ensino Superior. Na Literatura e no Jornalismo. Na
Diplomacia e nas Forças Armadas. E prestando bons serviços à
Igreja, pois em suas descendências vamos encontrar alguns sacer
dotes, inclusive bispos. Padre Diogo Feijó foi um deles.
1180
Se digo essas cousas é porque a Igreja é o Reino da Verda
de, de todas as verdades. Sobretudo da Verdade Crucificada, E por
isso, não tem medo dc qualquer verdade.
Na História dos Papas, escrita por Ludwig von Pastor, há do
lorosas verdades sobre a vida de alguns deles. Verdades
apuradas nos Arquivos do Vaticano, os quais ao historiador alemão
foram abertos por Leão XIII, com a recomendação de que dissesse
toda a verdade, só a verdade, e nunca ousasse dizer mentiras, con
forme a primeira lei da História. Primam esse historiae legem nc
quid falsi dicere audeat: deinde ne quid veri non audeat.
A Igreja, instituição divina, não pode e não deve ser confun
dida com os eclesiásticos que transitória e indignamente a represen
tam. A história nada pode ensinar contra a sua origem divina c nada
pode depor contra sua missão espiritual. Só a sociedade humana
que lhe serve de terreno suporte, com as virtudes e fraquezas ine
rentes à sua condição, capaz de edificar pelo exemplo c de destruir
pelo escândalo, é que está ao alcance das suas possibilidades de aná
lise e julgamento.
Voltemos ao Padre João Borges Quintão, em cuja consti
tuição predominavam as glândulas estenizantes: a hipófise, a tiróide,
a supra-renal e as gônadas.
Em 1919 saiu da Congregação da Missão para o lar, que
fundou com Sílvia Bittencourt Cotrim, filha de Gastão Bittencourt
Cotrim e Francisca dc Souza Bittencourt Cotrim.
Estou certo de que, se, naquele ano, lhe fosse facultado re
querer ao Papa que o desligasse dos votos sacerdotais e se em Roma
houvesse a mesma compreensão e a mesma liberdade que havia du
rante os pontificados de João XXIII e de Paulo VI, ele teria feito o
seu casamento religioso. E continuaria participando da vida da Igre
ja como bom católico, com a consciência tranqüila, freqüentando a
Mesa da Comunhão, seguro de que Deus lhe abençoaria todos os
passos e trabalhos.
O casal foi morar no arraial de Babilônia, hoje Cidade
de Marliéria, no Vale do Bio Doce, em Minas Gerais, onde abriu um
Colégio que funcionou durante três anos (1920-1922), com a de
nominação dc Nossa Senhora das Dores.
Em 1923, acompanhado da mulher e de três filhos, ele
mudou-se para Itabira-MG, a convite de seu antigo colega e sincero
amigo Trajano Procópio de Alvarenga Monteiro, a fim de, no seu Gi
1181
násio Municipal Sul-Americano, lecionar aos alunos o Francês, o
Inglês e o Latim.
Enfermo, em 1927 foi internado no Hospital da cidade cujo
povo o havia recebido com manifestações de apreço e de caridade.
Agravando-se o mal que o prostrava no leito, foi visitado por antigos
colegas lazaristas. Entre eles, Padre Jerônimo de Castro que lhe
deu a absolvição aos pecados cometidos c as bênçãos da Igreja a que
ele havia prestado grandes e bons serviços, deixando atrás de si uma
montanha de boas obras, que marcavam a sua passagem por este
mundo.
No dia 25 dc julho do citado ano, tendo recebido os últi
mos sacramentos, entregou a sua alma ao Pai do Céu, que a criara,
c passou a viver a verdadeira e perfeita vida espiritual junto de
Jesus Cristo, de Quem, pelo coração, nunca se havia distanciado e
junto de Nossa Senhora dc quem era devotíssimo, pois nunca ha
via abandonado a recitação do terço dc seu Rosário.
A vida e a morte do Padre João, como cie era chamado cm
Marliéria, do Padre João Borges, como era conhecido em Itabira,
do Padre Quintão, como era tratado por seus colegas c irmãos da
Congregação fundada por São Vicente, despertam-me a lembrança
para uma das mais belas páginas de Pcguy, em sua obra CP. o. Aque
la em que de escreveu:
1182
de Vasconcelos e Ana Vitória dc Moraes, que era filha do portu
guês Francisco Rodrigues da Rocha e de Maria Antônia de Moraes.
Lúcia e José Maria tiveram os seguintes filhos:
1184
Oct. 3925: Maurício de Lana. Nasceu na fazenda Freitas,
Município de Jaguaraçu, no dia 24 de janeiro
de 1944. Engenheiro Civil. Casou-se dia 29 de
janeiro de 1970, com Nancy Lopes Sabino. Pais
de Fabiano e Marcela: Ens. 986 e 987.
1185
í í / j.3950: Aracy Moreira de Assis. Nasceu a 8 de abril de 1928. Ca
sou-se dia 22 de janeiro de 1972, com Wilson Fernandes
Mello.
1186
Hn. 2538: CONSTANÇA MOREIRA DE CASTRO
1187
H p.3962: Ivan Moreira. Nascen a 15 de julho de 1935. Administra
dor de Empresas, diplomado em 1984. É chefe do Depar
tamento de Engenharia Industrial da USIMINAS. Casou
-se com Rita Maria Teixeira. Pais de:
1188
H p.3970: Luciano Resende Tavares Moreira. Bacharel em Direito e
em Administração de Empresas. É assessor da Diretoria da
Caixa Econômica Estadual. Casou-se com Magda Lúcia
Pinto Coelho, filha do médico Eduardo Levindo Coelho e
de Theomar Pinto. Seus filhos:
H p.3975: José Araújo. Foi casado com Maria Abadia. Pais de:
1189
H p.3978: Léa. Casou-se com José Andrade Oliveira. Pais de:
tfp .3986: Marly. Casou-se com Christian Newton Reed. O casal re
side nos Estados Unidos da América do Norte.
1190
Hp.3988: Marlene Miranda Moreira. Diplomada cm Sociologia pela
UFMG onde lecionava. Faleceu em 1972, em acidente.
1191
Alice Jones, filha de Alcinda Ribeiro e de Harold Jones, natural de
Londres, Engenheiro chefe da Redação da Mina de Morro Velho.
Seus filhos.
íQ>.4000: Allan Jones Quintão. Casou-se dia 5 de maio de 1956, com
Janua Coeli Moreira Araújo (Hp. 3977). Geração já ci
tada.
HpAOOl: Ilaroldo Jaime Jones Quintão. Bacharel em Direito. Ca
sou-se com Miriam Sardinha. Seus filhos:
Octs. 4000: Miriam, Tânia, Sandra e Mara.
H p.4002: Amilcar Jones Quintão. Diplomado em Contabilidade. K
funcionário da FIAT. Casou-se com Hcloisa Almeida.
í7p.4003: Anibal. Falecido.
H p.4004: Alcinda Maria. Casou-se com Solane Clementone de Cas
tro (Hp. 4208). Pais de:
Octs, 4001 e 4002: Lissandra e Fabiano.
1192
eleito duas vezes, Geraldo cumpriu, com brilho, os mandatos que o
povo lhe confiou.
Casou-se com Milza Dias Duarte (Hn. 1599). Geração já
citada.
1198
Hns. 2558 e 2559: HUGO e JAIR MORAES
QUINTÃO
1194
Qn. 238: CÂNDIDA FERREIRA QUINTÃO
1195
Hp.4031: Lúcia Maria Quintão Silva. Diplomada em Línguas Neo-
1 latinas pela Faculdade de Filosofia da UFMG. É secre
tária-executiva .
H p.4032: Jaime Marinho Quintão Silva. Diplomado pela Faculdade
de Filosofia, em Inglês. Casou-se com Élida Pompolini, que
tem o mesmo curso. Pais de:
1196
H p.4041: Gilda Quintão Gomes. Diplomada em Matemática. Ca
sou-se com Francisco Pandés Rubio, Médico. Pais de:
1197
H p.4056: Eloísa Quintão Torres. Diplomada em Administração de Em
presas. Fez Pós-graduação na Fundação Getúlio Vargas e
defendeu tese. É funcionária do Banco do Nordeste, em Re
cife. Casou-se com Roberto, que tem os mesmos cursos.
Pais de Gabriela: Oct. 4031.
1198
/íp.4073: Júlio César Quintão Gomes. Engenheiro.
HpA074; Elza Maria.
Hp.4Q75: Márcia Quintão Gomes. Casou-se com Gustavo, Engenheiro.
1199
H p.4084: Maria Aparecida Meyer Barros. Casou-se com Dr. Renato
Gomes Libânio. Pais de:
lip . 1087: Octávio Duval Meyer Barros. Casou-se com Gem Vascon-
cellos Barros. Pais de:
1200
I-In. 2577: DUVAL DE MORAES E BARROS
1201
Hp. 4102: Duval. Universitário de Direito na UFMG.
1202
sem praticar iniqüidades. Quanto a este particular, parece conser
var na memória de todos os momentos aquelas palavras sagradas
que estão escritas no Capítulo 19 do Levítico: Non consideres personam
pauperis nec honores vultum potentis. Juste judica próxijno tiw.
Despido de ódio e de afeição e vestido de inteireza c de reti
dão, tem sabido pôr no fiel a balança da Justiça, sem que nenhum
prato possa pender mais para um lado do que para o outro. Com
igual peso, vem pesando o direito de cada um.
Se a Justiça empunha uma espada de dois fios é para signi
ficar que, contra eles, não devem nunca valer nem a dureza do ódio
nem a delicadeza da amizade.
Presidindo o Tribunal ou julgando, o juiz não pode e não
deve ser imaginado como tendo, debaixo da toga, o coração pulsando
conforme os seus sentimentos pessoais. Prudente e forte, deve cortar,
certo, sem que uma parte fique mais beneficiada do que a outra.
Seus numerosos e incontestáveis méritos fizeram Hamilton
de Moraes c Burros figurar no elenco dos juízes de que a Magistratura
Brasileira deveras se orgulha.
1203
"Ao que tiveres de castigar com obras não trates mal com
palavras, basta ao desditoso a pena do suplício sem o su
plemento das ofensas. Diante do culpado que cair debaixo
de tua jurisdição, olha nele a criatura miserável, sujeita
às condições de nossa depravada natureza, e, tanto quanto
puderes, sem fazer agravo à parte contrária, mostra-te pie
doso e clemente; embora sejam iguais todos os atributos de
Deus, a meu ver se eleva e resplandece o da misericórdia
que o da justiça”.
Parece-me oportuno citar Olavo Bilac, que, relembrando
esses conceitos de Dom Quixote, fez, em 1905, esta observa
ção -.“ Trezentos anos-três séculos - passaram sobre a letra
desses conselhos; mas a sabedoria que neles reside tem
ainda uma perpétua mocidade",
ffp .4107: Maria Lúcia Lima Barros. Bacharela. Advogada. Casou
-se com Carlos Alberto Jaimovich, Capitão-tenente, médico
da Armada. Pais de:
Oct. 4053: Gustavo.
ffp.4108: Marília. Universitária. Estuda Física na UFRJ.
1204
HpA\V2: César Augusto de Barros Vieira. Médico da Organização
Pan-Americana de Saúde, sediada em Brasília-DF. Casou
-se com Heloísa Martins. Seus filhos:
Octs. 4056 a 4059: Guilherme, Leonardo, Andréa e Gustavo.
Hp 4113: Paulo César de Barros Vieira. Bacharel cm Direito e Ad
ministração de Empresas.
H p.4114: Luís Otávio de Barros Vieira. Médico Pediatra e Sanita-
rista. Casou-se com Lnísa Helena Bueno, médica. Pais de:
Octs. 4060 e 4061: Rodrigo e Adriana.
H p.4115: Maria Teresinha de Barros Vieira. Diplomada em Letras
pela UCRJ. Professora de Português. Casou-se com Eus-
táquio Afonso Araújo, Cirurgião-dentista, está fazendo mes
trado de Ortodontia na Universidade de Pittisburgh, Pen-
silvánia-USA.
H p.4116: Duval José de Barros Vieira. Economista.
HpA\17: Carlos Augusto. Universitário de Direito.
H/j.4118: Flávio Eduardo. Universitário de Economia.
f/p.4119: José Maurício, Universitário de Medicina.
HpsA120 e 4121: Sérgio Duval e Roberto Márcio.
1205
Hn. 2584: MANUEL PAULINO DE MORAES E
BARDOS
Coronel do Exército, atualmente servindo no Comando Mi
litar da Amazônia, em Manaus. Casou-se com Tcrosinha Brandão
de Oliveira. Pais de:
1206
nos ir trabalhar. Dá vontade de a gente ficar ali, bem perto, ouvindo
a voz dos pássaros que saem pelas janelas da casa” .
“Nada menos de nove filhos, trinta e três netos e dois bis
netos, noras e genros também, todos entendem de música, regem,
cantam e têm lindas vozes. Não importa ser o médico, o advogado,
a professora, o prefeito ou o delegado. O importante é o cantor
e o cantar” . Eis o que escreveu para o ESTADO DE MINAS, Mari
Stella Tristão.
De seu casamento com Romeu Moreira Godoy (Pn, 892), rea
lizado no dia 22 de outubro de 1921, Maria de Barros Brandão teve
os seguintes filhos:
1207
‘‘Canta como mn pássaro para a primeira luz do dia. Des
de menina, desaparece no canto, suprime a personalidade
quando canta, transforma-se no canto, como a ave que des
cola do ramo e vira vôo” . Eis o rjue sobre ela escreveu
Paulo Mendes Campos.
Ela mesma afirmou: “O canto surgiu para mim, de repen
te, como coisa já estabelecida, consistente, algo de que meu
sangue já sabia. Parte da minha personalidade. 0 canto
me absorve de tal maneira, que nunca pensei em fazer ou
tra coisa” .
Vejn a propósito este depoimento: Não sou das cantoras
que infernizam a vida dos vizinhos com escalas e solfejos
intermináveis. Comigo, os vizinhos vivem em paz.
Um dia, ela falou: A voz, a inteligência e o sentimen
to andam juntos, acabam sendo uma coisa só: o que
é pensado existe e se for sentido pode ser realizado. ,4s
vezes, tenho de partir de uma nota grave de contralto até
uma bem alta de soprano lírico que a princípio me parece
impossível atingir. Mas com calma eu chego lá: um dia
sinto como deve ser cantada, e a partir de então entendo tudo,
ela passa a vir naturalmente.
Para ela, Tom Jobim escreveu “Sabiá” . Chico Buarque e
Dori Caymc dedicaram-lhe inspiradas peças. E Carlos
Drummond de Andrade consagrou-lhe estas quadrinhas:
1208
tadual rle São Paulo. E colheu os mais demorados e rui
dosos aplausos nos auditórios em que se fez ouvida, como
aconteceu no Palais de Congrés, de Paris, e, no Vaticano,
quando cantou para o Papa Pio XII.
Sob o patrocínio do Goethe Institut dc Munich, percorreu,
com Orquestra e Coro de Köln (Colônia), toda a América
Latina, em apresentação exclusiva de compositores brasi
leiros dc vanguarda.
Foi premiada por motivo de excelentes e aplaudidas iute-
terpretações nas óperas Werther, de Massenet; Barbeiro de
Sevilha, de Rossini; Cosi fan tutte, de Mozart.
Suas apresentações em Monte Cario, cantando Floresta do
Amazonas, de Villa-Lobos, e em recitais de Paris motivaram
o convite de Peter Fears para realizar concertos em Aide-
bourgh, na Inglaterra.
Participou de numerosas primeiras audições no Brasil, co
mo Let’s make an opera, de Benjamin Britenn; Romeu e
Julieta e Infância de Cristo, de Berlioz; Procissão das Car
pideiras, do L. Cardoso; O Canto Multiplicado, de Marios
Nobre (dedicado à cantora); Cantoints, de Rufo Herrera;
Heterofonia do Tempo, de Fernando Cerqueira; Poesia em
Tempo de Fome, de Wily C. de Oliveira; Canticum Natu
rale, de Edino Kieger; Agrupamento em dez, dc Cláudio
Santoro, etc.
Cantou na Primeira Missa de Brasília celebrada por Sua
Eminência o Cardeal de Vasconcellos Motta, nas solenida
des de inauguração da nova Capital do Brasil e por oca
sião da reinauguração do Teatro Municipal do Rio de Ja
neiro, como Liú da ópera Turandot, de Puccini.
Em 1977, gravou um long-play dedicado exclusivamente a
Villa-Lobos, com a colaboração de Sérgio Abreu no violão
e da Associação Brasileira de Violoncelos, sob a regência
dc Alceu Bochino. Esse LP mereceu o maior prêmio do
disco brasileiro: Troféu Villa-Lobos de 1979. E, dois anos
depois, lançou outro disco: Maria Lúcia Godog e a Canção
Popular Brasileira e Napolitana.
Bidu Sayão, que maravilhou os mais exigentes auditórios
nos mais famosos teatros das nações civilizadas, foi quem
a apresentou ao famoso Leopold Stokovski. Ouvindo-a
cantar, o maestro ficou deslumbrado. E Bidu não se con
teve, exclamando; Eu sempre tiue a esperança de que al-
1209
guma jovem brasileira viesse tomar o meu lugar. E, quan
do encontrei Maria Lúcia Godog, tive a certeza de que não
precisava procurar mais. Fiquei de boca aberta quando a
ouvi cantar.
De Fernando Sabino, este comentário: "Stokovski pode não
ter ficado de boca aberta, mas se esqueceu dos rigorosos
cinco minutos que concedia a cada candidato: “ Cante essa,
e mais e s s a p e d ia , depois de ouvi-la interpretar “Schehe
razade" de Ravel. E convidou-a para cantar sob sua re
gência com a American Synphony no Carnegie Hall, depois
com a Philadelphia Orchestra no Lincoln Center. Daí para
frente, ninguém mais a segurou: multiplicaram-se os con
certos na América, na Europa, em 30 países da América
Latina.
Com a beleza de sua voz, apresentou-se com outros maes
tros : \ olker Vangenheim, Clyde Roller, Sehonoremberg,
Eleazar de Carvalho, Morelembaum, Magnani, Karabt-
chevsky, etc.
O crítico musical de New York Times assim se expressou:
Sua bela voz flutua sem esforço em qualquer registro. Tem-
s e a impressão de esquecer a música e ouvir apenas aque
les acariciantes sons de seda. Sua voz flutuava livremen
te e chegavam até nós os sons mais sedutores. Miss Godoy
cantou corno um pássaro.
Permita-me o leitor que eu volte a citar Fernando Sabino
em seu interessante estudo: A voz de veludo e de luz, pu
blicado no JORNAL DO BRASIL de 23 de dezembro de
197-1. Foi assim que ele o encerrou:
“Voz que é veludo e luz — segundo um crítico musi
cal. Voz aperfeiçoada desde cedo no estudo, ao longo de uma
vida inteira dedicada à música, mas que lhe sai da garganta
naturalmente como o canto de um pássaro.
1210
P au lo M en d es C a m p o s é q u em nos conta :
Eisenhower insistiu:
A cantora:
— Eu também.
1211
Jusceliiio Kubitschck foi o maior de seus fãs.
As mais sinceras e merecidas homenagens ela recebeu da
Rainha Elizabeth II da Inglaterra, de Presidentes de Re
públicas e de Ministros de Estado.
Em artigo publicado no ESTADO DE MINAS, MaiTStella
Tristão conta que, quando foi reinaugurado o Teatro de
Manaus, Maria Lúcia recebeu cordiais cumprimentos do
Presidente Geisel e de sua esposa, do Governador do Estado
e de outras autoridades presentes, quando um graduado
admirador da cantora carmhosamente a cumprimentou,
declarando-se seu “fã incondicional” . Na ocasião, houve
este rápido diálogo:
1212
ífp.4136: Maria Teresa Godoy. Nasceu no dia 20 de maio de 1932.
Normalista. Casou-se com Gilberto Soares Penido, advo
gado, alto funcionário do Banco do Brasil S/A. Pais de:
Octs, 4077 a 4079: Luciana, Álvaro e João Luís.
ffp.4137: Gilberto Brandão Godoy. Já falecido.
í/p.4138: Ana Maria Godoy. Nasceu a 27 de junho de 1936. Nor
malista, Casou-se com James Nells Wrathall, Engenheiro.
O casal reside nos Estados Unidos da América do Norte.
ffp.4139: Romeu Brandão Godoy. Nasceu no dia 9 de agosto de 1940.
Bancário. É diretor da TV GLOBO, em Belo Horizonte.
Foi casado com Otília Siqueira. Pais d e :
Octs. 4080 a 4082: Ivan Tasso, Murilo César e Renato.
Hp.4140: Maria Amélia Godoy. Nasceu a 9 de abril de 1942. Nor
malista. Casou-se com Celiodivo Gonçalves Dias, Engenhei
ro. O casal reside nos Estados Unidos da América do Norte.
Seu filho: Eduardo: Oct. 4083.
1213
í/p.4145: Maria Marta dc Carvalho. Diplomada em Biblioteconomia
pela UFMG. É professora na mesma Universidade de cuja
biblioteca foi diretora.
Hp.4116: Sebastião José Maurício de Carvalho. Médico em Belo
Horizonte. Foi prefeito dc Congonhas do Campo. Casou
-se com Maria Luísa, advogada em Lafaiete.
flp.4147: Marlene de Carvalho. Bibliotecária. Casou-se com Jorge,
Arquiteto. 0 casal reside no Peru.
Hp.4148: Maria de Lourdes Carvalho. Cirurgiã-dentista. Casou-se
com Cabrera.
Hp.4149: Maria José de Carvalho. Médica, Casou-se com Fernando
Neuenschwander, Médico.
tfp.4150: Marco Antônio de Carvalho. Médico. É Cirurgião em Belo
Horizonte. Casou-se com Mônica.
1214
Hn. 2592: AURELIANO DE BARROS BRANDÃO
*■
1215
Q n . 241: M A R IA T E O D O R A M O R E IR A
Pn. 8 7 5 : C E C ÍL IA M O R E IR A D E A S S IS
1216
Q n . 242: T H E O D O L I N D A M O R E IR A
Pn. 8 8 3 : M A R I A M O R E IR A Q U IN T Ã O
1217
Hn. 2593: MARIA RAIMUNDA DE CASTRO
1218
Hp .4165: Jackson Batista de Castro. Casou-se com Ana Maria Lima
Castro. Pais de:
1219
Pn. 885: JOSÉ VERÍSSIMO QUINTÃO
Casou-se com Natália Moreira,
1220
Do casamento de Baltazar de Godoy com Paula Moreira
nasceram seis filhos, que lhe deram mais de sessenta netos, dos quais
muitos figuraram entre os primeiros povoadores de Minas Gerais,
de Goiás, de Mato Grosso e de Rio Grande do Sul.
Um desses filhos foi João de Godoy Moreira, que se casou
com Eufêmia da Costa Mota, filha de Atanásio da Mota, escrivão
da fazenda real e da alfândega de Santos, e de Luzia Machado. 0
casal teve doze filhos. Entre eles, o Tenente-general Gaspar de
Godoy Colaço, que se casou, em 1676, com Sebastiana Ribeiro de
Moraes, filha única do Capitão Francisco Ribeiro de Moraes e de
Ana Lopes.
Seja dito, de passagem, que Francisco Ribeiro de Moraes
era dodecaneto de Dom Pedro Fernandes, o Braganção, e de Dona
Froile Sanches, filha do Conde Dom Sancho Nunes de Barbosa e
de Dona Teresa Afonso, neta materna de Dom Afonso Henriques,
primeiro Rei de Portugal.
Em meu estudo sobre a descendência de Amador Bueno, O
Aclamado, no Vale do Rio Doce, editado em 1945, apresentei com
base em Pedro Taques e em Silva Leme, todos os ascendentes de
Sebastiana Ribeiro de Moraes, até Dom Afonso VI, Rei de Leão.
De seu casamento com Gaspar de Godoy Colaço, Sebastiana
teve nove filhos. Entre eles, Maria Pedroso de Moraes, que se casou
com João Correia da Silva, natural de Santos, filho do Capitão Do
mingos de Castro Correia c de Isabel da Silva Bueno, neta de Ama
dor Bueno, e de Bernarda Luís, por parte de sua mãe Isabel da
Ribeira casada com Domingos da Silva Guimarães.
De João Correia da Silva e de Maria Pedroso de Moraes
nasceram doze filhos. Entre eles, Margarida da Silva Bueno, de que
Rosa descende.
Esta digressão foi feita a fim de mostrar que Rosa era
parenta remota de seu marido, pois figura na mesma árvore ge
nealógica que Baltazar de Godoy plantou no planalto de Piratininga.
De seu casamento com Joaquim Lourenço, Rosa teve os se
guintes filhos:
1221
Casou-se com sua prima Amália Gonçalves Ferreira, nor-
malista, diplomada pela Escola Normal Providência, da Cidade de
Mariana-MG. Filhos de José Bonifácio e de Amália:
1222
Salvador Aguiar de Figueiredo. E a segunda, com Aríolo
Augusto dos Santos. Filhos do primeiro matrimônio:
Octs. 4114 e 4115: Rosana e Railander.
Do segundo matrimônio:
Octs. 4116 e 4117: Arlem e Gustavo.
1223
ro semestre de 1969 e na NORGES TEKNISKE HGSKOLE,
Universitetet i Trondheim, na Noruega, 1969/1972, onde re
cebeu o certificado de Doktor Ingenior, Tem os cursos dc
Refratários-1968 EEFMG; Termodinâmica Básica-1969
NTH; Processo de Vaporização-1970 NTH; Diagramas de
Fase-1970 NTH; O Estado Líquido-1971 NTH; Metalurgia
Extrativa-1971 NTH; Redução de Minérios de Ferro-1976
UFMG; Físico-Quimica da Fabricação do Aço-1977 UFMG.
Como professor, lecionou Geometria Descritiva, Desenho
Técnico e Matemática em Estabelecimentos dc Ensino Se
cundário, em Belo Horizonte (1965-1968). E, na UFMG,
lecionou, em cursos de Pós-graduação, Termodinâmica Me
talúrgica (1975-1977), Tópicos Especiais (1973-197-1), Dia
gramas de Fase (1974), Métodos de Instrumentação e Aná
lise, na parte relativa a Análise Termodiferencial e Ter--
mogravimétrica (1973) e Metalurgia Extrativa I (1975-1976).
Entre 1975 e 1978, lecionou Físico-Química Metalúrgica I,
no Curso de Engenheiros Metalúrgicos da EEUFMG. E no
segundo semestre de 1977, fez conferências sobre “A Pós
-graduação em Engenharia Metalúrgica no Brasil” .
Desde 1973 é professor adjunto do Departamento de Enge
nharia Metalúrgica, na EEUFMG.
Participou da Comissão Examinadora do Concurso de Pro
fessor Assistente do Departamento dc Engenharia Meta
lúrgica, cm outubro de 1977.
Diversos e deveras interessantes seus trabalhos já publi
cados e/ou apresentados em Congressos. Entre cies, se des
tacam: “Tliermal Redyction of Samarium, Europium and
Ytterbium Oxides by Alurainium” , Tese apresentada à Con
gregação da Norges Tecniske Hogskole, Universitetet, i
Trondheim, Noruega, 1972, para obtenção do grau de
“ Doktor Ingenior (Doutor Engenheiro); “ Redução Térmica
do óxido de Euróbio por Alumínio”-1974; “Tratamento de
Cromita por Ustulação Sulfatante” (co-autor), 1974; “ Recupe
ração dc Zinco no Minério Oxidado através de Redução Car-
botérmica (co-autor); “Análise de Dados de Fim de Sopro
no Processo LD” (co-autor).
Participou de vários Seminários, Encontros e Congressos
Técnicos Cientificos.
Estas, suas áreas de trabalho: Físico-Química Aplicada e
Metalurgia Extrativa (Pirometalurgia),
1224
É diretor da Escola de Engenharia da Universidade Fede
ral de Minas Gerais. Casou-se, dia 20 de dezembro de
1975, com Maria Helena de Pádua Coelho, normalista,
universitária dc Psicologia. Pais de:
Oct. 4121: Isabela.
1225
Hp. 4208: Solane Clementone Castro. Cirurgião-dentista. Casou-se
com Alcinda Maria Jones Quintão (Hp. 4004). Geração já
citada.
Hp.4209: Saulo Clementone Castro. Desenhista. Casou-se com Maria
Lúcia Vilaça. Pais de:
1226
Pn. 890: LAURO MOREIRA DE GODOY
Casou-se com Isabel Anício, Seus filhos:
Hn. 2613: JOSÉ LAURO GODOY
1227
Hn. 2621: R O S A M ÍS T IC A GODOY
ííp.4240: Lúcia.
1228
Hn. 2627: JO ÃO BO SCO GODOY
1229
rante muito tempo, fez ensaios em sua residência, por não ter local
apropriado para desenvolver seu trabalho. Além disso tudo, foi gra
duado funcionário da Secretaria do Interior c Justiça do Estado de
Minas Gerais e superintendente da antiga Companhia Força e Luz de
Minas Gerais.
12150
A geração do feliz casamento de Romeu Moreira Godoy com
Maria de Barros Brandão já foi citada.
1231
Hn. 2632: LINDOURO MOREIRA TORRES
Casou-se com Aloina Moraes Quintão {Hn. 2569). Geração
já citada.
1232
O amor a esta ciência só nasce quando, manejando com facilidade
o cálculo e lendo com facilidade as figuras, se pode, livre das. difi
culdades materiais, avaliar a inspiração dc uma descoberta, a pro
fundeza de uma inspiração, o engenho de um raciocínio, a habilida
de manifestada na resolução de um problema.
Foi o amor às Matemáticas que levou José Torres a Ouro
Preto, onde fez o curso complementar, cm 1941 e 1912, Em 1943, ma
triculou-se na Escola de Minas. E, cm 1948, nela recebeu o diploma
de Engenheiro de Minas, Civil e Metalurgia. Nesta segunda metade
do século XX, ele é tido e havido como sendo uma das mais altas
expressões da inteligência e da cultura científica na Engenharia
Nacional.
Casou-se, no dia 5 de maio de 1949, com Marília Esteves
Giannetti, filha do engenheiro Américo René Giannetti, que foi pre
feito de Belo Horizonte, e de Honorina Esteves Giannetti.
De 1949 a 1958, residindo em Belo Horizonte, foi Engenheiro
da antiga Eletro-Química Brasileira S.À. (atual Alcan-Alumínio do
Brasil S .A .), diretor-industrial na Fábrica de Papel Cruzeiro S.A .,
diretor-gerente da Empresa América de Construções Ltda., diretor
da Imobiliária Mineira S.A. e da Cia. Mineira de Estradas e Cons
truções .
No último trimestre de 1958, mudou-se para o Rio de Ja
neiro onde exerceu, durante dois anos, a chefia da Seção de Enge
nharia da Esso Brasileira dc Petróleo S.A.
Em 1961, representou a Presidência da República no Con
selho Administrativo do ex-IAPETC. E, desde o fim do ano de 1961,
vem trabalhando continuamente como Engenheiro da Prefeitura da
Cidade do Rio de Janeiro, funcionando, cm 1979, como assistente da
Superintendência dc Geotécnica.
Entre 1972 c 1976, foi professor de Geologia na Faculdade de
Engenharia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Fora dos serviços públicos, trabalha como profissional au
tônomo, fazendo serviços de Engenharia Civil, de Geologia e de En
genharia de Minas para diversos clientes.
Sobre assuntos referentes à Ecologia, tem publicado alguns
artigos no JORNAL DO BRASIL, na Revista do Clube de Engenharia
e na Revista Mineração-Metalurgia.
123:)
É sócio do Clube de Engenharia e da Sociedade de Enge
nheiros do Estado do Rio de Janeiro.
Seus filhos:
Hps. 4260 e 4261: Hugo e Rafael Giannetti Torres.
Hp. 4262: Renato, que se casou com Sílvia Schwatz.
Hp.4263: Santuza, que se casou com Geraldo Kikoler.
Hp.4264: Rogério que se casou com Soi'aya Xavier.
1234
Hn. 2639: WULMAR CARNEIRO PONTES
1235
Pn. 903: MARIA DE BARROS FILHA
Casou-se com Eurico Miranda.
1236
Qn. 2 5 5 : JO SÉ P E D R O Q U IN T Ã O
1237
Hn. 2 6 6 3 : N I L C E A B R U Z Z I Q U IN T Ã O
1238
Guarda-Mor João Pedro Cotta, português, natural da Freguesia de
Santa Bárbara das Nove Ribeiras, bispado de Angra, na Ilha Ter
ceira, e de Teresa Teixeira Sobreira, filha de Manuel Teixeira So
breira e Maria Ribeiro da Conceição. E neto paterno de Manuel
Cotta Vieira e sua mulher Bárbara Maria.
Todos os Cottas de Mariana, de Ponte Nova, da Barra Longa,
de Dom Silvério, etc., e seus derivados têm como origem, em Minas
Gerais, este casal que acabei de citar.
São filhos de Marieta e Pedro Protásio:
Falecida em 1945.
1239
Hn. 2671: ERNANI COTTA
1210
Hn. 2 6 7 7 : Ê N IO D U A R T E
1241
Qn. 259: IL ÍD IO M A R T IN S Q U IN T Ã O
1242
fia. 2683: AUGUSTO H E M É T R IO Q U IN T Ã O
1243
Ordenado sacerdote por Dom Helvécio Gomes de Oliveira,
no dia 8 de dezembro de 1915, despedin-se do mundo e seus praze
res. E, severo consigo mesmo, adquiriu o direito de ser indulgente
com os outros.
Começou suas atividades sacerdotais trabalhando em Ma
riana, dc 2 de abril de 1946 a marco dc 1947, como auxiliar do te
soureiro da Cúria Arquidiocesana, Padre Daniel Tavares Baeta Neves,
como notário da mesma Cúria e como vigário encarregado de Ca-
margos, Bento Rodrigues, Santa Rita dc Ouro Preto, Maynard, Var
gem e Fundão.
A partir de 11 de agosto de 1916, por dois meses, foi Vigário
substituto da paróquia de Nossa Senhora da Saúde, de Itabira. E,
de 30 de março de 1947 a 23 de junho de 1950, pároco de São Se
bastião de Joanésia-MG. Durante seis meses, a partir de 20 de fe
vereiro de 1948, exerceu o cargo de vigário-ecônomo da paróquia dc
Santo Antônio de Mesquita, E, de 29 de junho de 1950 a 5 de março
de 1964, regeu os destinos espirituais da paróquia de São José da
Lagoa, no Município de Nova Era-MG.
De 5 de março de 1964 a abril de 1980, foi capelão do Hos
pital Margarida, de João Monlevade-MG. E, sem sacrifício das fun
ções próprias do novo cargo, auxiliou os párocos da cidade e das
freguesias vizinhas.
Como pároco, se distinguiu pela bondade e pelo cavalheiris
mo com que sempre tratou as pessoas de que era guia espiritual,
podendo-lhes repetir aquelas palavras dc São Basílio, dirigidas aos
adolescentes de sua época: Statim posl parentes ita vobis conjunctus
sum. ut ego non minori uos beneuolentia prosequar quam vestri
patres — depois de vossos pais não tendes outra pessoa mais ligada
a vós do que eu. A minha amizade por vós não é menor que a deles.
E, como capelão do Hospital Margarida, foi de mode
lar dedicação no tratar os enfermos ali internados.
O seu amor a Deus e à Igreja o levou a beneficiar diversas
comunidades, com a sua bondade, que é a marca do Espírito Divino
na sua alma.
Além de Inspetor Escolar do ensino primário em Joanésia-
-MG, de 1948 a 1950, foi professor de Cultura Religiosa no Colégio
Estadual de Nova Era.
Tem o curso de Pedagogia, nas habilitações de Administra
ção Escolar e Orientação Educacional, feito na Faculdade de Edu
1244
cação dc João Monlevade. Nesta cidade, em 1965 c 1966, foi profes
sor de Português e de Cultura Religiosa na Escola de Auxiliar de En
fermagem “ Dr. José Abrantes” , do Hospital Margarida.
Em 1967 e 1968, na mesma cidade, lecionou Português e Edu
cação Moral e Cívica na Escola Estadual de 1.-' e 2.ç Graus, de que
foi, entre 1969 e janeiro de 1977, Auxiliar de Diretoria, coordenan
do o Turno Vespertino.
Com a alma ornada de raras virtudes, Padre llíclio, na terra,
tem leito muitos amigos e admiradores, porque as virtudes têm não
sei que feitiço, que nada há mais amável, nada que mais cative os
homens para amá-las, ainda os que não chegaram a vê-las. Até os
inimigos se não gostam dos virtuosos, ao menos os respeitam e ve
neram, como confessou Felipe, que era grande inimigo de Dcmóste-
nes. Dc Cícero, esta observação: Virtus in hoste diligitur.
Em maio de 1980, tomou posse do cargo de pároco da Fre
guesia de Nossa Senhora da Saúde, na sede do bispado de Itabira-MG.
1245
Hp.4337: Maria Beatriz Teixeira. Normalista. Psicóloga, diplomada
pela UCMG. Casou-se com Paulo César Martins. Pais de:
12 Í6
Pn. 923: ANA QUINTÃO
1217
Qn. 266: SEBASTIÃO MARTINS QUINTÃO
1248
guro era parte integrante do citado município dc que foi emancipa
do, política e administrativamente, pela Lei n," 1.039, de 12 de de
zembro de 1953.
Manifestando inclinação para o sacerdócio, o menino José
Álvares foi matriculado uo Seminário de Mariana, onde “ se aplicou
aos estudos de Gramática Latina e de Moral, com ânimo e desejo
sempre constante de se ordenar” , conforme consta em seu Processo
De Genere et De Moribus.
Tinha o olho direito vasado por um tiro dc espingarda chum-
beira, involuntariamente dado por um desconhecido. Este aci
dente acontecera perto de Antônio Dias Abaixo, quando, por ali
passavam, cie e seu pai, residentes no antigo São José da Lagoa, no
fim da década de 1780.
Como pessoas portadoras de defeitos físicos não podiam re
ceber o Sacramento da Ordem, foi-lhe necessário pedir à autoridade
eclesiástica que não levasse em conta o que lhe marcara o rosto.
Foi ordenado sacerdote, em 29 de setembro dc 1796, no Rio
de Janeiro, estando vaga a Sé de Mariana.
Além de promover o bem-comum espiritual e moral das
almas, cujo destino lhe foi confiado, o Padre José Álvares Ferreira
Cabral Filho cuidou da agricultura. Teve uma boa fazenda na Ca
choeira Comprida, com escravos, engenhos, gado, etc.
Em meu arquivo, conservo o rascunho do seu testamento,
no qual está escrito;
1249
N. 13: ANTÔNIO ÁLVARES FERREIRA CABRAL
1250
Requereu e obteve licença para prestar exames de Latim, de
Canto Eclesiástico, de Cânones e de Teologia Moral. E a fim de ser ad
mitido ao Presbiterato, declarou o seu patrimônio: a metade de uma
sesmaria de matos virgens e capoeiras sita na Freguesia de Guarapi-
ranga, na paragem chamada Jurumirim, nas margens do Rio Xo-
potó; casas de vivenda, paiol e moinhos cobertos de telhas, quatro
escravos por nome Simão Crioulo, José Mina e sua mulher Rosa
crioula, c Manuel crioulo. Estes bens tanto móveis como de raiz es
tavam livres c desembaraçados, sem ônus algum ou hipoteca.
Provou que, como católico, sempre cuidou de cumprir os
seus deveres religiosos, sobretudo os relacionados com os sacramen
tos da Confissão e da Comunhão dos quais nunca esqueceu, mesmo
andando por lugares distantes de Calambau.
Estes dois atestados, por serem, hoje, documentos curiosos,
merecem ser lidos:
l.9 — “Certifico em como em dia de N. Sra. da Conceiçam de
87 na Irroida do Santíssimo Coração de Jesus desta Aplicaçam
de S. Dom's. do Rio da Prata ouvi de confiçam ao Douttor José
Alz. Cabral para o que lhe passo esta para constar o que sendo
verdade o juro in verbo Sacerdotis hoje Pratta 27 de agosto de
1788.
0 Capellam Franco. Corr9 de Pinho.”
1 251
No dia 28 de março de 1789, em Mariana, recebeu a Ordem
do Presbiterato, que lhe foi conferida pelo Bispo Dom Frei Domin
gos da E. Pontevel. E, no dia 24 de abril do mesmo ano, teve provi
são para sua Primeira Missa, que foi celebrada em sua terra natal,
Calambau, na Capela de Santo Antônio, construída por sua mãe ANA
CABRAL DA CAMARA f e em que havia sido batizado no dia 13
de abril de 1739.
1252
CAPÍTULO III
BELÍSSIMA d e s c e n d ê n c ia
1253
e são todos os homens. Estes, os dois grandes objetivos do desenvol
vimento: o sucesso humano individual e a elevação humana de cada
povo.
O desenvolvimento ou é total ou não é aquele verdadeiro de
senvolvimento, que inclui desenvolvimento econômico e desenvolvi
mento biológico, nos setores da higiene c da saúde, desenvolvimento
educacional e desenvolvimento cultural, desenvolvimento politico e
desenvolvimento administrativo. O homem sempre tem de estar no
centro da perspectiva. Assim a disciplina complexa cio desenvolvi
mento aparecerá com seu máximo caráter cientifico, pois toda a ciên
cia se define por seu objetivo.
1251
2 ■- para a PROMOÇÃO DO BEM-COMUM DURÁVEL, pra
ticando aquela boa política, que consiste em lutar a fa
vor do bem-estar social, da felicidade do povo;
3 ---• para o ENGRANDECIMENTO DA CULTURA NACIO
NAL, na imprensa, nas ciências, nas belas letras, na mú
sica, na pintura;
4 — para a DEFESA DO BRASIL, nas Forças Armadas, e
para BEM SERVI-LO, na diplomacia;
5 — para a VALORIZAÇÃO DA MATÉRIA, nos mais diver
sificados setoi^es de atividades e nas mais variadas pro
fissões: na engenharia, nas atividades técnicas, na agro
nomia, na medicina veterinária, na química industrial e
na bioquímica, na arquitetura e na, agrimensura, na la
voura c na pecuária, na indústria e no comércio, na di
reção e na gerência de bancos, etc.
1 — A VALORIZAÇÃO DO HOMEM
1255
netos, repito. E os seus filhos como pontanetos e não como hexanetos,
sc fosse levada em conta a posição do referido avô, na árvore genea
lógica .
O mesmo acontece com os filhos de Joaquim Martins Guerra
e de Theresa Martins da Costa. Pelo costado paterno, são hexanetos
e, pelo costado materno, pontanetos.
Porque seu pai Antônio Jacinlo Martins da Costa era trineto
e sua mãe Ana Jaeinta era letraneta, o professor Antônio Amaro Mar
tins da Costa foi, do citado casal, tetraneto e pentaneto ao mesmo
tempo.
:-í
NETOS:
BISNETOS:
1256
T R IN E T O S :
TETRANETO:
Manuel Carlos da Ataíde.
PENTANETOS:
Gustavo Guerra Lage; João Borges Quintão; Dr. Oswaldo Ribeiro Lage.
HEXANETOS:
Carlos Alberto Amaral, S. V. D. ; Joaquim Diinas Guimarães; José Carlos
llruzzi Andrade; José Luciano Pcnido, S. SS. R. ; José Quintão Rivelli;
Márcio Carneiro de Miranda, O. F. M. ; Pedro Maciel Vidigal.
IIEPTA NETOS:
*
RELIGIOSAS. Algumas consagraram suas virtudes ao traba
lho diuturno, nos hospitais, a favor da recuperação da saúde de muitos
enfermos de todas as doenças. E outras, dirigindo colégios e ensinan
do as primeiras c as segundas letras a milhares de meninos e de jo
vens, fizeram-se credoras da admiração popular e da gratidão nacio
nal. Iodas viveram e estão vivendo vida de renúncias e de sacrifícios,
despertando a memória da gente para aquelas palavras de Renan, em
uma de suas cartas a Henrictte, escrita em outubro de 1842: Ainda
que a religião fosse um devaneio, a Irmã de Caridade seria divina.
Muitas imitaram como outras continuam imitando as estrelas.
São as estrelas tão humildes, que, de todas as criaturas vi
síveis, sendo as mais altas e as mais levantadas, se mostram tão pe
quenas que muitas delas apenas a gente enxerga. No auge do cargo
que ocupa,, a religiosa prova a sua modéstia e mostra, na exaltação
da dignidade, um profundo abatimento.
São as estrelas tão pobres que nem a luz de que se vestem é
propriedade sua, mas do sol, que a comunica a cada uma delas. O
não ter cousa alguma é a maior glória de uma religiosa. É mais co
meta do que estrela aquela que faz pompa de supérfluos resplendores.
São as estrelas tão zelosas de sua pureza que não deixam sua
luz chegar à terra. E, com esta ciosa soberania, se avantaja a luz
1257
das estrelas à luz do sol que, com facilidade, se deixa pisar de todos
e ainda que não fique contaminada, de certo modo se desautoriza. O
coração de uma religiosa é isento dos afetos da terra, os quais deslu-
zem a glória das almas que cativam.
São as estrelas tão obedientes, que, sem qualquer repugnância,
sempre andam seguindo o movimento da inteligência que as arrebata.
Da conformidade de uma religiosa com a vontade de sua Superiora
depende o acerto de todos os seus movimentos.
São as estrelas tão amigas da clausura que nunca saem dos
orbes em que estão encerradas. E se, depois do nascimento de Nosso
Senhor, uma delas chegou a romper a clausura foi para ir iluminar
o presépio em que o mesmo Senhor nasceu, a fim de render-lhe suas
luminosas homenagens. A esfera de uma religiosa é a sua cela de
onde só deve sair para homenagear a Deus com seus louvores, can
tando os salmos do seu agrado e para acudir às suas obrigações.
Notável a concórdia das estrelas. Umas são maiores e outras,
menores. Todas juntas parecem estar compondo uma comunidade
pacífica. Na Religião como na Ordem, as religiosas formam cordial
irmandade. A diferença das pessoas e a diversidade dos gênios servem
para a harmonia, como na música a desigualdade das vozes.
Admirável a vigilância das estrelas. No maior silêncio da na
tureza todas estão desveladas. E no tempo em que todas as mais cria
turas descansam, se despertam os cuidados de uma religiosa contem
plativa.
As estrelas são recatadas. Tão recatadas que não aparecem
de dia, mas sempre saem com o véu da noite e no tempo em que o
sono fecha os olhos de nós todos. No recato se asseguram os créditos
de uma religiosa. Quanto mais invisível, mais celeste.
Constante é a perseverança das estrelas, que, desde o princí
pio do mundo estão na mesma altura, com a mesma claridade. Elas
são retratos perfeitos de uma religiosa fiel e permanente na observân
cia dos seus votos.
Às religiosas persuadem as estrelas a assistência no coro, por
que o coro das estrelas é o firmamento. E as luzes são as \ozes com
que estão cantando o Lans-Pcrcnnc das grandezas divinas: Ubi eras,
cum me laudarent simul astra matutina.
Finalmente, às religiosas em particular e a todos os católicos
em geral, as estrelas ensinam a pureza da fé e a suma veneração,
com que havemos de proceder diante do Santíssimo Sacramento.
1258
Quando o sol amanhece no oriente, todas as estrelas retiram
as suas luzes. Todas parecem que cobrem os seus rostos, diante do
astro-rei.
Entre as religiosas, que descendem de ANA CABRAL DA
GAMARA e dc seu esposo Antônio Álvares Ferreira, estão:
PENTANETA:
Maria Carneiro dc Miranda;
HEXANETAS:
Isabel Vidigal; Maria do Perpétuo Socorro Carneiro; Maria
do Rosário Peixoto Quintão; Marlene Vidigal Sabino; Terezi-
nha de Castro Quintão;
PENTANETA:
Mercedes Guerra Figueira;
OCTANETA:
4 — da Congregação Redentorista;
PENTANETA :
HEXANETA:
Maria de Lourdes Vidigal Martins da Costa;
HEPTANETA:
Heloísa de Castro Araújo;
1259
6 — das Filhas de Fátima:
HEPTANETAS:
As Irmãs Maria José e Maria Inês Teixeira Ribeiro;
HEPTANETA:
PENTANETAS:
HEXANETAS:
9 — da Ordem Beneditina:
HEXANETAS;
Elisa Moreira Yidigal; Maria do Carmo Noronha;
TETRANETA:
Mariana Martins Carneiro;
PENTANETAS:
Maria Cecília Lage Quintão; Noemi de Castro Carneiro;
1260
HEXANETAS ;
Heloísa Crua Murgel; Luei de Barros Brandão; Teresinha
Bueno Bruzzi.
HEPTANETAS :
Cíêlia Martins da Cosia; Rosa Godoy Quintão;
PENTANETAS ;
Efigênia Martins da Costa; Maria do Carmo Martins da Costa;
Virgínia Lage Guerra;
HEXANETAS:
Esther Baptista; Higina Bucno Bruzzi; Maria Bueno Bruzzi.
Maria do Carmo Assis Martins; Vera Bueno Bruzzi;
HEPTANETAS :
Filoména Martins da Costa Baião; Maria do Carmo Carneiro
de Miranda.
TETRANETOS:
1261
PENTANETOS:
HEXANETOS:
Antônio Carneiro Ribeiro, Fundador c professor do Ginásio
“Irmãos Carneiro”, em Guaçuí-ES.
1262
H EPTANETOS:
1263
Só com o desejo de saber é que o homem mostra mesmo que
é verdadeiro homem.
Quando me refiro a essas abnegadas professoras, volvo a
minlia lembrança para Sócrates que, com perfeição, retratou a igno
rância humana. Disse o filósofo: Imaginai, na entrada de uma caver
na, alguns homens atados, com as costas viradas para a luz. Estes
desgraçados vivem sem qualquer notícia do mundo. Se, defronte da
entrada da caverna, alguma planta ostenta a sua verdura, eles vêcm
apenas a sombra da folhagem. Se as aves dão alvoradas alegres, nos
cantos das mais suaves melodias, eles só recebem, da voz reflexa do
eco., os últimos melancólicos acentos. Neste triste estado, enxergam
somente figuras imperfeitas de tudo.
Para os ignorantes, este mundo é caverna ou escura prisão
em que eles, dando as costas à luz e tendo o rosto em trevas, apenas
percebera sombras da verdade.
Se bem observarmos, todos os erros da vida são cegueiras
da ignorância. Pois não há acertar sem saber, nem há saber sem le
tras. Neste mundo, o primeiro lugar deve pertencer ao saber porque
o saber põe tudo em seu lugar.
O ignorante não sabe se existe, porque ignora que cousa é a
ignorância. Não sabe sc é animal racional, porque ignora o que é ser
homem. Nem sabe que c ignorante, porque ignora qualquer ciência.
Cada ignorante é um selvagem de outro mundo. Inepto para
as operações da inteligência, vive só a vida sensitiva, com o entendi
mento cheio das mais bárbaras idéias. É um monstro, indigno da fi
gura que tem. Só é digno de ludíbrios. O remédio destas misérias é
obra de misericórdia, própria das professoras,
Não há obra de misericórdia mais importante que esta. Pois
ensinar ignorantes é dar nobreza, riqueza c glória. Nobreza a rústicos,
que, com o saber, podem subir a lugares honoríficos e às mais altas
posições. Riqueza a necessitados, que se livram da miséria com os
conhecimentos adquiridos. Glória a todos, porque todos, com o saber,
gloriosamente se distinguem dos que não sabem cousa alguma.
Ensinar ignorantes c vestir nus, dar vista a cegos e fala a
mudos, porque a ciência é ornato da alma, luz do entendimento e
língua do discurso.
Antigamente, o patíbulo era tido e havido na conta de o mais
ignominioso dos suplícios, porque, nele, o corpo do padecente ficava
suspenso no ar, como indigno da terra da sua pátria. A ignorância
1264
c um patíbulo da alma, com suspensão do entendimento e perpétuas
dependências daqueles que sabem.
Quem sabe porque aprendeu a ler e a gostar de boas leituras,
estimulado por sua professora, não inveja a glória de quem quer que
seja. Nem mesmo a glória dos poderosos, que presidem os destinos
dos povos.
A Sabedoria é muito mais Senhora que a Magestade. Diante
dela, o titulo de Rei não passa de epitáfio da regalia. Discreta, não
é orgulhosa nem soberba. Todo o seu empenho é ver, para não Iro-
peçar; é saber, para discursar.
Da famosa e encantadora Circes conta-se que, com suas má
gicas bebidas, transformava os homens em animais. De maneira pro
digiosa, as professoras, fazendo o contrário, operam maravilhas.
Quando medito o importantíssimo trabalho das professoras
a favor da valorização do homem, sou levado a afirmar que a glória
altiva, que coroa os grandes homens, vem. da soma do heroísmo de
muitas delas.
Quase todas foram e têm sido incansáveis no labor diário pela
elevação humana dentro de todas as camadas da população de nossa
pátria, E, por isso, certamente, vivem na lembrança e na gratidão
de todos, que lhes devem o que, hoje, são. E o que foram, ontem.
Graças a elas, muitos homens cresceram e apareceram como
gigantes entre pigmeus e como estrelas entre átomos.
Se, aqui, não cito os nomes das normalistas, que, descen
dentes de ANA CABRAL DA CÂMARA, exerceram o Magistério, é por
que receio correr o risco de omitir alguns que não merecem ficar es
quecidos. A elas todas presto minha cordial homenagem, porque não
ignoro o que seu extraordinário trabalho já realizou e vem realizando
no campo da civilização e da cultura, sobretudo na área do desenvol
vimento integral de muitos cidadãos.
1265
Diz a Sagrada Escritura que Salomão a Deus não pediu longa
vida nem um dilatado império nem grande riqueza, mas ciência. Só
ciência, a fim de poder distinguir o justo do injusto, o lícito do ilícito,
o bem do mal.
Entre os descendentes de ANA CABRAL DA CÂMARA, forma
dos em diversas Universidades, encontram-se muitos professores e
alguns já habilitados para o exercício do magistério, no segundo grau
de ensino.
PENTANETAS:
Alda Drummond M. da Costa; Else Martins Lage; Lígia Ribeiro
Lage; Natávia de Araújo.
HEXANETOS:
Ana Laurinda de Araújo Rolia; Beatriz Bruzzi Andrade; Doralice
Paula Carneiro; Eliana de Souza Carneiro; Emilia Carneiro M. Fi
gueiredo; Georgina de Assis M. Quinlão; Higina Bueno Bruzzi;
Inez Maria Garcia de Caux; Jesus de Barros Carneiro; José Carlos
Bruzzi Andrade; Josefina Bruzzi Andrade Aires; Kénia Magela La
ge Alves; Luis Gonzaga Rahello Horta; Márcia Alvim Sória; Maria
Bueno Bruzzi; Maria Cecília Alvim Sória; Maria do Carmo Carneiro
RoIIe; Maria Luisa de Araújo Rolia; Maria Margarida A. Romualdo;
Maria Inez Alvenaz Alvim; Maria Inez Guerra; Maria Inez Martins
da Costa; Maria José Carneiro Laroca; Maria Leticia de Araújo
Rolia; Maria Luisa de Araújo Rolia; Maria Margarida A. Romualdo;
Quintão; Maria Selma Godoy; Maria Selma Martins Lage; Marilena
Bruzzi Andrade; Marília de Araújo Felipe; Marília M. da Costa Cruz;
Maria de Andrade Quintão; Marisa Guerra de Andrade; Marisa
Rolia Braga; Marisina Maciel Araújo Porto; Teresinha Bueno Bruzzi;
Teresinha Carneiro Gomes; Teresinha de Assis M. Quintão; Tere
sinha María Ferreira Quintão; Valéria Lott; Vera Bueno Bruzzi.
HEPTANETOS:
Arthur Eugênio Quintão Gomes; Ana Beatriz de Moraes P, Santos;
Ângela Fernandes Pereira; Aspásia Lage Pereira; Carmen Lúcia
Murgel; Carlos Giácomo Thomasi; Celina Célia Duarte Gallo; Celuta
Luzia Santana; Clcber Fernandes Pereira; Cornelia de Carvalho
Vidigal; Denise Maria Martins Felipe; Dirce Maria Felipe; Dolores
Carneiro Peixoto; Doralice Paula Moreira Carneiro; Eliana Maria
Andrade Aires; Elizabeth Vidigal Borlido; Eulália Guatimozim
Vidigal; Eunice A. Peixoto; Gislene Carneiro Cabral; Gilda Quintão
Gomes; Guilherme Tell Quintão Gomes; Heloísa Maria Murgel Star
ling; Inez Pereira Martins; Inez Vidigal Santana; Jaime Marinho
Quintão Silva; Ivone Vidigal Carneiro; Jane de Araújo Quintão;
Janir de Araújo Quintão; José Geraldo Santana; Judith Pereira de
1266
Oliveira; Lúcia Helena de Carvalho Britto; Lúcia Maria Quintão
Silva; Luis Alberto D. Martins; Maria Armandina A. Belo Pereira;
Maria Albina Duarte Quintão; Maria Auxiliadora M. da Costa; Maria
Cecilia Duarte; Maria da Conceição Fernandes; Maria da Conceição
Souza Fernandes; Maria Célia Moraes Quintão; Maria da Glória Pe
reira Martins; Maria das Graças de Castro Quintão; Maria das Gra
ças Ferreira; Maria das Graças Carvalho Vidigal; Maria das Graças
Drummond Guerra; Maria das Graças Rivelli Nogueira; Maria das
Graças Romualdo Barbosa; Maria das Graças Vidigal; Maria do Car
mo Vidigal Silva Araújo; Maria do Carmo Duarte Quintão; Maria
de Lourdes Carvalho Britto; Maria Goretti Carvalho Pinto; Maria
Inês Braga; Maria de Lourdes Araújo Vidigal; Maria de Moraes
Porto; Maria Leticia de Carvalho Britto; Maria Liege Carneiro
Peixoto; Maria do Carmo Celso Cotta; Maria Luisa Duarte; Maria
Martins Pereira; Marília Fernandes Maciel; Marilia Godoy Quintão;
Marília Martins da Costa Cruz; Maria Moreira Brandão Lemos; Ma-
riluce Maciel de Araújo Porto; Maristela Ataíde Peixoto de Mello;
Moema Pereira; Nelma Sales Carneiro; Nelson. Sales; Neusa Sales
Carneiro; Olimpia das Merces Araújo Vidigal; Rita de Cássia Car
neiro; Scheila Regina Murgel Veloso; Teresa Stella Baptista; Tere-
sinha Maria Ferreira Quintão; Vânia Lúcia Rivelli; Vânia Lúcia
Quintão Carneiro; Zélia Vidigal Erichsen.
OCTONETAS:
Ana Alice de Lana; Ana Rita Moreira Drummond; Cristina Coeli
Vasconcellos Araújo; Daisy Maria Quintão Silva; Daisy Maria
Guedes; Isaura Tameirão de Andrade; Júnia Mara Silveira Martins;
Márcia Leticia C. Vasconcellos; Maria Adelaide A. Vaz Oliveira;
Maria Ester Lage Guerra; Maria Salete Tameirão de Andrade; Marisa
Fernandes Maciel; Mirtes Lage Magalhães; Myriam Julieta Carvalho
Guimarães; Nadir Lage Naves; Teresa Cristina C, Vasconcellos;
Teresa Cristina P. Brandão; Vânia Tameirão de Andrade.
ENEANETÁ:
Mariângela Magalhães Guerra.
1267
A própria natureza ensinou a estimação da ciência, situan
do a cabeça, que é o seu trono, na parte mais alta do corpo. Esta,
a razão por que as mitras e as tiaras, as coroas e os lauréis e outros
semelhantes ornamentos se determinam para a cabeça, mestra perpé
tua de tudo que sc sabte no mundo.
No quadro de ilustríssimos professores são vistos os nomes de:
TETRANETOS:
João Gomes Rebello Horta, da antiga Faculdade de Direito, de Belo
Horizonte;
PENTANETOS:
Adjalme Martins Carneiro, da Escola de Farmácia, de Ubá-MG;
HEXANETOS:
Adjalme Martins Carneiro Filho, da Faculdade de Filosofia, de Ubá-
-MG;
1268
Afonso trinos de Mello Franco, da Faculdade de Direito da Univer
sidade do Brasil;
Alonso Starling Filho, da Faculdade de Farmácia da UFMG;
Anésio Vicente Guerra, da Faculdade de Medicina da Universidade
de Juiz de Fo.ra;
Christiana Alvim Penna, da Faculdade de Medicina da UFMG;
Denise Pires Guerra, da Escola de Engenharia da UFMG;
1269
HEPTANETOS:
Artur Eugênio Quinino Gomes, chi Escola rle Engenharia da UFMG;
OCTONETOS:
Dimas Dário Guedes, da Escola de Minas da Universidade de Ouro
Preto;
Márcia Felicia Carneiro de Vasconcellos, da Faculdade Paulisla de
Medicina da PUC de S3o Paulo;
1270
CIENTISTAS. Na galeria dos mencionados professores de
ensino superior, seis merecem especial destaque porque conhecidos
e admirados assim dentro como fora do Brasil.
Distinguiram-se por sua extraordinária ciência, adquirida à
custa de demoradas pesquisas e de muita constância nos estudos. Pois
a verdadeira ciência não vive dormindo sobre colchões de molas.
Eis o que dizia um sábio antigo: Non jacet in moli veneranda scientia
in letho.
Nas cátedras em que tanto brilharam, uns, e então brilhando,
outros, sempre lhes foi agradável o ensino de tudo, que sabiam e sa
bem. Ensinando, adquiriam e adquirem mais saber, que é a maior
excelência que o homem pode ter.
As ciências nunca enfadam, São sempre desejadas. Quanto
mais o homem sabe, mais deseja saber. Quanto mais conhecimentos
adquire, mais faminta a sua inteligência fica.
Os estudos em que se aprofundaram não foram feitos para
a superestimação deles mesmos. Querer saber só para saber é vai
dade. Mas querer saber para valorizar outras pessoas merece a mais
sincera admiração.
Entre os maiores mestres, que são mesmo autoridades nas
matérias em que os seus talentos se sublimaram, estão:
PENTANETOS:
Luciana Jacques de Moraes, Geologia;
José Januário Carneiro Filho, Medicina Veterinária;
Viclor Carneir.ot Medicina Veterinária.
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco, Direito Constitucional;
Murilo Carlos de Araújo Moreira. Antropologia;
Paulo de Tarso Alvim Carneiro, Fisiologia Vegetal.
1271
Como criaturas que sofrem, sem terem na fronte gravados
os cifrões que somam um tanto na coluna do haver, e até como ami
gos é que eles tratam os doentes, com caridade c com dose precisa
de conhecimentos certos.
Médicos por vocação, por aquela vocação que é um apelo
para que se realizem dentro dc suas aptidões específicas ao serviço
da promoção humana.
No passado, muitos sobressaíram, e, no presente, outros
tantos são vistos sobressaindo no exercício de suas abençoadas
atividades.
TRINETOS:
Domingos Martins Guerra.; Joaquim Carneiro de Miranda.
TETRANETOS :
Custódio Lima da Cosia Cruz; José Custódio Martins Lage.
PENTANETOS :
Abelardo Cesário de Faria Alvim; Adjalme Martins Carneiro; Ale
xandre de Carvalho Drummond; Alfredo Sampaio Guerra; Antônio
Jacó Paixão Carneiro; Carlos da Costa Cruz; Clóvis de Faria Alvim;
Eduardo de Araújo Costa; Francisco Figueira da Costa Cruz; Fran
cisco Thomaz Martins da Costa; Geraldo Cesário de Faria Alvim;
Geraldo Santana Alvim; Hermínio Rocha; Jefferson Martins da
Costa; Joaquim de Assis Lage; Joaquim de Lima Casteilo Branco;
Joaquim Figueira da Costa Cruz; Joaquim José da Costa Cruz; José
de Faria Alvim; José de Lima Casteilo Branco; Manuel Martins da
Gosta Cruz; Mário Lott; Pálmios da Paixão Carneiro; Pedro Sam
paio Guerra.
HEXANETOS ;
Abelfirdo de Araújo Moreira; Agostinho Pinto Carneiro; Alfredo
Jacques de Moraes; Aloysio Martins Carneiro; Anésio Vicente Guer
ra; Antônio Camilo de Oliveira Lage; Antônio Carlos da Costa Cruz;
Areoliiio Ferreira Maciel; Christiano Alvim Penna; Continentino
Ferreira Maciel; Custódio Guerra de Carvalho; Dalton Silveira Ro
cha; Dilermando Martins da Costa Cruz; Eder Carlos de Oliveira
Quintão; Eduardo Pinheiro Guerra; Edward Cotta: Expedito Rolla
Guerra; Feiinto de Carvalho Britto; Haroldo Felipe M. da Costa;
Haroldo Paranhos da Costa Cruz; Hilton Élcio de Caux Alvarenga;
João Batista Salgado Carneiro; João Guerra Pinto Coelho; João
Hélio Silveira Rocha; João Vidigal; Joran da Costa Lage; Jorge
Cruz de Souza Lima; José Aeiiino de Lima; José Baptista da Siiva;
1272
José Carlos Mayall; José Cesário Martins Carneiro; José Couto
Vidigal; José Ferreira Quin.tâo; José Guerra Pinto Coelho; José
Henriques; Júlio Tércio de Caux Alvarenga; Luís Flávio Guerra
Lago; Manoel Paulino de Moraes; Marcos Túlio de Araújo Moreira;
Mário Lúcio de Caux Alvarenga; Mauro Herbert Godoy; Murilo
Cozzolino Carneiro; Olavo Martins da Costa Cruz; Olinío de Araú
jo Neto; Pálmios Paixão Carneiro Filho; Paulo Carneiro; Rafael
Costa Cruz Figueira; Rafael Tobias de Moraes e Barros; Renato
Cozzolino Carneiro; Stélio Lage Alves.
HEPTANETOS:
OCTONETOS:
Antônio Carlos Alvim Barbosa; Cor-Jesus Fernandes Fontes;
Domingos Sávio Lage Guerra; Fernando Carvalho de Vasconcellos;
Fernando Martins de Oliveira; Heloísa Maria Quintão Lara; José
Olímpio Carneiro Henriques; Marcos Carvalho dc Vasconcellos;
Paulo Cézar Lage Guerra; Paulo Henrique C. de Vasconcellos; Raul
Costa Filho; Renato Rocha da Costa Lage; Rogério Guimarães da
Silva; Ronald Alvim Barbosa.
ENEANETO:
Gastão Lage Magalhães.
1273
Há muitos que também se interessaram e continuam se inte
ressando pelai boa saúde de quem lhes bate às portas, na certeza de
que ela vale mais que todos os tesouros. Primiim bene valere, diziam
os antigos romanos. Principalmente, a saúde do espírito. De Syrus,
esta observação: Ulcera animi sananda magis, quam corporis — im
porta mais curar os males do espírito do que os do corpo.
I — OS FARMACÊUTICOS:
TETRANETOS:
Antônio Amaro Martins da Costa: Custódio de Faria Alvim; João
Batista de Carvalho Guerra; João Martins Guerra; José Custódio
Martins Lage.
PENTANETOS:
Abelardo Cesário de Faria Alvim; Afrânio Martins Guerra; Agenor
Martins Guerra; Helvécio Thomaz M. da Costa; Honório Martins
Carneiro; Jacinto Thomaz M. da Costa; Jacques de Araújo Costa;
Joaquim Martins Guerra Filho; José Jorge Martins Quintão; José
Thomaz Martins da Costa; Roberto da Costa Lage.
HEXANETOS:
Alonso Starling Filho; Amantino Maciel Filho; Antônio Vidígal;
Clinton Ferreira Maciel; Duval de Moraes e Barros; Eliziário da C.
Castello Branco; Everardo Vieira; Ézio Cabral Guerra; Gabriel de
Souza Lima; Ivan Pinheiro Costa; Jorge de Souza Lima; José Bueno
Bruzzi; José Cesário de Faria Alvim Sobrinho; José Mariano Pires;
José Moacir Moreira Guerra; Macielino Ferreira Maciel; Maria de
Moraes Quintão; Osmar Lage; Rosângela Guerra de Andrade; Vera
Jacques de Moraes; Weaver de Moraes e Barros,
HEPTANETOS:
Adailton Quintão; Ciro Lage fie Oliveira; Cleuce Maciel de Castro;
José Maria Moretzshon Quintão; Maria Coleta Guatimozim Vidigal;
Maria Regina Lage Guerra; Shirley Maria Ferreira.
OCTONETOS:
Frederico José Ahranches Quintão; Martha de Lana; Sílvia Regina
Gallo de Araújo.
1274
II — OS ODONTÓLOGOS:
PENTANETOS:
Abeilard Vaz die Mello; Antônio Amaro Pinlo Carneiro; Arnaldo
Carneiro Vianna; Aurélio Salgado Carneiro; Custódio de Faria Al
vim; Eusébio Thomaz Martins da Costa; Isauro Vaz de Mello; João
Novais; João Sampaio Guerra; Joaquim Bernardino Martins Quin-
tão; José Bonifácio Godoy; José Martins Moreira; Paulo Sampaio
Guerra; Virgílio Abranles Quintão.
HEXANETOS:
Absedino Ferreira Maciel; Ângela Maria Camilo de 0. Lage; Antô
nio Geraldo Cabral; Carlos Lage Siqueira; Cícero Ferreira Cabral;
Custódio Guerra de Carvalho; Dayse Pires Guerra; Euler Martins
Moreira; Expedito Rebclto Horta; Gabriel Cruz de Souza Lima;
Gorasil Brandão; Hebe Batalha Brandão; Jeannes Maria Fernandes
Neves; João Batista Moraes; João Belisário Guerra Vianna; Jorge
Cruz de Souza Lima; José Carlos Aires G. Ataíde; José Lage Mar
tins da Costa; José Tomás M. Torres Cruz; José Xisto Martins da
Costa; Luís Oscar Figueira; Luís Quintão; Marcelo Quintão Mendes;
Marciano Ribeiro Vianna; Newton Bueno Bruzzi; Nioniar Batalha
Gomes; Rodrigo Carlos de Andrade; Sávio Moreira Guerra; Walde
mar de Paula Andrade.
HEPTANETOS:
Antônio Ailton de Barros Fernandes; Antônio Araújo Pinto Coelho;
Antônio Sebastião Carneiro; Arnaldo Marques dc Souza Jr.; Carlos
Olin.to Brandão; David Couto Araújo; Eliana M. Quintão Cabral;
Eraldo Marcos Carneiro; Ery Aranda Pires; Evandro Ferreira Ma
ciel; Fernando Maciel Vidigal; Guaracilei Maciel Vidigat; Hclial
Maciel Vidigal; Henrique M. da Costa Cruz; José Carlos Couto
Araújo; Luís Eduardo dc A. P. Coelho; Maria de Lourdes Carvalho;
Maria Martins Godoy; Maria NAia Drummond; Maurício Quintão
Bruzzi; Paulo Maciel tie A. Porto; Roberto Quintão Bruzzi; Rodri
go Carlos de Andrade Filho; Sandia Mara Figueiredo Maciel;
Solane CIcmentone Castro; Tarcísio Quintão Meneses Costa; Vera
Lúcia Gomes Moraes; Waldo Carneiro de Oliveira.
OCTONETOS;
Eduardo de Castro Drumond; Márcio Alvim Barbosa; Miramar
Alvim Guimarães; Pedro Eymard C. Henriques; Otoniel Osvaldo A.
Othon; Paulo Rubens Aroeira; Regina Coeli Moreira Dias; Regina
Rocha da Costa Lage; Veracruz Carneiro Garcia. -
1275
Ill — OS FISIOTERAPÊUTAS:
HEXANETO:
HEPTANETOS:
IV — OS PSICÓLOGOS:
HEXANETOS:
HEPTANETOS:
OCTONETO:
PENTANETA:
HEXANETAS:
Ângela Maria Drummond Lage: Hygina Bueno Bruzzi; Maria Bueno
Bruzzi; Maria do Perpétuo S, Araújo Carneiro; Maria Romilda Mar
tins Pereira; Vera Bueno Bruzzi.
HEPTANETAS :
OCTONETAS :
Dalva Stela Guedes; Maria Célia Alves Vasconcellos; Maria do P.
Socorro C. Henriques.
1277
O maior deles, fctraneto do casal, que é principal assunto
deste estudo, foi JOSÉ CESÁRIO DE FARIA ALVIM, presidente da
Província <lo Rio de Janeiro, nomeado em 1885, durante o Ministério
Dantas; PRIMEIRO GOVERNADOR do Estado de Minas Gerais, no
meado pelo Marechal Deõdoro da Fonseca, no mesmo dia da Procla
mação da República, 15 de novembro de 1889; e, também, PRIMEIRO
PRESIDENTE CONSTITUCIONAL de Minas Gerais, eleito no dia
15 de junho de 1891, pela Assembléia Constituinte do Estado,
Em segundo lugar vem o hexaneto Enrico Vieira de Rezende,
que tomou posse da governadoria do Estado do Espírito Santo, no dia
15 de março de 1979.
1278
Quatrocentos anos antes de Cristo, Isócrates já afirmava que
c condição de um bom governo ncio o pórtico coberto de, decretos, mas
a justiça habitando a alma dos seus homens.
Leis injustas enfraquecem a República e desmoralizam o
Poder Legislativo.
I — OS SENADORES:
TETRANETO:
José Cesário de Faria Alvim.
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco; Eurico Vieira dc Rezende.
II — OS DEPUTADOS FEDERAIS:
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco; Cyro de Aguiar Maciel; Dilermando
Martins da Costa Cruz; Pedro Maciel Vidigul; Virgílio de Mello
Franco.
1279
HEPTANETOS:
OCTONETO:
Paulino Cícero de Yasconcellos.
TRINETO:
Joaquim Januário Carneiro, 1846-1817 (6.* Legislatura) e 1850-1851
Í8.a Legislatura)-MG.
TETRANETOS:
José Cesário de Faria Al vim, de 18(14 a 1867 (15.* e IRA Legislatu-
ras)-MG; Custódio José Martins da Costa Cruz-MG; João Gomes
Heb ello Horta-MG.
PENTANETOS:
Antônio Camilo de Faria Alvim-MG; Joaquim Figueira da Costa
Cruz-MG; Mário Rolla-MG.
HEXANETOS:
Cyro de Aguiar Maciel-MG; Dilermando M. da Costa Cruz-MG; Ge
raldo de Moraes Quintâo-MG; Pedro Maciel Yidigal-MG; Virgílio Al-
vim de Mello Franco-MG; Eurico Vieira de 11os'.'nde-F.S; Oito Vieira
de Resende-ES.
HEPTANETO:
Emílio Eddstone Duarte Galio-MG.
OCTONETO:
Paulino Cícero de Ya.sconcellos-MG.
8:
1280
IV — MINISTROS e SECRETÁRIOS DE ESTADO, eficientes cola
boradores dc Presidentes da República e de Governadores de
Estados, “ exercendo a orientação, coordenação c supervisão
dos órgãos e entidades da administração federal” e da adminis
tração estadual, na área de sua competência,
A — MINISTROS:
TETRANETO:
José Cesúrio de Faria Alvim, Ministro do Interior, no Governo Pro
visório da República;
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco, Ministro das Relações Exteriores,
no Governo presidido por Jânio Quadros;
B — SECRETÁRIOS DE ESTADO:
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco, Secretário de Estado do Governo
de José de Magalhães Pinto, em Minas Gerais;
Cyro de Aguiar Maciel, Secretário da Educação do Governo de José
Francisco Bias Fortes, em Minas Gerais;
Dilermando Martins da Cosia Cruz, Secretário da Viação e Obras
Públicas, do Governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, em
Minas Gerais;
Coronel Edmundo Adolpho Murgel, Secretário da Segurança Pública
do Governo de Israel Pinheiro da Silva, em Minas Gerais;
Helvécio Antônio Horta Arantes, Secretário da Segurança Pública
do Governo de José de Magalhães Pinto, em Minas Gerais;
João Camilo Penna, Secretário da Fazenda durante os Governos de
Antônio Aureliano Chaves de Mendonça e Levindo Ozanam Coelho,
em Minas Gerais;
José Alencar Carneiro Vianna, Secretário da Agricultura do Gover
no de José de Magalhães Pinto, em Minas Gerais;
Lijcurgo Vieira de Resende, Secretário da Fazenda do Governo de
Francisco Lacerda de Aguiar, no Estado do Espírito Santo;
1281
HEPTANETOS:
OCTONETO:
HEXANETOS:
áddnis Martins Moreira, que foi Secretário Adjunto de Administra
ção, durante o Governo de Antônio Aureliano Chaves de Mendonça,
em Minas Gerais;
TETRANETO:
José Cesário de Faria Alvim, do Rio de Janeiro.
PENTANETOS:
Afonso Vaz de Mello, de Belo Horizonte; Amantino Ferreira Maciel,
de Guaraciaba-MG; Antônio Camilo de Faria Alvim, de Itahira-MG;
Antônio Linhares Guerra, de Itahira-MG; Antônio Martins Guerra,
de Nova Era-MG; Aristarco de Araújo, de Nova Era-MG; Guilherme
de Araújo, de Nova Era-MG; Jayine de Moraes Quintão, de Jagua-
1282
raçu-MG; Joaquim Figueira da Costa Cruz, de Lambari e de Ca-
xambu-MG; Joaquim Martins da Costa Cruz, de Cataguases-MG;
José Lourenço de Araújo, de Nova Era-MG; José Joaquim de Sá
Freire Alvim, do Rio de Janeiro-DF; José Ribeiro Lage, de Cam-
buquira e de São Lourenço; Jovino de Barros, de Guanhães-MG;
Juvenal Martins da Costa, de Nova Era-MG; Oswaldo Ribeiro Lage,
de Pará de Minas-MG; Virgil inn Quintão, de Ítabira-MG.
HEXANETOS:
Antônio Quintão Carneiro, de Presidente Bernardes-MG; Dilerman-
do Martins da Costa Cruz, de Juiz de Fora-MG; Felix de Castro,
de São Domingos do Prata e de Marliéria-MG; Geraldo Guerra de
Carvalho, de Santa Maria de Itabira; Geraldo de Oliveira Fernandes,
de Senador Firmino-MG; João José de Barros, de Porto Firme-MG;
José Bueno Bruzzi, de Dores de Guanhães-MG; José da Costa Vaz
de Mello, de Viçosa-MG; José Expedito Martins da Costa, de Nova
Era-MG; José Ferreira Maciel, de Porto Firme-MG; José Mariano
Pires, de Santa Maria de Itabira-MG; José Soares Vidigal Filho,
de Presidente Bernardes-MG; José Vidigal Martins da Costa, de
Aimorés-MG; Mariano Pires Pontes, de Coronel Fabriciano-MG;
Mauro Herbert Godoy, de Congonhas-MG; Moacir Bruzzi Felipe, de
Rio Piracicaba-MG; Raphael Gosta Cruz Figueira, de Nova Serrana
e de Recreio; Sávio Moreira Guerra, de Santa Maria de Itabira-MG;
Sebastião Vidigal Fernandes, de Piranga e de Porto Firme; Silvério
Quintão Vidigal, dc Presidente Bernardes-MG.
HEPTANETOS:
Celso de Castro, de Marliéria-MG; Cleber Fernandes Pereira, de
Senador Firmino-MG; Joaquim Santana (Padre), de Itabira-MG;
João Soares de Castro, de Porto Firme-MG; José Matheus de Vas-
concellos, dc São Domingos do Prata-MG; José Raimundo Godoy
Quintão, de Marliéria-MG.
OCTONETO:
Paulino Cícero de Vasconcellos, de São Domingos do Prata-MG.
1283
BISNETO:
Guarda-mor Custódio Martins da Cosia, de Itabira-MG.
TRINETOS:
Antônio Januário Carneiro Filho, de UIbá-MG; Domingos Martins
Guerra, de Itabira-MG; Francisco Januário Carneiro, de Ubá-MG;
Joaquim Carneiro de Miranda, de Itabira-MG; José Batista Martins
da Costa, de Itabira-MG,
TETRANETOS:
Antônio Amaro Martins da Costa, de Ubá-MG; Laurindo Januário
Carneiro, de Ubá-MG; Manuel José Gomes Rebelo Horta, de São
Domingos do Prata-MG.
PENTANETOS:
Adjalme Martins Carneiro, de Ubá-MG; Alexandre de Carvalho
Drunimond, de Itabira-MG; Amantino Ferreira Maciel, de Piranga-
-MG; Antônio de Lima Castello Branco, de Além Paraiba-MG;
Antônio Linhares Guerra, de Itabira-MG; Cassemiro Carlos de An
drade, de Itabira-MG; José Ricardo Rebello Horta, de Yiçosa-MG.
1284
a pessoa humana protegida nos seus interesses, em sua dignidade
moral, nos meios que lhe são necessários para atingir os seus fins.
E qualquer processo deve ser instrumento para a realização da
justiça.
Perplexos, muitos deles, estão assistindo, hoje, ao declínio do
direito, que resulta das leis quando elas não são mais ditadas pela
justiça e que, por causa disso, são impotentes para a manutenção
da ordem e não representam mais a expressão do direito.
Em seu pequeno grande livro, Le Déclin du Droit, George
Ripert escreveu:
Le véritable déclin du droit est celui qui résulté des lois, lorsqu’elles
sont impuissantes a maintenir l’ordre. Malgré le mot célèbre du philosophe on ne
saurai/ préférer un injustice à un desordre, desordre inlelectuel et moral sou
vent pire que l’autre. Quand le pouvoir politique se manifeste par des lois,
qui non sont plus l'expression du droit, la société est en péril.
FILHO :
José Álvares Ferreira Cabral.
TETRANETOS :
João Gomes Rebello Horta; José Cesário de Faria Alvim; Custódio
José M. da Costa Cruz.
PENTANETOS:
Abel Horta Drummond; Afonso M. da Costa Cruz; Alfredo M. de
Lima Castello Branco; Antônio Camilo de Faria Alvim; Antônio
Cesário de Faria Alvim; Antônio da Fonseca Castello Branco;
Antônio Jacob da Paixão Carneiro; Antônio Martins Mendes; Carlos
Rebello Horta; Décio Cesário de Faria Alvim; Dilermando M. da
Costa Cruz; Francisco Cesário Alvim; Francisco de Paula Rebello
Horta; Joaquim de Assis M. da Costa; José Joaquim de Sá Freire
Alvim; José Luciano Jacques de Moraes; José Ricardo Rebello
Horta; José Teixeira Vidigal; Manuel M. da Costa Cruz; Newton
Carneiro; Olavo Horta Drummond; Oswaldo Ribeiro Lage; Rafael
Rebello Horta; Roque Rebello Horta.
HEXANETOS:
Arinos de Mello Franco; Afonso M. da Costa Cruz Filho; Afrânio
de Mello Franco Filho; Aiman Guerra Nogueira da Gama; Alan
Guerra Nogueira da Gama; Alexandre de Castilho; Ana Maria Rolla;
Ângela Campos da Costa Cruz; Anibal de Moraes Quintão; Antônio
Lage Martins da Costa; Antônio Pedro Cesário Alvim; Antônio Se-
1285
bastião Quintão Castro; Antônio Spinelli Castcllo Branco; Ari Cas
tilho; Aristeu Carneiro da Silva; Aristides M. de Lima Castello
Branco; Artur Ribeiro de Oliveira Júnior; Benedito Starling; Bráu-
lio Roraualdo da Silva; Caio de Mello Franco; Carlos de Araújo
Moreira; Carlos Rubens Vaz de Mello; Célia dc Oliveira Soares;
Celso Brandão Godoy; Celso Guerra Lage; Cid Rebello Horta; Cyro
de Aguiar Maciel; Cleveland Maciel; Crisíiano de Caux; EI-
mano da Costa Cruz; Enéas da Fonseca Castello Branco; Ernani
Cotta; Eurico Vieira de Resende; Euripedes Campos Vaz de Mello;
Fábio Guerra Pinto Coelho; Felicíssimo de Carvalho Britto; Fernan
do de Sá da Costa Cruz; Francisco Amaury Godoy; Francisco Ber
nardo Figueira; Francisco Jorge Cesário Alvirn; Francisco Quintão
Vidigal; Geraldo de Moraes Quintão; Geraldo Godoy Castro; Geraldo
Magela Martins da Rocha; Guilherme Starling; Hamilton de Moraes
e Barros; Hélio Moreira M. da Costa Filho; Hélio Sílvio Rebello
Horta; Honório Carneiro de Andrade; Jair Rebello Horta; Jayme
Damasceno dos Reis; João Francisco Rolla; João Gabriel Perboire
Starling; João Manoel de Oliveira Brasil; João Victor de Mello
Franco; Jorge Drumond Burnier P. de Mello; José Augusto Cesário
Alvim; José Célio Horta; José Eduardo Santos da Costa Cruz; José
Geraldo Brandão A. Carneiro; José Joaquim da Costa Cruz; José
Lamartine de Godoy; José Maria de Moraes e Barros; José Sebas
tião Carneiro; Luís de Caux dos Reis; Luís Guerra Ataide; Luís
Romualdo da Silva; Lycurgo Vieira de Resende; Manuel Afonso da
Costa Cruz; Marcelo Cotta; Marcial Ataide Pessoa de Mello; Márcio
de Araújo Lage; Márcio Ribeiro Vianna; Marcos Magalhães Lott;
Marcus Vinícius Lage Moreira; Maria Aparecida Pinto Coelho;
Maria Elizabeth Peixoto Coscia; Marília Crispi Paixão Carneiro;
Mário Lúcio Guerra; Mário Márcio de Caux Alvarenga; Moaeyr
Rebello Horta; Onofre Rebello Horta; Osmany Moreira; Pedro Ro
berto Rolla; Raimundo Nonato da Costa Cruz; Raul Carneiro; Ro
berto Belisário; Rosa Duarte de Moraes; Sebastião Bolívar Guerra
Lage; Sebastião Ferreira Maciel; Selma Soares da Silva; Sérgio
Jacques de Moraes; Teófilo Ribeiro da Costa Cruz; Tomás de Aquino
M. da Costa; Vânia de Souza Carneiro; Virgílio Alvim de Mello
Franco; Wellington Brandão.
HEPTANETOS:
1286
CO Nabiico; Jose Alberto de Moraes Farah; José Alves de Castilho;
OCTONETOS:
Bernadcte Carneiro Garcia; Cibele Martins dc Oliveira; Eduardo
Alvirn Barbosa; Evandro Carneiro Pereira; Paulino Cícero de Vas-
coneellos; Paulo Dionísio de Vasconcellos.
1287
I — os JUÍZES:
TETRANETO:
Antônio Gesário de Faria Alvim,
PENTANETOS:
Aristides de Lima Castello Branco; Carlos Rebeilo Horta; Francisco
de Paula Rebeilo Horta; Joaquim de Assis Martins da Costa.
HEXANETOS:
Ari Castilho; Benedito Starling; Francisco Bernardo Figueira; Ge
raldo Magela Martins da Rocha; Guilherme Starling; João Manuel
de Oliveira Brasil F.?; Sebastião Ferreira Maciel — do Tribunal
de Alçada.
HEPTANETO:
Hamilton de Lima de Moraes e Barros.
II — e os DESEMBARGADORES:
PENTANETOS:
Antônio Cesário de Faria Alvim Filho; Décio de Faria Alvim;
Francisco Cesário Alvim.
HEXANETOS:
Elmano Martins da Costa Cruz; Hamilton de Moraes e Barros; João
Gabriel Perboyre Starling; Moacir Rebeilo Horta; Wellington
Brandão.
1288
V
durou de 1865 a 1870. E oito lutaram contra o nazi-fascismo, lá na
Itália, cm diversas frentes dc batalhai Montese, Monte Castelo, etc.,
como participantes da Fox-ça Expedicionária Ei-asileira — FEB, E
um ficou no mar, a bordo do navio-de-guerra, ajudando a patrulhar
as costas do Bi’asil contra possíveis invasores.
Todos merecem ser lembrados:
TRINETO:
Pio Marlins Guerra. Capitão que se distinguiu nos combales contra
os soldados paraguaios. Foi o Tenente Guerra, citado por Alfredo
de E. Taunay, em seu livro A RETIRADA DE LAGUNA.
PENTANETOS:
Adelmo Martins Lage — Capitão de Fragata;
Francisco Santana Al vim General dc Brigada;
Geraldo César de Faria Alvim — Major Brigadeiro;
José de Faria Alvim — Brigadeiro;
José Segundo Vidigal Martins da Costa — Tenente da Aeronáutica;
Fui Martins Felipe — da FEB;
Sijlvio Martins Lage — Sargento da FEB;
HEXANETOS:
Alberto Hermano Drummond Lott — Coronel da Aeronáutica;
Artur Domício de Araújo Guerra — Tenente de Infantaria;
Cláudio Aei7f/io de Lima Caslello Branco — Almirante;
Dalton S. Marlins da C.osla — Coronel do Exército;
Duval de Moraes e fíarros — General;
Edmundo Adolpho Margel — General;
George Soares de Moraes — Major Brigadeiro, que participou da
Segunda Guerra Mundial (1939-1945);
Ililton Guerra Vianna — 2." Tenente da FEB ferido em Monlese,
na Itália;
Ivo Jacques de Moraes — Major da Aeronáutica;
Joaquim Soares Quinlão — Pracinlia da FEB;
José Maria Moraes e Barros — General;
Manoel Paulino de Moraes e Barros — Coronel do Exército;
Mário dos Sanlos da Costa Cruz — TenenLe da FEB;
Mário Lott Guimarães — Coronel da Aeronáutica;
Paulo Soares de. Moraes — Tenente-Coronel aviador;
Raphael Tobias de Moraes e Barros — General;
Raul de Castilho Júnior — da FEB;
Virgilino Quinlão Sobrinho —■ Pracinlia da FEB;
Weaver de Moraes e Barros — Coronel do Exército.
1 28 9
HEPTANETOS:
OCTONETOS:
Hélio Rubens Vaz de Mello — Coronel do Exército;
Pauto Rubens Vaz de Mello — Capilão-de-Mar-e-Guerra,
1290
Com o prestigio de sua extraordinária inteligência, e com a
notoriedade dc sua grande cultura, DIPLOMATAS honraram e estão
honrando as tradições do Itamarati, dando lustre e brilho às missões
que lhes foram confiadas por diversos Presidentes da República.
Entre eles:
TETRANETO:
João Gomes Rebella Horta, que foi Cônsul do Brasil em Paris,
HEXANETOS:
Os irmãos Afonso Arinos de Mello Franco, Afrânio de Mello Fran
co Filho e Caio de Mello Franco, Embaixadores;
Márcio de Araújo Lage, Segundo Secretário da Embaixada do Bra
sil em Buenos Aires,
HEPTANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco Filho — Ministro, exerceu as fun
ções de Cônsul-Geral do Brasil na Cidade dc Porto, em Portugal;
Luiz Dilermando Castello Cruz, Ministro-Conselheiro; exercendo o
cargo no Ministério das Relações Exteriores;
Ricardo Brujnmond Mello, 2." Secretário da Embaixada do Brasil
em Londres.
OCTONETO:
Puído Dionísio de Vasconcellos, que foi Secretário da Embaixada
do Brasil na Holanda.
TETRANETO:
José Cesário de Faria Alvim — Jornalista.
1291
PENTANETOS:
HEXANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco, biógrafo, historiador, jornalista,
literato, sociólogo, etc. Da Academia Brasileira de Letras e da
Academia Mineira de Letras;
Caio de Mello Franco, jornalista, contista e poeta;
Cleveland Maciel, jornalista e poeta;
Cid Rebello Horta, jornalista, sociólogo e ensaísta;
Jair Rebello Horla, jornalista;
José Flávio Mesquita, apreciado poeta, já consagrado pela crítica;
José Geraldo Brandão Alvim, jornalista;
Zélia de Barros Alencar, da Academia Munieipalista de Letras, de
Belo Horizonte.
HEPTANETOS:
Afonso Arinos de Mello Franco Filho, escrilor;
Francisco Buarque de Holanda, inspirado poeta e teatrólogo;
João Carneiro de Moraes, jornalista;
José Amanlino Horla Maciel, jornalista;
José Ismael Martins da Cosia, aplaudido poeta, que deixou nume
rosos e bons versos nos jornais da Zona da Mata mineira, apesar
de não tê-los publicado em livros;
Maria do Carmo Quintão, que tem vários ensaios sobre escrüOres
portugueses e latino-americanos;
Renato Carneiro de Moraes, jornalista;
Teresa Cesário Alvim, jornalista,
1292
r~x
M AG OAS
1293
Eles aplicaram e continuam aplicando a ciência em benefício
do homem e respeitando o homem acima da ciência. Estiveram
e estão conscientes de que o progresso não tem uma noção simples e
única. Os seus componentes são numerosos e cada um, a seu nível,
é submetido a ritmos e a critérios particulares. Desta complexidade,
nascem seus três aspectos: técnico, econômico e humano.
Progresso técnico, progresso econômico e progresso humano
são dependentes um do outro, às vezes cronologicamente e logica
mente. Pois não há progresso econômico sem progresso técnico como
não há progresso social e humano sem progresso econômico.
Progresso técnico aparece como fenômeno inicial, como mo
tor de todo o progresso econômico a longo prazo. Não pode scr desen
volvido a não ser sob certas condições econômicas e humanas. De
pende de condições humanas. E procura o máximo de eficácia nos
seus resultados: máximo de celeridade, de produção c de rendimento.
0 máximo é a lei do seu desenvolvimento.
Ao critério tio máximo pelo esforço técnico deve corresponder
o outro, o do ótimo pelo movimento econômico. Trata-se de encon
trar o melhor equilíbrio entre os diversos fatores da vida econômica:
não o mais, mas o melhor.
O progresso humano propriamente dito está fora do domínio
da quantidade. Não sc mede por algarismos. Resulta de um julga
mento fundado sobre uma ordem de valores não materiais. Supõe
prévio estabelecimento de uma hierarquia de valores.
Lamento não me ser possível citar todos os engenheiros que
descendem de Antônio Álvares Ferreira e de ANA CABRAL DA CÂ
MARA. Aqui vão os nomes de alguns deles:
TETRANETOS:
José Januário Carneiro, mais conhecido por Dr, Fccas; Pedro Mar
tins Guerra.
PENTANETOS:
Abeilard Vaz de Mello; Acácio de Lima Castello Branco; Afonso Ce-
sário de Faria Alvim; Amynthas Jacques dc Moraes; Antônio Amaro
Martins da Costa Filho; Antônio de Sá Freire Alvim; Carlos Vaz
dc Mello; Francisco Januário Carneiro; Gcrardo Pereira Guerra;
Hermano Lolt; João Bosco Marlins Abreu; João Bosco Martins Lage;
Joaquim José da Costa Cito ; Joaquim Thoniáz Martins da Costa;
José Cesário dc Faria Alvim J " ; José Custódio de Carvalho Dru-
mond; José da Costa Lage; José de Oliveira Quintão; José Moreira
M. da Costa; José Pereira Guerra; Lucas Rolla; Luciano Jacques de
Moraes; Luiz Fernandes Rolla; Nestor de Araújo Costa; Oswaldo
Martins Abreu.
1294
H EXANETOS:
HEPTANETOS:
Adriano Felipe de Mello; Alexandre Motta Carneiro; Ale
xandre Penna Rodrigues; Alfredo Márcio Arantes de Cas-
1295
iro; Antônio Amaro M. da Costa Pereira; Antônio Carlos Maciel;
Antônio Carneiro de Vasconcellos; Antônio Luis Duarte; Antônio
Maria Guatimozim Vidigal; Artur Bolivar Moreira; Carlos Alberto
Duarte Gallo; Carlos Aurélio Lobo Vaz de Mello; Carlos Eduardo
Andrade Aires; Carlos Eduardo Gonçalves Cotta; Carlos Geraldo
Soares; Carlos Henrique dc Castilho Vilela; Célio Vieira de Assis;
Cláudio Bueno Guerra; Conrado Ericliscn Neto; Darcy Carneiro dc
Oliveira; Décio Vieira de Assis; Dirccu Carneiro Brandão; Domin
gos Samuel da Costa Lage; Edmar Martins Dourado; Edna Teresi-
nha de Freitas Maciel; Eduardo Maciel Couto Vidigal; Edvaldo
Quintão Torres; Knio Peixoto Felipe; Ernani Quintão Torres; Eu-
ripedes Campos V. de Mello F.5; Evcrardo Quintão Torres; Fábio
Márcio Pinto Coelho; Fausto José D. Alves de Britto; Fernando
Baptists; Fernando de Carvalho Britto; Fernando Lobo Vaz de Mello;
Fernando Luís Lacerda e Barros; Fernando Mascarcnhas M. da
Costa; Fernão Andrade Rebello Horta; Fernão Lage Pereira; Flávio
Otoni Penido; Francisco Guatimozim Vidigal; Francisco Manuel
de Mello Franco; Francisco Reny Moreira; Galdino Brandão Alvim;
Geraldo Maciel Filho; Gilberto Souza Lima Castelo B .; Guilherme
Carneiro; Heitor Carneiro Lins Peixoto; Hélio de Freitas Maciel;
Henrique Motta Carneiro; llilton de Souza Ribeiro Junior; Hugo
Angelo M. da Costa Tavares; Ivan Peixoto Felipe; João Bosco Al
buquerque P. Coelho; João Bosco Pinto Coelho; João Marcas Vidi
gal C. de Souza; Jorge Alberto da Fonseca F .; José Alexandre M.
M. da Costa; José Artur M. da Costa Tavares; José Carlos dc Araújo
Vidigal; José Custódio de Carvalho; José Dermeval Camilo de O.
Lage; José Edson Felipe M. da Costa; José Geraldo Vidigal Fer
nandes; José Oil Duarte; José Luciano Jacques Penido; José Lúcio
Duarte Martins; José Luís Duarte Penido; José Marcos Pinto Coelho;
José Maria Duarte; José Martins Godoy; José Maurício de Castilho
Jacob; José Martins Pcireira; José Roberto dc Araújo Lage; José
Thomaz de Carvalho Britto; Júlio de Castilho Jacob; Jussara Luís
dc Mello, Lauro Marques Barreto Cotia; Leôncio Vieira de Resende
Neto; Lincoln Quintão Carneiro; Luís Ga!vão da Costa Cruz; Már
cio de Carvalho Britto; Márcio Vianua Dias; Marco Aurélio Gonçal
ves Cotta; Marcos da Rocha Vianna; Maria Tereza da Silva Martins;
Maria Alice Campos Vaz de Mello; Alaria Clara Carneiro Henriques;
Mário Márcio Máia Drummond; Maurício Vianna Dias; Mauro de Araú
jo Gonçalves; Mauro Pinto Coelho de Vasconcellos; Mauro Vieira dc
Assis; Melchior dc Mello Neto; Milton dc Souza Lima Frazão; Mil
ton Vianna Dias; Moacir Duval de Barros Andrade; Nelson Fernan
des Maciel; Nilon Moraes Lana; Oito Marinho Penna Thomasi;
Otto Vianna de Mendonça; Ofy da Costa Lage; Paulo Henrique
AI. da Costa Câmara; Paulo AI. da Costa Côdo; Paulo Vianna
Sales Alourão; Pedro Paes Leme; Pedro Vianna Mendonça;
Perpétua de Castro Ataíde; Raimundo Nonato de Sena Fernan
des; Raimundo Wilson de Assis Alotta; Regis de Carvalho
Britto; Reinaldo Castro Braga; Reinaldo Drummond Alves de Britto;
Renato de Araújo Felipe; Reny Fernandes dc Oliveira; Ricardo Cos
ta Godoy; Ricardo Pacheco Rebello Horta; Roberto Cotta Faria;
Roberto de Aloraes Pcnalva Santos; Roberto Felipe de Mello; Ro
bledo Rcnê de Moraes; Rogério Miranda Amaral; Ronaldo Diniz
12‘JG
Guerra; Ronaldo Felipe M. da Costa; Sávio Felipe Quintão; Sebas
tião Celso M. da Costa; Sebastião Vidigal Fernandes Filho; Sérgio
M. Martins da Costa; Sheila Regina Murgcl; Síivio Drummond Al
ves de Britto; Solange de Castro Ataíde; Sônia Eunice de Freitas
Maciel; Theófilo Paes Leme; Tomás Vianna Cabral; Túlio Marcos
Carneiro de Vasconeelíos; Ibiraci de Castro Pereira.
OCTONETOS:
Adailton Quintão Filho; Alberto Antônio Araújo de Oliveira; Car
los Eduardo C. de Vasconeelíos; Dimas Dario Guedes; Flávio Carnei
ro Martins; Francisco de Assis Brandão; Francisco Samuel da Cos
ta Lage; Francisco Xavier de Vasconeelíos; Jair Martins Cruz;
Jean Jacques Moacy Rochebois; João Boseo Albuquerque P. Coelho;
João Bosco Pinto Coelho; João Estevão C. Henriques; José Antônio
Quintão Teixeira e S .; José Geraldo de V. Carneiro; José Luís Mo-
retzsohn da Silva; José Marcos Pinto Coelho; José Sebastião Carnei
ro Martins; Luís Felipe Pinto Coelho; Luís Roberto Araújo de Oli
veira; Marco Antônio Soares Lage; Maria Carmelita Ribeiro de Oli
veira; Maria do Carmo Felix dos Santos; Oty tia Costa Lage Filho;
Paulo Rogério Pinto Coelho; Reinaldo Lage de Magalhães; Ricardo
Carneiro de Oliveira; Ricardo Rocha da Costa Lage; Ricardo Wilson
Silveira M'. da Costa; Roberto Mauro da Costa Lage; Sávio Carneiro
Martins; Sérgio Janini Brandão; Sérgio Roberto Pinto Coelho; Tar
císio da Costa Lage; Vicente de Paula Carneiro Garcia.
ENEANETOS:
Emílio Costa; João Augusto Steublc Costa; Paulo Vaz de Mello Filho;
Rômulo Magalhães Guerra.
PENTANETOS;
Amynthas de Assis Lage (que é uin dos maiores enologistas das A
méricas); Carlos Alberto Lott Guimarães; Geraldo Teixeira Vidigal;
João Ribeiro Lage.
HEXANETOS:
Ataliba de Carvalho Britto; Felíeio Moreira; Fernando Antônio da
Silveira; Fernando Luís Lage Mesquita; Fernando Rocha; Geraldo
Carneiro Vidigal; Hemétério Salgado Carneiro; José Flávio Lage
Mesquita; José Maria Camarano Vieira; Luís Dutra Martins Carnei
ro; Luis Edson Bruzzi Andrade; Paulo de Tarso Alvim Carneiro;
Pedro de Carvalho Britto; Pedro Soares Vidigal Filho; Rogério Mar
tins Guerra; Victor Jacques de Moraes.
1297
HEPTANETOS:
OCTONETOS;
Nelson. Reis; José Januário Carneiro; Sammy Fernandes Soares.
ENEANETO:
Luciano Lage Magalhães.
HEXANETO:
Paulo Carneiro Vianna
HEPTANETOS:
Edmundo Magela Carneiro; João Álvaro Carneiro de Barros; José
Geraldo Rivelli Magalhães; Roberto Maciel Vidigal.
OCTONETOS:
1298
de produtos biológicos, inspeção de produtos de origem ani
mal, desempenho dc atividades especificas em fábrica de pro
cessamento de alimentos.
PENTANETOS:
J .J .Caineiro (José Januário Carneiro Filho) c seu irmão Victor Car
neiro, ambos cientistas, famosos no Brasil e no Exterior.
IIEXANETOS:
Adalgisa ele Sousa Carneiro; João Vicligal Martins da Costa; José
Alencar Carneiro Vianna; Luís Hemetério Dutra Martins; Murilo Sal
gado Carneiro; Pedro Augusto Guerra Andrade.
HEPTANETOS:
Antônio Carlos Carneiro; Eduardo Quintão Torres; Emílio Duarte
Lana; Ivrê Brandão Campello; Maristela Vidigal Carneiro; Nelson
Carneiro Baião.
OCTONETOS:
Alziro de Vaseonccllos Carneiro; Antônio Carlos Cançado Baião;
Antônio Carlos de Vaseonccllos; José Luís Lage Guerra; Nelson Lo
pes Cançado Baião; Roberto Garcez Vidigal Fernandes.
Entre eles:
PENTANETOS:
Breno Guerra; Jorge Martins da Costa; José Horácio Martins da Cos
ta; Oswaldo Martins da Costa; Saul Martins da Costa.
1290
HEXANETOS:
HEPTANETOS;
1300
OCTONETOS:
PENTANETOS:
Mozart Martins da Costa; Paulo de Caux.
HEXANETOS:
Abel Camilo de Oliveira Lage; Adolfo José Mansur M. da Costa;
Domingos Sanches M. da Costa; Elmo de Araújo Vianna; Francisco
de Assis Rolla Perdigão; José Gustavo Pinto Coelho; José Pedro
Moreira Carneiro; Milton Quintão M. da Costa.
HEPTANETOS:
OCTONETOS:
1301
VII — INDUSTRIAIS E LÍDERES DE CLASSES EMPRESARIAIS,
que, desde o século passado, vêm colaborando para a constru
ção da verdadeira independência econômica do Brasil.
Conforme a lição do Padre Lebret, nunca aceitaram e não
aceitam que o econômico se separe do humano nem do desenvolvimen
to das civilizações em que ele se inclui, pois o que para eles conta é
o humano.
Assim para uns como para outros, Deus contém em Si a ima
gem e o modelo do homem. Cada homem, sem distinção de nacionali
dade ou de classe social, traz, nele, a imagem de Deus. E é necessário
não desfigurar esta imagem. Um anjo revoltado é um demônio.
Eles viveram e continuam vivendo o Evangelho nas relações
que devem existir entre empregadores e empregados, todos filhos do
mesmo Pai do Céu, igualmente elementos da empresa, embora na ne
cessária e útil diferença das funções exercidas.
Sabem que, na Sociologia Cristã, é certo que não há capital
sem trabalho nem trabalho sem capital. 0 desdém de um pelo outro,
ou sua mútua agressão pertence ao domínio da insensatez e, às vezes,
ao domínio da desumanidade. A sua posição recíproca deve ser de
complementariedade c não de guerra. De associação e não de luta.
Pois não há capital que não seja fruto do trabalho ou que não exija
algum trabalho para produzir frutos úteis,
O capital não deve e não pode ser um instrumento de domina
ção para o empregador, nem um instrumento de opressão para o
operário.
As relações humanas, no ciclo da produção, não são relações
de senhor e de escravo, de homem e dc coisa, mas dc colaboração fra
ternal e de auxílio mútuo.
Entre empregadores e empregados deve vigorar aquela lição
que, certa vez colhi, na Casa da Moeda de Roma: Fraternitas vis nostra
et prosperitas, a fraternidade é a nossa força e a razão da nossa pros
peridade ,
Quando os industriais não mais se servirem de seres humanos
como de meros instrumentos para ganhar dinheiro e aumentar o seu
patrimônio; quando muitos operários não viverem oprimidos, compri
midos e deprimidos por alguns patrões desalmados, comendo pouco,
vestindo-se mad e morando ainda pior; quando milhões de brasileiros
desnutridos e mal alojados não estiverem olhando, com inveja, a boa
sorte dos cavalos de jóqueis-clubes e de superestimados cachorros
de raça; quando houver menos preocupações egoístas c o espírito souber
1 30 2
erguer-se mais; então não haverá lugar nem ambiente para os charla
tões do marxismo-leninismo nem clima favorável ao desenvolvimento
dessa pérfida doutrina que, posta em prática, já reduziu á escravidão
quase dois bilhões de homens, na Rússia, na China e nos países da
Cortina de Ferro.
Quem é mesmo grande industrial e bom empresário sabe que
dois problemas são encontrados na base da vida social: o problema
do pão e o problema da liberdade. E que não se pode resolver o pro
blema da liberdade, privando o homem de pão. É privando o homem
de pão que ele se torna escravo. O pão é o símbolo de um bem neces-
isário para o sustento e desenvolvimento da vida. Ao símbolo do pão
está ligada a própria possibilidade da vida. Sem liberdade, a vida
moral é impossível. Ao símbolo da liberdade está ligada a dignidade
do homem.
Entre os empresários, que descendem de Antônio Álvares Fer
reira e de ANA CABRAL DA CÂMARA são encontrados:
TRINETOS:
Domingos Martins Guerra Cabral; João Gualberto Martins da Costa.
PENTANETOS:
Acácio de Lima Castello Branco; Alfredo de Lima Castello Branco;
Antônio de Lima Castello Branco; Amyntbas Jacques de Moraes;
João Bosco Martins Abreu; Joaquim Rolla; José Moreira Martins
da Costa; Luciano Jacques de Moraes; Sebastião Moreira Martins
da Costa.
HEXANETOS:
Adolfo Neves M. da Costa; Antônio da Fonseca C. Branco; Atali-
ba de Carvalho Britto; Carlos Lage de Laurentys; Eliezer Baptista
da Silva; Emílio Jacques de Moraes; Eneas da Fonseca C. Branco;
Felicíssimo de Carvalho Britto; George Soares de Moraes; Guido
Jacques Penido; Henrique Otávio J. Penido; Hugo Soares de Moraes;
Ignácio Felipe Lage; Januário Laurindo Carneiro; João Camilo Penna;
João Lage de Laurentys; João Vidigal Martins da Costa; José Ca
bral Pires; José Joaquim de Sá Freire Alvim; José Moreira M. da
Costa Filho; Júlio José de Araújo Lage; Lauro Augusto Jacques Pe
nido; Luís Inácio Jacques de Moraes; Marcelo da Fonseca C. Branco;
Mauro Hernando Martins da Costa; Murilo Carlos de Araújo Morei
ra; Rafael Jacques de Moraes; Raimundo Wilson de Assis Motta;
Sérgio Jacques de Moraes; Sudário Martins da Costa.
1303
HEPTANETOS:
OCTONETOS:
José Maria Santana; Túlio Mareus Carneiro de Vasconcellos.
1304
Tal é a excelência da agricultura que, na antiguidade, havia
enxadas coroadas c arados cobertos de lauréis, quando imperadores
de Roma e reis da Pérsia se gloriavam de lavradores, preferindo aos
brocados dos docéis a folhagem das árvores e, às iguarias das mesas
dos palácios, os frutos da sua lavra ou lavoura.
NETO:
BISNETO:
TRINETOS:
TETRANETOS:
Adolfo Martins da Costa, Nova Era; Agnelo da Costa Lage, Nova Era;
Américo de Andrade Guerra, Itabira; Antônio Andrade Martins da
Costa, Nova Era; Antônio Carneiro Vidigal, Calambau; Antônio
Martins Guerra, Nova Era; Antônio Vital Martins Bueno, Nova Era;
Bernardino dc Sena Carneiro, Ubá e Ponte Nova; Carlos Martins
Lage, Santa Maria de Itabira; Custódio da Costa Lage, Nova Era;
Estêvão Carneiro de Miranda, Calambau; Francisco Andrade Mar-
1305
tins da Costa, Itabira; Francisco Marlins Guerra, Nova Era; Gusta
vo da Costa Lage, Nova Era; João da Costa Lage, Santa Maria de
Itabira; Joaquim Martins Guerra, Nova Era; José Cesário Martins
Quin tão. Nova Era; José Coelho de Moraes, Jaguaraçu; Marcos de
Andrade Guerra, Nova Era; Mário Martins Lage, Itabira; Nuno da
Costa Lage, Nova Era; Olavo,jGabriel Martins Quintão. Nova Era;
Olímpio de Andrade Guerra, Santa Maria de Itabira; Oscar da Costa
Lage, Itabira; Quintiliano de Carvalho Guerra, Santa Maria de Ita
bira; Quintiliano Martins Guerra, Santa Maria de Itabira.
PENTANETOS:
Adelino Felipe Filho, Nova Era; Alfredo M. de Lima Casíello Branco,
Além Paraíba; Amantino Ferreira Maciel, Guaraciaba e Raul Soares;
Ângelo Figueira da Costa Cruz, Leopoldina; Antônio de Lima Cas-
telio Branco, Além Paraíba; Antônio Jacob da Paixão Carneiro, Ubá;
Armando Linhares Guerra, Montes Claros; Artur Martins da Costa
Cruz, Cataguases; Aurindo Januário Carneiro, Ubá; Carlos Augusto
Felipe, Nova Era; Eduardo Martins ria Costa Cruz, Dona Euzébia;
Etelvino Ferreira Maciel, Guaraciaba; Helvécio Moreira Martins da
Costa, Nova Era; Januário Laurindo Carneiro, Patrocínio de Muriaé;
Joaquim Guerra Lage, Nova Era; Joaquim J. da Costa Cruz, Catagua
ses; Joaquim Martins da Cosia Cruz, Cataguases; João Brás Martins da
Costa, São Domingos do Prata; Joaquim Soares Vidigal, Porto Firme;
José Alencar Lage, Vila Matias; José Lage Martins Quintão, Nova
Era; José Maria Carneiro, Presidente Bernardes; José Mariano Pe
reira, Nova Era e Marliéria; José Marinho Quintão, Marliéria; José •
Soares Vidigal, Presidente Bernardes; Mariano Pires Pontes, Santa
Maria de Itabira; Manuel Lúcio de Assis, Marliéria; Manuel Olímpio
da Costa Cruz, Cataguases; Milton Martins Moreira, Esmeralda; Mon-
cir Lage, Itabira; Nestabo de Araújo, Rolândia-PR; Orlando Mar
tins Lage, Itabira; Paulo Guerra Lage, Janaúba; Sebastião Augusto
Felipe, Nova Era; Waldemar Rolla, São Domingos do Prata.
11EXANETOS:
Alberto Camilo Araújo Carneiro, Dourados-MGS; Antônio Carlos
da Costa Cruz, Cataguases; Antônio Lisboa Guerra, Santa Maria de
Itabira; Antônio Pinto Carneiro, Ubá; Ataliba de Carvalho Britto,
Cachoeiro de Itapemirim-ES; Estêvão Eduardo Araújo Carneiro,
Caarapó-MS; Expedito Godoy Castro, Sete Lagoas; Felix de
Castro, Marliéria; Geraldo Costa Cruz, Cataguases; Geraldo de Bar
ros Carneiro, Senador Firmino; Geraldo tie Barros Fernandes, Se
nador Firmino; Geraldo de Oliveira Fernandes, Senador Firmino;
Geraldo Vidigal Araújo, Porto Firme; Gil Dias Duarte, Jaguaraçu;
Hélio Costa Cruz, Dona Euzébia; João Batista Rolla Perdigão, São
Domingos do Prata; João Vidigal Martins da Costa, Aimorés; João
Vidigal Guimarães, Brás Pires; Jorge de Moraes Quintão, Janaúba;
José Américo Quintão, Piranga e Brás Pires; José Costa Cruz, Cata
guases; José Gustavo Lage Pinto Coelho, Janaúba; José Ferreira
Maciel, Porto Firme; José Nicoiau Martins Barros, Nova Era; José
Pedro Carneiro, Presidente Bernardes; José Quintão Carneiro, Pre
1306
sidente Bernardes; José Soares Vidigal Filho, Presidente Bernardos;
Juarez Guerra Martins Bueno, Nova Era; Olinto Brandão Filho, Tei
xeiras; Orlando Vidigal Martins da Costa, Nova Era; Paulo Polia
Perdigão, São Domingos do Prata; Raimundo de Barros Carneiro,
Senador Firmino; Raimundo Godoy Castro, Açucena; Wellington
Brandão, Passos.
HEPTANETOS:
Artur Costa Cruz, Cataguases; Carlos Olinto Brandão, Araçatuba
-SP; David Pereira Martins, Marliéria; Deites Pereira Martins, No
va Era; Dimas de Barros Fernandes, Ponte Nova; Francisco de Assis
Brandão, Araçatuba-SP; Francisco Samuel da Costa Lage, Santa
Maria de Itabira; Gaslão da Costa Lage, Ipoema; José Carneiro de
Moraes, Itatiba-SP; José Fernandes Santana, Guaraciaba; José
Raimundo Godoy Quintão, Marliéria; Justino Martins da Gosta Pe
reira, Mirai; Sebastião Carneiro Baião, Ubá.
TRINETOS:
João Gualberlo Martins da Costa, S. José da Lagoa; Jose Batista
Martins da Costa; Itabira.
TETRANETOS:
Alírio Martins da Costa, Nova Era; Antônio Pedro Vidigal, Porto
Seguro e Piranga; José Manuel de Araújo Quintão, Calambau; José
Pedro Vidigal, Barbacena.
PENTANETOS :
Abel Martins Guerra, Nova Era; Amantino Ferreira Maciel, Piranga;
Aristarco de Araújo, Nova Era; Artur Quintão Vidigal, Itabira e S.
José da Lagoa; David Martins Guerra, Nova Era; Etclvino Ferreira
Maciel, Guaraciaba; Helvécio Thomaz Martins da Costa, Ipatinga;
Jacinto Thomaz Martins da Costa, Nova Era; João Cândido Vidigal.
Calambau; João Rolla Sobrinho, Belo Horizonte; João Soares Vidi
gal, Porto Seguro; Jose Lourcnço de Araújo, Nova Era; José Mar
1307
tins da Rocha, Ubá; José Moreira Martins da Costa, Nova Era;
José Thomaz Martins da Costa, Nova Era; José Vidigal Fernandes,
Piranga; Leonidio Quintão Vidigal, Presidente Bernardes; Martinho
Gomes Rebello Horta, Dom Silvério; Maurício de Andrade Guerra,
Ipatinga; Olívio Quintão Vidigal, Presidente Bernardes; Ortogantino
Ferreira Maciel, Porto Seguro e Viçosa; Paulino Vidigal, Barbacena;
Raimundo Vidigal Fernandes, Porto Seguro; Roberto da Costa Cage,
Coronel Fabriciano; Virgilino Quintão, Santa Bárbara e Itabira;
Vivaldino Vidigal Fernandes, Senador Firmino.
HEXANETOS:
HEPTANETOS:
1 30 8
X — DIRETORES E GERENTES DE BANCOS os quais, além do
dinheiro, injetaram e ainda injetam otimismo e boas esperanças
no dinamismo de muitos empresários, de honestos comerciantes
c de operosos fazendeiros.
TETRA NETO:
JoséCesário de Faria Alvim Sobrinho, que foi diretor do Banco
Comércio e Indústria de Minas Gerais S. A. ;
PENTANETOS:
Amynthas Jacqucs ,de Moraes, que foi diretor do Banco da Lavoura
de Minas Gerais S. A. ;
HEXANETOS:
Geraldo Quintão. Foi Superintendente do Banco de Crédito Real
de Minas Gerais S. A. , em São Paulo. É Assessor da Diretoria do
mesmo Banco, em Belo Horizonte;
HEPTANETOS:
José Carneiro de Moraes, vice-Presidentc do Banco Real S/A e di
retor do Banco Real de Investimentos,
OCTONETO:
Otij da Costa Lage Filho, fundador c diretor do Banco Rural de
Minas Gerais.
1309
B —- Entre os gerentes de Bancos, estes:
TETRANETO:
Randolfo Martins da Costa, do Banco Comércio e Indústria de Mi
nas Gerais S. A. , em Itabira-MG;
PENTANETOS:
.4/o/iso Martins da Costa Cruz, do Banco Comércio c Indústria de
Minas Gerais S. A. , em Montes Claros-MG;
Enos Martins Guerra, do Banco Nacional S/A, cm São Paulo,
HEXANETOS:
Carlos Eduardo Carneiro Gomes, do Baincrindus, cin Bom Sucesso,
no Rio. de Janeiro;
Francisco Guerra Drummoiid, do Banco Industrial dc Minas Gerais
S. A. , em Itabira-MG;
Geraldo Quinlão, do Banco de Crédito Real dc Minas Gerais S/A,
cm Manhumirim c Patrocínio-MG;
Laércio Guerra Brandão, do Banco Financial da Produção S/A, em
Itabira-MG;
João Batista Moreira Vidigal, do Banco do Brasil S/A, cm Barba-
cena-MG;
José Bclisário Filho, do Banco Comércio c Indústria dc Minas Ge
rais S. A. , em S. José da Lagoa e Araguari-MG;
José Célio Horla, do Banco do Estado de São Paulo S/A, em Porto
Alegre-BS e cm Juiz dc Fora-MG;
José Qaintão, do Banco do Brasil S/A, cm Guaçüi-ES;
1310
Ronald Martins Guerra, do Banco Real S/A e, depois, do Banco Na
cional do Norte S. A. , em Juiz de Fora-MG;
Ronaldo Guerra, do Bradesco, em Palma-MG;
HEPTANETOS:
Antônio Carneiro de Oliveira, do Banco do Estado de Minas Gerais
S. A. , em Alto Rio Doce e em Manhumirim-MG;
OCTONETOS:
Galvani Lage Torres, do Banco Real S/A, em Nova Era-MG;
HEXANETOS:
Antônio Pinto. Coelho Lage; Âpio Tarquínio Alvim M. da Costa; Bruno
Drummond Mendes Barros; Célio Rubens Belisário; José da Costa
Vaz dc Mello; José Maria Vidigal Silva; José Silvério Martins Torres;
Mário da Costa Cruz; Mauro de Lima Prado; Pedro Roberto de Araú
jo Guerra; Rômulo Lage Sampaio; Sérgio de Lima Prado.
1311
H EPTANETOS:
OCTONETOS:
Antônio Salazar Pessoa Brandão; Célia Lage Naves; Eduardo Mar
tins de Oliveira; Geraldo Azambuja Carneiro; Gilson Saraiva Gui
marães; Haroldo L. Moretzsohn da Silva; Ignês Lage Naves; José
Maria Vidigal Silva; José Sérgio A. Vaz de Oliveira; Márcio de Oli
veira Pereira; Marco Aurélio de Alburqucrquc Othon; Maria Selma
Lopes Baião; Paulo Henrique Barbosa Brandão; Renato Martins de
Oliveira; Roberto Martins de Oliveira; Roberto Pereira dc Almeida;
Wander Lage Magalhães.
I — ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS:
PENTANETOS:
Jorge Sampaio Guerra; Mário Rolla.
HEXANETOS:
Antônio Alvim Sória; Antônio Carlos Horta; Antônio Celso Bruzzi
Andrade; Danilo Bruzzi Andrade; Denise Maria Bueno Leandro;
Georgina de Assis M. Quintão; Geraldo dc Araújo Carneiro; Helena
Maria de Araújo Lage; João Batista Drummond M. Barros; Joaquim
Horta Sobrinho; José Carlos Bruzzi Andrade; José Geraldo Vidigal S.
Araújo; José Rogério Martins Vidigal; Marco Carneiro Pontes; Tar
císio da Silveira Rocha.
1312
H EPTANETOS:
OCTONETOS:
Ademir Martins da Costa; Cid Campos Martins; Gorasil José Barbosa
Brandão; Jackson Martins Cruz; Luís Eduardo Violland; Márcia Mar
tins da Costa Andrade.
II — ADMINISTRAÇÃO DO LAR:
HEXANETAS:
Marieta Elza Quintão Carneiro; Rita Maria dos Reis Q. Carneiro.
HEXANETOS:
Geraldo Magela Alvernas Alvim; José Márcio de Araújo Felipe; Re
nato Araújo Felipe.
HEPTANETOS:
OCTONETOS:
(Carlos Alberto Durso Carneiro; Honórío José da Silva Lemos.
1313
IV — ARQUITETURA
HEXANETOS:
AdjaLme Martins Carneiro Filho; Ana Maria Horta; Júlio Cesar Feli
pe Lage; Lúcia Maria Mayall; Maria Cristina V. dc Assis Lage; Pe
dro Augusto Mayall.
HEPTANETQS:
Ângela Maria Pimenta Leite; Fernando Quintão Comes; Fernando
Afonso Carneiro Peixoto; Geraldo José Costa Cruz Mendes; Gustavo
de Carvalho Britto; José Roberto M. da Costa Câmara; Luís Eduardo
de A. Pinto Coelho; Pedro Silva da Costa Cruz; Tânia dc Carvalho
Guerra.
OCTONETOS:
João Eduardo dc Oliveira Pereira; José Marcos de A. Pinto Coelho;
Maria Teresa Brandão dc Oliveira; Maria Vitail Pessoa Brandão.
V — ASSISTÊNCIA SOCIAL
HEXANETAS:
FJmilka Dutra Martins Carneiro; Joana d’Arc Álvares Martins; Lú
cia Pinheiro Martins da Cosia; Maria Amélia Horta; Maria Teresinha
Bruzzi Andrade; Olímpia Costa Cruz Figueira.
HEPTANETA:
Marisa Vidigal Carneiro.
IV — BELAS ARTES:
HEXANETA;
Raisa Maria Santos Lage.
HEPTANETA:
Cláudia Lott; Ana Maria Maurício da Rocha; Regina Maria de Cas
tilho Vilela.*
*
1314
V II — B I B L IO T E C O N O M I A :
HEXANETAS:
Lígia Brnzzi Andrade Nicáeio; Nellie Figueira; Rosa Alice Godoy;
Vera Maria de Araújo Lage.
HEPTANETAS:
Isabel Cristina Vicligal Erichsen; Márcia Bucno Leandro; Marlene
de Carvalho; Maria Marta de Carvalho; Mnrília "Vidigal Carneiro;
Marta Cruz de Barros; Marta Si!va da Cosia Cruz; Vera Lúcia Al-
'vim Sória.
ENEANETA:
Alárcia Vaz de Mello.
HEXANETAS :
Maria Edith Rolla; Maria Emilia Guerra Lage; Maria Lúcia Vicligal
Santana; Rita Maria Pinlo Coelho.
HEPTANETOS:
Cristina Cosia Godoy; Luís Edmundo Figueira Moojcn; Maria do
Carmo F. Senna Vidigal; Maria Lúcia Yidigal Santana; Maria do
P. Socorro C. Henriques; Maria Teresa C. Henriques; Teresa Ma
fia de Moraes Porto.
OCTONETAS :
Ângela Maria Maciel Noé; Heleniee Vidigal Silveira; Patrícia Silva
Cisalpino.
IX ■- CIÊNCIAS DOMÉSTICAS:
HEXANETA:
Maria Teresa Quintão Carneiro.
HEPTANETAS:
Elza Maria Vidigal Guimarães; Maria Elizabeth Fernandes Sena;
Vanira Fernandes Santana; Vilma Alaria Fernandes Santana.
1315
X — COMUNICAÇÕES: Jornalismo, Relações Públicas, Propa
ganda, etc.
PENTANETO:
Mário Rolla.
HEXANETOS:
Alexandre Drummond dc Mello Silva; Maria Cândida Drummond
Mendes Barros; Pedro Cabral Carneiro (Frei Márcio); Roberto
Drummond de Mello Silva.
HEPTANETOS:
ANA MARIA VIDIGÀL, diplomada, em 1970, pela Faculdade de Ciên
cias Humanas da UFMG, mereceu o “Prêmio Geraldo Teixeira da
Costa”, instituído pelo Conselho Universitário da UFMG; Conceição
de Souza Fernandes; ileloísa Maria Murgel Starling; Ignez Guati-
mozim Vidigal; José Amantino Horta Maciel; Maria das Graças Ma
ciel Yidigal; Maria Eliana Moreira, Maria Martins da Costa; Mariàn-
gela Magalhães Guerra; Sebastião Ricardo Horta Maciel.
OCTONETOS:
José Maurício de Vasconcellos; Maria Cecília Maurício da Rocha
Pereira Leite.
XI — DESENHO:
HEXANETOS:
Antonina Drummond dc Mello Silva; Ferdinando Sérgio Carneiro.
HEPTANETAS:
Beatriz Braga Martins da Costa; Valéria Costa Pinto.
XII — ECOLOGIA:
HEPTANETO:
Júlio Cesar Duarte.
1316
X II I — E C O N O M IA R U R A L (M estrado ) :
HEPTANETA;
Ignez Guatimozim Vidigal.
XIV — FÍSICA:
HEXANETA:
Perpétua Aires Guerra Ataíde (F. ATicíecir).
HEPTANETOS:
Artur Eugênia Quintão Gomes; Guilherme Tell Q. Gomes.
OCTONETA:
Edelweiss Brandão.
XV — FONOAUDIOLOGIA:
OCTONETA:
Ana Luisa Maurício da Rocha Pereira Leitte.
XVI — LOGOPEDIA:
HEXANETA:
Cecília Lívia Vaz de Mello Sarmento.
XVII — MATEMÁTICAS:
HEXANETAS:
Denise Pires Guerra; Maria Carmen de Moraes Oliveira; Maria
Selma Godoy.
HEPTANETA:
Gilda Quintão Gomes.
1317
OCTQNETA:
Ana Alice Lana.
PENTANETO:
Simplieio Jacques de Moraes.
HEXANETOS:
Elizabeth Aires G. Ataídc; FáLima Lage Martins da Costa; Henri
que 0 . Jacques Pciiido; José Eymard M. Bueno; Rosângela Guerra
Andrade; Vera Jacques de Moraes.
HEPTANETÖS:
Aua Maria Godoy; Arylo Quintäo Jones; Gleuce Maciel de Castro;
João B. Couto Araújo; José M. Moretzsolin Quintào; Luís Galvão da
Costa Cruz; Maria C. Guatimozim Vidigal; Maria Regina Sampaio
Barros; Paulo R. da Silva Barbosa; Raul Carneiro; Shirley Ma
ria Pereira.
ENEANETA;
Ângela Maria Vidigal Carneiro.
HEPTANETO :
Carlos Eduardo de Castro Ataíde.
XX — ZOOTECNIA:
HEPTANETO:
Raimundo Fernandes Santana.
1318
Louvemos os nossos pais e os nossos avós, todos
nossos bons antepassados, nos seus descendentes,
1319
O s fr é s s a c e r d o f e s q u e fig u r a m n e s ta á rv o re s ã o h e p ta n e to s Ó e A n tô n io A . F e rre ira e A N A C A B R A L D A C Â M A R A
As m o n ta s b e n e d itin a s Elisa M o re ira V id ig a l e M a ria d o C a rm o N o ro n h a são h e x a n e ta s e a irm ã F ilo m é n a
C arn eiro , d a C o ng reg ação d o S a cré C œ u r d e M a rie, é h e p ta n e ta d e A n to n io A. F e rre ira e A N A CABRAL
DA CAMARA
D e s c e n d e n te s d e A n tô n io A F e rre ira e A N A CABRAL DA CÂM ARA e stre s trê s M in is tro s d e Estado: E lie z e r
B a tis ta e /Afonso A r m o s ( h e xa n e to s) e Joã o C a m ilo (h e x a n e to e h e p ta n e to a o m e s m o te m p o )
Moo-cyr Et m a n o M- Joao Gabriel Hamiltbn de
Rebelo Horta d a Costa C r « Perboyre Morais Sarros
starting
7
\Z_ V 7
Cecília B er- TereSa Maria- M a ria -
Luciaonou
-YvardoL. Roscx- de Jesus e Silva cLo Carm o
Ana
\ 7
ps- Jose'
F lo r e n ç a Aluares
AMA CABRAL
DA CAMARA
M ar i a
Velko Cabral
1321
Sem intenção de acarinhar vaidades ou dc explorar orgulho injustifi
cável, sob pretexto de querer invocar uma respeitável e honrosa ascen
dência que, por graça dc Deus, nos foi concedida, sem intervenção do
nosso merecimento.
Ninguém escolhe os pais que deseja.
Gabar-se de avós é o mesmo que ir buscar nas raízes o fruto
que deve estar nos ramos das árvores.
Fiz o que me foi possível fazer. Faça obra melhor e mais
perfeita quem puder fazê-la.
APÓSTROFE OPORTUNA
1322
Glória de cada um será poder dizer que não desmereceu a
herança recebida. E afirmar que nunca sentirá medo de ver os seus
antepassados saindo do seu repouso nas sepulturas e chamando-o para
prestação de contas, provocando-lhe os brios para a defesa do grande
patrimônio legado com seus nomes honrados.
O nome é a honra. Sem exagero pode ser dito que o nome é
a glória. E a glória é a, honra aumentada, a honra coroada, a honra
vestida de púrpura. Se a glória é necessária a alguns, sem a honra
ninguém pode passar.
Uma tradição de honorabilidade deve ser considerada como
depósito sagrado de que o herdeiro só tem o usofruto, com a obrigação
de transmiti-lo intacto aos seus sucessores, se as circunstâncias lhe não
permitirem aumentá-lo ou acrescentá-lo. E, para ele cumprir este
dever, é necessário realizar uma espécie de balanço dos dotes
recebidos, para o qual é indispensável conhecer aqueles de quem des
cende, estudando-os a todos e a cada um, da melhor maneira possí
vel, sem unicamente se deter nos de atuação mais brilhante.
Quanto a mim, nunca me interessou avaliar quem quer que
seja pelo critério material, conforme o tamanho de sua riqueza ou dc
seu patrimônio.
Segundo o meu modo de pensar, o homem vale pelo que é e
não pelo que possui. A fortuna é um fator aleatório e mutável que
não altera a essência das cousas. O dinheiro pode permitir o luxo,
mas não confere personalidade nem qualifica este ou aquele indiví
duo. As condições pecuniárias são marcos frágeis que podem ruir
fragorosamente, a qualquer momento.
Ser mais é muito mais importante do que ter mais.
Ser virtuoso é melhor, muito melhor do que ter poder e ri
quezas. Pois só a virtude pode fazer feliz o homem, sem que jamais
contra elai possa prevalecer o forte braço da fortuna, nem o valentíssi
mo da morte, como escreveu Owen:
1323
Para ele é tão indiferente tê-las como não as ter. Neste mundo, nin
guém chegou a morrer tão pobre como nele nasceu. É o que o mesmo
Owen declarou nestes dois versos:
LÂMPADA SIMBÓLICA
PASSADA DE GERAÇÃO À GERAÇÃO
1324
Se a agricultura fez a grandeza da Itália, nos tempos anti
gos, foi porque ela empolgou a maioria de suas famílias, até mesmo
as familias de nobres que passaram a seus descendentes o amor ao cul
tivo da terra.
O mesmo acontecia nos outros países. E o mesmo está acon
tecendo boje entre os povos mais civilizados.
Os mais célebres homens antigos foram agricultores. Foram
mesmo. É o que atesta Cornélio Alapide: Omnes viri prisci celeberrimi
faerunt agricolae,
Camilo, seis vezes Tribuno da Plebe e cinco vezes Ditador,
que era a suprema magistratura em Roma, foi lavrador. Sua vigoro
sa dextra, que tantas vezes destroçou os inimigos da República, ser
via para sulcar a terra com o arado. E seus filhos e netos imitaram
seu bom exemplo.
Lavradores também foram Marco Cúrio Dentato, três vezes
Cônsul, c Catão, o Maior, que trabalhava a terra com a mesma fadi
ga e o mesmo suor dos seus escravos.
Plínio confirmou o que Cícero havia afirmado: os campos
eram cultivados pelas mãos dos próprios imperadores —- lpsorum tunc
manibus imperatorum colebantur agri. E Ovídio escreveu que, como
cousa comum, os grandes homens passavam do manejo do arado para
o exercício da dignidade de Pretor: Jura dabat populis, pnsito modo
praetor aratro.
Quando Atílio Régulo foi eleito Cônsul, os emissários, que lhe
foram dar a notícia da eleição e chamá-lo para a tomada dc posse do
cargo, o encontraram semeando a terra: Projecto illum AttiUum, quem
sua manu spargentem semens, qui missi eraiit corwenerunt. Na mesma
ocupação foi encontrado Serrano pelos deputados que lhe foram
anunciar as honras para cie decretadas pela República: Screntem
inuencrunt dati honores Serranum.
Outrora, os filhos e netos herdavam de seus pais e avós o
amor ao mesmo trabalho dc que estes eram profissionais.
Os exercícios de ciências, dc artes e dc ofícios passavam de
geração a geração. E o mesmo acontecia com a prática das virtudes.
Não me parece demais repetir o que escrevi no Prólogo: Os Elzeviros
foram excelentes encadernadores. Os Bach formaram uma dinastia
de músicos incomparáveis. E os Cassini, uma dinastia de grandes
astrônomos.
1325
FIOS INVISÍVEIS
DE FORÇAS MISTERIOSAS
1326
Não compreendo porque muitos homens não manifestam
qualquer interesse pelo conhecimento dos nomes e das boas ações
de seus maiores, que os precederam aqui na terra, c de sua valiosa
contribuição para que, dia-a-dia, o Brasil cresça c desenvolva e ocupe
lugar de relevo entre as nações mais civilizadas.
Estes não merecem perdão para a falta que me parece indes
culpável. Ignorando as suas origens, fazem-se réus de culpa inominá
vel. Culpa muito maior que a dos ingleses que ignoram a origem do
seu Parlamento, os costumes da sua Ilha c as diferentes raças dos
reis que reinaram na Inglaterra.
Na Mémoire pour servir á l'histoire de la Maison de Bran
debourg, editada cm Londres, eni 1768, está escrito:
1327
vindos de diversas regiões de nosso Estado e de fora dele. Oferece
vasto campo de observação para o sociólogo, para o geneticista, para
o médico, para o historiador, etc.
Muitos acontecimentos relacionados com a vida multiforme
do Brasil, assim no campo das ciências conto no das artes, na religião
como na política, nas cátedras do ensino e na tribuna parlamentar
e na outra era que os direitos humanos são defendidos, na magistra
tura e nas forças-armadas, no comércio e na indústria, na lavoura e
na pecuária, etc., apresentaram-se mais atraentes quando os seus
autores são nossos conhecidos. Da nossa raça. Do nosso clã. Pois,
de certa maneira, estes acontecimentos nos dizem respeito. E nunca
devem ser tidos como relação fria de sucessos completamente alheios
à nossa sensibilidade.
Et la famille enraciné
Sur le coteau qii elle a plante
Refleurit d’ année en année
1328
História não é fantasia. Nunca foi. E nunca será. E não se
confunde com a fábula. Todo seu incontestável prestígio vem de que
ela tem por alicerces a Genealogia, a Geografia e a Cronologia. A
Genealogia, mostrando o personagem que fez aquela ação memorável,
digna mesmo de ser conservada na memória da posteridade. A
Geografia, indicando o lugar em que a ação foi feita. E a Cronologia,
apresentando a data certa cm que a ação foi praticada. De todas três
a mais importante me parece que é a Genealogia que recebeu mereci
da homenagem de Leibnitz, o sábio mais universal da Europa, o his
toriador infatigável no trabalho pela revelação da verdade.
Mais do que qualquer outra, a Genealogia é a ciência do
valor humano da civilização. Não é apenas a ciência biológica do
valor do sangue. Sobretudo é a ciência do espirito que deve animar
e conduzir este sangue. É, pois, espiritualista no mais alto sentido,
porque transfere às gerações futuras todo um manancial de ensina
mentos, de. fortaleza e dc coragem necessária para o bom êxito cm
qualquer tipo de luta, de disciplina c de hierarquia, de honra e de
correção, de amor a Deus e à Pátria.
Há no Decálogo uma rubrica redigida assim: Honrai pai
e mãe. Este preceito aos pais só será completo honrando também os
avós, pais de nossos pais. E lá estamos presos nas malhas da Genea
logia, admitindo que o perfeito complemento do referido preceito im
plica em honrar igualmcntc os bisavós, trisavós, tetravôs, etc.
Não há cousa mais bela que cultuar, no sangue de nossos an
tepassados, os grandes e bons exemplos que eles nos deixaram.
Paul Morin, aplaudido poeta canadense, nos recomenda que,
de vez em quando, devemos ir ao cemitério silencioso a fim de que pos
samos ouvir as vozes de nossos ancestrais,
au cimilière silencieux
ecouter la ooi.v des ancêtres.
ACENDENDO CÍRIOS
À BEIRA DOS TÚMULOS
1329
De São João Crisóstomo aprendi que é melhor nossos avoen-
gos serem glorificados por nós do que nós nos orgulharmos deles;
Melius est in te glorientur parentes quam ta in parentibus glorieris.
Quanto mais célebre e famoso for um nome, mais difícil
será conservá-lo. Pesada carga ele põe sobre os ombros de quem o
traz. Nos momentos de vergonha, de abatimento e de abandono, ele
constitui precioso tesouro. Os nossos antepassados o carregaram. Nós
devemos guardá-lo com carinho e com ciúme, custe o que nos custar.
No dia 14 de abril de 1847, Victor Hugo exprimiu este pen
samento no álbum de Michel Ney:
1330
DEUS VOS ABENÇôE, GENTE DESTA FAMÍLIA
DEUS VOS ABENÇOE, GRANDES E PEQUENOS
1331
Lembra-te sempre de não escrever só para o tem
po presente, para que os de agora te louvem c te hon
rem; mas, sim, compor a tua história, fitando os olhos
no futuro, para os que hão dc vir depois, esperando
unicamente dos vindouros alcançar o prêmio de teus
escritos; para que também se diga dc ti: Este sem
dúvida era homem livre e cheio de ousadia no dizer,
nada tem de lisonjeiro, nada de servil há em seus es
critos, todos são cheios de verdades.
LUCIANO
(in Maneira de Escrever a História) .
FONTES
1333
GEORGE RIPERT : Le déclin du Droit
G. FESSARD : Auctorité et bien commun
GILBERT KEITH CHESTERTON: Orthodoxy
GREGORIO MAGNO, São: Obras (da B. À. C. )
GREGORIO MARAn ON : Obras Completas
G. THIBON : Una Communidad de destino
HEITOR PINTO, Frei : Gnotnds — Máximas Morais
HÉLIO VIANA: História do Brasil
H. GUITTON : L’object de l’économie politique
ISIDORO DE SEVILHA: Etimologias
JACQUES JULIEN: Le chrétien et la politique
JACQUES MARITAIN: Cristianismo e Democracia
Rumos da educação
J . QUASTEN : Pairologia
JEAN DELAPORTE: Connaissance de Péguy
1334
PEDRO TACQUES: Nobiliarchia Paulistana
TÁCITO: Anais
OUTRAS FONTES
ARQUIVOS:
1335
da Universidade de Coimbra-Portugal
do Cartório do 1 Oficio da Câmara de Itabira-MG
do Cartório de Porto Firme-MG
do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
JORNAIS:
LIVROS:
Bíblia Sagrada
Codex Iuris Cannonici
Livros de assentos de balizados das paróquias de Antônio Dias, Itabi-
Mra, Nova Era, Sant’Ana do Alfié, Santa Bárbara, São João
Batista do Morro Grande-MG
Livro que serviu para nelle se lançarem os Assentos de d cianetos da
Freguezia de São João Baptista do Morro Grande
Memoire pour servir à l’ histoire de ta Maison de Brandebourg — 1708
REVISTAS:
1336
INDICE (!.")
1337
PÁGS.
1338
PÁGS.
1339
PÁGS.
1^10
PÁGS.
1341
PÁGS.
1342
PÁGS.
1343
PÁGS.
1341
PA g s .
1345
PÁGS.
A — Sacerdotes............................................................................ 1256
B — Religiosas............................................................................. 1257
C— Educadores c fundadores deestabelecimentos de en
sino 1261
D — Normalistas.......................................................................... 1263
E — Professores de matérias dosegundo g r a u .................. 1265
F — Professores deensino superior...................................... 1267
G — Cientistas.............................................................................. 1271
H — M édicos................................................................................. 1271
I — Farmacêuticos..................................................................... 1274
.1 — Odontólogos.......................................................................... 1275
K — Fisioterapeutas.................................................................... 1276
L — Psicólogos................................................... 1276
M — Enfermeiras decurso superior........................................ 1276
N — P olíticos:............................................................................... 1277
1346
PÁGS.
b) Senadores.................................................................... 1279
G — Diplomatas........................................................................... 1291
H — Fazendeiros.......................................................................... 1304
I — Comerciantes....................................................................... 1307
1347
PÁGS.
c) Arquitetura.................................................................. 1314
e) Belas-artes.................................................................... 1314
f) Biblioteconomia............................................................ 1315
j) Desenho........................................................................ 1316
k) Ecologia..................................................................... 1316
3 — EPÍLOGO............................................................................. 1321
1348
ÍNDICE (2.*)
ANDRADE: 742
— B —
ANDRADE DE ALBUQUERQUE:
952 e 953 BAPTISTA : 849 a 852
ANDRADE GUERRA: 806, 827, 887 BAPTIST A DA SILVA: 850
e 890
BARROS LAGE: 1023
ANDRADE GUERRA DRUMMOND:
770 BELISÁRIO: 725, 726, 772 c 773
1349
BRANDÃO GODOY: 1207 e 1213 COELHO DE MORAES: 861, 1049,
1079, 1080
BRUZZI DE ANDRADE: 709 a 712
COSTA CRUZ: 935 a 937
BRUZZI FELIPE: 905 a 908
COSTA CRUZ MENDES: 942
BRUZZI QUINTAO : 1238
COSTA GODOY: 1226
BUENO: 900
COSTA GUERRA: 879
BUENO BRUZZI: 870 a 872
COSTA LAGE: 993, 1606 a 1012,
BUENO GUERRA: 005
1023, 1024, 1026, 1029, 1030,
1032 a 1035
—c — COSTA PINTO: 665
COTTA: 1239 e 1240
CABRAL: 807, 808 e 965
COULAUD DA COSTA CRUZ: 912
CABRAL PIRES: 996
COUTINHO GUERRA: 801
CALAZANS DE OLIVEIRA: 730
CRUZ ANDRADE: 931 e 932
CAMPOS DA COSTA CRUZ: 949
CRUZ MURGEL: 941
CARLOS DE ANDRADE: 930
CRUZ VIANNA; 947
CARNEIRO DE MIRANDA : 827, 830,
967, 968, 071, 974 a 977, 979, CUNHA ATAIDE: 961 e 962
980, 991 e 992
1 350
.. de ALVARENGA: 727, 728 e . de BARROS: 1199
1122
. de BARROS ANDRADE: 1205 e
. . de ANDRADE: 8U5, 800, 951, 1235
952, 954 a 957
. de BARROS BRANDÃO: 1206,
. . de ANDRADE AYRES: 709 1214 e 1215
1351
. . . de MORAES QUINTÃO: 1191 a DUARTE LANA: 865
1193
DUARTE MARTINS: 866
. . . de OLIVEIRA LAGE: 693 a 696 DUARTE MIRANDA: 866
. . . de OLIVEIRA PENNA: 675 e DUARTE QUINTÃO: 864
676
GUERRA DRUMMOND: 770 a 774, LAGE: 997, 1004, 1005, 1021, 1030 a
820, 822, 895 e 890 1034, 1130 e 1131
1353
LINHARES GUERRA: 852 a 85G, MARTINS DE LIMA CASTELO BRAN
887 e 889 CO: 916
MARTINS BUENO: 745, 740, 760, MARTINS LAGE: 1124, 1129, 1131 a
1133, 1138, 1143 a 1145 e 1147
869, 870, 873, 874, 900, 901, 900,
1150 c 1151 MARTINS MOREIRA: 736 a 738
1354
MORAES QUINTÃO: 1182, 1187, — O —
1195 e 1197
OLIVEIRA MARTINS: 903
MOREIRA: 1188 a 1191, 1214 a 1217,
1220, 1231 1235 e 123(5 OTTONI PENIDO: 1077
1355
- Q— ROLLA PERDIGÃO: 782
ROSA GUERRA: 854
QUINTÃO: 1104, 1199, 1231, 1230 a
1242, 1245 a 1247 — S —
QUINTÃO CABRAL: 1194
QUINTÃO COTTA: 1239 SAMPAIO; 711
1356
INDICE ( 3 ." )
PÁGS.
1357
PÃGS.
1358
PA g s .
1359
PÁGS.
1360
PÃGS.
1361
Í N D I C E ( 4 . )
PAgs .
Deodoro de Campos . . ., . . ,.
988
Edelberto Figueira...........................
943
1363
PÁGS.
1364
ÍN D IC E ( 5 . ■)
dos nomes de pessoas sobre as quais constam notícias nas duas Par
tes deste T om o porque ligadas em linha reta ou por m eio de paren
tesco colateral aos descendentes de Antônio Álvares Ferreira e A N A
CABRAL D A CÂM ARA:
PÁGS.
1365
PÁGS.
1366
REVISÃO FINAL:
RESPONSABILIDADE DO AUTOR
IMPRENSA OFICIAL