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Introdução
Oque é a ciência?
1. ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: Introdução ao jogo e suas
regras. Brasiliense, 1981.
2.
Quais as diferenças entre o senso comum e a ciência?
Como se deu a ascenção da ciência?
Cientistas estão sempre certos?
De onde vem o que sabemos?
O conhecimento oriental
O nascimento do conhecimento na grecia.
Porque estas perguntas são importantes
Como se forma o consciente
A história da Ginecologia
Bruxas ou curandeiras
As condenações
A ascenção da ciência
O nascimento da ginecologia
A tomada do poder médico
Como isso influencia nossa vida?
O corpo da Mulher
Oque é ética?
Quais os direitos e deveres das partes da consulta
As reclamações são ouvidas?
Ambas as partes
As estatisticas
Pesquisa
Entrevistas e análises
Resultados da pesquisa
Conclusão
Introdução:
Acredito que nenhum dos temas abordados por esta tese é novo ou
revolucionário, além disso tenho como o objetivo principal, pensar sobre o papel da
ciência e como o fato de sermos colônia de Portugal como dita nossa história e também
dos E.U.A. e Europa, grandes moldes culturais que atravessam nossas normas, regras,
opiniões, tradições, ciência e valores sociais, faz parte de meu objetivo também, escrever
de forma simples e compreensível a qualquer que possa o tema interessar.
Mas, acho que antes de mais nada, é importante contar um pouco minha trajetória
até aqui, entrei neste núcleo por conta de uma grande mudança que no meu tema e também
pra poder ter a possibilidade de debater idéias que possam me ajudar nesta trajetória com
colegas mestrandos. Então em um primeiro momento depois de acertar que viria para este
núcleo comecei o levantamento bibliográfico sobre “violência ginecológica” com
mecanismos de busca tradicionais e literatura conhecida, depois da primeira orientação
com a Professora Carla entrei em contato com autores novos pra mim e este tema surgiu
deste contexto, ainda não tive uma segunda orientação pois não tinha material escrito e
optei por ouvir os colegas antes de ter uma segunda orientação.
A idéia é falar sobre o papel que a ciência teve e ainda tem na subjetividade das
mulheres, ou seja, de que forma a instituição ciência nos transformou no que somos e no
que seremos durante nossa vida. Sabendo que o tema é enorme pensei na possibilidade
de fazer um recorte temporal e temático falando sobre como a ginecologia foi e ainda é
utilizada para moldar o papel social feminino e masculino como são conhecidos nestes
tempos. Além disso pretendo também trazer histórias de pessoas que se sentem
prejudicadas por este enviesamento da ciência moldado por uma ideologia influenciada
pelo egocentrismo e prepotência gregos unido a superioridade científica nascida no
iluminismo, colocando neste caldeirão também a prepotência do homem branco europeu,
a ousadia vazia da classe média e a astúcia dos donos do capital teremos uma mistura
interessante que espero que se torne uma boa poção para a reflexão do que chamamos de
ciência e como a nossa ciência aborda temas que nem sempre são do interesse público e
acaba optando pela tendenciosidade e conveniência.
Pretendo recolher materiais que possam contribuir para a produção deste texto
de duas formas, a primeira é levantando material escrito por colegas que se interessam
pela mesma temática, ou seja, Violencia obstétrica/ginecológica, filosofia da ciência e
história geral, da medicina e da ginecologia, entre outros temas que surgirão de acordo
com que as demandas forem aparecendo. Este material Surgirá por recomendações de
material, ou por mecanismos de busca como o Google ou BVSpsi por exemplo. Além
disso pretendo entrevistar algumas pessoas e fazer uma análise do discurso para trazer um
exemplo real das teorias aqui expostas e utilizadas e também, para compreender melhor
porque defendo que a ciência não pode ser neutra, vou usar como exemplo o momento
em que a ginecologia/obstetricia é dominada pelo cientificismo médico, deixando de lado
o conhecimento que as curandeiras e parteiras que eram cuidadoras da população
camponesa que não tinha condições de pagar por uma consulta e que por muitas vezes
também era condenada pela igreja por interferir nos planos de Deus se o fizesse,
entretanto aos nobres, papas e nomes relevantes era permitido o atendimento por grão
mestres que nada mais eram que estudiosos da cura tanto quanto as curandeiras isso será
utilizado para exeplificar de forma prática as teorias e conclusões a que cheguei.
Para falar sobre o tema, utilizei textos, vídeos e imagens, o material foi
encontrado em mecanismos de busca como o Google Acadêmico e BVS Psi, algumas
indicações de conteúdo de professores e amigos e também alguns livros que faziam parte
de minha biblioteca pessoal na busca de material teórico. Utilizarei também para
exemplificar meus argumentos a história da ginecologia e obstetrícia como ciência que
fazem parte de minhas pesquisas de conteúdo, e por fim depoimentos de pessoas e
ginecologistas para compreender um pouco melhor os avanços na área médica e como se
sentem os pacientes em situação de atendimento.
As psicologias tem uma forma própria de abordar este tema, que aparecerão em
alguns momentos neste texto, entretanto não é isso a que gostaria de abordar, meu
objetivo com este trabalho, é analisar o momento em que o papel social desempenhado
foi cientificamente definido, e passou a respaldar preconceitos e ideologias
cientificamente.
Acredito que a relevância deste tema se justifica pelo grande numero existente de
denuncias surgindo e também pela busca de muitas mulheres por cuidados médicos
menos invasivos. Associações, ongs, projetos e outras formas de criar um novo espaço
para um cuidado feminino menos invasivo, mais respeitoso e buscando assim uma nova
forma de cuidado e uma nova relação com o corpo. Este movimento é de extrema
importância, não somente para as mulheres, mas também para um sistema de saúde que
busca a prevenção de doenças, sabendo que isto é importante não somente para a
população que vive de forma mais saudável mas também para os cofres públicos que tem
menos gastos com doenças e situações paliativas. É de extrema importância pensar em
que ao se sentir segura e respeitada, a possibilidade de aderência a um tramento é muito
maior.
Além do mais o tema se mostra relevante para a reflexão sobre os papéis de gênero
propostos socialmente e para a compreensão de que muitas vezes idéias enraizadas em
nosso pensamento podem surgir de forma que pareça natural, mas muitas vezes não
refletem nossos reais sentimentos ou desejos. Pensar em sexualidade e corpo é falar sobre
o mais intimo de uma pessoa, violações e agressões acabam gerando sequelas não
somente pessoais mas também sociais.
Acontece que às vezes é um pouco difícil aceitar que erramos ou que algo é
exatamente o oposto que gostaríamos que fosse. Entretanto acredito que seja interessante
iniciar esta tese fazendo uma discussão que é ofuscada pela certeza cega da ciência “Qual
a diferença entre ciência e senso comum?”
Acredito que nesta introdução devo colocar os principais pontos que pretendo
abordar brevemente (porque não pretendo impor ao leitor um volume muito grande e
doses muito intensas de minha narrativa entediante) temas que acredito ser importantes
para embasar os assuntos que abordarei. Cada autor e tema foi cuidadosamente
selecionado com o objetivo de trazer a discussão algo que em meu ponto de vista ajuda a
compreender um assunto de forma que me pareça sensata e auxilie a embasar meu
argumento sobre o respectivo assunto.
Em um primeiro momento pretendo falar sobre a ciência e o senso comum, as
diferencias, semelhanças e paradigmas destas duas formas de olhar o mundo. Acredito
que seja importante também aqui falar de alguns outros temas que podem ser relevantes
como o nascimento da filosofia ocidental e alguns pontos históricos e teóricos importantes
para a discussão que se segue.
No segundo capítulo, pretendo falar sobre a história da ginecologia utilizando as
autoras Elaine Showalter, Fabíola Rohden, Laquour entre outros autores que me ajudaram
a pensar momentos relevantes do período que possam ser utilizados para exemplificar e
ser analizados a luz da teoria de alguns autores que podem nos ajudar a refletir sobre a
forma como estes conhecimentos foram moldados.
Posteriormente iniciarei uma discussão sobre o corpo feminino, propondo teorias
de autores que se debruçaram sobre esta questão, refletindo assim sobre as relações entre
o corpo físico e a subjetividade construída de cada um, para isso utilizarei autoras como
allice miller e Judith butler, entre outros, discutindo também um pouco dos processos
culturais, que envolvem a construção da intimidade, da consciencia e do comportamento.
Também gostaria de dedicar um capítulo as grandes influencias sofridas pela
ciência e o senso comum em esclarecendo as diferenças semelhanças e paradigmas de
ambos, irei também falar um pouco sobre algumas teorias que abordam a nossa sociedade
e a manutenção do poder social, assim como a origem de nossos valores e a importância
da ciência como instrumento de controle e de liberdade e também como a ciência, a
religião e a política estão ligados de forma vital uma a outra.
Por fim falarei um pouco mais das entrevistas com as pessoas com quem
convercei, as semelhanças e especificidade de cada história e principalmente como o fato
de suas especificidades não se encaixarem em um estereótipo, a desvalorização social e
as continuas agressões e humilhações sofridas por elas não apenas em um
contextoespecifico, mas dentro e fora de suas casas ou de consultórios médicos que
deveriam exercer o cuidado.
Textos soltos
Iniciarei a discussão no primeiro capítulo como base utilizarei autores como
Rubem Alves, Marilena Chaui, Karl Popper, entre outros autores que me ajudaram a
construir as escritas do tema. Neste Capítulo pretendo iniciar No segundo capítulo
pretendo falar também sobre a influência da ciência, da religião e da política na moral
vigente em nosso tempo, como os conceitos de certo errado e aceitações sociais surgiram
e se sustentaram até o momento e como este movimento ascendeu, resistências em relação
a ele, a importância da busca pela mudança e a preparação para a inconstância da
sociedade e consequentemente do ser, que estão sempre em movimento.
No segundo capítulo pretendo falar de como estes moldes prendem homens e
mulheres a papéis executados de formas automáticas sem a mínima reflexão, preconceitos
mantidos por estes pensamentos e o atrito científico entre as velhas ciências e as novas, e
também a revolução científica que mostra que mesmo as ciências duras podem encontrar
paradigmas e inconstâncias, as vezes nem mesmo as ciências exatas são tão exatas assim
não é mesmo.
Ao final pretendo trazer as histórias contadas de algumas pessoas que se sentem
lesadas pela forma como se constitui a nossa sociedade fazendo que seu cuidado e
prevenção se tornem momentos de angústia desamparo e desconforto, e ao final fazer
algumas ligações entre a história, os embasamentos e a atual condição do feminino em
nosso cotidiano, mostrando desrespeito ou acolhimento em situações expositivas e
delicadas.