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Organização e Gestão da Produção

Adelina Baptista

Layout industrial e movimentação de materiais


LAYOUT
 Fase I: Localização. Nesta fase deve-se determinar a área
geográfica a ser utilizada para o planeamento das instalações
do novo layout.
 Fase II: Arranjo físico geral. Representa a organização geral
entre as diversas áreas. Nesta fase são definidos os fluxos e as
inter-relações entre as áreas, resultando no que se chama de
arranjo de blocos (block layout).
 Fase III: Arranjo físico detalhado. No planeamento
detalhado é estabelecida a localização relativa das máquinas e
equipamentos, assim como toda a infraestrutura física
necessária para a produção do produto.
 Fase IV: Implantação. Esta é a fase na qual se executa o que
foi planeado anteriormente. De maneira concreta, faz-se aqui a
movimentação de maquinaria, equipamentos e recursos para a
instalação da operação.

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ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO LAYOUT

 Tipo de processo de operação ( considerar a relação volume - variedade


nos diversos tipos)
 Quantidade de fluxo (materiais, pessoas, fluxo do processo, relação de
dependência - comunicações entre as áreas)
 Dimensionamento dos meios operacionais (equipamentos, postos de
trabalho)
 Sequência de fora para dentro ( do prédio, do andar, da seção, do posto de
trabalho,etc.)
 Selecionar o tipo de layout
 Instrumentos que permitam a visualização
 Trabalho em equipe ( consulta a todos os integrantes)
 Avaliar constantemente ( as situações de operação mudam no tempo)..

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Fatores que influenciam o layout
 Espaço disponível
 Produto
 Matérias primas
 Equipamentos
 Movimentação
 Processo
 Mão de obra
 Áreas de armazenagem
 Edifico
 Supervisão (espaço de reuniões)
 Programação e controlo e da produção (prever espaço para os
kanbans
 Expansão e flexibilidade de mudança

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Estudo das implantações
 Implantação: disposição espacial dos meios
intervenientes num processo produtivo
 A circulação de materiais pode constituir uma grande
fonte de custo (pode representar + de 50% do custo de
produção do produto)

Grandes deslocamentos
Retrocessos
Cruzamentos

 Uma movimentação corresponde a um desperdício


porque induz custo sem beneficio para o produto
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Estudo das implantações
Atividades que envolvem movimentação de materiais e
pessoas

 Transporte de materiais do armazém para a oficina


 Transporte de materiais entre postos de trabalho, entre
oficinas ou entre sistemas produtivos
 Cargas ou descargas de veículos de transporte
 Deslocações de operários à ferramentaria
 Deslocações dos montadores para procurar e transportar as
peças e componentes para a montagem
 …

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Objetivos do estudo das implantações
 Fluxo:
 Racional (lógico e com sequencia ordenada)
 Progressivo (sem retorno)
 Limpo (sem obstrução)
 Flexibilidade (capacidade para absorver alterações/variações)

Uma boa implantação provocará:


 Uma utilização mais eficiente das instalações e do
equipamento
 Uma economia de mão de obra
 Uma redução do ciclo de produção
 Uma maior flexibilidade dos meios de produção

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Estudo das implantações
Uma implantação deficiente provocará:
Ineficácia na laboração da fábrica devido a :
 Pouca eficiência na utilização da MO qualificada
 Fadiga inútil em transportes desnecessários
 Dificuldade no controlo da progressão da produção
 Paragens no fabrico por falta de materiais, ferramentas ou
consumíveis
Aumento do tempo de produção e do custo dos produtos
devido:
 Custos inúteis com transportes desnecessários
 Aumento dos “em curso” de fabrico
 Aumento dos tempos de espera e de transporte
 Aumento dos custos com controlos e verificações desnecessárias
 Sobre-investimento em equipamento
 Maior probabilidade de existência de acidentes e imprevistos

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Implementação dos meios de produção

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Tipologia das implantações
 Posições fixas – o produto não se move, são os meios
de produção que se deslocam à medida que são
necessários (construção civil, naval, etc.) Produção
unitária e contínua.

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Tipologia das implantações
 Implantação por produto – os meios dispõem-se de
acordo com as necessidades de fabrico do produto
Pontos fortes:
• Grande ocupação do pessoal e do
equipamento
• Baixos custos de movimentação
de materiais
• Stocks nulos de produtos em vias
de fabrico
• Planeamento da produção mais
simplificado
Pontos fracos:
▪ Sistema inflexível
▪ Equipamento especializado de alto
custo
▪ Operações independentes
▪ Tarefas monótonas

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Layout por produto

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Tipologia das implantações
 Implantação por processo – os meios de tipo semelhante
são agrupados e os produtos a fabricar movem-se de, um
grupo para o outro de acordo com a sequencia operatória
relativa a cada um. Adequado à produção em lotes (>3000).
Pontos fortes:
• maior flexibilidade,
• equipamento universal,
• menor vulnerabilidade a alterações
do volume de produção,
• maior motivação dos trabalhadores

Pontos fracos:
• difícil movimentação de materiais,
• MO qualificada,
• reduzida ocupação de equipamentos,
• gestão da produção mais complexa

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Layout por processo

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Tipologia das implantações
 Células de fabrico: implantação por processo, em que num dado grupo
de trabalho se tem implantação em linha, podendo ser em U em V ou em L
 Utiliza-se quando existem trajetos diferentes de peças diferentes. Podem
originar maiores investimentos, mas aumenta-se bastante a eficiência.
Melhora significativamente a qualidade autocontrolo
 Os operadores são utilizados a 100%

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Tipologia das implantações

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Arranjo fisico e dimensões volume - variedade

Variedade
FLUXOS INTERMITENTES

ARRANJO FÍSICO
POSICIONAL

ARRANJO FÍSICO
POR PROCESSO

ARRANJO FÍSICO
CELULAR

ARRANJO FÍSICO
POR PRODUTO

Volume FLUXOS CONTÍNUIOS


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Implementação dos meios de produção
A implantação dos meios de produção deve obedecer a
uma lógica que permita separar devidamente as oficinas.
1. Identificar entre todos os meios de
produção ilhas de produção o mais
independente possíveis
2. Implantar cada ilha identificada, utilizando a
seguinte metodologia:
1. Procurar uma implantação em linha
2. Por defeito , aproximar as máquinas entre as
quais circula um grande volume de trafego
3. Por defeito, implantar a ilha em secção
homogénea

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Metodologia do Estudo das Implantações
Documentos a reunir
 As plantas, á escala dos locais e instalações

 Catalogo dos produtos fabricados pela empresa

 Nomenclaturas dos produtos

 Gamas de fabrico dos produtos

 O programa de fabrico da empresa (quantidades, cadencias)

 Características das maquinas e postos de fabrico

 Características doas meios de movimentação

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Representações gráficas
 Macrografia: esta representação distingue apenas as grandes funções
operatórias do fluxo das peças

Cartografia geográfica - Esta representação


posiciona as sucessivas operações do fluxo das
peças numa planta do lay-out fabril

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Fluxograma operatório
 Permite esquematizar a sequencia das operações
necessárias para fabricar um produto

Pesquisar software de fluxograma – elaborar um fluxograma


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Gráfico de circulação
Este gráfico representa com cores
diferentes os vários fluxos, permitindo
visualizar:
▪ A extensão dos circuitos
▪ A complexidade dos fluxos
▪ A logica da implantação
▪ Os locais de armazenamento
▪ Os pontos de inversão
▪ As deslocações desnecessárias ou
demasiado extensas
▪ A necessidade das movimentações

Pesquisar software de implantação de instalações de


produção
http://www.dsidsc.com/manufacturing-industrial.asp

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Análise do Processo

É mais exata do que o


fluxograma porque se
focaliza no fabrico de um
produto. Alem da discrição
das operações, apresenta
informações de distancia,
tempo, quantidade, peso

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Microcartografia dos fluxos

São esquematizadas as
sequencias operatórias,
as movimentações e
stocks, sendo
normalmente utilizada
para uma primeira
análise das capacidades
dos postos de trabalho,
sistemas e áreas de
stockagem vizinhas,
distancias percorridas,
tempos tecnológicos, de
controlo, etc.

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Síntese de informação a constar no quadro
de dados cartográficos

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Metodologia para a realização de uma
cartografia dos fluxos - inicio
1. Caracterizar os produtos observados:
Famílias, referencias, peças aprovisionadas, peças faricadas, etc.
2. Determinar os limites do estudo:
Departamento, secção, linha de fabricação delimitados por fronteiras físicas
3. Recolher os dados fundamentais:
Horário de trabalho, cadencias, tempos necessários, tempo afetado, numero
de operadores, numero de clientes, numero de fornecedores, etc

Resultados:
Uma macrocartografia
Uma cartografia geográfica
Um quadro de dados fundamentais

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Documentação do fluxo
1. Seguir o caminho percorrido pelas peças:
Pode-se começar a partir do inicio das operações, acompanhando o fluxo das
peças durante todo o troço que se pretende analisar.
2. Estabelecer uma folha de análise cartográfica:
As operações são separadas umas das outras e distinguidas segundo a sua
classificação: valor acrescentado, transporte, manuseamento, stockagem,
controlo ou operações diversas
3. Quantificar as operações a partir dos dados recolhidos no
terreno:
distancias, quantidade por embalagem, tempos das operações

Resultados:
Uma folha de análise completada
Um quadro síntese para o fluxo analisado

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Realização da cartografia de fluxos
1. Realizar o esquema cartográfico para cada fluxo analisado:
Desenha-se o fluxo utilizando-se a sucessão dos símbolos das diferentes
operações. Juntam-se os dados quantificados necessários á compreensão da
microcartografia: distancias, quantidades, tempos, embalagens, meios de
transporte, etc.
2. Reunir as varias microcartografias num esquema global
A partir dos pontos de junção das diferentes ramificações de fluxos de peças,
pode-se reconstruir integralmente o fluxo, fazendo reunir as varias
microcartografias
3. Criar uma folha de comentários eventuais sobre as várias
recolhas efetuadas
Comentários sobre os meios utilizados, sobre a organização, a limpeza do
locais, a arrumação, os movimentos dos operadores, etc.

Resultados:
Um sinóptico micrográfico do fluxo analisado
Os tempos de transformação e de escoamento para o fluxo global

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Medição dos resultados
 Tempo de escoamento=∑tempos de todas as operações do fluxo

σ 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜𝑠 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çõ𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜


 Eficiência do processo= X100%
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

 Stock em curso=∑ quantidades de todas as operações de stockagem

 Distância média percorrida= ∑ distancias das operações de transporte


e de manuseamento

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Exploração da cartografia de fluxos
 Análise das informações obtidas:
 Qual a impressão geral que se obtém a partir da análise dos
resultados?
 O numero de manuseamentos?
 As quantidades em stock?
 O tempo de escoamento?
 As áreas ocupadas?
 Simplificação e melhoria
Estudar as operações que se podem eliminar, combinar, permutar,
melhorar, reduzir, etc.

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Estabelecer nova cartografia

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Simplificação dos fluxos de produção
 Problemas típicos
 Prazos de produção extremamente longos (tempos de
escoamento longos);
 Stocks em curso elevados;
 Manuseamentos excessivos das peças ao longo do
processo produtivo;
 Percursos extensos e complexos;
 Elevado número de peças defeituosas
 Planeamento complexo da fabricação

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Simplificação dos produtos- células de produção

 Agrupar máquinas que se encontrem dispersas em secções homogéneas,


em pequenas unidades de acordo com o fluxo de produção
 Layout funcional: pequenos volumes; muitas referencias
 Layout em linha: grandes volumes de produção; poucas referencias

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Considerações sobre as células de produção

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Considerações sobre stockagem e
alimentação das células/linhas

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Considerações sobre a focalização dos serviços
de apoio

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Considerações sobre a instalações e
corredores fabris

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Considerações sobre a localização das várias
secções ou células

Considerações diversas

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Trabalho
 Construir Layout fabril

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