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Energia Solar

Parte 1 - Introdução e Recurso Solar


Energia Solar Térmica

O efeito fototérmico consiste na captação da Irradiação Solar


e conversão direta em calor. É o que ocorre com os Sistemas de
Aquecimento Solar que uilizam os Coletores Solares como disposiivo
de captação energéica.
Os Sistemas de Aquecimento Solar estão difundidos no Brasil,
principalmente devido à sua tecnologia mais simples e aos bons
preços. São óimos complementos aos sistemas fotovoltaicos, pois
fornecem de maneira eicaz e barata, a energia necessária ao
aquecimento da água para uso sanitário, aquecimento de piscinas e
climaização ambiente.
Energia Solar Térmica

O efeito fototérmico consiste na captação da Irradiação Solar


e conversão direta em calor. É o que ocorre com os Sistemas de
Aquecimento Solar que utilizam os Coletores Solares como
dispositivo de captação energética.
Os Sistemas de Aquecimento Solar estão difundidos no Brasil,
principalmente devido à sua tecnologia mais simples e aos bons
preços. São ótimos complementos aos sistemas fotovoltaicos, pois
fornecem de maneira eficaz e barata, a energia necessária ao
aquecimento da água para uso sanitário, aquecimento de piscinas e
climatização ambiente.
Energia
Solar
Térmica
Energia Solar Fotovoltaica

O efeito fotovoltaico, consiste no aparecimento de uma


diferença de potencial nos extremos de um semicondutor, quando
esse absorve a luz visível.
São incontestáveis as vantagens da energia solar fotovoltaica:
• A matéria prima é inesgotável
• Não há emissão de poluentes durante a geração da eletricidade
• Os sistemas podem ser instalados em todo o globo
Energia Solar Fotovoltaica

Infelizmente a energia solar fotovoltaica tem suas deficiências:


• A densidade (o luxo de potencial que chega à superfície terrestre) é pequeno
(<1kW/m²), se comparado às fontes fósseis.
• A energia solar disponível em uma localidade varia sazonalmente, além de ser
afetada pelas condições climatológicas.
• Os equipamentos de captação e conversão requerem investimentos financeiros
iniciais mais elevados que os sistemas convencionais.
O baixo luxo de potencial solar requer grande área captadora, para obter
maiores potências. A variabilidade da Irradiação Solar implica no uso de sistemas
de armazenamento, que são, em geral, pouco eficientes. Já o alto investimento
inicial, leva a considerar a viabilidade econômica de um projeto, tendo em conta
sua vida útil e todas as vantagens da utilização dessa forma de energia.
Energia Solar Fotovoltaica

Infelizmente a energia solar fotovoltaica tem suas deficiências:


• A densidade (o luxo de potencial que chega à superfície terrestre) é pequeno
(<1kW/m²), se comparado às fontes fósseis.
• A energia solar disponível em uma localidade varia sazonalmente, além de ser
afetada pelas condições climatológicas.
• Os equipamentos de captação e conversão requerem investimentos financeiros
iniciais mais elevados que os sistemas convencionais.
O baixo luxo de potencial solar requer grande área captadora, para obter
maiores potências. A variabilidade da Irradiação Solar implica no uso de sistemas
de armazenamento, que são, em geral, pouco eficientes. Já o alto investimento
inicial, leva a considerar a viabilidade econômica de um projeto, tendo em conta
sua vida útil e todas as vantagens da utilização dessa forma de energia.
Sistemas Fotovoltaicos

Um sistema fotovoltaico é uma fonte de potência elétrica, na


qual as células fotovoltaicas transformam a Radiação Solar
diretamente em energia elétrica.
Os sistemas fotovoltaicos podem ser implantados em
qualquer localidade que tenha radiação solar suficiente. Sistemas
fotovoltaicos não utilizam combustíveis, não possuem partes
móveis, e por serem dispositivos de estado sólido, requerem menor
manutenção.
Durante o seu funcionamento não produzem ruído acústico ou
eletromagnético, e tampouco emitem gases tóxicos ou outro tipo de
poluição ambiental.
Classificação dos
Sistemas
Fotovoltaicos
Componentes de Um
Sistema Fotovoltaico
Autônomo
Sistemas Conectados à Rede (On-Grid)

Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede fornecem


energia para as redes de distribuição. Todo o potencial gerado é
rapidamente escoado para a rede, que age como uma carga,
absorvendo a energia.
Os sistemas conectados à rede, também chamados de on-
grid, geralmente não uilizam sistemas de armazenamento de
energia, e por isso são mais eicientes que os sistemas autônomos,
além de, geralmente, serem mais baratos.
Os sistemas On-Grid dependem de regulamentação e
legislação favorável, pois usam a rede de distribuição das
concessionárias para o escoamento da energia gerada.
Sistemas
Conectados à Rede
(On-Grid)
Componentes do
Sistema On-Grid
Geometria Solar
A terra, em seu movimento anual em torno do sol descreve uma
trajetória elíptica com uma pequena excentricidade. O seu eixo, em
relação ao plano normal à elipse apresenta uma inclinação de
aproximadamente 23,45o.
Essa inclinação, juntamente com seu movimento de translação, dá
origem às estações do ano.
Resultante da inclinação do eixo, verificam-se:
• Dias mais longos, por exemplo, no hemisfério sul durante o solstício de verão
e mais curtos no solstício de inverno.
• No equador a duração dos dias é sempre igual ao longo do ano, e regiões
próximas apresentam pouca diferença.
• Nos equinócios a duração dos dias é a mesma pra todas as localidades.
Geometria
Solar
Irradiação Solar
O termo “radiação solar” é usado de forma genérica e pode ser
referenciado em termos de fluxo de potencia, quando é especificamente
denominado em termos de energia por unidade de área, chamamos de
irradiação solar.
A irradiação solar que atinge a Terra, no topo da camada
atmosférica é denominada irradiância extraterreste. A constante solar (G0)
é definida como a irradiância extraterreste que chega sobre uma
superfície perpendicular, e tem valor aproximado de 1367 W/m2.
A partir dela, pode-se determinar a irradiância efetiva (G0,ef), com
base no período do ano, como exemplificado na figura.
Irradiação Solar

G0,eff G0
Medindo o Potencial Solar
A medição da radiação solar, tanto da global como das componentes
direta e difusa, na superfície terrestre é de grande importância para o
estudo das influências das condições climáticas e atmosféricas, como
também para o desenvolvimento de projetos que visam a captação e a
conversão da energia solar.
Desta forma, o conhecimento do recurso solar é a variável de maior
peso para o desenvolvimento de um projeto de sistema de aproveitamento
da energia solar, sendo necessária a obtenção de dados de medição para:
• Identificação e seleção da localização mais adequada para instalação do sistema
fotovoltaico;
• Dimensionamento do gerador fotovoltaico;
• Cálculo da produção de energia anual, mensal ou diária;
• Estabelecimento de estratégias operacionais e dimensionamento do sistema de
armazenamento
Medindo o Potencial Solar

Existem dois instrumentos comumente utilizados para a mensuração


da irradiação solar: o piranômetro e o pireliômetro, o primeiro para
medidas da irradiação global e o segundo para medidas da irradiação
direta.
Existem dois tipos principais de piranômetro: piranômetro
termoelétrico e piranômetro fotovoltaico.
O piranômetro termoelétrico, utilizado para medir a irradiância
solar global (direta + difusa), normalmente no plano horizontal (campo
hemisférico).
Piranômetro
termoelétrico
Medindo o Potencial Solar

O piranômetro do tipo fotovoltaico (FV), apresenta como vantagem


custo muito mais baixo e como desvantagem o fornecimento de medidas
com menor precisão.
A principal origem da imprecisão deste tipo de piranômetro é a sua
resposta espectral, introduzindo incertezas que podem chegar a 5 % em
relação ao piranômetro termoelétrico.
Porém, sua vantagem inerente é o tempo de resposta praticamente
instantâneo e linear com a irradiância.
Piranômetro
fotovoltaico
Medindo o Potencial Solar

O pireliômetro é um instrumento utilizado para medir a irradiância


direta com incidência normal à superfície. A irradiância difusa é bloqueada
instalando-se o sensor termoelétrico dentro de um tubo de colimação com
paredes enegrecidas e apontado diretamente ao Sol.
O instrumento caracteriza-se por apresentar uma pequena abertura
de forma a "visualizar" apenas o disco solar e a região vizinha denominada
circunsolar. O sistema de medição da irradiância direta com o uso do
pireliômetro pode ser com o rastreamento solar em 1 ou 2 eixos, sendo a
escolha determinada pela análise da relação de custo-benefício em uma
utilização particular
Pireliômetro
Medindo o Potencial Solar

Os instrumentos de medição da radiação solar global, direta e


difusa são classificados conforme a sua precisão.
De acordo com a norma ISO 9060, os instrumentos são classificados
em três categorias: padrão secundário, primeira classe e segunda classe.
Segundo a WMO (World Meteorological Organization), os
instrumentos podem ser classificados em: alta qualidade (erro máximo de
2 % admitido na irradiação diária), boa qualidade (5 %) e qualidade
razoável (10 %).
Medindo o Potencial Solar

No Brasil temos dois principais estudos sobre a radiação solar em


território brasileiro:
• o “Atlas Solarimétrico do Brasil” – produzido pelo CRESESB (Centro de Referência
em Energia Solar e Eólica Sergio de Salvo Brito);
• e o “Atlas Brasileiro de Energia Solar” – produzido pela Universidade Federal de
Santa Catarina em conjunto/para com o Projeto SWERA.
Os dois estudos são complementares e mostram as variações na
radiação captada na superfície do território brasileiro ao longo de um ano.
Atlas Brasileiro de Energia
Solar
Bases de Dados Solarimétricos

Para o correto dimensionamento de um SFV, é necessário conhecer


os valores dos dados de radiação solar incidentes no local da instalação e
no plano dos módulos.
Existem informações que podem ser acessadas pela internet, além
de publicações especializadas.
Entretanto, as medições sistemáticas devem ser continuadas, para
garantir a composição de séries históricas contendo dados cada vez mais
confiáveis e com mais detalhes.
Bases de Dados Solarimétricos

A. Informações a partir de medições de superfície


Dados meteorológicos compilados em médias mensais de 30 anos
(entre 1961 e 1990) são apresentados na publicação denominada Normais
Climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia.
Dentre os dados desta publicação inclui-se o valor médio do número
de horas de insolação, através do qual se pode estimar a irradiação solar.
Informações dos valores diários do número de horas de insolação em média
mensal podem ser acessadas pela internet no site do INMET – Instituto
Nacional de Meteorologia, www.inmet.gov.br.
Bases de Dados Solarimétricos
A. Informações a partir de medições de superfície
Novas compilações de dados permitiram a edição do Atlas
Solarimétrico do Brasil, o qual estima a irradiação solar no país a partir da
interpolação e extrapolação de dados obtidos em estações meteorológicas
distribuídas em vários pontos do território nacional.
A rede SONDA (Sistema de Organização Nacional de Dados
Ambientais) disponibiliza dados de um número limitado de estações para
determinados períodos de tempo, os quais podem ser acessados na página
http://sonda.ccst.inpe.br.
A rede foi implantada em 2004 e tem como principal objetivo o
estabelecimento de uma infraestrutura física e de recursos humanos
destinada à montagem e melhoramento da base de dados de superfície
necessária ao levantamento dos recursos de energia solar e eólica no Brasil
e consequente planejamento de seu uso.
Bases de Dados Solarimétricos
B. Informações a partir de medições por satélites
O primeiro produto resultante da utilização de modelos que utilizam
imagens de satélite para estimar a irradiação solar no Brasil foi o Atlas de
Irradiação Solar no Brasil utilizando um modelo físico de transferência da
radiação solar através da atmosfera denominado BRASIL-SR.
Em 2006 foi publicado o Atlas Brasileiro de Energia Solar, com o
mesmo modelo aperfeiçoado e utilizando imagens de mais satélites.
Essa publicação compara dados de irradiação diária medida na
superfície com os dados equivalentes estimados pelo modelo e encontra
um desvio médio entre 5 % e 7 %, mostrando uma pequena superestimativa
nos resultados do Atlas
Bases de Dados Solarimétricos
B. Informações a partir de medições por satélites
Mapas e dados compilados sobre a irradiação solar no Brasil no
Programa SWERA podem ser encontrados na página:
http://swera.unep.net/.
Nesse local podem ser acessados os dados e mapas referentes ao
Atlas Brasileiro de Energia Solar e dados da América Latina desenvolvidos
pelo NREL (National Renewable Energy Laboratory do Departamento de
Energia dos Estados Unidos) e disponíveis para cada mês com índices de
latitude e longitude.
Bases de Dados Solarimétricos

B. Informações a partir de medições por satélites


Outro banco de dados com base na análise de dados de muitos
satélites é o SSE da NASA, (Surface Meteorology and Solar Energy), que
pode ser acessado pela página: http://eosweb.larc.nasa.gov/sse/.
Este banco de dados permite acessar valores médios da irradiação
solar em qualquer localidade do mundo, em uma resolução de 1° x 1° de
latitude e longitude, fazendo uso de dados coletados ao longo de 22 anos.
Bases de Dados Solarimétricos

B. Informações a partir de medições por satélites


Mais uma opção de obtenção de dados com origem em imagens de
satélites é a página http://www.soda-is.com/, onde há produtos à venda,
mas também há dados gratuitos, com geração de séries de radiação solar.
Programas computacionais para acessar e
tratar dados de irradiação solar
As bases de dados geralmente contém dados da radiação solar sobre
uma superfície horizontal, mas os painéis dos SFV são geralmente
instalados em planos inclinados com diferentes orientações.
Além disto, há programas que utilizam algoritmos adequados para
sintetizar computacionalmente sequências de dados meteorológicos que,
na ausência de dados sequenciais medidos, podem alimentar programas de
simulação computacional de sistemas fotovoltaicos em operação.
Programas computacionais para acessar e
tratar dados de irradiação solar
O programa SunData, desenvolvido pelo Cepel, é uma ferramenta
para apoio ao dimensionamento de um SFV. O mesmo é baseado no banco
de dados CENSOLAR (além de outras fontes), contendo valores de
irradiação diária média mensal no plano horizontal para cerca de 350
pontos no Brasil e em países limítrofes.
O SunData apresenta os dados mensais para planos inclinados em
três ângulos de inclinação, orientados para o Equador.
Para saber a irradiação solar global diária média mensal de uma
localidade basta entrar com as suas coordenadas geográficas. Esse
programa pode ser acessado através da página do Cresesb:
www.cresesb.cepel.br.
Programas computacionais para acessar e
tratar dados de irradiação solar
O programa RADIASOL 2, desenvolvido no LABSOL da UFRGS, permite
que o usuário defina o ângulo de inclinação e o ângulo de orientação
azimutal do plano dos módulos. O usuário deve entrar com dados de
irradiação diária em média mensal sobre um plano horizontal e dados de
temperatura em base mensal (ou utilizar dados incorporados na instalação
do programa) e selecionar a localização e orientação do plano em estudo.
O programa então sintetiza dados horários de irradiação global,
divide esses dados em valores de radiação direta e difusa para cada hora
ao longo de um ano, e calcula a irradiação horária sobre o plano inclinado.
Programas computacionais para acessar e
tratar dados de irradiação solar
Como resultado, é possível observar em gráfico ou exportar dados
mensais ou horários de radiação solar e suas componentes direta e difusa e
dados de temperatura ambiente necessários para uma simulação.
Quando o usuário não possui os dados mensais de um local de
interesse, pode buscar no banco de dados incorporado ao programa, o qual
contém dados do Atlas Solarimétrico, e do programa SWERA, e utilizar
ferramentas de interpolação ou de busca pelos dados do Atlas Brasileiro de
Energia Solar através do posicionamento do mouse sobre o mapa.
O programa RADIASOL 2 está disponível para download gratuito na
página: www.solar.ufrgs.br.

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