Você está na página 1de 9

A orientação pelo Sol

1) Utilizando a posição do Sol


nascente

Conhecer os Pontos Cardeais é muito importante para quem está


começando a estudar as belezas do Universo, porque eles podem nos
ajudar a encontrar os astros. Do mesmo modo, as pessoas que já
conhecem os astros podem utilizá-los para encontrar os Pontos
Cardeais. Aqui você vai aprender o que fazer para se orientar com a
ajuda do Sol e achar essas direções especiais conhecidas como Norte,
Sul, Leste e Oeste, geralmente definidas por pontos sobre a linha do
horizonte ou por setas que partem horizontalmente de onde você estiver
(sua rosa-dos-ventos).

A primeira coisa que você deve saber é que o Sol NÃO NASCE todos os
dias no mesmo lugar do horizonte. Apesar disso, alguns livros escolares
ainda insistem em dizer o contrário. Se seu livro for um desses que
ensinam errado, pegue um lápis, sublinhe a frase incorreta e faça uma
anotação na margem para que outras pessoas que o leiam não sejam
enganadas. Mostre para sua professora e, quando você tiver um
tempinho, escreva uma carta aos autores e editores do livro, para que
eles fiquem sabendo sobre o erro e possam fazer a correção na próxima
edição.

A maneira mais gostosa de você aprender alguma coisa é participando


de uma atividade prática, de preferência com um grupo de amigos,
mesmo que ela demore um pouco para ser completada, como neste caso.
Para acreditar que o Sol não faz o que está escrito em alguns livros, é
bom que você veja isso acontecer. Depois que a Natureza tiver lhe dado
uma aula maravilhosa, nenhuma pessoa nem nenhum livro do mundo
irão fazer você acreditar que o Sol nasce sempre no mesmo lugar.
Então, prepare-se para realizar seis meses de observações, no mínimo.
Prepare-se ainda mais, porque você pode ter sérios problemas em sua
escola, principalmente quando for fazer provas sobre este assunto.
Oops!

Você deve começar pela escolha de um lugar especial, de onde possa ver
bem o horizonte para o lado onde o Sol nasce, onde fica o Leste. Se sua
casa ou apartamento tiver uma janela que dê uma boa visão do
nascente, é sempre a partir dela que você deverá fazer suas observações.
Se não tiver outro jeito, use um local fora de casa (como uma praça bem
aberta) e escolha um ponto fixo nele. Nunca mude de lugar quando for
olhar o dia raiar, porque isso vai atrapalhar seu teste. A razão é
simples: quando nos deslocamos, nós "carregamos" o Sol conosco e
fazemos com que a posição dele sobre o horizonte mude (você já viu isso
acontecer quando estava passeando de carro?). Então, para ter a
certeza de que é mesmo o Sol que está nascendo em um lugar diferente,
você vai ter de olhar sempre do mesmo lugar, que nós vamos chamar de
Posto Fixo de Observação, ou simplesmente PFO.

Na figura 1 está o que você deve ver durante o teste. Ela mostra uma
grande faixa onde o Sol pode nascer. Ele nunca nasce fora dessa região
que nós vamos chamar aqui de Faixa Leste. Note que algumas datas são
especiais, porque nelas o Sol passa por uma extremidade ou pelo centro
exato da faixa. Dizemos que ocorre um solstício quando o Sol nasce
numa das extremidades daquela faixa e um equinócio quando o Sol
nasce no centro dela. Essas posições do Sol têm tudo a ver com as
estações do ano, porque os solstícios acontecem quando o Sol está
passando sobre um trópico (Câncer ou Capricórnio) e os equinócios
quando ele está passando sobre a Linha do Equador. A tabela abaixo
reúne todas essas informações e muito mais em um só lugar:

Relação da posição do Sol nascente e poente com as estações do ano


Época Fenômeno Posição do Posição do Estação que Estação que Posição do Sol
do ano Sol Sol começa começa sobre o
na Faixa na Faixa no no paralelo
Leste Oeste Hemisfério Hemisfério
Norte Sul
Março Equinócio Centro Centro Primavera Outono Equador
Junho Solstício Esquerda Direita Verão Inverno Trópico de
Câncer
Setembro Equinócio Centro Centro Outono Primavera Equador
Dezembro Solstício Direita Esquerda Inverno Verão Trópico de
Capricórnio
Veja como interpretar cada linha da tabela:

1) Por volta do dia 20 de março temos um equinócio, o Sol nasce


no centro da Faixa Leste e se põe no centro da Faixa Oeste. No
Hemisfério Norte começa a primavera, no Hemisfério Sul começa
o outono e o Sol está sobre a Linha do Equador.

2) Por volta do dia 21 de junho temos um solstício, o Sol nasce na


extremidade esquerda da Faixa Leste e se põe na extremidade
direita da Faixa Oeste. No Hemisfério Norte começa o verão, no
Hemisfério Sul começa o inverno e o Sol está sobre o Trópico de
Câncer.

3) Por volta do dia 22 de setembro temos um equinócio, o Sol


nasce no centro da Faixa Leste e se põe no centro da Faixa Oeste.
No Hemisfério Norte começa a outono, no Hemisfério Sul começa
a primavera e o Sol está sobre a Linha do Equador.

4) Por volta do dia 21 de dezembro temos um solstício, o Sol nasce


na extremidade direita da Faixa Leste e se põe na extremidade
esquerda da Faixa Oeste. No Hemisfério Norte começa o inverno,
no Hemisfério Sul começa o verão e o Sol está sobre o Trópico de
Capricórnio.

Você pode começar a olhar o nascer do Sol em qualquer data, mas é


melhor fazer isso quando o Sol estiver em uma daquelas extremidades, o
que acontece sempre no início do inverno ou no início do verão. Se
escolher uma dessas datas, você vai perceber que em apenas seis meses o
Sol nascente consegue percorrer toda a faixa. Você vai notar que o
ponto do horizonte onde o Sol nasce vai andar para um lado e depois
para o outro, como se fosse um pêndulo balançando. Somente quando
atinge uma extremidade é que ele inverte o sentido de seu movimento.
Depois de 1 ano inteiro, ele retorna para a mesma extremidade do início
de seu teste e terá passado duas vezes por cada ponto intermediário da
faixa, uma na ida e outra na volta. Alguns povos antigos, sabendo disso,
contruíram calendários que eram desenhos do horizonte nos quais eles
marcavam os lugares onde o Sol nascia em datas importantes para suas
vidas. Outros construíram monumentos de pedra que indicavam muito
bem os Pontos Cardeais, os solstícios e os equinócios por meio da
sombra causada pelas diferentes posições do Sol nascente e poente.
Humm!

Para realizar esse teste, você não precisa olhar todos os dias. Se fizer
observações uma vez por mês já vai dar para perceber uma grande
diferença na posição do Sol nascente. Como os equinócios e solstícios
ocorrem por volta do dia 21, você pode, por exemplo, observar o Sol
nascente no dia 21 de cada mês, para que os equinócios e solstícios
façam parte de seu teste. Se começar em um solstício, todo o trabalho
estará concluído depois de seis meses e de somente sete visitas matutinas
a seu PFO. Se o céu estiver nublado em algumas delas, tente novamente
em dias próximos ou na mesma data em outro ano. Você pode bater
uma foto do horizonte visto de seu PFO e marcar as posições do Sol
nascente sobre ela, não esquecendo de anotar as datas correspondentes.
Melhor seria usar uma câmera digital e trabalhar sobre uma cópia
colorida, impressa em tamanho grande, ou editar a imagem
diretamente, usando algum programa de computador.

Tudo isso que você viu aqui até agora foi escrito para você aprender que
o Sol muda muito de lugar ao nascer, para você se acostumar com esse
movimento, encontrar a faixa do Sol nascente e perceber a relação que
ela tem com as estações do ano. Para achar o Leste, a dica é muito
simples: basta olhar para o Sol quando ele estiver no centro da faixa, no
início do outono ou no início da primavera. Somente nesses dois dias do
ano o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Quanto mais longe dessas
datas você olhar, mais afastado do Leste o Sol vai nascer. As piores
datas ocorrem quando o Sol passa pelas extremidades da faixa, porque
o erro se torna máximo (23,5 graus na Linha do Equador e muito mais
se você estiver longe dela). Então, não custava nada os livros didáticos
nos informarem que o método tradicional apresentado para orientação
pelo Sol nascente é aproximado, que só funciona bem nos equinócios e
que o Sol muda de lugar ao nascer.

Depois de encontrar o ponto do horizonte que corresponde à direção


Leste, os outros Pontos Cardeais ficam automaticamente definidos. Para
isso, fique de pé, abra os braços, gire seu corpo e pare quando seu braço
direito apontar para o Leste. Na posição em que você parar, o Norte
estará à sua frente, o Sul às suas costas e o Oeste à sua esquerda. Mas
não se esqueça de que você não pode sair de seu PFO, porque os Pontos
Cardeais que você achou só servem para ele. Se você mudar de lugar,
vai ter de fazer uma nova rosa-dos-ventos, começando tudo do início,
para achar o novo Leste e depois as outras três direções.

Você pode fazer um teste semelhante para encontrar a Faixa Oeste,


usando o mesmo PFO ou outro mais adequado. Os livros não costumam
apresentar a orientação pelo Sol poente, que é mais fácil porque
ninguém precisa acordar cedo. Mesmo sem a explicação detalhada,
tenho certeza de que você vai improvisar muito bem se estudar a tabela
e pensar um pouquinho. Em caso de dúvida, pode perguntar.
2) Utilizando a sombra de uma haste
vertical

Já pensou o que aconteceria se uma pessoa


perdida precisasse esperar pela data do
próximo equinócio para poder desenhar
sua rosa-dos-ventos e encontrar o caminho
de volta para casa? Os métodos da posição do Sol nascente e poente até
que poderiam ser úteis, mas, dependendo da época do ano, talvez não
tivessem a precisão desejada. Por causa disso, você vai aprender agora
um outro método para encontrar os Pontos Cardeais, que pode ser feito
em qualquer época do ano, com melhor precisão nos solstícios.

Observando o Sol fazer seu movimento aparente de um lado para outro


no céu, você vai notar que ele começa no horizonte Leste e vai até o
horizonte Oeste. Por volta do meio-dia (pelo relógio), ele atinge a
posição mais alta, que em geral não coincide com o ponto do céu que
fica exatamente sobre sua cabeça, chamado Zênite. Prestando atenção
na sombra de uma haste vertical durante o dia todo, percebe-se que ela
fica enorme quando o Sol está perto do horizonte e com tamanho
mínimo quando o Sol está mais no alto do céu. A dica que
aproveitaremos é que, quando o Sol está alto, aquela sombra mínima da
haste indica a Linha Meridiana, que liga o Norte ao Sul e passa pela
base da haste. Com ela é possível traçar a rosa-dos-ventos completa.

À primeira vista, bastaria esperar o meio-dia chegar para olharmos a


direção da sombra da haste vertical. Porém, temos algumas
complicações: 1) poucas vezes o meio-dia do relógio vai coincidir com o
instante da posição mais alta do Sol; 2) às vezes, a posição mais alta do
Sol pode ser o Zênite (ou um ponto perto dele) e fazer a sombra da haste
desaparecer (ou ficar pequena demais). Para resolver esse problema,
vamos pensar em uma solução que evite a observação direta da sombra
da haste naquele instante do Sol mais alto, que não sabemos exatamente
quando ocorre, porque nossos relógios não nos ajudam nisso.

Imagine que, em um certo dia, o Sol mais alto e a sombra menor


aconteçam exatamente ao meio-dia do relógio. Neste caso, é bem fácil
acreditar, por exemplo, que o tamanho da sombra às 11 horas vai ser
igual ao tamanho dela às 13 horas, não é verdade? O tamanho da
sombra das 9 horas não vai ser igual ao da sombra das 15 horas?
Entendeu esses exemplos? Eles querem dizer que, neste caso, em
horários igualmente espaçados para um lado e para o outro do meio-
dia, as sombras vão ser do mesmo tamanho, embora apontem para
lugares diferentes. Então, precisamos apenas marcar no chão duas
sombras de mesmo tamanho, uma pela manhã e outra à tarde, para
depois marcar uma terceira linha, que fique exatamente no meio das
duas primeiras. Esta última vai ser a Linha Meridiana que estamos
procurando e que faz parte da rosa-dos-ventos. Como as duas sombras
de tamanhos iguais formam um ângulo, a linha que fica no meio delas é
a bissetriz desse ângulo.

Não importa que o instante da menor sombra aconteça um pouco fora


do meio-dia, porque nós não vamos utilizar relógios. Na prática, o que
vamos fazer é escolher um instante qualquer da parte da manhã para
medir a sombra. Depois, à tarde, vamos esperar que a sombra da haste
fique com esse mesmo comprimento. Mas, a fim de evitar de ficar
medindo a sombra da tarde a todo instante, para ver quando ela fica
igual à sombra da manhã, é melhor desenhar uma circunferência no
chão, com centro no pé da haste, e escolher duas sombras que sejam
raios dessa circunferência.

A figura 2 mostra a sombra da manhã e a sombra da tarde ao mesmo


tempo. A circunferência, em vermelho, nos garante que os
comprimentos das sombras são iguais. A Linha Meridiana, desenhada
em azul, é a bissetriz do ângulo entre as sombras. Ela aponta para o
Norte de um lado e para o Sul do outro. Quem chegar até aí, basta
marcar os outros Pontos Cardeais e terminar a rosa-dos-ventos, que vai
ficar centrada no pé da haste.

Leia o resumo para conhecer mais detalhes sobre a orientação pelo Sol:

1) O Sol não nasce todos os dias no mesmo lugar do horizonte. Por


isso, o método de orientação pelo Sol nascente é impreciso na
maior parte do ano, somente funcionando razoavelmente bem nos
equinócios, ou seja, no início do outono e no início da primavera.

2) Nos dias em que o Sol nasce de fato no Leste (equinócios), fica


fácil encontrar a rosa-dos-ventos. Basta ficar de pé com os braços
abertos e apontar o braço direito para o Leste encontrado. O
Norte estará à sua frente, o Sul às suas costas e o Oeste à sua
esquerda, exatamente como os livros didáticos nos ensinam.
3) Quando o Sol nasce no Leste, ele também se põe no Oeste. Do
mesmo modo como se consegue a orientação apontando o braço
direito para o Sol nascente, pode-se obter a orientação apontando
o braço esquerdo para o Sol poente. Seu corpo ficará na mesma
posição do método do Sol nascente, com o Norte também à sua
frente.

4) Quem observar o Sol nascente ou poente por seis meses, a


partir de um solstício, vai se surpreender com o enorme arco
percorrido pelo Sol no horizonte. Foram os povos antigos que
descobriram a relação existente entre esse movimento de balanço
do Sol e as estações do ano. A partir disso, descobriram a duração
do ano e criaram nossos calendários. A palavra solstício significa
Sol parado, em uma citação evidente ao fato de o Sol estar numa
extremidade da faixa e ter de parar para poder voltar em sentido
contrário. Então, milhares de anos depois, por que nos ensinam
que o Sol nasce todos os dias no mesmo lugar? Eka!!!

5) O Sol pode nascer em qualquer ponto de uma larga faixa do


horizonte, mas sempre no lado onde fica o Leste. Do mesmo
modo, o Sol pode se pôr em qualquer ponto de uma larga faixa do
horizonte, mas sempre no lado onde fica o Oeste. Cada uma
dessas faixas corresponde a um arco (ou ângulo) de horizonte no
mínimo igual a 47 graus (para quem estiver no Equador), que
aumenta com a latitude do observador. O Sol nunca nasce nem se
põe fora de sua faixa correspondente.

6) Nos dias em que o Sol nasce e se põe nos centros das faixas
ocorre o fenômeno do equinócio. Nos dias em que ele nasce e se
põe nas extremidades das faixas ocorre o fenômeno do solstício.
Nos equinócios temos um início de outono ou de primavera. Nos
solstícios temos um início de inverno ou de verão. Quando ocorre
um equinócio, o Sol está sobre a Linha do Equador. Quando
ocorre um solstício, o Sol está sobre um dos trópicos.

7) As estações do ano são opostas em hemisférios opostos da


Terra. Por isso, se alguém citar o equinócio de primavera, por
exemplo, deve dizer a qual hemisfério se refere. Por isso foram
adotados neste texto os termos equinócio de março, solstício de
junho, equinócio de setembro e solstício de dezembro, que não
deixam dúvidas e valem para os dois hemisférios.

8) A ordem das estações para o Hemisfério Norte é: primavera,


verão, outono e inverno. Se entendermos que essa escolha foi feita
porque a entrada da primavera é a primeira mudança de estação
que ocorre em cada ano (em março), então, no Hemisfério Sul,
deveríamos dizer que a ordem das estações é outono, inverno,
primavera e verão, porque a entrada do outono é a primeira
mudança de estação que ocorre em cada ano (em março). Por que
somente imitar sem pensar? Vamos mudar!

9) O horizonte de um local de observação costuma ser irregular,


com relevos ou depressões que podem interferir na determinação
do ponto onde o Sol nasce. Alguns lugares podem até mesmo estar
entre grandes montanhas que vão impedir a visualização do
horizonte real e a utilização dos métodos de orientação que usam
o Sol no horizonte.

10) A atmosfera da Terra desvia os raios de luz do Sol,


principalmente perto do horizonte. Assim, mesmo que o horizonte
seja perfeito, o Sol não vai ser visto no lugar em que de fato está.
É sabido que, quando o Sol se mostra por inteiro, parecendo estar
apoiado sobre o horizonte, ele na verdade ainda está um pouco
abaixo do horizonte, sem tocá-lo. Esse fenômeno costuma
mascarar a verdadeira posição onde o Sol nasce ou se põe,
causando um erro que aumenta muito com a latitude do
observador.

11) Um método muito eficaz para a determinação dos Pontos


Cardeais é o da utilização de uma haste vertical fixada em um
solo plano e horizontal. Basta que se encontrem duas sombras da
haste que tenham o mesmo comprimento, uma pela manhã e
outra à tarde. A bissetriz do ângulo formado pelas duas sombras
de mesmo tamanho vai coincidir com a Linha Meridiana, que liga
os Pontos Cardeais Norte e Sul. A partir daí, fica fácil desenhar
toda a rosa-dos-ventos.

12) A sombra de uma haste vertical começa muito grande no


início da manhã, diminui até por volta do meio-dia e depois
aumenta novamente para terminar muito grande no final da
tarde. A sombra mínima coincide com a Linha Meridiana, mas
não ocorre sempre ao meio-dia de nossos relógios. Ela pode ficar
reduzida a um ponto na base da haste nos dias em que o Sol
passar exatamente pelo Zênite do observador, se isto for possível
na região da Terra onde ele se encontra.

13) O melhor modo de usar o método da haste é o seguinte: 1)


observe a sombra da manhã em qualquer instante conveniente; 2)
marque-a sobre o solo; 3) desenhe uma circunferência com centro
na base da haste e raio igual à marca da sombra da manhã; 4)
aguarde até que a ponta da sombra da tarde toque na
circunferência; 5) marque também esta sombra sobre o solo; 6)
encontre a bissetriz do ângulo formado entre as duas marcas de
sombras; 7) use essa bissetriz como a linha Norte-Sul da rosa-dos-
ventos; 8) trace uma linha perpendicular a ela, passando pela base
da haste; 9) use esta outra como a linha Leste-Oeste da rosa-dos-
ventos; 10) complete o desenho da rosa-dos-ventos.

14) Quem tiver condições de calcular o instante de ocorrência da


sombra mínima, pode encontrar a Linha Meridiana diretamente,
pela simples observação da sombra da haste naquele instante. Os
simuladores do céu são programas de computador de uso simples.
Com eles é possível mover o "Sol" (virtual) para o Plano
Meridiano e verificar a hora (do relógio) em que isto acontece
naquela data. O único cuidado é para não escolher uma data em
que o Sol esteja muito alto por volta do meio-dia. O ideal é fazer
no inverno, quando os raios solares estão atingindo o solo de
modo mais inclinado, causando sombras maiores. Na prática,
pendura-se um fio de prumo e, na hora exata, marca-se a posição
da sombra do fio sobre o solo, que será a linha Norte-Sul. Depois,
completa-se a rosa-dos-ventos.

Você também pode gostar