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Escola Básica e Secundária da Bemposta

Curso Profissional de Instrumentista de Cordas e Tecla

Ano letivo 2017/2018

A Imagem do Som

Projeto de Aptidão Profissional

Orientador: Rui Mourinho

Coorientadora: Ana Estevens

Tomás Arsénio n.º9

Portimão, 2018
Escola Básica e Secundária da Bemposta

Curso Profissional de Instrumentista de Cordas e Tecla

Ano letivo 2017/2018

A Imagem do Som

Projeto de Aptidão Profissional

Orientador: Rui Mourinho

Coorientadora: Ana Estevens

Tomás Arsénio n.º9

Portimão, 2018
Agradecimentos
A quem e porque?
Índice
Agradecimentos ............................................................................................................................. 3
Introdução ...................................................................................................................................... 5
Contextualização ............................................................................................................................ 6
Metodologia de Trabalho ............................................................................................................. 10
Capricho Árabe – F. Tárrega ............................................................. Error! Bookmark not defined.
Allemande Suite para Alaúde BWV 996 – J.S. Bach ..................................................................... 12
Schindler’s List – J. Williams ......................................................................................................... 15
Chorô n. º1 – H. Villa-Lobos ......................................................................................................... 16
Conclusão ..................................................................................................................................... 17
Bibliografia ....................................................................................................................................... 18
Introdução
Em que contexto surge o trabalho

O que vai ser abordado

Como vai ser abordado (metodologia resumida)


Contextualização
Este trabalho tem por objetivo criar uma melhor perceção da interpretação do músico sobre
a peça através de imagens e vídeos. De acordo com o Luís Henrique (2011), o som tem dois
significados o fenómeno físico e o fenómeno psicofísico. O som com o significado físico faz
referência à fonte de emissão do som e a propagação do som através do meio, o som psicofísico
refere-se à sensação que esse som provoca no ouvinte. A imagem é a representação visual de
objetos e de pessoas. Esta apresentação tenta unir o som psicofísico com a imagem, usando-a para
representar o som e a interpretação do músico.

A imagem e o som não se encontraram pela primeira vez no cinema, mas sim no teatro
grego da antiguidade, na altura o equivalente ao multimídia consistia na representação feita pelos
atores. Acredita-se que o teatro grego começou no séc. VI a.c. em Atenas. Este estava grandemente
associado ao culto de Dionísio, sendo utilizado no entretenimento do cidadão, e em festas
dionisíacas. Nas peças de teatro, maioritariamente no género da tragédia, o teatro tinha música
onde os coros e outras partes musicais era acompanhados pelo Aulos1, este instrumento esta
diretamente relacionado com o culto de Dionísio, assim percebe-se porque era o Aulo o
instrumento de escolha para os teatros.

(falta a transição para o renascimento – antecedente da ópera – ver a página web sobre a
camerata que me tinhas. )No final do renascimento. A ópera é uma forma de teatro na qual a
música tem um papel fundamental e as personagens não são representadas por atores, mas sim por
cantores já que as falas das personagens não são ditas, mas sim cantadas, com exceção dos
recitativos. Este tipo de espetáculo é normalmente criado por um compositor e um libretista que é a
pessoa que faz os libretos2 das óperas, e é necessário o uso de artes dramáticas, a construção dos
cenários, a criação dos trajes, e raramente a dança. Este género músical é normalmente apresentado
em Casas de ópera e é acompanho por uma orquestra ou por ensembles mais pequenos. Acredita-se
que a ópera começou em 1608 com a obra de Monteverdi (1567-1643) L’Orfeu (1609). Esta foi
uma obra revolucionária (onde recorreram ao uso de) pois viu-se pela primeira vez implementados
maquinaria para produzir efeitos sonoros como a máquina de trovoada e a máquina de vento.

1
O aulo, um instrumento de palheta simples ou dupla, muitas vezes com dois tubos, tinha um timbre
estridente, penetrante, associava-
se ao canto de um certo tipo de poema (o ditirambo) no culto de Dioniso, culto que se crê estar na origem do
teatro grego (Grout & Palisca, 2014, p. 21).
2
É o texto usado para criar as óperas.
Monteverdi utilizou também diferentes registos (de vozes certo?) para representar o inferno, a terra
e o céu, usando um registo grave para o inferno, um registo médio para a terra e um registo agudo
para o céu. Na ópera, ao contrário deste trabalho, é a música serve a narrativa, esta ajuda na
compreensão da peça, sendo ela o maior foco para o público, pois era na encenação onde se
passava a história da ópera. Desta forma este género musical foi uma revolução na forma como
histórias são apresentadas, em contraste às falas dos atores dos teatros que são ditas, as óperas
usavam cantores uma vez que são um género musical que engloba o teatro e a música. Este género
foi explorado por vários compositores, no período clássico Mozart (1756-1791) escreveu várias
óperas como por exemplo a Die Zauberflöte (1879) (A flauta mágica) e o Don Giovanni (1801) já
no período romântico realçamos as óperas La Traviata (1914) Macbeth (1933-70) e de Giuseppe
Verdi (1813-1901). Outro passo evolutivo no género operático ocorreu com o compositor alemão
Richard Wagner (1813-1883). Este acreditava na arte total, ou seja, a conjugação de vários tipos de
arte numa só como. Wagner escrevia o libreto, o qual ele designava “poemas”, compunha a música
das óperas, dirigia a orquestra, encenava a obra e ensaiava os cantores. Ele chegou a construir uma
casa de ópera, a Richard Wagner Festspielhaus em Bayreuth na Alemanha, apenas para apresentar
as suas óperas. Todo este trabalho contribuía para o objetivo de Wagner, combinar todas estas artes
num só. No processo de composição das suas obras este compositor desenvolveu uma assinatura
musical que ele designava por leitmotif. Os leitmotif são pequenos excertos que estão ligados a
uma personagem especifica ou a um objeto e ouvem-se quando estes surgem ou são referenciados
no decorrer da ópera. Na figura 1 podemos observar o leitmotif do objeto anel retirado da ópera Der
ring des Ninbelungen (refererência bibliográfica) de Wagner.

Figura 1- Leitmotif da ópera "Der ring des Ninbelungen, O anel

Este recurso muito utilizado por Wagner nas suas óperas também se verifica em obras de
outros compositores sendo utilizado não só nas óperas, mas também em filmes. O compositor John
Williams (B. 1932) recorre extensivamente aos leitmotif nas bandas sonoras dos diversos filmes
que compôs. Na figura 2 podemos observar o leitmotif associado ao personagem Darth Vader 3 do
filme Star wars (referência bibliográfica)4.

Figura 2- Leitmotif do Darth Vader

Outro elemento importante dentro da perspetiva deste trabalho é a música programática.


Esta existe desde o renascimento onde os compositores escreveram um vasto repertório (exemplo).
Este gênero tenta transmitir musicalmente ideias extramusicais, podendo representar cenas, estados
de ânimo e imagens. Este tipo de música é normalmente utilizado para peças instrumentais, por
isso as óperas e os lieder5 não são considerados peças de música programática. Uma das peças mais
emblemáticas da música programática é a Symphonie Fantastique (1900) de Hector Berlioz (1803-
1869) esta peça retrata várias fantasias mórbidas resultantes do consumo de drogas. Berlioz no dia
estreia da Symphonie Fantastique entregou um texto sobre a peça para dar a conhecer ao público o
conteúdo programático da obra. Muitas vezes os espectadores compreendem o conteúdo
programático das peças através do título, como no La Mer (1909)de Claude Debussy (1862-1918),
mas nem sempre este título será suficiente. Como se pôde verificar na já referida Sinfonia
Fantástica, o compositor Berlioz entregou um texto para explicar a obra, no entanto se o público
não tivesse acesso ao apoio explicativo do texto eles não teriam ideia de tudo o que está por trás da
peça e assim não conseguiriam entender o que levou o músico a fazer a sua interpretação sobre a
mesma, neste caso o maestro e em última instância o que levou o compositor a escrever a obra.
Assim para o público não seria diferente de qualquer oura obra de música absoluta6.

Na nossa ótica a apresentação de uma obra programática deveria ser objeto de uma maior
preocupação com o público já que não será apresentado uma peça qualquer, mas sim uma peça que

3
O antagonista da trilogia original do Star Wars.
4
É uma franquia de filmes de ficção científica criada por George Lucas.
5
É uma canção para piano e voz com letra em alemão.
6
O contrário de música programática;
tenta evocar elementos extramusicais na qual só o texto musical pode não ser suficiente para
conseguir dar ao público os materiais necessários para a compreensão dela. A nossa proposta é
justamente criar um complemento em forma de textos, imagens e/ou vídeos. Esta ideia baseia-se no
cinema mudo.

O cinema mudo, criado em 1895 por Auguste Lumière (1862-1954) e pelo seu irmão Louis
Lumière (1864-1948), consistia na projeção de imagens a preto e branco numa tela branca em salas
de teatro. Tinha como particularidade, a inexistência de uma banda sonora7 ou qualquer outra
forma de som anexo à projeção. As películas eram de curta duração e a ausência de som tinha
implicações a nível da interpretação pois os atores tinham de exagerar a forma que interpretavam as
personagens através de expressões e gestos já que tinham de passar ao público sensações e
emoções. De forma a colmatar a ausência de som um músico acompanhava o filme interpretando
obras músicas já existentes ou improvisando no momento. Nas salas de cinema de pequenas
cidades o filme costumava ser acompanhado por um pianista, mas em cidades grandes esse pianista
era substituído por uma pequena orquestra. Assim os músicos davam sugestões emocionais ao
público e faziam também os efeitos sonoros que fossem necessários. Neste tipo de cinema o
diálogo era transmitido através da mímica feita pelos atores ou através de letreiros também
chamados de intertítulos. Existia dois tipos de intertítulos, os de diálogo que representavam as falas
dos atores e os expositivos, estes explicavam situações que o vídeo por si só não clarificava
suficientemente bem a cena. Alguns dos filmes mais célebres deste género são o Ben-Hur: A tale
of the Christ (Niblo, 1925), The Kid (Chaplin, 1901) e o The Birth of the Nation (Griffith, 1915).

7
Todos os elementos sonoros de um filme, como a música, os efeitos especiais e os diálogos.
Metodologia de Trabalho
A metodologia de trabalho consiste na projeção de vídeo e imagens durante uma
performance ao vivo. O objetivo é usar recursos visuais na forma de projeção de vídeos e imagens
para dar um conteúdo programático às obras e dar um complemento à compreensão do público
sobre a interpretação do músico. A escolha de imagens/vídeos tem como critérios de seleção o
período na qual a obra se insere, o carácter, o estilo, e a nacionalidade do compositor.

Capricho Árabe – F. Tárrega


Francisco Tárrega nasceu em Villa-real em 1852 e morreu em Barcelona em 1909. Foi um
compositor e guitarrista espanhol do período romântico. Escreveu um repertório de grande
relevância para a guitarra e também vários arranjos para o instrumento. (No caso de Tárrega a sua
relevância é maior pois para além do repertório de concerto ele compôs repertório didático e
estabeleceu as bases para a forma como se toca guitarra clássica nos dias de hoje, o banco de apoio
é um dos exemplos pois é atribuído a Tárrega a instituição do uso do banco de apoio. Outro legado
importante é a chamada escola de Tárrega. Como te falei ele teve como alunos músicos de renome
que difundiram esta escola pelo globo, por ex.: Miguel Llobet, Daniel Fortea, Emilo Pujol)

Figura 3- Francisco Tárrega

Um capricho é um estilo de música sem forma fixa, normalmente de carácter alegre,


usualmente rápido e de cariz virtuoso.

O Capricho Árabe relembra os anos turbulentos da história de Espanha da presença do


poder árabe sob a região da Andaluzia. (qual a escala que está constantemente a ser usada no
capricho? Pensa um pouco, se calhar a sonoridade recorda algo? )

Compassos Macroestrutura Tonalidade Observações


c.1 A Ré m Introdução
c.13 B Ré m Tema
c.25 C Dó M
c.35 D Ré M
c.51 A Ré m Tema

As imagens escolhidas para representar esta obra são, na sua maioria, imagens da região da
Andaluzia, que representam a beleza da zona e imagens que que realçam a presença moura na
sociedade, na arquitetura e na arte.

Figura 4-Paisagem da Andaluzia

Figura 5- Presença árabe na região (que monumento é este?)


Breve biografia do compositor muito sintética e eventualmente relevância para a guitarra, Foto

Origem da peça,

Pequena análise

Justificação da escolha das imagens

Allemande Suite para Alaúde BWV 996 – J.S. Bach

Johann Sebastian Bach nasceu em Eisenach em 1685 e morreu em Leipzig em 1750. Foi
um compositor e organista alemão do período barroco. O Bach não teve um grande impacto na
guitarra, mas as transcrições feitas das suas obras por vários compositores já marcaram o repertório
para a guitarra.(Não te refiras a Bach com O BACH, não é correto. Compreendo o que queres dizer
mas não está na melhor forma.:

Bach não compôs nenhuma obra para guitarra no entanto a sua importância histórica
motivou diversos músicos ao longo das várias épocas da história a realizar transcrições das suas
obra. A allemande da suite para alaúde bwv 996 um desses exemplos. )
Figura 6- J.S. Bach

(primeiro explica o que é a suite e depois a allemande) Uma suite é um conjunto de danças
precedidas por uma introdução (prelúdio), este estilo era muito apreciado no Barroco. Todas as
danças costumam ser escritas na mesma tonalidade e costumam ser em forma binária (como era
constituída uma suite? Que danças integram a suite?).

Uma Allemande era uma dança (em que tipo de compasso? , começava geralmente em
anacruza, e como era o seu andamento? Rápido, lento?) muito apreciada na Alemanha do séc. XVI
que ganhou uma grande popularidade em diversos países no resto da europa como na França e na
Inglaterra. No séc. XVII a Allemande passou a ser uma dança estilizada e por isso não era dançada.
Na música a Allemande é a primeira dança de uma suite, sendo apenas precedida por um prelúdio8.

Compassos Macroesrutura Tonalidade Observações


c.1-8 A Mi m -Si M
c.9-??? B Si M – Mi m

As imagens escolhidas para representar esta obra são imagens que representam bailes e
festas da época, que procuram evocar o caráter dançante da obra. Caracterizam também a
arquitetura característica do barroco cheia de ornamentação e assim faz-se uma comparação com a
ornamentação presente na música da época e nesta obra em específico.

(liga o texto às figuras que inseriste. Insere tb exemplos de ornamentação.)

8
Prelúdio: uma introdução em forma livre que por vezes antecedia as suites.
Figura 7 - Baile do período Barroco

Figura 8 - Ornamentação na arquitetura Barroca


Schindler’s List – J. Williams
Compassos Macroestrutura Tonalidade Observações
c.1 A Sol m Tema
c.11 B Sol m
c.15 A1 Dó m
c.25 B1 Dó m
c.30 A2 Sol m
Chorô n. º1 – H. Villa-Lobos
Compassos Macroestrutura Tonalidade Observações
c.1 A Mi m Tema
c.34 B Dó M
c.58 A Mi m
c.90 C Mi M
Conclusão
Bibliografia
Berlioz, H. (1900). Symphonie Fantastique. Leipzig: Breitkopf und Härtel.

Bochmann, C. (2006). A Linguagem Harmónica do Tonalismo: Análises e Exercícios. Lisboa:


Juventude Musical Portuguesa.

Chaplin, C. (Realizador). (1901). The Kid [Filme].

Debussy, C. (1909). La Mer. Paris: Durand & Fils.

Gispert, C. (no date). O Mundo da Música: Grandes Autores e Grandes Obras. Barcelona: Oceano.

Griffith, D. W. (Realizador). (1915). The Birth of the Nation [Filme].

Grout, D. J., & Palisca, C. V. (2014). História da Música Ocidental (6ª ed.). Lisboa: Gradiva.

Harnum, J. (23 de Setembro de 2016). https://ernstchan.com/b/src/1435023095882794.pdf.


Obtido de https://ernstchan.com/b/src/1435023095882794.pdf

Henrique, L. L. (2011). Acústica Musical. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Lohse, J. (30 de Setembro de 2016). http://doublebassguide.com/?page_id=3. Obtido de Double


Bass Guide: http://doublebassguide.com/?page_id=3

Monteverdi, C. (1609). L'Orfeu. Venice : Ricciardo Amadino.

Mozart, W. A. (1801). Don Giovanni. Leipzig: Breitkopf und Härtel.

Mozart, W. A. (1879). Die Zauberflöte. Leipzig: Breitkopf & Härtel.

Niblo, F. (Realizador). (1925). Ben- Hur: A Tale of the Christ [Filme].

Tranchefort, F. R. (2004). Guia da Música de Câmara (1ª ed.). Lisboa: Gradiva.

Verdi, G. (1914). La Traviata. Milan: G. Ricordi & C.

Verdi, G. (1933-70). MacBeth. Milan: G. Ricordi.

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