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Realismo Poético Francês

Contexto Histórico
Década de 1930, terminando em 1939, mas com alguns filmes que só foram finalizados
após a 2ª Guerra Mundial.
Pessimismo pós 1ª Guerra Mundial e Crise de 1929, com a quebra da bolsa. A França
estava com a realidade socioeconômica abalada. Após o fim da euforia das vanguardas, se
opunha a elas pela estética, técnica e linguagem.
Superação da dominação das grandes produtoras, a Pathé-Frères e a
Gaumont-Franco-Film-Aubert, dando maior liberdade aos cineastas. Se iniciava também
uma política de evitar o cinema estrangeiro, após o cinema estadunidense dominar as salas
durante a guerra.
O cinema enfrentava a censura que foi estabelecida em 1919.

Influências
Literatura realista e naturalista do séc. XIX. Os franceses Stendhal, Gustave Flaubert,
Balzac, Guy de Maupassant, Victor Hugo, Eugène Sue e Émile Zola, e os estrangeiros
Dostoievski e Gorky.
Técnicas do impressionismo e surrealismo de Germaine Dulac e Jean Epstein, que usavam
metáforas para ilustrar realidades duras.
Naturalismo do diretor Erich von Stroheim, que trouxe tipos populares como personagens
principais.

Características do Movimento
Ainda na 1ª metade da década se faziam muitos filmes mudos na França, mas já era o
início do cinema falado, por isso foram importantes o roteiro e os diálogos. Isso permitiu
entender a psicologia dos personagens e obrigou os atores a se adaptarem. A maioria foi
encontrada no teatro, o que fez com que a época ficasse conhecida como “teatro filmado”
(théâtre filmé). O som se tornou um dos elementos centrais. René Clair foi um dos primeiros
franceses a usar o som de maneira habilidosa em “Sob os Tetos de Paris". O intuito dele
com seu primeiro filme falado era animar, com músicas, a classe média parisiense. Isso
também obrigou a padronização de projeção em 24 FPS, melhorando a qualidade.
Com o som, a produção de filmes franceses aumentou, a partir de 1931 foram mais de 100
filmes anuais até o fim da década. Como o processo encareceu, cineastas não puderam
mais financiar seus próprios projetos, assim, o cinema francês se tornou industrial.
A 1ª fase foi uma resposta à ascensão fascista. O ambiente social era imprescindível para a
sequência de eventos. Já na 2ª, o fascismo já havia avançado e os personagens eram
delinquentes e desertores, além de se tornarem mais autocentrados
O Partido Comunista Francês foi o 1° a chamar cineastas para suas ações políticas. Em
1935 foi inaugurada a Alliance du cinéma indépendant, para defender a cultura artística do
país. Sua 1ª produção foi “A Vida é Nossa” de Jean Renoir em 1936, financiado pelo Partido
Comunista. A ACI virou a Ciné-Liberté. La marseillaise foi considerado o filme da Frente
Popular, simbolizando a mobilização das pessoas.
Linguagem poética, combinando realismo e estilo lírico. Simbolismo sugestivo.
Atmosfera fatalista e sombria criada por luz e decoração impressionistas. Era artificial.
Grande parte era gravada em estúdios para obter ótimas condições de iluminação e
cenografia.
Melodrama (românticos e policiais) com fundo trágico. As temáticas focavam na classe
trabalhadora e nas pessoas à margem da sociedade. Protagonistas eram anti-heróis ou
estavam em busca da liberdade longe da realidade. Ainda assim, estavam em busca do
amor.
Montagem descontínua, com saltos que obrigam o espectador a pensar nas relações
construídas.
Teve seu fim com a invasão nazista e o início da 2ª Guerra Mundial.
Muitos cineastas deixaram o país, Duvivier, René Clair e Jean Renoir se mudam pros EUA
e Feyder pra Suíça.
Feyder lança seu último filme antes da guerra, “Quermesse Heróica” (1935), que foi proibido
por Goebbels em 1939. Após sair da França, os filmes dele não deram muito certo, ele se
apagou no momento em que a escola ia triunfar.
“A Regra do Jogo” também foi proibido pela censura militar, considerado atentatório à moral
da nação.
Mesmo depois da libertação, não haviam mantimentos, carvão e películas, por isso a
produção de filmes parou por 6 meses. Alguns filmes foram resgatados e finalizados.

Principais Diretores
JEAN RENOIR (1894 - 1979)
Filho do pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir, para quem foi modelo durante a
infância.
Muito do interesse de Renoir pelo cinema veio na época do pós guerra. Com um ferimento
na perna, passou a frequentar salas de cinema. Anteriormente, no front, já se comentava
muito de Chaplin, de quem conheceu toda a filmografia. Além dos filmes dele, criou um
ótimo repertório do cinema estadunidense de 1914 a 1919, época em que dominava as
salas, já que ia ao cinema 3 vezes ao dia. Mas, o filme que o fez ingressar na carreira de
cineasta foi “Le Brasier ardent” (1923) dos imigrantes russos Ivan Mosjoukine e Alexander
Volkov.
Outro motivo de iniciar sua carreira no cinema foi sua 1ª esposa, Catherine Hessling, que
era musa de seu pai. Ela queria ser atriz. Participou do cinema mudo se tornando musa de
Renoir, René Clair e Alberto Cavalcanti. Seu primeiro filme, “Uma vida sem alegrias" (1924)
foi roteirizado e financiado por ele, com ela no papel principal. Depois, passou a participar
de filmes dirigidos pelo próprio Jean Renoir. Sua atuação não naturalista contribuiu para o
estilo de seus filmes mudos. Em seus livros, Renoir escreveu: “A atuação de Catherine era
uma forma de mímica. (...) Com ela nós criamos uma forma de expressar emoções que
tinha mais a ver com dança do que com cinema…”
Outra influência foi o socialismo de sua montadora, Marguerite Houllé, que ficou conhecida
como Marguerite Renoir após seu relacionamento com ele.
Considerava seu cinema um diálogo entre realidade e poesia. Inovou com lentes que
davam maior profundidade de campo e focavam no 1º plano e no plano de fundo.
Se influenciou também na música barroca francesa de Beaumarchais e Pirandello: “Eu
queria filmar pessoas cujos movimentos estivessem em sintonia com aquela música”.
Seus filmes foram subestimados, sendo reconhecidos nos anos 60 e 70 como um precursor
aos filmes que estavam fazendo na época e considerados verdadeiras obras de arte. Alain
Resnais disse sobre “A Regra do Jogo” (1939): “permanece, eu acho, como a única e mais
impressionante experiência que já tive no cinema. Quando eu saí do cinema, eu lembro, tive
que sentar na calçada; eu fiquei sentado por uns 5 minutos, e então andei pelas ruas de
Paris por algumas horas. Pra mim, tudo tinha virado de cabeça pra baixo. Todas as minhas
ideias sobre o cinema tinham mudado. Enquanto eu estava assistindo o filme, minhas
sensações estavam tão fortes fisicamente que eu pensei que se essa ou aquela sequência
durassem um plano a mais, eu ia ou cair em lágrimas ou gritar ou algo do tipo. Desde então,
claro, assisti ao filme pelo menos umas 15 vezes - como a maioria dos cineastas da minha
geração.”
Teve 44 anos de carreira e 31 obras audiovisuais dirigidas.
Ganhou um Oscar honorário em 1975, em homenagem a sua carreira.
● A Grande Ilusão (1937)
● A Besta Humana (1938)
● A Regra do Jogo (1939)

RENÉ CLAIR (1898 - 1981)


Foi ator de Feuillade, colaborador de cineastas russos emigrados e discípulo do artesão
Jacques de Baroncelli.
Um dos precursores do cinema de autoria
Maior criador cômico após Charles Chaplin. De 1928 a 1934 o desenvolvimento de suas
histórias e sua atmosfera poética eram pontuados por muitas gags, seu estilo ficou
associado à fantasia cômica. Sua secura e sátira era destinada à burguesia, em relação ao
povo, até a ironia possuía ternura.
Principais características: Humor popular com a ironia intelectual

Teve 33 anos de carreira e 9 obras audiovisuais lançadas


Principais filmes:
● Entr'acte (1924)
● Sob Os Tetos de Paris (1930)
● A Nós a Liberdade (1931)

MARCEL CARNÉ (1906 - 1996)


Segundo Scorsese, ele é o ilusionista por excelência, o patriarca do cinema francês.
No fim dos anos 20, trabalhou no jornal mensal “Cinémagazine”. 3 de seus artigos deram
um direcionamento ao som no cinema francês e refletiram no seu estilo pelo restante de sua
carreira. O 1°, “A Câmera como personagem dramático” (1929), elogiava o travelling de F.
W. Murnau e sua vontade de inovar tecnologicamente. O travelling se tornou uma das
maiores assinaturas de Carné, como na abertura de “Hotel do Norte” e “Children of
Paradise”. O 2º, “Quando o cinema vai pra rua?” (1933), elogiava a retórica e o registro
populista dos primeiros filmes de René Clair. Ele dizia que cineastas deveriam estudar
alguns novelistas populares como Dabit e Romains para estudar a maneira com que
retratavam as ruas de Paris e suas famílias. O 3º, “O Cinema e o Mundo” (1932), lamentava
o entretenimento de vaudevilles, denunciando “pequenas histórias banais e infantis”. Para
ele o novo cinema sonoro deveria abordar “temas de substância real que tocassem nossos
corações e mentes”. Esses temas estariam presentes em seus filmes.
Começou como cinegrafista assistente para Jacques Feyder no fim da década de 20.
Também foi assistente em Cagliostro (1929) de Richard Oswald e Sob os Tetos de Paris
(1930) de René Clair. Aos 25 anos dirigiu seu primeiro filme, o curta “Nogent Eldorado du
Dimanche” (1929). O poeta Jacques Prévert influenciou sua produção.
Tinha compaixão por grupos marginalizados, como os homossexuais, e seu estilo se
apoderou de técnicas do Expressionismo Alemão e de suspenses estadunidenses.
Seu primeiro longa solo foi "Jenny" (1936). Nesse filme, estabeleceu a parceria com
Jacques Prévert. Mistura estilos teatrais melodramáticos e realistas. Introduz a ideia de
destino, tema presente em suas obras.
Depois de 1938, foi a fase mais produtiva do cineasta, mas foi uma batalha realizar filmes
sob a ocupação alemã. “Trágico Amanhecer” (1939) foi considerado desmoralizante quando
lançado, sendo então banido. A produtora estadunidense RKO, querendo regravá-lo, tentou
queimar suas cópias. Foi relançado na década de 50. “O Boulevard do Crime" (1945), além
de ser uma obra muito cara, passou por inúmeras dificuldades. Judeus trabalhavam
disfarçados, cenários foram arrasados pelas chuvas, a produtora faliu e depois um dos
atores, Robert Le Vigan, foi condenado à morte por colaborar com nazistas.
Sua mise en scène estilizada foi uma extensão da tradição Kammerspielfilm, como a “A
Última Gargalhada” de F. W. Murnau, que também utilizava cenários sombrios e
movimentos lentos de câmera para formar visuais distintos relacionados a narrativas de
colapsos psicológicos.
Após a 2ª Guerra, seus filmes perderam a notoriedade, já que seu conceito de paisagens
estilizadas construídas em estúdio, movimentos expressivos de câmera e composições
imagéticas meticulosas não era tão bem visto pelos críticos da época. Suas obras passaram
a ser vistas como pré-planejadas e frias. Seus trabalhos anteriores foram ofuscados pela
grandeza de Jean Renoir e a partir de 1950 foi ofuscado pela chegada dos cineastas da
Nouvelle Vague.
Teve 23 obras audiovisuais dirigidas.
Ganhador de 11 prêmios, entre eles o Prêmio Honorário do César Award (considerado
Oscar francês)

Principais filmes:
● Hotel do Norte (1938)
● Cais das Sombras (1938)
● Trágico Amanhecer (1939)

MENÇÕES IMPORTANTES:

Pierre Chenal (1904 - 1990)


● Assassino Sem Culpa (1935)
● Falso Testemunho (1937)
● Paixão Criminosa (1939)

Jacques Feyder (1885 - 1948)


● A Última Cartada (1934)
● Quermesse Heróica (1935)
● O Amor Nasceu do Ódio (1937)

Julien Duvivier (1896 - 1967)


● Camaradas (1936)
● Um Carnet de Baile (1937)
● O Demônio da Argélia (1937)

Jean Grémillon (1901 - 1959)


● Gula de Amor (1937)
● Coração de Soldado (1937)
● O Homem Que Vivia Duas Vidas (1938)

Principais Roteiristas
JACQUES PRÉVERT
Poeta associado ao surrealismo e à Frente Popular. Sua experiência nesses campos e no
“Groupe Octobre” (grupo teatral orientado ao comunismo) o fizeram aperfeiçoar o
pessimismo trágico e a sátira sociopolítica do Realismo Poético. Trabalhou com Marcel
Carné, elaborando diálogos inteligentes e belos.

Outras menções: Charles Spaak e Henri Jeanson.

Principais Atores
JEAN GABIN
Talvez a única estrela do cinema francês, iniciou sua carreira em 1930, mas foi realmente
descoberto em 1934, quando foi apresentado a Julien Duvivier. Entre 1930 e 1935, atuou
em 20 filmes.
Seus personagens eram o típico proletário introvertido, que encontrava um trágico destino e
virava uma vítima, a representação do fracasso. Apesar dos personagens similares, seus
trabalhos foram consistentes a ponto de causar reconhecimento e ao mesmo tempo
oferecer diversidade, não perdendo o interesse do público. Tinha mais planos próximos que
qualquer outro ator da época, o que trazia mais individualidade a seus personagens.
Na segunda parte da década, ele e Viviane Romance eram os atores mais famosos da
época.
Foi associado como um símbolo da Frente Popular, por seu papel em "Cais das Sombras".
Teve 37 anos de carreira e 14 filmes e séries lançadas.
Destaques:
● A Grande Ilusão (1937) - Jean Renoir
● A Besta Humana (1938) - Jean Renoir
● Cais das Sombras (1938) - Marcel Carné

ARLETTY
Seu papel em “Pensão Mimosas" (1935) trouxe algum sucesso, mas em “Hotel do Norte”
(1938) e "Daybreak" (1931) é que ela se tornou lendária.
Teve 26 anos de carreira e 5 filmes e séries lançadas.

DITA PARLO
Teve 24 filmes e séries lançados e 40 anos de carreira.
Destaques:
● O Atalante (1934) - Jean Vigo
● A Grande Ilusão (1937) - Jean Renoir

SIMONE SIMON
Em 1936 foi contratada pela Twentieth Century-Fox. Depois retornou à França para estrelar
“A Besta Humana". Misturava inocência e sensualidade.

MENÇÕES
Michel Simon, Simone Signoret e Michèle Morgan

Jean Vigo e O Atalante


Filho de um militante anarquista, Miguel Almereyda, que sofreu um assassinato. Foi
abandonado pela mãe e passou a vida em orfanatos. Suas obras foram diretamente
influenciadas por suas vivências pessoais.
Trabalhou por um curto período como assistente de câmera no estúdio Franco Film. Seu
primeiro filme, “A Propósito de Nice” (1930) foi gravado com uma câmera de segunda mão
presenteada pelo seu padrasto. Nessa época conheceu Boris Kaufman, irmão de Dziga
Vertov, cujo filme “Um Homem com uma Câmera" influenciou o filme citado anteriormente.
Já estava presente sua capacidade de capturar a beleza natural da realidade, filmando em
locações reais, e de elaborar o impressionismo, transformando o comum em mágico.
Teve um curto período de vida, falecendo aos 29 anos (1905 - 1934)

Para alguns autores, “O Atalante" (1934) é considerado o marco inicial do movimento.


Seu financiador, Jacques-Louis Nounez, não deixou Vigo escolher o tema após financiar
“Zero de Conduta", que ficou banido na França até 1945, mas ele achou o roteiro ordinário
demais, utilizando-o apenas como ponto de partida.
Nele, o realismo beira o documental, mas mesmo assim o filme é fantasioso e cheio de
símbolos, com visões etéreas de pura beleza, criando uma espontaneidade estilística que
acompanha a surpresa dos acontecimentos.
Possui 2 figuras contrastantes, Pére Jules, um marinheiro barulhento, falador, desinibido e
leal que já viajou pelo mundo todo; e Juliette, a jovem noiva, cercada de dúvidas.
Há imagens descontínuas e líricas.
O roteiro tem característica elíptica. Tem espaço para o viés naturalista da situação
econômica da época. A iluminação sombria e nebulosa de Boris Kaufman traduz a
desilusão da cidade grande.
O real é pano de fundo para a descoberta anárquica do amor, do prazer, das relações de
intimidade. A visão lírica do amor é baseada numa visão realista de um casal que,
inicialmente, não é ideal. A adaptação de Juliette à nova vida é desenvolvida de maneira
orgânica, assim como os ciúmes de seu marido. Apenas na separação é que seus
sentimentos espirituais e sexuais se estabelecem. Para Vigo a verdade está nos sentidos,
não na razão.
A câmera é fonte primária da história, se movendo discretamente e mantendo distância.
Nos close-ups, sua função é simplesmente criar uma imagem, não ser a visão de um
personagem.
Foi mutilado pelos produtores, sendo exibido com o título “La Chaland Qui Passe” (nome de
uma música da época). Recebeu vaias, sendo aclamado anos depois quando foi restaurado
do jeito que Vigo tinha idealizado. Alguns dias antes de terminar suas primeiras exibições
comerciais, Vigo morreu.
Foi importante para a Nouvelle Vague e para alguns cineastas que surgiram logo depois,
como Bernardo Bertolucci, que se inspirou diretamente em “O Atalante” para “Before the
Revolution” (1964) e “Last Tango in Paris” (1973), e Lindsay Anderson, que adaptou
livremente “Zero de Conduta” em “If” (1968).
Foi restaurado em 1990, entrando para a lista de 10 melhores filmes da Sight and Sound
em 1992. Sua vida foi retratada no muito criticado “Vigo: Passion for Life” (1998) de Julien
Temple.
Em “Les amants du Pont Neuf” (1991), Léos Carax inseriu uma homenagem, quando
amantes são resgatados de um afogamento por, supostamente, o casal de "O Atalante"
anos depois.
Godard fez referência no fim de "Éloge de l’amour”, quando toca a música do filme, de
Maurice Jaubert.
Teve um prêmio criado em seu nome na Espanha, o Jean Vigo Award no Navarra
International Documentary Film Festival.

Curiosidades e Influências
Influenciou o Cinema Noir, o Neorrealismo Italiano e a Nouvelle Vague. A geração “Cahiers
du Cinéma" dizia ser um exemplo de liberdade artística e fuga às convenções da indústria.
"Toni" (1934) de Jean Renoir foi precursor do estilo italiano do pós-guerra: filmagem ao ar
livre, sem atores conhecidos, personagens e ambientes populares.

Também foi frequentemente citado por Orson Welles.

O termo “realismo poético" foi inventado por críticos literários para denominar uma literatura
populista dos anos 30, mas só se popularizou para identificar o cinema da mesma época.
O crítico Jean Mitry o chamou de “expressionismo atenuado".
Também foi chamado de social fantastique, cinéma du désenchantement e cinéma d’acteurs
(cinema de ator).

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