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>>> PAEBES 2016

Programa de Avaliação da Educação


Básica do Espírito Santo

ISSN 2237-8324

revista do
PROFESSOR
CIÊNCIAS HUMANAS

o programa
O Programa de Avaliação da
Educação Básica do Espírito Santo

resultados
Os resultados alcançados em 2016
ISSN 2237-8324

>>> PAEBES 2016


Programa de Avaliação da Educação
Básica do Espírito Santo

revista do
PROFESSOR
CIÊNCIAS HUMANAS
FICHA CATALOGRÁFICA
ESPÍRITO SANTO. Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo.
PAEBES – 2016 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.
v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.
Conteúdo: Revista do Professor - Ciências Humanas.
ISSN 2237-8324

CDU 373.3+373.5:371.26(05)
Paulo César Hartung Gomes
Governador do Estado do Espírito Santo

César Roberto Colnaghi


Vice-Governador do Estado do Espírito Santo

Haroldo Corrêa Rocha


Secretário de Estado da Educação

Eduardo Malini
Subsecretário de Estado de Administração e Finanças

SUBGERÊNCIA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL


Fabíola Mota Sodré (Subgerente)
Claudia Lopes de Vargas
Denise Moraes e Silva
Rafael Benetti Costa

SUBGERÊNCIA DE ESTATÍSTICA EDUCACIONAL


Denise Pereira da Silva (Subgerente)
Andressa Mara Malagutti Assis
Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd


Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de Pesquisa


Tufi Machado Soares

Coordenação de Análises e Publicações


Wagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da Comunicação


Rômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da Informação


Roberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de Avaliação


Renato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas Educacionais


Wellington Silva

Coordenação de Monitoramento e Indicadores


Leonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de Avaliação


Rafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de Documentos


Benito Delage
sumário

7 apresentação

o programa

8 O Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo – PAEBES

resultados padrões e níveis


19 Os resultados alcançados em 2016 36 Padrões e níveis de desempenho
23 Roteiros de leitura e análise 37 Geografia - 9º ano do Ensino Fundamental
de resultados
56 Geografia - 3ª série do Ensino Médio
75 História - 9º ano do Ensino Fundamental
94 História - 3ª série do Ensino Médio

sugestões pedagógicas
114 Sugestões para a prática pedagógica
apresentação

P rofessor, esta revista é para você. Pensada e


feita para possibilitar seu uso no cotidiano pe-
dagógico. Nela, você encontra orientações acer-
tivo é fornecer ferramentas que permitam a inter-
pretação pedagógica dos resultados.
Além dos resultados obtidos nos testes realiza-
ca dos resultados da sua escola no PAEBES 2016. dos pelos estudantes, você tem acesso a algumas
Com esses resultados, você obtém um diagnósti- informações sobre o contexto da sua escola, como
co do desempenho de seus estudantes nos testes o Índice Socioeconômico (ISE), e indicadores de
de proficiência. A partir disso, potencialidades e qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da
fragilidades podem ser identificadas no processo Educação Básica (IDEB).
de ensino e aprendizagem, permitindo uma ampla Por fim, apresentamos sugestões para a prática
reflexão sobre as práticas pedagógicas. pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-
Inicialmente, apresentamos o PAEBES e as in- zação dos resultados da avaliação, para que ações
formações que o constituem: os dados fornecidos pedagógicas sejam planejadas e executadas em
pela avaliação, bem como os dados da realidade sua escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu
escolar, os quais compõem esse grande cenário intuito não é outro senão incentivá-lo a tratar os
que é o Programa de Avaliação da Educação Bási- dados da avaliação como parte do projeto políti-
ca do Espírito Santo. co-pedagógico da escola.
A partir de uma análise do panorama do sistema Nosso compromisso é oferecer a você uma vi-
de avaliação, desde sua criação, no ano de 1990, são geral da avaliação externa e dos resultados ob-
até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, tidos por sua escola no PAEBES. Esses resultados
apresentamos os dados do programa, dando ênfa- devem ser amplamente debatidos, com o envolvi-
se aos ganhos experimentados pela rede estadual, mento de toda a comunidade escolar. Esperamos
redes municipais e E.P.P. no que diz respeito aos que este material atinja esse propósito.
resultados.
Em seguida, oferecemos a você um roteiro que Boa leitura!
pode ajudá-lo a ler e a compreender as informa-
ções produzidas pelo PAEBES 2016, de modo que
você possa utilizá-las para sistematizar estratégias
para a melhora do desempenho dos estudantes.
Esse roteiro propõe algumas atividades, cujo obje-

Revista do Professor - Ciências Humanas   7


o programa
O Programa de Avaliação da Educação Básica
do Espírito Santo – PAEBES

C onheça um pouco da história do PAEBES, das principais mudanças ocor-


ridas ao longo do tempo e dos ganhos experimentados pelas redes de
ensino no que diz respeito aos seus resultados. Uma história feita não só de
números, gráficos e dados, mas, principalmente, enredada pela vida escolar e
pelo dia a dia de milhares de crianças e jovens capixabas.

2008 Em 2008, o estado do Espírito Santo, com o intuito de assegurar aos estudantes o acesso a
uma educação de qualidade, criou o Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito
Santo, o PAEBES. Seu objetivo primordial era, a partir dos instrumentos de avaliação, produzir
um diagnóstico das redes de ensino, permitindo a identificação de problemas e virtudes,
de modo a subsidiar ações e políticas públicas que pudessem enfrentar os primeiros e
potencializar as últimas. Inicialmente, foram aplicados testes padronizados das disciplinas
de língua portuguesa e matemática aos alunos da 1ª série do ensino médio da rede estadual
de ensino.

No ano seguinte, foram incorporados à avaliação os alunos do 5º e 9º anos do ensino


2009 fundamental. Os alunos das redes municipais de ensino também passaram a integrar o
diagnóstico.

Os alunos da 3ª série do ensino médio passaram a participar da avaliação em 2010. Nesse


2010 ano, não houve avaliação das redes municipais e as escolas particulares interessadas
puderam se juntar ao Programa.

Em 2011, pela primeira vez, a avaliação englobou, ao mesmo tempo, os alunos da rede
2011 estadual, das redes municipais e das escolas particulares participantes (EPP). A 1ª série do
ensino médio deixou de ser avaliada, quando ciências da natureza (biologia, física e química)
se tornaram objeto de diagnóstico bianual para a 3ª série do ensino médio.

2012 Subsequentemente, foi também avaliada a 2ª série do ensino médio, somente da rede
estadual, em língua portuguesa e matemática. As ciências humanas (história e geografia)
passaram a ser avaliadas bianualmente no 9º ano do ensino fundamental e na 3ª série do
ensino médio, em todas as redes.

2013 Em 2013, a 2ª série do Ensino Médio deixou de ser avaliada. Especificamente para o 9º ano
do ensino fundamental, as ciências começaram a ser avaliadas de forma bianual.

8  PAEBES 2016
2014 Uma nova mudança ocorreu em 2014, quando os alunos do 5º ano do ensino fundamental
passaram a ser avaliados, também, em produção de texto.

2012
2015 Em 2015, o PAEBES atingiu o seu maior percentual de participação de estudantes desde
a sua implementação e seguiu o desenho com ênfase nas terminalidades de etapa das
redes estadual e municipais e das EPP: 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do
ensino médio. A avaliação de ciências da natureza foi a aplicada, além das avaliações de
língua portuguesa e matemática.

Gráfico 1
Evolução da Participação de Estudantes no PAEBES

Gráfico 1: Evolução da Participação de Estudantes no PAEBES*


100,0%

90,0%
88,7%
86,2% 86,1%
85,0% 84,6%
83,7%
80,0%
78,8%

70,0%

60,0%
2009 2010 2011 2012** 2013 2014 2015
* Não há dados de participação para o ano de 2008
** A avaliação da 2ª EM em 2012 não entrou no cálculo da participação por ser uma experiência única
e apenas da rede estadual

Fonte: CAEd/UFJF.

Em 2016, foram avaliados novamente os alunos das redes estadual,


2016 municipais e das escolas particulares participantes. Os anos de esco-
laridade e disciplinas avaliados foram o 5º ano do ensino fundamental,
em língua portuguesa, matemática e produção de texto, e o 9º ano do
ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, em língua portuguesa,
matemática e ciências humanas.

Revista do Professor - Ciências Humanas   9


Os Resultados Alcançados na Série Histórica

E o que mostram os resultados do PAEBES, em relação ao desempenho estudantil?


Vamos observar, nas Tabelas 1 a 4, como se comportam os resultados quando analisamos
o padrão de desempenho médio do Programa, até 2015. É importante salientarmos que a
mudança de um padrão de desempenho para outro representa um salto cognitivo relevan-
te, visto que sugere a aquisição de uma gama significativa de habilidades e competências
pelos estudantes. Os quatro padrões de desempenho do PAEBES são abaixo do básico,
básico, proficiente e avançado.
Na Tabela 1, observamos que, em 2009, os alunos do 5º e 9º anos do ensino funda-
mental da rede pública de ensino estavam, em média, no padrão básico em língua portu-
guesa. Os alunos do 5º ano conseguiram, em 2014, saltar para o padrão proficiente, o que
indica a aquisição das principais habilidades e competências necessárias para esse ano de
escolaridade, e, em 2015, mantiveram-se nesse padrão. Já os alunos das escolas particu-
lares participantes, desde 2010, quando começaram a ser avaliados, alcançaram o padrão
proficiente, no 5º ano.
Com relação ao 9º ano, os estudantes da rede pública mantiveram-se no padrão básico
desde a implementação da avaliação, enquanto as EPP demonstram uma desigualdade no
que concerne à localização: enquanto as escolas rurais se mantiveram no padrão básico,
as urbanas foram alocadas no padrão proficiente, à exceção do ano de 2014, em que tam-
bém se enquadraram no padrão básico.
Observando a 3ª série do ensino médio, chama a atenção, no ano de 2014, o fato de as
redes municipais se encontrarem, em média, no padrão abaixo do básico, sendo o único
caso de alocação média nesse padrão em língua portuguesa desde a implementação do
programa. Em 2015, as redes municipais voltaram ao padrão básico. Nas EPP, o descom-
passo entre as escolas rurais e urbanas permaneceram na 3ª série: enquanto as primeiras
se mantiveram, em média, no padrão básico, desde 2012, as últimas permaneceram no
padrão proficiente no mesmo período.

10  PAEBES 2016


Tabela 1: Padrão de Desempenho Médio em Língua Portuguesa por Rede

Língua Portuguesa 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015


Rede estadual

5ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Proficiente Proficiente

9ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico Básico

3ªEM Básico Básico Básico Básico Básico Básico

5ºEF Básico Básico Básico Básico Proficiente Proficiente


municipais
Redes

9ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico


Abaixo do
3ªEM Básico Básico Básico
Básico
5ºEF Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente

9ºEF - Geral Proficiente Proficiente

9ºEF - Rural Básico Básico Básico Básico


EPP

9ºEF - Urbana Proficiente Proficiente Básico Proficiente

3ªEM - Geral Proficiente Proficiente

3ªEM - Rural Básico Básico Básico Básico

3ªEM - Urbana Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente

Fonte: CAEd/UFJF.

Na Tabela 2, podemos observar o comportamento da rede com relação ao desempe-


nho em matemática. Assim como em língua portuguesa, o 5º e 9º anos do ensino funda-
mental da rede pública encontravam-se, em média, no padrão de desempenho básico, em
2009. Contudo, em matemática não houve mudança de padrão ao longo do tempo em
nenhum dos anos de escolaridade. Os resultados das EPP em matemática são bastante
similares aos alcançados em língua portuguesa: no 5º ano, as escolas se mantiveram no
padrão proficiente desde 2010. No 9º ano do ensino fundamental e na 3ª série do ensino
médio, as escolas com localização urbana foram alocadas, em média, no padrão proficien-
te, à exceção do 9º ano em 2014, em que as escolas foram alocadas no padrão básico,
enquanto as escolas de localização rural se mantiveram, em média, no padrão básico.
Já o ensino médio apresentou diferenças mais significativas em relação à avaliação de
língua portuguesa. Em matemática, tanto a rede estadual quanto as redes municipais, em
seu primeiro ano de avaliação, se encontraram no padrão de desempenho abaixo do bási-
co. A rede estadual, em 2010, conseguiu avançar para o padrão básico, enquanto as redes
municipais só conseguiram dar esse passo na avaliação de 2015.

Revista do Professor - Ciências Humanas   11


Tabela 2: Padrão de Desempenho Médio em Matemática por Rede

Matemática 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015


Redes municipais Rede estadual

5ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico Básico

9ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico Básico

Abaixo do
3ªEM Básico Básico Básico Básico Básico
Básico

5ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico

9ºEF Básico Básico Básico Básico Básico Básico

Abaixo do Abaixo do Abaixo do


3ªEM Básico
Básico Básico Básico

5ºEF Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente

9ºEF - Geral Proficiente Proficiente

9ºEF - Rural Básico Básico Básico Básico


EPP

9ºEF - Urbana Proficiente Proficiente Básico Proficiente

3ªEM - Geral Proficiente Proficiente

3ªEM - Rural Básico Básico Básico Básico

3ªEM - Urbana Proficiente Proficiente Proficiente Proficiente

Fonte: CAEd/UFJF.

A Tabela 3 traz os dados relativos às ciências da natureza, avaliadas bianualmente. Os


resultados ciências do 9º ano do ensino fundamental mostram que, enquanto os alunos
da rede estadual e das EPP se mantiveram no padrão Básico desde a primeira avaliação, em
2013, os estudantes das redes municipais se encontravam no padrão abaixo do básico em
2013, e somente em 2015, alcançaram o padrão básico.
Na 3ª série do ensino médio, com avaliação iniciada em 2011, vemos uma evolução dos
alunos da rede estadual, que, naquele ano, encontravam-se no padrão abaixo do básico e,
nas avaliações seguintes, passaram ao padrão básico. As EPP, por sua vez, encontravam-se,
em média, no padrão básico em 2011. Em 2013, as escolas particulares participantes com
localização urbana alcançaram o padrão proficiente em física e química, porém retornaram
ao padrão básico nessas disciplinas em 2015, padrão esse em que também se encontravam
as escolas particulares participantes com localização rural.

12  PAEBES 2016


Tabela 3: Padrão de Desempenho Médio em Ciências da Natureza por Rede

Ciências da Natureza 2011 2013 2015

Ciências - 9ºEF Básico Básico

Biologia - 3ªEM Abaixo do Básico Básico Básico


Rede estadual
Física - 3ªEM Abaixo do Básico Básico Básico

Química - 3ªEM Abaixo do Básico Básico Básico

Redes municipais Ciências - 9ºEF Abaixo do Básico Básico

Ciências - 9ºEF Básico Básico

Biologia - 3ªEM - Geral Básico

Biologia - 3ªEM - Rural Básico

Biologia - 3ªEM - Urbana Básico Básico

Física - 3ªEM - Geral Básico


EPP
Física - 3ªEM - Rural Básico

Física - 3ªEM - Urbana Proficiente Básico

Química - 3ªEM - Geral Básico

Química - 3ªEM - Rural Básico

Química - 3ªEM - Urbana Proficiente Básico

Fonte: CAEd/UFJF.

A Tabela 4 traz os dados de ciências humanas, também avaliadas bianualmente. No 9º


ano do ensino fundamental, enquanto as redes públicas e as EPP de localização rural se
mantiveram no padrão básico, as EPP urbanas se encontravam no padrão proficiente desde
a primeira avaliação, em 2012.
Já na 3ª série do ensino médio, a situação é parecida, mas algumas informações cha-
mam atenção: os alunos das redes municipais, em 2012, alocaram-se no padrão abaixo do
básico em história, somente atingindo o padrão básico em 2014. Os alunos das EPP urbanas,
por sua vez, estavam no padrão básico, tanto em geografia, quanto em história, e consegui-
ram, em 2014, alcançar o padrão proficiente nas duas disciplinas.

Revista do Professor - Ciências Humanas   13


Tabela 4: Padrão de Desempenho Médio em Ciências Humanas por Rede

Ciências Humanas 2012 2014

Geografia - 9ºEF Básico Básico

História - 9ºEF Básico Básico


Rede estadual
Geografia - 3ªEM Básico Básico

História - 3ªEM Básico Básico

Geografia - 9ºEF Básico Básico

História - 9ºEF Básico Básico


Redes municipais
Geografia - 3ªEM Básico Básico

História - 3ªEM Abaixo do Básico Básico

Geografia - 9ºEF - Rural Básico Básico

Geografia - 9ºEF - Urbana Proficiente Proficiente

História - 9ºEF - Rural Básico Básico

História - 9ºEF - Urbana Proficiente Proficiente


EPP
Geografia - 3ªEM - Rural Básico Básico

Geografia - 3ªEM - Urbana Básico Proficiente

História - 3ªEM - Rural Básico Básico

História - 3ªEM - Urbana Básico Proficiente

Fonte: CAEd/UFJF.

Olhar para os padrões de desempenho médios, como percebemos, permite-nos ob-


servar as diferenças mais marcantes entre as redes de ensino, bem como a evolução do
desempenho em cada disciplina de forma global, o que possibilita comparação entre elas. É
importante analisarmos quais são os alunos que apresentam as maiores dificuldades e quais
são as áreas do conhecimento que demandam maiores esforços e aquelas que já atestam
evolução significativa.
Esse é um exercício que cabe a todos os profissionais envolvidos com a educação no
estado do Espírito Santo. Os resultados da avaliação podem ser o ponto de partida para uma
série de reflexões acerca das políticas públicas educacionais e das ações, pedagógicas e de
gestão, no interior de cada escola, pois os resultados do PAEBES são, na verdade um dos
muitos aspectos que envolvem a realidade educacional das redes de ensino. Debruçar-se
sobre eles e analisá-los é uma ação essencial para que os mesmos cumpram um importante
papel na garantia do direito de toda criança aprender!
Os dados contextuais do Espírito Santo mostram informações que dão pistas sobre al-
gumas características. Essas características ajudam a delinear um diagnóstico que leve em
consideração não apenas os dados de desempenho, mas também questões como as mu-
danças ocorridas no sistema de ensino nos últimos anos e o perfil dos atores educacionais
inseridos nesse universo.

14  PAEBES 2016


Olhando, por exemplo, para a escolaridade dos professores, a maior parte deles declarou
possuir pós-graduação nível de especialização, como atesta o Gráfico 2. Apenas 0,9% dos
professores declarou possuir apenas o ensino médio, enquanto o total de docentes que
declararam ter doutorado não chegou a 0,5%.

Gráfico
Gráfico 2: Escolaridade 2: Escolaridade–dos
dos Professores Professores
PAEBES 2015– PAEBES 2015
70,0% 65,4%

60,0%

50,0%

40,0%

30,0%

20,0% 16,7%

10,0% 5,8% 5,7% 5,1%


0,9% 0,4%
0,0%
Ensino Médio Ensino Ensino Ensino Especialização Mestrado. Doutorado ou
- Magistério. Superior - Superior - Superior - (mínimo de posterior.
Pedagogia ou Licenciatura. Outros. 360 horas).
Normal
Superior.

Fonte: CAEd/UFJF.
Fonte: CAEd/UFJF.
Os professores também foram perguntados sobre sua experiência pregressa com o ma-
gistério. O percentual de professores que declarou possuir mais de 21 anos de experiência
em sala de aula, como ilustra o Gráfico 3, foi de 21,5%. Um percentual próximo a esse foi
verificado para professores menos experientes: 18% afirmaram ter experiência entre um e
cinco anos.

Gráfico 3: Tempo de Gráfico 3: Tempo


Experiência de Experiência
como Professor como Professor2015
– PAEBES – PAEBES 2015

Há mais de 21 anos. 21,5%

Entre 16 e 20 anos. 16,7%

Entre 11 e 15 anos. 20,0%

Entre 6 e 10 anos. 21,3%

Entre 1 e 5 anos. 18,0%

Há menos de 1 ano. 2,4%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0%

Fonte: CAEd/UFJF..
Fonte: CAEd/UFJF..

Revista do Professor - Ciências Humanas   15


Sobre o futuro que preveem para seus alunos, os professores demonstraram, como se
vê no Gráfico 4, ter elevadas expectativas quanto à conclusão do ensino fundamental e do
ensino médio. Mais de 60% dos professores afirmaram que mais de 75% dos seus alunos com-
pletariam essas duas etapas de ensino. No entanto, quando a pergunta foi feita em relação ao
ingresso no ensino superior e ao acesso de boas oportunidades no mercado de trabalho, a ex-
pectativa dos professores em relação a eventuais resultados positivos obtidos por seus alunos
diminuiu. Concretamente, pouco mais de 30% dos professores acreditavam que mais de 75%
dos seus alunos ingressariam no ensino superior e teriam boas oportunidades no mercado de
trabalho.

Gráfico 4: Expectativa dos Professores em Relação ao Futuro dos Alunos – PAEBES 2015
Gráfico 4: Expectativa dos Professores em Relação ao Futuro dos Alunos – PAEBES 2015

70,0%
63,6%
61,2%
60,0%

50,0%

40,0%
32,8%
30,9% 30,7%31,3%
30,0% 26,4%

19,3% 19,8%
20,0% 16,2% 14,8% 16,4%
13,6%
8,2%
10,0%
4,3%
2,3% 2,4% 1,8% 2,2% 1,8%
0,0%
De 26% a 50%.

De 51% a 75%.

De 26% a 50%.

De 51% a 75%.

De 26% a 50%.

De 51% a 75%.

De 26% a 50%.

De 51% a 75%.
Mais de 75%.

Mais de 75%.

Mais de 75%.

Mais de 75%.
Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica

Não se aplica
Até 25%.

Até 25%.

Até 25%.

Até 25%.

Concluirá o Ensino Concluíra o Ensino Médio Ingressará no Ensino Terá boas oportunidades
Fundamental. Superior de trabalho

Fonte: CAEd/UFJF. Fonte: CAEd/UFJF.


Assim como os professores, a maior parte dos diretores, como vemos no Gráfico 5,
declarou possuir especialização em nível de pós-graduação. Apenas 0,45% deles afirmou
possuir o título de magistério no nível de ensino médio. No outro extremo, os doutores
compuseram apenas 0,27% do total de diretores.

16  PAEBES 2016


Gráfico 5: Escolaridade dos5:Diretores
Gráfico (9EF)
Escolaridade – PAEBES
dos Diretores 2015
(9EF) – PAEBES 2015

Doutorado ou posterior. 0,27%

Mestrado. 4,10%

Especialização (mínimo de 360 horas). 76,18%

Ensino Superior - Outros. 4,55%

Ensino Superior - Licenciatura. 9,46%

Ensino Superior - Pedagogia ou Normal Superior. 5,00%

Ensino Médio - Magistério. 0,45%

Fonte: CAEd/UFJF. Fonte: CAEd/UFJF.

Diferentemente do que ocorreu com os professores, a distribuição dos diretores em anos


de experiência revelou-se mais concentrada em alguns intervalos, como mostra o Gráfico 6.
Apenas 2,32% dos diretores afirmaram possuir mais de 21 anos na gestão escolar. Os grupos
com menor experiência concentraram os maiores percentuais. Destacamos que 84,1% dos
diretores afirmaram ter menos de 10 anos de experiência.

Gráficode
Gráfico 6: Tempo 6: Tempo de Experiência
Experiência como como Diretora
Diretor de Escola
de Escola (9EF)
(9EF) ––PAEBES
PAEBES 2015
2015

Há mais de 21 anos. 2,32%

Entre 16 e 20 anos. 4,55%

Entre 11 e 15 anos. 8,92%

Entre 6 e 10 anos. 21,94%

Entre 1 e 5 anos. 47,46%

Há menos de 1 ano. 14,81%

Fonte: CAEd/UFJF.
Fonte: CAEd/UFJF.

Os dados contextuais, como pudemos observar, mostram-nos algumas característi-


cas que nos auxiliam a compreender a realidade capixaba. As expectativas depositadas
pelos professores sobre seus alunos deve ser observada de perto, uma vez que altas
expectativas podem ser correlatas a melhores desempenhos. Por fim, o nível de es-
colaridade e tempo de experiência de professores e gestores ajudam a compreender
melhor o perfil desses atores educacionais fundamentais para a melhoria da qualidade
da educação dos estudantes do Espírito Santo.

Revista do Professor - Ciências Humanas   17


Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do que
os expostos neste breve resumo sobre o PAEBES. De todo modo, a partir
deles, tendo em vista as melhorias ou as dificuldades diagnosticadas, é
possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas foram obti-
das. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.
Este é um exercício que cabe a todos os profissionais envolvidos com a
educação no estado do Espírito Santo. Os resultados da avaliação podem
ser o ponto de partida para uma série de reflexões acerca das políticas
públicas educacionais e das ações, pedagógicas e de gestão, no interior
de cada escola, pois os resultados do PAEBES são, na verdade um dos
muitos aspectos que envolvem a realidade educacional da rede estadual
de ensino. Debruçar-se sobre eles e analisá-los é uma ação essencial para
que os mesmos cumpram um importante papel na garantia do direito de
toda criança aprender!

18  PAEBES 2016


resultados
Os resultados alcançados em 2016

P rofessor, os resultados alcançados pela sua esco-


la na avaliação de Ciências Humanas do PAEBES
2016 estão disponíveis em www.paebes.caedufjf.net.
Nesta seção, você encontra um roteiro de leitu-
ra e interpretação das informações disponíveis. Nos
Resultados por escola, são apresentados os dados
É importante que você leia, analise e compreenda as de proficiência média, a distribuição dos estudantes
informações. pelos padrões de desempenho e a participação. Nos
Entretanto, você não deve parar por aqui. É im- Resultados por aluno, estão dispostos os percen-
prescindível que toda a escola seja envolvida na tuais de acerto em relação às habilidades avaliadas
discussão desses dados. Acreditamos que a escola nos testes. Cada tipo de resultado conta com roteiro
capaz de fazer a diferença é, também, aquela que específico.
consegue garantir a aprendizagem dos seus estu- Além disso, são apresentadas informações acer-
dantes, interpretando, analisando e utilizando as ca do contexto de sua escola, como o Índice So-
informações da avaliação educacional – externa e cioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade, no
interna –, com vistas à melhoria permanente dos re- caso, o Índice de Desenvolvimento da Educação
sultados. Básica (IDEB).

O que é o IDEB?
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é
um indicador que reúne dois elementos importantes para a qua-
lidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas ava-
liações em larga escala. O indicador é calculado com base nos
dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos
dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados
do Saeb. Dessa forma, o IDEB apresenta resultados sintéticos,
permitindo traçar metas de qualidade para os sistemas educa-
cionais, específicos para cada escola.

Revista do Professor - Ciências Humanas   19


O que é Índice
Socioeconômico dos
Estudantes (ISE)?
Os resultados são impactados por
diversos fatores. Dentre eles, o mais co-
nhecido é o nível socioeconômico. Os
recursos culturais, sociais e econômi-
cos da família exercem influência sobre
os resultados escolares dos estudantes.
Eles também indicam, em maior ou me-
nor medida, o investimento feito pelas
famílias na educação dos filhos. Dada a
importância dessa dimensão, criamos
através das respostas aos questionários
que acompanham o teste cognitivo na
avaliação uma medida que contempla
as informações sobre esses recursos.
Essa medida é denominada Índice So-
cioeconômico dos estudantes, ou, sim-
plesmente: ISE.

20  PAEBES 2016


O ISE é criado pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), levan-
do em conta a escolaridade dos pais dos estudantes, os bens de
consumo e bens culturais presentes no domicílio, o acesso a ser-
viços públicos e a atividades culturais, características dos domicí-
lios etc. A TRI permite gerar o índice, mas os valores criados são
pouco “interpretáveis” – o resultado é sempre uma escala com
média 0 e desvio-padrão 1. Por essa razão, padronizamos o ISE
em uma escala de 0 a 10 – onde 0 não indica ausência de nível
socioeconômico, mas sim o menor valor gerado, enquanto 10 in-
dica o maior valor – e criamos grandes grupos aos quais designa-
mos como Níveis do ISE. Em cada um desses Níveis podemos di-
zer que a probabilidade de encontrar determinado “bem” é maior
que 50%. O quadro abaixo elenca esses “bens” por Nível do ISE.

Os níveis de ISE calculados para o PAEBES são:

Nível
1 Nível

Nível 1
2 Nível

Nível 2
3 Nível

Nível 3
4 Nível

Nível 4
5 Nível

Nível 5
6
+ + + + +
»» > Ter um banheiro »» > Ir quase nunca »» > Ter um ar- »» > Ir quase sempre »» > Ter dois »» > Ter dois ou mais
»» > Ter de um a ou nunca ao condicionado ao cinema computadores dicionários
vinte livros cinema »» > Passear na »» > Ir quase sempre »» > Ir quase sempre »» > Ir sempre à praia
»» > Ter coleta de lixo »» > Ter um cidade nas férias à show ou sempre ao »» > Ter dois ou
»» > Ir quase nunca automóvel »» > Ter de vinte um »» > Ter mãe com teatro mais micro-ondas
ou nunca à show »» > Ter um a cem livros ensino médio »» > Ir quase sempre »» > Ir sempre à
»» > Ir quase nunca videogame »» > Ter um completo ou sempre ao show
ou nunca ao »» > Ter calçamento smartphone »» > Ter pai com museu »» > Ter mãe com
parque »» > Ir quase nunca »» > Ter um quarto ensino médio »» >Ter dois ou mais ensino superior
»» > Ter pai com ou nunca ao próprio completo videogames completo
os anos iniciais museu »» > Ter pai com »» > Ter dois ou mais »» > Ter dois ou mais »» > Ter pai com
do fundamental »» > Ir quase nunca os anos finais smartphones automóveis ensino superior
completo ou nunca ao do fundamental »» > Viajar nas férias »» > Ir sempre ao completo
»» > Ter um micro- teatro completo »» > Ter dois ares- cinema »» > Ir sempre ao
ondas »» > Ter acesso à »» > Ter mãe com condicionados parque
»» > Ter mãe com internet os anos finais »» > Ter dois ou mais
os anos iniciais »» > Não ter pessoa do fundamental banheiros
do fundamental que receba bolsa completo »» > Ter mais de cem
completo família »» > Ir quase sempre livros
»» > Ir quase nunca »» > Ter um ao parque
ou nunca à praia computador »» > Ir quase sempre
»» > Ter um à praia
dicionário

Revista do Professor - Ciências Humanas   21


O que é Índice Socioeconômico Médio das Escolas (ISM)?
No âmbito da escola, o que temos é a compo- encontrado e 10 o maior valor – e dividimos a esca-
sição, ou seja, o nível socioeconômico médio. A la em níveis, ou, mais precisamente, em Quartis do
depender do nível socioeconômico do público que ISM. O primeiro quartil (Q1) sempre se refere às es-
recebe, uma escola pode estar em pior ou melhor colas no primeiro quartil, ou seja, os 25% de escolas
posição para atingir bons resultados. Para represen- com o mais baixo nível no ISM, que traduz a condi-
tar a composição de cada escola calculamos o Índi- ção socioeconômica média. O segundo quartil (Q2)
ce Socioeconômico Médio das Escolas (ISM) através refere-se aos 25% de escolas seguintes. O terceiro
da média aritmética simples dos ISE’s dos estudantes quartil (Q3) diz respeito ao grupo de escolas com
que compõem cada uma delas. Essa média também ISM entre os 50% e 75% mais altos. Por fim, o quartil
gera valores pouco “interpretáveis”, por essa razão, mais alto (Q4), ou seja, os 25% de escolas com o
padronizamos aqui também o índice em uma escala mais alto nível no ISM.
de 0 a 10 – onde, o 0 indica o menor valor do ISM

Gráfico 1: Quartis do Índice Socioeconômico Médio das Escolas.


100%
Q4
Quartis do ISM

75%
Q3
50%
Q2
25%
Q1
0%
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Índice Socioeconômico Médio das Escolas

E como esses os Níveis do ISE se relacionam com os Quartis do ISM


(ISM x ISE)?
Como dissemos acima, para as escolas, o que te- 1, Nível 2 e Nível 3 estão mais no quartil mais bai-
mos é a composição, ou seja a Relação entre Níveis xo (Q1) do que no quartil mais alto (Q4). Os quartis
do ISE e Quartis do ISM. Assim, podemos dizer que medianos (Q2 e Q3) apresentam uma composição
há muito mais alunos com ISE do Nível 4, Nível 5 e intermediária. Essa relação é esperada, visto que o
Nível 6 no quartil mais alto do ISM (Q4), do que no ISM de cada escola é a agregação, pela média, dos
quartil mais baixo (Q1). Já os alunos com ISE do Nível ISEs de seus respectivos alunos.

Tabela 1: A Relação entre ISE e ISM.


ISE
ISM Total
N1 N2 N3 N4 N5 N6
Q4 0,5% 5,0% 26,2% 44,0% 20,9% 3,5% 100%
Q3 1,7% 13,2% 37,2% 36,0% 10,6% 1,3% 100%
Q2 6,1% 25,8% 38,8% 23,3% 5,5% 0,6% 100%
Q1 14,9% 40,7% 32,0% 10,4% 1,9% 0,1% 100%

22  PAEBES 2016


Roteiros de leitura e
análise de resultados
Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-
ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros
com orientações, passo a passo, de como deve ser
feita a leitura e a interpretação dos resultados do
PAEBES 2016, em cada etapa de escolaridade ava-
liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades
para cada uma das etapas.
Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-
tados da avaliação em larga escala, é importante,
ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-
ga Escala, disponível em www.paebes.caedufjf.net,
bem como os padrões e níveis de desempenho es-
tudantil, os quais descrevem, pedagogicamente, o
significado das médias alcançadas pelos estudan-
tes da rede estadual, redes municipais e E.P.P. do
Espírito Santo que participaram do PAEBES 2016.
Essas descrições estão disponíveis na seção Pa-
drões e níveis de desempenho desta revista e ilus-
tradas com itens representativos de cada nível.

Revista do Professor - Ciências Humanas   23


1
Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais
da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos
padrões de desempenho e participação.

Proficiência alcançada pela escola nas duas últimas edições do


PAEBES em Ciências Humanas.

Essa é a primeira informação sobre o desem-


penho dos estudantes de sua escola: a média de
proficiência1 alcançada pela escola nas duas últi-
mas edições do PAEBES, nas disciplinas Geografia
e História, em cada etapa avaliada. A observação
da média nos ajuda a verificar a melhoria da qua-
lidade da educação ofertada, a partir da evolução
do desempenho da escola ao longo do tempo.

O termo proficiência refere-se ao


conhecimento ou à aptidão que os
alunos demonstram ter em relação a um
determinado conteúdo de uma disciplina
avaliada pelos testes cognitivos.

1  A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das


proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

24  PAEBES 2016


ATIVIDADE 1
Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas duas últimas
edições do PAEBES, em uma determinada disciplina e etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

Qual é o comportamento da média de proficiência


2014 da sua escola, ao longo dos anos?
(  ) Está aumentando
(  ) Está estável

2016 (  ) Está diminuindo


OBS.:

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a
evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso
pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do PAEBES.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de


desempenho nas duas últimas edições do PAEBES.

Depois de observar a proficiência da escola, para que haja menos estudantes nos padrões mais
vamos verificar como os estudantes estão distri- baixos, aumentando o percentual de estudantes
buídos pelos padrões de desempenho. De acordo nos padrões mais elevados, pois almejamos uma
com a proficiência alcançada no teste, o estudan- educação que seja de qualidade e para todos. Por
te demonstra um determinado perfil ou padrão de isso, essa análise é tão importante, professor. Ela
desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência lhe dará informações fundamentais para o seu
do estudante, mais elevado é o seu padrão de de- planejamento, para a construção permanente do
sempenho. projeto político-pedagógico e para a definição de
Entretanto, em uma turma ou em uma escola, metas, estratégias e metodologias adequadas às
os estudantes apresentam diferentes padrões de necessidades dos seus alunos.
desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

Revista do Professor - Ciências Humanas   25


ATIVIDADE 2
Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de
estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o
número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO PROFICIENTE AVANÇADO

2014

% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos


2016

CC Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-
tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

CC Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

CC Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer


que os estudantes da sua escola apresentaram:

(  ) Melhora gradativa
(  ) Estabilidade no desempenho
(  ) Queda no desempenho

CC Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-
tados.

CC Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais
baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os
estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito
de aprendizagem garantido.

2  Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de
alunos que realizou o teste.
Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no Básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

26  PAEBES 2016


Dados de participação nas avaliações do PAEBES nas duas últimas
edições.

Depois de observar o desempenho alcançado Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-
pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar dantes nos testes, mais consistente é o resultado
como foi a participação no teste. O indicador de de desempenho alcançado. Consideramos como
participação revela o nível de adesão à avaliação e percentual mínimo para a generalização dos resul-
é uma informação muito importante para que os tados da escola uma participação acima de 75%.
resultados alcançados possam ser generalizados.

ATIVIDADE 3
Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola,
para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

Ao longo do tempo a participação


(  ) cresceu;

2014 (  ) ficou estável;


(  ) diminuiu.
Levante hipóteses para o atual índice de participação
da escola, em relação aos anos anteriores.
Caso a participação em 2016 não tenha
correspondido às expectativas, o que pode ser feito
para aumentá-la no próximo ciclo do PAEBES?
2016
Um ponto importante nessa atividade é comparar
a participação dos estudantes no dia da aplicação
do teste e a sua frequência às aulas.

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua
escola, é hora de interpretá-los pedagogicamente.

Revista do Professor - Ciências Humanas   27


ATIVIDADE 4
Uma interpretação pedagógica dos resultados consiste em identificar as habilidades desenvol-
vidas, ou não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se
encontram. Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá
à seção Padrões e Níveis de Desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas
por cada grupo de estudantes.

ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO PROFICIENTE AVANÇADO


Nº de
estudantes

Habilidades
desenvolvidas

CC Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes


desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que
os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-
dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

28  PAEBES 2016


ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

O QUE FAZER O QUE NÃO FAZER


COM OS DADOS COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Comparar os resultados da sua escola


ao longo dos anos, para a mesma
etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados
longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes


etapas de escolaridade, com a mesma
escala de proficiência, para uma
mesma disciplina avaliada. Comparar os resultados das diferentes
disciplinas.

Analisar os resultados a partir da


leitura da escala de proficiência,
observando o significado pedagógico
Tomar a média de proficiência de
da média, tendo em vista o
maneira isolada, sem analisá-la com a
desenvolvimento de habilidades e
ajuda da escala.
competências.

Revista do Professor - Ciências Humanas   29


PADRÕES DE DESEMPENHO

Entender que, quando os estudantes


melhoram sua proficiência, eles
necessariamente avançam nos
padrões de desempenho.

Identificar, em cada disciplina e etapa,


Entender que os alunos que se
os alunos que têm apresentado
encontram em um padrão de
maiores dificuldades de aprendizagem.
desempenho em uma disciplina se
encontram no mesmo padrão em
outra.

Reconhecer que a cada padrão


Entender que os padrões de
correspondem níveis diferentes de
desempenho são os mesmos para
aprendizagem e usar essa informação
todas as etapas e disciplinas avaliadas.
para o planejamento pedagógico.

Entender que os alunos que se


encontram no padrão mais baixo não
são capazes de aprender.
Acompanhar, ao longo do tempo,
se a escola tem tido resultados
semelhantes para cada etapa e
disciplina.

Entender que os alunos que se


encontram no padrão mais avançado
não necessitam de atenção por parte
do professor e da escola.

30  PAEBES 2016


PARTICIPAÇÃO

Acompanhar a participação dos


estudantes nos testes, de modo a
buscar a maior participação possível. Acreditar que, uma vez que a
participação já esteja elevada, não é
preciso realizar nenhuma ação para
que o percentual aumente ainda mais.

Entender que a participação nos


testes mensura a garantia do aluno de
ser avaliado, decorrência de seu direito
de aprender.

Revista do Professor - Ciências Humanas   31


DADOS CONTEXTUAIS

ISE

Compreender que as condições


socioeconômicas dos estudantes afetam
seu desempenho escolar.
Atribuir apenas às condições
socioeconômicas o resultado da
aprendizagem dos alunos.

Reconhecer que as escolas desempenham


importante papel na aprendizagem dos
estudantes, a despeito de suas origens sociais.

METAS

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados


Monitorar os resultados da escola ao longo do
apenas à ação de professores e diretores.
tempo a partir do alcance de metas.

Comparar os resultados com os de outras


Planejar ações pedagógicas e de gestão escolas, sem observar dados de contexto.
na escola com base nos resultados.

32  PAEBES 2016


2
Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da
sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso também aos resultados
de cada turma da escola, disponíveis em www.paebes.caedufjf.net.

Para cada turma, apresentamos os percentuais de acerto por habilidade, com base na Teoria Clássica
dos Testes (TCT). É importante conhecer e refletir sobre cada um.

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo PAEBES 2016.

ATIVIDADE
Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação
das turmas, é hora de analisar as habilidades avaliadas no PAEBES 2016 e verificar quais apresenta-
ram maiores dificuldades para os alunos. Analise o desempenho das turmas: há grandes diferenças
de desempenho entre elas?

CC Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto, e registre
nos quadros das páginas seguintes.

CC Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto


referente a ela3 .

CC No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada
descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

3  Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

Revista do Professor - Ciências Humanas   33


TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

34  PAEBES 2016


TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

Revista do Professor - Ciências Humanas   35


Padrões e níveis de desempenho
P ara caracterizar o desenvolvimento de habilida-
des e competências, são definidos padrões de
desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-
Esses níveis fornecem mais detalhamento sobre
a aprendizagem. Além disso, apresentamos tam-
bém um item exemplar para cada nível. Esse item
sor, pode enriquecer sua prática docente e organi- corresponde à avaliação de uma das habilidades
zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re- compreendidas nesse intervalo. As descrições das
cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo habilidades relativas aos níveis de desempenho de
com o perfil cognitivo dos estudantes identificado Ciências Humanas estão de acordo com a descri-
pela avaliação. ção pedagógica apresentada pelo CAEd, na análise
Esta seção contém informações sobre os níveis dos resultados do PAEBES 2016.
de proficiência e as habilidades e competências alo-
cadas em intervalos menores da escala. Um conjun-
to de níveis constitui um padrão de desempenho.

/// Avançado
/// Básico Padrão de Desempenho desejável para a
Padrão de desempenho considerado básico etapa e área de conhecimento avaliadas.
para a etapa e área de conhecimento Os alunos que se encontram neste
avaliadas. Os alunos que se encontram padrão demonstram desempenho além do
neste padrão caracterizam-se por um esperado para a etapa de escolaridade em
processo inicial de desenvolvimento que se encontram.
das competências e habilidades
correspondentes à etapa de escolaridade
em que estão situados.

/// Abaixo do Básico


Padrão de desempenho muito abaixo /// Proficiente
do mínimo esperado para a etapa de Padrão de desempenho considerado
escolaridade e área do conhecimento adequado para a etapa e área do
avaliadas. Para os alunos que se conhecimento avaliadas. Os alunos que
encontram neste padrão, deve ser se encontram neste padrão demonstram
dada atenção especial, exigindo uma ter desenvolvido as habilidades essenciais
ação pedagógica intensiva por parte da referentes à etapa de escolaridade em que
instituição escolar. se encontram.

36  PAEBES 2016


Geografia - 9º ano do Ensino Fundamental
Abaixo do Básico
ATÉ 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 1   ///  ATÉ 150 PONTOS

CC Relacionar características típicas de um bioma a uma determinada vegetação do continente africano.

(G090196F5) Observe a imagem e leia o texto abaixo.


Eclusa Barra Bonita – Rio Tietê

Disponível em: <http://www.topodomundo.com.br/eclusa-barra-bonita-barra-bonitasp/>. Acesso em: 1 jun. 2015. Fragmento.

Hoje, a navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas
de transportes. [...]. Isto ocorre devido a vários fatores. Muitos rios do Brasil são de planalto, por
exemplo, apresentando-se encachoeirados, portanto, dificultam a navegação. [...]
Nos últimos anos, têm sido realizadas várias obras, com o intuito de tornar os rios brasileiros
navegáveis. Eclusas são construídas para superar as diferenças de nível das águas nas barragens
das usinas hidrelétricas. É o caso da eclusa de Barra Bonita no rio Tietê e da eclusa de Jupiá no
rio Paraná, já prontas. [...]
Disponível em: <http://migre.me/q6tq3>. Acesso em: 1 jun. 2015. Fragmento.

De acordo com essa imagem e esse texto, os rios brasileiros estão sendo utilizados para
A) a construção de hidrovias.
B) a produção de indústrias.
C) o abastecimento de cidades.
D) o fornecimento de energia.

Esse item avalia a capacidade de o estudante re- te entre o tipo de rio e a função que a sociedade
lacionar aspectos hidrográficos com as transforma- dá a esse recurso. Assim, o estudante infere que os
ções ocorridas no espaço geográfico. Para solucio- canais vêm sendo modificados, transformando sua
ná-lo, o estudante precisa observar a imagem e ler o situação natural para que possam ser utilizados para
texto apresentado, atentando-se às informações que navegação. Desse modo, o estudante que marcou a
dizem respeito ao uso que se faz dos canais fluviais. letra A acertou o item.
Além disso, precisa compreender a relação existen-

Revista do Professor - Ciências Humanas   37


NÍVEL 2   ///  DE 150 A 175 PONTOS

CC Identificar práticas cidadãs que contribuem para a preservação ambiental.

(G090053F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://alemao.com.vc/noticias_ler.php?idnot=1137>. Acesso em: 5 abr. 2013.

A coleta seletiva de lixo, retratada nessa imagem, contribui para a preservação ambiental porque
A) combate a formação de ilhas de calor.
B) elimina o consumo de energia elétrica.
C) estimula o uso de produtos importados.
D) facilita o reaproveitamento dos produtos.

Esse item avalia se o estudante é capaz de anali- lixo, bem como o impacto que a produção exces-
sar práticas cidadãs que contribuem para a preserva- siva de lixo causa ao meio. Assim, o estudante que
ção ambiental. Para solucioná-lo, o estudante deve é capaz de identificar, entre as alternativas disponi-
compreender que o cidadão possui papel significati- bilizadas pelo item, aquela que apresenta a contri-
vo para a preservação ambiental, devendo atentar-se buição da coleta seletiva enquanto possibilidade de
ao fato de que atitudes pequenas e diárias podem reaproveitamento de produtos descartados, marcou,
contribuir para amenizar o impacto da ação huma- portanto, a letra D, e demonstrou ter a habilidade
na no meio ambiente. Além disso, o estudante deve consolidada.
também compreender o que é a coleta seletiva de

38  PAEBES 2016


NÍVEL 3   ///  DE 175 A 200 PONTOS

CC Identificar impactos ambientais ocasionados por diferentes agentes.

CC Identificar impactos ambientais decorrentes de atividades urbanas.

CC Identificar impactos ambientais ligados ao aumento na produção de lixo como decorrentes do pro-
cesso de globalização.

(G090080F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://cacadordecrocodilobr.blogspot.com.br/2011/10/charges-sobre-degradacao-ambiental.html>. Acesso em: 16 jun. 2014.

Essa imagem mostra um problema trazido pelo desenvolvimento tecnológico na globalização, que é a
A) crescente produção de lixo eletrônico.
B) decadência dos serviços públicos.
C) fabricação de aparelho de baixa qualidade.
D) transformação da biodiversidade.

Esse item avalia a habilidade de o estudante iden- um acesso mais fácil a produtos importados de dife-
tificar impactos ambientais decorrentes do proces- rentes tipos. Assim, o estudante consegue relacionar
so de globalização. Para chegar à sua resolução, o o avanço tecnológico com o aumento no consu-
estudante precisa compreender a relação existente mo humano e, consequentemente, a expansão na
entre avanço tecnológico e o processo de globali- produção de lixo, em especial, o eletrônico. Desse
zação. Além disso, é necessário entender que o pro- modo, ao observar a imagem, o estudante concluiu
cesso de globalização permitiu que houvesse uma que o gabarito é a letra A.
maior conectividade cultural e, na mesma medida,

Revista do Professor - Ciências Humanas   39


Geografia - 9º ano do Ensino Fundamental
Básico
DE 200 A 275 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 4   ///  DE 200 A 225 PONTOS

CC Identificar a chuva ácida como um impacto ambiental decorrente da ação humana.

CC Identificar as mudanças nos meios de transporte como representativas da globalização.

CC Identificar situações que caracterizam o processo de globalização.

CC Reconhecer a cultura indígena como expressão territorial desse grupo.

CC Reconhecer as manifestações culturais tradicionais como meio de reafirmar a territorialidade de um


povo.

CC Reconhecer manifestações culturais como expressão da territorialização de um grupo.

CC Reconhecer que a Declaração Universal dos Direitos Humanos apresenta condições que garantem
a igualdade.

CC Relacionar diferentes atividades econômicas aos impactos ambientais.

CC Relacionar impactos ambientais com intervenções humanas no meio.

CC Correlacionar linguagem musical com aspectos urbanos.

CC Identificar práticas cidadãs que contribuem para a preservação ambiental na Amazônia.

CC Analisar uma planta como uma representação cartográfica.

40  PAEBES 2016


(G090083F5) Observe a imagem e leia o texto abaixo.

Oktoberfest de Blumenau – Santa Catarina

Disponível em: <http://www.oktoberfestblumenau.com.br/blog/>. Acesso em: 16 jun. 2014.

A Oktoberfest de Blumenau, que em apenas uma década se tornou uma das festas mais
populares do Brasil, foi inspirada na festa [...] que teve origem em 1810 em Munique. Tudo
começou em 12 de outubro de 1810, quando o rei Luís I, mais tarde rei da Baviera, casou-se
com a princesa Tereza da Saxônia e, para festejar o enlace, organizou uma corrida de cavalos.
O sucesso foi tanto que a festa passou a ser realizada todos os anos com a participação do povo
da região. [...]
Disponível em: <http://www.oktoberfestblumenau.com.br/oktoberfest/historia>. Acesso em: 16 jun. 2014. Fragmento.

Essa imagem e esse texto mostram uma festa tradicional da cidade de Blumenau, que é característica
de grupos de
A) alemães.
B) árabes.
C) espanhóis.
D) japoneses.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer ma- um grupo enquanto pertencente àquele território.
nifestações culturais como expressão da territoriali- Além disso, precisa compreender que Blumenau,
zação de um grupo. Nesse caso, a imagem e o texto município brasileiro no qual essa festa tradicional
apresentados retratam a manifestação cultural do ocorre, constituiu-se a partir da migração de povos
povo alemão por meio da tradicional Oktoberfest. descendentes de alemães. Assim, o estudante con-
Para chegar à resolução do item, o estudante deve cluiu que a Oktoberfest consiste em uma manifes-
atentar-se ao fato de que manifestações culturais tí- tação típica do povo alemão e marcou a letra A, o
picas de um povo proporcionam a reafirmação de gabarito.

Revista do Professor - Ciências Humanas   41


NÍVEL 5   ///  DE 225 A 250 PONTOS

CC Identificar a distribuição de empresas em um território, considerando as situações que caracterizam


o processo de globalização.

CC Identificar as mudanças nas relações interpessoais como resultantes do processo de globalização

CC Identificar os impactos que a ação humana pode ocasionar na qualidade e na oferta de água.

CC Reconhecer as diferentes regionalizações do espaço mundial.

CC Reconhecer as transformações advindas do processo de globalização no que diz respeito às redes


e aos fluxos.

CC Relacionar as dinâmicas do relevo com as transformações do espaço geográfico.

CC Relacionar as mudanças na paisagem natural com a ação de diferentes agentes.

CC Relacionar as mudanças nas dinâmicas socioculturais diante das questões ambientais contemporâneas.

CC Relacionar as transformações que o espaço geográfico capixaba sofreu a partir das ações de dife-
rentes agentes.

CC Correlacionar diferentes linguagens com a regionalização brasileira.

CC Compreender as implicações sociais que o desenvolvimento da internet proporcionou.

CC Compreender as implicações socioespaciais advindas do avanço tecnológico e industrial pelo mundo.

CC Compreender impactos decorrentes da Revolução Técnico-Científica-Informacional.

CC Operar com diferentes representações cartográficas do estado do Espírito Santo.

CC Operar com mapas temáticos do continente americano.

CC Analisar a importância de se conhecer os pontos cardeais para a interpretação do mundo.

CC Analisar práticas de construção que contribuem para a preservação ambiental.

42  PAEBES 2016


(G090034F5) Leia o texto e observe a imagem abaixo.

[...] Os telhados verdes, ou como também são chamados de vivos ou ecológicos, são cada
vez mais difundidos e utilizados nos projetos. Essa técnica é extremamente simples, consistindo
em revestir o telhado com plantas, ao invés de utilizar cerâmica ou cimento. “Por garantir grande
conforto térmico, esses jardins economizam energia, além de permitir o reaproveitamento da
água da chuva”, diz a arquiteta Viviane Cunha [...].

Disponível em: <http://revista.zap.com.br/imoveis/tetos-e-paredes-verdes-oferecem-conforto-termico-e-reduzem-os-impactos-ambientais/>.


Acesso em: 16 jun. 2014. Fragmento.

De acordo com esse texto e essa imagem, esse tipo de construção colabora para a preservação do meio
ambiente porque
A) é resistente a enchentes e a abalos sísmicos.
B) é uma forma mais econômica de construir moradias urbanas.
C) permite que as construções ecológicas sejam terminadas em pouco tempo.
D) promove o reaproveitamento da água e economiza energia.

Esse item avalia a capacidade de o estudante água da chuva, como destacado no texto. Assim, o
analisar práticas de construção que contribuem para estudante conclui que construir telhados verdes ou
a preservação ambiental. Para solucioná-lo, o estu- ecológicos colabora para a preservação ambiental
dante pode ler atentamente o texto e observar as ao possibilitar que a água da chuva seja reaprovei-
características que se destacam na paisagem apre- tada e, na mesma medida, os gastos com energia
sentada. Além disso, é necessário compreender a sejam reduzidos. Desse modo, o estudante que as-
importância da presença de vegetação com o intuito sinalou a letra D como gabarito teve essa habilidade
de amenizar a temperatura e para contribuir com a consolidada.
economia de energia e com o reaproveitamento da

Revista do Professor - Ciências Humanas   43


NÍVEL 6   ///  DE 250 A 275 PONTOS

CC Identificar alterações nos meios de comunicação que caracterizam o processo de globalização.

CC Identificar as alterações na relação cidade-campo como um resultado do processo de globalização.

CC Identificar mudanças nas relações socioeconômicas advindas do processo de globalização.

CC Identificar os impactos que diferentes atividades econômicas causam ao meio ambiente.

CC Identificar problemas socioeconômicos advindos do processo de globalização.

CC Reconhecer a formação de blocos econômicos como uma transformação geográfica advinda da


lógica de funcionamento de fluxos e redes.

CC Reconhecer as diferentes regionalizações que se constituíram a partir do processo de globalização.

CC Reconhecer as transformações da relação cidade-campo com o funcionamento das redes e dos fluxos.

CC Reconhecer o processo de favelização como a expressão territorial de um grupo social.

CC Relacionar a dinâmica de transformação do relevo causada por ações naturais.

CC Relacionar as ações socioculturais com as mudanças climáticas globais.

CC Relacionar as mudanças climáticas com os hábitos socioculturais.

CC Relacionar as questões ambientais com o processo de urbanização.

CC Relacionar o aumento no uso de fontes variadas de energia com alterações nas dinâmicas socioculturais.

CC Relacionar o crescimento urbano com as transformações do espaço geográfico.

CC Correlacionar diferentes linguagens com a necessidade de preservação ambiental.

CC Analisar a integração econômica como relacionada à globalização.

CC Analisar as mudanças nas relações industriais como decorrentes da globalização.

CC Analisar diferentes práticas de preservação ambiental.

44  PAEBES 2016


(H058EFG_505) Observe as paisagens abaixo.

Transformações na Paisagem Antártica

Fonte: <http://imagens.google.com.br>

Considerando as mudanças observadas na paisagem acima, conclui-se que o planeta vem sofrendo:
A) aumento da temperatura média global.
B) redução das amplitudes térmicas no inverno.
C) ampliação das camadas de gelo nos mares polares.
D) eliminação dos gases estufa na atmosfera terrestre.

Esse item avalia se o estudante é capaz de identi- cações na paisagem, as quais podem ser atreladas a
ficar os impactos ambientais causados por diferentes impactos ambientais ou a transformações no uso do
organizações políticas, econômicas e socioculturais. espaço geográfico em questão. Desse modo, ao ob-
Para solucioná-lo, é necessário que o estudante sai- servar as imagens apresentadas, o estudante infere
ba a localização e as características típicas do conti- que a camada de gelo que cobre a região retratada
nente antártico. A partir dessa demonstração de co- foi diminuindo ao longo de quase um século, o que
nhecimento, o estudante deve compreender que as está relacionado a mudanças na temperatura. Assim,
ações humanas, por meio das esferas políticas, eco- o estudante assinalou o aumento na temperatura
nômicas, sociais e culturais, contribuem para modifi- média global como gabarito, ou seja, a letra A.

Revista do Professor - Ciências Humanas   45


Geografia - 9º ano do Ensino Fundamental
Proficiente
DE 275 A 350 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7   ///  DE 275 A 300 PONTOS

CC Identificar a exploração de mão de obra barata como uma característica da globalização.

CC Identificar impactos ambientais no espaço geográfico decorrentes de ações humanas.

CC Identificar impactos ambientais resultantes das ações humanas.

CC Identificar manifestações sociais que caracterizam o processo de globalização.

CC Identificar os impactos ambientais causados pelo uso predatório de recursos naturais.

CC Relacionar a pecuária com as questões ambientais.

CC Relacionar o aumento de poluição atmosférica com as mudanças advindas das dinâmicas socioculturais.

CC Correlacionar diferentes gráficos com a distribuição populacional.

CC Correlacionar diferentes linguagens com o processo de globalização.

CC Compreender a relação existente entre o avanço tecnológico e a necessidade de se pensar em in-


vestimento em recursos energéticos renováveis.

CC Operar com diferentes representações cartográficas do território brasileiro.

CC Operar com representações da superfície terrestre que possibilitam compreender relações socioeco-
nômicas advindas da globalização.

CC Analisar a importância das ações de diferentes agentes (Estado, ONGs, organismos internacionais
etc.) em situações cotidianas.

CC Analisar a importância do censo demográfico para o entendimento de uma dada realidade.

CC Analisar informações geográficas em gráficos.

CC Analisar o impacto das ações de diferentes agentes (Estado, ONGs, organismos internacionais etc.)
em situações cotidianas.

46  PAEBES 2016


(G090061F5) Observe o mapa abaixo.

Disponível em: <http://cejajosewalter.blogspot.com.br/2014/02/voce-sabia-que-o-brasil-voltou-ter-4.html>. Acesso em: 6 abr. 2014. *Adaptado para fins didáticos.

De acordo com esse mapa, no momento em que Brasília marcar 10 horas, qual vai ser a hora local no estado do Acre?
A) 8 horas.
B) 9 horas.
C) 10 horas.
D) 11 horas.

Esse item avalia a capacidade de o estudante uma hora em sentido oeste. Desse modo, ao obser-
operar com diferentes representações cartográficas var o mapa, o estudante conclui que, se em Brasília
do território brasileiro. Nesse caso, o estudante deve são 10 horas e esse município está localizado a oes-
entender que o Brasil possui como fuso horário prin- te de Greenwich, no estado do Acre serão 8 horas,
cipal e oficial o de Brasília e necessita compreender uma vez que esse município está localizado em uma
sobre a relação existente entre fuso horário e loca- região mais a oeste de Greenwich e também a oeste
lização geográfica. Para tanto, é fundamental que o de Brasília, sendo necessário ainda reduzir a hora em
estudante saiba que os fusos são determinados pelo relação à capital brasileira. Assim, o gabarito desse
Meridiano de Greenwich, sendo acrescentada uma item é a letra A.
hora em direção leste a esse meridiano e reduzida

Revista do Professor - Ciências Humanas   47


NÍVEL 8   ///  DE 300 A 325 PONTOS

CC Identificar os impactos ambientais ocasionados pelas atividades agrícolas.

CC Reconhecer características de blocos econômicos como resultantes do funcionamento de


redes e fluxos.

CC Reconhecer os blocos econômicos como transformações decorrentes da lógica de funcionamento


de redes e fluxos.

CC Relacionar, a partir de uma imagem, características típicas da vegetação do continente africano.

CC Relacionar as mudanças climáticas às alterações nas dinâmicas socioculturais.

CC Relacionar os impactos ambientais com as questões territoriais.

CC Analisar a divisão internacional do trabalho e suas relações com o processo de globalização.

CC Analisar a importância de se estudar geografia.

CC Analisar as transformações na relação de investimento econômico com o processo de globalização.

CC Analisar diferentes mapas temáticos do continente americano.

CC Analisar diferentes linguagens para a interpretação de conhecimentos geográficos.

CC Analisar diferentes linguagens para interpretação do mundo.

CC Analisar diferentes linguagens para interpretar as relações existentes entre sociedade-natureza.

CC Analisar diferentes representações cartográficas da superfície terrestre.

48  PAEBES 2016


(G090011F5) Leia o texto abaixo.

[...] A contaminação ocorre no solo e nas águas, quando os fertilizantes e os agrotóxicos são
conduzidos através das águas da chuva; uma parte penetra no solo, que atinge o lençol freático
e contamina o aquífero; a outra parte é levada pela enxurrada até os mananciais, como córregos,
rios e lagos que se encontram nas partes mais baixas do relevo.
Disponível em: <http://migre.me/kburF>. Acesso em: 12 jun. 2014. Fragmento.

De acordo com esse texto, qual é o impacto ambiental causado pela atividade agrícola?
A) Aceleração da desertificação.
B) Compactação dos solos.
C) Poluição dos recursos hídricos.
D) Redução da biodiversidade.

Esse item avalia a habilidade de identificar os impactos


ambientais ocasionados pelas atividades agrícolas. Para
solucioná-lo, o estudante precisa compreender os im-
pactos que a produção agrícola, em geral, traz ao meio
ambiente. Além disso, ao realizar a leitura do texto, ele
deve ater-se às informações trazidas em relação à con-
taminação que os insumos agrícolas conferem ao solo e
aos recursos hídricos. Desse modo, o estudante percebe
que o texto em questão trata da contaminação dos re-
cursos hídricos que pode ser desencadeada pela produ-
ção agrícola devido ao uso de agrotóxicos e fertilizantes.
Assim, acertou o item o estudante que assinalou a letra C.

Revista do Professor - Ciências Humanas   49


NÍVEL 9   ///  DE 325 A 350 PONTOS

CC Identificar as mudanças nas relações socioculturais como características decorridas do processo de


globalização.

CC Identificar os impactos ambientais decorrentes das atividades econômicas.

CC Reconhecer as transformações no espaço industrial a partir da lógica dos fluxos e das redes.

CC Reconhecer os tipos de regionalizações do território brasileiro.

CC Relacionar as diferentes atividades econômicas com as transformações do espaço urbano.

CC Relacionar as mudanças do espaço geográfico com as ações humanas no meio ambiente.

CC Relacionar as mudanças do meio hidrológico com as atividades econômicas.

CC Relacionar as questões ambientais contemporâneas com as atividades econômicas.

CC Operar com diferentes representações cartográficas.

CC Analisar as mudanças na divisão internacional do trabalho a partir do desenvolvimento tecnológico.

CC Analisar características da nova divisão internacional do trabalho.

CC Analisar os pontos cardeais a partir de representações cartográficas.

50  PAEBES 2016


(G090015F5) Leia o texto abaixo.

Características da Globalização

– Alteração na divisão internacional do trabalho, ou, antes, criação de uma nova divisão de
trabalho dentro das próprias empresas transnacionais, e que a distribuição das funções produtivas
não se encontrava mais concentrada em um único país, mas sim espalhada por vários países e
continentes (por exemplo, um país fabrica um componente do produto, um segundo fabrica outro,
um terceiro faz a montagem e o centro financeiro e contábil da empresa fica em um quarto país). [...]
Disponível em: <http://portogente.com.br/portopedia/globalizacao-73980>. Acesso em: 12 jun. 2014. Fragmento.

A nova divisão internacional do trabalho, retratada nesse texto, tem por característica
A) a ausência de fluxos comerciais.
B) a fragmentação geográfica da produção mundial.
C) o aumento no tempo de deslocamento.
D) o domínio das pequenas empresas.

Esse item avalia a capacidade de o estudante analisar


a divisão internacional do trabalho construída a partir do
processo de globalização e suas implicações no espaço
geográfico. No caso desse item, ao realizar a leitura do
texto utilizado como suporte, o estudante pode ater-se
às informações que dizem respeito às transformações
pelas quais a divisão internacional do trabalho sofreu
com o advento do processo de globalização. Além disso,
em primeira instância, precisa compreender o que é divi-
são internacional do trabalho e, na mesma medida, o que
é globalização. Assim, o estudante infere que as mudan-
ças nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais
advindas da globalização permitiram que as relações de
trabalho entre as empresas mundiais se modificassem e
passassem a se dar de maneira segregada, na qual cada
parte de um único produto é fabricada em diferentes par-
tes do mundo via empresas transnacionais. Desse modo,
o estudante assinalou a letra B como gabarito.

Revista do Professor - Ciências Humanas   51


Geografia - 9º ano do Ensino Fundamental
Avançado
ACIMA DE 350 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 10   ///  DE 350 A 375 PONTOS

CC Identificar o aumento no consumo como uma característica da globalização.

CC Reconhecer a demarcação territorial como uma expressão dos grupos indígenas.

CC Reconhecer as diferentes regionalizações do espaço brasileiro.

CC Reconhecer as mudanças ocorridas no processo de importação/exportação como situações decor-


rentes do funcionamento de fluxos e redes.

CC Reconhecer as regionalizações mundiais a partir do critério de desenvolvimento econômico.

CC Reconhecer os objetivos de criação de blocos econômicos.

CC Relacionar a modernização agrícola com a transformação desse espaço.

CC Relacionar as mudanças ambientais com as ações advindas do contexto socioeconômico.

CC Analisar características de diferentes representações cartográficas.

CC Analisar diferentes representações cartográficas do continente africano.

CC Analisar diferentes tipos de mapas temáticos para interpretação do mundo.

CC Analisar representações cartográficas com diferentes projeções.

52  PAEBES 2016


(G090060F5) Observe o mapa abaixo.

Disponível em: <http:// www.picstopin.com.html>. Acesso em: 27 fev. 2014.

Essa representação cartográfica apresenta características de um mapa


A) econômico.
B) físico.
C) histórico.
D) político.

Esse item avalia a capacidade de o estudante analisar


características de diferentes representações cartográfi-
cas. Para solucioná-lo, o estudante precisa compreender
que cada representação cartográfica apresenta uma es-
pecificidade temática que diz respeito ao que ali é trata-
do. Além disso, é preciso compreender sobre a divisão
regional que o recorte espacial apresentado, a região su-
deste do Brasil, possui. Desse modo, ao realizar a leitura
do mapa, o estudante conclui que se trata da divisão po-
lítica da região sudeste, na qual prevalece a divisão terri-
torial política do recorte espacial. Assim, o estudante que
acertou o item marcou a letra D.

Revista do Professor - Ciências Humanas   53


NÍVEL 11   ///  ACIMA DE 375 PONTOS

CC Identificar impactos ambientais causados por diferentes organizações.

CC Reconhecer as diferentes regionalizações do território brasileiro.

CC Reconhecer diferentes tipos de regionalização do espaço geográfico brasileiro.

CC Reconhecer o contexto de criação de blocos econômicos no continente americano.

CC Relacionar as dinâmicas climáticas e vegetacionais do continente africano.

CC Relacionar as transformações do espaço geográfico americano às ações de diferentes atores sociais.

CC Analisar a importância de diferentes organismos internacionais nas ações ligadas à geopolítica


mundial.

CC Analisar as transformações que a globalização ocasionou nos países subdesenvolvidos.

CC Analisar aspectos contemporâneos que representam mudanças ocorridas na relação campo-cidade.

CC Analisar aspectos hidrológicos do continente americano.

CC Analisar aspectos que diferenciam representações cartográficas.

CC Analisar, através de mapas, aspectos da hierarquização urbana do continente africano.

CC Analisar contextos econômicos e políticos do uso do espaço geográfico do continente africano.

CC Analisar diferentes fatores que contribuem para a intensificação de impactos ambientais.

CC Analisar diferentes linguagens que representam paisagens do continente americano.

CC Analisar o processo de industrialização do continente africano.

54  PAEBES 2016


(G090016E4) Observe o mapa abaixo.

Disponível em: <http://www.ensinoonline.com.br>. Acesso em: 24 set. 2012.

De acordo com esse mapa, a maior parte da população do continente americano concentra-se
A) na faixa litorânea a leste do continente.
B) na porção sul do Trópico de Capricórnio.
C) na região insular da América Central.
D) no interior dos países próximos ao Equador.

Esse item avalia a habilidade de o estudante re- sociação, o estudante necessita entender a relação
lacionar as mudanças contemporâneas no espaço existente entre ocupação urbana advinda de mu-
geográfico com as alterações nas dinâmicas so- danças nas dinâmicas socioculturais e econômicas
cioculturais. Para solucioná-lo o estudante precisa e transformação do espaço geográfico. Assim, o
compreender, em primeiro lugar, a representação estudante concluiu que a faixa litorânea brasileira,
cartográfica apresentada. Posteriormente, pode localizada a leste do continente americano, é aquela
ater-se aos locais onde o continente americano pos- que concentra a maior parte da população, ou seja,
sui maior concentração demográfica e, na mesma a letra A.
medida, grandes centros urbanos. A partir dessa as-

Revista do Professor - Ciências Humanas   55


Geografia - 3ª série do Ensino Médio
Abaixo do Básico
ATÉ 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 1   ///  ATÉ 200 PONTOS

CC Relacionar a atividade mineradora às transformações do espaço geográfico.

(G090207F5) Observe a imagem abaixo.

Serra pelada

Disponível em: <http://migre.me/q6ERc>. Acesso em: 1 jun. 2015.

Essa imagem está relacionada à transformação do espaço geográfico por uma atividade econômica, que é
A) a agroindústria.
B) a pecuária.
C) o extrativismo.
D) o turismo.

Esse item avalia a capacidade de o estudante re- nativas causam ao espaço geográfico. Desse modo,
lacionar as transformações do espaço geográfico à ao perceber a ausência quase total de vegetação, as
implementação de uma determinada atividade eco- curvas de níveis formadas ao longo da encosta e o
nômica. Nesse caso, a partir da observação da ima- espaço que se abre no fundo do vale, por exemplo,
gem usada como suporte, o estudante pode relacio- infere-se que a atividade ali instaurada foi a do extra-
nar as mudanças que, em geral, as ações específicas tivismo. Diante disso, o estudante assinalou o gaba-
das atividades econômicas apresentadas nas alter- rito, a letra C.

56  PAEBES 2016


NÍVEL 2   ///  DE 200 A 225 PONTOS

CC Reconhecer a importância do emprego de novas ferramentas tecnológicas na utilização dos recur-


sos naturais pelas atividades produtivas.

CC Reconhecer a violência enquanto um problema característico dos centros urbanos.

CC Reconhecer a planta de uma residência enquanto um tipo de representação cartográfica.

CC Correlacionar diferentes expressões artísticas com os tipos vegetacionais brasileiros.

CC Compreender a produção do espaço geográfico através da mobilização da sociedade em relação às


causas ambientais.

CC Compreender o papel do cidadão na diminuição dos problemas ambientais causados pelo descarte
do lixo.

CC Compreender o papel do cidadão na utilização consciente dos recursos hídricos.

CC Compreender o papel do crescimento urbano na produção do espaço geográfico.

CC Analisar mapas temáticos relativos às diferentes atividades produtivas do setor primário da economia.

Revista do Professor - Ciências Humanas   57


(G120101F5) Leia o texto e observe as imagens abaixo.
O espaço geográfico em sua etapa inicial apresentava somente os aspectos físicos ou
naturais presentes, como rios, mares, lagos, montanhas, animais, plantas e toda interação e
interdependência entre eles. O surgimento do homem, desde o mais primitivo, que começou
a interferir no meio a partir do corte de uma árvore para construção de um abrigo e para caça,
impactou e transformou o espaço geográfico. [...]
Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/transformacao-no-espaco-geografico.htm>. Acesso em: 18 maio 2013. Fragmento.

Disponível em: <http://www.cbpf.br:80/~eduhq/html/tirinhas/tirinhas.php>. Acesso em: 8 abr. 2013.

Com base nesse texto, qual fenômeno é responsável pelas transformações apresentadas nessas imagens?
A) Crescimento urbano.
B) Extrativismo.
C) Mineração.
D) Pecuária.
E) Práticas agrícolas.

Esse item avalia a habilidade de compreender as


transformações do espaço geográfico mediante a ação
humana. Para solucioná-lo, o estudante pode ater-se às
informações trazidas pelo texto a respeito de como a pai-
sagem se modifica a partir da atuação humana e, além
disso, atentar-se às mudanças pelas quais a paisagem
apresentada na imagem passou. A partir dessa observa-
ção, o estudante terá claro quais são os elementos que
compõem a paisagem natural e aqueles que formam a
paisagem já alterada. Desse modo, considerando as alter-
nativas apresentadas, o estudante concluiu que no caso
em questão foi o crescimento urbano que propiciou as
mudanças no espaço geográfico, assinalando o gabarito,
letra A.

58  PAEBES 2016


NÍVEL 3   ///  DE 225 A 250 PONTOS

CC Reconhecer a importância do trabalho de campo para o entendimento de fenômenos geográficos.

CC Reconhecer a territorialidade enquanto elemento de resistência de diferentes povos.

CC Reconhecer o comércio informal como uma prática característica dos centros urbanos.

CC Relacionar o crescimento do setor terciário da economia na transformação do espaço urbano.

CC Correlacionar diferentes expressões artísticas com o conhecimento geográfico.

CC Correlacionar diferentes linguagens com a regionalização brasileira.

CC Correlacionar diferentes representações cartográficas como o conhecimento geográfico.

CC Correlacionar diferentes expressões artísticas com elementos da paisagem terrestre.

CC Compreender a intensificação do uso do solo a partir do processo de urbanização.

CC Compreender o papel do cidadão para o processo de reciclagem.

CC Operar com mapas temáticos que tratam sobre fontes de energia.

CC Analisar a importância das direções cardeais para a interpretação de situações cotidianas.

CC Analisar a utilização de fontes de energia renováveis enquanto instrumentos de preservação dos re-
cursos naturais.

CC Analisar as características do sistema capitalista.

CC Analisar as diferentes direções cardeais em uma representação cartográfica.

CC Analisar as tentativas de reflorestamento nas áreas do bioma Mata Atlântica.

CC Analisar mapas temáticos relativos à vegetação brasileira.

CC Analisar os impactos ambientais gerados pelas ocupações urbanas irregulares.

Revista do Professor - Ciências Humanas   59


(G120109F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/i62C3>. Acesso em: 15 fev. 2014.

Essa imagem retrata o centro de uma cidade, o que ela revela sobre a paisagem urbana?
A) Constatação dos problemas do transporte público.
B) Identificação das formas de comércio na zona urbana.
C) Identificação dos espaços de lazer nas cidades.
D) Reconhecimento da segregação residencial urbana.
E) Verificação da ausência de saneamento básico.

Esse item avalia a capacidade de o estudante reco-


nhecer o comércio informal como uma prática carac-
terística dos centros urbanos. Nesse caso, o estudante
pode, mediante a observação da imagem utilizada no su-
porte, constatar que o tipo de atividade comercial apre-
sentada se coloca como comum nos grandes centros
urbanos. Além disso, percebe se tratar de uma maneira
informal de comércio, os denominados “camelôs”, como
uma prática comum ao setor terciário nas cidades e que
diz sobre a paisagem desses lugares. Logo, a partir desse
cenário, o estudante que marcou a letra B acertou o item.

60  PAEBES 2016


Geografia - 3ª série do Ensino Médio
Básico
DE 250 A 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 4   ///  DE 250 A 275 PONTOS

CC Reconhecer a importância dos fluxos de informações no processo de globalização.

CC Reconhecer a religião como um elemento de resistência territorial.

CC Reconhecer as redes informacionais enquanto elementos-chave na constituição do processo de


globalização.

CC Relacionar a ação de diferentes agentes urbanos na modificação do espaço geográfico nas cidades.

CC Relacionar a ação do poder público enquanto agente modificador do espaço geográfico nas cidades.

CC Correlacionar a arquitetura dos centros urbanos com o processo de ocupação do território brasileiro
pelos imigrantes europeus.

CC Compreender a importância da localização geográfica para o desenvolvimento de atividades eco-


nômicas.

CC Compreender a importância do desenvolvimento sustentável para as próximas gerações.

CC Compreender as consequências do êxodo rural.

CC Compreender o papel do cidadão na prática da reciclagem do lixo.

CC Analisar a elevação da temperatura terrestre mediante os impactos provocados pela ação humana.

CC Analisar a importância do conhecimento geográfico para o entendimento dos direitos dos cidadãos.

CC Analisar o impacto da ausência de estações de esgoto no ambiente urbano.

Revista do Professor - Ciências Humanas   61


(G120203F5) Observe a imagem abaixo.
Rede de coleta de esgoto

Disponível em: <http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=50>. Acesso em: 18 maio 2013.


Com base nessa imagem, quais são os impactos causados pela ausência de estações de tratamento de
esgoto nas cidades?
A) Acúmulo de lixo e aumento da emissão de gases causadores do efeito estufa.
B) Chuva ácida e ocupação irregular de terrenos urbanos.
C) Contaminação das águas e proliferação de agentes transmissores de doenças.
D) Poluição sonora e processos erosivos em encostas urbanas.
E) Poluição visual e aumento da emissão de poluentes na atmosfera.

Esse item avalia a capacidade de o estudante anali-


sar os impactos ambientais provocados pela ausência de
estações de tratamento de esgoto nos centros urbanos.
Para solucionar esse item, o estudante precisa compreen-
der o papel do tratamento de esgoto para a garantia de
qualidade de vida. Além disso, entender que o tratamento
de resíduos se constitui como um elemento fundamental
a fim de evitar a contaminação das águas e a proliferação
de doenças no ambiente urbano. Desse modo, ao inferir
que a ausência de uma estação de tratamento de esgoto
pode impactar no bem estar social, o estudante assinalou
a letra C como gabarito.

62  PAEBES 2016


NÍVEL 5   ///  DE 275 A 300 PONTOS

CC Reconhecer a pecuária enquanto atividade econômica que contribui para o desmatamento.

CC Reconhecer a regionalização mundial através de blocos econômicos.

CC Reconhecer o objetivo da formação dos blocos econômicos.

CC Relacionar as transformações do espaço geográfico com a constituição e no papel das metrópoles.

CC Correlacionar a utilização de imagens aéreas como elemento para interpretação do espaço geográfico.

CC Compreender a distribuição espacial do processo de globalização em escala mundial.

CC Compreender características da Guerra Fria.

CC Compreender o emprego e o desenvolvimento das redes informacionais nas relações humanas.

CC Compreender o papel da Organização das Nações Unidas na resolução de conflitos.

CC Compreender o papel do Conselho de Segurança das Nações Unidas no apoio às missões de paz.

CC Operar com mapa representativo dos fusos horários brasileiros.

CC Analisar estratégias de localização de plantas industriais.

CC Analisar a importância de conhecimentos climáticos para a aplicação em atividades produtivas.

CC Analisar a importância dos censos demográficos para a sociedade.

CC Analisar diferentes concepções de representação da superfície terrestre global.

CC Analisar medidas de recuperação de nascentes existentes em áreas degradadas através da recompo-


sição da vegetação.

CC Analisar os impactos ambientais nas grandes cidades oriundos do uso predatório dos recursos naturais.

CC Analisar os impactos ambientais oriundos da atividade econômica de mineração.

CC Analisar representações cartográficas do relevo terrestre.

Revista do Professor - Ciências Humanas   63


(G120110F5) Observe o gráfico abaixo.

Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/curva-nivel.html>. Acesso em: 18 maio 2013.

Essa imagem é uma representação em curva de nível, que permite estudos detalhados das características
A) da indústria.
B) da população.
C) da vegetação.
D) do clima.
E) do relevo.

Esse item avalia se o estudante é capaz de analisar dife-


rentes tipos de representação da superfície terrestre. Para
solucioná-lo, o estudante necessita compreender que a
superfície terrestre pode ser representada de diferentes
maneiras: por meio de mapas, de plantas, de croquis etc.
A partir disso, ao observar a imagem apresentada como
suporte e ao realizar a leitura do comando, o estudante
infere se tratar de uma representação da superfície ter-
restre por meio de curvas de nível. Desse modo, conclui
que a imagem apresenta uma representação do relevo,
uma vez que destaca as diferentes altitudes desse deter-
minado local. Assim, o estudante que marcou a letra E
acertou o item.

64  PAEBES 2016


NÍVEL 6   ///  DE 300 A 325 PONTOS

CC Reconhecer as mudanças territoriais ocorridas na Europa Oriental no período posterior à Primeira


Grande Guerra.

CC Reconhecer as transformações territoriais empreendidas pelos fluxos populacionais.

CC Relacionar a ação das organizações não governamentais na transformação do espaço geográfico.

CC Relacionar as Revoluções Industriais com as características das atividades produtivas.

CC Correlacionar diferentes linguagens textuais com características do espaço urbano.

CC Correlacionar expressões artísticas textuais com as vegetações brasileiras.

CC Correlacionar linguagens textuais e visuais com a identificação de tipos vegetacionais.

CC Compreender a importância do Muro de Berlim para os conflitos territoriais no pós-guerra.

CC Compreender as consequências da queda do Muro de Berlim para a Alemanha.

CC Compreender características do processo de globalização.

CC Compreender o desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitaram a transformação das redes


informacionais.

CC Compreender o impacto da introdução de novas tecnologias para o mercado de trabalho.

CC Compreender o papel do cidadão na conservação da cobertura vegetal nos centros urbanos.

CC Analisar a importância do conhecimento geográfico no entendimento de gráficos que tratem de


situações cotidianas.

CC Analisar mapas temáticos sobre áreas indígenas da região Norte do Brasil.

CC Analisar representações cartográficas que abordam questões sociais.

Revista do Professor - Ciências Humanas   65


(G120180F5) Leia o texto abaixo.

Queda do muro de Berlim

O muro de Berlim foi o maior símbolo da divisão do mundo entre bloco ocidental e oriental.
O primeiro, liderado pelos Estados Unidos, tinha o capitalismo como sistema econômico. Já
o segundo, encabeçado pela antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), era
adepto do socialismo. [...]
O muro de Berlim tinha 156 km de extensão e cerca de trezentas torres militares para
observação do movimento nos arredores. Fora isso, era protegido por cães policiais e cercas
eletrificadas. De acordo com alguns historiadores, o número estimado de pessoas que morreram
tentando passar de um lado para o outro é 80.
Da mesma forma que foi o símbolo do começo da Guerra Fria, também foi ícone do seu
fim. Nos últimos anos da década de 80, a URSS entrou em colapso e diversas manifestações
começam a surgir nas duas partes da Alemanha, reivindicando a destruição do muro de Berlim.
Naquele mesmo ano, populares portando marretas e outras ferramentas derrubaram o muro em
um protesto televisionado para o mundo todo.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/sem-categoria/queda-do-muro-de-berlim/>. Acesso em: 9 jun. 2014. Fragmento.

A queda do muro de Berlim, abordada nesse texto, representou um importante marco geográfico para a
Alemanha porque resultou
A) na consolidação da bipolaridade política.
B) na criação de uma barreira migratória.
C) no crescimento do conflito geopolítico.
D) no isolamento econômico da região.
E) no processo de reunificação territorial.

Esse item avalia a capacidade de o estudante com-


preender as consequências da queda do Muro de Ber-
lim no contexto geopolítico mundial, em especial, para o
continente europeu e para a Alemanha. Para a resolução
desse item, o estudante, a partir da leitura do texto uti-
lizado como suporte, pode ater-se às informações que
dizem respeito ao papel exercido pelo Muro de Berlim,
o qual dividiu a Alemanha em capitalista e em socialis-
ta. Diante dessa contextualização, infere-se que a queda
do Muro de Berlim resultou no processo de reunificação
territorial da Alemanha, reconstruindo, assim, a territoria-
lidade do povo alemão. Desse modo, o estudante que
assinalou o gabarito, a letra E, acertou o item.

66  PAEBES 2016


Geografia - 3ª série do Ensino Médio
Proficiente
DE 325 A 375 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7   ///  DE 325 A 350 PONTOS

CC Correlacionar expressões artísticas com os movimentos migratórios.

CC Compreender o desenvolvimento de ferramentas, como o Sistema de Posicionamento Global, en-


quanto instrumento de localização no espaço geográfico.

CC Operar com os pontos cardeais como instrumentos de localização em representações cartográficas.

CC Analisar o papel das formas de produção a partir da divisão internacional do trabalho.

Revista do Professor - Ciências Humanas   67


(G120134F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/icTjP>. Acesso em: 23 fev. 2014.

O movimento migratório que essa imagem retrata é


A) a migração externa.
B) a migração itinerante.
C) a transumância.
D) o êxodo rural.
E) o movimento pendular.

O item avalia a capacidade de o estudante correlacio-


nar expressões artísticas com os movimentos migrató-
rios. Nesse caso, o estudante pode observar a imagem,
relacionando-a com seu título. Nessa imagem, é retrata-
da uma cena típica dos movimentos migratórios rumo a
regiões, em sua maioria, diferentes da de origem. Além
disso, o estudante necessita compreender sobre os mo-
vimentos migratórios ocorridos na segunda metade do
século XX, os quais se caracterizavam pela migração
campo-cidade. Desse modo, o estudante conclui que
dentre as alternativas apresentadas, a correta é a de êxo-
do rural, uma vez que as características que retratam as
personagens da imagem lembram o estereótipo de habi-
tantes oriundos de zonas rurais. Assim, acertou o item o
estudante que marcou a letra D.

68  PAEBES 2016


NÍVEL 8   ///  DE 350 A 375 PONTOS

CC Reconhecer a divisão global através da posição político-ideológica.

CC Reconhecer a regionalização mundial através de critérios econômicos.

CC Reconhecer as diferentes objetivações na constituição dos blocos econômicos.

CC Relacionar a atuação do Estado à mudança do espaço urbano.

CC Correlacionar imagens aéreas com a interpretação do espaço urbano.

CC Compreender a territorialidade existente no período da Guerra Fria.

CC Compreender as estratégias de desenvolvimento de tecnopolos.

CC Compreender o papel da internet na transformação dos hábitos sociais.

CC Analisar o fenômeno das ilhas de calor enquanto fruto das ações antrópicas.

CC Analisar os impactos provocados pelo aquecimento global no aumento do nível dos oceanos.

Revista do Professor - Ciências Humanas   69


(G120064E4) Leia o texto abaixo.

Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico


Um aspecto estratégico da aliança é aproximar a economia norte-americana dos países do
Pacífico, para contrabalançar com as economias do Japão e de Hong Kong.

Acordo de Livre Comércio das Américas


Surge em 1994 com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos
(exceto Cuba).
Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/>. Acesso em: 29 jul. 2012. Fragmento. (G120064E4_SUP)

Nesse texto, destacam-se as diferenças nos objetivos dos


A) acordos bilaterais.
B) blocos econômicos.
C) organismos políticos.
D) países membros.
E) tratados nacionais.

O item avalia a capacidade de o estudante reconhe-


cer as diferentes objetivações do processo de integração
dos países em blocos econômicos. Para solucionar esse
item, o estudante pode, a partir da leitura do texto, ater-
-se às nomenclaturas e às informações trazidas e rela-
cioná-las com uma maneira específica de regionalização.
Nesse sentido, o estudante irá perceber que a aproxima-
ção econômica entre países e a eliminação de barreiras
alfandegárias, por exemplo, caracterizam aspectos que
constituem os objetivos de formação de blocos econô-
micos e, consequentemente, uma regionalização que
considera principalmente os aspectos econômicos. Des-
sa forma, acertou o estudante que marcou a letra B, o
gabarito.

70  PAEBES 2016


Geografia - 3ª série do Ensino Médio
Avançado
ACIMA DE 375 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 9   ///  DE 375 A 400 PONTOS

CC Reconhecer a importância das novas tecnologias cartográficas através do uso do Sistema de Posi-
cionamento Global.

CC Reconhecer a importância das redes sociais no desenvolvimento dos fluxos informacionais.

CC Relacionar o capital estrangeiro ao processo de industrialização africano.

CC Relacionar os organismos internacionais e suas objetivações ao período posterior à Segunda Grande


Guerra.

CC Entender o papel das organizações internacionais no cenário econômico e comercial global.

CC Analisar a importância do conhecimento geográfico na interpretação da paisagem urbana.

CC Analisar as consequências da Primeira Revolução Industrial.

CC Analisar diferentes representações da superfície terrestre a partir do uso da escala.

CC Analisar os impactos da emissão de poluentes na destruição da camada de ozônio.

Revista do Professor - Ciências Humanas   71


(G120156F5) Leia o texto abaixo.

Durante séculos, a bússola foi utilizada como principal instrumento de orientação por qualquer
um que quisesse se aventurar por locais desconhecidos, seja na terra, no mar ou no ar. Porém, a
chegada da era espacial trouxe uma tecnologia que acabou deixando obsoleta não só a bússola,
mas também até mesmo o ato de pedir informações na rua [...].
Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/conexao/215-o-que-e-gps-.htm#ixzz2QLPsoafG>. Acesso em: 13 abr. 2013. Fragmento.

Qual é a tecnologia de localização geográfica, surgida a partir da era espacial, a que esse texto se refere?
A) Cartas Geográficas.
B) Coordenadas geográficas.
C) Fotografias Aéreas.
D) Sistema de Posicionamento Global.
E) Sistema de Radares.

O item avalia se o estudante é capaz de reconhecer


a importância das novas tecnologias cartográficas. Para
a resolução desse item, o estudante pode, a partir da
leitura do texto utilizado como suporte, atentar-se às in-
formações trazidas em relação às mudanças ocorridas
nos sistemas de orientação ao longo do tempo. Assim,
compreende que a chamada era espacial possibilitou um
avanço nas formas de se orientar, tornando obsoletos
alguns dos sistemas que eram utilizados anteriormente.
Diante disso e considerando as alternativas apresentadas,
o estudante infere que o texto se refere ao sistema de
posicionamento global, pois essa é uma tecnologia que
permite associar orientação e localização geográfica em
um mesmo sistema. Logo, o estudante concluiu que o
gabarito é a letra D.

72  PAEBES 2016


NÍVEL 10   ///  ACIMA DE 400 PONTOS

CC Reconhecer a capoeira enquanto expressão cultural dos povos afro-brasileiros.


CC Reconhecer a divisão territorial do globo mediante critérios econômicos.
CC Reconhecer a regionalização do Brasil através de critérios geoeconômicos.
CC Reconhecer as territorialidades construídas pelos diferentes grupos sociais.
CC Reconhecer as territorialidades empreendidas pelos povos indígenas brasileiros.
CC Reconhecer as territorialidades impostas pelos grandes agentes imobiliários.
CC Reconhecer características do bloco econômico Mercado Comum do Sul (Mercosul).
CC Reconhecer o papel das cidades globais dentro de uma lógica informacional dos fluxos e redes.
CC Relacionar as condições econômicas ao processo de segregação espacial.
CC Correlacionar linguagens textuais com diferentes tipos de vegetação.
CC Compreender a distribuição espacial dos refugiados frente à distribuição global de riqueza.
CC Compreender a importância do emprego da técnica para o desenvolvimento dos processos de
globalização.

CC Compreender a relação entre os conflitos armados e o processo de deslocamento de refugiados para


o continente europeu.

CC Compreender as consequências da globalização para os países classificados como subdesenvolvidos.


CC Compreender as disputas políticas expostas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em
relação à Rússia.

CC Compreender estratégias de ação da sociedade civil organizada.


CC Compreender os deslocamentos pendulares como movimentos para fins de trabalho.
CC Analisar a espacialidade do buraco da camada de ozônio a partir dos diferentes impactos ambientais
provocados pela ação humana.

CC Analisar a importância da indicação da direção norte em documentos cartográficos.


CC Analisar a importância da utilização de instrumentos de deslocamento espacial.
CC Analisar o papel dos países subdesenvolvidos industrializados na Divisão Internacional do Trabalho.
CC Analisar os impactos ambientais na construção de usinas hidrelétricas.
CC Analisar os impactos da mecanização do campo no desenvolvimento da Revolução Verde.
CC Analisar representação cartográfica construída conforme a ideologia dos autores.

Revista do Professor - Ciências Humanas   73


(G120097F5) Leia o texto abaixo.

Situação fundiária e territorialidade

Os Guarani Mbya mantêm a configuração de seu “território tradicional” através de suas


inúmeras aldeias distribuídas em vasta região abrangendo regiões no Paraguai, na Argentina,
no Uruguai e no Brasil. [...] O domínio de seu território, por sua vez, se afirma no fato de que
suas relações de reciprocidade não se encerram exclusivamente nem em suas aldeias, nem em
complexos geográficos contínuos. Elas ocorrem no âmbito do “mundo” onde se configura este
seu território. [...]
Disponível em: <http://pib.socioambiental.org/pt/povo/guarani-mbya/1292>. Acesso em: 3 jun. 2014. Fragmento.

De acordo com esse texto, a territorialidade dos grupos Guarani Mbya se expressa por meio
A) da atuação estatal para a manutenção das divisas do seu território.
B) da delimitação cartográfica do território no qual se manifesta.
C) da valorização de aspectos físicos do território em que se materializa.
D) das construções de habitações com características tradicionais.
E) das interações socioculturais ocorridas entre os seus membros.

O item avalia se o estudante é capaz de reconhe-


cer as territorialidades como expressão da cultura em-
preendida pelos povos indígenas brasileiros. Para tan-
to, o estudante pode ater-se às informações trazidas
pelo texto e que dizem respeito à relação existente
entre configuração de um território tradicional e inte-
rações socioculturais entre povos que ocupam uma
mesma região. Além disso, precisa entender a impor-
tância de critérios sociais e culturais na constituição do
conceito de território para os povos indígenas. Desse
modo, o estudante conclui que a territorialidade do
grupo indígena em questão se dá devido às interações
socioculturais que se deram entre seus membros e
que possibilitou que suas relações constituíssem uma
expressão de suas culturas por meio da demarcação
de um território comum. Assim, o estudante concluiu
que o gabarito desse item é a letra E.

74  PAEBES 2016


História - 9º ano do Ensino Fundamental
Abaixo do Básico
ATÉ 200 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 1   ///  ATÉ 150 PONTOS

CC Reconhecer abordagens históricas por meio de uma fotografia.

(H090106F5) Observe as imagens abaixo.

11 de setembro de 2001

Disponível em: <http://frentepantanal.blogspot.com.br/2012/09/11-de-setembro-de-2001-o-dia-que-nunca.html>. Acesso em: 5 set. 2013.

Essas imagens, que representam um fato histórico, foram registradas por meio
A) da escrita.
B) de fotografia.
C) de mapa.
D) do cinema.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer os que indica o dia 11 de setembro de 2001, data desse
diferentes recursos e linguagens na produção do acontecimento. Diante das informações, o estudan-
conhecimento histórico. Para isso, o estudante deve te capaz de reconhecer na fotografia o registro de
reconhecer na imagem o fato referente à explosão um fato histórico demonstrou ter atingido a habilida-
das Torres Gêmeas nos Estados Unidos da América. de desejada ao assinalar a alternativa B.
Essa informação é ratificada na fonte da imagem,

Revista do Professor - Ciências Humanas   75


NÍVEL 2   ///  DE 150 A 175 PONTOS

CC Compreender a representação de um fato histórico como elemento da memória coletiva.

(H090209F5) Leia o texto abaixo.


[...] Apesar de ter sido impulsionado pela história de um homem em particular, “Diário de uma
busca” acaba se entrelaçando ao contexto político mais amplo da ditadura militar brasileira e
abrangendo as trajetórias de centenas de exilados políticos que passaram por situações similares
às que Celso Castro vivenciou. Foram anos de exílio e perseguição, percorrendo países como
Chile e Venezuela [...].
Disponível em: <http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2014/12/documentario-investiga-vida-de-exilados-politicos-na-ditadura-militar.html>.
Acesso em: 19 jun. 2015. Fragmento.

O documentário “Diário de uma busca”, citado nesse texto, mostra ser possível construir conhecimento
histórico com a
A) administração de um governante.
B) estratégia coletiva de gestão do poder.
C) influência econômica de um grupo.
D) memória sobre a vida de uma pessoa.

Esse item avalia a habilidade de compreender o civil militar brasileira). A partir disso, o estudante deve
conhecimento histórico como registro e memória fazer uma série de conexões as quais ligam a com-
individual e coletiva. Para essa finalidade, o estudan- preensão das operações de memória à história. Ou
te necessita compreender que o processo de cons- seja, ele deve construir o conhecimento histórico a
trução da História, também se baseia nas interpre- partir de uma memória individual que está associada
tações advindas das memórias dos sujeitos, mesmo à coletiva. Portanto, o estudante que compreende
que de forma individual. O avaliando deve perceber essas questões inerentes à relação entre memória e
que a memória de Celso Castro, personagem do à História, demonstrou ter atingido a habilidade al-
documentário mencionado no suporte está relacio- mejada ao marcar a letra D.
nada a um contexto específico (no caso a ditadura

76  PAEBES 2016


NÍVEL 3   ///  DE 175 A 200 PONTOS

CC Compreender os impactos do desenvolvimento tecnológico em uma sociedade em guerra.

CC Reconhecer os diferentes tipos de trabalho na organização da sociedade.

(H090210F5) Observe as imagens abaixo.

Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/santos/fotos091.htm>. Disponível em: <http://migre.me/qH3Uj>. Acesso em: 17 jun. 2015.
Acesso em: 17 jun. 2015.

Nessas imagens, de carregadores de mercadorias pesadas no passado e atualmente, a mudança é


representada pela
A) ampliação da mecanização.
B) eliminação da força muscular.
C) intensificação da mão de obra.
D) redução da jornada de trabalho.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reco- reconhecer a mecanização do transporte de carga,
nhecer a importância do trabalho humano e as suas sobretudo pela presença de uma empilhadeira. Fei-
formas de organização em diferentes contextos his- to esse reconhecimento, o estudante demonstrou
tóricos. Para a realização da tarefa, o estudante deve atingir a habilidade, ao reconhecer que ao longo
reconhecer, na primeira imagem, que o transporte dos anos houve uma ampliação da mecanização do
de mercadorias no início do século XX era braçal. transporte de mercadorias e assinalar a alternativa A.
Na segunda imagem, por sua vez, o estudante deve

Revista do Professor - Ciências Humanas   77


História - 9º ano do Ensino Fundamental
Básico
DE 200 A 275 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 4   ///  DE 200 A 225 PONTOS

CC Reconhecer os aspectos da diversidade cultural de uma sociedade.

CC Reconhecer a diversidade religiosa na sociedade egípcia.

CC Reconhecer a liberdade no discurso iluminista.

CC Reconhecer a relevância do trabalho infantil no século XIX.

CC Reconhecer o desemprego da população negra no tempo presente.

CC Reconhecer a relevância do trabalho infantil na Revolução Industrial.

CC Reconhecer as diferentes religiões que compõem o continente asiático.

78  PAEBES 2016


(H338EFH_335) Leia o texto abaixo.

O homem nasceu livre. [...] Esta liberdade é uma consequência da própria natureza. [...] Se a
gente procura saber em que consiste precisamente o maior de todos os bens, aquele que deve
ser o fim de qualquer sistema de leis, chega-se à conclusão de que ele se reduz a dois pontos
principais: a liberdade e a igualdade. [...]
Fonte: ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social. Lisboa: Publicações Europa-América, 1981. *Adaptado: Reforma Ortográfica. Fragmento.

A partir desse texto, é possível reconhecer que os iluministas consideravam a liberdade um:
A) direito de todos os cidadãos.
B) privilégio dos mais poderosos.
C) atributo restrito aos legisladores.
D) limite à concorrência econômica.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer direitos e


deveres dos indivíduos-cidadãos como forma de consti-
tuição da cidadania. Para solucionar o item, o estudante
deve, no primeiro momento, reconhecer no texto que
direitos básicos como liberdade e igualdade perten-
cem ao movimento Iluminista. No segundo momento,
o estudante deve confirmar essa informação a partir da
fonte, uma vez que o autor do suporte é Jean-Jacques
Rosseau, um dos símbolos desse movimento. Assim, o
estudante que assinalou a alternativa A demonstrou ter
atingido a habilidade.

Revista do Professor - Ciências Humanas   79


NÍVEL 5   ///  DE 225 A 250 PONTOS

CC Reconhecer a colonização portuguesa como uma forma de poder.

CC Reconhecer a importância da imigração de mão de obra na industrialização brasileira.

CC Reconhecer a livre expressão como um direito do indivíduo.

CC Reconhecer a migração brasileira por meio de um mapa e uma música.

CC Reconhecer a presença da cultura norte-americana na sociedade brasileira.

CC Reconhecer as diferentes influências culturais na culinária mineira.

CC Reconhecer diferentes fontes históricas na produção do conhecimento histórico.

CC Reconhecer, na narrativa do poema, a busca por direitos.

CC Reconhecer o carnaval como uma expressão da cultura brasileira.

CC Reconhecer o coronelismo como uma forma de poder durante a Primeira República.

CC Reconhecer o cotidiano urbano da Idade Média a partir de imagens.

CC Reconhecer os aspectos da cultura africana na culinária brasileira.

CC Reconhecer os aspectos do trabalho agrícola durante o Feudalismo.

CC Caracterizar a origem do poder do rei durante a Monarquia.

CC Compreender a influência da escravidão na crise da Monarquia.

CC Compreender a realidade de mulheres operárias por meio de um registro da memória individual.

CC Compreender o conhecimento indígena como registro da memória coletiva e individual.

CC Compreender o sem-teto como produto de conflito social desencadeado pela falta de moradia.

CC Compreender que o museu é um local de aprendizagem.

80  PAEBES 2016


(H090009F5) Leia o texto abaixo.

O grande fazendeiro utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos
que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o fazendeiro obrigava e usava até mesmo de
violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele.
Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel,
para que votassem nos candidatos indicados.
Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/republica-velha/republica-velha-2.php>. Acesso em 16 mar. 2013. Fragmento.

Com base nesse texto, como ficou conhecido esse momento histórico dentro da Republica Velha?
A) Coronelismo.
B) Getulismo.
C) Populismo.
D) Queremismo.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer as dife-


rentes formas e relações de poder ao longo da História.
Para tanto, o estudante deve reconhecer que as caracte-
rísticas descritas no texto como “voto de cabresto”, “cur-
ral eleitoral”, “voto aberto” fazem parte da prática política
presente na República Velha, conhecida por Coronelis-
mo. Assim, o estudante que reconheceu o Coronelismo
como uma força de coerção política para intimidar o
grande eleitorado, por meio de violência, marcou a op-
ção A.

Revista do Professor - Ciências Humanas   81


NÍVEL 6   ///  DE 250 A 275 PONTOS

CC Reconhecer a greve como uma forma de constituição da cidadania.

CC Reconhecer a história da monarquia brasileira como um produto histórico social, econômico e polí-
tico que foi influenciado pela proibição do tráfico negreiro.

CC Reconhecer a influência da cultura norte-americana na sociedade brasileira.

CC Reconhecer a relação existente entre a consolidação das leis trabalhistas e cidadania no Brasil recente.

CC Reconhecer a relação existente entre a Constituição de 1934 e a cidadania no Brasil República.

CC Reconhecer o museu do marinheiro João Cândido como um recurso para a produção do conheci-
mento histórico.

CC Reconhecer o ofício do historiador.

CC Reconhecer que a expansão marítima usou do poder das metrópoles europeias para a busca de um
caminho lucrativo ao extremo oriente.

CC Reconhecer que o trabalho precoce dificulta a escolarização dos jovens.

CC Relacionar diferentes momentos nos quais o trabalho infantil foi utilizado.

CC Compreender a atividade da Igreja Católica durante a colonização.

CC Compreender a produção do conhecimento histórico a partir de imagens, mapas, objetos e textos.

CC Compreender o impacto do relógio na organização da sociedade.

CC Compreender os costumes da sociedade pré-histórica a partir de uma pintura rupestre.

82  PAEBES 2016


(H090100F5) Leia o texto abaixo.

[...] Em história oral, grande parte dos pesquisadores prioriza o que contam os idosos, a partir
de sua trajetória de vida e dos testemunhos que empreenderam, nos acontecimentos do seu
tempo. [...] Isto retoma e ajuda a fortalecer a ideia de que a história, mesmo tratando do tempo
presente, ainda se reporta a um período anterior ao da vida do pesquisador, liberando-o de um
comprometimento relativo à simultaneidade do seu tempo de vida e da ocorrência do seu objeto
de pesquisa. [...]
ALMEIDA, Magdalena Maria de. História oral e formalidades metodológicas. Disponível em: <http://www.encontro2012.historiaoral.org.br/
resources/anais/3/1332442488_ARQUIVO_ABHOHistoriaoraleformalidadesmetodologicas.pdf>. Acesso em: 18 dez. 2012. Fragmento.

A forma de produção do conhecimento histórico descrita nesse texto utiliza principalmente a


A) coleta de depoimentos.
B) interpretação de imagens.
C) organização de tabelas.
D) quantificação de dados.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reco-


nhecer o ofício do historiador como produtor do co-
nhecimento histórico. Para resolver o item, o estudante
deve reconhecer que a “História Oral” trata-se de uma
metodologia da História responsável por, entre outras
atribuições, utilizar o depoimento como uma fonte para
a produção de conhecimento histórico. Além disso, o
estudante deve reconhecer que cabe ao historiador pôr
em prática essa tarefa. Assim, o estudante demonstrou
ter atingido essa habilidade, ao marcar a alternativa A.

Revista do Professor - Ciências Humanas   83


História - 9º ano do Ensino Fundamental
Proficiente
DE 275 A 350 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7   ///  DE 275 A 300 PONTOS

CC Reconhecer a História como um produto das sociedades humanas.

CC Reconhecer a igualdade perante a lei como um direito do cidadão.

CC Reconhecer a importância do trabalho durante a Revolução Industrial.

CC Reconhecer a presença da cultura indígena no início da colonização na América.

CC Reconhecer a realidade nordestina através da música.

CC Reconhecer a relação existente entre a Constituição de 1988 e a cidadania no Brasil recente.

CC Reconhecer a relação existente entre a Constituição de 1988 e o combate ao trabalho infantil.

CC Reconhecer a relação existente entre a Lei Maria da Penha e a cidadania.

CC Reconhecer a Revolução Industrial como um efeito da acumulação de riquezas da burguesia.

CC Reconhecer o fim da escravidão como um processo de luta do movimento absolutista pelo direito
à liberdade.

CC Reconhecer o nazismo como uma forma de poder.

CC Reconhecer o voto como um direito.

CC Compreender a independência do Haiti.

CC Compreender o impacto da globalização na sociedade.

CC Compreender o impacto da Revolução Industrial na sociedade.

CC Compreender o impacto das novas tecnologias na sociedade moderna.

84  PAEBES 2016


(H090118F5) Leia o texto abaixo.

[...] A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos
sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produção mais
utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores
custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias.
Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos
e mercadorias. [...]
Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/industrial/>. Acesso em: 4 jan. 2013. Fragmento.

De acordo com esse texto, a Revolução Industrial relaciona-se


A) à transformação da técnica de produção.
B) à valorização do trabalho feminino.
C) ao crescimento da servidão feudal.
D) ao fortalecimento da produção artesanal.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer a impor-


tância do trabalho humano e as suas formas de organiza-
ção em diferentes contextos históricos. Para solucionar o
item, o estudante deve, no primeiro momento, ler o texto
e, no segundo momento, munido do seu conhecimen-
to prévio, reconhecer que a Revolução Industrial inau-
gurou um novo momento para a produção da indústria
mundial. Assim, a partir desse paradigma sobre o cená-
rio histórico, identificar as novas técnicas e as formas de
produção introduzidas nas fábricas do século XVIII. Dessa
forma, o estudante demonstrou ter atingido essa habili-
dade, ao assinalar a alternativa A.

Revista do Professor - Ciências Humanas   85


NÍVEL 8   ///  DE 300 A 325 PONTOS

CC Identificar o marechal Deodoro da Fonseca como um defensor da República.

CC Identificar os ritmos temporais dos fatos históricos relacionados ao Brasil pós 1500.

CC Reconhecer a forma de produção feudal como uma organização de trabalho.

CC Reconhecer a relação entre a Constituição de 1824 e a cidadania no Brasil Império.

CC Reconhecer o ofício do historiador como produtor do conhecimento sobre a escravidão.

CC Reconhecer que a marcação de tempo pode variar dependendo da sociedade.

CC Caracterizar o Estado Constitucional no Brasil recente.

CC Caracterizar o regime da ditadura militar como limitador da liberdade individual e dos direitos civis e
políticos.

CC Associar a memória do Renascimento a objetos da cultura material.

CC Compreender a Guerra dos Sete Anos a partir de uma imagem e um texto acadêmico.

CC Compreender a Guerra Fria como um conflito advindo das relações de força e poder.

CC Compreender a Revolução Francesa como um conflito presente no campo e no ambiente urbano.

CC Compreender as Cruzadas como resultado de força e poder.

CC Compreender o holocausto como um registro da memória individual e coletiva.

86  PAEBES 2016


(H090084F5) Leia os textos abaixo.

Calendário Revolucionário Francês

Instituído em 1792, compunha-se de 12 meses [...], distribuídos em três décadas. O dia foi dividido
em 10 horas de 100 minutos, cada minuto com 100 segundos. Aos 360 dias, acrescentavam-se,
anualmente, 5 dias complementares, e um sexto a cada quadriênio. [...]
Esse calendário só vigorou de 22/9/1792 a 1/1/1806, quando Napoleão I ordenou o
restabelecimento do gregoriano.
Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/porto/mapas/nmcalenf.htm#alto>. Acesso em: 8 mar. 2014. Fragmento.

Calendário Judaico

O calendário judaico começa a 7 de outubro do ano 3760 a.C., que para os judeus é a data
da criação do mundo. [...] O calendário israelita é lunissolar, com anos solares e meses lunares.
Para se ajustar os meses ao ano solar, intercala-se um mês nos anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 de
um ciclo de 19 anos. Os meses são fixados alternadamente com 29 e 30 dias.
Disponível em: <http://www.novomilenio.inf.br/porto/mapas/nmcalenf.htm#alto>. Acesso em: 8 mar. 2014. Fragmento.

De acordo com esses textos, nota-se que


A) a marcação de tempo francesa é menos precisa que a dos judeus.
B) a marcação do tempo pode variar dependendo da sociedade.
C) o calendário judaico tem como início o nascimento de Cristo.
D) o calendário revolucionário francês é utilizado nos dias atuais.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reco-


nhecer as diferentes sequências de marcação do tem-
po instituídas socialmente. Para tanto, o estudante deve
reconhecer que os textos tratam sobre a existência de
dois tipos diferentes de calendários, com marcações de
dias, meses e anos diferentes, em sociedades distintas.
Um, criado no século XVIII e outro, confeccionado no
século IV a.C. Assim, o estudante atestou ter atingido a
habilidade, optando pela alternativa B, ao concluir que a
marcação do tempo pode variar dependendo da socie-
dade em questão.

Revista do Professor - Ciências Humanas   87


NÍVEL 9   ///  DE 325 A 350 PONTOS

CC Identificar uma abordagem da sociedade medieval a partir de uma imagem.

CC Reconhecer a crise de 1929 como um marco histórico.

CC Reconhecer a importância do trabalho e dos trabalhadores nas grandes construções ao longo da


História.

CC Reconhecer a marcação cronológica de tempo como algo instituído socialmente.

CC Reconhecer a relação existe entre a Lei de Terras e o crescimento de pequenas e médias propriedades.

CC Reconhecer o direito da livre associação como forma de constituição da cidadania.

CC Reconhecer o movimento Iluminista como responsável por defender direitos e deveres na Idade
Moderna.

CC Relacionar a servidão a uma organização de produção.

CC Caracterizar o regime da ditadura militar como instituidor da censura.

CC Caracterizar o regime da ditadura militar no Brasil.

CC Associar a memória do barroco a objetos da cultura material.

CC Compreender a miséria como um conflito social advindo das relações de força e poder.

CC Compreender o impacto dos instrumentos náuticos nas Grandes Navegações.

CC Compreender que o Tratado de Tordesilhas dividiu os domínios entre Portugal e Espanha.

CC Compreender que a crise do Antigo Regime foi um conflito desencadeado pela consolidação dos
Estados Modernos.

CC Compreender que o regime da ditadura militar sucedeu o governo Getúlio Vargas.

CC Compreender que Portugal se tornou país antes da chegada de Cabral a América.

88  PAEBES 2016


(H100033C2) Leia o texto abaixo sobre a contagem do tempo.

Desde muito cedo, o Homem sentiu a necessidade de medir o tempo. Começou por recorrer
ao relógio de Sol, ao relógio de água (clepsidra), ao relógio de areia (ampulheta)... No nosso dia
a dia, usamos os segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos para
contar o tempo. Mas há outras unidades de contagem do tempo!
Disponível em: <http://www.formactiva.org/olindagil/weblog/2397.html>. Acesso em: 22 ago. 2011.

Esse texto descreve o tempo


A) cronológico.
B) geológico.
C) histórico.
D) mítico.

Esse item avalia a habilidade de o estudante com-


preender a noção de tempo e as suas dimensões. Para
resolver o item, o estudante deve compreender que o
texto faz referência às diversas noções do tempo crono-
lógico em diferentes momentos. Seja em tempos mais
remotos (relógio de Sol, relógio de água), seja na atuali-
dade (segundos, minutos, horas e dias). Assim, o estudan-
te comprovou ter desenvolvido a habilidade ao assinalar
a alternativa A, compreendendo que a noção de tempo
apresentada no suporte é o tempo cronológico.

Revista do Professor - Ciências Humanas   89


História - 9º ano do Ensino Fundamental
Avançado
ACIMA DE 350 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 10   ///  DE 350 A 375 PONTOS

CC Identificar o regime da ditadura militar como um evento de duração média.

CC Identificar o tempo cronológico que antecedeu o final da Segunda Guerra Mundial.

CC Caracterizar o Estado Novo a partir da Constituição de 1937.

CC Caracterizar o sistema monárquico no Brasil.

CC Compreender a divisão de terras no nordeste como um conflito social provocado pelas relações de
força e poder.

CC Compreender a expansão germânica a partir de um mapa.

CC Compreender a produção dos livros didáticos através das fontes históricas.

CC Compreender a Revolta Constitucionalista como conflito político contra o governo Vargas.

CC Compreender as ideias do Iluminismo a partir das relações de força e poder.

CC Compreender as operações da memória à cultura material da Revolução de Avis.

CC Compreender o holocausto a partir da memória individual.

CC Compreender que o processo de independência na América foi um conflito político no domínio das
relações de força e poder.

90  PAEBES 2016


(H090018F5) Leia o texto e observe a imagem abaixo.

Lúcio Costa declarava à revista “Manchete” em 1974: “Digam o que quiserem, Brasília é um
milagre. Quando lá fui pela primeira vez, aquilo tudo era deserto a perder de vista. Havia apenas
uma trilha vermelha e reta descendo do alto do cruzeiro até o Alvorada, que começava a aflorar
das fundações, perdido na distância. Apenas o cerrado, o céu imenso, e uma ideia saída da
minha cabeça. O céu continua, mas a ideia brotou do chão como por encanto e a cidade agora
se espraia e adensa. [...]”
Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/Construcao>. Acesso em: 12 abr. 2013. Fragmento.

Disponível em: <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/artigos/Brasilia/Construcao>. Acesso em: 12 abr. 2013.

Para o “milagre” da construção de Brasília descrito nesse texto e retratado nessa imagem, qual foi a mão
de obra utilizada?
A) Assalariada.
B) Comunal.
C) Escrava.
D) Servil.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reconhe-


cer a importância do trabalho humano e as suas formas
de organização em diferentes contextos históricos. Para
solucionar o item, o estudante deve observar o texto e a
imagem. O texto indica o período abordado, qual seja, o
século XX, momento em que o trabalho assalariado pre-
domina. É preciso também que o estudante observe a
imagem, a qual faz referência à construção de Brasília,
e reconheça o trabalho assalariado. Assim, o estudante
que demonstrou ter desenvolvido a habilidade marcou a
alternativa A.

Revista do Professor - Ciências Humanas   91


NÍVEL 11   ///  ACIMA DE 375 PONTOS

CC Reconhecer a autoridade monárquica no Brasil a partir de uma imagem.

CC Reconhecer a diversidade étnico-cultural na sociedade brasileira.

CC Reconhecer a Idade Média como um marco histórico constituído socialmente.

CC Reconhecer a linha do tempo como um produto social.

CC Reconhecer a utilização de duas imagens para a produção do perfil carismático de Getúlio Vargas.

CC Reconhecer o direito ao voto como uma forma de constituição da cidadania.

CC Reconhecer o imperialismo nos países da América Latina no domínio das relações de força e poder.

CC Reconhecer o Mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico através de um mapa.

CC Reconhecer o Maracatu como uma representação cultural.

CC Reconhecer o mito como uma representação cultural.

CC Reconhecer o movimento Diretas Já como uma forma de constituição da cidadania.

CC Reconhecer o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra como um conflito social no domínio
das relações de força e poder.

CC Reconhecer o trabalho assalariado como uma forma de organização do trabalho humano.

CC Reconhecer que a Inconfidência Mineira ocorreu simultaneamente à Revolução Francesa.

CC Reconhecer que o governo Vargas ocorreu simultaneamente à Segunda Guerra Mundial.

92  PAEBES 2016


(H090176F5) Observe a imagem abaixo.

Protesto contra a integração de estudantes afro-americanos em Little Rock, 1958

Disponível em: <http://www.megacurioso.com.br/fotografia/54503-veja-25-fotos-historicas-que-ficaram-ainda-mais-bonitas-coloridas.htm>.


Acesso em: 27 maio 2015.

Essa imagem foi produzida no contexto do


A) aumento da criminalidade dos jovens negros no país.
B) combate aos afro-americanos que lutavam no Vietnã.
C) estabelecimento de direitos aos negros nos EUA.
D) fim da escravização ilegal no território norte-americano.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reco-


nhecer direitos e deveres dos indivíduos-cidadãos como
forma de constituição da cidadania. Para tanto, o estu-
dante deve se deter ao título da imagem, que traz duas
informações importantes. Primeiro, o tema da fotografia,
que retrata um protesto contra a integração de estudan-
tes afro-americanos (afro-estadunidenses) em uma es-
cola estadunidense. E, segundo, o período no qual essa
manifestação aconteceu, ano de 1958, período esse de
intensa segregação racial nos Estados Unidos da Améri-
ca. Após essa avaliação, o estudante deve reconhecer na
imagem a presença apenas de homens brancos, acom-
panhados de cartazes em inglês, que pedem o fim da
mistura entre homens brancos e negros. Assim, o aluno
atestou ter desenvolvido a habilidade assinalando a alter-
nativa C.

Revista do Professor - Ciências Humanas   93


História - 3ª série do Ensino Médio
Abaixo do Básico
ATÉ 250 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 1   ///  ATÉ 200 PONTOS

CC Reconhecer uma manifestação social e cultural.

CC Reconhecer uma relação de poder por meio de uma prática política autoritária.

CC Reconhecer a construção da identidade cultural dos povos de origem africana.

CC Reconhecer a construção de sujeitos a partir de manifestações culturais.

CC Reconhecer a importância do trabalho humano dos escravizados no período imperial e dos assala-
riados nos dias atuais.

94  PAEBES 2016


(H120169F5) Leia o texto abaixo.

O Coronelismo

No início do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um
sistema conhecido popularmente como Coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era
controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros).
[...] na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os
coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens materiais (pares
de sapatos, óculos, alimentos, etc.). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas
para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões
controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. [...]
Disponível em: <http://migre.me/hUZhf>. Acesso em: 15 fev. 2014. Fragmento.

Com base nesse texto, qual imagem representa o sistema eleitoral no período do Coronelismo?
A) B)

Disponível em: <http://migre.me/kGq4I>. Acesso Disponível em: <http://migre.me/hUZWO>. Acesso


em: 28 jul. 2014. em: 15 fev. 2014.

C) D)

Disponível em: <http://migre.me/hV07a>. Acesso


Disponível em: <http://migre.me/kGqlx>. Acesso em: 15 fev. 2014.
em: 28 jul. 2014. *Adaptado para fins didáticos.

E)

Disponível em: <http://migre.me/hV0br>. Acesso


em: 15 fev. 2014.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reco- nômica e possível somente porque o voto não era
nhecer as diferentes formas e relações de poder ao aberto naquele período. Portanto, o estudante que
longo da História. Para solucionar esse item, o estu- demonstra ter desenvolvido essa habilidade marca a
dante deve reconhecer o coronelismo como uma alternativa B, única opção que retrata o eleitor – um
prática política presente na Primeira República, prá- homem curvado, que traja roupas simples – submis-
tica essa responsável por intimidar grande parte da so a um coronel – sujeito de porte ereto, com rou-
população a votar em candidatos ligados a elite eco- pas mais sofisticadas.

Revista do Professor - Ciências Humanas   95


NÍVEL 2   ///  DE 200 A 225 PONTOS

CC Identificar a noção de permanência por meio de uma construção arquitetônica em História.

CC Reconhecer a importância da legislação vigente para a promoção da cidadania na sociedade.

CC Reconhecer a importância do trabalho escravo no período colonial brasileiro.

CC Reconhecer os direitos dos cidadãos, discutidos pelo Iluminismo.

CC Compreender a noção de simultaneidade por meio de uma linha do tempo.

CC Compreender a produção de conhecimento histórico a partir da análise de uma fotografia.

96  PAEBES 2016


(H120314F5) Observe a imagem abaixo.

PORTINARI, Cândido. Café.1935. 1 original de arte, óleo sobre tela,1,30 m x 1,95 m. Museu Casa de Portinari. Disponível em: <http://www.
revistaecologico.com.br/materia.php?id=71&secao=1101&mat=1214>. Acesso em: 20 maio 2015.

Esse quadro de Cândido Portinari retrata o desgaste e o embrutecimento físico no trabalho dos
A) eletricistas.
B) lavradores.
C) mecânicos.
D) operários.
E) pescadores.

Esse item avalia a habilidade de o estudante rela-


cionar os diferentes processos de produção às formas
de organização do trabalho ao longo da História. Para
tanto, o estudante deve, no primeiro momento, obser-
var a imagem, notando que se trata de trabalhadores na
lavoura de café. Tal constatação é possível pelo manu-
seio de sacas de café pelos trabalhadores, no primeiro
plano, como também, pela presença da paisagem rural,
no segundo plano da tela. Assim, ao relacionar o tipo de
trabalho agrícola que esses trabalhadores estão desen-
volvendo ao processo de embrutecimento físico que os
personagens na tela são apresentados, seja pelos braços,
seja pelas pernas fortes, o estudante que atinge a habili-
dade marca a alternativa B.

Revista do Professor - Ciências Humanas   97


NÍVEL 3   ///  DE 225 A 250 PONTOS

CC Identificar a passagem do tempo por meio da preservação de mitos indígenas.

CC Identificar as mudanças decorrentes da mecanização produtiva em diferentes momentos históricos.

CC Identificar diferentes ritmos temporais por meio da diversidade cultural brasileira.

CC Identificar o coronelismo como um marco temporal do contexto brasileiro.

CC Identificar o cotidiano urbano medieval representado em uma imagem.

CC Reconhecer a consolidação do direito ao livre pensamento como uma forma de construção da ci-
dadania.

CC Reconhecer a construção da identidade afro-brasileira por meio da aprovação de uma lei específica.

CC Reconhecer a importância do trabalho no Brasil entre os séculos XIX e XX.

CC Reconhecer aspectos da migração nordestina ao sudeste em determinado contexto por meio de


diferentes recursos e linguagens.

CC Reconhecer na música um recurso que, por sua vez, possui uma linguagem, para a produção de
conhecimento histórico.

CC Reconhecer relações de poder durante o Brasil Império.

CC Reconhecer uma manifestação cultural dos africanos escravizados do Brasil como representante da
diversidade desse povo.

CC Analisar as pirâmides egípcias como um produto cultural da memória daquela sociedade.

CC Analisar discursos políticos por meio da legislação concernente aos museus.

CC Analisar os efeitos do desenvolvimento tecnológico na empregabilidade de determinados contextos.

98  PAEBES 2016


(H110037E4) Leia o texto abaixo.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO DE 1789

[...].

Artigo 10º- Ninguém pode ser inquietado pelas suas opiniões, incluindo opiniões religiosas,
contando que a manifestação delas não perturbe a ordem pública estabelecida pela Lei.

Artigo 11º- A livre comunicação dos pensamentos e das opiniões é um dos mais preciosos direitos
do Homem; todo o cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo,
todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na Lei.
Disponível em: <http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/atuacao-e-conteudos-de-apoio/legislacao/direitos-humanos/declar_dir_homem_cidadao.pdf>.
Acesso em: 5 jun. 2012. Fragmento. (H110037E4_SUP)

Esse documento histórico contribuiu para a legitimação do direito de


A) controle da livre associação.
B) liberdade de pensamento.
C) monopólio da religião.
D) unificação da comunicação.
E) uso de censura prévia.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reconhe-


cer direitos e deveres dos indivíduos-cidadãos como for-
ma de constituição da cidadania. Para solucionar o item,
o estudante deve, no primeiro momento, deter-se no tí-
tulo do texto, “Declaração dos direitos do homem e do
cidadão de 1789”, remetendo o título ao contexto abor-
dado, qual seja, a Revolução Francesa. No segundo mo-
mento, o estudante deve reconhecer que o postulado da
liberdade está inserido no lema da revolução “liberdade,
igualdade e fraternidade”. Assim, o estudante que atinge
a habilidade assinala a alternativa B.

Revista do Professor - Ciências Humanas   99


História - 3ª série do Ensino Médio
Básico
DE 250 A 325 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 4   ///  DE 250 A 275 PONTOS

CC Identificar a diversidade cultural de um município brasileiro.

CC Identificar o relógio como o principal marcador temporal instituído a partir da Revolução Industrial.

CC Reconhecer as diferentes formas de relações de poder em conflitos étnicos e religiosos.

CC Reconhecer a constituição da cidadania feminina através do movimento sufragista.

CC Reconhecer as expressões artísticas do homem pré-histórico como manifestações culturais.

CC Reconhecer o historiador como a figura construtora do conhecimento histórico.

CC Reconhecer a Constituição de 1988 como um meio de ampliar a cidadania dos trabalhadores.

CC Reconhecer diferentes manifestações culturais como formadores da identidade brasileira.

CC Reconhecer a construção da identidade artística do modernismo.

CC Reconhecer a construção multiétnica da sociedade brasileira.

CC Reconhecer as disputas imperialistas europeias na África como uma relação de poder.

CC Reconhecer que a libertação dos escravos em 1888 foi uma construção de vários elementos histó-
ricos e sociais da época.

CC Compreender a expansão marítima como um marco da história ocidental.

CC Compreender a possibilidade de castigar os escravos como uma forma de controle social autorizada
pelo Estado.

CC Analisar as práticas políticas do antissemitismo promovida pelo Nazismo.

CC Analisar o impacto tecnológico da revolução industrial no crescimento demográfico inglês do século XIX.

100  PAEBES 2016


(H120081F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-diversidade-cultural-brasileira-sala-aula.htm>. Acesso em: 22 maio 2013.

Essa imagem mostra a sociedade brasileira considerando-se a


A) diversidade étnica ao longo do processo histórico do Brasil.
B) resistência social dos povos ameríndios residentes no território.
C) rivalidade cultural entre povos africanos e indígenas no Brasil.
D) superioridade racial dos europeus no processo colonizador.
E) tendência ao isolamento cultural dos povos africanos.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reconhe-


cer a construção dos sujeitos, identidades, alteridades e
diversidade em suas dimensões. Para resolver o item, o
estudante deve reconhecer no mapa do Estado brasilei-
ro vários personagens importantes para a construção da
diversidade étnica brasileira. Estão presentes na imagem
homens que representam determinadas etnias, como ne-
gros, índios, brancos, e determinadas profissões, como
os garimpeiros e seringueiros , remetendo assim a vários
atores importantes que compõem a diversidade cultural
brasileira. Portanto, o estudante que marca a alternativa A
demonstra ter atingido a habilidade desejada.

Revista do Professor - Ciências Humanas   101


NÍVEL 5   ///  DE 275 A 300 PONTOS

CC Identificar a abordagem existente em uma fonte histórica.

CC Identificar práticas materiais indígenas como constituintes de sua cultura.

CC Reconhecer a ausência dos direitos dos cidadãos como um entrave para a constituição da cidadania.

CC Reconhecer a estratificação política e social da Idade Média por meio das instituições.

CC Reconhecer a legislação como elemento protetor dos direitos das mulheres no tempo presente.

CC Reconhecer a revolução industrial como um produto histórico e social.

CC Reconhecer direitos sociais do Brasil retratados em uma charge sobre a independência desse país.

CC Reconhecer manifestações artísticas das sociedades indígena, islâmica e muçulmana como constru-
ções materiais desses povos.

CC Reconhecer o marinheiro João Cândido como sujeito da História.

CC Relacionar o modo de produção capitalista aos diferentes processos de produção presentes em uma
sociedade.

CC Relacionar os processos de produção do vestuário na Idade Média e na atualidade.

CC Compreender fatores referentes ao trabalho no campo como elemento de formação de identidades


regionais.

102  PAEBES 2016


(H120138F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://rosangelal.blogspot.com.br/2012_02_01_archive.html>. Acesso em: 16 mar. 2013.

Essa imagem representa a sociedade


A) Antiga.
B) Contemporânea.
C) feudal.
D) Moderna.
E) pré-histórica.

Esse item avalia a habilidade de o estudante reconhe-


cer as diversas instituições sociais produzidas e legitima-
das pelas relações de força e poder. Para solucionar o
item, o estudante deve, no primeiro momento, observar
a imagem e, em seguida, reconhecer que a hierarquia so-
cial e seus respectivos deveres, apresentados na imagem,
remetem à sociedade feudal, uma vez que são descritas
as divisões sociais, como por exemplo clero, nobreza,
servos e vilões. Aqueles estudantes que desenvolvem
essa habilidade marcam a alternativa C.

Revista do Professor - Ciências Humanas   103


NÍVEL 6   ///  DE 300 A 325 PONTOS

CC Identificar a abordagem existente em uma fonte histórica material da Idade Média


CC Identificar que uma fonte histórica é parcial.
CC Reconhecer a forma de governo da França durante a Idade Moderna.
CC Reconhecer a importância do trabalho feminino durante a Revolução Industrial.
C C Reconhecer a influência das instituições estadunidenses como instrumentos de poder em
diferentes espaços.

CC Reconhecer a marcação de tempo em diferentes contextos históricos, de distintas sociedades.


CC Reconhecer a marcação de tempo histórico.
CC Reconhecer a pintura rupestre como um recurso para a produção de conhecimento histórico.
CC Reconhecer as manifestações do feriado do Sete de Setembro como elementos eminentemente públicos.
CC Reconhecer o poder papal como um fator de grande importância social durante a Idade Média.
CC Reconhecer relações de poder durante a Guerra Fria.
CC Reconhecer um modo de produção em determinado contexto histórico.
CC Reconhecer uma sequência de marcação do tempo instituída durante a Revolução Industrial.
CC Caracterizar a forma de governo no tempo da Ditadura Militar no Brasil.
CC Caracterizar o regime de Governo do Estado Novo.
CC Associar a memória do Espírito Santo a um patrimônio imaterial desse estado.
CC Compreender a luta pela construção da cidadania feminina.
CC Compreender as relações entre Estado e sociedade no período da Ditadura Militar.
CC Compreender formas de poder no Brasil Imperial.
CC Compreender o trabalho do artista Debret como um elemento de memória que constrói o conhe-
cimento histórico.

CC Compreender relações entre Estado e sociedade no Brasil durante a I República.


CC Compreender uma memória individual construída sobre a II Guerra Mundial, que também se refere
à memória coletiva.

CC Analisar, por meio de uma charge, o posicionamento dos britânicos em relação à América colonizada.
CC Analisar o impacto da tecnologia nuclear nos tempos da Guerra Fria.
CC Analisar o impacto das telecomunicações na sociedade atual.

104  PAEBES 2016


(H120165F5) Observe as imagens abaixo.

Alfaiataria medieval Fábrica de roupas

Disponível em: <http://queilaferraz.fashionbubbles. Disponível em: <http://blog.sunspecial.net.


com/historia-da-moda/design-de-moda-evolucao- br/2012/02/02/fabrica-de-roupas-como-organizar-o-
industria-moda/>. Acesso em: 23 mar. 2014. ambiente-de-trabalho/>. Acesso em: 23 mar. 2014.

De acordo com essas imagens, ao longo do tempo o processo de produção de roupas


A) aprimorou-se, com oportunidade para a atuação do operário na criação dos produtos.
B) apropriou-se do gosto dos clientes, por isso o produto tornou-se individualizado.
C) especializou-se, com a produção diferenciada nas medidas do corpo dos clientes.
D) qualificou-se, com a introdução de técnicos profissionais para atender a demanda.
E) transformou-se com a industrialização, passando da manufatura à maquinofatura.

Esse item avalia a habilidade de o estudante relacionar


os diferentes processos de produção às formas de orga-
nização do trabalho ao longo da História. Para solucio-
nar o item, o estudante deve se atentar às imagens e aos
seus respectivos títulos. Na primeira imagem é retratada
a confecção de uma roupa de maneira artesanal, na qual
o consumidor é o protagonista da cena e, ao seu redor,
três pessoas auxiliam nesse processo. Destaque para o
título “alfaiataria medieval”, em uma referência ao período
histórico. Na segunda imagem, por sua vez, as roupas
são confeccionadas em série. No cenário fotografado, o
consumidor perde seu espaço e a produção em série ga-
nha contornos de industrialização. Dessa forma, o estu-
dante que desenvolve essa habilidade marca a alternativa
E.

Revista do Professor - Ciências Humanas   105


História - 3ª série do Ensino Médio
Proficiente
DE 325 A 375 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 7   ///  DE 325 A 350 PONTOS

CC Identificar a abordagem existente em uma fonte histórica.

CC Reconhecer a Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma importante construção para
o fortalecimento da cidadania.

CC Reconhecer a importância do trabalho no modelo fordista de produção.

CC Reconhecer as formas e as relações de poder no período do absolutismo.

CC Reconhecer diferentes recursos para a produção de conhecimento histórico.

CC Reconhecer as formas e as relações de poder no Brasil em contextos históricos distintos.

CC Reconhecer uma construção arquitetônica histórica como registro de memória coletiva.

CC Reconhecer uma sequência de marcação de tempo com base na pesca.

CC Caracterizar a forma de Governo no período imperial do Brasil.

CC Caracterizar discursos e práticas realizados entre portugueses e indígenas no início da colonização


do Brasil.

CC Compreender a dimensão de transformação histórica.

CC Compreender as relações entre Estado e sociedade nos tempos da colonização do Brasil.

CC Compreender as relações entre Estado e sociedade nos tempos do Apartheid da África do Sul.

CC Analisar discursos dos agentes econômicos durante a Crise de 1929.

106  PAEBES 2016


(H120285F5) Leia o texto abaixo.

Declaração Universal dos Direitos Humanos – 1948


Artigo 1° - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados
de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
Disponível em: <http://www.oas.org>. Acesso em: 13 jan. 2012. Fragmento.

Essa declaração é uma conquista de direitos relacionada


A) à derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.
B) às consequências da rivalidade entre EUA e URSS.
C) aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.
D) aos conflitos gerados pelo ataque às Torres Gêmeas.
E) aos desdobramentos da criação do Estado de Israel.

Esse item avalia a habilidade de reconhecer a relação


existente entre legislação e cidadania no decorrer da His-
tória. Para tanto, o estudante deve reconhecer que du-
rante a Segunda Guerra Mundial vários direitos políticos,
econômicos e sociais foram cerceados da população,
sobretudo dos grupos minoritários como os judeus, ho-
mossexuais, testemunhas de Jeová, por exemplo. Assim,
de posse desse conhecimento, o estudante que demons-
tra ter atingido essa habilidade assinala a alternativa C.

Revista do Professor - Ciências Humanas   107


NÍVEL 8   ///  DE 350 A 375 PONTOS

CC Identificar a abordagem existente em uma fonte histórica da Idade Moderna.

CC Identificar diferentes abordagens sobre um fato histórico por meio de fontes complexas.

CC Identificar uma abordagem sobre a História presente em uma música.

CC Reconhecer as formas e as relações de poder estabelecidas pelos jesuítas durante a colonização do


Brasil.

CC Reconhecer direitos de cidadania no período do iluminismo de Rousseau.

CC Reconhecer direitos dos cidadãos por meio de uma música.

CC Reconhecer o tempo cronológico por meio da cronologia da Segunda Guerra Mundial.

CC Reconhecer os desdobramentos da Revolução Inglesa de 1688 como instituições legitimadas por


relações de força e poder.

CC Compreender semelhanças entre as ex-colônias da América.

108  PAEBES 2016


(H120308F5) Observe as imagens abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/qxIZU>. Acesso em: 30 jun. 2015. Disponível em: <http://migre.me/qxJ7y>. Acesso em: 30 jun. 2015.

Essas fontes apresentam diferentes abordagens sobre qual característica dos regimes totalitários?
A) Ausência de liberdade de manifestação.
B) Censura aos meios de comunicação.
C) Enfraquecimento do Poder Judiciário.
D) Investimento no exército nacional.
E) Valorização da imagem do líder.

Esse item trabalha a habilidade de identificar diferen-


tes abordagens existentes em fontes históricas diversas.
Para esse fim, o estudante deve estar atento às formas
em que, tanto Adolf Hitler, líder nazista alemão (1933 –
1945), tanto Josef Stalin, líder comunista soviético (1924
– 1953), ambos contemporâneos e representantes de go-
vernos totalitários, estão sendo retratados nas imagens.
Ambos são mostrados de forma altiva e sublime, exaltan-
do suas imagens como líderes de suas nações. No caso
de Hitler, a imagem o mostra encarando o horizonte, de
forma a ressaltar sua segurança e obstinação. Já no caso
de Stalin, a imagem o representa como uma figura ado-
rada pela população, porém, em uma posição acima da
mesma. Além disso, identificar essas visões reflete uma
das estratégias usadas pelos governos totalitários euro-
peus na primeira metade do século XX: o culto ao líder.
Portanto, o estudante que demonstra ter alcançado essa
habilidade assinala a alternativa E.

Revista do Professor - Ciências Humanas   109


História - 3ª série do Ensino Médio
Avançado
ACIMA DE 375 PONTOS

0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500

NÍVEL 9   ///  DE 375 A 400 PONTOS

CC Identificar abordagens em fontes históricas diferentes e de alta complexidade.

CC Reconhecer a importância do trabalho no tempo da Segunda Guerra Mundial.

CC Reconhecer formas e relações de poder entre a Coroa portuguesa e os colonos do Brasil Colonial
por meio de fontes mais complexas.

CC Reconhecer o discurso oficial do Império do Brasil na elaboração de uma memória relacionada à


nação brasileira.

CC Associar uma construção arquitetônica como mobilizadora da memória de um povo.

CC Analisar o discurso construído e divulgado pelo Movimento Tenentista.

110  PAEBES 2016


(H120135F5) Observe a imagem abaixo.

Disponível em: <http://arocacontaumconto.blogspot.com.br/2012/11/a-revolta-da-chibata-22-de-novembro-de.html>. Acesso em: 29 maio 2013.

A partir dessa imagem, constata-se que a Revolta da Chibata foi


A) um movimento cultural.
B) um movimento social.
C) uma manifestação sindical.
D) uma manifestação partidária.
E) uma manifestação religiosa.

Esse item avalia a habilidade de analisar discursos e


práticas políticas dos diferentes grupos e movimentos so-
ciais. Para isso, o estudante deve se atentar à imagem, a
partir de dois pontos: o título “Revolta de Marinheiros” e
a fotografia da reportagem, que traz pistas de uma mo-
vimentação com a presença de militares. A partir do seu
conhecimento prévio e das informações cedidas pela
imagem, o estudante pode concluir que o discurso pre-
sente da Revolta da Chibata é de um movimento social,
assinalando, portanto, a alternativa B.

Revista do Professor - Ciências Humanas   111


NÍVEL 10   ///  ACIMA DE 400 PONTOS

CC Identificar abordagens existentes em fontes históricas complexas.


CC Identificar ritmos e durações temporais no contexto da Primeira República.
CC Identificar uma abordagem histórica existente em uma música.
CC Identificar a duração temporal da Ditadura Militar no Brasil.
CC Reconhecer a construção dos sujeitos realizada pela imprensa periódica ao longo da História.
CC Reconhecer a fotografia como um recurso iconográfico para a produção de conhecimento histórico.
CC Reconhecer a relação estabelecida entre legislação e cidadania na Inglaterra do século XVII.
CC Reconhecer as relações de poder no período de descolonização da África, no século XX.
CC Reconhecer direitos dos cidadãos durante o Governo de Getúlio Vargas no Brasil na década de 1940.
CC Reconhecer formas e relações de poder como desdobramento do final da colonização.
CC Reconhecer o Estado Novo como o início de um tempo histórico no Brasil.
CC Reconhecer um ritmo de transformação histórica por meio de aspectos econômicos do Brasil Império.
CC Reconhecer um sistema de governo no Brasil dos anos 1960.
CC Associar as Cavalhadas como um elemento de memória no Espírito Santo.
CC Compreender a dimensão temporal de transformação por meio da comparação entre duas Constitui-
ções do Brasil.

CC Compreender a noção de tempo de simultaneidade por meio da comparação entre o período históri-
co do Estado Novo e do Totalitarismo.

CC Compreender a simultaneidade em História por meio da análise do Governo Dutra em sua relação com
o contexto mundial.

CC Analisar discursos e práticas políticas na Europa durante a Primeira Guerra Mundial e no período entre-
guerras.

CC Analisar discursos e práticas políticas dos agentes políticos locais durante o período colonial do Brasil.

112  PAEBES 2016


(H120142F5) Observe a imagem abaixo.

Mulher operária nos Estados Unidos, 1940

Disponível em: <http://marianaplorenzo.com/2011/01/10/a-inquietacao-humana-e-o-mundo-desequilibrado/>. Acesso em: 22 maio 2013.

De acordo com essa imagem, a participação feminina no mercado de trabalho é explicada pela
A) criação de leis que favoreciam a entrada da mulher no trabalho fabril.
B) crise da economia americana e a diminuição da remuneração masculina.
C) crise do capitalismo que se acentua durante a Segunda Guerra Mundial.
D) falta de mão de obra masculina, que foi deslocada para a Segunda Guerra.
E) massificação da propaganda sobre a mulher para o trabalho nas fábricas.

Esse item aborda a habilidade de reconhecer a zes relegada ao trabalho doméstico, precisou suprir
importância do trabalho humano e suas formas de as necessidades de mão de obra da indústria, princi-
organização em diferentes contextos históricos. palmente em tempos de guerra, em que boa parte
Para resolver esse item, o estudante deve buscar re- da produção industrial é destinada a suprir a guerra
conhecer que durante a Segunda Guerra Mundial, (a chamada “economia de guerra”). Na imagem do
boa parte da população masculina, tanto dos Esta- suporte há o destaque para uma mulher utilizando o
dos Unidos quanto de todos os países mais intensa- trabalho braçal, até então destinado ao homem, para
mente envolvidos no conflito (a exemplo de França, a produção industrial. Além disso, o próprio título da
Inglaterra e União Soviética do lado dos aliados) des- imagem, em que há o destaque para o país (Esta-
locaram boa parte da população masculina adulta dos Unidos) e a data de 1940, servem como subsídio
para os conflitos, o que, consequentemente, ocasio- para que se identifique as nuances do contexto da
nou uma diminuição da oferta de mão de obra para época. Por isso, o estudante que atesta ter alcança-
a produção industrial. Nesse contexto, o estudante do essa habilidade marca a alternativa D.
também deve reconhecer que a mulher, muitas ve-

Revista do Professor - Ciências Humanas   113


Sugestões para a prática pedagógica
Depois de conhecer e analisar os resultados Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-
da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar pendente da fase em que estamos, devemos estar
em metas e estratégias que visem à melhoria dos sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo
resultados alcançados, tendo como referência o foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-
projeto político-pedagógico da escola. tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-
Esta seção apresenta algumas sugestões pe- de do projeto político-pedagógico e a possibilida-
dagógicas que podem contribuir para aprimorar a de de mudanças no planejamento escolar sempre
qualidade do trabalho docente. que for necessário.

1 Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

2 Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do PAEBES 2016


com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

3 Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados


durante o ano.

4 Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das


avaliações externas.

5 Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano


de curso.

114  PAEBES 2016


1 Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D1 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D2 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D3 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D4 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D5 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D6 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D7 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

D8 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Orientações Livros e outros Matriz(es) de


curriculares materiais didáticos referência
da avaliação
É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho pe-
dagógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes
da avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho
em sala de aula.

Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do PAEBES 2016 com os conteúdos
2 abordados e avaliados em sala de aula.

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações
curriculares de seu estado:

GEOGRAFIA

ORIENTAÇÕES CURRICULARES MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO


1. Espaço, tempo e suas relações.
Analisar as transformações socioespaciais
MM Compreender as relações entre espaço e relacionadas à globalização.
tempo e suas implicações na sociedade. Reconhecer as características de formação
2. Economia, sociedade e suas relações. dos blocos econômicos.

MM Compreender as relações entre a esfera ...


econômica e as práticas sociais.
3. . . .

HISTÓRIA

ORIENTAÇÕES CURRICULARES MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO


1. Tempo e suas dimensões:.
Compreender a noção de tempo e suas
MM Compreender diferentes ritmos e dura- dimensões: anterioridade, posterioridade,
simultaneidade, sucessão e ordenação.
ções temporais em momentos históricos
distintos. Compreender a relação entre memória
(fontes históricas) e História (produção
2. História e memória: científica).

MM Compreender a relação existente entre ...


conhecimento histórico e memória.
3. . . .

Revista do Professor - Ciências Humanas   115


Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa
3 organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-
dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos
considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

PLANO DE CURSO - GEOGRAFIA


1º Bimestre: 3º Bimestre:

1. Reconhecer a utilização de diferentes 1. Identificar os processos e as características de


linguagens para interpretação de questões formação dos blocos econômicos.
geográficas.
2. Analisar a situação geopolítica dos
2. Identificar os processos de globalização e de continentes e sua relação com as esferas
fragmentação do espaço geográfico. econômicas, políticas e sociais de poder.

2º Bimestre: 4º Bimestre:

1. Reconhecer a velocidade de dados e de 1. Analisar modos de produção e uso de


informações no cenário mundial . tecnologias, considerando implicações
sociais e ambientais.
2. Identificar o papel das redes de comunicação,
de informação, de ciência e de tecnologia 2. Compreender os processos de formação de
na definição de territórios. territórios, produção econômica e cultural
de sociedades.
3. Compreender o desenvolvimento tecnológico
e a divisão internacional do trabalho nos
...
diferentes continentes.

PLANO DE CURSO - HISTÓRIA


1º Bimestre: 3º Bimestre:

1. Reconhecer as diferenças entre os diversos 1. Compreender que a ascensão de governos


tipos de fontes históricas (materiais, orais, totalitários na Europa ocorreu logo depois
escritas e iconográficas) e os tipos de memória da Primeira Guerra Mundial .
(individual e coletiva). 2. Identificar semelhanças e diferenças entre o
processo de formação da memória, através
2º Bimestre: da lembrança e do esquecimento, e o processo
1. Compreender que o impulso industrial de construção do conhecimento histórico.
no Brasil só aconteceu na década de 3. Compreender que a memória é algo mutável .
1930, durante o governo Getúlio Vargas,
enquanto na Europa já havia traços da 4º Bimestre:
industrialização desde o final do século
1. Compreender que países da América Latina
XVIII.
viveram períodos de governos autoritários
2. Identificar a memória como uma construção simultaneamente .
muitas vezes orientada por interesses 2. Compreender que existe uma relação
diversos (políticos e/ou culturais, por intrínseca entre memória e conhecimento
exemplo). histórico.
...

116  PAEBES 2016


Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas,
4 parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados
como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

CC Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?

CC Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desen-
volvimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

CC Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

DADOS DA
AVALIAÇÃO
EXTERNA
PAEBES

AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO PAEBES 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na
seção Resultados alcançados em 2016.
Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.
A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

Revista do Professor - Ciências Humanas   117


AVALIAÇÃO INTERNA
Frequência, provas, testes, observação
Por etapa e turma

Geografia 9º ano EF *

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

AVALIAÇÃO 1

• Estudante 1: 10
• Estudante 2: 8 DADOS DA
• ...
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO 2
INTERNA
• Estudante 1: 7
• Estudante 2: 9 ESCOLA
• ...

Relatório geral da turma:

AVALIAÇÃO 1

• Grande parte dos estudantes desenvolveu a habilidade de compreender as relações


entre o espaço e o tempo. Nesse sentido, conseguem, por exemplo, identificar
situações que representam o processo de globalização. Porém alguns estudantes
ainda não conseguem compreender as implicações do processo de globalização
na sociedade , a fim de apontar em que medida esses impactos são benéficos ou
maléficos.

AVALIAÇÃO 2

• A maioria dos estudantes consegue reconhecer as características de formação dos


blocos econômicos, porém não compreende a relação desses blocos com as práticas
sociais.

Relatório por estudante:

AVALIAÇÃO 1

• Estudante 1: Compreende a noção de espaço e de tempo e os impactos de suas re-


lações no contexto da sociedade mundial .

• Estudante 2: Compreende a noção de espaço e de tempo, porém não consegue com-


preender como suas relações impactam no contexto da sociedade mundial .

AVALIAÇÃO 2
• Estudante 1: Compreende as características de formação de blocos econômicos,
porém não consegue identificar as implicações sociais, econômicas e políticas ad-
vindas da formação e da atuação desses blocos.

• Estudante 2: Compreende as características de formação de blocos econômicos e


identifica a relação entre globalização e blocos econômicos.

* Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

118  PAEBES 2016


AVALIAÇÃO INTERNA
Frequência, provas, testes, observação
Por etapa e turma

História 9º ano EF *

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

AVALIAÇÃO 1

• Estudante 1: 10
• Estudante 2: 7
• ...

AVALIAÇÃO 2

• Estudante 1: 6
• Estudante 2: 8
• ...

Relatório geral da turma:

AVALIAÇÃO 1

• Grande parte dos estudantes desenvolveu a habilidade de compreender um episódio


dentro do seu contexto histórico mundial . Conseguem, por exemplo, compreender
que a ascensão dos governos autoritários na Europa foi posterior à Primeira Guerra
mundial . Contudo, alguns dos alunos não conseguem compreender a noção de
simultaneidade , assim, não reconhecem que as ditaduras militares no Brasil e
no Chile transcorreram na mesma época.

AVALIAÇÃO 2

• Os estudantes conseguem reconhecer, separadamente , os conceitos de conhecimento


histórico e de memória, no entanto não compreendem a relação entre História e
memória.

Relatório por estudante:

AVALIAÇÃO 1

• Estudante 1: Compreende a noção de anterioridade , posterioridade , simultanei-


dade , sucessão e de ordenação nos fatos históricos.

• Estudante 2: Compreende apenas a noção de anterioridade , posterioridade e


sucessão. Todavia , não desenvolveu a habilidade de compreender a relação de
simultaneidade e ordenação.

AVALIAÇÃO 2
• Estudante 1: Identifica a memória como uma construção muitas vezes orientada
por interesses diversos. Contudo, não consegue compreender a relação entre co-
nhecimento histórico e memória.

• Estudante 2: Consegue reconhecer, separadamente , os conceitos de conhecimento


histórico e de memória, no entanto não estabelece uma relação entre História e
memória.

* Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

Revista do Professor - Ciências Humanas   119


5 Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

/// PARTE A  C  Resultados da Escola


Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,
com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico
interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIAGNÓSTICO DA PROJETO POLÍTICO-


DIFERENTES DADOS ESCOLA PEDAGÓGICO

Parecer da Escola Relacione as informações coletadas Plano de ação da Escola


. Escola e Turmas . nas duas avaliações:
Os conteúdos podem ser relacionados
MM São resultados similares? às habilidades não desenvolvidas?
Com base nos resultados das avalia-
MM As dificuldades apresentadas em
ções internas, identifique, junto com SIM!
sala de aula são as mesmas que
seus pares, as principais dificuldades Então vamos pensar em planos de
aquelas apresentadas na avaliação
apresentadas pelos estudantes em ação para o desenvolvimento conjunto
do PAEBES 2016?
relação aos conteúdos desenvolvidos desses conteúdos, competências e
MM Junto com os seus colegas,
durante o ano letivo. Para isso, utilize habilidades.
levante hipóteses para o que
as notas e relatórios.
vocês identificaram. NÃO!
Os planos de ação devem ser elaborados
para cada conteúdo. Vamos ficar atentos
De acordo com a proficência média para não desenvolver planos de ação
Retome o Plano de curso e relacione
da escola e o percentual de acerto para uma única habilidade, mas para
conteúdos e habilidades que não foram
por descritor/habilidade das turmas, um conjunto delas, relacionadas a um
desenvolvidos de modo apropriado:
identifique em quais habilidades os determinado conteúdo proposto nas
- Conteúdo 1
estudantes demonstraram maiores orientações curriculares.
Habilidade A - resultados
dificuldades.
Habilidade B - resultados Lembre-se de que todo o planejamento
... da escola é coletivo e tem como refe-
- Conteúdo 2 rência o projeto político-pedagógico!
...
É importante compreender a relação
entre as orientações curriculares e
as habilidades avaliadas pelo PAE-
BES. As hipóteses levantadas no
diagnóstico poderão ajudá-lo nessa
tarefa.

120  PAEBES 2016


Esses dados já estão
prontos. Basta você
consultar as atividades
propostas nos roteiros de leitura
e interpretação dos resultados
alcançados.

/// PARTE B  C  Resultados dos estudantes


Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da
escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto
dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

DIAGNÓSTICO DOS PLANO DE AÇÃO DO


EXEMPLO
ESTUDANTES PROFESSOR

O próximo passo será elaborar um De acordo com o padrão de desem- Agora é possível elaborar um planeja-
plano de ação de acordo com o de- penho em que se encontram, os es- mento pedagógico com base no Plano
sempenho dos estudantes. Para isso, tudantes apresentam dificuldades que de Ação da Escola e no PPP, obser-
utilize o diagnóstico já realizado por requerem intervenções de Recupera- vando as competências e habilidades
você na Atividade dos resultados das ção, Reforço ou Aprofundamento. ainda não desenvolvidas pelos estu-
turmas. dantes.
Ao pensar na sua sala de aula, você
deve propor um plano de ação que Apresentaremos, a seguir, alguns
contemple intervenções orientadas exemplos de habilidades, relacionadas
para estudantes com diferentes níveis às respectivas competências, acom-
de desenvolvimento de habilidades e panhadas por atividades pedagógicas
competências. e itens de avaliações em larga escala
que abordam essas habilidades. É im-
portante ressaltar que o trabalho com
os conteúdos curriculares pode ser
reformulado durante o ano letivo, com
vistas ao desenvolvimento pleno das
habilidades esperadas para cada eta-
pa de escolaridade.

Revista do Professor - Ciências Humanas   121


GEOGRAFIA

EXEMPLO 1
Competência:

CC Espacialidades, temporalidades e suas dinâmicas.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

CC Identificar situações representativas do processo de globalização.

CC Compreender o desenvolvimento técnico-científico-internacional e suas implicações so-


cioespaciais.

A competência “Espacialidades, temporalidades e suas dinâmicas” tem por intuito aferir a


compreensão do estudante acerca das relações espaço-temporais e suas implicações no con-
texto social mundial. Por ser uma temática que envolve múltiplas ligações espaciais e exige do
estudante o estabelecimento de relações de simultaneidade temporais, por vezes, é pouco com-
preendida. Isso porque o afastamento espacial e cronológico, em geral, impossibilita que o es-
tudante compreenda como ocorre essa interconexão ao longo do tempo e do espaço. Nesse
sentido, essa competência é fundamental para o desenvolvimento do pensamento geográfico, já
que possibilita que o estudante perceba ao longo do tempo e do espaço como as relações e as
mudanças sociais impactam no contexto mundial.

Para auxiliar o estudante no desenvolvimento dessa competência, é preciso desconsiderar o


estudo da Geografia como sinônimo de memorização e mera localização geográfica. Para tan-
to, no caso da primeira habilidade apresentada, o processo deve apresentar os acontecimentos
geográficos ocorridos ao longo do espaço, contextualizados com a dimensão temporal. Desse
modo, o estudante pode identificar, por exemplo, que o desenvolvimento tecnológico propor-
cionado pelo avanço da ciência ao longo do tempo possibilitou que as relações espaciais fossem
modificadas. É importante atentar também à contextualização dessa temática com a realidade
local do estudante.

Nesse sentido, para alcançar o desenvolvimento da segunda habilidade apontada, é preciso


considerar e contextualizar as situações que representam essa mudança nas relações espaciais.
Assim, o estudante poderá conseguir compreender que as mudanças proporcionadas ao longo
do tempo e do espaço impactam na forma como a sociedade se relaciona e passa a desenvolver
as lógicas econômicas, políticas, ambientais e sociais, por exemplo.

122  PAEBES 2016


I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO E SUAS AMBIGUIDADES

O século XX foi palco de inúmeras transformações históricas que marcaram, definitivamente, a or-
ganização do mundo e, entre elas, está o advento da globalização. [...] A globalização ampliou-se com
o desenvolvimento do capitalismo, condição fundamental para sua dimensão alcançada no final da
Guerra Fria entre os anos 1980 e 1990. [...]
Fundamentalmente, a globalização teve como seu motor a busca pela ampliação dos mercados,
dos negócios, isto é, ampliação das relações internacionais em nome dos objetivos econômicos das
nações. [...] Cada vez mais, em nome da liberdade econômica, os Estados, [...] instituições que dete-
riam o poder na sociedade sobre as mais diversas esferas (como a econômica), vão diminuindo sua
presença nas decisões, tornando-se “mínimos”. [...]
[...] Todo esse processo foi acelerado pelo desenvolvimento tecnológico dos meios de produção
(tornando-os mais eficientes) e dos meios de comunicação. [...]
Para além do aspecto econômico propriamente dito, a globalização possibilitou uma maior apro-
ximação das nações no que tange à discussão em Conferências Internacionais, por meio de órgãos
como a ONU, acerca de assuntos de interesse geral, como a fome, a pobreza, o meio ambiente, o
trabalho, etc. [...]
Já do ponto de vista cultural, há um processo de sobreposição e aproximação de culturas, costu-
mes [...].
[...] A ambiguidade da globalização vem à tona quando se avalia seus efeitos mais negativos sobre a
população mundial, principalmente do ponto de vista econômico. Com a globalização da economia,
as empresas, em nome da concorrência, reduzem custos, diminuindo vários postos de trabalho, ge-
rando o desemprego estrutural. [...]

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/processo-globalizacao-suas-ambiguidades.htm>. Acesso em: 1 fev. 2017. Fragmento.

Professor, nesse texto, podemos compreender diferentes dimensões da relação espaço-tempo,


importantes para a competência “Espacialidades, temporalidades e suas dinâmicas”. Nesse sentido,
sugerimos o desenvolvimento das seguintes tarefas:

a) Quais as relações espaciais entre a Guerra Fria e o processo de globalização?

b) O processo de globalização impactou em que medida as relações sociais?

Revista do Professor - Ciências Humanas   123


II. ITEM RELACIONADO À HABILIDADE

(G080086F5) Leia o texto abaixo.

Desenvolvimento da internet

A Internet possibilitou a formação não só de redes de comunicação instantânea, em tempo


real, como redes de produção, de serviços (comércio e entretenimento) e de investimentos com a
possibilidade de realização de atividades simultâneas entre os pontos mais distantes do planeta.
Disponível em: <http://migre.me/rJoPc>. Acesso em: 2 set. 2015.

De acordo com esse texto, o desenvolvimento da internet possibilitou a maior


A) concentração produtiva nos países subdesenvolvidos.
B) integração socioeconômica entre diferentes regiões.
C) redução da inovação tecnológica dos países desenvolvidos.
D) retração dos fluxos financeiros no mercado internacional.

EXEMPLO 2

Competência:

CC Trabalho, economia e sociedade.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

CC Reconhecer as diferentes formas de regionalização do espaço


geográfico.

CC Reconhecer o processo de formação dos blocos econômicos


regionais.

124  PAEBES 2016


A competência “Trabalho, economia e sociedade” visa avaliar a compreensão do estudante acerca
dos processos que envolvem a relação entre a esfera econômica e a sociedade. Essa competência
se faz importante, uma vez que o seu entendimento promove a construção de um conhecimento
crítico sobre as ações das políticas econômicas e seus impactos frente ao mundo do trabalho. Além
disso, o panorama apresentado por essa competência em questão possibilita uma melhor interpre-
tação de mundo, baseada nas construções econômicas e sociais por meio das relações humanas.

Assim, a primeira habilidade permite a visualização do estudante das diferentes formas de regio-
nalização. Nesse sentido, cabe ao professor apresentar, a partir do conceito de região, os diferentes
critérios que permitem regionalizar o espaço geográfico, dentre eles: físicos, políticos, linguísticos,
demográficos, econômicos. Dessa forma, a utilização de documentos cartográficos para apresentar
essa temática é uma ferramenta que possibilita o entendimento desse conceito.

Por sua vez, a segunda habilidade indica o entendimento do processo de regionalização, em


especial, atrelado aos interesses econômicos dos agentes envolvidos. Logo, o professor deve des-
tacar os interesses políticos e econômicos vinculados aos processos de regionalização. Além disso,
torna-se importante promover o entendimento de que esse processo é fruto de um conjunto de
intencionalidades que geram consequências para o cenário global.

I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

A FORMAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS


O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo Estado. Em um pri-
meiro momento, a ideia dos blocos econômicos era diminuir a influência do Estado na economia e co-
mércio mundiais. Mas, a formação destas organizações supranacionais fez com que o Estado passasse
a garantir a paz e o crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a iniciativa de maior
sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus.
A União Europeia iniciou-se como uma simples entidade econômica setorial, a chamada CECA (Co-
munidade Europeia do Carvão e do Aço, surgida em 1951) e depois, expandiu-se por toda a economia
como “Comunidade Econômica Europeia” até atingir a conformação atual, que extrapola as questões
econômicas perpassando por aspectos políticos e culturais.
Além da União Europeia, podemos citar o NAFTA (North American Free Trade Agreement, surgido em
1993); o Mercosul (Mercado Comum do Sul, surgido em 1991); o Pacto Andino; a SADC (Comunidade
de Desenvolvimento da África Austral, surgida em 1992), entre outros. A busca pela ampliação desses
blocos econômicos mostra que o jogo de poder exercido pelas nações tenta garantir as áreas de in-
fluência das mesmas, controlando mercados e estabelecendo parcerias com nações que despertem o
interesse dos blocos econômicos.
Além disso, o jogo de poder também está presente internamente aos blocos, ou seja, existem países
líderes dentro do bloco, que acabam submetendo os outros países do acordo aos seus interesses. As-
sim, nem sempre a constituição de um bloco econômico é benéfica a todos os membros; por exemplo,
a constituição do NAFTA (México, Canadá e EUA) fez com que a frágil economia mexicana aumentasse
ainda mais sua dependência em relação aos EUA, o Canadá, por sua vez, passou a ser considerado uma
extensão dos EUA, dada sua subordinação à economia de seu vizinho.

Disponível em: <http://migre.me/vYrqZ>. Acesso em: 1 fev. 2017. Fragmento.

Revista do Professor - Ciências Humanas   125


Professor, o texto acima permite o entendimento do conceito de blocos econômicos mediante
os processos que envolvem a temática exposta na competência “Trabalho, economia e sociedade”.
Assim, segue como sugestão alguns questionamentos:

1. Quais os principais objetivos atrelados à criação de blocos econômicos?

2. De que forma a criação de blocos econômicos pode influenciar as dinâmicas econômicas, po-
líticas e sociais de um determinado território?

II. ITEM RELACIONADO À HABILIDADE

(G090015E4) Leia o texto abaixo.

A União Europeia (UE) é uma união econômica e política de 27 Estados-membros independentes


que estão localizados principalmente na Europa. A UE tem as suas origens na Comunidade
Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade Econômica Europeia (CEE), formadas
por seis países em 1958. [...] O Tratado de Maastricht estabeleceu a União Europeia com o seu
nome atual em 1993. A última alteração ao fundamento constitucional da UE, o Tratado de Lisboa,
entrou em vigor em 2009.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Europeia>. Acesso em: 22 set. 2012.

A União Europeia foi criada com o objetivo de


A) assegurar uma paz duradoura e a prosperidade da Europa.
B) consolidar a formação territorial e o combate ao terrorismo.
C) criar um continente e impulsionar o nacionalismo na Europa.
D) proibir a entrada de imigrantes e defender o Estado nacional.

126  PAEBES 2016


HISTÓRIA

EXEMPLO 1

Competência:

CC Espacialidade, temporalidades e suas dinâmicas.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

CC Identificar diferentes ritmos e durações temporais em momentos históricos distintos.

CC Reconhecer as diferentes sequências de marcação do tempo instituídas socialmente.

A competência Espacialidade, Temporalidades e suas Dinâmicas busca aferir a compreensão


do aluno sobre as dimensões do tempo. Embora seja uma temática fundamental para o conhe-
cimento histórico, por vezes, os estudantes não conseguem identificar um episódio histórico no
contexto mundial. Tampouco estabelecem relações de simultaneidade entre dois fatos em con-
tinentes diferentes, em muito devido ao distanciamento cronológico do estudante entre os fatos
estudados. Por isso, essa competência se faz tão importante, pela possibilidade de avaliar a noção
de tempo do estudante, algo tão importante para a História.

Para auxiliar o estudante a desenvolver a primeira habilidade indicada, é preciso deixar de lado
o estudo da História de forma fragmentada. O professor deve apresentar os fatos históricos de for-
ma contextualizada, indicando que os eventos estudados não transcorrem de forma isolada, mas
sim de forma integrada. E, sempre que possível, estabelecer uma relação do fato estudado com o
contexto cronológico do aluno.

Da mesma forma, para alcançar o desenvolvimento da segunda habilidade, é importante que


o aluno compreenda que foram instituídos tempos sociais para favorecer o estudo da História. As-
sim, foram criados os períodos da Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea, por exemplo,
com o objetivo de tornar a História mais didática e acessível para futuras análises.

Revista do Professor - Ciências Humanas   127


I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

DITADURAS NA AMÉRICA LATINA

As ditaduras na América Latina se estabeleceram no período em que a ordem internacional sofria


pelos enfrentamentos da Guerra Fria. Na época, os Estados Unidos desenvolveram uma série de me-
canismos de combate ao expansionismo comunista. [...] Neste contexto, e notadamente a partir da
Revolução Cubana e da ascensão do governo comunista de Fidel Castro, os EUA viriam a intensificar a
vigilância sobre a América Latina. Tal preocupação originou, por exemplo, a Aliança para o Progresso,
programa instituído por Washington, junto a diversas lideranças latino-americanas, através do qual bus-
cava-se melhorar os índices socioeconômicos da região e, concomitantemente, frear o crescimento
das alternativas socialistas.
No entanto, a despeito de tais esforços, grupos de esquerda e simpatizantes da causa comunista
floresceram em diversas nações do continente. Frente a isso, e não raramente com auxílio estadu-
nidense, forças conservadoras se mobilizaram nessas regiões e, atendendo à demanda de diversos
setores da sociedade civil, apoiaram a instituição de governos militares. Através de golpes de Estado
sucessivos, a América Latina assistiu nos anos 60 e 70 à ascensão de inúmeras ditaduras militares.

Disponível em: < http://educacao.globo.com/historia/assunto/guerra-fria/ditaduras-na-america-latina.html>. Acesso em: 26 jan. 2017. Fragmento.

Professor, nesse texto podemos compreender diferentes dimensões de tempo, importantes para
a competência Espacialidade, Temporalidades e suas Dinâmicas. Sugerimos as seguintes tarefas:

a) Qual é a relação temporal entre a Guerra Fria e as ditaduras militares na América Latina?

b) A ascensão de governos autoritários nos países da América Latina aconteceu em momentos


próximos ou períodos distantes?

128  PAEBES 2016


II. ITEM RELACIONADO À HABILIDADE

(H120046C2) Veja a charge abaixo sobre a Crise de 29.

Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_a_RYDZ_ZmzI/R7RITaiRMgI/AAAAAAAAATM/4FDkRIdYH88/s400/crise%2Bde%2B29%2BIII.jpg>.


Acesso em: 6 ago. 2011.
Esse acontecimento é estudado pelo tempo
A) cronológico.
B) geológico.
C) histórico.
D) místico.
E) natural.

EXEMPLO 2

Competência:

CC Memória, Identidade e Representações Socioculturais.

Habilidade(s) não desenvolvida(s):

CC Identificar diferentes registros da memória: fontes escritas, imagéticas, materiais e orais,


para a produção do conhecimento histórico.

CC Reconhecer os diferentes recursos e linguagens na produção do conhecimento his-


tórico.

Revista do Professor - Ciências Humanas   129


A competência Memória, Identidade e Representações Socioculturais visa a avaliar a compreensão
dos estudantes acerca das relações entre a memória e a construção de identidades, além das repre-
sentações socioculturais que essas relações possam suscitar. Apesar de ser uma temática de cunho
estrutural e necessária para a compreensão de como memória e História dialogam no contexto so-
cial, em alguns momentos os estudantes podem não conseguir relacionar a seletividade envolvendo
a formação das Identidades, sejam elas Individuais (como em um contexto familiar e pessoal), ou
coletivas (como em um contexto nacional) com a construção e escolha das memórias para tal. Além
disso, traçar uma ligação entre memória, identidades e a estruturação de representações sociocultu-
rais, artísticas ou cotidianas (somente para citar três exemplos), também se tornam dificultosas aos es-
tudantes, se os mesmos não compreenderam as relações entre memória e identidade. Por fim, essa
competência se torna importante tendo em vista a possibilidade de avaliar as relações entre memória,
identidades e estabelecer uma dialética com as várias culturas e as sociedades.

Para auxiliar o estudante atingir a primeira habilidade, é importante que ele reconheça que os
registros de memória incluem um leque de possibilidades, além dos tradicionais testemunhos orais.

A segunda habilidade, por sua vez, requer que o estudante reconheça que a produção do co-
nhecimento histórico pode utilizar por diferentes recursos e linguagens. Assim, o estudante deve
reconhecer que charges, telas, músicas ou, ainda, testemunhos orais ou transcritos contribuem para
a construção do conhecimento histórico.

I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

A MEMÓRIA DO DIA 21 DE ABRIL

Nas décadas finais do século XIX, intensificaram-se a recuperação da memória e as homenagens a


Tiradentes. Na capital do Rio de Janeiro, surgiu o Clube Tiradentes e jornais passaram a lançar edições
comemorativas do 21 de abril. Antes mesmo da proclamação da República, artigos comemorativos
começavam a associar o martírio vivido por Tiradentes ao de Jesus Cristo. Condenado injustamente,
traído por um amigo, Tiradentes teria sido vítima de seus sonhos, de seus ideais. Passado e presente
se uniam; afinal, o alferes defendera a República, que havia sido concretizada no movimento de 15 de
novembro de 1889. Na busca de um herói que simbolizasse o momento político vivido, isto é, o regime
republicano, o 21 de abril foi pela primeira vez declarado feriado nacional, em 1890. Datam dessa época
as primeiras imagens presentes em livros de história que retratam Tiradentes em associação com Cristo.

Disponível em: < http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_memoria_de_21_de_abril.html>. Acesso em 26 jan. 2017. Fragmento.

130  PAEBES 2016


Professor, nesse texto, questões importantes para a competência Memória, Identidade e Repre-
sentações Socioculturais são identificadas. Sugerimos as seguintes tarefas:

a) Qual é a relação entre a imagem de Tiradentes e a imagem de Cristo?

b) Qual é a relação entre a memória de Tiradentes e a identidade nacional da República Brasileira?

II. ITEM RELACIONADO À HABILIDADE

(H080051F5) Observe a imagem abaixo.

Sagração e Coroação de D. Pedro I

DEBRET, Jean-Baptiste. Disponível em: <http://migre.me/mGJBg>. Acesso em: 28 out. 2013.

Essa pintura sobre a Coroação de D. Pedro I é uma


A) fonte histórica escrita.
B) fonte histórica imagética.
C) produção historiográfica.
D) produção literária.

Revista do Professor - Ciências Humanas   131

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