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1.3 – Pós-Guerra
Existe dois grandes vertentes de improvisação: idiomática, que expressa algum
estilo específico como jazz; e o não idiomática, geralmente, chamada de improvisação
livre, onde não há uma percepção de estilo.
Com os movimentos artísticos do período pós-guerra, a partitura passa a ser
mais difícil de ser interpretada, as vezes, até lida por causa das novas anotações
inventadas pelos compositores. Um dos destaques é o compositor John Cage, quem
dividiu a música indeterminada em duas: à composição e à performance.
Por outro lado, o autor apresenta o contexto de jazz, tal estilo, que foi essencial
para o começo da revitalização da improvisação no ocidente. Já nas décadas de 50, o
novo termo free jazz surge, onde a improvisação é realizada através das explorações
timbrísticas, e deixando a harmonia de lado.
Na saturação dos estilos, surge a improvisação livre nas décadas de 80, onde
há a valorização, possivelmente, total de timbres, e o uso de harmonia não diatônica.
E também possibilitou a participação do intérprete numa obra, como executar uma
nota sem uma altura ou duração predefinida, mas apenas sugerido pelo compositor,
assim fazendo o performer ser um coautor.
Acho interessante, na parte onde o autor fala das partituras de figuras, o
Umberto Eco aponta a característica da obra ser inacabada em si. Enquanto nas
obras tradicionais, a intenção é demonstrar o possível sentimento contida dentro da
peça, nas obras de improvisação livre o intérprete pode (ou talvez, deve) fazer a sua
interpretação e apenas assim a obra será acabada. E ainda, o fato da obra ser todas
as vezes diferentes, para o ouvinte uma peça sempre será ‘ outras peças’.
Questiono-me, neste ponto, a quantidade das obras é importante nesse período
de pós-guerra? Já que a percepção de uma obra inacabada, ao ser finalizada durante
o permanece sempre será diferente, então uma música pode resumir todo o estilo (se
existisse)? Eu não sei, diante dessas sonoridades nada expressivas, talvez a
quantidade nunca foi importante, quando a qualidade se torna questionável.
O autor finaliza o subcapítulo, falando que no período da pós-guerra, a
composição e a improvisação tentam trabalhar juntos, pois a obra só funciona com o
compositor e o intérprete para terminar a obra, e assim o ouvinte recebe a tal
conclusão. E também, foi importante para o redescobrimento da improvisação como
elemento fundamental no ocidente.