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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 2
1. TRANSPLANTE E DOAÇÃO DE ORGÃOS ......................................................... 3
1.2. Doação Em Vida (Alotransplante Intervivo) ........................................................... 3
1.3. Doação Pós-Morte (Alotransplante De Doador Cadáver) ..................................... 4
1.4. Indicações De Transplantes ................................................................................ 4
1.5. Contras Indicações ............................................................................................. 5
1.6. Perfil Dos Doadores ........................................................................................... 5
1.7. Dificuldades Encontradas No Processo De Doação ........................................... 6
1.8. Rejeição de Transplantes .................................................................................... 6
1.9. Os Órgãos E Tecidos Mais Usados Para Transplante ........................................ 7
1.10. O Papel do Fisioterapêutica ............................... Error! Bookmark not defined.

1.10.1. Pós-Operatório Imediato...................................................................................9


1.10.2. Pós-Operatório................................................................................................10
1.11. Legislação..........................................................................................................10

CONCLUSÃO.................................................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO

A doação de órgãos é uma atitude de solidariedade e humanização, que pode


contribuir para melhorar ou salvar a vida de outra pessoa. Muito embora os transplantes
de órgãos vem provocando inúmeros questionamentos éticos a cerca da origem e da
forma de obtenção do material a ser transplantado. Quanto a origem, os órgãos podem
ser oriundos de outras espécies animais conhecidos como (xenotransplante), e de seres
humanos vivos (alotransplante intervivos) ou mortos (alotransplante de doador
cadáver).

Sendo que este processo é definido como o efeito de transferir de um individuo,


tecido ou órgão proveniente do organismo de outro indivíduo. Pois desde o primeiro
transplante realizado com sucesso em 1954, os transplantes de órgãos sólidos têm
sofrido constante avanço no tratamento de doenças do tais órgãos: Rim, Pâncreas,
fígado, Coração, Pulmão e Intestino. Mas para atuar na complexa terapêutica dos
transplantes de órgãos, os técnicos de saúde devem incorporar e tomar atitudes junto às
equipes de transplante, pautados nos princípios éticos e fundamentais da vida: como o
Princípio da Autonomia, não Maleficência, Beneficência e Justiça.

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1. TRANSPLANTE E DOAÇÃO DE ORGÃOS

Embora a doação represente uma conduta social moralmente boa, alguns aspetos
levam a acreditar que a doação ainda precisa ser incorporada à moral comum, entre eles:
os descrédito no funcionamento e estrutura do sistema de saúde e da alocação de
recursos, na relação de confiança entre profissional da saúde e paciente, no acesso
equânime e justo, na confidencialidade doador/recetor, no consentimento livre e
esclarecido, no respeito à autonomia, na defesa da vida e no caráter inovador e recente
desta modalidade de tratamento, ainda em construção.

Tais fatores repercutem de modo negativo no número de doadores de órgãos


disponíveis, quando se analisa a demanda de candidatos em filas de espera para
transplantes.

O primeiro relato de um transplante de órgão foi no século II A.C. na Índia.


Desde essa época já se transplantava pele de uma região do corpo para outra como
tratamento de queimaduras e feridas graves. Pois o transplante de órgãos entre
indivíduos diferentes só foi possível a partir do século XX. Depois de séculos de
fracassos, o primeiro transplante de sucesso ocorreu em 1954 nos E.U.A. Foi um
transplante renal realizado entre dois irmãos gêmeos idênticos.

Por tanto, a doação de órgãos e tecidos consiste na remoção de órgãos e tecidos


do corpo de uma pessoa que recentemente morreu (doador cadáver) ou de um doador
voluntário (doador vivo), com o propósito de transplantá-lo ou fazer um enxerto em
outras pessoas vivas. Os órgãos e tecidos são removidos com procedimentos similares a
uma cirurgia, e todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão da cirurgia.
Estes procedimentos são realizados para que a pessoa em seu funeral não seja
reconhecida como uma doadora por apresentar deformações e cortes visíveis, mas é raro
serem usados órgãos de pessoas com mais de 70 anos de idade.

1.2. Doação Em Vida (Alotransplante Intervivo)

Órgãos que podem ser doados: parte de um dos pulmões, parte do fígado, um
dos rins. Tecidos que podem ser doados: ossos, medula óssea, cordão umbilical, sangue
e esperma tem a possibilidade de ser doada com o individuo vivo.
Doação entre pessoas vivas são autorizadas somente para cônjuge ou parentes até 4º
grau (pais, irmãos, netos, avós, tios, sobrinhos e primos). Para pessoas com grau de
parentesco mais distante ou sem relação consanguínea, as doações devem ser feitas com
autorização judicial.

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1.3. Doação Pós-Morte(Alotransplante De Doador Cadáver)

Um potencial doador pós-morte é o paciente que se encontra internado num


hospital, sob cuidados intensivos, por lesão cerebral severa causada por acidente com
traumatismo craniano, derrame cerebral, tumor e outros, com subsequente lesão
irreversível do encéfalo. Tipicamente são pessoas que sofreram um acidente que
provocou um dano na cabeça (acidente com carro, moto, quedas).

Para serem doadores pós-morte, os pacientes devem ter sofrido uma morte
encefálica (morte do cérebro e tronco cerebral). Há duas situações de morte: a morte
encefálica, que é a morte do encéfalo (cérebro+troncoencefálico) e a morte por coração
parado.

Na morte encefálica, os órgãos que podem ser doados são: o coração, os dois
pulmões, o fígado, os dois rins, o pâncreas e o intestino. Os tecidos como córneas,
ossos, pele e válvulas cardíacas também podem ser doados nesta situação. Já na morte
por coração parado, somente os tecidos (córneas, ossos, pele e válvulas cardíacas)
podem ser doados. No Brasil, não é permitido o transplante de nenhum outro órgão,
como por exemplo: pênis, útero, mão e outras partes do corpo humano.

Todos os cortes são fechados após a conclusão da cirurgia, preservando a


aparência física normal da pessoa ao morrer para que passem despercebido ao público.
Mas para a prevenção de várias patologias e o não tratamento empírico e rejeição do
órgão, faz-se diversos para confirmar a compatibilidade do órgão do doador e dos
recetores.

1.4. Indicações De Transplantes

 CORAÇÃO: Portadores de doenças graves no coração, com alteração na sua


forma e força.
 PULMÃO: Portadores de doenças pulmonares crônicas avançadas, em geral por
fibrose, enfisema ou por hipertensão pulmonar.
 FÍGADO: Portadores de cirrose hepática por hepatite, álcool ou outras causas e
portadores de alguns tumores no fígado.
 RIM: Portadores de insuficiência renal crônica já com indicação de algum tipo
de diálise, independentemente de estar ou não fazendo o tratamento.
 PÂNCREAS: Diabéticos que tomam insulina e necessitam dela para sobreviver
(Diabetes Mellitus tipo I), em geral, quando estão com doença renal associada.
 INTESTINO: Portadores da Síndrome do Intestino Curto ou de síndromes
graves de má absorção englobam uma série de distúrbios gastro-intestinais e
sistêmicos.

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 CÓRNEAS: Portadores de doenças específicas na córnea, agudas ou crônicas.
Doenças no olho que não sejam na córnea não tem indicação de transplante.
 MEDULA ÓSSEA: Portadores de alguns tipos de leucemia e de linfoma, aplasia
de medula e algumas outras doenças hematológicas e auto-imunes.
 OSSO: Pacientes com perda óssea por certos tumores ósseos ou trauma.
 PELE: Pacientes com grandes queimaduras.

1.5. Contras Indicações

São contraindicações absolutas para a doação os pacientes que possuírem:

 Infeção não controlada

 HIV

 HTLV 1/2

 Neoplasia maligna, exceto: tumor primitivo do SNC, carcinoma baço celular.

Mas independentemente da situação, o dano estrutural irreversível de algum


órgão não contraindica a doação dos demais órgãos.

1.6. Perfil Dos Doadores

A duas fundamentais características que transformam um potencial doador em


um doador efetivo são a inexistência de contraindicações absolutas (infeção
generalizada não controlada, infeção pelos vírus HIV e HTLV, além de algumas
neoplasias) e o aceite familiar para a doação.

A idade, a causa da morte clínica e o tipo sanguíneo, são os mais importantes


dele para saber se o órgão é compatível com o recetor.

Dados do ano de 2013 mostram predomínio do sexo masculino entre os


doadores (63% do total de doações efetivas), quanto a idade dos doadores, 84% se
encontra na faixa de idade compreendida entre 18 e 64 anos.

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1.7. Dificuldades Encontradas No Processo De Doação

Apesar de a taxa de notificação de potenciais doadores continuar a crescer,


diversos são motivos que impedem que este crescimento seja mais acelerado. As
equipes que estão envolvidas com o processo de doação encontram diariamente
dificuldades como a baixa notificação de potenciais doadores e a dificuldade de
manutenção hemodinâmica de um potencial doador cadáver (lembrando que apesar da
morte encefálica, o coração deve permanecer batendo, valendo-se do uso de aparelhos e
medicamentos, até o momento da cirurgia de retirada).

Outro ponto importante que prejudica a doação é a recusa familiar para doação.
Nos primeiros seis meses de 2013, de todas as entrevistas realizadas pelas equipes de
transplante, questionando os familiares sobre o aceite para doação, mas infelizmente
houve rejeição.

Algumas leis estaduais de acordo o regulamento de doações de órgãos, procuram


padronizar e acelerar o processo de doação, requerendo que o doador faça uma
indicação afirmativa durante a sua vida. No caso do rim, medula óssea, pâncreas, fígado
e pulmão, existe a possibilidade de que se realize o transplante com doador vivo.

1.8. Rejeição de Transplantes

O transplante de órgãos é o procedimento mais “anti-natural” da medicina ,


pois se há algo que a natureza não está preparada é para a troca de órgãos entre
seres. Mas nosso sistema imune é programado desde a época embrionária, para
diferenciar os genes de nossas células dos genes de organismos invasores.

O nosso corpo não sabe distinguir o que é perigoso do que benéfico, por isso se
comporta da mesma maneira com um órgão transplantado ou com uma bactéria. Ele
apenas ataca tudo que não for “original de fábrica”. Existe um grupo de genes nos
humanos chamado de HLA, que são os responsáveis por essa diferenciação entre o que
é nosso e o que é estranho, é como se esses genes colocassem um crachá com foto em
todas as nossas células.

Por tanto todas as vez que uma célula de defesa circulante no sangue (glóbulos
brancos) encontra uma célula com um “crachá” diferente, soa um alarme no sistema
imune que convoca um batalhão de outros glóbulos brancos para atacar e destruir este
ser invasor.

A chamada rejeição do transplante não é nada mais que nosso sistema de


defesa destruindo um órgão transplantado. Para o nosso sistema imune, aquele rim ou
coração transplantados, são um conjunto de células invasoras que podem estar

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colocando nossa vida em risco. A ordem é simples: destruir tudo que for diferente ao
que existia quando nascemos.

As drogas atuais agem no sistema de defesa, mas não consegue enganá-lo por
muito tempo. Por estes motivos nos primeiros transplantes realizados no século XX, a
rejeição ocorria imediatamente sem que o órgão sequer funcionasse. Deste modo,
actualmente um transplante é considerado um sucesso se durar pelo menos 10 anos,
embora existem casos de pessoas com até 30 anos de transplante.

Por tanto todos os doentes transplantados, precisam ser medicados com drogas
que inibam nosso sistema imune, pois esses farmacos deixam as células de defesa
confusas, e elas olham um “crachá” diferente mas não notam a diferença, ou notam mas
não conseguem convocar reforços para atacar o invasor. Mas todo individuo
transplantado precisa tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida.

1.9. Os Órgãos E Tecidos Mais Usados Para Transplante

 Coração
 Pulmões
 Rins
 Pâncreas
 Fígado
 Intestino
 Estômago
 Pele, Tendões e meninges.
 Medula óssea
 Ossos e vasos sanguíneos
 Ossículos do ouvido
 Válvulas cardíacas
 Córneas, Cristalino
 Cordão umbilical

Os componentes do olho dentre vários outros só podem provir de alguém que


tenha morrido recentemente, em regra devido mais a um acidente do que a uma doença.

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1.10. Papel do fisioterapeuta

De um modo geral, o fisioterapeuta é o profissional que proporciona ao paciente


candidato ou transplantado a manutenção da sua funcionalidade no dia-a-dia, o nível de
atividade física adequado e a melhora ou manutenção da qualidade de vida, assim como
lhe ajuda a incorporar hábitos de vida mais saudáveis.

A fisioterapia é importante porque avalia função, desempenho nas atividades,


tolerância ao exercício, presença de secreções pulmonares entre outros. Sua atuação
começa com a avaliação dos candidatos.

A avaliação fisioterapêutica se inicia com o relato dos sintomas do paciente


relacionados à história da sua doença, suas limitações, suas características e segue
através da anamnese e do exame físico, recolhendo dados fisiológicos que servirão de
parâmetro para futuras reavaliações. O paciente é questionado quanto à sua falta de ar,
cansaço para as atividades, presença de dor ou desconforto, força muscular, amplitude
ou restrição de movimentos, problemas articulares, desvios posturais, tosse e
expectoração de secreções, atividade ocupacional, etc.

Todos esses dados dão suporte para que o fisioterapeuta aplique os testes de
tolerância ao exercício. Especificamente, isso é feito através do Teste de caminhada de
6 minutos, um teste adaptado no qual o paciente é encorajado a caminhar o mais rápido
que conseguir por uma distância conhecida no período de 6 minutos. Durante este
tempo, o fisioterapeuta controla a freqüência cardíaca, a saturação de oxigênio
sangüíneo, a distância percorrida e o nível da fadiga do paciente. Os resultados do teste
informam sobre seu estado físico. Caso haja necessidade, é administrado oxigênio
suplementar.

Mas lembrando que avaliação fisioterapêutica não tem como objetivo indicar ou
contra-indicar um transplante; mas sim para determinar a prescrição individual
adequada de exercícios (modo, intensidade, freqüência e duração) e fornecer à equipe
multidisciplinar informações sobre as capacidades e limitações funcionais dos
candidatos. Deste modo, o paciente incluído em lista para transplante, deve iniciar
imediatamente um programa de atividade física que mantenha condicionamento
cardiopulmonar e capacidade física (exercícios aeróbios e de força muscular) durante o
tempo da espera. Sempre é dada atenção ao treino de exercícios respiratórios e
manutenção da higiene brônquica.

Também faz parte do papel do fisioterapeuta educar o paciente de modo a


actualizarmos quanto as diretrises do tratamento e explicando-o como deve proceder
para mobilizar-se e tossir inicialmente após o transplante e, o mais importante, é
despertar-lhe a necessidade de adquirir hábitos mais saudáveis de vida.

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1.10.1. Pós-Operatório Imediato

Falaremos de caso clínico de pacientes transplantado com os seguintes orgão, na


região do tórax: pulmão: rim, fígado, coração, etc.

Imediatamente após o ato cirúrgico, o paciente é encaminhado à Unidade de


Terapia Intensiva, onde ficará por alguns dias até estar apto a permanecer com menores
cuidados e poder receber alta para o quarto. Embora o transplantado esteja sob efeito
anestésico, as equipes responsáveis empregam as condutas de permanência em
ventilação mecânica, sedação, etc.

O fisioterapeuta acompanha os pacientes desde sua chegada à Unidade e,


inicialmente, promove cuidados de limpeza das vias aéreas e realiza mobilização no
leito, sempre visando a expansão pulmonar. Quando houver liberação da equipe médica,
ele pode extubá-lo, ou seja, retirá-lo do ventilador para que volte a respirar
espontaneamente.

Estão indicados os exercícios respiratórios com padrão diafragmático, treinados


antes da cirurgia, que fazem aumentar o volume de ar inspirado pelo pulmão e
promovem a ventilação de todas as suas partes, a drenagem postural, vibração torácica.
Associados a eles, estão os exercícios de membros inferiores e membros superiores, as
trocas de posição no leito, o sentar no leito ou na poltrona, o ficar em pé. As técnicas
empregadas pelo fisioterapeuta podem ser manuais ou através de equipamentos e
materiais apropriados aos objetivos que se pretende atingir.

Os transplantados, por causa das características das cirurgias, podem apresentar


algumas alterações no funcionamento do sistema pulmonar como, por exemplo,
acúmulo de líquido pleural, congestão pulmonar e atelectasias (áreas sem ventilação).
Às vezes, há líquido na cavidade abdominal e isso acaba por restringir a expansão do
pulmão.

Portanto, se o pulmão não expande adequadamente, diminui a eficiência de seus


mecanismos de limpeza e de tosse, acumula ainda mais secreção e aumenta a
possibilidade de desenvolver uma infecção respiratória. Essas são algumas das razões
pelas quais o fisioterapeuta preocupa-se insistentemente com a parte respiratória dos
pacientes.

Um aspecto muito importante é a tosse. Em geral, os pacientes submetidos à


cirurgias no tórax e abdome, têm grande dificuldade de tossir por causa da dor. É
ensinado a eles, então, a importância de realizar esse procedimento e quais mecanismos
poderão utilizar para que haja diminuição do desconforto.

Assim que os sistemas estiverem funcionando de maneira satisfatória e o


paciente prescindir de cuidados menos intensivos, ele recebe alta para a enfermaria.

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1.10.2. Pós-Operatório

No quarto, o fisioterapeuta progride em seus objetivos até que o paciente mostre-


se independente para fazer suas atividades e readquira gradativamente sua capacidade
física e funcional.

Eesse período, podem aparecer algumas complicações decorrentes do uso de


medicação imunossupressora, como distúrbios neuromotores, que devem ser avaliados e
tratados pelo profissional.

No final da fase hospitalar ou logo após a alta, o paciente já deve possuir


habilidade para continuar um programa de exercícios em casa ou no centro de
Reabilitação. Esse programa dura, em média, 2 a 3 meses; numa freqüência de 2 a 3
vezes por semana, durante 30 minutos aproximadamente. São executados exercícios
para condicionamento cardiopulmonar em esteiras e bicicletas, exercícios para aumento
de força muscular, exercícios respiratórios e exercícios posturais. Durante o período da
reabilitação, a prescrição individual de exercícios deve ser reavaliada e modificada
sempre que houver necessidade.

Passadas essas fases do pré até o pós – transplante tardio, espera-se que o
paciente seja devolvido à sociedade apto a desenvolver suas atividades sem tantas
restrições como anteriormente, conservando os novos hábitos de vida saudável que
aprendeu.

Mesmo sabendo de todas as dificuldades que envolvem os transplantes, desde a


disponibilidade de doadores, da gravidade das doenças de base e até dos riscos a que
estão submetidos, nossa torcida é a de que se façam cada vez mais vitoriosos todos os
envolvidos com o processo: as equipes e, sobretudo, os transplantados.

1.11. Legislação

Das Disposições Gerais

Art.1° A distribuição gratuita, de órgãos e partes do corpo humano

Parágrafo único. A realização de transplantes ou enxertos, órgãos e partes do


corpo humano, só poderá ser autorizada após a realização de todos os testes baseados
nas normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde.

Da Disposição Pós-Morte

Art.3° A retirada pós-morte de tecidos, órgãos e partes do corpo destinadas a


transplante deve ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, registrada por 2
médicos.

Art. 4° A retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo, dependerá da autorização


do cônjuge ou parente, de até segundo grau, maior de idade, firmado em documento
escrito testemunhado por duas pessoas presentes na verificação da morte.

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CONCLUSÃO

No que se refere à doação de órgãos e tecidos para transplante vale ressaltar que
este processo está diretamente relacionado aos valores morais, éticos e religiosos das
pessoas, pois faz com que os indivíduos pensem na noção de finitude e na relação com
o corpo, após a morte. Diante dos dilemas éticos advindos dos transplantes de órgãos,
em muitas situações os técnicos de Saúde podem se beneficiar de uma consulta ética
pública, a qual pode envolver provedores do cuidado em saúde, médicos e membros da
família do paciente. O intuito desta consulta seria no sentido de contribuir para a tomada
de decisões relacionadas ao tratamento.

Estudos indicam que mundialmente faz-se diversos transplantes sólidos e não só,
e o número de esperas e cirurgias estão apontados para o Brasil , como o país com
índices elevados de transplantes, sendo que no primeiro semestre foram realizados
somente 3.703 transplantes em 2012 .Por tanto após várias pesquisas e subjeções ,
constatamos que em Angola o nivel de transplante é extremamente precário, e quase que
não se faz nada.

Lembrando que a doação de transplante não é obrigatório , mas sim voluntário.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PROF. JOSÉ ROBERTO GOLDIM. Bioética e Transplante de Órgãos – Programa de Pós-


Graduação em Medicina e Odontologia. 2013

Moraes EL, Silva LBB, Glezer M, Paixão NCS, Moraes TC. Trauma E Doação De Órgãos E
Tecidos Para Transplante. J Bras Transpl [online]. 2006

Azeredo, C A C. Fisioterapia Respiratóra Moderna. São Paulo: ed. Manole, 1993: 248 pág.

http://www.bioetica.ufrgs.br

http://www.wikipédia.com

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