Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
O estado de São Paulo tem sofrido constantemente com alagamentos decorrentes do
alto índice de chuvas pela região. O objetivo do projeto é mostrar as consequências
enfrentadas pela população devido às fortes chuvas e alagamentos pela região de
São Paulo, este artigo irá mostrar as consequências socioeconômicas que isto causa
ao estado e o planejamento de implementar um sistema de alertas através de
sensores posicionados pela cidade que serão vinculados a um aplicativo para celular,
nos quais os usuários terão acesso a informações de regiões que estão ou serão
afetadas, com o intuito de informar a população.
Palavras-Chave: Sistema de alerta de enchentes; Alagamentos; Aparelhos Celulares.
ABSTRACT
The state of São Paulo has suffered constantly from the floods due to the high rainfall
in the region. The objective of the project is to show the consequences faced by the
population due to heavy rains and floods in the region of São Paulo, this article will
show the socioeconomic consequences that this causes for the state and the planning
to implement an alert system through sensors positioned by the which will be linked to
a mobile application in which users will have access to information from regions that
are or will be affected by floods to inform the population.
Keywords: Flood warning system; Floods; Mobile devices.
INTRODUÇÃO
Os eventos naturais que mais afetam nas atividades rotineiras de uma cidade são de
natureza climática, especificamente no estado de São Paulo são os fortes temporais
que atingem a cidade e seus arredores e a cada dia tornam-se muito evidentes as
intensidades dos impactos causados aos mais de 12,2 milhões de habitantes que
residem na região (IBGE, 2018).
Em dias de grandes temporais, os cidadãos enfrentam alagamentos e inundações,
cuja as consequências acarretam em perdas materiais e diversos transtornos para a
população afetada, como exemplo recente, na madrugada de 11 de março foram
registradas oito regiões em estado de alerta devido a alagamentos e inundações
ocasionados por conta da forte chuva que durava horas, diversos pontos de acesso a
cidade se encontravam intransitáveis e a linha 10 – Turquesa da CPTM não presou
atendimento devido a impossibilidade de trafico dos trens pelo trajeto (G1, 2019).
Enfrentamos essas situações já a um longo tempo devido aos rios existentes pela
cidade e seus arredores, isso ocorre devido a ocupação urbana e como o sistema de
abastecimento elétrico foi implementado na região (SÃO PAULO, 2010), a cidade
investe desde a década de 1990 em projetos de reservatórios e “piscinões” para
realocarem o fluxo de água da cidade, mas mesmo com esta iniciativa, em dias de
fortes temporais, diversos pontos de alagamento surgem, já foram aplicados cerca de
R$ 920 milhões na construção de 33 piscinões localizados nas bacias do Alto Tietê,
Pirajuçara, Ribeirão Vermelho, Juquery e Rio Tietê, São Paulo (2019).
Mas mesmo com este investimento e melhorias a população ainda enfrenta o caos
em dias de chuva, o objetivo deste projeto é mostrar as consequências que os
alagamentos e Inundações trazem.
SAÚDE DA POPULAÇÃO
Mesmo antes do forte temporal que atingiu a região em 11 de março, sete ruas dos
bairros localizados em São Miguel Paulista se encontravam prejudicados pelo
excesso das águas que o já não eram mais comportadas pelo rio da região, esta
situação se tornou comum para os moradores, em entrevista realizada pela BBC
NEWS BRASIL (2019) os mesmos relatam os diversos problemas e situações que
enfrentam no dia-a-dia. Somente nos primeiros 50 dias deste anos de 2019, a região
recebeu atendimento médico enviado pelo estado, 9.368 moradores foram avaliados,
sendo que 147 se encontravam com diarreia, outros relatos mostram que além disso,
até a leptospirose já foi contraída pelos moradores, casos até mais graves que
levaram ao óbito. A Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal
Saúde de São Paulo (Covisa) também alertou que o contato com águas contaminadas
pode causar cólera, febre tifoide, hepatite A e E, entre outras doenças.
URBANIZAÇÃO E OS DESASTRES NATURAIS
O Brasil, assim como outros países da América Latina, possui um processo vigoroso
de urbanização, a partir da segunda metade do século XX a população urbana do
nosso país passou de 26,3% (18,8 milhões de habitantes) em 1940, para 81,2% (138
milhões de habitantes) em 2000 (MARICATO, 2001).
Focando no país inteiro, todo este processo de urbanização vem acontecendo com
planejamento mínimo para as cidades, e com isso trazendo serias consequências e
afetando o meio ambiente.
O Plano Diretor de São Paulo não tem considerado aspectos importantes para a
estrutura da cidade que auxiliariam na drenagem urbana das águas das chuvas e a
qualidade da mesma, como já podemos ver os impactos ambientais que estamos
enfrentando, as perdas materiais e humanas, MARCONDES (1999) escreveu que:
“A escassez de água, a contaminação dos mananciais e as enchentes
representam as maiores ameaças à saúde e à segurança, em virtude da
maneira como são estabelecidos os processos de apropriação dos recursos
ambientais, em especial os oriundos das formas de urbanização inadequadas
vigentes”
(MARCONDES, 1999).
As cidades da Grande São Paulo ficaram sem acesso a capital, e de acordo com
Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, houve
transbordamento do Córrego da Mooca, do Rio Tamanduateí na Avenida do Estado,
alagamento na Marginal Tiete e diversas outras ocorrências, além dos problemas de
locomoção e perdas materiais a população sofre com o risco de contaminação pelas
águas.
Fotografia 2 - Mulher é resgatada de bote em alagamento na zona Sul de São Paulo
SANEAMENTO BÁSICO
Os maiores índices de temporais no Estado de São Paulo são durante os meses do
verão, se iniciando em janeiro e terminando por volta do mês de março, outro
agravante para as enchentes além da falta de planejamento urbano, são o acesso a
serviços de Saneamento Básico para todas as regiões, com o aumento da população
veio acompanhado com a desigualdade social e uma grande degradação Ambiental,
essa ocupação sem o planejamento inicial, que em muitas vezes não possuem os
serviços adequados de coleta de resíduos, como lixo e esgoto podem alavancar os
problemas durante os forte temporais. O Engenheiro Hiram Sartori (2017) publicou os
impactos que as posses desses locais podem causar, como a impermeabilização do
solo e um escoamento superficial, afetando que as drenagens das águas sigam o
fluxo correto.
Mas os problemas ainda continuam, as medidas tomadas até o momento ainda não
são o suficiente para sanar o atual problema.
O PROJETO
PÚBLICO ALVO
O público alvo é diverso, trabalhadores que utilizam meio de transporte público ou que
passam horas ou minutos dirigindo seja para chegar ao seu destino ou que trabalham
disso. Há geralmente alguns lugares de São Paulo que chovem mais do que o normal,
não tendo estrutura o suficiente para o escoamento de água, assim causando
alagamentos. Outros lugares que causam alagamentos por chuvas torrenciais em
períodos que ocorrem mais chuvas, como no final e começo do ano, estação do verão.
A pesquisa de público alvo não é muito específica, porque são todas as pessoas que
vivem na cidade precisam se locomover para outros lugares, seja na chuva ou no sol.
Portanto, o público alvo maior é aquele das pessoas que se locomovem na maior parte
do tempo, os trabalhadores, principalmente os jovens e adultos que trabalham e
estudam. O público alvo menor é aquele das pessoas que se locomovem, mas não
em grande parte do tempo como os trabalhadores, são os idosos, que provavelmente
são aposentados e as crianças que vão apenas para a escola.
DIREÇÃO DE ARTE
Para a direção de arte, realizamos um levantamento das cores que estariam mais
presentes nos ambientes que estariam afetados por alagamentos, enchentes e
inundações, com isso criamos um Moodboard com diversas situações e elementos
que sempre se encontram presentes.
Como o foco do dispositivo é ser acoplado em regiões de cidades com grande número
de incidentes durante e pós os eventos de chuva, os elementos utilizados para a
criação da identidade visual se basearam em construções de prédios e residências e
com o tema em questão não poderia ser esquecido o elemento sempre presente, que
é a água.
CONCLUSÃO
Com base nos dados adquiridos, o governo atualmente investe em melhorias para a
infraestrutura, porém a velocidade em que a população se expande é maior que o
planejamento. A população precisa ter a consciência que também é culpada pelos
incidentes ocorridos em tempestades e criar o hábito de dispensar os resíduos em
lugares adequados, é necessário implementar uma cultura de que todos devemos ser
responsáveis por eliminar corretamente o nosso lixo e as consequências que
enfrentamos caso não for seguido.