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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

UNISANTA

Leitura Complementar - Conceito de MOL e EQUIVALENTE


Leis ponderais das reações químicas
Leis ponderais explicam a relação entre as massas dos participantes de uma reação química através de
relações matemáticas estabelecidas entre as massas das substâncias participantes da reação química.
a) Lei de Lavoisier - conservação de massa
Lavoisier após realizar diversos experimentos químicos em sistemas fechados, ou seja, que não permitiam
troca de matéria entre os meios, verificou que a massa das substâncias que reagiram era igual após a
reação, a massa das substâncias formadas.
”Em uma reação química feita em recipiente fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das
massas dos produtos”
“Na natureza nada se cria, nada se forma, tudo se transforma”
Para exemplificar a Lei de Lavoisier
1,0 g de hidrogênio reagiu com 8,0 g de oxigênio para formar 9,0 g de água
minicial = 1,0 g + 8,0 g = 9,0 g
mfinal = 9,0 g

Exercícios Aplicativos
1) Ao reagir completamente em ambiente fechado, 1,12g de ferro com 0,64 g de enxofre, formou somente
sulfeto de ferro. Utilizando a Lei de Lavoisier qual será a massa obtida de sulfeto de ferro?

Resposta: 1,76 g de sulfeto de ferro

2) Tanto o gás oxigênio como o gás ozônio são constituídas somente com átomos de oxigênio. Num
experimento, 96 g de gás ozônio se transformam completamente em gás oxigênio. Qual a massa produzida
de gás oxigênio?

Resposta: 96 g de gás oxigênio

3) O carbono aparece na natureza na forma Grafite, que pode ser considerado como carbono puro. Ao
queimar uma certa quantidade de Grafite com 96 g de oxigênio do ar obteve-se somente 132 g de gás
carbônico. Qual a massa de Grafite queimada?

Resposta: 36 g de Grafite

4) Uma das alternativas para diminuir a quantidade de gás carbônico liberada para a atmosfera consiste
em borbulhar esse gás em solução aquosa de hidróxido de sódio. O gás carbônico reage com hidróxido de
sódio formando carbonato de sódio e água. Sabendo que 22 g de dióxido de carbono reagem com o
hidróxido de sódio, formando 53 g de carbonato de sódio e 9 g de água, qual é a massa de hidróxido de
sódio consumido?

Resposta: 40 g de hidróxido de sódio

1
5) Hidrogênio e Cloro reagem e formam Gás Clorídrico. Provoca-se reação da mistura formada por 10,0 g
de hidrogênio e 500 g de cloro. Após a reação, constata-se a presença de 145 g de cloro remanescente,
junto com o Gás Clorídrico. Qual é a massa do Gás Clorídrico formado?

Resposta: 365 g de Gás Clorídrico

b) Lei de Proust - composição definida


Proust observou que a relação das massas das substâncias que participam de uma reação química, sempre
apresentam a mesma proporção.
“A proporção em massa das substâncias que reagem e que são produzidas numa reação é fixa, constante e
invariável”
“Substância pura possui constante a relação das massas dos elementos químicos que a forma”
Para exemplificar a Lei de Proust
1,0 g de hidrogênio reagiu com 8,0 g de oxigênio para formar 9,0 g de água
5,0 Kg de hidrogênio reagiu com 40,0 kg de oxigênio para formar 45,0 Kg de água
Nas duas reações entre hidrogênio e oxigênio a relação entre as massas são respectivamente 1 : 8
Através da Lei de Proust é possível fazer previsões, quais as quantidades que devem reagir para formar
determinada quantidade de produto ou ao contrário qual a quantidade do produto que é formado quando
determinadas quantidades reagem. Exemplos:
a) 3,0 kg de Hidrogênio reagem com 24,0 kg de Oxigênio.
(relações respectivas entre as massas de Hidrogênio e Oxigênio = 1 : 8).
b) A partir de 3,0 kg de Hidrogênio é possível fabricar 27,0 Kg de Água.
(relações respectivas entre as massas de Hidrogênio e Água = 1 : 9).
c) A partir de 24,0,0 kg de Oxigênio é possível fabricar 27,0 Kg de Água.
(relações respectivas entre as massas de Oxigênio e Água = 8 : 9).

Aplicação das leis de Proust e Lavoisier nas previsões em reações químicas


é chamado de Cálculo Estequiométrico

Exercícios Aplicativos
1) 4,6 g de sódio reagem com 3,2 g de oxigênio formando como único produto o peróxido de sódio.
Quantos gramas de sódio são necessários para se obter 156 g de peróxido de sódio?

Resposta: 92 g de de sódio

2) Duas amostras de carbono puro de massa 3,75 g e 9,00 g foram completamente queimadas ao ar. O
único produto formado nos dois casos, o gás carbônico, foi totalmente recolhido e as massas obtidas foram
13,75 g e 33,00 g, respectivamente. Utilizando estes dados:
I) demonstre que nos dois casos a Lei de Proust é obedecida;
II) determine a composição do gás carbônico, expressa em porcentagem em massa de carbono e de
oxigênio.
Solução:
moxigênio = 13,75 g – 3,75 g = 10,00 g m´oxigênio = 33,00 g – 9,00 g = 24,00 g

2
I) As medidas obedecem a Lei de Proust porque as relações de massas de carbono e oxigênio nos dois
experimentos são iguais : = 0,375

II) %C = = 0,273 = = 27,3% e %O = 100,0% - 27,3% = 72,7%

3) Adicionando-se 4,5 g de gás hidrogênio a 31,5 g de gás nitrogênio originam 25,5 g de amônia, sobrando
nitrogênio que não reagiu. Qual é a quantidade necessária de hidrogênio e de nitrogênio para se obter
85,0 g de amônia?
Solução:
mnitrogênio, sobrou = (31,5 g + 4,5 g ) – 25,5 g = 10,5 g mnitrogênio,reagiu = 31,5 g – 10,5 g = 21,0 g

As massas que obedecem a Lei de Proust são as massas que reagem e formam

x = 15,1 g de hidrogênio

y = 70,4 g de nitrogênio

4) Ao adicionarmos 4,0 g de cálcio a 10,0 g de cloro obteremos 11,1 g de cloreto de cálcio e um excesso
de 2,9 g de cloro. Num segundo experimento, adicionarmos 1,6 g de cálcio a 30,0 g de cloro, qual será a
massa de cloreto de cálcio obtida?
Solução:
mcálcio,reagiu = 4,0 g mcloro,reagiu = 10,0 g – 2,9 g = 7,1 g

As massas que obedecem a Lei de Proust são as massas que reagem e formam

1ªexperiência 2ªexperiência

0,56 = 0,05  0,56

Como a razão correta é 0,56, concluímos que na 2ª experiência um dos reagentes está em excesso e
observando o resultado da razão concluímos que é o cloro que está em excesso e o cálcio é o limitante.
Para calcular a massa obtida de cloreto de cálcio deve-se usar o limitante.

x = 4,4,4 g de cloreto de cálcio

5) Um método de análise desenvolvido por Lavoisier (1743-1794) e aperfeiçoado por Liebig (1803-1873)
permitiu determinar a composição percentual dos hidrocarbonetos. O procedimento baseia-se na
combustão total, em excesso de oxigênio, da amostra analisada, em que todo carbono é convertido em gás
carbônico (composição em massa: %Carbono = 27,3% e %Oxigênio = 72,7%) e todo hidrogênio é
transformado em água (composição em massa: %Hidrogênio = 11,1% e %Oxigênio = 88,9%). A queima de
0,50 g de um hidrocarboneto, em presença de oxigênio em excesso, fornece 1,65 g de gás carbônico e

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0,45 g de água. Considerando as informações acima, determinar as porcentagens em massa de carbono e
hidrogênio no hidrocarboneto.
Solução:
mcarbono = 27,3% . 1,65 = 0,45 g e mhidrogênio = 11,1% . 0,45 = 0,45 g = 0,05 g

II) %C = 0,90 = = 90% e %H = 100,0% - 90% = 10%


c) Lei de Dalton - proporções múltiplas
Nas substâncias diferentes constituídas dos mesmos elementos, Dalton observou que fixando a massa de
um dos elementos, a relação das massas dos outros elementos que reagiram com a massa fixada
obedeciam uma relação de números pequenos e inteiros.

Para exemplificar a Lei de Dalton, vamos utilizar a formação de óxidos do elemento nitrogênio. Para essa
formação, utilizamos o gás nitrogênio e o gás oxigênio. Para tal, devemos manter a massa do nitrogênio
constante e variar a massa do oxigênio, como no quadro a seguir:
nitrogênio oxigênio Oxigênio
Monóxido de diNitrogênio 7,0 g 4,0 g 1 x 4,0 g
Monóxido de Nitrogênio 7,0 g 8,0 g 2 x 4,0 g
Trióxido de diNitrogênio 7,0 g 12,0 g 3 x 4,0 g
Dióxido de Nitrogênio 7,0 g 16,0 g 4 x 4,0 g
Pentóxido de diNitrogênio 7,0 g 20,0 g 5 x 4,0 g
A massa fixada de 7,0 g de Nitrogênio reagiu com massas de oxigênio que estão na proporção de 1:2:3:4:5 ,
números pequenos e inteiros.

Teoria Atômica de Dalton


Antiguidade
A suposição de que um corpo qualquer é constituído por um agregado de pequeninas partículas indivisíveis
“os átomos” encontra sua origem entre os antigos pensadores gregos. Segundo Aristóteles, o criador da
teoria atômica teria sido Leucipo, filósofo que viveu ao redor do ano de 500 A.C., cujos escritos
lamentavelmente se perderam.
As idéias atomísticas de Leucipo foram adotadas e propagadas por Demócrito de Abdera (séc. IV A.C.), um
dos pensadores mais famosos da Antiguidade. Demócrito pensava nos átomos como corpúsculos
indestrutíveis, duros, com tamanho e peso extremamente pequenos, de cujas uniões nasceriam as coisas,
os seres e os mundos. As idéias de Demócrito permaneceram inalteradas por aproximadamente 2.200 anos.
Dalton
Porque ocorre a relação de inteiros entre as massas que reagem com a massa fixada?
Para Dalton (1803), a teoria de Leucipo e Demócrito era bastante coerente. Segundo esta teoria filosófica,
os átomos eram as menores partículas possíveis da matéria.
Dalton para explicar os resultados que ocorriam, as relações dos números inteiros, concluiu que a matéria
dos elementos químicos deveriam ser conjuntos de partículas e não uma matéria continua. Segundo
Dalton essas partículas são os ÁTOMOS (teoria filosófica de Leucipo e Demócrito) do elemento.
Com o uso dessa lógica matemática Dalton provou a existência do átomo e imaginou um modelo do átomo
como uma esfera maciça, homogênea, indestrutível, indivisível e de carga elétrica neutra.

Teoria Atômica de Dalton


O modelo do átomo gerou a Teoria Atômica de Dalton que consiste em admitir as seguintes conclusões:
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1. Toda matéria é formada de aglomerados de átomos.

2. Os átomos não podem ser criados1 e nem destruídos2, eles são permanentes e indivisíveis3.
(1) , (2) e (3) Através do bombardeamento de núcleos de átomos com partículas subatômicas podemos
destruir ou criar novos núcleos de átomos por fratura ou adição, respectivamente.

3. Um composto químico é formado pela combinação de átomos de dois ou mais elementos químicos em
uma razão fixa (Lei de Proust).

4. Os átomos de um mesmo elemento são idênticos4 em todos os aspectos, já os átomos de diferentes


elementos possuem propriedades diferentes. Os átomos5 caracterizam os elementos.
(4) Os átomos de um mesmo elemento não são idênticos devido à existência de isótopos.
(5) O que caracteriza o elemento é o fato de todos os átomos do elemento possuírem o mesmo número de
prótons no núcleo.

5. Quando os átomos se combinam para formar um composto, quando se separam ou quando acontece
um novo rearranjo são indícios de uma reação química.
Observações:
a) todos os fenômenos químicos ocorrem na periferia do átomo, nunca no núcleo, portanto os
postulados de Dalton são válidos para o estudo das transformações químicas.
b) Com os postulados de Dalton é posível explicar as leis ponderais de Lavoisier e Proust.

d) Lei de Richter - proporções recíproca

Richter observou que se uma massa de um elemento reage com as massas de outros elementos, quando
esses elementos combinarem entre si a relação das massas que reagiram entre si e igual a relação das
massas que reagiram com o primeiro elemento.

Para exemplificar a Lei de Richter, vamos utilizar a formação de hidreto de cálcio, óxido de cálcio e água

1,0 g de hidrogênio reagem com 8,0 g de oxigênio para formar 9,0 g de água
20,0 g de cálcio reagem com 8,0 g de oxigênio para formar 28,0 g de óxido de cálcio
2,0 kg de hidrogênio reagem com 40,0 kg de cálcio para formar 42,0 kg de hidreto de cálcio

A relação das massas de hidrogênio e cálcio que reagiram com 8,0 g de oxigênio é 1 : 20.

A relação das massas de hidrogênio e cálcio que reagiram entre si é 1 : 20 (2,0 Kg : 40,0 kg).

A partir dessas observações foi escolhido uma massa de um elemento, equivalente a massa de todos os
outros elementos. O elemento escolhido foi o Oxigênio por sua reatividade e a massa de referencia de
equivalência, 8,0 g do elemento oxigênio. Na tabela abaixo são mostradas alguns elementos e suas massas
Equivalentes à 8,0 g de oxigênio.

Hidrogênio 1,0 g 8,0 g 9,0 g água


Sódio 23,0 g 8,0 g 31,0 g Óxido de sódio
Cálcio 20,0 g 8,0 g 28,0 g Óxido de cálcio

Portanto:
E hidrogênio = 1,0 g Esódio = 23,0 g E cálcio = 20,0 g
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e) Lei de Gay Lussac

Nas reações entre gases ou nas reações que formam gases, se os volumes gasosos forem medidos nas
mesmas condições de pressão e temperatura, a relação entre eles será uma proporção constante de
números inteiros e pequenos.

Para exemplificar a Lei de Gay-Lussac:


Com todos os volumes medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura, 2 volumes de monóxido
de carbono e 1 volume de oxigênio produz 2 volumes de anidrido carbônico.
Ou seja: para fabricar 20 L de anidrido carbônico são necessários 20 L de monóxido de carbono e 10 L de
oxigênio, com todos os gases medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura.

Com todos os volumes medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura, 1 volume de nitrogênio
e 3 volumes de hidrogênio produz 2 volumes de amônia.
Ou seja: Com 1 m3 de nitrogênio e 3 m3 de hidrogênio é possível produzir 2 m3 de amônia, com todos os
gases medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura
Observação: A amônia é utilizada na fabricação de fertilizantes químicos.

Exercícios Aplicativos
1) O gás pentóxido de dicloro se decompõe nos gases cloro e oxigênio. Para cada 2 volumes de pentóxido
de dicloro decomposto forma 2 volumes de cloro e 5 volumes de oxigênio, com todos os gases medidos
nas mesmas condições de pressão e temperatura. Qual é o volume de oxigênio obtido a partir de 12,0 L de
pentóxido de dicloro, ambos as mesmas condições de pressão e temperatura?

Resposta: 30,0 L de gás oxigênio

2) Num sistema a uma determinada pressão e temperatura, dois gases, A e B, inodoros e incolores, reagem
entre si na proporção de 1 L de A para 3 L de B, gerando 2 L de um gás C. Quando 30 L do gás A e 60 L do
gás B forem submetidos às mesmas condições, qual será o volume final do sistema?

Solução:

1ªexperiência 2ªexperiência

0,33 0,50  0,33

De maneira análoga a Lei de Proust a razão correta é 0,33, concluímos que na 2ª experiência um dos
reagentes está em excesso e observando o resultado da razão concluímos que é A que está em excesso e o
B é o limitante.

x = 20 L , portanto sobrará sem reagir 10 L de A

x = 40 L , portanto formará 40 L de C

Vfinal do sistema = 10 L + 40 L = 50 L
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Hipótese de Avogadro
A hipótese de Avogadro propõe que volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de pressão e
temperatura, contêm o mesmo número de partículas.
Para exemplificar a hipótese de Avogadro: 1 m3 de nitrogênio , 1 m3 de hidrogênio e 1 m3 de amônia,
gases medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura contem o mesmo número de partículas.
A prova da existência de Moléculas: O que são estas partículas?
Observando o exemplo de preparação de Amônia:
1 volume de nitrogênio e 3 volumes de hidrogênio produz 2 volumes de amônia
Utilizando a hipótese de Avogadro e admitindo que em 1 volume de nitrogênio existem N partículas de
nitrogênio podemos concluir que em 3 volumes de hidrogênio existem 3 N partículas de hidrogênio e que
após a reação formaram 2 volumes de amônia que contem 2 N partículas de amônia. Reduzindo a menor
proporção possível, temos:
1 partícula de nitrogênio e 3 partículas de hidrogênio produzem 2 partículas de amônia
A sentença acima permite concluir que as partículas de nitrogênio e hidrogênio não são átomos isolados,
porque não é possível dividir os átomos na metade, mas podem ser um conjunto de átomos. Se as
partículas de nitrogênio e hidrogênio foram divididas na metade então o número de átomos nas partículas
de nitrogênio e hidrogênio são pares. Avogadro denominou essas partículas de MOLÉCULAS e considerou
o número de átomos na molécula como sendo o menor número par .... 2 .
* Representação da fabricação de amônia:
3 H2 + 1 N2  2 NH3

+ 

Lê-se : 3 moléculas de H2 reagem com 1 molécula de N2 formando 2 moléculas de NH3

* Reação de combustão do hidrogênio:

2 H2 + 1 O2  2 H2O

+ 

Lê-se : 2 moléculas de H2 reagem com 1 molécula de O2 formando 2 moléculas de H2O

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* Equações Químicas de Reações Químicas
Equação Química é a representação da reação química, traduz a mudança na natureza das substâncias. As
substâncias que irão reagir são chamadas de REAGENTES e as substâncias que se formarão de PRODUTOS.
Baseado na Lei de Lavoisier e na Lei Proust mostra a proporção em número de partículas que os reagentes reagem e
os produtos se formam. Nela as substâncias são representadas por fórmulas e a proporção representada por
números escritos a esquerda de cada fórmula denominados coeficientes estequiométricos. Através dos coeficientes
estequiométricos é possível o cálculo estequiométrico em função dos números de partículas que reagem e formam.

Massa Atômica
Massa Atômica é a expressão usada para denominar a massa média dos átomos de um elemento químico
relativa a uma unidade de massa de átomos
A noção de massa atômica foi referida pela primeira vez por Dalton, em sequência a teoria atômica que
desenvolveu. Dalton não possuía a forma de medir a massa de um átomo, mas poderia relacionar as
massas de átomos de diferentes elementos. Para tal era necessário escolher os átomos de um elemento
específico como referência. Dalton escolheu como elemento referência o hidrogênio e estabeleceu o
“átomo de hidrogênio” como a unidade de massa de átomos.
Uma maneira de medir a massa dos átomos é utilizando a Hipótese de Avogadro.
Por exemplo:
Dois recipientes com volumes iguais nas mesmas condições de temperatura e pressão, um contem 20,0 mg
de hidrogênio e o outro 320,0 mg de oxigênio.
Baseado na Hipótese de Avogadro, os números de partículas são iguais nos dois recipientes.
Como as partículas dos dois gases são moléculas diatômicas podemos concluir que os dois recipientes
contem o mesmo número de átomos (N).
Cálculos das massas dos “átomos de hidrogênio” e dos “átomos de Oxigênio”
mH = e mO =
sendo: mH = massa do “átomo de hidrogênio” e mO = massa do “átomo de oxigênio”
como não é conhecido o valor de “N” é impossível saber os valores mH e mO . Porem se adotarmos, por
exemplo a massa do ““átomo de hidrogênio” como uma unidade podemos calcular a massa do “átomo
de oxigênio” em relação a unidade criada.
mH = = 1,0 unidade (1,0 u)
ou seja, adotando a nova unidade, a massa do “átomo de hidrogênio” é 1,0 u

MH = 1,0 u então a massa do “átomo de oxigênio” nessa nova unidade será:

= = 16,0 ..... = 16,0 .... MO = 16,0 u

Conclusão: a massa atômica do hidrogênio é 1,0 u e a massa atômica do oxigênio é 16,0 u


Observação: a massa do “átomo de hidrogênio” é a massa média dos N átomos de Hidrogênio da mesma
forma a massa do “átomo de oxigênio” é a massa média dos N átomos de Oxigênio.

Dalton efetuou cálculos de massa atômica para vários elementos, tendo com ponto de referência a massa
do “átomo de hidrogênio”.
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Em 1865 o químico belga J. S. Stas apresentou uma tabela de massas atômicas mais atualizada utilizando
como referencia o “átomo de oxigênio”, ao qual atribuiu a massa atômica o valor de 16,0 u. O motivo da
alteração de referencial foi a reatividade do oxigênio em relação a outros elementos, possibilitando a
determinação das massas por cálculos estequiométricos ( aplicação da lei de Proust)
Observação: Tanto a escala de Dalton como a escala de Stas foram feitos utilizando balanças de 2 pratos,
aperfeiçoadas por Lavoisier durante seus estudos.
Com o desenvolvimento da espectrografia de massa os físicos para facilitar as medições das massas dos
átomos por essa técnica resolveram usar a risca do isótopo 16 do oxigênio como padrão.
A partir desse momento passaram a existir duas escalas de massas dos átomos, as escalas física e a
química.
A massa dos átomos era feita por comparação com o “átomo de oxigênio”, que é a massa média dos 3
isótopos naturais, 16O, 17O e 18O , consequentemente os resultados das massas obtidas nas duas escalas
eram ligeiramente diferentes gerando muitos conflitos de informações nos resultados científicos.
Muito mais tarde, descobriu-se que se usarmos o 12C como padrão teríamos uma escala baseada no
espectrógrafo de massa (medições feitas pelos físicos), mas cujos valores numéricos quase coincidiam com
os valores numéricos da escala química, obtida atraves de processos químicos (medições feitas pelos
químicos).
A preocupação dos cientistas em estabelecer uma unidade de referência levou a utilizar o átomo de
hidrogênio, inicialmente tomado como unidade por ser o mais leve, porem a quantidade de elementos
possíveis de uso da técnica era pequeno.
A partir da lei das proporções em massa nas reações químicas foi possível estabelecer a relação das massas
entre os átomos., por esse mesmo motivo, o hidrogênio foi abandonado dando lugar ao oxigênio.
O oxigênio, possui massa relativamente maior que o hidrogênio e era capaz de combinar com muitos
elementos conhecidos, tinha o inconveniente de se apresentar na natureza na forma de três isótopos
levando a uma discrepância nas escalas utilizadas por físicos e químicos da época.
Para eliminar o problema a IUPAC e a IUPAP (União Internacional de Física Pura e Aplicada), em 1961,
resolveram adotar o equivalente a 1/12 da massa do isótopo do carbono-12, como referência para a
unidade de massa atômica.

Exemplo: a massa atômica do elemento sódio é 22,990 u que significa que a massa média dos átomos de sódio é
22,990 maior que a massa da unidade de massa ( da massa do 12C = 1,0 u )

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MASSA DAS MOLÉCULAS

Massa Molecular
A molécula é um conjunto de átomos e representa a unidade de uma substancia simples ou composta ou
seja é a menor partícula de uma substância.
Se a molécula é um conjunto de átomos o padrão utilizado para determinar massas relativas dos átomos
pode também ser utilizado para determinar massas relativas de moléculas. A massa relativa de uma
molécula é chamada Massa Molecular.

Processo Prático para calcular Massa Molecular


Como o padrão de massas moleculares é o mesmo das massas atômicas, a massa molecular pode ser
obtida com a soma das massas atômicas dos elementos que constituem a molécula.
Exemplo: Cálculo da massa molecular da Sacarose (C12H22O11).
Massas Atômicas: C = 12,0 u , H = 1,0 u e O = 16,0 u
MMSacarose = 12,0 u . 12 + 1,0 u . 22 + 16,0 u . 11 = 342,0 u

Conceito de MOL
O Sistema Internacional de Pesos e Medidas define:
"Mol é a quantidade de um sistema que contém tantas partículas quanto são os átomos contidos em
0,012 quilograma de carbono-12".
A quantidade de substância, é uma grandeza física que mede a quantidade de partículas da substância. As
partículas podem ser átomos, moléculas, íons ou outras partículas, dependendo do contexto.
Fazendo comparações: Qual a amostra possui mais átomos?

NFe = NC = 1 mol =

Relacionando os números de átomos nas duas amostras:

= = = .

Como a relação entre as massas em “g” é igual a relação entre as massas em “u” temos:

Substituindo na equação anterior temos:


= . = 1 ou seja, a quantidade de átomos de Ferro em 55,845 g de Ferro é 1 mol.

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Conclusões Importantes:
1) A massa atômica de qualquer elemento escrito na unidade de massa “grama” corresponde a massa em
“g” de 1 mol de átomos do elemento.
2) A massa molecular de qualquer substância escrita na unidade de massa “grama” corresponde a massa
em “g” de 1 mol de moléculas da substância.
3) A massa em g de 1 mol de partículas é chamado de massa molar (M)
Exemplos:
MAFe = 55,845 u ..................... a massa molar da substância Ferro é: MFe = 55,845 g/mol
MMSacarose = 342,0 u ............. a massa molar da substância Sacarose é: MSacarose = 342,0 g/mol

Relação entre a Massa Molar e Equivalente de um Elemento Químico

Para relacionar MOL e EQUIVALENTE será usado os conceitos de semi reação de Oxidação e de Redução.
Oxidação: 1 Ao  1 An+ + n elétrons
Redução: 1 Ao + n elétrons  1 An-

Elemento Padrão de Equivalente


O elemento padrão de Equivalente é o Oxigênio e a massa referencial, escolhida, para o Equivalente é 8,0 g
(ver Lei de Richter). Quando 8,0 g de Oxigênio (O2) reage com outro elemento sofre redução e se
transforma em 8,0 g de Óxido (O2-). Utilizando os coeficientes estequiómetricos podemos relacionar as
quantidades de partículas envolvidas nas transformações de átomos em íons.
1 O2o + 4 elétrons  2 O2-

1 mol 4 mol

32,0 g 4 mol

8,0 g 1 mol
Para reduzir a carga relativa “zero” dos átomos de Oxigênio, para a carga relativa “-2 “ dos íons óxidos,
8,0 g de Oxigênio receberam 1 mol de elétrons do Equivalente do outro elemento, ou seja:
Equivalente de um Elemento Químico é a massa do elemento
que troca 1 mol de elétrons com 8,0 g de Oxigênio.

Cálculo do Equivalente de alguns elementos

Equivalente de elemento Sódio (Na)


1 Na o  1 Na1+ + 1 elétrons

1 mol 1 mol

23,0 g 1 mol

ENa = 23,0 g

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Equivalente de elemento Cálcio (Ca)
1 Ca o  1 Ca2+ + 2 elétrons

1 mol 2 mol

40,0 g 2 mol

20,0 g 1 mol
ECa = 20,0 g

Comparando os vários resultados concluímos que:

E =

onde “n” é o número de elétrons trocados por um átomo durante a reação, “E” é o Equivalente do
elemento e “M” é a Massa Molar do elemento.

Observação:
Generalizando o conceito para qualquer substância podemos definir de outra forma a massa chamada
Equivalente:
Equivalente de uma Substância é a massa da Substância que troca 1 mol de cargas com a massa
Equivalente de outra Substância
Exemplo:

1 H2SO4 + 2 NaOH  1 Na2SO4 + 2 H2O

MH2SO4 = 1,0 . 2 + 32,0 + 16,0 . 4 = 98,0 g/mol


MNaOH = 23,0 + 16,0 + 1,0 = 40,0 g/mol

nesta reação o H2SO4 sofre ionização e libera dois íons H1+ por fórmula ...
1 H2SO4  2 H1+ + SO42-

1 mol 2 mol

0,5 mol 1 mol

49,0 g 1 mol EH2SO4 = 49,0 g

... e o NaOH sofre dissociação iônica e libera um íon OH1- por fórmula

1 NaOH  1 Na1+ + OH1-

1 mol 1 mol

40,0 g 1 mol ENaOH = 40,0 g

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