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Estudar gênero, vai além das perspectivas de análise das histórias das mulheres, é
entender como se determina as concepções dos mais diversos sexos, como elas se
estabelecem e se integram no contexto social. Logo, esses aspectos são determinantes e
influenciadores das mais diversas mazelas que afetam a sociedade. Exemplo disso, é a
violência contra a mulher que ao longo da história vem se atenuando proporcionalmente
no mundo todo. Atualmente, temos a ideia do patriarcado que é o homem sendo ser
superior a mulher, tanto no trabalho, quanto oportunidades de ascensão social. O homem
ao longo da história do ser humano, se ver como principal personagem, como ser atuante
e formulador das principais teorias e práticas que abrangem a existência humana.
Uma autora que aborda esses movimentos é Flávia Candido da Silva, em seu
artigo como título “A mobilização feminista no brasil e suas conquistas para a
visibilidade da violência em razão do gênero” ela aborda que as reivindicações
mobilizam uma sociedade dando visibilidade que coloca em pauta discursões no âmbitos
legislativos, jurídicos, jornalísticos, e assim por diante. Assuntos como violência contra
a mulher, em razão do gênero, devem ser discutidos e amparado pela sociedade para que
possamos produzir uma consciência a combater e evitar as atrocidades que vêm sendo
praticadas diante de uma consciência preconceituosa e discriminadora de sociedade
extremamente machista.
O feminismo como movimento social, tem vivido com algumas ondas, e no texto
de Joana Maria Pedro é um artigo que tem como título “Traduzindo o debate: o uso da
categoria gênero na pesquisa histórica” ela divide essas ondas em perspectivas
diferentes, “uma primeira onda” se desenvolve no final do século XIX e centrado na
reivindicação nos direitos políticos, entre votar e ser eleita, e nos direitos sociais e
econômicos – como o de trabalho remunerado, estudo, propriedade, herança.
Uma segunda onda, surge depois da segunda Guerra Mundial, tendo como luta os
direitos ao corpo, ao prazer e contra o patriarcado – que coloca mulher em ponto de
subordinação ao homem – no ponto de vista historiográfico esses movimentos surgiram
em diferentes períodos na história, e são de suma importância para a formação do plano
jurídico atualmente. A Constituição Federal é um exemplo disso, muitos dos direitos que
ali constam, só foram possíveis devido a reivindicação, a mobilização social, diante do
inconformismo de algumas classes, que nesse argumento o enfoque é a mulher, pois seus
direitos só surgem na base da luta.
A Joana Maria, demonstra que a palavra “gênero”, tem uma história atribuída de
forma tributária de movimentos sociais de mulheres, feministas, gays e lésbicas. Diante
de uma trajetória que acompanha a luta dos direitos civis, direitos humanos, igualdade e
respeito. Para o feminismo, a palavra “gênero” passa a ser usada nos debates internos que
se travaram dentro de movimentos que buscavam a explicação para a subordinação das
mulheres. Embora ela foi usada no interesse de narrar um pouco da trajetória dos
movimentos feministas e das mulheres.
Sendo assim, o texto aqui proposto tinha como objetivo discutir alguns pontos
principais, dos textos aqui mencionados, destacando como se estabelecem os estudos de
gênero, citando algumas perspectivas que influenciam na compreensão dessa análise. O
gênero enquanto disciplina nos proporciona a ampliar nos horizontes sobre as
diversidades de estudos que ela nos proporciona e que as teorias em questão ajudam a
compreender não só a mulher, mas todos sexos de forma como eles se interagem e se
interagem na sociedade.
Referências: