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ENSINO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PRÉ ESCOLARES E ESCOLARES

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Lorene Yassin

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ENSINO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PRÉ ESCOLARES E
ESCOLARES

Lorene Yassin – nutrilo@yahoo.com.br – Cescage – Ponta Grossa – Paraná


Priscila Almeida – prirepresentantenut@hotmail.com – Cescage – Ponta Grossa - Paraná
Damaris Beraldi Godoy Leite – damgodoy@hotmail.com – UTFPR – Ponta Grossa –
Paraná
Antônio Carlos Frasson – acfrasson@utfpr.edu.br – UTFPR – Ponta Grossa – Paraná

Resumo: O ambiente escolar é propicio para a formação de hábitos saudáveis de vida tendo
em vista que as crianças geralmente são influenciadas pelos seus professores e colegas nesse
período. O objetivo dessa pesquisa foi inserir o tema alimentação saudável aplicando
atividades de educação nutricional para pré escolares e escolares. A pesquisa foi feita com
215 crianças em fase pré – escolar e escolar com idade entre 6 meses e 8 anos de idade
matriculadas do Berçário ao Segundo ano de uma escola privada. Foram aplicadas seis
atividades com duração de quarenta minutos cada. As atividades trabalharam os conceitos
de qualidade, quantidade, proporcionalidade e função dos nutrientes na infância. As crianças
participaram da atividade com empolgação e atenção e demonstraram entendimento dos
temas propostos. Conclui-se que o tema alimentação saudável é possível de ser inserido na
população estudada através de atividades de educação nutricional que despertam o interesse
dos alunos, pois são pautadas em princípios do ensino específicos para essa faixa etária.

Palavras-chave: educação nutricional, pré escolares, ensino.

1 INTRODUÇÃO

A fase da infância apresenta importantes aspectos para a formação de hábitos e


práticas comportamentais em geral, e especialmente alimentares, este processo essencial tem
seu início nesta fase e se estende por todas as demais fases do ciclo da vida (YOKOTA et
al.,2010).
Na infância, a alimentação qualitativa e quantitativamente adequada é essencial para
garantir o crescimento e o desenvolvimento da criança, pois proporciona energia e nutrientes
necessários para o bom desempenho de suas funções e para a manutenção da saúde
(MANEGAZZO e et al.,2011).
A alimentação saudável é considerada aquela que faz bem, promovendo saúde para a
criança que recebe orientações e informações adequadas (PERIN et al., 2013)
Nesta faixa há necessidade de um maior cuidado em relação à alimentação,
principalmente pelo fato de ocorrer inserção de novos hábitos alimentares que implica novos
sabores, texturas e cores, experiências sensoriais que influenciarão o padrão alimentar a ser
adotado pelo infante (BARBOSA et al., 2005).
Melhorar a saúde e o estado nutricional de crianças e adolescentes um investimento
efetivo para as futuras gerações, pré-escolas e escolas parecem oferecer inúmeras
possibilidades e oportunidades de promover alimentação saudável além de favorecer e
estimular a atividade física entre crianças e adolescentes (OLIVEIRA, COSTA, ROCHA,
2011).
Todos escolares fazem pelo menos uma refeição na escola, por este motivo se torna
importante a intervenção nutricional através de trabalhos que visam à prevenção e aumento da
atividade física (COSTA et al.,2009).
As refeições, os lanches e as atividades de preparo de alimentos dão às crianças uma
oportunidade de praticar e fortalecer seu conhecimento nutricional, assim como de demonstrar
seu aprendizado cognitivo (SONATI, 2009).
A educação nutricional é um processo educativo que tem como objetivo tornar os
escolares autônomos e seguro de suas escolhas alimentares, tornando-o consciente através do
conhecimento adquirido que suas escolhas devem atender suas necessidades fisiológicas,
psicológicas e sociais (RAMOS et al., 2013).
É baseado em diversos estudos que a educação nutricional pode ser considerada um
componente decisivo na promoção da saúde, sendo assim, um meio de influenciar a criança é
através do espaço escolar, espaço esse privilegiado para a construção e a consolidação de
práticas alimentares saudáveis, pois é um ambiente o qual atividades voltadas à educação
nutricional podem apresentar grande repercussão (YOKOTA et al.,2010).
Essa pesquisa teve como objetivo explorar o tema alimentação saudável através de
atividades de educação nutricional para pré escolares e escolares.

2 MATERIAIS E METODOS

A presente pesquisa pode ser definida como qualitativa e explicativa. Foi aplicada com
215 crianças em fase pré – escolar e escolar em uma instituição privada da cidade de Ponta
Grossa-PR, com idade entre 6 meses a 8 anos matriculadas do berçário ao segundo ano de
ambos os sexos.
O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ensino Superior
dos Campos Gerais – CESCAGE, tendo o protocolo de pesquisa nº 236.435. Os escolares
foram autorizados a participar da pesquisa por seus pais ou responsáveis, mediante o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido.
As atividades de educação nutricional envolveram frutas e verduras que são alimentos
de alta densidade de nutrientes e pouco aceitos pela maioria das crianças nessa faixa etária.
Os grupos foram divididos por classes sendo Berçário I e II, Infantil I, Infantil II e
Infantil III, Infantil IV, Infantil V, Primeiro Ano e Segundo Ano.
Para as crianças de 0 a 2 anos foi aplicado a técnica do painel montado. Esse painel
consiste em um boneco no qual as partes do seu corpo são em formato de frutas e legumes
(cabeça de maçã, pernas de pepino...) e ao montar o boneco junto com as crianças o
pesquisador comenta a importância do consumo das frutas. As crianças observam e podem
tocar nas frutas que compõem o boneco e montar e desmontar o mesmo.
Para Infantil I e II foi usado o mesmo boneco enfatizando a importância da
alimentação saudável para o crescimento. A montagem do boneco foi feito pelas crianças que
recebiam um membro do corpo cada uma. Ao final da atividade receberam uma mascara com
figuras de alimentos saudáveis para colorir.
Nas turmas do Infantil III, VI e V os “Alimentos Poderosos” foram o tema de uma
aula expositiva para as crianças compreenderem os benefícios que os alimentos saudáveis
podem transmitir ao organismo. Ao final todos receberam um marca página para colorir com
a finalidade de que lembrassem dos “alimentos poderosos” com campos em branco para
anotarem o consumo de “alimentos poderosos” durante aquela semana. Também foi
trabalhada uma música (APÊNDICE A) com a finalidade de motivá-los a se alimentar em
quantidade e qualidade adequadas. Após cada aluno recebeu uma mascara para colorir
representando uma fruta com o objetivo de incentivo ao consumo desse grupo alimentar.
Para as duas turmas do Ensino Fundamental foi elaborada uma pirâmide alimentar
bastante colorida em material resistente e com alimentos que poderiam ser destacados/colados
nessa pelas crianças. As crianças conheceram a pirâmide, a divisão dos grupos alimentares,
quais são os alimentos que precisamos ingerir com maior quantidade que outros e a
importância da ingestão de água assim com atividade física. Também foi ensinado em um
painel ilustrado como deveriam montar seus pratos no almoço para terem uma refeição
completa e saudável. Após essas atividades cada aluno recebeu um canudinho com uma fruta
em EVA colada como enfeite estimulando a ingestão de sucos de frutas naturais assim como
água.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Segundo os princípios da alimentação saudável, todos os grupos alimentares devem


fazer parte da alimentação diária dos indivíduos, devendo conter carboidratos, proteínas,
lipídios, vitaminas, minerais e água (BRASIL, 2006). Portanto, esta deve ser orientada e
incentivada desde a infância até a fase adulta, tendo em vista a promoção da saúde (PHILIPPI,
2008).
Todos os alunos estudados na presente pesquisa participaram das atividades
demonstrando entusiasmo. Para que a educação nutricional possa ser efetiva em seus
objetivos, deve estar aliada ao emprego de metodologias dinâmicas em sala de aula,
explorando na criança, sua criatividade e imaginação, o que proporcionará um ambiente de
ensino favorável à convivência saudável, iniciando assim um processo de afirmação da
identidade alimentar (ALBIERO & ALVES, 2007).
Existem diversas estratégias, metodologias para a realização da orientação nutricional,
tais como: exposições orais, dinâmicas em grupo, leitura dirigida, experiências práticas,
utilização de vídeos, filmes e dramatização. Qualquer que seja a estratégia adotada, esta deve
ser planejada adequadamente para atendimento dos objetivos esperados (PHILIPPI, 2005).
O âmbito familiar é um fator bastante influente na vida das crianças, se os pais não
têm hábitos saudáveis provavelmente à criança não terá. As escolas também têm poder de
influenciar as crianças, por este motivo é bastante importante o acompanhamento nutricional e
atividades que estimule a criança a ter hábitos cada vez mais saudáveis. O contato com temas
que envolvam alimentos vão desenvolver hábitos mais saudáveis e contribuir com a promoção
da saúde não somente nessa fase, mas na vida adulta através da consolidação dos hábitos
adquiridos na infância.
As crianças desnutridas ou com carência alimentar possuem dificuldade de
assimilação de conteúdos, especialmente de adquirir linguagem, tendo em vista o fato de que
a fome compromete o aprendizado, que faz parte do crescimento da criança e está relacionado
a múltiplos fatores - biológico, social e afetivo, assim como o estímulo para atividades lúdicas
- porém, como a brincadeira é inerente à criança, muitas vezes, desafia seu limite (FROTA et
al.2009).
Quando se refere ao que diz respeito ao ensino destaca-se o profissional pedagogo que
é um especialista em assuntos educacionais e a pedagogia, o conjunto de conhecimentos
sistemáticos relativos ao fenômeno educativo. Os hábitos alimentares dos indivíduos é um
fenômeno de relações que se processam diariamente através de conhecimentos informais e
formais, no qual o profissional nutricionista tem preponderante papel para o desenvolvimento
de bons hábitos alimentares, e conseqüente saúde viva. Quando nos referimos a ciência de
educação, ciência e a arte de educar, reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e
orientar a prática educativa ou ainda quando dizemos sobre a filosofia, a ciência e a técnica da
educação estamos nos referindo sobre o que se diz ser pedagogia (LIDEN, 2011).
Compreendendo o que é a pedagogia, espera-se do profissional nutricionista envolvido
no processo de educação alimentar que haja afetividade ao exercício de sua atividade
profissional; vontade de atualização da ciência da Nutrição, amorosidade nas preparações
didático pedagógicas de seus conteúdos de sala de aula e finalmente gostar de ensinar e
educar crianças. O nutricionista, enquanto profissional competente para realizar projetos e
ações de educação nutricional (CFN, 2005).

O termo didática é a adequação entre os meios e os fins escolhidos à ação educativa.


Trata-se da razão instrumental que norteia esse processo, e tem uma importância enorme para
a efetiva transmissão de conhecimentos. Com base nisso, a didática está intrinsecamente
ligada à pedagogia, já que depende substancialmente das normas e métodos para aplicar esse
saber especial. De forma mais clara didática é a técnica de dirigir e orientar a aprendizagem
com a finalidade de que o educando alcance o processo de mudanças (LIDEN, 2011).
Uma dos métodos utilizados para atrair a criança se dá pelas atividades lúdicas é
através do lúdico que a aprendizagem é ativa, dinâmica e contínua, ou seja, uma experiência
basicamente social, que tem a capacidade de conectar o indivíduo com a cultura e meio social
mais amplo. O educador deve aguçar a curiosidade da criança com os desafios do mundo,
viagens pela imaginação, moldar e dar a forma aos diferentes elementos que podem ser
transformados em brinquedos (SULZBACH, 2013). A intervenção lúdica tem a capacidade e
trazer prazer e inovação, podendo interferir de maneira positiva a escolha da alimentação dos
escolares.
A utilização de atividades lúdicas visando à educação e a promoção da saúde são
consideradas como ferramentas efetivas, pois permitem o compartilhamento de experiências
(MAGALHÃES, 2007). A promoção do conhecimento sobre práticas alimentares adequadas e
de estilos de vida saudáveis devem receber atenção especial.
A utilização de processos lúdicos para a construção da aprendizagem em alimentação
e nutrição, faz-se mais efetivo e com melhores resultados que demais atividades. Sabendo que
com essa forma de aprendizagem as crianças estão cada vez mais atenciosas e curiosas na
busca de novas vivências e experiências (SALVI, CENI, 2009).
Antes da aplicação prática das atividades propostas, é importante destacar que um
plano de aula é fundamental para melhor desempenho nas atividades que serão realizadas,
pois se trata de um instrumento de trabalho que especifica os comportamentos esperados dos
educandos e os meios, como por exemplo, conteúdos, procedimentos e recursos que serão
utilizados para a realização buscando sistematizar todas as atividades que serão desenvolvidas
em determinado período de tempo, que educador x educando interagem, numa dinâmica de
ensino e aprendizagem (LIDEN, 2011).
Sendo assim, o plano de aula que foi programado para os alunos da instituição
pesquisada, foi elaborado com a finalidade de atrair a atenção do aluno por meio de jogos,
brincadeiras, atividades para colorir, lembrancinhas para serem utilizadas no momento da
refeição, música e figuras atrativas.
A infância é a idade das brincadeiras. Por meio delas, as crianças satisfazem grande
parte de seus desejos e interesses particulares, o aprendizado da brincadeira, pela criança,
propicia a liberação de energias a expansão da criatividade, fortalece a sociabilidade e
estimula a liberdade do desempenho. Quando as crianças brincam é notável a satisfação que
elas experimentam ao participar das atividades, sinais de alegria, risos... a criança consegue
conjugar seu mundo de fantasia com a realidade (CORIAN-SABINI & LUCENA, 2012).
Ao utilizar os jogos no processo de alfabetização é possível alcançar inúmeras ações
que possibilitam uma aprendizagem eficaz, como evidencia a pesquisa de Queiroz (2003). O
jogo pode ser extremamente interessante como instrumento pedagógico, pois incentiva a
interação e desperta o interesse pelo tema estudado, além de fomentar o prazer e a curiosidade
dos infantes. (SULZBACH, 2013).
As atividades foram aplicadas em todas as turmas e, naquele momento as crianças se
mostraram receptivas para as atividades. As crianças respondiam a perguntas feitas pelos
pesquisadores com empolgação. Participaram das atividades propostas com pró atividade e se
mostraram curiosos. Foi notado também que as crianças, além de interessadas pelo assunto,
adquiriram novos conceitos e conhecimento sobre nutrição e alimentação e,
conseqüentemente, levaram-nos para suas famílias.
Um trabalho de educação nutricional desenvolvidos com pré-escolares, relatado em
Benetti et al. (2008), destaca o aumento progressivo de interesse pelos assuntos de
alimentação e nutrição entre os participantes. As atividades de educação nutricional tornam-se
estratégias de fundamental importância para o desenvolvimento da aprendizagem sobre
nutrição, pois prendem a atenção do ouvinte e o faz interagir com os acontecimentos das
atividades. Por meio da educação nutricional torna-se possível despertar a curiosidade e o
interesse de pré-escolares pelos alimentos e da importância de cada um para a saúde humana.
Uma das atividades na qual os alunos mais demonstraram interesse e expressavam
vontade na participação foi a que abordou a Pirâmide Alimentar. Essa ferramenta é um
instrumento de orientação nutricional utilizados por profissionais com o objetivo de promover
mudanças de hábitos alimentares visando a saúde global do individuo e a prevenção de
doenças (PHILIPI et al., 1999).
Provavelmente as crianças aceitaram as atividades, pois a literatura enfatiza que a
criança pequena não consegue separar o campo do significado da percepção visual, uma vez
que há uma fusão intimamente com o significado e o que é visto. Para criança, a presença de
um objeto determina o que ela deve fazer: assim, a porta solicita que ela abre ou feche; a
escada, que ela suba ou desça; a campainha, que ela toque. Para Vygotshky, nas brincadeiras
do período pré-escolar, as operações e ações da criança são sempre reais e sociais. Nelas, a
criança assimila a realidade; dessa forma, o brincar é o caminho pelo qual ela compreende o
mundo em que vive e que será chamada a mudar (CÓRIA-SABINI & LUCENA, 20012).
Quando uma criança tem a possibilidade de brincar ela aumenta sua independência,
estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve
habilidades motoras, exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage,
reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim,
constrói seus conhecimentos (DALLABONA, MENDES, 2004).
Quando nos referimos aos efeitos Didáticos, pode-se estudar as contribuições da música
para os aspectos ou áreas do desenvolvimento infantil abordando-os em sua especificidade.
Considerada em todos os seus processos ativos (a audição, o canto, a dança, a percussão
corporal e instrumental, a criação melódica) a música globaliza naturalmente os diversos
aspectos a serem ativados no desenvolvimento da criança: cognitivo/ lingüístico, psicomotor,
afetivo/ social. Conseqüentemente as brincadeiras musicais contribuem para reforçar todas as
áreas do desenvolvimento infantil, representando um inestimável benefício para a formação e
o equilíbrio da personalidade da criança e do adolescente (FERREIRA, 2002). A atividade
aplicada na presente pesquisa envolvendo música foi de notório momento de alegria entre os
alunos que se envolveram completamente na atividade proposta cantando a música e pedindo
para repetir até que dominassem completamente a letra da música. Através da coreografia
ensinada pelos pesquisadores as crianças conseguiram assimilar o conteúdo e cantaram a
música por diversos dias após a aplicação da atividade. Além de aprenderem os conteúdos
referentes a promoção da saúde através da alimentação a música desenvolve a coordenação
motora da criança, promove o trabalho em grupo, facilita o processo de alfabetização, aguça a
sensibilidade e aumenta a auto estima da criança.
Em todos os encontros pode-se observar claramente que as crianças apresentavam grande
interesse em expressar suas vontades, gostos, hábitos, preferências e experiências alimentares.
Interagiram expondo suas vivências, fazendo interrogações, buscando aperfeiçoar seus
conhecimentos em nutrição. De forma geral, as novidades que eram apresentadas aos
mesmos, eram também aceitas com entusiasmo, curiosidade, ânsia de ver, tocar, sentir e
ouvir. (SALVI, CENI, 2009). As lembranças oferecidas às crianças no final das atividades
incentivaram-as ao consumo de frutas.
Realizar atividades lúdicas para crianças na fase pré-escolar resulta na ormação de novos
conhecimentos sobre nutrição e alimentação, influencia positivamente na construção e
manutenção de hábitos alimentares saudáveis e pode reverter em benefícios diretos para
melhoria da saúde das mesmas (DALLABONA, MENDES, 2004)
Por meio das atividades desenvolvidas é notável que as crianças na fase pré-escolar estão
aptas para receber informações sobre alimentação e nutrição. É nesta fase da vida que as
crianças apresentam maior facilidade em assimilar conceitos, aprendem a conhecer a si
própria, as normas sociais de comportamento inclusive o alimentar. (SALVI, CENI, 2009).

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que os conceitos que abrangem a alimentação saudável podem ser inseridos no
ambiente escolar despertando o interesse dos alunos quando são trabalhados na escola por
meio de atividades lúdicas e que levam em consideração os processos pelos quais crianças
efetivam o aprendizado. A educação nutricional como forma efetiva de promoção da saúde
deve ser levada em consideração no ambiente escolar podendo fazer parte do planejamento de
atividades de ensino desde os anos iniciais

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Modelo de referência: ORDEM ALFABÉTICA

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YOKOTA, T. C. et. al. Projeto “a escola promovendo hábitos alimentares saudáveis”:


comparação de duas estratégias de educação nutricional no Distrito Federal, Brasil, Rev.
Nutr., Campinas, 2010.

TEACHING CONCEPTS OF HEALTHY EATING FOR PRE SCHOOL AND


SCHOOL

Summary: The school environment is conducive to the formation of healthy lifestyle habits in
order that children are often influenced by their teachers and peers in this period. The
objective of this research was to insert the topic of healthy eating by applying nutrition
education activities for preschoolers and school. The survey was conducted with 215 children
in pre - school and school aged 6 months to 8 years of age enrolled in the Nursery to Second
year in a private school. Six activities lasting forty minutes each were applied. The activities
worked the concepts of quality, quantity, proportionality and function of nutrients in infancy.
Children participated in the activity with excitement and attention and demonstrated
understanding of the proposed topics. We conclude that the topic of healthy eating can be
inserted into the population through nutrition education activities that arouse the students'
interest as they are guided by specific principles of teaching for this age group.

Keywords: nutrition education, pre schools, education.


Apêndice A

Verde que te quero verde.


Compositor: Solange Cezar e Beno Cezar

O chuchu dá lá na cerca, cenourinha lá no chão


Vai nascendo que nem flor, o alface e o agrião
Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão
Já abriu meu apetite, hoje eu quero um pratão

Verde que te quero verde na comidinha


Verde que te quero verde na barriguinha
Verde, vermelhinho, roxo, amarelinho

Quero comer, quero comer. Quero comer, quero comer


Quero comer, quero comer, quero comer
Quero comer, quero comer, quero comer
Quero comer, quero comer, quero comer

O vermelho do tomate, o verde do pimentão


Com o verde do espinafre eu fico bem saradão
Mamãe, eu quero beterraba
Ela é toda roxinha, ela é vitaminada
Eu vou ficar bem coradinha

E tudo colorido, prá encher a barriguinha


Eu oro, eu agradeço pela minha comidinha
Eu sou vitaminado, eu sou forte, eu tenho luz
Tem que ser bem forte
O soldadinho de Jesus

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