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POLICIA MILITAR DO PIAUI

DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUÇÃO


CENTRO DE FORMAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DE PRAÇAS
CURSO DE FORMAÇÃO

ARMAMENTO E MUNIÇÃO

“MELHOR TER O CONHECIMENTO E NÃO UTILIZAR DO QUE NÃO TÊ-LO QUANDO PRECISAR”.

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ARMAMENTO E MUNIÇÃO

TC PM Silva Ramos
Instrutor na área de Formação, Aperfeiçoamento e Habilitação na PM
Instrutor Credenciado pela PF
Portaria nº 235/2013-SR/DPF/PI
Instrutor Credenciado pela EB
CR nº 775059/10ª RM
Instrutor da CET SEG CURSOS
Instrutor da FORMA SEG
email: somar12@uol.com.br

THE, OUT/2014

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A PÓLVORA

A pólvora foi descoberta na China, durante a dinastia Han. A descoberta


foi feita por acidente por alquimistas que procuravam pelo
elixir da longa vida.
Por volta do século X a pólvora começou a
ser usada com propósitos militares na China na forma de
foguetes e bombas explosivas lançadas de catapultas.
Foi usada pelos mongóis contra os Húngaros em 1241 e foi mencionada
por Roger Bacon em 1248, no entanto há quem atribua também ao monge franciscano
alemão Berthold Schwarz a sua redescoberta.
Apolvora negra, utilizada antigamente em larga escala e ainda hoje em
uso, manteve quase inalterada sua composição básica – 75% de nitrato de potássio,
15% de carvão vegetal e 10 % de enxofre. Esta mistura, entretanto gera grande
quantidades de fumaça, possuindo baixo conteúdo energético, como também a queima
da pólvora negra deixa uma fina camada de resíduo que apresenta propriedades
higroscópicas* e corrosivas
O desenvolvimento da pólvora sem fumaça “ polvora Quimica” deu-se
em meados do século XIX, quando um químico francês, Vielle, criou um composto à
base de nitrocelulose, em forma de grãos. Em 1887, Alfred Nobel aperfeiçou a formula,
acrescentando-lhe nitroglicerina. Nasciam, assim, os dois tipos de polvora sem fumaça
utilizadas nos modernos cartuchos de munição, ambas de alto potencial energético: a
pólvora de base simples (contendo, basicamente, nitrocelulose), e a pólvora de base
dupla ( que contém nitrocelulose e nitroglicerina). A polvora de base simples apresntam
potencial de energia menor que as de base dupla, que são utilizadas em cartuchos em
que é necessária carga máxima para aproveitamento do reduzido espaço interno
oferecido pelo estojo, como nos cartuchos calibre 9mm “Parabellum”.
Temos definido a pólvora como propelente (para empurrar rapidamente
os projéteis dentro do cano e não explodindo ou arrebentando a arma nas mãos do
atirador) e vamos deixar claro que, apesar de ser comum dizer que a pólvora é
simplesmente um explosivo, a crença é equivocada. A polvora nas armas de fogo
realmente não explode, mas queima de forma controlada e progressiva, de acordo com
a granulação que foi dada na sua fabricação, provocando o estrondo semelhante ao da
explosão.

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* Higroscopia é a propriedade que possuem certos materiais de
absorver água.

CONCEITOS E DEFINIÇÕES SOBRE ARMAS

Conceito técnico de arma todo o objeto criado pelo homem, com a finalidade
específica de ser utilizado para ataque e/ou defesa.

Acreditamos que o policial deve se valer do conceito técnico sem esquecer o


jurídico, pois ambos se complementam.

Armas de Fogo - mecanismos que utilizam a força da expansão provocada


pela queima do propelente para expelir e arremessar projéteis.

ARMAMENTO LEVE

A. CONCEITO

Armamento leve é aquele que possui peso e volume relativamente reduzido,


podendo ser transportado geralmente por um só homem, ou em fardos por mais de um,
além de possuir calibre até o 0,50 polegadas inclusive.

B. CLASSIFICAÇÃO GERAL

1) Quanto ao tipo:

a) De porte: quando, pelo seu pouco peso e dimensões reduzidas, pode


ser conduzido no coldre do Policial. Exemplo: revolver e pistolas.
b) Portátil: quando, apesar de possuir um peso relativo, pode ser
conduzido por um só homem, sendo, para facilidade e comodidade de transporte,
geralmente, dotado de uma bandoleira. Ex: Mosquetão 7,62 M968.
c) Não portátil: quando, por seu grande volume e peso, só pode ser
conduzido em viaturas ou dividido em fardos; para serem transportados por mais de um
homem. Ex: a metralhadora Madsen.

2) Quanto ao emprego:

a) Individual: quando se destina à proteção daquele que o conduz. Ex:


revolver, Pistolas, carabina 5,56 MD97LM e Famae Taurus MT40.
b) Coletivo: quando seu emprego tático se destina a ser utilizado em beneficio
de um grupo de homens ou fração de tropa, sendo operada por dois ou mais homens:
Ex: Mtr Madsen.

3) Quanto à alma do cano:

a) Lisas: quando a superfície interna do cano é completamente lisa. Ex:


Escopeta Cal 12.
b) Raiadas: quando a superfície interna do cano apresenta sulcos helicoidais
paralelos (raias) que têm por objetivo imprimir ao projétil um movimento de rotação, por
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forçamento, dando estabilidade ao projétil. Para identificarmos o sentido do raiamento
devemos observar a arma da culatra para o cano. Ex: o revólver. Podem possuir as
características:
- de número par de raias;
- de número ímpar de raias;
- de raias com rotação à direita (destrógiras);
- de raias com rotação à esquerda (sinestrógiras).

4) Quanto ao funcionamento:

a) Singular ou de tiro unitário: quando o atirador executa as operações da


arma manualmente, principalmente o carregamento. A arma não executa o
carregamento mecanicamente. As armas singulares podem ser:
(1) Simples: quando a arma comporta apenas uma carga para cada disparo.
Para um novo disparo, o atirador deve carregá-la novamente manualmente. Ex: Tru
Flite e Carabinas de ar comprimido.
(2) Múltipla: quando a arma comporta duas ou mais cargas e o carregamento
também se faz manualmente. Geralmente possuem dois canos paralelos ou
sobrepostos e há um mecanismo de disparo para cada câmara.

b) De repetição: são aquelas em que o carregamento se faz mecanicamente,


ou seja, a arma comporta vários cartuchos, sendo necessário recarregá-la apenas após
ter disparado toda a sua carga. Seu princípio motor é a força muscular do atirador,
decorrendo daí a necessidade de repetir a ação para cada disparo. Nestas armas, há
apenas um mecanismo de disparo para todos os tiros. Ex: Revólver.
c) Semi-automática: são aquelas que realizam automaticamente todas as
operações de funcionamento com exeção do disparo, ou seja, para cada disparo o
atirador tem que acionar a tecla do gatilho. Ex: Pistolas semi-automáticas.
d) Automáticas: são aquelas que realizam automaticamente todas as
operaçães de funcionamento, inclusive o disparo. Ex: Metralhadora Madsem.

5) Quanto ao princípio de funcionamento:


a) Ação muscular do atirador: Ex: Fuzil Mauser M 908.
b) Armas que utilizam a pressão dos gases resultantes da queima da
carga de projeção.

MUNIÇÕES

a. Munição

Principais Munições utilizados pela PMPI

É o conjunto de cartuchos necessários ou disponíveis para uma arma ou uma


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ação qualquer em que serão usadas armas de fogo.

Existem diversos tipos de munições, distintas de acordo com a sua finalidade:

I) Real: para emprego contra pessoal e alvos não blindados; é a munição


comum.
II) Festim: é o cartucho normal sem o projétil. E utilizado para tiro simulado e
para as salvas militares.
III) Manejo: usado para instrução e manejo das armas: não contêm propelente
e a espoleta é inerte.
IV) Sobre pressão: são cartuchos que contêm uma carga de propelente 20%
a 30% maior do que o normal. Destina-se a testes de armas por parte dos fabricantes.
V) Carga reduzida: também utilizada no treinamento de atiradores.
VI) Recarregada: é a munição cujo estojo foi reaproveitado após limpeza e
recalibragem, para receber novo espoletamento, carga de projeção e engastamento de
um novo projétil

b. Cartucho

É o conjunto do projétil e os componentes necessários para lançá-lo, no


disparo.
Um cartucho completo é composto de:

1 - projétil

2 - estojo

3 -
propelente

4 - espoleta

Vejamos então as parte de um cartucho:

1. Projétil

É uma massa, em geral de liga de chumbo, que é arremessada a frente


quando da detonação, é a única parte do cartucho que passa pelo cano da arma e
atinge o alvo.
O projétil pode ser dividido em três partes:

Ponta: parte superior do projétil, fica quase sempre exposta, fora do


estojo;

Base: parte inferior do projétil, fica presa no estojo e está sujeita à


ação dos gases resultantes da queima da pólvora.

Corpo: cilíndrico, geralmente contém canaletas destinadas a receber


graxa ou para aumentar a fixação do projétil ao estojo.

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1.1. Classificação dos projéteis:

a) Quanto ao uso:

De uso essencialmente militar:

Perfurantes: contêm um núcleo de aço endurecido, perfuram blindagens


leves;

Incendiários:o núcleo é uma mistura incendiária, provocam incêndios;

Traçantes: indicam a trajetória de tiro;

De uso não essencialmente militar:

Sólidos: Composta de uma só liga metalica, para uso geral;


Encamisados ou Jaquetados: São projeteis aos quais se acrescentou
uma capa, ou camisa, de metal diverso do nucleo de chumbo, uso geral;
Encamisados Expansivos: aumentam a transferência de energia do
projétil, provocando ferimentos mais graves e maior sangramento;
Competição: produzidos sob rigoroso controle de qualidade, destinam-se
a competições esportivas;
Sinalização: usados em operações de busca e salvamento;
Fragmentável: uso policial, se desintegra ao atingir o alvo;
Múltiplos: provocam múltiplo, ferimentos, aumentando a possibilidade
de acertar o alvo; são comumente -usados em cartucho. que originalmente utilizam
projétil único.
Chumbo para caça: é um tipo especial, destinado à caça e ao tiro esportivo,
bem como para emprego policial á curta distância.

b) Quanto a forma da ponta

São usualmente empregados em armas curtas.

Formas de pontas: ( projeteis de chumbo ou monobloco de cobre)

É o mais comum, sendo usado para fins militares,


Ogival policial e defesa;

Usado especificamente para tiro ao alvo. O cartucho


possui cargas mais leves e o projétil corta um confete
Canto Vivo no alvo de papel, facilitando a apuração do resultado
do tiro;

Semi Canto Vivo uso geral para defesa, caça e tiro ao alvo;

Também para uso geral, tem muita aceitação entre


Cone Truncado ou praticantes de tiro prático (de combate), evitando
Ogival Tuncado falhas no carregamento devido ao seu formato;
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Também conhecida como “bala Dundun”, ajuda na
Ponta Oca expansão do projétil quando este atinge o alvo
(Hollow Point) provocando ferimentos graves e dolorosos,
aumentando o sangramento. E usado na defesa e
para caça. Seu uso militar foi proibido pela convenção
de Genebra,
Ponta Oca Também conhecida como “Munição inteligente”, seu
( Copper Bullet) projeto é feito de monobloco de cobre.

Munição altamente perfurante.

Pontiagudo

c) Quanto a formas de base do projétil

Os tipos de base de projétis mais utilizados pela PMPI.

Plana: uso geral;


Bisotada: muito utilizada para recarga devido a sua facilidade de montagem e
precisão;

d) Quanto ao tipo de material do projetil

 Projetos que só utiliza um tipo de material

Geralmente o chumbo ( munição para treinamento), borracha (anti-


tumulto), plástico ( para treinamento).

Ex. Projeto de chumbo : Destinado a treinamento, que têm baixo custo e


menor desgaste dos canos das armas;

Projetil de chumbo
Ex. Projetos de borracha: Estes modelos especificos utilizados nas
escopetas Cal. 12, trata-se de munições menos letal, porém se não utilizados
de forma correta podem causar sérios danos fisicos, como também um
possível óbito.
Projetil de borracha

 Projéteis que utilizam mais de um tipo de material

são os jaquetados ou semi-jaquetado, ou seja, possuem uma


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cobertura chamada de blindagem, feita geralmente de um metal mais duro do que o
chumbo (latão, aço ou cobre)- muito empregados em armas automáticas e semi-
automáticas, bem como em revólveres na configuração semi-jaquetada. Esta jaqueta
aumenta o coeficiente de atrito do projétil nas raias do cano, aumentando sua
velocidade de saída. Os projéteis jaquetados têm grande resistência às deformações, e
conseqüentemente, têm grande poder de penetração, e deixam menos resíduos de
chumbo na arma.

Ex. Projeteis jaquetados:

Projétil ogival

Projétil expansivo (gold)

Projétil expansivo (copper bullet)

2) Estojo

É o componente de união mecânica do cartucho, atualmente, a maioria


dos estojos são constituídos dem metais não-ferrosos, principalmente o latão (liga de
cobre e zinco).

Classificação quanto ao sistema de iniciação, o estojo pode ser:

Estojo de fogo central: A mistura detonante está disposta em uma espoleta, fixada no
centro da base do estojo;

Estojo de fogo circular: A mistura detonante é colocada no interior do estojo, dentro


do aro, e detona quando este é amassado pelo percurssor.

3. Propelente

Conhecida como pólvora, a carga de projeção é responsável pela


produção de gases, mediante sua combustão para expelir o projétil. Atualmente, usa-se
a pólvora branca ou polvora quimica (sem fumaça) feita principalmente à base de
nitrocelulose e nitroglicerina, sob as mais diversas formas como em tubo, cilíndricas,
granuladas, esféricas.

Dois tipos de pólvoras sem fumaça são utilizadas atualmente em


armas de defesa:
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Pólvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante
a queima, aumentando a durabilidade da arma; e

Pólvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitrogricerina, tem maior


conteúdo energético.

4. Espoleta

Montada no culote do estojo: consiste num envólucro de metal mole,


contendo o detonante e uma bigorna. Ao ser percutida, a espoleta é comprimida,
provocando uma chama que é transmitida ao propelente através dos eventos.

Os tipos de espoletas mais comuns são:

Boxer, Berdan e Bateria A mistura iniciadora contida nas espoletas é


responsável pela iniciação da queima da pólvora na ocasião do tiro

. A CBC fornece três tipos de espoletas para recarga


de cartuchos de fogo central, com três tipos diferentes de
sistema de iniciação: Boxer, Bateria e Berdan.
A espoleta Boxer caracteriza-se por possuir uma bigorna
montada dentro da cápsula que contém a mistura
iniciadora.

A espoleta do tipo Bateria caracteriza-se por ser constituída


por cápsula, bigorna e estojo próprio com evento; a
espoleta tipo Bateria é montada no bolso dos cartuchos de
caça.

Já a espoleta Berdan é constituída por uma cápsula com a


mistura. Ela é utilizada nos estojos tipo Berdan, isto é,
estojo com bigorna. Sua iniciação ocorre no momento em
que o percussor da arma comprime a cápsula e esmaga a
mistura contra a bigorna existente no estojo.

ACIDENTES E INCIDENTES DE TIRO

O presente assunto pretende facilitar a solução de problemas quando


ocorrer uma pane no funcionamento das armas que foram objeto deste trabalho. Os
incidentes e acidentes de tiro são muito raros em armas que são objeto de cuidados
básicos de manutenção preventiva, quando operadas corretamente.

ACIDENTE DE TIRO:

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Há um acidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, com danos de
qualquer natureza para o material ou pessoal.

INCIDENTE DE TIRO:

Há um incidente de tiro quando se produz uma interrupção de tiro, sem danos


para o atirador ou pessoas nas proximidades, ocasionados por problemas na arma ou
na munição, ou seja, por motivo que independa da vontade do atirador.

CAUSAS PRINCIPAIS:
Manuseio incorreto;
Acúmulo de sujeira;
Desgaste ou quebra de peça pelo uso natural;
Prazo de validade da munição;
Má conservação da munição;
Recarga mal feita.

PRINCIPAIS INCIDENTES:

a) Carregador solto (pistolas, fuzis, carabinas e rifles)

Procedimento para sanar a pane:


Ao perceber tal falha, o policial deverá empurrar o carregador até travar (efetuar
um tapa no fundo do carregador).

b) Dupla alimentação

Procedimento para sanar a pane:


Com o dedo fora do gatilho, o policial deverá retirar o carregador da arma,
efetuar dois golpes de segurança, abrir a arma, mantendo o ferrolho a retaguarda, virar
a janela de ejeção para baixo e em seguida recolocar o carregador na arma.

c) Pane de “Chaminé”

Procedimento para sanar a pane:

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O policial com a mão fraca aberta e espalmada deverá efetuar um tapa no estojo
para a direita (o destro) ou esquerda (o canhoto).

d) Outras falhas (panes):

 Falha de percussão– “NEGA”


Falha da munição – espoleta ou pólvora
Falha da arma – percussor quebrado ou fraco
Orifício do percussor obstruído
Percussor bater fora da espoleta
Não esmagou o gatilho totalmente

 Falha de extração – EJEÇÃO


Pólvora – fraca ou má conservada
Extrator – quebrado ou sujo
Ejetor – quebrado

 Falha do carregamento
Carregador não foi colocado corretamente
Munição foi colocada incorretamente no carregador
Amassamento dos lábios do carregador
Mola do carregador está fraca
Existência de sujeira na câmara

Técnicas de montagem e desmontagem de armamento

O policial militar deve ter conciência da responsabilidade de conduzir e


manuzeiar o seu instrumento de trabalho, sua arma de fogo. Portanto o policial deve
ser conhecedor das caracteristicas especificas da sua arma de fogo, das técnicas de
operações de manejo, das norma de segurança, das técnicas de montagem e
desmontagem de arma de fogo e ser conhecedor de sua munição, pois são esses
conhecimentos que em alguns casos nos manteram vivos.
É importante que o policial ao efetuar a desmontagem de qualquer
armamento, coloque as peças retiradas da referida arma na ordem em que foram
retiradas da arma (uma ao lado da outra da direita para esquerda ou vice-versa), pois a
referida organização o ajudará na montagem da mesma.

Ordem de montagem
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Ordem de desmontagem

OPERAÇÕES DE MANEJO COM ARMA DE FOGO

a) Municiar: É o ato de colocar cartuchos (munições) no carregador ou no tambor


no caso do revolver.
b) Alimentar: É o ato de colocar o carregador municiado na arma
c) Carregar: É o ato de colocar um cartucho na câmara da arma.

Obs. O revólver é a mais comum e a mais eficiente arma curta de


repetição jamais construída.

Mesmo as polícias mais modernas possuem revólveres em emprego, seja


como arma principal ou back-up, apesar de estarem sendo substituídas lentamente por
pistolas sem i-automáticas, especialmente devido a capacidade de cartuchos.

É uma arma rústica e de manuseio simples, resistente a severas condi-


ções de trabalho.

Sua característica principal é o carregador tipo tambor, disposto paralelo


ao cano, cujas câmaras de combustão giram em torno de um eixo, alinhando câmara-
cano sucessivamente.

Atualmente os mecanismos de segurança dos revólveres foram bastante


aperfeiçoados, tornando-os praticamente à prova de disparos acidentais.

Principais componentes:

 Cano
 Armação
 Tambor
 Mecanismo

Classificação:

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Nomenclatura Revólver TAURUS 827 S
Calibre 38 SPECIAL + P
Uso e área de emprego Curta individual de uso policial
Tipo Porte
Funcionamento Repetição
Princípio de funcionamento Ação muscular do atirador
Alma do cano 5 raias da esquerda para direita
Acão de disparo Acão dupla e acão simples
Retrocarga com tambor de 7
Carregamento
cartuchos
Sistema de segurança Barra de percussão
Restrições da legislação Uso permitido a civil
Aparelho de pontaria Tipo 3 pontos alça entalhe U e
massa poste fixo

Especificações Técnicas

Peso vazio 100g


Comprimento
101 mm
cano
Comprimento
235 mm
total

Operações de manejo: abrir, carregar, disparo e extração das


cápsulas.

Desmontagem:

A desmontagem do revólver requer ferramentas, portanto não é con-


siderada atividade de 1º escalão (desmontagem sem o uso de ferramentas) .

PISTOLAS SEMI-AUTOMÁTICAS

As armas semi-automáticas, dentre elas as pistolas, têm por princípio


de funcionamento a força que a deflagração da munição exerce sobre a culatra da
mesma, determinando o recuo desta. E esta força de recuo, que nada mais é do que a
aplicação do princípio da “ação e reação”, que faz a arma funcionar, carregando-a a
cada ciclo de disparo.

PRINCIPAIS PARTE DE UMA PISTOLA

Algumas partes básicas são comuns a todas as pistolas semi-


automáticas. São elas:

1. Armação - Parte da arma que serve de suporte ao cano e ao ferrolho


e, em parte, ao mecanismo de disparo. Possui a coronha oca para servir de
receptáculo ao carregador. Geralmente é fabricada em aço, e modernamente vem
sendo construída em metais de liga leve, como o duralumínío, ou ainda, em polímeros

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plásticos;

2. Cano - Contém a câmara de combustão e, a partir desta, é provido


de raiamento;

3. Ferrolho - Peça em que é mais comum estar montado o bloco da


culatra, articulando-se com a armação por meio de nervuras ou encaixes corrediços;

PISTOLAS TAURUS 24/7 PRO TATICAL

A principal característica da PT 24/7 é possuir mecanismo com


funcionamento somente por dupla ação. Não há possibilidade de realizar disparos em
ação simples, pois cada vez que o atirador pressiona o gatilho, o mecanismo faz um
ciclo completo de funcionamento.

Já a pistola modelo PT 24/7 PRO ou PT 24/7 PRO TACTICAL ( a


diferença destas duas armas estão apenas no tamanho da arma) funciona em ação
simples e dupla, com um novo mecanismo de disparo. A ação simples possui pequeno
curso de gatilho, com baixo esforço (cerca de 2,5 I<g), permitindo este mecanismo
acionamentos em ação dupla nos casos em que não ocorre a ciclagem do ferrolho.

Possui armação em polímero, acompanhando as novas tendências de


construção, apresentando ainda o cabo revestido em borracha, para uma melhor
empunhadura do atirador.

A armação da PT 24/7 apresenta um trilho para fixação de miras laser ou


de lanterna integrada com mira laser.

Classificação: PT 24/7 PRO TATICAL

Nomenclatura TAURUS PT 24/7 PRO TATICAL


Calibre 40 S&W
Uso e área de emprego Curta individual de uso policial
Tipo Porte
Funcionamento semi-automática
Princípio de funcionamento Curto recuo retardado
Delayed blow back
Alma do cano 6 raias da esquerda para direita
Ação de disparo Ação SIMPLES E DUPLA
Carregamento Retrocarga com carregador metálico
tipo cofre bifilar de 15 + 1 cartuchos
Sistema de segurança Trava automática de percussor, trava de
. gatilho, trava manual e indicador de
cartucho na câmara.
Restrições da legislação Uso restrito Militar e Policial

Pistola Taurus 24/7 Pro Tactical


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Fig. 01 – Vista lateral da arma

Pino de desmontagem
Massa de mira
Retém do Ferrolho
Janela de ejeção
Alça de Mira

Trava manual externa

Gatilho

Retém do carregador

Guarda Mato

Carregador
Fig. 02 – Vista lateral da armação da arma Ejetor

Armação da arma

Fig. 03. – Vista superior da armação da arma Liberador da trava do percussor

Rampa de desarme da armadilha Armadilha do percussor


Fig. 04 – Vista interna do ferrolho da arma
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Ferrolho Bloco do percussor
( peça por onde o percussor fica armado na armadilha)

Garra do extrator

Trava do percussor
Mola de retorno do percussor

Fig. 05 – Principais partes da arma desmontada


Ferrolho
Cano

Arte guia e Mola recuperadora

Armação da arma

Alavanca de
desmontagem

MONTAGEM E DESMONTAGEM DA PT 24/7 PRO TACTICAL

DESMONTAGEM:

Medidas preliminares para desmontagem:

a) Retirar o carregador da arma


Com o cano da arma voltado para um lugar seguro retira-se o carregador da
arma, através do acionamento do retém do carregador.

b) Efetuar dois golpe de segurança (manejo)


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Com o cano da arma voltado para um lugar seguro, efetuar dois golpes de segurança e
verificar visualmente se não tem cartucho na câmara da arma.

1º PASSO: Retirar a alavanca de desmontagem

Com o ferrolho preso a retaguarda através do acionamento do retém do ferrolho (arma


aberta), Retira-se a alavanca de desmontagem, girando-a em sentido horário.

2º Passo: Retirar o ferrolho da armação da arma

Faça a liberação do ferrolho através do acionamento do retém do ferrolho (a arma irá


fechar)- foto 01. Em seguida acione a tecla do gatilho e com a mão fraca separe o
ferrolho da armação da arma. (foto 02)

Foto 01
Foto 02

3º PASSO: Retirar o conjunto mola recuperadora do ferrolho


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4º PASSO: Retirar o cano do ferrolho

Obs.: A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para a
desmontagem. Observando apenas que ao colocar a alavanca no lugar de origem, o
cano deverá esta caído a frente, e um clique indicará que a alavanca esta em seu lugar

Pistola Imbel MD5 GC cal. .40

A principal característica da Pistola Imbel MD5 GC é possuir mecanismo


com funcionamento somente por ação simples. Não há possibilidade de realizar
disparos em ação dupla, pois cada vez que o atirador pressiona o gatilho, o mecanismo
deixa o cão armado na retaguarda e esta arma não possui o desarme do cão (declock).

Classificação:
Nomenclatura Pistola Imbel MD5 GC
Calibre .40 S&W
Uso e área de emprego Curta individual de uso policial
Tipo Porte
Funcionamento semi-automática
Princípio de funcionamento Curto recuo retardado
Delayed blow back
Alma do cano 6 raias da esquerda para direita
Ação de disparo Ação SIMPLES
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Carregamento Retrocarga com carregador metálico
tipo cofre bifilar de 16+ 1 cartuchos
Trava automática de percussor,
dispositivo de segurança da tecla
Sistema de segurança (beavertail), segurança através do semi-
engatinhamento, trava do registro de
segurança.
Restrições da legislação Uso restrito Militar e Policial
Aparelho de pontaria Tipo 3 pontos, alça entalhe U e massa
poste fixo

Fig. 01 – Vista lateral da arma


Massa de mira Alça de mira
Chaveta de fixação do cano
Cão

Registro de
segurança

Ferrolho
Dispositivo
de Segurança da tecla

Guarda Mato
Retém do carregador

Alça para o fiador


Fig. 02 - Vista lateral da arma
Ejetor

Armação da arma
Fig. 03 – Vista superior da armação
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Alavanca da trava do percussor

Fig. 04 – Vista interna do ferrolho da Arma


Cão
Ferrolho

Garra do extrator Trava do percussor

Fig. 05 – Vista das partes desmontada da arma

Elo de prisão do cano


Mola recuperadora

Dedal guia da mola recuperadora


Haste guia da mola
recuperadora

Armação

Cano

Chaveta de fixação do cano

Ferrolho

MONTAGEM E DESMONTAGEM DA PISTOLA IMBEL MD5 GC


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DESMONTAGEM

Medidas preliminares :

a) Retira o carregador da arma

Com o cano da arma voltado para um lugar seguro retira-se o carregador da arma,
através do acionamento do retém do carregador.

b) Efetuar dois golpes de segurança (manejo)

Com o cano da arma voltado para um lugar seguro, efetuar dois golpes de segurança e
verificar visualmente se não tem cartucho na câmara da arma.

1º PASSO: Retirar a chaveta de fixação do cano

Com o ferrolho retido a retaguarda da armação (arma aberta), coloque um clipe em


forma de “L” no orifício localizado na haste guia da mola recuperadora (anulando a
força da mola recuperadora) –(foto 01). Em seguida libere o ferrolho através do
acionamento do retém do ferrolho, mover o ferrolho afim que seu entalhe médio, em
forma de meia lua, venha a coincidir com a saliência existente no dente da chaveta de
fixação do cano (retém do ferrolho)- foto 02, e depois pelo lado direito da arma logo
acima do guada mato acione a chaveta de fixação do cano-foto 03, e ao mesmo tempo
puxe-a pelo lado esquerdo- foto 04.

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Clipe em forma de “L”
Saliência existente no dente da chaveta de
fixação do cano

Entalhe em forma de meia lua

2º PASSO: Retirar o ferrolho da armação da arma

3º PASSO: Retirar o sistema recuperador (conj. Mola recuperadora, haste guia e dedal
–guia)

Levante o elo de prisão do cano e retire o sistema recuperador pela parte anterior do
ferrolho.

Elo de prisão do cano

4º PASSO: Retirar o cano do ferrolho


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Abaixe o elo de prisão do cano e retire o cano pela parte posterior do ferrolho.

Obs.: A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para a
desmontagem.

ARMAS LONGAS

1.0 - Generalidades
Na classe das armas longas incluem-se aquelas dotadas de canos de
comprimento, em geral, superior a 18 polegadas. Destinam-se a tiros em distâncias
superiores a 50 metros, e são parte integrante do arsenal de qualquer força policial.

No serviço policial são utilizados fuzis, carabinas e espingardas de


combate, e, dependendo de seu uso tático, podem ser a solução para as situações em
que se deseja precisão e grande poder de parada.

CARABINA 5,56 IMBEL CA MD 97 LM

1.0 - INTRODUÇÃO
24
1.1 Objetivo
Estas instruções têm por finalidade apresentar e familiarizar o
usuário com as carabinas 5,56 IMBEL MD 97, apresentando os conhecimentos
necessários para identificação das principais peças, montagem, desmontagem,
manuseio e manutenção, a fim de que se possa empregar a arma com o máximo de
eficiência.

1.2 Apresentação
As carabinas Ca MD 97 LM, LC e LF são armas de
desenvolvimento recente pela IMBEL, sendo uma variação do também novo Fuzil
MD97L, que foi concebido com a pretensão inicial de vir a ser o substituto do Fuzil
Automático Leve (FAL), de origem belga e produzido pela mesma indústria.

2.0 -ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E CLASSIFICAÇÃO


2.1 Designação
Indicativo militar: Ca Md 97 LM
Nomenclatura: Carabina 5,56 Md 97 LM

2.2 Classificação

Quanto ao tipo: portátil


Quanto ao emprego: individual
Quanto ao funcionamento: Semi automático e eventualmente de repetição.
Princípio de funcionamento: ação indireta dos gases com tomada em um
ponto do cano e transferência através de êmbolo.
Quanto ao sistema de trancamento: ferrolho rotativo.
Quanto à refrigeração: a ar

2.3 Alimentação

Carregador: tipo cofre padrão M16A2 Colt


Capacidade: 30 cartuchos
Sentido: de baixo para cima

2.4 Cano e raiamento

Comprimento: 0,33 m
Números de raias: 6 (seis)
Sentido: destrógiro (à direita)
Passo: passo de 1:10” (0,25m)

2.5 Aparelho de pontaria

Alça de mira: visor “peep-sight” militar, basculante, regulável em duas


distâncias e direção por catraca e parafuso

Massa de mira: tipo ponto, regulável em altura, com protetores

2.6 Dados numéricos

25
Calibre: 5,56 x 45 mm NATO ou .223 Remington
Comprimento: 0,60m com coronha aberta e 0,85m com coronha rebatida ou fixa.
Peso do carregador vazio 0,100 kg
Peso do carregador cheio 0,500 kg
Peso da arma sem o carregador 3,300 Kg
Velocidade inicial do projétil (V0) 780 m/s (munição padrão OTAN)
Energia na boca 1015 J
Energia a 300 m 410 J
Velocidade teórica de tiro 850 a 1000 tpm
Alcance máximo 1.800 m
Alcance de utilização 300 m
Vida útil da arma superior a 6.000 tiros

O FUZIL/CARABINA COMO ARMA POLICIAL

O alcance, penetração, potência do cartucho e elevado poder de


incapacitação, criados e desenvolvidos ao máximo para os fuzis, desde os primeiros
modelos, fazem com que esta arma seja militar por excelência. Uma força armada
regular ou não, precisa de uma arma portátil que dê ao combatente com mediano
treinamento o maior alcance e precisão nas distâncias da guerra moderna. Mas, afinal
de contas, a polícia precisa ou não de fuzis?.

Farei uma análise das características que mais se sobressaem nos


modernos fuzis e suas vantagens e desvantagens ao serviço policial.

ALCANCE ÚTIL
Existe um ditado militar famoso "-Para combater um franco atirador, somente
outro!" e a prática comprova que a proteção contra esta tática só será eficaz com
alguém treinado e adequadamente equipado com uma arma de alcance útil nunca
inferior à 400 metros. Qual arma dará este alcance, senão um fuzil?

PODER DE PARADA
Qualidade nata dos fuzis (a arma individual que carrega o máximo possível
nesta categoria) que juntamente com a precisão, fazem com que quando seja
necessário incapacitar imediatamente com um só tiro um ser humano, sejam estes a
escolha mais certa. Tanto os fuzis de repetição quanto os semi-automáticos, nos mais
variados calibres, que vão do .17 Remington ao .700 Nitro Express, carregam boa
energia à longas distâncias. Sempre lembrando que incapacitação imediata envolve a
suspensão imediata das ações criminosas, nem sempre desejando-se a morte! A
submetralhadora lhe fornece energia a mais de 150m?

PRECISÃO
Dificilmente um moderno fuzil de assalto ou "sniper", não logrará êxito em
atingir alvos de 10cm de diâmetro à 200m de distância. Esta é uma qualidade inerente
do fuzil, pois a elevada velocidade do projétil lhe confere uma natural precisão o fuzil é
a que apresenta maiores índices de precisão, que são sobejamente aproveitados e
desenvolvidos nas versões "sniper", armas para tarefas difíceis onde não deve haver
erro!

3.0 - DESMONTAGEM E MONTAGEM DE CAMPO OU DO USUÁRIO (1º ESCALÃO)

26
Medidas preliminares

a) Retirar o carregador: pressionar o retém do carregador, situado na


face direita da armação, liberando o carregador e deslizá-lo para fora de seu
alojamento na caixa da culatra.
b) Executar dois golpes de segurança: recuar, agindo na alavanca de
manejo, o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho duas vezes (golpes de segurança)
examinar a câmara e deixá-lo voltar à sua posição mais avançada, sem apertar o
gatilho.
c) Travar a arma: posicionar o registro de tiro e segurança na posição
de segurança (letra “S”), deixando o martelo em sua posição mais recuada.

1º - Retirar o pino da armação


Retirar o pino da armação pressionando para fora de seu alojamento na
armação.

2º - Retirar a tampa da caixa da culatra e conjunto ferrolho-impulsor


do ferrolho
Puxar para trás a tampa da caixa da culatra, que deverá sair juntamente
com o conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho, molas recuperadoras e amortecedor.
Separar o conjunto tampa da caixa da culatra, molas recuperadoras e amortecedor do
conjunto ferrolho - impulsor do ferrolho.

3º - Retirar o percussor
Retirar o pino do percussor com auxílio de um toca-pino (ou a ponta de
um cartucho) e deslizar o percussor para trás, para fora de seu alojamento.

27
4º - Retirar o pino do ferrolho
Retirar o pino do ferrolho de seu encaixe.

5º - Separar o ferrolho do seu impulsor.


Retirar o ferrolho do seu alojamento no impulsor.

6º - Retirar o guarda-mão
Desapertar o parafuso do guarda-mão. Separar lado esquerdo e direito do
guarda-mão, inclinado as placas levemente para os lados e puxando-as para frente
simultaneamente.

28
7º - Retirar o êmbolo e sua mola
Deslizar o êmbolo do cilindro de gases e a sua mola para fora do cilindro
de gases, separando o êmbolo da mola.

8º - Retirar o obturador do cilindro de gases


Recuar o retém do obturador do cilindro de gases e fazê-lo girar ¼ de
volta no sentido horário.

9º - Desmontar o carregador
Retirar o fundo do carregador e separar fundo, mola transportador e corpo
do carregador.

29
Montagem
A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para
a desmontagem, mesmo nos casos de peças cuja recolocação independa da de outra,
a fim de ser adquirido um grau de condicionamento desejável aos que necessitem
operar ou manutenir o armamento.

CARABINA TAURUS –FAMAE CT 40

A carabina Taurus-Famae CT 40 é uma arma leve, de fácil manejo, que


opera em regime exclusivamente semi-automático, dentro das tendências mundiais
para o trabalho policial em ambiente urbano, com carregadores de alta capacidade de
cartuchos, de 10, 15 e 30 tiros, de acordo com a característica da missão. Assim como
a submetralhadora Taurus MT 40, a carabina funciona com ferrolho fechado, com
reténs de ferrolho e carregador.

O percussor flutuante assegura a possibilidade de trabalhar com uma


munição na câmara, pois o ferrolho fica fechado (culatra aferrolhada), como nas
pistolas semi-automáticas.

Após a pressão do gatilho, o percussor é lançado contra o cartucho,


ocasionando o disparo. Com a pressão dos gases, o ferrolho recua e o extrator faz o
trabalho de manter o cartucho em seu alojamento, até que o ejetor o projete para fora
da caixa da culatra.

Continuando o seu recuo, o ferrolho ultrapassa o carregador, e por ação da


mola recuperadora, retorna à frente levando novo cartucho para a câmara.

Classificação:

Nomenclatura Carabina TAURUS-FAMAE CT 40


Calibre .40 S&W
Tipo Portátil
Funcionamento Semi-automático
Alma do cano 6 raias da esquerda para a direita
Carregamento Retrocarga carregador tipo cofre bifilar de 10, 15 e 30
cartuchos
Sistema de segurança Trava de gatilho
Restrições da Uso restrito policial
legislação
Aparelho de pontaria Tipo alça aberto para 50m, diópter de 100/150 m, massa tipo
túnel poste

30
MONTAGEM E DESMONTAGEM CARABINA TAURUS –FAMAE CT 40

DESMONTAGEM:

Medidas preliminares:

a) Retirar o carregador da arma;


b) Efetuar dois golpes de segurança;
c) Posicionar o seletor em segurança “S”,

1º PASSO: Retirar os pinos de união

Os pinos de união para serem removidos é necessário pressioná-los, retirando primeiro


o pino posterior e depois o anterior. Uma vez retirados, a caixa do mecanismo se
desconectará da caixa da culatra, separando a arma em duas partes.

Pinos de união
Caixa da culatra

Caixa de mecanismo

2º PASSO: Retirar as placas de guarda-mão


Primeiramente retira-se a placa inferior, movimentando-a para trás e para baixo, e
posteriormente a placa superior.

31
3º PASSO: Retirar a guia e mola recuperadora
Pressione a guia pela abertura traseira da caixa da culatra, retirar o pino de retenção
na extremidade anterior e descomprimir a mola. A guia sairá livremente, juntamente
com a mola recuperadora.

4º PASSO: Retirar a alavanca de manejo


Pressionar o retém da alavanca ao tempo que fará a retirada do mesmo.

5º PASSO: Retirar o ferrolho da caixa da culatra

A caixa da culatra deverá ser inclinada levemente para que o ferrolho deslize e
possibilite sua retirada pela parte posterior da caixa da culatra.

Obs.: A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para a
desmontagem.

Mosquetão 7,62 M968

Nomenclatura MT 7,62 M968


Calibre 7,62 mm
Tipo Portátil
Funcionamento Repetição
Carregamento Retrocarga,carregador tipo lâmina, de 05 cartuchos
Sistema de segurança Asa de registro de segurança voltado para direita
Restrições da legislação Uso restrito policial
Alcance máximo 3900 m
Alcance útil 600 m
Comprimento 1,115 m
Peso 3,910 kg
32
Massa de mira Alça de mira
Coronha
Telha

Gatilho
Caixa da culatra Guarda mato

Asa do registro de segurança Retém do ferrolho Ferrolho

Martelo

Alavanca de manejo Caixa da culatra

Mecanismo de segurança:

O Mq 7,62 M968 possui um registro de segurança, que poderá atuar em três posições
distintas:

a) Asa de registro de segurança para esquerda: Arma destravada – (foto 01);

b) Asa de registro de segurança na vertical: ½ Trava: Gatilho/ Desmontagem– (foto


02);

c) Asa de registro de segurança para direita: Travada – Gatilho e Ferrolho – (foto


03).
Foto 01 Foto 02 Foto 03

33
Operações de Manejo:

As operações de manejo são aquelas necessárias ao funcionamento da arma. São


elas:
a) Municiar o carregador: Consiste em se colocar 05 cartuchos no carregador tipo
lâmina.

b) Alimentar a arma: abrir o depósito. Introduzir um carregador municiado no


receptor e com o polegar da mão direita, comprimir o cartucho superior,
exercendo uma pressão no sentido oblíquo, próximo ao culote, até que o
cartucho que estiver na posição mais elevada atinja a borda direita do depósito,
em seguida, retirar o carregador do receptor.

c) Carregar e engatilhar: Levantar a alavanca de manejo à frente e rebatê-la


completamente para a direita. (foto 01 e foto 02).

Foto 01 Foto 02

Obs.: Em caso de nega, basta trazer a alavanca de manejo à posição vertical e


rebatê-la novamente.

d) Travar a arma: Girar a asa do registro de segurança completamente para a


direita.
e) Destravar a arma: Girar a asa do registro de segurança completamente para a
esquerda.
f) Disparar: Acionar a tecla do gatilho.
34
MONTAGEM E DESMONTAGEM DA Mq 7,62 M962

Medidas preliminares:
a) Apontar o cano para um lugar seguro, e efetuar o necessário de golpes manejo
(segurança), verificar visualmente o depósito e com o tato a câmara da arma.

1º PASSO: Com a arma fechada, colocar a asa de registro de segurança na posição


de desmontagem. (para cima)

Asa de registro de segurança para cima

2º PASSO: Retirar o ferrolho, através do acionamento do retém do ferrolho

Alavanca de manejo para cima

Retém do ferrolho

3º PASSO: Separar o ferrolho do conjunto percussor e receptor do guia do cão


Através do acionamento do retém do receptor do guia do cão e giro no receptor do guia
do cão até ele sair.

Receptor do guia do cão

Retém do receptor do guia do cão

35
4º PASSO: Retirar o cão e o receptor do guia do cão

Coloque a ponta do percussor na boca do quebra chama, com o dedo polegar da Mão
forte empurre a asa de registro de segurança para baixo, ao tempo que a outra mão
puxa cão, fazendo assim a separação também do receptor do guia do cão.

Cão

Empurrar para baixo

5º PASSO: Separar a asa de registro de segurança do receptor do guia do cão


Gira-se a asa para direita e puxa-se a peça para trás. Ela deixa facilmente seu
alojamento.

Asa do registro de
segurança

Receptor do guia do cão

Obs.: A montagem deve ser realizada na ordem inversa da que foi adotada para a
desmontagem.

.
36
NORMAS DE SEGURANÇA

1. Somente aponte sua arma, carregada ou não, para onde pretenda atirar;
2. A arma NUNCA deverá ser apontada em direção que não ofereça segurança;
3. Trate a arma de fogo como se ela SEMPRE estivesse carregada;
4. Antes de utilizar uma arma, obtenha informações sobre como manuseá-la com um
instrutor credenciado;
5. Mantenha seu dedo estendido ao longo do corpo da arma até que você e esteja
realmente apontando para o alvo e pronto para o disparo;
6. Ao sacar ou coldrear uma arma, faça-o SEMPRE com o dedo estendido ao longo da
arma;
7. SEMPRE se certifique de que a arma esteja descarregada antes de qualquer
limpeza;
8. NUNCA deixe uma arma de forma descuidada;
9. Guarde armas e munições separadamente e em locais fora do alcance de crianças;
10. NUNCA teste as travas de segurança da arma, acionando a tecla do gatilho;
11. As travas de segurança da arma são apenas dispositivos mecânicos e não
substitutos do bom senso;
12. Certifique-se de que o alvo e a zona que o circunda sejam capazes de receber os
impactos de disparos com a máxima segurança;
13. NUNCA atire em superfícies planas e duras ou em água, porque os projéteis podem
ricochetear;
14. NUNCA pegue ou receba uma arma, com o cano apontado em sua direção;
15. SEMPRE que carregar ou descarregar uma arma, faça com o cano apontado para
uma direção segura;
16. Em caso de incidente de tiro, mantenha-a apontada para o alvo por alguns
segundos e solicite orientação do Instrutor. Em alguns casos, pode haver um
retardamento de ignição do cartucho;
17. SEMPRE que entregar uma arma a alguém, entregue-a descarregada;
18. SEMPRE que pegar uma arma, verifique se ela está realmente descarregada;
19. Verifique se a munição corresponde ao tamanho e ao calibre da arma;
20. Quando a arma estiver fora do coldre e empunhada, NUNCA a aponte para
qualquer parte de seu corpo ou de outras pessoas ao seu redor, só a aponte na direção
do seu alvo;

37
21. Tome cuidado com possíveis obstruções do cano da arma quando estiver atirando.
Caso perceba algo de anormal com o recuo ou com o som da detonação, interrompa
imediatamente os disparos, e faça a inspeção da arma;
22. SEMPRE utilize óculos protetores e abafadores de ruídos quando estiver atirando;
23. NUNCA modifique as características originais da arma, e nos casos onde houver a
necessidade o faça através armeiro profissional qualificado;
24. NUNCA porte sua arma quando estiver sob efeito de substâncias que diminuam sua
capacidade de percepção (álcool, drogas ilícitas, medicamentos);
25. NUNCA transporte ou coldreie sua arma com o cão armado;
26. Munição velha ou recarregada NÃO é confiável, podendo ser perigosa.

38
CONDUTA NO ESTANDE DE TIRO

1. O SILÊNCIO é fator preponderante para segurança e deverá ser observado


rigorosamente na linha de tiro;
2. No estande de tiro a arma permanecerá SEMPRE DESMUNICIADA E GUARDADA
salvo sob comando expresso do instrutor;
3. Todo procedimento de carregar, sacar, descarregar, inspecionar e colocar a arma
no coldre será SOB COMANDO DO INSTRUTOR, sempre com o cano apontado para
direção segura a critério do instrutor;
4. SEMPRE obedeça ao comando do instrutor, fazendo tudo o que for ordenado,
NUNCA antecipe a execução de comando ou faça qualquer coisa não comandada;
5. Em caso de qualquer incidente, permaneça DE FRENTE PARA O ALVO com a
arma apontada SEMPRE em direção ao alvo e levante o braço oposto para que o
instrutor possa atendê-lo;
6. No caso de haver mais de um candidato realizando a prova ao mesmo tempo,
mantenha SEMPRE o alinhamento com os outros atiradores.
7. -Não fumar nas dependências do stand
8. - Usar calçado fechado ou com traseira;
9. - Evitar algazarra, para não comprometer a concentração de alguém;
10. - Verificar impacto somente mediante comando;
11. - Ficar atendo aos incidentes de tiro.
Obs. Segurança nunca excede.

39
LEI 10.826 DE 22/12/2.003 - DOS CRIMES E DAS PENAS

1. Posse irregular de arma de fogo de uso permitido


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior
de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que
seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

2. Omissão de cautela
Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de
18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de
extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas
primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

3. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de
fogo estiver registrada em nome do agente (inafiançabilidade revogada por ADIM).

4. Disparo de arma de fogo


Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em
suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não
tenha como finalidade a prática de outro crime:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável (revogada por ADIM).

40
5. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de
fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a
arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridades policiais, peritas ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
Este inciso complementa o que já é previsto no inciso I, pois lá é prevista a
punição de quem suprime ou altera a marca ou numeração da arma, ao passo que
aqui a repressão se dirige a quem porta, possui, transporta ou fornece artefato.
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,
munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer
forma, munição ou explosivo.

6. Comércio ilegal de arma de fogo


Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste
artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou
clandestino, inclusive o exercido em residência.
41
7. Tráfico internacional de arma de fogo

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a


qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade
competente:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da
metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos
arts. 6º, 7º e 8º desta Lei.
Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade
provisória (revogado por ADIN).

TRANSFERÊNCIA, DESFAZIMENTO E AQUISIÇÃO DE ARMAS


Ver Portaria 129-GCG, DE 06 DE JUNHO DE 2006.
Do Cap V ao Cap VIII

“Quanto mais preparado estiver o agente de segurança para usar sua


arma, menos necessidade sentirá em fazê-lo. Mal preparado, verá nela a solução
para todos os problemas”.

“É MELHOR TER O CONHECIMENTO E NÃO UTILIZAR DO QUE NÃO TÊ-


LO QUANDO PRECISAR...”

TÉCNICAS e TÁTICAS para o serviço policial – Ed. Magnum;

42
Portaria 129-GCG, de 06 de junho de 2006.

CAPÍTULO V
DA EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO (CRAF)

SEÇÃO I
DA EXPEDIÇÃO DO CERTIFICADO DE REGISTRO DE ARMA DE FOGO
PERTENCENTE A POLICIAL MILITAR

Art. 8º - O PM-4 deverá expedir o Certificado de Registro de Arma de Fogo


(CRAF) referente às armas de fogo de uso permitido pertencentes aos policiais
militares, adquiridas no comércio ou na indústria, conforme Anexo “A”, excetuadas as
armas de fogo registradas no SFPC/ 10ª RM.
Art. 9º - O CRAF será expedido com base no cadastro do PM-4 e deverá
conter os seguintes dados:
I - do cadastro da arma de fogo:
a) identificação do documento;
b) número do cadastro;
c) número seqüencial do protocolo;
d) data da emissão do cadastro;
e) validade (indeterminada e abrangência em todo território nacional);
f) posto, nome e assinatura da autoridade policial militar competente para
a expedição;
g) Boletim Reservado (BR) que publicou a aquisição.
II - do policial militar:
a) nome;
b) Filiação, data e local de nascimento;
c) Endereço residencial;
d) número do Cadastro Nacional de Pessoa Física - CNPF
e) Posto / graduação, situação (ativo ou inativo), identidade militar; e
f) Lotação ou Unidade Policial Militar em que serve, quando na ativa.
III - da arma de fogo:
a) número do registro no SINARM;
b) identificação do fabricante e do vendedor
c) número e data da nota fiscal de venda;
d) tipo;
e) marca;

43
f) modelo;
g) calibre;
h) número;
i) comprimento do cano;
j) capacidade de cartuchos;
l) tipo de funcionamento;
m) tipo de alma;
n) quantidade de raias e sentido;
o) pais de fabricação;
p) acabamento.
IV – a inscrição: “De acordo com parágrafo único do 2º da Lei n.º 10.826/03
e 3º do Decreto n.º 5.123/04”.

SEÇÃO II
DAS PESSOAS QUE INGRESSAM NA CARREIRA POLICIAL MILITAR POSSUINDO
ARMA DE FOGO

Art. 10 - A pessoa admitida na PMPI, proprietária de arma de fogo, deverá,


por intermédio da OPM responsável pela realização do respectivo curso de formação
ou estágio, cadastrá-la na PM-4, que providenciará a expedição do CRAF da Polícia
Militar, após a devida publicação do cadastro em Boletim Geral Ostensivo ou
Reservado, conforme o caso.

Art. 11 - Os Alunos do Curso de Formação de Soldados PM, durante a sua


freqüência, não poderão transitar portando arma de fogo, salvo quando em serviço e
autorizado.

SEÇÃO III
DOS POLICIAIS MILITARES EXONERADOS OU DEMITIDOS

Art. 12 - Na hipótese de exoneração ou demissão do policial militar, a OPM


deverá recolher o CRAF expedido pela PMPI, encaminhando-o à PM-4, juntamente
com o Certificado de Cadastro de Arma de Fogo do Sistema de Interno de
Gerenciamento de Armas de Fogo da PMPI (SIGAF).

Art. 13 – À PM-4 caberá:


I - cancelar o CRAF, atualizando o seu cadastro;
II - expedir, de ofício, certidão de origem da arma de fogo para o fim de
regularização no órgão competente da Polícia Federal, mediante apresentação de
44
cópia autenticada do comprovante de residência, do CPF e da cédula de identidade
(RG).

CAPÍTULO VI
DO PORTE DE ARMA DE FOGO POR POLICIAIS MILITARES

Art. 14 - O porte de arma de fogo é deferido aos policiais militares, por força
do art. 33 do Decreto 5.123 de 2004 e na forma desta Norma, com base no inciso II do
6º, da Lei 10.826 de 2003, combinado com o art. 49, III, “L” e “M” da Lei 3.808 de 16 de
julho de 1981.

Art. 15 – Os policiais militares têm livre porte de arma de fogo, em todo


território estadual, ainda que fora de serviço, observando-se, obrigatoriamente, as
seguintes regras:
I - quando de serviço com arma da PMPI, deverá portar a Cédula de
Identidade Funcional;
II - quando de folga com arma da PMPI, deverá portar a Cédula de
Identidade Funcional e a Autorização de Carga de Arma de Fogo (Anexo “C”);
III - quando de serviço ou de folga com arma particular deverá portar a
Cédula de Identidade Funcional e o CRAF (Anexo “A”).

Art. 16 - O policial militar, fora de serviço, ao portar arma de fogo institucional


ou particular, em locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de eventos de
qualquer natureza, tais como: interior de igrejas, escolas, estádios desportivos, clubes
públicos e privados, considerando o disposto no art. 301 do CPP e 243 do CPPM,
deverá fazê-lo de forma discreta, visando evitar constrangimento a terceiros.

Art. 17 – O policial militar não está obrigado a entregar a sua arma de fogo
institucional ou particular e respectiva munição para ingressar em recinto público ou
privado, respondendo, entretanto, pelos excessos que cometer.

Art. 18 - O Coordenador, Comandante, Diretor ou Chefe de OPM é a


autoridade policial militar competente para autorizar:
I – o porte de arma de fogo além dos limites territoriais do Estado do Piauí;
I - a carga de arma de fogo pertencente a PMPI;
II - a utilização da arma particular em serviço.
Parágrafo único - As autorizações mencionadas neste artigo devem ser de
imediato informadas a PM-4 e podem ser revogadas a qualquer tempo, a juízo da
autoridade que a concedeu.

Art. 19 - A autorização para o porte de arma de fogo em outra unidade


federativa ocorrerá quando o policial militar estiver no exercício de suas funções
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institucionais ou em trânsito, sendo concedida por prazo determinado, não superior a 1
(um) ano, e, quando se tratar de arma particular de porte, o policial militar poderá levar
consigo, no máximo, 50 (cinqüenta) cartuchos do mesmo calibre (Anexo “D”).
§ 1º - O trânsito compreende todas as demais situações em que o policial
militar não esteja exercendo funções institucionais.
§ 2º - Somente será concedida autorização para porte de arma de fogo de
propriedade da PMPI, fora dos limites territoriais do Estado, para fins de serviço policial
militar.
§ 3º - Nos casos de cumprimento de missão institucional, o prazo
estabelecido neste artigo será ampliado até o término desta.

Art. 20 – Para conservarem a autorização para o Porte de Arma de Fogo, os


policiais militares da reserva remunerada ou reformados deverão submeter-se aos
testes de aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo a cada 3 (três) anos, a
partir da edição do Decreto 5.123 de 2004.
Parágrafo Único. Aprovados nos testes de aptidão psicológica, os policiais
militares da reserva remunerada ou reformados receberão o Porte de Arma de Fogo
Particular (Anexo “E”) expedido pelo Comandante-Geral da PMPI, pelo prazo de 3
(três) anos, isentos de pagamentos de taxas e demais formalidades, devendo a referida
autorização ser publicada em BR, sob responsabilidade do PM-4.

Art. 21 - A autorização para porte de arma de fogo em outra unidade


federativa será expedida ao policial militar inativo pelo Comandante-Geral da PMPI,
observando-se os requisitos mencionados no caput do artigo 20:
I - quanto ao período, não superior a 1 (um) ano;
II - quanto à quantidade de cartuchos, no máximo 50 (cinqüenta), e somente
para arma de porte.

Art. 22 – A Autorização de Porte de Arma de Fogo para Inativos deverá


conter os seguintes dados:
I – do Art. 9º desta Portaria:
a) alíneas “a”, “c” e “d” do inciso I;
b) alíneas “a” e “b” do inciso II;
c) alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “g” e “h” do inciso III.
II – validade;
III – assinatura do Comandante-Geral;
IV - indicação do número do Boletim Reservado que autorizou o porte;
V - a inscrição: “O portador, identificado pela Cédula de Identidade da PMPI,
está autorizado a portar a arma acima descrita, nos termos do Decreto Federal n.º
5.123/04”;
Parágrafo único - A Autorização de Porte de Arma de Fogo para Inativos
somente será válida com a apresentação da Cédula de Identidade da PMPI e do
CRAF.

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CAPÍTULO VII
DA AUTORIZAÇÃO DE CARGA PESSOAL DE ARMA DE FOGO PERTENCENTE
AO PATRIMÔNIO DA PMPI

Art. 23 - O Coordenador, Comandante, Diretor ou Chefe de OPM é a


autoridade policial militar competente para autorizar, conforme modelo constante do
Anexo “C”, o qual deverá ser numerada pela OPM, a carga pessoal de arma de fogo de
porte pertencente ao patrimônio da PMPI, mediante solicitação fundamentada do
policial militar. Tal autorização deverá ser publicada em BR e informada a PM-4.
§ 1º - Por ocasião da autorização para a carga pessoal de arma de fogo
pertencente a PMPI, o policial militar deverá assinar o Termo de Responsabilidade
(Anexo “F“) juntamente com duas testemunhas. Caso contrário, não terá a carga da
referida arma.
§ 2º - Caso o policial militar já tenha a Autorização de Carga de Arma de
Fogo se recuse a assinar o Termo de Responsabilidade, terá cancelado a autorização
e recolhida a arma.
§ 3º - O policial militar possuidor de arma de fogo pertencente ao patrimônio
da PMPI deverá zelar por sua manutenção de primeiro escalão e conservação,
responsabilizando-se por sua guarda.
§ 4º - Para fins desta norma, o extravio da arma não excluirá a
responsabilidade do possuidor.

Art. 24 – A Autorização de Carga de Arma de Fogo deverá conter os


seguintes dados:
I - do Art. 9º desta Portaria:
a) alíneas “c” e “d” do inciso I;
b) alíneas “a” e “b” do inciso II;
c) alíneas “a”, “b”, “c”, “d”, “e”, “f” e “g” do inciso III.
II - o número da autorização;
III - validade;
IV - assinatura do Coordenador, Comandante, Diretor ou Chefe da OPM;
V - indicação do número de arma;
VI - indicação do número do BR que autorizou a carga;
VII - a inscrição: “O portador, identificado pela identidade funcional da PMPI,
está autorizado a portar, como carga individual, a arma acima descrita, patrimônio da
PMPI, nos termos do Decreto Federal n.º 5.123/04”;
VIII – a indicação de que a Autorização de Carga de Arma de Fogo somente
será válida com a apresentação da identidade funcional da PMPI.

Art. 25 - A autorização de carga pessoal de arma de fogo de porte,


pertencente ao patrimônio da PMPI, constitui ato discricionário do Coordenador,

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Comandante, Diretor ou Chefe de OPM, observados os critérios de conveniência e de
oportunidade, podendo ser revogada a qualquer tempo.
§ 1º - Não será, em hipótese alguma, concedida autorização de carga
pessoal de arma de fogo ao policial militar que:
I - encontrar-se no comportamento “Mau”;
II - estiver em estágio probatório;
III - estiver regularmente matriculado em curso de formação.
§ 2º - Terá suspensa a autorização de carga pessoal de arma de fogo:
I - pelo período em que perdurar a situação, o policial militar ao qual for
prescrita recomendação médica de proibição ou restrição quanto ao uso de arma de
fogo;
II - pelo período em que perdurar a apuração de roubo, furto ou extravio da
arma de fogo que se encontrava sob sua responsabilidade;
III - quando ingressar no comportamento “mau”.
§ 3º - Terá revogada a autorização de carga pessoal de arma de fogo, em
caráter definitivo, o policial militar que:
I - tiver arma de fogo da PMPI roubada, furtada, ou extraviada e, após a
devida apuração, for comprovado o dolo na participação do fato;
II - portá-la em atividade extra-profissional, independentemente das medidas
disciplinares cabíveis ao caso.
§ 4º - A suspensão ou revogação da autorização de carga pessoal de arma
de fogo não constitui medida punitiva e não elide a eventual aplicação das sanções
disciplinares por infrações administrativas praticadas.
§ 5º - Caberá, a critério do Coordenador, Comandante, Diretor ou Chefe da
OPM, a suspensão cautelar de carga de arma de fogo ao policial militar que dela fizer
uso irregular, ainda que a apuração administrativa esteja em instrução.

Art. 26 - Nos casos de afastamentos superiores a 8 (oito) dias, o possuidor


deverá restituir a arma à reserva de armas da OPM, podendo, excepcionalmente,
permanecer com ela, a critério do Coordenador, Comandante, Diretor ou Chefe de
OPM, após análise do pedido, por escrito, devidamente fundamentado pelo
interessado, caso não possua arma de fogo de porte particular.

Art. 27 - É proibida a autorização de carga pessoal de arma de fogo


pertencente ao patrimônio da PMPI ao policial militar inativo.

Art. 28 – O policial militar movimentado deverá devolver a arma da PMPI,


que tiver como carga, à OPM de origem.

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CAPÍTULO VIII
DO USO EM SERVIÇO DE ARMA DE FOGO PARTICULAR

Art. 29 - Mediante autorização do Coordenador, Comandante, Diretor ou


Chefe de OPM, a qual deverá ser publicado em BR, o policial militar poderá utilizar em
serviço arma de fogo de sua propriedade, de porte ou portátil de uso permitido, bem
como pistolas de calibre .40 devidamente registradas, em substituição à arma da PMPI
e/ou como arma sobressalente.
§ 1º - Para autorização do uso de arma particular em serviço, os
Comandantes, Diretores ou Chefes de OPM deverão observar, além da
correspondência à dotação da PMPI, para o sistema de segurança do armamento
(barra de percussão), obstando o uso de armas obsoletas e dirigindo eventuais dúvidas
ao PM-4.
§ 2º - O policial militar que utilizar arma particular em serviço deverá,
expressamente, acusar ciência da necessidade de apresentação dessa arma,
juntamente com a da PMPI, quando do envolvimento em ocorrência policial.
§ 3º - As providências para a liberação de arma particular apreendida
utilizada em serviço, bem como as despesas decorrentes de danos, extravio etc., que
com esta ocorrerem, ficarão por conta do proprietário.

Lembre-se arma não salva vida e sim bons procedimentos

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